Projeto Colaborativo
Aspectos Culturais da
Região Centro – Oeste.
Escola Municipal Luigi Gazzolo.
Sonora-MS:18/05/2008
Região centro-oeste
Mapas de Localização
Região centro-oeste
A região Centro-Oeste é a
segunda região mais extensa do
Brasil.
 Limita-se com dois países da
América do Sul
 Bolívia e Paraguai.
 É a única região brasileira que
não é banhada pelo mar.

Estados:



Goiás
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul.
Costumes regional
Lendas
 Danças
 Festas tradicionais
 Pratos da culinária
 Bebidas típicas desta região.

Lenda da mãe do ouro
Naquela caverna por onde a
água do rio das garças
desaparece, mora a mãe do
ouro. no lusco-fusco da
tarde ela sai de seu
esconderijo porque não
gosta da luz do sol.
Quando os primeiros vaga-lumes
saem zanzando no topo da tarde
que se esvai, a mãe do ouro se
destoca da gruta noturna onde
mora.
Ela vive no meio da pedraria
preciosa, dos brilhantes,
ametista, rubis. Berilos,
turquesas, safiras, onde tem o
seu leito encantado. Ao sair da
gruta, com sua cabeleira luzente,
como as estrelas, vão caindo dela
pingos de luz pelo chão.
Quando os pingos de luz tocam
a terra, transforma-se em pedras
iguais às que a“mãe do ouro”
tem no seu leito na gruta. São
pedras igualzinhas às que a mãe
do ouro tem no leito da gruta.
Feliz é a mulher que, ao ver a
mãe do ouro na sua trajetória
pelo céu, enquanto um pingo de
luz vai caindo, antes de tocar
o chão, fizer-lhe um pedido.
O pedido será atendido, e a
mulher passará a pertencer, para
sempre, à mãe do ouro.
 A onça da perna torta
A HISTÓRIA DA LENDA
Os caçadores, principalmente,
temem muito encontrar este
felino por ser enorme, rajada e
que tem a pata dianteira torta.
ela é enfeitiçada e, por mais que
nela atirem, não sofre nada.
Isto porque a onça é a alma penada
de um vaqueiro velho. este
vaqueiro foi muito ruim, tendo
cometido toda a sorte de crimes:
matava, roubava, fazia mal às
moças; enfim era muito mau. um
dia, o vaqueiro, já valho morreu.
Imediatamente, nas matas
próximas, começou a aparecer
uma onça grande, esquisita, que
tinha a mão torta. Os caçadores
encontrando-a, e tirotearam por
longo tempo a fera. Porém sem
resultado algum, pois as balas
batiam nela e caíam no chão.
E ela se retirou calmamente
para o interior da mata. Todo
mundo acredita que essa
onça seja a encarnação da
alma do vaqueiro, que,
castigada, anda errando
pelas florestas da região.
 A criação do
mundo

A criação do mundo
Dentre as lendas carajá está a da
criação do mundo.
São unânimes em afirmar que
originaram do furo das pedras.
Um local debaixo d’água, perto do
rio macaúba.
Seus parentes, os javaé e os
xambivá, teriam a mesma
origem.
Afirmam que os animais se
transformam em homens e viceversa.
Acreditam que os astros são
povoados por seres humanos,
que descem a terra.
Os índios eram muito felizes e
morriam de velhice só mesmo
depois de terem cansado de viver.
Um dia saíram de lá e passaram a
percorrer a terra. Entretanto, um
deles, por ser muito robusto, não
conseguiu passar seu corpo pelo
furo da pedra. Lá ficou entalado.
Os que estavam na terra, ao
regressar, trouxeram-lhe frutos,
comidas e galhos secos de
árvore. Ele observou e disse:
“não quero ir para este lugar, lá
as coisas morrem cedo. Vejam
os galhos secos das árvores.
Voltem para nosso lugar onde
viveremos para sempre.”
Mas ele voltou sozinho para o fundo
do buraco então os carajás ficaram
na terra. E tudo aqui era escuro...
Alimentavam-se com raízes e frutos
do mato que precisavam ir catar. Aí
um menino chegou, viu uma menina,
achou-a bonita e com ela se casou..
Depois, mandou que ela fosse ao
mato buscar frutos. E estava tudo
escuro.
.
Aproximou-se a mãe, que desejou
ajudar, mas como estava escuro
para colher frutos, machucou a
mão nos espinhos no escuro,
Nada podiam fazer porque estava
escuro, somente quando
aparecesse um raio de sol para
clarear . então a mãe mandou o
menino buscar raízes.
O menino pegou mandioca
brava e comeu, e começou a
passar mal, deitado de costas.
“Um urubu , vindo com seu
passo desengonçado, disse para
os outros:- ele não está morto
ainda se move”.
Chegaram mais urubus, o
menino continuava de costas,
com os olhos piscando. Os
urubus foram se aproximando
para beliscar o menino.
Mas o caracará, mais cuidadoso,
ficou voando em redor,
observando. Chegou mais perto
do menino e gritou para os
urubus: - cuidado ele está vivo!
Os urubus em coro responderam :
- ele está morto!
E a discussão começou
vivo...Morto...Vivo...Morto...
Então o caracará foi buscar o avô
urubu-rei, de bico vermelho e o
cabelo ralo, que chegou e disse:
- Vou trazer! Trouxe as estrelas
do céu. O menino não gostou
porque ainda estava escuro. –
Quero outro enfeite!
O menino pegou o urubu-rei com
as mãos . ele se debateu,
esperneou, quis fugir, mas
estava seguro. Então o menino
disse ao urubu-rei: - quero
enfeites! E o urubu-rei
respondeu:
- Vou trazer! Trouxe as estrelas do
céu. O menino não gostou
porque ainda estava escuro. –
Quero outro enfeite!
O urubu trouxe a lua. E o menino
respondeu também não serve,
ainda está escuro!
Então o urubu-rei trouxe o sol. E
o menino ficou contente porque
tudo ficou claro. Era o dia.
A mãe do menino aproximou-se
de urubu-rei. , Que passou a
ensinar-lhe a utilidade de todas
as coisas .
Nisso a mãe lembrou-se de
perguntar qual era o segredo da
eterna juventude. O urubu
respondeu.
Mas infelizmente ele estava tão
alto que todos ouviram a
resposta, as árvores, os peixes,
os animais, menos a mãe e o
menino.
 Como nasceram as estrelas
No planalto oriental do estado do
mato grosso vive uma tribo de
índios. Os orarimogodogue, mais
conhecidos por bororo. Têm o
hábito de se reunir todas as
noites. Em voz alta, contam os
fatos do dia, as aventuras e as
lendas.
É uma das mais vivas maneiras
de perpetuarem a tradição oral
da tribo. As estórias não
começam com o “era uma vez”. O
narrador inicia a lenda dizendo
“eu digo a vós, meus filhos, a vós,
meus netos, e vós escutais a
minha palavra...”
O milho é um dos principais
alimentos dos bororós. Um dia as
mulheres foram à roça colheres
milho, mas encontraram umas
poucas espigas. Ficaram muito
tristes, pois não podiam alegrar
os maridos que saíram para
caçar.
Lembraram então de levar uns
meninos que estavam brincando
para ajudá-las. Colheram muito
milho e, lá mesmo na roça,
socaram e fizeram bolos para os
homens caçadores.
Enquanto pilavam o milho, um
menino saiu com uma taquara
cheia de grãos de milho e os deu
para sua avó que estava na
maloca.
-Prepare bolo para eu comer com
meus amigos:
a velhinha não sabia que eles
tinham pegado aquele milho sem
ordem das suas mães. Fez o bolo
e eles comeram.
Mas foi um trabalhão para a
velhinha. Um papagaio estava
olhando tudo e sabia da tramóia
dos meninos, cortaram-lhe a
língua. Os meninos, bem
alimentados pelo bolo de milho,
pensaram em subir para o céu.
Foram à mata, pegaram um
beija-flor, amarrou em seu bico
um cipó e ordenaram-lhe que
voasse o mais alto possível e
prendesse a ponta no céu.
O beija-flor fez como lhe haviam
pedido enquanto ele voava, e
emendavam várias cordas a
perder de vista.
Os meninos foram subindo,
subindo, um a um, pelo cipó céu
a cima.
Quando as mulheres voltaram da
roça perguntaram pelos meninos. A
velhinha, de tão cansada, dormia
pesadamente. Perguntaram para o
papagaio e ele nada respondeu por
que tinham lhe cortado a sua língua.
As mulheres começaram a
procurar os meninos e nada. Uma
viu um cipó, olhou melhor e
concluiu - eles subiram ao céu
por aqui. Começaram a gritar
para que os meninos voltassem.
Mas o beija-flor cada vez levava
mais alto a ponta do cipó. Eles
não quiseram voltar, mesmo suas
mães implorando, chorando.
Desobedeceram.
Como castigo de sua
desobediência e ingratidão, todos
foram obrigados, todas as noites,
a olhar para a terra para ver se
suas mães ainda estão chorando.
E os olhos dos meninos se
tornaram as estrelas...
Alceu Maynard araújo
 A lenda da mandioca
LENDAS DA MANDIOCA
Entre os indígenas parecis do
mato grosso conta-se a lenda da
origem da mandioca.
Zatiamare e sua mulher,
kôkôtêrô, tiveram um casal de
filhos: um menino, zôkôôiê e uma
menina, atiôlô.
O pai amava o filho e desprezava
a filha. Se ela o chamava, ele só
respondia por meio de assobios;
nunca lhe dirigia a palavra.
Desgostosa, atiôlô pediu a sua
mãe que a enterrasse viva, visto
como assim seria útil aos seus.
Pediu, então, à sua mãe que se
retirasse, recomendando-lhe que
não volvesse os olhos quando
ela gritasse. Depois de muito
tempo gritou. Kôkôtêrô voltouse rapidamente.
Assim que se aproximou no lugar
da filha enterrada, viu um arbusto
muito alto, que logo se tornou
rasteiro
tratou da sepultura. Limpou o
solo.
A plantinha foi-se
mostrando cada vez mais
viçosa. Mais tarde,
kôkôtêrô arrancou do solo
a raiz da planta: era a
mandioca (clemente
brandenburger, lendas dos
nossos índios, 34-35).
Numa lenda dos bacairis, o veado salvou o
peixe bagadu (practocephalus) e este o
presenteou com mudas da mandioca que
possuía no fundo do rio. O veado plantou e
comia sozinho com a família. Keri, o herói
dos bacairis, conseguiu tomar a mandioca
e dividiu-a entre as mulheres indígenas
(karl von den steinem, entre os aborígines
do brasil central, 487-488).
A cultura da mandioca fixou o
indígena nas áreas geográficas
de sua produção e possibilitou a
colonização do brasil pela
adaptação do estrangeiro a essa
alimentação
Uma lenda parecis da origem do
milho: um grande chefe parecis,
dos primeiros tempos da tribo,
ainotarê, sentindo que a morte
se aproximava, chamou seu filho
kaleitôe e ordenou-lhe que o
enterrasse no meio da roça assim
que terminasse os seus dias.
Avisou, porém, que, três dias
depois da inundação, brotaria de
sua cova uma planta que, algum
tempo depois, rebentaria em
sementes.
Disse-lhe que não a comesse:
guardasse-a para a replanta, e
ganharia a tribo um recurso
precioso. Assim se fez; e
apareceu o milho entre eles.
(Clemente brandenburger,
lendas dos nossos índios, 33, rio
de janeiro).
Depois da mandioca, o complexo
etnográfico do milho é o mais
vasto e com projeção folclórica
pela culinária tradicional
(pamonha, canjica, mungunzá,
pipocas, espiga de milho assado,
farinha de milho, etc.).
A lenda guarani da origem do
milho (zea mays) também
envolve o sacrifício humano: dois
guerreiros procuravam
inutilmente caça e pesca e
desanimavam de encontrar
alimento para a família.
Quando apareceu um enviado de
nhandeiara (o grande espírito) dizendo
ser uma luta entre os indígenas a
solução única.
O vencido seria sepultado ali mesmo, e
de sua sepultura nasceria uma planta,
que alimentaria a todos, dando de
comer e beber.
Lutaram os dois, e sucumbiu
avati. De sua cova nasceu o
milho, avati, abati, no idioma
tupi. (P.E carlos teschauer,
avifauna e flora, etc., 162-163,
porto alegre, 1925).
Do méxico até paraná, o milho está
articulado com os antigos cultos précoloniais, figurando nos relevos,
signo divino, personalizado por
mama sara, e sendo mesmo uma
constelação (sara-manca - folha de
milho).

Dança do Tambor
Os adornos de flores, colares,
pulseiras e torços coloridos na
cabeça terminam de compor a
caracterização da dançante. Os
homens trajam calça escura e
camisa estampada
A animação é feita com o canto
puxado pelos homens com o
acompanhamento das mulheres.
Um brincante puxa a toada de
levantamento que pode ser uma
toada já existente ou
improvisada.
Em seguida, o coro, integrado
pelos instrumentistas e pelas
mulheres, acompanha, passando
esse canto a compor o refrão
para os improvisos que se
sucederão.
Os temas, puxados livremente
em toadas, podem ser
classificados como de autoapresentação, louvação aos
santos protetores, sátiras,
homenagem às mulheres, desafio
de cantadores, fatos do cotidiano
e despedida.
A coreografia da dança
apresenta vibrantes formas de
expressão corporal,
principalmente pelas mulheres
que ressaltam, em movimentos
coordenados e harmoniosos,
cada parte do corpo
Da roda, participam também os
acompanhantes do tambor.
Todos acompanham o ritmo com
palmas.

Gongada

Dança do Reisado
Dança do Cururu
 Pratos típicos da Região Centro-
Oeste
Em toda a região é comum o
consumo da carne de porco,
principalmente o leitão assado o
pernil estão entre os preferidos,
servidos com recheio de creme
de espinafre e lingüiça, e
salpicão.
 Região Centro-Oeste
Já as receitas típicas feitas à base de
peixes de água doce que pode ser
moqueca de pintado, também feita com
surubim, e ainda o dourado assado. No
estado de goiás, a galinhada e frango
assado entre tantos outros, são fortes
exemplares da culinária desta região.

Sopa paraguaia
 Mojica de pintado
 Leitão a pururuca

Arroz com pequi
 Dourado
assado

Arroz carreteiro
Bebida típica da região centro-
oeste
 Caldo
de piranha
 Licor de pequi
 Sorvete de bocaiuva
 Tereré o chimarrão
 Licor de pequi, caldo de piranha e
sorvete de bocaíuva
 Símbolos musicais
Viola -de-cocho e trem do
pantanal.
Músicas da região centro-oeste
 Guarânia;
Chamamé;
 Cururu;
 Siriri;
 Vanerão;
 Sertanejo.

Escola Municipal de Ensino
Fundamental Luigi Gazzolo.
Projeto Colaborativo
Cursistas: Maria Quitéria & Silvania Maria.
Cronograma: 07 Dias
Referências:
www.google.com
pt.wikipedia.org/wiki/Região_CentroOeste_do_Brasil - 106k
www.unesco.org.br/Brasil/regiaocentroeste
//mostra_padrao - 17k -
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