quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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Os fones de ouvido dos
nossos sonhos
Página 2
Agenda
Campanha de Popularização
do Teatro e da Dança
GUTO COSTA/DIVULGAÇÃO
Página 6
Victor & Leo
Sim! Conversamos com eles!
Páginas 4 e 5
ESTADO DE MINAS
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
manda o seu!
GUTO COSTA/DIVULGAÇÃO
www.raggadrops.com.br
“No mais estou
indo embora”
Contamos para o Victor que sempre fazemos um
conteúdo extra pra colocar nessa página aqui
do lado e perguntamos o que ele acharia bacana
estar linkado a imagens deles. Se liga na resposta:
Poderia falar dos ídolos nordestinos que exercem uma in“fluencia
tão boa na música brasileira. Acho que os jovens hoje
deveriam ter mais acesso à músicas de gente como Alceu Valença, Elba Ramalho, Fagner, Zé Ramalho... Existe um celeiro
musical tão rico no Nordeste e tão pouco explorado pela juventude, que isso não deveria se perder em momento algum.
Isso é, pelo menos, uma indicação minha.
Esses dias, a gente fez uns shows no Nordeste e estava pensando isso “Poxa, há quanto tempo você não vê o Fagner cantando na TV?” São canções tão ricas. O próprio Alceu Valença
faz tão pouca mídia. Talvez porque queiram mesmo, mas acho
que o acesso da juventude atual deveria ser explorado por essa
musicalidade deles, que é muito rica.
”
Você já
conhece e
nem sabe?
Victor & Leo
Por Thaís Pacheco
ALCEU VALENÇA
“Não sei dizer o que mudou,
mas nada está igual”
São seis álbuns gravados e mais de 700 mil
CDs vendidos. Nos últimos dois anos, cerca
de 7 milhões de pessoas assistiram aos shows
da dupla Victor & Leo. Se é fenômeno da noite
para o dia, ninguém explica, mas que eles parecem ter vindo pra ficar, é inegável.
No lançamento de Borboletas, o Ragga
Drops conversou com Victor sobre fama,
mulherada, música, estrada e um bom relacionamento entre irmãos.
De um lado dos maiores sucessos sempre
estão as bandas de rock. Do outro, as duplas sertanejas. Mas a gente vê preconceito do público entre um e outro. Como você
vê isso?
Não sei, porque sou roqueiro pra caramba. Adoro
rock. Como vou meter pau naquilo que gosto? A
música que canto é composta e produzida por
mim, então não tem nada a ver com muita música sertaneja que se conhece, é algo muito próprio. Tem muitos roqueiros que vão aos shows da
gente e não gostam de música sertaneja. Nosso
som é muito peculiar... Sou suspeito pra falar
porque sou eu quem a faz, mas nossa música
tem um formato muito diferente e, qualquer
pessoa que for a um show nosso, vai perceber
um público muito diverso, de várias tribos, que
freqüenta nossos shows e gosta muito. Nunca,
nenhum roqueiro famoso ou anônimo meteu o
pau no meu trabalho. Não que eu saiba, então,
só posso retribuir isso. Já vi meter pau na música sertaneja, em outras duplas, mas comigo e
com o Leo, nunca aconteceu.
Só uma, das várias comunidades sobre vocês no Orkut, tem mais de 8 mil mulheres. Se
chama “Victor e Leo - Só para Mulheres”. E
aí? Como é essa relação com as fãs?
Não conheço essa comunidade. São muitas?
Nossa relação com o público feminino é muito positiva e saudável. Lógico que existe um
assédio grande. Mas a gente leva isso de uma
maneira muito tranquila e respeitosa. Não nos
consideramos sex symbols. Somos, acima de
tudo, músicos. A gente sobe no palco pra fazer
música e não gracinha. Nossa questão sensual
é muito natural e artística. Mas a gente tem respeito e uma reciprocidade muito grande com o
carinho e todo o assédio do público feminino.
muito atrito, quando as diferenças de personalidade surgiram. Mas, com o tempo, a gente foi
amadurecendo e vendo que muitas das brigas
eram bobas e nos faziam sofrer porque a gente
sempre se amou muito. Temos um carinho muito grande um pelo outro e, quando a gente brigava, me lembro que nos sentíamos muito mal.
Tiveram as desculpas, em primeiro lugar e, hoje,
a gente tem uma relação de muito mais respeito,
maturidade e diálogo. Ainda existem diferenças
entre nós, mas a maturidade nos proporcionou
fazer com que isso se revertesse em nosso favor.
O que o Leo tem de positivo e eu não, ele me
passa e aceito. Com ele, da mesma maneira.
Por que escolheram Uberlândia pra morar?
Mudamos pra cá em 2007 porque é um lugar
mais centralizado. Pra podermos viajar pra diversas partes do país e, como aqui é o centro, existe
um facilitador muito grande de logística de viagem. Fora que a cidade é muito tranquila. Até então, morávamos em São Paulo, que é muito agitado e um pouco diferente do que a gente gosta.
Viajamos demais e acabamos ficando pouco em
casa, mas quando estamos, preferimos um lugar
mais tranquilo, como é Uberlândia.
Quer dizer que a galera que está lendo tem
que esperar amadurecer pra melhorar esses
conflitos?
É preciso entender as diferenças. Não queira que
o outro seja igual a você. Respeite isso e vai ver
que a convivência, tanto com o irmão quanto
com você mesmo, será mais saudável. É isso que
a gente não entendia muito bem. A maioria das
famílias tem isso: você quer que o outro seja
igual a você e não dá o espaço. Isso gera um estresse desnecessário. Quando você entende que
as diferenças é que dão o molho pra uma relação
mais saudável, você vive mais feliz e proporciona
mais felicidade para o outro.
Esse um ano e meio de diferença de idade
entre vocês fazia com que brigassem mais
ou menos quando crianças?
Quando crianças não. Na adolescência teve
uma fase que a gente brigava bastante. Existia
Como é a relação de vocês com os instrumentos? Quem é bom em quê?
Meu instrumento é o violão e, no nosso CD, Borboletas, por exemplo, gravei todos os violões. Os
solos e as bases dele ficam mais na minha mão.
O violão, na verdade, é o centro do nosso som.
Essa é a nossa característica, fora o nosso dueto,
a forma como a gente canta... A gente vem amadurecendo a forma de cantar a própria música,
além dos cinco anos que estudamos canto. Mas
os arranjos de todos os instrumentos tocados
no CD são nossos. Nós que criamos as frases,
a forma da bateria, do contrabaixo, acordeão...
De tudo.
E as composições? Isso é dom ou tem estudo
também?
É um misto de coisas. Se você tem, por exemplo, o dom de desenhar, e não treinar, praticar
bastante, buscar um pouco de teoria, acho que
não vai usá-lo tão bem. O dom é o primeiro
passo pra se fazer uma coisa com mais propriedade, mas acho que precisa de muita prática
pra que isso se torne algo com mais qualidade
e identidade. A minha primeira música foi feita
em 1993 e, desde então, venho fazendo música fugindo de coisas que já conheço, buscando
melodias mais intuitivas. Até que desenvolvi
uma linguagem própria, clara e, também, meio
que poética, algo natural. Mas não dá pra sentar e fazer uma música. Não tem um lugar, uma
hora e pra quem, especificamente. A intuição
e a inspiração são coisas sem data e regra e
acontecem da forma mais natural possível.
Todas as canções que fiz foram emoções que
transformei em música. Muitas vezes, emoções que nem eram minhas, peguei na história
de outra pessoa... Assim como são os arranjos
e a produção do disco.
O novo CD, Borboletas, será trabalhado até
quando e onde? Vocês gravaram em espanhol também.
O CD chegou em novembro nas lojas. A gente
produziu e entregou pra gravadora, pra fazer a
distribuição. A partir daí, acho que fica com a
música. Ela é que leva multidões aos shows, não
nós. Apenas representamos a música. O trabalho
que ela faz, de entrar na vida das pessoas, mexer
com o interior, é da música, não nosso. Depois
que você lança, o trabalho fica com ela. Mas,
como você representa, acaba sofrendo uma certa
influência da consequência que ela gera.
Quantas pessoas viajam na equipe de Victor
e Leo?
Na estrada são, mais ou menos, umas 35 pessoas. Tocando sou eu, mais um violão de apoio,
a bateria, contrabaixo, e um acordeão, somente. E o Leo... São dois roadies, dois técnicos de
som, o técnico de PA e de palco. O iluminador,
um assistente de palco, o camareiro, os seguranças da gente, os da equipe, tem produtor de
assessoria e um de estrada, tem os motoristas,
carregadores e montadores de cenário e de iluminação, tem uma galera. Mas é só o necessário,
nada em níveis luxuosos, apenas o pessoal que
é necessário e a equipe que a gente precisa.
Entre 2007 e 2008, quase 7 milhões de pessoas assistiram aos shows de Victor e Leo. Isso
dá quanto na conta bancária?
Rs. Aí não conta... Rs. É uma tristeza... Prefiro
mil vezes os números que calculam espectadores do que os da minha conta bancária. Se eu
te mostrar, você vai se surpreender e a gente vai
sentar pra chorar junto.
Pernambucano de São Bento do Uma. Ficou conhecido por
unir regionalismo com o som elétrico da música pop. Ou seja,
baião com guitarra.
Você já deve ter ouvido: La belle de jour
“Seus olhos azuis como a tarde, na tarde de um
domingo azul, la belle de jour”
ELBA RAMALHO
Atriz e cantora paraibana, nasceu na cidade de Conceição.
Estourou em 1978, ao cantar e atuar no musical A ópera do
malandro, de Chico Buarque. É intérprete.
Você já deve ter ouvido: De volta para o aconchego
“Estou de volta pro meu aconchego trazendo na
mala bastante saudade”
FAGNER
Cearense de Orós, tem mais de 31 CDs gravados. Seu maior
sucesso bateu recorde em cima de Roberto Carlos e é uma das
músicas mais executadas do Brasil:
Você já deve ter ouvido: Borbulhas de amor
“Quem dera ser um peixe para em teu límpido
aquário mergulhar. Fazer borbulhas de amor pra
te encantar”
ZÉ RAMALHO
Esse, com certeza, você já ouviu no forró. Nem que seja uma
versão. Zé Ramalho é paraibano de Brejo da Cruz. Misturou
cultura nordestina, jovem guarda e Pink Floyd.
Você já deve ter ouvido: Chão de giz
“Eu desço dessa solidão, espalho coisas sobre um
chão de giz. Há meros devaneios tolos a me torturar”
Download

Victor e Léo - Thaís Pacheco