ANGELA SANTOS DE PAULA
Receptividade de estudantes estrangeiros: um estudo de caso
na Universidade Federal de Viçosa
MONOGRAFIA
Universidade Federal de Viçosa
Viçosa – MG
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE LETRAS
SECRETARIADO EXECUTIVO TRILÍNGUE
ANGELA SANTOS DE PAULA
Receptividade de estudantes estrangeiros: um estudo de caso
na Universidade Federal de Viçosa
Monografia apresentada ao Departamento de
Letras da Universidade Federal de Viçosa,
como exigência da disciplina SEC 499 Monografia e como um dos requisitos para a
obtenção do título de Bacharel em
Secretariado Executivo Trilíngue, tendo como
orientadora a Professora Nathalia Carvalho
Moreira.
Viçosa – MG
Brasil
2011
i
A monografia intitulada
Receptividade de estudantes estrangeiros: um estudo de caso
na Universidade Federal de Viçosa
Elaborada por
Angela Santos de Paula
Como requisito para obtenção do título de bacharel em Secretariado Executivo
Trilíngue da Universidade Federal de Viçosa foi aprovada por todos os membros da
Banca Examinadora.
Conceito___
Viçosa, 28 de novembro de 2011.
Profª Nathalia Carvalho Moreira (DLA-UFV)
Orientadora
Profº Odemir Vieira Baeta (DLA-UFV)
Examinador
Profº José Roberto Reis (DAD-UFV)
Examinador
Viçosa – MG
2011
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, aos meus pais, meus irmãos que me apoiaram durante o
processo de elaboração do trabalho.
À professora Nathalia por acreditar em mim e que com paciência me auxiliou no
desenvolvimento desta pesquisa.
Aos meus amigos pelo incentivo e companheirismo. E a Diretoria de Relações
Internacionais e Interinstituicionais da UFV que colaborou respondendo ao questionário
e fornecendo informações para o desenvolvimento deste.
iii
“As verdadeiras descobertas não consistem em visualizar novas
terras, mas ver com novos olhos”.
M.Proust
iv
RESUMO
PAULA, Angela Santos de. Receptividade de Estudantes Estrangeiros: um estudo de caso na
Universidade Federal de Viçosa. Monografia. (Bacharelado em Secretariado Executivo
Trilíngue).Orientadora: Nathalia Carvalho Moreira. Viçosa. UFV/DLA, 2011.
O objetivo deste estudo foi analisar a receptividade de estudantes estrangeiros na
Universidade Federal de Viçosa. A pesquisa justificou-se pelo fato de que atualmente a
maioria das universidades firma convênios para intercâmbio de alunos e professores, sendo
necessário que existam boas práticas para recepcioná-los e ao mesmo tempo para que as
universidades consigam passar uma imagem positiva no contexto internacional para que
constantemente abra caminho para novos convênios e parcerias. A pesquisa caracterizou-se
como sendo de caráter quali-quantitativo. Na fase qualitativa, foi realizada análise de
conteúdo, de pesquisa dos documentos disponíveis nos sites das Instituições Federais (IFEs)
sobre o processo de recepção dos estudantes. Também foi realizada entrevista com o gestor
responsável por tais atividades, para que identificação das práticas e necessidades existentes.
Posteriormente, na fase quantitativa, foi realizado um estudo de caso na Universidade Federal
de Viçosa (UFV), por meio da aplicação de questionários com uma amostra de estudantes
intercambistas de diversos países que atualmente estudam na UFV. Dentre os principais
resultados pode-se verificar que o estudante estrangeiro tem grande reconhecimento pela
UFV. Evidenciando-se pelas questões, de maior relevância, apresentadas, no trabalho, nos
quesitos: importância da Universidade, qualidade de ensino, qualidade de pesquisa científica,
receptividade, relacionamento e motivação atual. Quanto a percepção do gestor nota-se que as
mudanças promovidas na DRI elevaram o número de convênios firmados,participação de
estudantes brasileiros em eventos internacionais. Neste sentido, ressalta-se o valor de se
investir na Cooperação Internacional junto as Instituições Federais de Ensino Superior, de
modo que permita uma maior abertura para estudantes, professores, e de forma mais ampla,
abrangendo inclusive gestores e técnicos administrativos da Universidade. Portanto, criando
condições para que o aluno estrangeiro se adapte ao Brasil e se beneficie dessa experiência.
Palavras-Chave: estudante estrangeiro,intercâmbio, mobilidade internacional
v
ABSTRACT
PAULA, Angela Santos de. Receptivity of foreign students : study case at the Federal
University of Viçosa. Monograph. (Bachelor in Trilingual Business Secretarial Sciences).
Advisor: Nathalia Carvalho Moreira. Viçosa. UFV/DLA, 2011.
The objective with this study was to analyze the receptivity to foreign students at the Federal
University of Viçosa MG - BRAZIL. Nowadays a great number of universities firm
agreements in order to exchange students and teachers, making it necessary the existence of
good practices for this purpose, and, besides that, there is a an aim to show a positive image
in the international context so that the same universities become able to achieve new
agreements and partnerships. This research was characterized as being of quali-quantitative
character. In the qualitative phase, content analysis was accomplished, researching the
available documents in the sites of the Federal Institutions (IFEs) on the process of the
students' reception. Interview was also accomplished with the manager in charge of such
activities, in order to identify the practices and the existent needs. Later, in the quantitative
phase, a case study was accomplished in the Federal University of Viçosa (UFV), by
questionnaires sampling exchange students of several countries that now study at UFV.
Among the main results, it was observed that the foreign student has great recognition of the
UFV. The most important issues in this work are shown in the categories: importance of
university teaching quality, quality of scientific research, responsiveness, relationship and
motivation today.In relation to the perception of the manager noticed that the changes made
in Office of International Affairs – (OIA) increased the number of agreements assigned and
particpation of brazilian student in international events. In this sense, it emphasizes the value
of investing in international cooperation with other Federal Institutions of Higher Education,
in order to allow these exchanges, a better knowledge of larger number of students, teachers,
and, even managers and administrative staff of the University is needed. This would create
better conditions for foreign students to adapt to Brazil and take better advantage of this
experience
Keywords: exchange, foreign students,international mobility
vi
RESUMEN
PAULA, Angela Santos de. Receptividad de Estudiantes Extranjeros: Un estudio de caso en
la Universidad Federal de Viçosa. Proyecto de conclusión de carrera (Bacharelado en
Secretariado Ejecutivo Trilingüe). Orientadora: Nathalia CarvalhoMoreira. Viçosa.
UFV/DLA, 2011.
El objetivo de este estudio fue analizar la receptividad de estudiantes extranjeros en la
Universidad Federal de Viçosa. La investigación se justificó por que actualmente la mayoría
de las universidades establecen convenios de intercambio de alumnos y profesores. Por eso es
necesario que existan buenas maneras para recepcionarlos y al mismo tiempo las
universidades logren una imagen positiva en el contexto internacional, para que
constantemente abra caminos para nuevos convenios y sociedades. La búsqueda se caracterizó
por sus carácteres cualitativo y cuantitativo.En la fase cualitativa fue realizado un análisis de
contenido, de búsqueda de los documentos disponibles en las páginas web de las Instituciones
Federales (IFEs) sobre el proceso de recepción de los estudiantes. También fue realizada una
entrevista con el gestor responsable de estas actividades, con el fin de identificar las prácticas
y necesidades existentes.Después, en la fase cuantitativa fue realizado un estudio de caso en la
Universidad Federal deViçosa (UFV), aplicando cuestionarios a una muestra de estudiantes
de intercambio de diversos países que actualmente estudian en la UFV. Entre los principales
resultados se puede verificar que el estudiante extranjero presenta grande reconocimiento por
la UFV.Evidenciando por las cuestiones de mayor pertinencia presentadas, en el trabajo, en
los puntos: importancia de la Universidad, calidad de enseñanza, calidad de investigación
científica, receptividad, relacionamiento y motivación actual. Sobre la percepción del gestor
se nota que los cambios promovidos en la DRI alcanzaran el número de convênios
establecidos y la participación de estudiantes brasileños en eventos internacionales. Por este
motivo se resalta el valor de la inversión en la Cooperación Internacional junto a las
Instituciones Federales de Educación Superior, que permiten una mayor apertura para
estudiantes, profesores, incluyendo gestores y técnicos administrativos de la Universidad. Por
consiguiente, crea condiciones para que el alumno extranjero se adapte a Brasil y se beneficie
de esta experiencia.
Palabras- Claves: estudiante extranjero, intercambio, movilidad internacional.
vii
RÉSUMÉ
PAULA, Angela Santos de. La réceptivité des etudiants etrangers: une étude de cas à
l'Université Fédérale de Viçosa. Monographie (Baccalauréat Trilingue de Secrétariat
Exécutif). Directrice de recherche: Nathalia Carvalho Moreira.Viçosa.UFV/DLA,2011.
L'objectif de cette étude était d' analyser la réceptivité des etudiants etrangers à l'Université
fédérale de Viçosa. La recherche se justifie du fait qu’actuellement la majorite des Universités
signent dês accords d’echange d’etudiants et de professeurs ,et qu’il y ait de bonnes
conditions pour les accueillir et egalement que les Universites soient capables de projeter une
image positive dans un contexte international afin d’ouvrir sans cesse la voie a de nouveaux
accords et de partenariats. La recherche a été caractérisée comme caractère qualitatif et
quantitatif. Dans la phase qualitative a été menée l'analyse du contenu des documents de
recherche disponibles sur les sites Internet des institutions fédérales (IFES) sur le processus
d'accueil des étudiants. Il a également été interviewer le gestionnaire responsable de ces
activités, à identifier les pratiques et les besoins. Ensuite, dans la phase quantitative, nous
avons effectué une étude de cas à l'Université fédérale de Viçosa (UFV), par l'utilisation de
questionnaires à un échantillon d'étudiants d'échange provenant de divers pays étudie
actuellement à l'UFV. Parmi les principaux résultats peuvent être vus que l'étudiant étranger a
une grande reconnaissance de l'UFV. Illustrant les questions de la plus haute importance, a
présenté, au travail, dans les catégories: importance de l'enseignement universitaire de qualité,
la qualité de la recherche scientifique, aujourd'hui, la réactivité, la relation et la motivation. La
perception du manager remarqué que les modifications apportées à DRI a augmenté le
nombre d'accords signés, la participation des étudiants brésiliens dans les événements
internationaux. En ce sens, il souligne l'importance d'investir dans la coopération
internationale avec les institutions fédérales d'enseignement supérieur, afin de permettre une
plus grande ouverture pour les étudiants, les professeurs et plus largement, même y compris
les gestionnaires et techniciens administratif de l'Université. Par conséquent, la création de
conditions pour les étudiants étrangers à s'adapter au Brésil et pouvoir profiter d’ avantages de
cette expérience.
Mots –Clés: echange,etudiant etranger,mobilité internationale
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Convênio realizado ...................................................................................... 22 Figura 2 - Referência na qualidade de ensino da UFV ................................................. 23 Figura 3 - Referência na qualidade de pesquisa científica ........................................... 23 Figura 4 - Facilidade de acesso a UFV ......................................................................... 24 Figura 5 - Interesse em aprender a língua portuguesa .................................................. 24 Figura 6 - Interesse em conhecer o Brasil .................................................................... 25 Figura 7 - Importância da Universidade ....................................................................... 25 Figura 8 - Município de Viçosa .................................................................................... 26 Figura 9 - Bolsa de estudo ............................................................................................ 26 Figura 10 - Estudo gratuito ........................................................................................... 27 Figura 11 - Bolsa auxílio alimentação .......................................................................... 27 Figura 12 - Recepção dos estudantes estrangeiros pelos docentes ............................... 28 Figura 13 - Recepção dos estudantes estrangeiros pelos colegas ................................. 28 Figura 14 - Recepção dos estudantes estrangeiros pelos funcionários ......................... 29 Figura 15 - Capacidade dos professores compreenderem os idiomas estrangeiros ...... 29 Figura 16 - Horário de aula ........................................................................................... 30 Figura 17 - Horário da biblioteca.................................................................................. 30 Figura 18 - Horário da secretaria e departamento ........................................................ 31 Figura 19 - Horário das aulas de português .................................................................. 31 Figura 20 - Relacionamento com estudantes brasileiros .............................................. 32 Figura 21 - Relacionamento com docentes ................................................................... 32 Figura 22 - Relacionamento com dirigentes e funcionários da instituição ................... 32 Figura 23 - Atendimento médico .................................................................................. 33 Figura 24 - Atendimento psicológico ........................................................................... 33 Figura 25 - Tramitação de documentos ........................................................................ 34 Figura 26 - Disponibilidade de computador e internet ................................................. 34 Figura 27 - Oportunidade de lazer e evento.................................................................. 35 Figura 28 - Oportunidade de fazer cursos..................................................................... 35 Figura 29 - Segurança na Universidade ........................................................................ 36 Figura 30 - Acesso a restaurante UFV .......................................................................... 36 Figura 31 - Acesso a lanchonete ................................................................................... 37 ix
Figura 32 - Condições de transporte terrestre/aeroporto-Viçosa-UFV......................... 37 Figura 33 - Apoio para conseguir documentos ............................................................. 38 Figura 34 - Acesso a restaurantes em Viçosa ............................................................... 38 Figura 35 - Acesso a moradia e república em Viçosa .................................................. 39 Figura 36 - Acesso a academia e atividades esportivas em Viçosa .............................. 39 Figura 37 - Opções de cultura em Viçosa ..................................................................... 40 Figura 38 - Segurança em Viçosa ................................................................................. 40 Figura 39 - Preços em Viçosa ....................................................................................... 41 Figura 40 - Comprometimento com a UFV .................................................................. 41 Figura 41 - Comprometimento com o curso ................................................................. 42 Figura 42 - Satisfação atual .......................................................................................... 42 Figura 43 - Motivação atual .......................................................................................... 43 QUADRO
Quadro - Vantagens e Desvantagens da utilização de questionários ............................ 19 x
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 12 2. REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................................................... 14 2.1. INTERNACIONALIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES ........................................................................................... 14 2.2. INTERCÂMBIO ESTUDANTIL ........................................................................................................................ 15 3. METODOLOGIA ........................................................................................................................................... 18 3.1. NATUREZA DA PESQUISA ............................................................................................................................ 18 3.2. UNIDADE DE ANÁLISE ................................................................................................................................ 18 3.3. TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS ............................................................................................................... 19 3.4. TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................................................. 20 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................................................... 21 4.1. A UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ...................................................................................................... 21 4.2. ESTUDANTES ESTRANGEIROS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ..................................................... 22 4.3. ANÁLISE DA ENTREVISTA COM O GESTOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
VIÇOSA.............................................................................................................................................................. 44 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 45 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................... 46 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ESTUDANTES ESTRANGEIROS ..................................................... 49 APÊNDICE B - ENTREVISTA COM O GESTOR DA DRI/UFV ................................................................................ 52 APÊNDICE C -CONVÊNIOS INTERNACIONAIS VIGENTES DA UFV ....................................................................... 53 APÊNDICE D - QUADRO DE SOLICITAÇÕES DE INTERCÂMBIO UFV, PERÍODO DE 2010 A 2012 ........................... 56 xi
1. INTRODUÇÃO
A presença de estudantes estrangeiros nas universidades brasileiras é um fato que está
acontecendo com grande freqüência. As universidades perceberam a grande importância de
receber alunos estrangeiros em razão das trocas culturais, científicas e tecnológicas. Com o
mundo globalizado, a rapidez das informações se faz necessária para que as universidades
mantenham parcerias para ampliar o conhecimento e as estratégias de como investir na
recepção de estudantes estrangeiros, bem como criar condições para que o estudante se adapte
ao Brasil e leve boas informações para o seu país.
O intercâmbio de estudantes de diferentes países durante o curso de graduação é
comum nas universidades européias e americanas. No entanto, este tipo de experiência, ou
seja, a vinda de alunos estrangeiros para realizarem estágios em universidades brasileiras e
vice-versa, ainda é extremamente incipiente. No geral, ela fica restrita ao nível de pósgraduação, principalmente no doutorado, assim mesmo dentro de um projeto de troca de
pesquisadores de grupos de pesquisa específicos (FONSECA, 2005).
Os estudantes estrangeiros têm algumas necessidades diferentes dos estudantes
brasileiros, em assuntos como vistos e autorizações de residência, no reconhecimento da
formação acadêmica anterior e genericamente em todos os aspectos resultantes da mudança
para um país diferente, como por exemplo a procura de alojamento.
Uma das críticas às universidades brasileiras feitas por especialistas em educação
refere-se ao número pequeno de docentes e estudantes estrangeiros. Comparando-se às
melhores universidades do mundo, nosso percentual de professores e alunos internacionais é
extremamente inferior. (FRANÇA, 2011). Nesse sentido, Trindade (1999) complementa que:
No Brasil, a educação superior demorou a se desenvolver, sendo que a primeira
Universidade brasileira foi criada em 1920. Antes da Reforma de 1968, o modelo de
Universidade adotado era fortemente influenciado pelo modelo europeu entre o
modelo alemão da Universidade de Berlim, o qual defendia a integração entre o
ensino e pesquisa, e o modelo francês com regime de cátedras vitalícias. A
Universidade de Humboldt de Berlim buscava saberes em novos conhecimentos
produzidos atráves da pesquisa científica e a integração entre a pesquisa e o ensino.
(TRINDADE,1999 apud SILVA e REAL, 2011, p. 143).
Dados da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação e Cultura
(MEC) do ano de 2010, relativos ao processo de seleção entre os anos de 2008 e 2009,
mostram que entre os cursos mais procurados pelos candidatos à intercâmbio cultural estão os
cursos de engenharia, medicina, administração e ciências econômicas.
12
Por outro lado, cerca de 2.700 estrangeiros estão no Brasil para cursar gratuitamente a
graduação em uma universidade federal, estadual ou particular, por meio do Programa de
Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G - MEC, 2010).
Esses estudantes-convênio, assim denominados, são oriundos, principalmente, de
países como Colômbia, Angola, Cabo Verde, Cuba e outros com os quais o Brasil mantém
acordos educacionais e culturais. Depois de formados, esses cidadãos irão retornar a seu país
de origem para contribuir nas áreas em que se graduaram no Brasil e, assim, incentivar o
desenvolvimento de sua terra natal (MEC, 2010).
Sob este viés, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), tradicional em Ensino,
Pesquisa e Extensão, desde sua fundação tem realizado trocas e experiências internacionais
tanto de professores quanto alunos, sendo uma das precursoras na internacionalização. Nesse
contexto, questiona-se qual a percepção dos estudantes estrangeiros sobre a UFV?
Dessa forma, pretende-se verificar a percepção do gestor da Diretoria de Relações
Internacionais da UFV quanto à receptividade dos estudantes estrangeiros e avaliar a
percepção dos estudantes estrangeiros sobre a UFV.
Perante esses questionamentos relacionados a UFV , objetivou-se analisar a Diretoria
de Relações Internacionais e Interinstitucionais (DRI) quanto a sua receptividade aos
estudantes estrangeiros. A pesquisa se justificou pelo fato da pesquisadora ter tido experiência
de trabalho in loco e pela importância dos acordos bilaterais que favorecem tanto os
estudantes brasileiros e estrangeiros que buscam conhecimentos e as tecnologias a serem
aplicados no mercado de trabalho.
A pesquisa foi organizada em cinco tópicos, estruturados da seguinte forma:
Introdução, Referencial Teórico, Metodologia, Resultados e Discussão e Considerações
Finais. No primeiro tópico foi realizada uma breve contextualização do tema e sua relevância
e os objetivos gerais.
No segundo tópico, apresentou-se a teoria do início da internacionalização das
universidades e sua importância e a experiência do intercâmbio estudantil. E no terceiro
tópico foram apresentados os procedimentos metodológicos. No quarto tópico foram
analisados e discutidos os resultados e foram feitas as considerações finais do trabalho com
sugestão para realização de novos estudos para um aprofundamento na temática abordada. Por
fim, encontram-se os elementos pós- textuais.( referências e apêndices).
13
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Internacionalização das Universidades
Iniciou-se no período da Idade Média, a internacionalização das universidades com a
criação das primeiras escolas européias. Essas escolas chamadas “Universitas” eram formadas
por professores e estudantes que provinham de diferentes regiões e países formando em sua
constituição comunidades internacionais onde se reuniam com o mesmo objetivo, de se obter,
o conhecimento.(STALLIVIERI, 2003).
A internacionalização das universidades é um tema que tem se destacado nas
instituições públicas. Esse processo visa incentivar o intercâmbio das Universidades
Brasileiras com as Universidades Internacionais buscando um enriquecimento nas pesquisas,
fomentando trocas de experiências e, sobretudo as ações das Assessorias Internacionais das
Universidades estreitando relações com Ministério das Relações Exteriores.
Laird e Kuh apud Morosini (2005) ponderam que o desenvolvimento tecnológico é
umas das mais importantes ferramentas para a internacionalização das Universidades e os e
consideram que a Web é apontada como fortalecedor do ensino à distância paralelo ao
desenvolvimento das comunidades de estudantes de Ensino Superior, ou seja, a formação de
redes.
Segundo Stallivieri (2003), todos os textos evidenciam para que a internacionalização
da educação constitua um dever das universidades. Oferecer aos seus cidadãos a oportunidade
de experiências internacionais para que se tornem mais competitivos no mercado global faz
parte do papel das instituições que buscam o equilíbrio entre as expectativas regionais e
nacionais por um lado e os desafios internacionais por outro.
Para que hajam parcerias internacionais, há necessidade que os gestores, docentes,
discentes e o corpo administrativo da instituição percebam que por meio da
internacionalização, a universidade se beneficiará com descobertas de novas pesquisas e
colocar a sociedade em contato com novas culturas. Nesse contexto, Chermann (1999) afirma
que:
A universidade configura-se na tendência de formarem redes que integrem as
associações de universidades, seja regionalmente, em blocos ou no mundo,
promovendo a figura de consórcios acadêmicos com a finalidade de racionalizar o
uso de instalações, laboratórios, infra-estrutura e demais recursos existentes, o que é
uma necessidade que se verifica no âmbito global. Além de se criar uma rede de
universidades que cooperem umas com as outras, também criam-se associações
livres intercambiando suas essências e exercitando seus interesses recíprocos, para
que, assim, cada instituição possa exacerbar seus objetivos primeiros
(CHERMANN, 1999, p.18).
14
Há universidades que buscam dentro de assuntos acadêmicos o potencial do
intercâmbio de pessoas para que haja um desenvolvimento dos padrões internos de ensino,
pesquisa e que favoreçam a diferentes comunidades (MARRARA, 2007).
Para que uma instituição seja uma grande Universidade de pesquisa é necessário ter
qualidade de pesquisa em todas as suas áreas. Não basta ter uma ou duas pessoas qualificadas,
é preciso ter professores e pesquisadores muito talentosos. Internacionalizar a universidade
significa revisar o currículo para verificar quais conteúdos são relevantes não mais em um
contexto local, mas numa esfera internacional. Implica atrair professores de fora, enviar
docentes para o exterior e proporcionando maior mobilidade aos alunos para que eles possam
entender melhor o mundo complexo em que vão trabalhar. Implica, ainda, que a universidade
comece a se comparar com seus pares internacionais. Assim sendo, trata-se de um processo de
alinhamento da universidade com as novas necessidades que o mundo globalizado está nos
apresentando (BUENO e FAVARO, 2010).
Buarque (1994) complementa que:
Se o papel de cada universitário é aventurar-se na criação de novos conhecimentos,
seu compromisso diário deve ser com a aventura de criar uma nova universidade.
Em uma instituição de idéias, o ponto de partida para sua reformulação está em ter
uma ou diversas idéias alternativas quanto ao projeto, a forma, a estrutura, aos
métodos de universidades. O segundo passo é ter um ambiente aberto para debater
tais idéias (Buarque, 1994, p.150).
Verifica-se assim que o processo que a internacionalização das universidades é
composta pela internacionalização da docência, em especial a matriz curricular, comunidade
docente e mobilidade estudantil;
pela internacionalização da pesquisa científica; pela
internacionalização da extensão e das atividades extracurriculares; de forma a proporcionar
uma melhoria contínua da gestão e do sistema universitário (MADEIRA, 2006).
2.2. Intercâmbio Estudantil
O intercâmbio é uma experiência que traz benefícios à vida acadêmica e pessoal.
Estudar fora do país pode possibilitar oportunidades para universitários que almejam uma alta
qualificação e uma posição ativa no mercado de trabalho. A mobilidade acadêmica
internacional não é somente uma troca de culturas, é estar conectado ao mundo globalizado.
Os conhecimentos adquiridos no exterior são fatores que contribuem para a
disseminação de novas informações como culturais, científicas e tecnológicas trazendo
benefícios para a sociedade e a instituição.
15
Segundo Mac-Dowel (1998) o valor prático de uma educação internacional é
amplamente reconhecido. Nos próximos anos a rede mundial de comunicação, que seja
pessoal ou empresarial, será um prêmio para trocas de informações culturais e experiências.
Na realidade, o alcance global das empresas exigirá determinadas qualificações de seus
executivos.
De acordo com Larrosa (2002), a experiência internacional é assinalada marcada por
aquilo que passa, acontece e toca ao indicar sinais de travessia e perigo. Ainda é
preponderante a incerteza, que abre o campo da possibilidade, sem antecipar seus resultados.
Aproximadamente 192 milhões de pessoas, moram fora do seu país de origem, o que
equivale a 3% da população mundial. Uma em cada trinta e cinco pessoas no mundo é
migrante (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION, 2008).
Dentre as oportunidades de intercâmbio, existem as parcerias que as universidades do
Brasil com exterior mantêm como exemplo o Programa de Estudantes-Convênio de
Graduação, o PEC-G elaborado pelo Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da
Educação. É um instrumento de cooperação educacional que o Brasil oferece aos países em
desenvolvimento, como os da África e América Latina.
A seleção dos estudantes é feita quando a Instituições de Ensino Superior (IES)
confirma as vagas e informa as Embaixadas brasileiras no exterior as vagas por curso
destinadas aos países participantes. É feita uma pré-seleção dos estudantes em seu currículo
escolar de ensino médio ou equivalente e em suas condições de manutenção financeira.
Por outro lado, essa experiência internacional pode causar um estranhamento,
angústias, segundo Silva (2004), este choque cultural é formado por uma espécie de
saudosismo, estresse e pressões, frustração, fadiga mental, dificuldade sobre como trabalhar e
se relacionar com os outros, tédio, perda da motivação, hipersonia ou insônia, e mesmo dores
musculares.
A experiência do estudante estrangeiro depende também de sua percepção do mundo,
se o intercâmbio, o lugar traz algum estranhamento. Para tanto, Cardoso (1993) afirma que:
As viagens são sempre experiências de estranhamento. E pode-se observar um efeito
de distanciamento, no sentimento de dépaysement (termo forjado com tanta
felicidade pela língua francesa, cuja significação se aproximaria do nosso termo
“desterro”, se num registro exclusivamente psicológico e simbólico) que, de um
modo ou de outro, sempre envolve o viajante (que não se mostra inabalavelmente
frívolo), o seu núcleo essencial e sua expressão mais íntima (CARDOSO, 1993 apud
LEBEDEV, 2011).
16
De acordo com Silveira,(2010) a experiência do migrante por um lado pode ser
extremamente rica, os processos de ruptura, perplexidade, desorientação, estranheza e
diferença, propicia-se uma investigação de si e do outro, sendo que ao mesmo tempo pode ser
dolorosa e potencialmente criativa.
17
3. METODOLOGIA
3.1. Natureza da Pesquisa
Tratou-se de um estudo de caso, que segundo Yin (2005) permite uma investigação
para se preservar as características significativas dos acontecimentos da vida real – tais como
ciclos de vidas individuais, processos organizacionais e administrativos, mudanças ocorridas
em regiões urbanas, relações internacionais e a maturação de setores econômicos. E para
Netto (2006) o estudo de caso pode ser definido como um processo de pesquisa que investiga
um fenômeno dentro do contexto local, real e de maneira especial quando os limites entre o
fenômeno e o contexto não estão visivelmente definidos.
De acordo com Andrade (2007) a pesquisa descritiva refere-se a fatos que são
observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, mas sem que o pesquisador
interfira sobre eles.
A pesquisa foi de natureza qualitativa e quantitativa, além de ser descritiva. Ainda
também de uma pesquisa exploratória, que existe referencial teórico escasso. A pesquisa
quantitativa é mais adequada para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos
entrevistados, pois utilizam instrumentos estruturados (questionários).
Com relação aos estudantes estrangeiros, a pesquisa foi feita de forma aleatória para a
aplicação do questionário e iniciou-se no primeiro semestre de 2011. Os estudantes foram
localizados nos departamentos de letras e zootecnia. No total foram entrevistados dezesseis
estudantes estrangeiros de graduação e pós-graduação provindos da Argentina, Colômbia,
Coréia do Sul, EUA e Peru com idades entre 21 e 32 anos.
3.2. Unidade de Análise
Para que os objetivos dessa pesquisa fossem alcançados foi utilizado como unidade de
análise a Universidade Federal de Viçosa (UFV), tratando-se de um estudo de caso.
A UFV com sua tradição em Ensino, Pesquisa e Extensão, cada vez mais se destaca
nos cenários nacional e internacional, inovando com suas descobertas científicas tecnológicas
favorecendo a instituição e a sociedade local, regional e nacional.
18
3.3. Técnicas de Coleta de Dados
A técnica de coleta de dados utilizada foi o questionário (Apêndice A), um meio mais
rápido e uma forma organizada de coletar dados. Segundo Marconi e Lakatos (2007), o
questionário apresenta uma série de vantagens e desvantagens, apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1 - Vantagens e Desvantagens da utilização de questionários
Vantagens
Desvantagens
Economiza tempo, viagens e obtém grande Percentagem pequena dos questionários
número.
que voltam.
Atinge maior número de pessoas Grande número de perguntas sem repostas.
simultaneamente
Abrange uma área geográfica mais ampla
Não pode ser aplicado em pessoas
analfabetas.
Economiza
pessoal,
tanto
em
adestramento, tanto em trabalho de campo. Impossibilidade de ajudar o informante em
questões mal compreendidas
Obtém respostas mais rápidas e mais A dificuldade de compreensão, por partes
precisas.
dos informantes, leva a uma uniformidade
aparente
Há maior liberdade nas respostas, em
razão do anonimato.
Na leitura de todas as perguntas, antes de
respondê-las,
pode
uma
questão
influenciar a outra.
Há mais segurança, pelo fato de as
respostas não serem identificadas.
A devolução tardia prejudica o calendário
ou a sua utilização.
Há menos risco de distorção, pela não O desconhecimento das circunstâncias em
influência do pesquisador.
que foram preenchidos torna difícil o
controle e a verificação.
Há mais tempo para responder e em hora Nem sempre é o escolhido quem responde
mais favorável.
ao questionário, invalidando, portanto, as
questões.
Há mais uniformidade na avaliação, em
virtude da natureza impessoal do Exige um universo mais homogêneo.
instrumento.
Fonte: Marconi e Lakatos (2007)
Ainda fez-se o uso da entrevista, sendo esta aplicada junto ao Gestor do DRI da UFV
(Apêndice B), para que informações inerentes aos intercâmbios e convênios internacionais
19
firmados fossem identificadas, bem como quanto à receptividade dos estudantes estrangeiros
juntamente com seus entraves.
3.4. Técnica de Análise dos Dados
Na fase qualitativa foi utiliza a análise de conteúdo. Para Bardin (2002) a análise
qualitativa apresenta características particulares capazes de contribuir para deduções
específicas sobre um acontecimento ou uma variável de inferência precisa, como acontece em
estudo de caso, e não em inferências gerais.
O autor ainda ressalta que a análise de conteúdo é expressa por um conjunto de
técnicas de análise das comunicações nas quais são utilizados os procedimentos sistemáticos e
objetivos do conteúdo das mensagens. Desta forma, a análise de conteúdo permite o
desmembramento do texto em unidades menores visando os diferentes núcleos de sentido que
constituem a comunicação, e posteriormente, realizar o seu reagrupamento em classes ou
categorias (BARDIN, 2002).
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. A Universidade Federal de Viçosa
A Universidade Federal de Viçosa já precursora na internacionalização percebeu desde
muito antes a necessidade da internacionalização e da recepção de estudantes estrangeiros.
Haja vista que a sua criação se fundamentou na filosofia dos Land Grand Colleges, que tem
como pilares a trilogia, Ensino, Pesquisa e Extensão.
Seu primeiro Diretor foi Peter Henry Rolfs, que veio da Flórida, onde era especialista
de várias culturas de frutas e leguminosas. Uma vez implantada a então Escola Superior de
Agricultura e Veterinária, Peter Rolfs trouxe vários agrônomos especialistas em diferentes
culturas, já nascendo um curso de Agronomia comum diferencial de internacionalização. A
vinda desses professores teve profundo reflexos no campus como pode-se verificar pelo estilo
das casas e prédios existentes.
Também se destacou a parceria através de convênios internacionais da UFV, como
exemplo o Projeto PURDUE-UREMG(Universidade Rural do Estado de Minas Gerais), um
dos primeiros firmados pela instituição. Houve a criação do Curso Superior de Ciências
Domésticas destacando a figura da mulher na Universidade que era freqüentada a maioria das
vezes por homens.
Tal projeto permitiu que os professores fizessem mais cursos de pós-graduação,pois
que lhes permitiram trazer para os Campi as mais avançadas práticas agrícolas e tecnologias
de ponta.
Segundo Arruda (2003), a manutenção deste convênio permitiu a contratação de
docentes, possibilitando a criação e expansão dos cursos de pós-graduação strictu sensu. A
federalização da Universidade possibilitou a entrada de novos recursos e iniciou uma abertura
de novos cursos de graduação na área de ciências humanas, sociais, biológicas e da saúde,
ciências exatas e tecnológicas e ainda nas áreas de ciências humanas letras e artes. Mesmo
que a UFV tenha ênfase na agropecuária, a instituição veio a assumir um caráter eclético.
A UFV recebe jovens e profissionais de outros países com propósitos acadêmicos e
técnicos para uma troca de experiência. Nesta direção, tem vários programas de intercâmbio,
tais como: Convênios Internacionais Vigentes na UFV (Apêndice C). A universidade conta
com a Diretoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais, que se localiza no prédio
principal, que trata de assuntos internacionais cuja denominação anterior era Assessoria
21
Internacional de Parcerias e Convênios. Com a nomeação de um novo assessor em 2010
houve a criação de um regimento interno que promove ainda mais e estimula o processo de
internacionalização da UFV ampliando parcerias com instituições universitárias estrangeiras
de diversas partes do mundo.
4.2. Estudantes Estrangeiros na Universidade Federal de Viçosa
Com os convênios celebrados entre Universidade Federal de Viçosa e as instituições
estrangeiras, a UFV recebe estudantes originados de vários países (Apêndice D).
O questionário foi aplicado a dezesseis estudantes estrangeiros de graduação e pós graduação na Universidade Federal de Viçosa com quarenta e três perguntas relacionadas à
UFV, receptividade, convivência, organização, a cidade de Viçosa e uma auto-avaliação.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 1 - Convênio realizado
No tocante ao convênio realizado pela UFV com as instituições internacionais, os
entrevistados apontaram esta ser “importante” em maior parte dos casos (38%), Figura 1. É
um importante elemento para que se sejam estabelecidos os acordos internacionais. Um dos
primeiros convênios internacionais firmados pela instituição foi o Projeto Purdue- UREMG o
qual iniciou a internacionalização da UFV.
22
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 2 - Referência na qualidade de ensino da UFV
Verificou-se que a referência na qualidade de ensino da UFV foi tida como “muito
importante” (56%), Figura 2, ressaltando também que a instituição de ensino superior teve o
conceito máximo em avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(INEP). E considerada pela avaliação do MEC em 2011 como uma das melhores instituições
federais divulgado pelo Índice Geral de Cursos (ICG).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 3 - Referência na qualidade de pesquisa científica
Quanto a qualidade de pesquisa cientifica da UFV, os entrevistados, em sua grande
maioria (69%)consideraram este quesito como sendo “muito importante” (Figura 3). Um dos
pontos fortes da qualidade da instituição, refere-se a inovação nos projetos de pesquisa,um
exemplo recente foi o estudo com Macaúba que incentivou a produção bicombustível,
23
utilizando das sementes para geração de combustíveis alternativos ao petróleo (ESPAÇO DO
PRODUTOR, 2011). Ressalta-se a importância do processo de internacionalização, a
internacionalização da pesquisa científica, da comunidade docente e a mobilidade estudantil
conforme dito por MADEIRA(2006).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 4 - Facilidade de acesso a UFV
Com relação a facilidade de acesso, 44% dos entrevistados apontaram ser
“importante” (Figura 4).É importante salientar que o ingresso de candidatos estrangeiros na
UFV é feito mediante um processo seletivo nos dois países envolvidos, de modo que o país de
origem do candidato irá verificar se o mesmo apresenta o atendimento dos diversos critérios,
para somente então ingressar a UFV.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 5 - Interesse em aprender a língua portuguesa
24
Um valor de 69% dos entrevistados apontaram o interesse em aprender a língua
portuguesa, considerando este muito importante (Figura 5). Na UFV, o Departamento de
Letras que oferece aulas de português aos estudantes estrangeiros proporcionando um melhor
entendimento entre professores e alunos.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 6 - Interesse em conhecer o Brasil
Quanto ao interesse em conhecer o Brasil, 56% responderam ser muito importante
(Figura 6). Uma questão relevante, pois o estudante estrangeiro conhecendo o Brasil poderá
ter um conhecimento mais amplo da cultura brasileira e seus costumes.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 7 - Importância da Universidade
Quanto à importância da UFV, 63% consideraram muito importante (Figura 7). A
UFV com base em sua filosofia de trabalho, ensino, pesquisa e extensão destaca-se na área de
Ciências Agrárias, sendo reconhecida tanto nacionalmente quanto internacionalmente.
Nesse contexto, segundo Marrara (2007), existem universidades que buscam dentro de
assuntos acadêmicos o potencial de intercâmbio de pessoas para que haja um
25
desenvolvimento dos padrões internos de ensino e pesquisa e que favoreçam diferentes
comunidades.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 8 - Município de Viçosa
Em relação ao município de Viçosa, 37% apontaram ser importante (Figura 8).
Viçosa é uma cidade por sua tradição considerada educadora e que recebe todos os anos
jovens e profissionais do Brasil e do exterior. Com diversidade de pessoas com culturas e
etnias diferentes, atribuiu-lhe uma natureza cosmopolita no ambiente da cidade
(PREFEITURA MUNICIPAL DE VIÇOSA-MG, 2011).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 9 - Bolsa de estudo
No que se refere a bolsa de estudo, 56% apontaram essa ser muito importante, tal
instrumento serve para ajuda no auxílio para alimentação, moradia, e demais gastos (Figura
26
9). Os estudantes PEC-G(2000) (Projeto PROMISAES) e PEC-PG (CAPES- CNPq,) são
beneficiados por esse subsídio oferecido pelo MEC e MRE (Ministério da Educação e
Ministério das Relações Exteriores). Constata-se que esta é uma das motivações de maior
expressão para a escolha da UFV.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 10 - Estudo gratuito
Quanto ao estudo gratuito, 63% considerou muito importante, sendo evidenciada como
uma universidade pública com qualidade (Figura 10). Estudantes de convênios não
necessitam de pagar qualquer taxa enquanto estiver sobre o vínculo com a instituição É uma
grande oportunidade para os estudantes estrangeiros, já que os problemas financeiros podem
vir a causar empecilho na realização desta experiência internacional.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 11 - Bolsa auxílio alimentação
27
Em relação à bolsa auxílio alimentação 38% apontaram ser muito importante.Durante
a estadia no Brasil, o estudante de convênio não tem alimentação gratuita, sendo esta paga
pelo próprio estudante.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 12 - Recepção dos estudantes estrangeiros pelos docentes
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 13 - Recepção dos estudantes estrangeiros pelos colegas
28
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 14 - Recepção dos estudantes estrangeiros pelos funcionários
Quanto à recepção dos estudantes estrangeiros pelos docentes, os entrevistados
consideraram “muito importante” e pelos colegas e funcionários estes apontaram ser
“importante” (Figuras 12, 13 e 14). O estudante advindo de um país de cultura diferente
necessita de uma maior atenção e faz-se necessário recepcioná-los bem para que esses levem
uma imagem positiva da Universidade e do país no contexto internacional. De acordo com
Cherman (1999), o fenômeno da globalização juntamente ao aspecto cultural e o respeito a
sua diversidade,fará com que o domínio delicado das relações entre as nações se estabeleça
com a intercomunicação das comunidades acadêmicas, portanto a cultura será um elemento
chave para uma aproximação e inter-relação dos povos.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 15 - Capacidade dos professores compreenderem os idiomas estrangeiros
29
Quanto à capacidade dos professores compreenderem os idiomas estrangeiros, 44%
dos estrangeiros consideraram este quesito como sendo “importante”, pois é uma forma de
aproximação entre estudante e o professor (Figura 15).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 16 - Horário de aula
Quanto ao horário de aula 44% apontaram como sendo importante (Figura 16).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 17 - Horário da biblioteca
Em relação ao horário da biblioteca, 50% responderam este sendo “muito importante”
(Figura 17). A consulta ao acervo serve de apoio ao estudante estrangeiro para que tenha um
aprofundamento no conteúdo explanado em sala de aula.
30
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 18 - Horário da secretaria e departamento
Quanto ao horário da Secretaria e Departamento, 50% responderam como sendo
“importante” (Figura 18), pois é durante o funcionamento de tais setores, o momento pelo
qual os estudantes têm a oportunidade de tirar dúvidas acerca dos horários de aula e/ou formas
no acesso eletrônico da Instituição.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 19 - Horário das aulas de português
Quanto ao horário das aulas de português, 56% consideraram como sendo importante
(Figura 19). As aulas de português auxiliam o estudante estrangeiro não lusófono uma
melhor compreensão da língua portuguesa.
31
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 20 - Relacionamento com estudantes brasileiros
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 21 - Relacionamento com docentes
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 22 - Relacionamento com dirigentes e funcionários da instituição
32
Os relacionamentos dos estrangeiros com os estudantes brasileiros, docentes e
funcionários da instituição foram considerados como sendo importante. Este âmbito é de
fundamental importância, tendo em vista que por vezes o processo de avaliação é feito
mediante trabalhos em grupo (seminários) e deve haver entrosamento entre os estudantes para
que haja o atendimento da proposta, que é gerar conhecimento (Figuras 20, 21 e 22).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 23 - Atendimento médico
Quanto ao atendimento médico, 44% apontaram ser importante. A UFV dispõe de um
hospital dentro do Campus Universitário que atende aos alunos estrangeiros que comprovem
o vínculo com a universidade (Figura 23).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 24 - Atendimento psicológico
Em relação ao atendimento psicológico, 38% apontaram ser importante.Localizada na
Vila Gianneti, no Campus da UFV há uma divisão psicossocial que oferece esse atendimento
aos estudantes (Figura 24).
33
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 25 - Tramitação de documentos
Na questão da tramitação de documentos, 50% apontaram como importante, a
Diretoria de Relações Internacionais da UFV disponibiliza no site as informações aos
estudantes estrangeiros e quais documentações são necessárias (Figura 25).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 26 - Disponibilidade de computador e internet
Em relação à disponibilidade de computador e internet, 44% responderam ser muito
importante. Em alguns departamentos há o laboratório de informática podendo ser utilizado
pelo estudante estrangeiro (Figura 26).
34
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 27 - Oportunidade de lazer e evento
Quanto à oportunidade de lazer e eventos, 44% dos entrevistados consideraram
importante. A Divisão de Assuntos Culturais da UFV oferece aos estudantes e a comunidade
atrações como: apresentação do coral da UFV, peças teatrais e visita a casa Arthur Bernardes,
Cine Carcará (Figura 27).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 28 - Oportunidade de fazer cursos
E com relação à oportunidade de fazer cursos, 63% dos entrevistados responderam ser
muito importante (Figura 28). A UFV oferece 45 cursos de Graduação, 4 cursos de
graduação a distância e 57 cursos de Pós-Graduação com qualidade. Nas áreas de Agrárias,
Biológicas, Exatas e Humanas. E da pós-graduação, Lato sensu (22)e Stricto sensu (35).
35
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 29 - Segurança na Universidade
No tocante a segurança na Universidade, 50% apontaram ser importante. A UFV conta
com a Diretoria de Logística e Segurança no campus (Figura 29). O setor de segurança da
UFV antes era denominado de Divisão de Proteção Patrimonial. A Diretoria foi inaugurada
em 25/08/2006 na gestão do ex- reitor Prof. Carlos Segueyuki Sedyama, localizada na
Avenida principal, em ponto estratégico oferecendo maior segurança a comunidade
universitária (DIRETORIA DE LOGÍSTICA E SEGURANÇA – DLS, UFV).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 30 - Acesso a restaurante UFV
Quanto ao acesso a restaurante na UFV, 56% apontaram também ser importante
(Figura 30). A universidade possui dois restaurantes que tem cardápios variados e preços
acessíveis. O funcionamento segue o calendário escolar.
36
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 31 - Acesso a lanchonete
Em relação ao acesso a lanchonete, 56% apontaram como importante. No campus há
quatro lanchonetes que oferecem pratos diversos, salgados (Figura 31).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 32 - Condições de transporte terrestre/aeroporto-Viçosa-UFV
Quanto à condição de transporte 44% apontaram como importante.O aeroporto
internacional mais próximo da cidade de Viçosaé o de Belo Horizonte. A outra condição de
deslocamento é o transporte terrestre Belo Horizonte – Viçosa (Figura 32).
37
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 33 - Apoio para conseguir documentos
Quanto ao apoio para conseguir documentos, 56% apontaram ser muito importante. A
Diretoria de Relações Internacionais da UFV se encarregou de solicitar apoio aos estudantes
estrangeiros através da vinda dos Agentes da Polícia Federal na instituição para agilizar a
regularização do visto e a obtenção da carteirinha de identidade do estudante estrangeiro
(Figura 33).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 34 - Acesso a restaurantes em Viçosa
Quanto ao acesso aos restaurantes em Viçosa, 50% disseram ser importante (Figura
34). Os restaurantes ofertam distintos cardápios.
38
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 35 - Acesso a moradia e república em Viçosa
Quanto ao acesso à moradia e a repúblicas em Viçosa, 50% apontaram ser importante
(Figura 35). A universidade não disponibiliza moradia ao estudante estrangeiro, cabe ao
estudante buscar local de moradia. Nesse sentido, o gabinete de Relações Internacionais da
UFV disponibilizou um sistema de alojamento para a pessoa que queira alojar o estudante
estrangeiro sendo de inteira responsabilidade do proprietário a locação. O cadastro do
alojamento é feito no site da DRI. Foi uma iniciativa da diretoria para auxiliar ao estudante
estrangeiro localizar local para se alojar.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 36 - Acesso a academia e atividades esportivas em Viçosa
Quanto ao acesso a academia e atividade esportivas em Viçosa, 50% responderam ser
importante sendo uma forma de entrosamento e descontração para o estudante, e estar em
contato com a comunidade local (Figura 36).
39
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 37 - Opções de cultura em Viçosa
Em relação a opções de cultura em Viçosa, 44% consideraram importante. Acidade
oferece opções de cultura como exemplo cursos de capoeira, artesanato, Centro de Artes e
Música de Viçosa, Grupos de dança, grupos folclóricos.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 38 - Segurança em Viçosa
No quesito segurança em Viçosa, 63% responderam ser muito importante (Figura 38).
A prefeitura de Viçosa está sempre atenta as necessidades da população buscando cuidar do
município e do cidadão. Sendo uma cidade de valor histórico desde a construção dos
primeiros edifícios da Universidade, Escola Superior de Veterinária, e Escola Superior de
Ciências Domésticas, colégio de Viçosa, balaústre, Escola Normal, Hospital São Sebastião. É
de grande importância manter segurança do patrimônio público e privado do município e do
cidadão.
40
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 39 - Preços em Viçosa
Quanto aos preços das mercadorias e/ou bens em Viçosa, os entrevistados consideram
este quesito como sendo importante (Figura 39). Na UFV, no Departamento de Economia
são relatados boletins mensais o Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC), que
acompanham a evolução de preços e dos bens e serviços pagos pelos consumidores
viçosenses. Calcula-se também o custo de cesta básica de alimentação. O objetivo é avaliar o
poder de compra e identificar o número de horas de trabalho necessárias para aquisição desta
cesta (DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, UFV).
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 40 - Comprometimento com a UFV
Os estrangeiros elencaram o comprometimento com a UFV, como sendo importante
(Figura 40). Assim como os estudantes brasileiros, os estrangeiros devem obter conceito
41
satisfatório, assiduidade as aulas, e ainda quando solicitado realizar experimento(s), pesquisas
e/ou trabalhos de conclusão como requisitos para aprovação nas disciplinas cursadas e
obtenção do título. O não cumprimento desses requisitos implica em não obtenção do título e
o desligamento com o convênio.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 41 - Comprometimento com o curso
Assim como o comprometimento anteriormente mencionado, o empenho junto ao
curso também se faz de relevância, conforme apontamento de 63% (Figura 41). É de
fundamental importância a obtenção de rendimentos satisfatórios nas disciplinas cursadas, de
modo que estes não deverão ser inferiores a 60%.
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 42 - Satisfação atual
A satisfação atual foi de 50%, considerada muito importante sendo que é uma grande
oportunidade fazer parte de uma Universidade renomada.(Figura 42)
42
Fonte: Dados da Pesquisa
Figura 43 - Motivação atual
Quanto à motivação atual, 75% disseram ser muito importante (Figura 43), sendo a
razão pela qual o estudante estrangeiro se desloca de seu país a procura de uma Universidade
de qualidade, reconhecida internacionalmente. E que posteriormente, o título na referida
instituição abrirá caminhos para o mercado de trabalho em seu país de origem(Argentina,
Colômbia, Peru, Coréia do Sul, EUA).
Nesse contexto, retomando Mac- Dowell (1998), a praticidade da educação
internacional é amplamente reconhecida pois nos próximos anos a rede mundial de
comunicação, pessoal ou empresarial será de grande valor para trocas de informações
culturais e experiências.
Em relação à indicação da UFV pelos colegas e amigos, a maioria dos entrevistados
referenciariam a UFV. Verificou-se que 100% dos entrevistados consideraram muito
importante a instituição. Sendo que a Universidade oferece ensino gratuito de qualidade,
acesso a pesquisa e extensão, bem como laboratórios e outras atividades extracurriculares.A
Universidade Federal de Viçosa (UFV), tradicional em Ensino, Pesquisa e Extensão, desde
sua fundação tem realizado trocas e experiências internacionais tanto de professores quanto
alunos, sendo uma das precursoras na internacionalização.
43
4.3. Análise da Entrevista com o Gestor de Relações Internacionais da Universidade
Federal de Viçosa
A Diretoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais é responsável por
aproximar o mundo acadêmico-científico internacional à UFV por meio de convênios e
parcerias entre diversas Universidades pelo mundo de forma a proporcionar permanente
interação e oportunidades para docentes, discentes e funcionários da instituição brasileira.
Para tanto, a DRI é gerenciada pelo Gestor de Relações Internacionais que coordena as
atividades de administrativas, de mobilidade internacional e o setor de convênios
interinstitucionais.
Neste cenário, o presente Gestor foi entrevistado no intuito de verificar qual a
percepção da adminitração Universitária quanto a receptividade de estudantes estrangeiros. O
critério de análise desta entrevista foi a análise de conteúdo, que segundo Bardin (2002)
permite o desmembramento do texto em unidades menores visando os diferentes núcleos de
sentido que constituem a comunicação, e posteriormente, realizar o seu reagrupamento em
classes ou categorias.
Dentre os principais pontos positivos elencados pelo gestor da UFV pode-se verificar
que as alterações promovidas na estrutura física e operacional da Diretoria de Relações
Internacionais proporcionaram um incremento nas visitas e participação em eventos
internacionais para divulgação da UFV; celebração de novos convênios e participação de
estudantes da UFV no exterior em cursos de curto prazo. Em relação a hospedagem foi
implementado um sistema de cadastro no site institucional da DRI de possíveis localidades
para abrigar os estudantes estrangeiros na cidade Viçosa.
O gestor ainda mencionou a dificuldade na chegada do estudante estrangeiro à cidade
de Viçosa em virtude da distância geográfica entre este município e a Aeroporto Internacional
de Confins, totalizando quatro horas de viagem, considerado o mais próximo. Ponderou
também, a questão dos preços dos alugueis do município, mesmo sendo de pequeno porte
apresenta-se preços elevados.
44
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível constatar que o estudante estrangeiro tem uma imagem positiva da
UFV, fato este evidenciado pelas questões, de maior relevância, apresentadas e discutidas,
neste estudo: importância da Universidade, qualidade de ensino, qualidade de pesquisa
científica, receptividade e relacionamento e motivação atual.
Cabe salientar, o quão valoroso é investir na Cooperação Internacional junto as
Instituições Federais de Ensino Superior, de modo que permita uma maior abertura para
estudantes, professores, e de forma mais ampla, abrangendo inclusive gestores e técnicos
administrativos da Universidade. Portanto, criando condições para que o aluno estrangeiro se
adapte ao Brasil e se beneficie dessa experiência.
Verificou-se que 50% dos entrevistados estão satisfeitos com a UFV, tal percentual
não exprimiu pontualmente o nível de satisfação, assim sendo diante de tal resultado novos
estudos devem ser realizados, com vistas à identificação dos descontentamentos dos
estudantes e estabelecimento de metas que permitam a máxima satisfação.
Constatou-se que o Gestor das Relações Internacionais apontou como dificuldade a
receptividade dos alunos da UFVreferente a questão da distância do aeroporto internacional a
cidade de Viçosa e também preços elevados dos alugueis quanto a acomodação ao estudante
estrangeiro.
Por fim, sugere-se a realização de novos estudos para aprofundamento na temática
abordada, tendo em vista que esta ainda foi pouco explorada no Brasil. Quanto aos
instrumentos de coleta de informações, sugere-se o uso de questionários que sejam providos
de perguntas discursivas para que os estudantes estrangeiros possam relatar suas opiniões
acerca da Universidade, e/ou mesmo dificuldades encontradas durante o processo
seletivo, adaptação no país estrangeiro e término do curso escolhido.
45
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, M. M. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: Elaboração de
Trabalhos na Graduação. 3.ed.- São Paulo: Atlas,1998.
ARRUDA, Maria Aparecida.Origem da Universidade Federal de Viçosa: Modernidade,
Agricultura de Exportação e Importação de Modelos (1922,-1970) Cadernos de História da
Educação –nº2 – jan/dez,2003
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Trad. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro.Lisboa:
Edições 7, 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Superior. Ministério da Educação, Divisão de Assuntos
Internacionais. Programa de Estudantes-Convênio de Graduação: manual. Brasília, 2000.
70 p.
BUARQUE, C. Aventura da Universidade, São Paulo: Editora da Universidade Estadual
Paulista;Rio de Janeiro: Paz e Terra ;1994; Universitas 239 pag.
BUENO, R.F.; FÁVARO, T. A internacionalização das universidades vista por três
especialistas estrangeiros. Revista Ensino Superior Unicamp, ano II, n.3, jun. 2011.
Disponível
em<http://www.gr.unicamp.br/ceav/revistaensinosuperior/ed03_junho2011/pdf/05.pdf>
Acesso em 18 out. 2011.
CHERMANN, L. P. Cooperação Internacional e Universidade – Uma Nova Cultura no
Contexto da Globalização. São Paulo: EDUC, 1999.
COODERNAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR –
CAPES. Programa de Estudante-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG). Acesso em:
<http://www.capes.gov.br/cooperacao-internacional/multinacional/pec-pg> 03 nov. 2011.
ESPAÇO
DO
PRODUTOR.
Disponível
em:
<https://www2.cead.ufv.br/espacoProdutor/scripts/verNoticia.php?codigo=939&acao=exibir>
. Acesso em: 27 out. 2011.
FONSECA, R. J. M. A Importância do Intercâmbio de Estudantes de Graduação Estrangeiros
e Brasileiros no Ensino da Física – Experiência Do DEQ/UERJ. XVI Simpósio Nacional do
Ensino
de
Física,
2005.
Disponível
em:
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/cd/resumos/T0475-1.pdf Acesso em: agosto
de 2011.
FRANÇA, L. Universidades apostam na globalização. Revista Você S.A. Edição 152.
2011.Disponível
em:
http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-suacarreira/materia/universidades-apostam-globalizacao-624441.shtml.
46
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION - IOM. About Migration.
Disponível em <http://www.iom.int>. Acesso em: setembro de 2011
LAKATOS, E. M.;MARCONI,M. A. Fundamentos de Metodologia Científica- 6. ed-4 –
São Paulo: Atlas, 2007.
LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de
Educação. São Paulo: ANPED,jan/fev/mar/abr,nº 19,2002.
MAC-DOWELL, V. Sem Fronteiras: guia prático para estudar no exterior do 1º grau à pósgraduação. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
MADERA, I. Sistema de gestion de La internacionalizacion y La cooperacion en La
universidad APEC, como eje tranversal de La dinâmica institucional. V CONGRESO
INTERNACIONAL DE EDUCACION SUPERIOR,Universidad 2006.
MARRARA, T. Internacionalização da Pós- Graduação: objetivos, formas e avaliação
Revista Brasileira de Pós- Graduação,V.4,n.8,p.245-262,2007.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Disponível em: http://portal.mec.gov.br
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa de Estudantes-Convênio de Graduação –
PECG – Manual. Brasília: Secretaria de Educação Superior – SESu/Departamento de
Política de Ensino Superior – DePES/Divisão de Assuntos Internacionais – DAI, 2000. 70p.
MOREIRA, N. M. L. M.BRASIL IMAGINADO:As narrativas dos estrangeiros na revista
Piauí. 2011.Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
– Interações Midiáticas, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
MOROSINI, M. C. Estado do Conhecimento sobre Internacionalização Universitária:
princípios e práticas. In: 28 Reuniao Anual da ANPED, 2005, Caxambu. 28 Reuniao da
ANPED, 2005. v. 1.
NETTO, A. A. O. Metodologia da pesquisa científica: guia prático para apresentação de
trabalhos acadêmicos. 2. ed. Florianópolis: Visualbooks, 2006.
Prefeitura de Viçosa- Disponível em: </www.vicosa.mg.gov.br> Acesso em 04/10/11.
SILVA, A. M; REAL,G. C. M. As Configurações das Políticas para a Educação Superior e as
Reformas do Ensino Superior. Revista da Faculdade de Educação da UFG,
Goiânia,V.36,n1,p.141-157, jan/jun.2011
SILVA, M. A. M. Migração e adoecimento: a cultura e o espaço de simbolização da doença.
Tese de doutorado (Pós- Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
Estadual de Campinas). CAMPINAS- SP, 2004
SILVEIRA, L. Simplesmente Eu´s: Análise da Identidade de Estudantes de Pós-Graduação
particpantes de Programa de Intercâmbio Internacional. In: Encontro Nacional de História
Oral, X, 2010, Recife. Anais... Recife: 2010. p. 1-14.
47
STALLIVIERI, L. O processo de internacionalização nas instituições de ensino superior.
Educação Brasileira, Brasilia, v. 24, n. 48-49, p. 35-57, 2003.
UFV. Universidade Federal de Viçosa Disponível em: <www.ufv.br> Acesso em
28/07/2011.
YIN, R. K. Estudo de caso; Planejamento e Métodos – 3ª ed- Porto Alegre: Bookman,
2005.
48
7. APÊNDICES
Apêndice A - Questionário aplicado aos estudantes estrangeiros
Nome:__________________________________________Idade:__________
Curso:_________________________________________________________
País de origem:__________________________________________________
Em relação à UFV e ao município de Viçosa, avalie os seguintes itens quesitos de acordo com
a escala abaixo:
ESCALA DE
AVALIAÇÃO
1
nada
importante
2
pouco importante
3
indiferente
4
5
importante
muito
importante
Motivos para escolha da UFV:
1
2
3
4
5
Convênio realizado em seu país de origem
Referência na qualidade do ensino
Referência na qualidade da pesquisa científica
Facilidade de acesso
Interesse em aprender língua portuguesa
Interesse em conhecer o Brasil
Importância da Universidade
Município de Viçosa
Bolsa de estudos
Estudo gratuito
Auxílio alimentação
Em relação à receptividade na UFV:
1
2
3
4
5
Recepção pelos docentes
Recepção dos colegas
Recepção dos funcionários
Capacidade dos professores de compreensão dos
idiomas estrangeiros
49
Em relação aos horários e atendimento na UFV:
1
2
3
4
5
Horários de aulas
Horários da biblioteca
Horários de secretaria e departamentos
Horário das aulas de português
Em relação à convivência (ambiente universitário):
1
2
3
4
5
1
2
3
4
5
Relacionamento com estudantes brasileiros
Relacionamento com docentes
Relacionamento com dirigentes e funcionários da instituição
Em relação à organização da UFV:
Atendimento médico
Atendimento psicológico
Tramitação de documentos
Disponibilidade de computadores e acesso a internet
Oportunidades de lazer e eventos
Oportunidade de fazer cursos
Segurança na Universidade
Acesso a restaurantes
Acesso a lanchonetes
Condições de transporte terrestre- aeroporto/Viçosa
Apoio para conseguir visto e documentos
Em relação ao Município de Viçosa:
1
2
3
4
5
Acesso a restaurantes
Acesso a moradias e repúblicas
Acesso a academia e atividades
esportivas
Opções de cultura
Segurança no município
Preços
50
Auto-avaliação do aluno:
Muito
baixo
Baixo
Não
sabe
Alto
Muito alto
Comprometimento com a UFV
Comprometimento com o curso
Satisfação atual
Motivação atual
ÆVocê indicaria a UFV para colegas e amigos? ( ) Sim ( ) Não
51
Apêndice B - Entrevista com o Gestor da DRI/UFV
1Informe os intercâmbios e Convênios Internacionais firmados pela Instituição.
2Como foi o processo de implementação? A Instituição se baseou em outras
Universidades? Quais foram os atores envolvidos? (Reitoria, Assessoria Especial,
Administração Superior, Docentes, Discentes)? Houve incentivos políticos?
3Quais são os países alvos? Como foi realizado este contato? Como foram firmados os
convênios? Qual o prazo médio de duração dos convênios?
4Quais foram as dificuldades na recepção de estudantes estrangeiros na Universidade.
5A política /diretriz adotada pela Instituição tem apresentado resultados satisfatórios?
Quais os planos para o futuro?
6Apresente sugestões pra estimular o processo de Internacionalização da Universidade.
52
Apêndice C -Convênios Internacionais vigentes da UFV
CONVÊNIO
PAIS
INSTITUTOMAX PLANCK
DE FISIOLOGIA
MOLECULAR
ALEMANHA
INSTITUTO DE TÉCNICA
AGRÁRIA ASSOCIAÇÃO
REGISTRADA
INSTITUTO DEDESENV.
AGRARIO – IDA
UNIVERSIDADE
AGOSTINHO NETO
MINISTÉRIO DE
AGRICULTURA DE
ANGOLA
FUNDACIÓN DE HISTÓRIA
NATURAL FÉLIX DE
AZARA
UNIVERSIDAD NACIONAL
DE SAN JUAN
UNIV. NAC. DE SANTIAGO
DEL ESTERRO
UNIVERSIDAD NACIONAL
DE LA PLATA
ALEMANHA
ANGOLA
ANGOLA
ANGOLA
ARGENTINA
ARGENTINA
ARGENTINA
ARGENTINA
UNIVERSIDADE NACIONAL
DEL SUR
ARGENTINA
UNIVERSITÉLAVAL
CANADÁ
UNIVERSIDAD DE
CONCEPCION
UNIVERSIDAD DE LA
SERENA
CHINA AGRICULTURAL
UNIVERSITY
CÁMARA SECTORIAL DE
LA INDUSTRIA DEL ARROZ
– INDUARROZ
UNIVERSIDAD DE CALDAS
(Proc. 016248/10)
CHILE
CHILE
CHINA
COLÔMBIA
COLÔMBIA
CONVÊNIO
CONSÓRCIO UNIVERSITY
OF KENTUCKY, IOWA,
UFCGrande, UFLA, ESALQ,
UFV. (CAPES/FIPSE)
UNIVERSITY OF
KENTUCKY
CONSORCIO UWF, FAMU,
UFV e UFC (CAPES/FIPSE)
UNIVERSITY OF
WISCONSIN-Madison
UNIVERSITY OF
WISCONSIN-Madison
UNIVERSITY OF
ILLINOIS, PURDUE, USP,
UFV.(CAPES/FIPSE)
UNIVERSITY OF ILLINOIS
AT URBANACHAMPAIGN
UNIVERSITY OF
WASHINGTON
UNIVERSITY OF WEST
FLORIDA
UNIVERSITY OF WEST
FLORIDA / Intercâmbio
UNIVERSITY OF
NEBRASKA
INSTIT. NATIONAL
POLYTEC. DE LORRAINE
AGROCAMPUS OUEST
UNIVERSITÉ SORBONNENOUVELLE – PARIS III
ISBP-UvA - (Instit. de
Pesquisa ) UNIV. DE
AMSTERDAM
STICHTING
UITWISSELING EM
STUDIEREIZEN VOOR
HET PLATTELAND - SUSP
PAIS
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
FRANÇA
FRANÇA
FRANÇA
HOLANDA
HOLANDA
53
UNIVERSIDAD DE NARIÑO
UNIVERSIDAD DE
TOLIMA
UNIVERSIDADE DE
CÓRDOBA
CORPORACIÓN
UNIVERSITÁRIA DE
CIENIAS APLICADAS Y
AMBIENTALES – U.D.C.A.
UNIVERSIDADE NAC. DE
LOJA
UNIVERSIDAD TÉCNICA
ESTATAL DE QUEVEDO
SCOTTISH AGRICULTURE
COLLEGE - SAC
FACULTAD DE CIENCIAS
EMPRESARIALES DE
MONDRAGON
UNIBERSITATEA
HANZE UNIVERSITY OF
GRONINGEN
HOLANDA
COLÔMBIA
ESCOLA AGRICOLA PANAMERICANA/ZAMORANO
HONDURA
S
COLÔMBIA
UNIVERSIDADE DE
AGRICULTURAPANNON
HUNGRIA
COLÔMBIA
UNIVERSITY OF LEEDS
INGLATER
RA
COLÔMBIA
EQUADOR
EQUADOR
ESCÓCIA
ESPANHA
UNIVERSIDADDE HUELVA
ESPANHA
UNIVERSIDAD DE
ALICANTE
ESPANHA
UNIVERSIDAD DE GIRONA
ESPANHA
UNIVERSIDAD DE LEÓN
ESPANHA
UNIVERSIDAD DE
NAVARRA
ESPANHA
UNIVERSIDAD DE
VALLADOLID
ESPANHA
UNIVERSIDAD PÚBLICA DE
NAVARRA/Intercâmb.
ESPANHA
UNIVERSIDAD DE
CÓRDOBA
ESPANHA
UNIVESIDADE DE
SANTIAGO DE
COMPOSTELA
CENTRO DE
INVESTIGACIONES
ESPANHA
ESPANHA
UNIVERSITY OF
BRIGHTON
UNIVERSITAT DEGLI
STUDI DI FOGGIA
UNIVERSITA
DEGLISTUDI DI GENOVA
INGLATER
RA
HOKKAIDO UNIVERSITY
JAPÃO
TOKYO UNIVERSITY OF
AGRICULTURE AND
TECHNOLOGY
UNIVERSIDAD
NACIONAL AUTÓNOMA
DE MÉXICO
UNIVERSIDAD
AUTÓNOMA CHAPINGO
UNIVERSIDAD DE
GUADALAJARA
UNIVERSIDAD
COLUMBIA DEL
PARAGUAY
UNIVERSIDAD
NACIONAL DE SAN
ANTONIO ABAD DEL
CUSCO
UNIVERSIDAD ANDINA
DE L CUSCO
UNIVERSIDAD
NACIONAL DE SAN
MARTÍN
UNIVERSIDAD
NACIONAL DEL CENTRO
DEL PERÚ
UNIVERSIDAD
NACIONAL DE TRUJILLO
ITÁLIA
ITÁLIA
JAPÃO
MÉXICO
MÉXICO
MÉXICO
PARAGUAI
PERU
PERU
PERU
PERU
PERU
54
BIOLÓGICAS DEL CONSEJO
SUPERIOR DE
INVESTIGACIONES
CIENTIFICAS - CSIC
COLORADO STATE
UNIVERSITY
COMMUNIC. FOR AGRIC.
EXC. PROGRAM - CAEP
CONSORCIOUFV, UFG,
GADSDEN, AUGUSTA,
MONTEVALLO
(CAPES/FIPSE)
GADSDEN STATE
COMMUNITY COLLEGE
IOWA STATE UNIVERSITY INTERCÂMBIO
PURDUE UNIVERSITY
NORTH CAROLINA STATE
UNIVERSITY
OKLAHOMA STATE
UNIVERSITY
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
PURDUE UNIVERSITY
EUA
RUTGERS UNIVERSITY
EUA
THE OHIO PROGRAM - TOP
EUA
UNIVERSITY OF ARIZONA
EUA
UNIVERSITY OF FLORIDA
EUA
UNIVERSITY OF FLORIDA INTERCÂMBIO
EUA
UNIVERSITY OF GEORGIA
EUA
UNIVERSIDAD
NACIONAL DE
CAJAMARCA
ESC. SUP. AGR. DO INST.
POLIT. DE BRAGANÇA
UNIVERSIDADE DE
AVEIRO
UNIVERSIDADEDE
ÉVORA
UNIVERSIDADE DE
ÉVORA
INSTITUTO POLÍTÉCNICO
DE COIMBRA
UNIVERSIDADE TÉCNICA
DE LISBOA
INSTITUTO POLITÉCNICO
DE BRAGANÇA
UNIVERSIDADE TRASOS-MONTES E ALTO
DOURO
UNIVERSIDADE DE
LISBOA
UNIVERSIDADE DE
COIMBRA
MOSCOW MACHINE
INSTITUTE
UNIVERSIDAD DELOS
ANDES
PERU
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
PORTUGAL
RUSSIA
VENEZUEL
A
UNIVERSIDAD DO PORTO PORTUGAL
SULTAN QABOOS
UNIVERSITY
OMÃ
55
Apêndice D - Quadro de solicitações de intercâmbio UFV, período de 2010 a 2012
PAÍS
França
França
Colômbia
Colômbia
Colômbia
Colômbia
EUA
Colômbia
Colômbia
Espanha
Colômbia
Espanha
Colômbia
Honduras
EUA
EUA
França
Colômbia
Espanha
Espanha
Colômbia
EUA
ORIGEM
DESTINO
INPL - Brafitec
BRAFITEC
Córdoba
Córdoba
Córdoba
Tolima
Gadsden
Tolima
Córdoba
UPNA
Córdoba
Univ. Leon
Caldas
ZAMORANO
Capes/Fipse
Capes/Fipse
BRAFAGRI
Caldas
UPNA
UPNA
NARIÑO
Capes/Fipse
DTA
DTA
DVT
DFT
DTA
BIOAGRO
DLA
DFP
DFT
DEA
DTA
DEP
DLA
DZO
DEA
DLA
DTA
DLA
DEA
DEA
DPS
DLA
ENVIO
7072010
29072010
3122010
14122010
10112010
7122010
10112010
14122010
13072010
19102010
19112010
30112010
19112010
14072010
14042011
7072010
30112010
13072010
13072010
9112010
14042011
ACEITE
PERÍODO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
CIÊNCIA AO
SOLICITANTE
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Colômbia
Colômbia
Colômbia
EUA
Colômbia
Colômbia
Colômbia
Colômbia
França
Colômbia
Colômbia
Colômbia
Espanha
Colômbia
Colômbia
Colômbia
Costa Rica
Colômbia
EUA
Colômbia
EUA
EUA
Colômbia
EUA
EUA
EUA
Colômbia
Colômbia
UDCA
Tolima
Caldas
Univ. Montevallo
Córdoba
Tolima
Caldas
Caldas
BRAFAGRI
Caldas
NARIÑO
Córdoba
Córdoba
Tolima
Caldas
Córdoba
Un.CostaRica
Caldas
FAMU
Caldas
FAMU
UWF
Córdoba
Illinois
Illinois
Illinois
Caldas
Caldas
DZO
DVT
DEA
DLA
DVT
DVT
DFT
DVT
DTA
DEA
DPS
DZO
DPS
DEF
DZO
DFT
DTA
DTA
DLA
BAN
DLA
DLA
DLA/DPI
DEA
DEA
DEA
DTA
DFT
14122010
14122010
31052010
7122010
3122010
14122010
30112010
8122010
7072010
31052010
9112010
15042011
22122010
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Regularização
SIM
30112010
14122010
28122010
30112010
9052011
30112010
5052011
12042011
31052011
17122010
17122010
17122010
30112010
30112010
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Regularização
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/1º/2º
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Coordenador/UFV
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Regularização
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
57
Colômbia
EUA
Argentina
México
França
França
Colômbia
Colômbia
Colômbia
México
França
França
Colômbia
Colômbia
Argentina
Colômbia
França
Colômbia
França
Argentina
Argentina
Noruega
Argentina
México
França
Caldas
Illinois
MARCA-Tucumán
UAEHidalgo
INPL - Brafitec
INPL - Brafitec
MARCA
Córdoba
Córdoba
Caldas
Córdoba
UAEHidalgo
INPL - Brafagri
INPL - Brafitec
Caldas
Caldas
MARCA-ULaPlata
Córdoba
INPL - Brafitec
Caldas
INPL - Brafitec
MARCAUNNordeste
UNdelSur
IAESTE
MARCA-UNRosario
IAESTE
INPL - Brafitec
DFT
DEA
DFT
DAD
DTA
DTA
DFT
DPS
DTA
DLA
Dzo/Vet
DNS
DEL
DTA
DLA
DTA
DFT
DVT
DTA
DEM
DTA
DFT
DFT
DEC
DFT
DPI
DEL
30112010
17122010
24052011
29072010
29072010
18082010
ENVInculado
28062011
3062011
16082010
14062011
29072010
3062011
3062011
18082011
12072011
29072010
3062011
28062011
19082011
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
2011/1º/2º
2011/1º/2º
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
58
Argentina
França
Eua
França
Argentina
Alemanha
Espanha
México
Uruguai
França
França
França
EUA
Argentina
França
México
França
Colômbia
Colômbia
Colômbia
EUA
Espanha
EUA
Colômbia
Colômbia
Colômbia
Univ. Buenos Aires
INPL - Brafitec
Capes/Fipse
INPL - Brafagri
MARCA-UNLPlata
IAESTE
IAESTE
UAEHidalgo
MARCALaRepublica
INPL - Brafitec
INPL - Brafagri
INPL - Brafitec
NCSU
Univ. Buenos Aires
INPL - Brafagri
UAEHidalgo
INPL - Brafitec
Caldas
Córdoba
Caldas
Capes/Fipse
Univ. Leon
Capes/Fipse
Caldas
Córdoba
Egresso - Córdoba
DFT
DTA
DPS
DEL
DFT
DBA
DEC
DNS
DFT
DTA
DTA
DTA
DPS
DFT
DTA
DNS
DEL
DLA
DPS
DBA
DEA
DEC
DEA
DTA
DVT
DZO
29072010
31052011
12082011
3082011
28062011
29072010
6052011
14062011
11/010409
3062011
ENVInculado
3062011
30062011
31052011
30062011
3062011
5092011
5092011
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Aguardando
Aguardando
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2
2011/2º/3º
2011/2º/3º
2011/2º/3º
2011/2º/3º
2012/1
2011/2
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
59
60
Download

Angela Santos de Paula