BIA
BOLETIM INFORMATIVO DA
ASSOCIAÇÃO DE TRABALHADORES DO
LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL
2º trimestre de 2013
n.º B 5
Direção: Luís Dias, Presidente do Conselho Diretivo da ATLNEC
Editorial
É em Abril, que encerramos as comemorações do 60.º aniversário, foi a intenção do CD o apelo para que
continuemos a alimentar uma ideia antiga, uma ATLNEC, para que sejamos solidários, fraternos e lutemos contra o egoísmo e o individualismo que nestes tempos
parecem ser o únicos sintomas a invadir os corações. Justiça se deve fazer a quem
teve a capacidade de ao antecipar tempos iniciar uma associação como a nossa
ATLNEC, mas ainda é mais justo e urgente fazer justiça e valorizar quem foi capaz
de manter e adaptar aos tempos uma associação que, de entre os seus pares não terá
muitos acompanhantes, neste desfile que hipoteticamente se possa fazer do movimento associativo.
OK, (continua na pag. 4)
“Eu também penso que poderei colaborar via electrónica, embora me tenha sido lembrado que não
podemos ter planos absolutos, pois de repente tudo vira!”
Somos um país sempre em mudança “o mundo é composto de mudança tomando sempre novas
qualidades” julgo... ter sido um português o autor da frase. Será que era uma advertência para a
altura temporal, ou uma antevisão para os tempos actuais?
Porventura será só o carma das repetições de estado e que estamos na cava inferior da sinusóide.
FAS (continua na pag. 3)
Fundo de Acção Social da ATLNEC
Este fundo que tem origem em 1952, por altura de um período também de dificuldades das pessoas, com o intuito de colmatar, ou simplesmente ajudar sócios que o solicitassem.
Foi por essa altura iniciado um processo de regulamentação, que, embora não tenha sido acabado
não colocou em causa o próprio fundo, que titubeando foi dando o apoio a quem o solicitava.
Agora gostaríamos de o repor mas queríamos dar mais um passo. Esse passo pode passar não por
uma cópia mas por uma fonte de inspiração. Que pode passar pelo
exemplo dado por um banco nórdico o banco Jak. O banco Jak surgiu na Suécia e Dinamarca no início dos anos 30, como resposta aos
factores que motivaram a Grande Depressão despoletada em 1929.
O banco empresta dinheiro de forma peculiar e onde os encargos
apenas oneram os empréstimos de forma simbólica. Os valores das
prestações mensais são calculados de forma impensável num banco
tradicional. Em vez de pagar, por exemplo, 400 euros de empréstimo
e juros por mês, o Jak cobra apenas 200 para abatimento do capital e
outros 200 são depositados numa conta em nome do cliente.
No final do empréstimo, o cliente não só saldou a dívida toda, como pode levantar um valor igual
aquele que tinha pedido emprestado.
Um movimento social que também é um banco.
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Cultura
A esta área a que nos devemos curvar pelo que de
muito foi feito informalmente no passado, como
teatro, vinda de cantores, conversadores, e
“palestradores” que ficaram gravados nas memórias dos que com eles conviveram e registado em
folhetos de anúncio á altura. Ficamos hoje pela
biblioteca com grande espólio mas inactiva e pela
livraria que tem passado por alturas de mais ou
menos actividade e que passou desde a grande
venda de livros, revistas e cassetes e CD´s gravados e por gravar. Nos dias de hoje quase se reduz á venda de revistas quase um equivalente a um quiosque.
Coro
Com a tradição assente em muitas actuações dentro e fora de portas tem historial que poderia por si só
fazer um livro com muitas estórias de pessoas, maestros e actuações. É o coro da
ATLNEC porque pagamentos a maestros e a cobrança de quotas é da responsabilidade
da ATLNEC, mas, apresenta-se como coro LNEC e que tem todo o sentido que assim
seja pois a AT só o é ATLNEC porque é feita com os trabalhadores que dão vida ao
LNEC e esta sigla é conhecida mundialmente. E que melhor tributo aos seus trabalhadores do que serem reconhecidos.
Apoio médico
Interno:
A gestão do posto médico do LNEC é de sua gestão mas o pagamento de consultas aos médicos é feita
através da ATLNEC assim como ordenado de duas funcionárias das seis que dão apoio de enfermagem.
Poderia ter uma outra visão da saúde no LNEC mas não tem de facto.
Externo:
Temos vindo a tentar manter as parcerias/protocolos existentes (só condicionadas pela nossa falta de
pagamentos atempados). Este manter de relações é importante por duas razões fundamentais pela obrigação de não provocar a interrupção da relação sócio/médico e porque a ATLNEC tem de honrar o pagamento das dividas atrasadas. Poderiamos ter novos e melhores acordos mas tal tem sido difícil de concretizar e renegociar.
Sala de actividades
Por onde passaram muitas crianças
que agora são trabalhadores respeitados ou não, mas cuja personalidade
tem um pouco da sala de actividades e
dos seus monitores e sobretudo das
brincadeiras que podem hoje recordar
ou vir a recordar. De notar que existem grupos de amigos de longa data
que se fizeram ora no infantário ora
nas salas ou até pelas duas que ainda
hoje se juntam para confraternizar e
claro recordar. Onde temos feito tudo
para que se possa manter uma atmosfera propicia ao estudo mas também á
descontracção e convívio que permite
aumentar o rendimento escolar.
As actividades de férias , actividade
de longa data são este ano mais uma
vez uma actividade de eleição.
Estejam atentos a inscrições pois estarão para breve.
Contas como vão
Transferências atrasadas que levam a grandes incómodos particularmente com corpo médico interior e exterior a quem temos ficado a dever ao
longo dos tempos para poder pagar aos 31 funcionários da ATLNEC.
Estes atrasos a que somos alheios em primeira instância têm levado a
que tenhamos vindo a perder alguma margem de manobra e até a termos
ameaças de cancelamento de acordos com médicos e clinicas externos.
Aos associados é já frequente terem sido confrontados com clinicas que
dizem não praticar os valores de acordos por contas não saldadas. Por
parte dos associados por vezes acontece praticarem a atitude do encolher de ombros, dizendo que para quê ser sócio pois se pode ir ao médico e não tem que provar que é sócio, pode usufruir do bar do infantário
e até usufruir de desconto do aluguer de campo no INATEL sem ser
sócio. Bom de facto vai acontecendo por várias ordens de factos. Ir ao
médico no interior do LNEC não envolve directamente a ATLNEC
(mas quem faz as transferências para os médicos é a ATLNEC), o infantário aplica-se o mesmo nos acordos exteriores por vezes os médicos
não exigem senha porque como foi alterado o pagamento acaba por bastar invocar ser associado sem o provar.
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Bares
Envelhecimento activo
A gestão dos bares
nem sempre tem tido
o melhor acompanhamento mas tem
contudo sido um elemento agregador das
pessoas e em alturas
de crise económica,
(para quem ainda
esteja familiarizado
com a era analógica)
“o acerto de zero”
quando precisamos
de pagar ordenados
ou contas inadiáveis.
De alguma forma está na moda falar nestes assuntos apesar de em algumas mentes ele
ser algo que está lá... ou a alguma distância, ou, ainda que é assunto de outros. Aqui
para nós:
Todos os sócios agora são efectivos pois já não existem sócios no activo e aposentados,
mas no entanto os sócios aposentam-se do serviço. Nesta situação estão mais de metade dos sócios da ATLNEC e o usufruto que da Associação fazem embora diverso ronda pela assistência médica e netos no infantário. A actividade do grupo de aposentados é uma forma enriquecedora de relações
interpessoais de forma cultural e promovem visitas e passeios. Poderiam ter mais
actividades certamente que sim.
Antes da aposentação é a velhice dos
jovens, depois, na aposentação é a juventude dos velhos.
Estejam atentos ao grupo “vivera vida” e
os seus programas de visitas e passeios.
FAS
Á ATLNEC caberá alocar rendimentos a este fundo, para melhor poder dar resposta a:
Em duas vertentes a do sócio de forma singela e ao sócio que também é trabalhador da
ATLNEC. Distingue-se porque não tem sido dado um cabimento especifico aos apoios, dados aos
trabalhadores da ATLNEC, (como subsídios , seguros de saúde ou apoios diversos ).
Aos sócios em particular o facto de não poder ser dada continuidade á credencial. Este apoio poderá ter aqui uma forma de capitalizar valores vindos particularmente do aumento de cotas. Da
diferenciação de preços do bar e da pequena contribuição dos próprios empréstimos, esta poderia
ser em teoria de um euro por prestação. A aplicação bancária tem também aqui cabimento pois
tendo a ATLNEC relação com bancos estarão em jogo valores eventualmente parados que por
este facto poderão gerar mais valias.
Desporto
Com tradições “quase milenares” a menos da brincadeira as representações da ATLNEC que
desde o xadrez passando pelo dominó, bilhar, “ping-pong” ténis de mesa, futebol, andebol,
voleibol, atletismo, ginástica, judo, pesca e provavelmente mais alguma que me esqueci têm
história dispersa por alguma documentação em fotografia que o provam. De registar particularmente os torneios do MOP e os campeonatos organizados pelo INATEL. Já não falando
dos torneios organizados internamente. Nos tempos que correm ficamos apenas por uma classe de yoga e umas marcações de campo para volei.
Infantário
Do LNEC naturalmente gerido pelo LNEC. Da ATLNEC tem o infantário ao seu serviço 16 funcionárias. Estas
funcionárias são pagas pelas transferências (regidas por protocolos) com o LNEC.
Poderia fazer-se melhor e rentabilizar o que temos claro que podíamos .
Infantário por onde tantas crianças fizeram as suas birras e brincadeiras mas sobretudo
cresceram para a vida sem fraldas e que hoje porventura ou até mesmo já ontem trabalham ou trabalharam no LNEC. Como já ouvi dizer a colegas “eu entrei para o LNEC
de fraldas”.
A história do infantário é rica em fotos claro, até porque no passado se tiravam com
parcimónia, mas, sobretudo hoje porque os pais são mais atentos a esses registos. Está
por fazer uma grande exposição de fotos da grande capacidade do LNEC não documentada e que passa certamente pela “engenharia” que também o é a “engenharia do infantário” certamente.
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Quotas
As quotas de associado não têm sido actualizadas porque a referência usada em estatutos está
desactualizada, no entanto poderíamos dar outras perspectivas á quota e associá-la ao FAS alimentando a ideia. De que forma?
Se ao aumentarmos a quota usarmos esse aumento para disponibilizar empréstimos teremos
em média 1200 vezes (porque é a média de associados) esse acréscimo por mês. Assim se por
hipótese alocarmos um euro, por sócio, por mês poderíamos emprestar no primeiro mês 1200
euros no segundo 1200 mais a primeira prestação do primeiro.
OK
Muitos referem que não aprendemos com os erros, outros, que sendo masoquistas nos autoflagelamos, julgo apenas ser uma questão de especialidade, ou seja, as profissões evoluíram, os
conceitos também e se as pessoas (de caracter) não se souberem adaptar, outros (menos escrupulosos) lhe tomarão o lugar.
“Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança, ”
Porque de portugueses estamos falando e num mundo globalizado” em que tudo é visto em rede e todos somos um nó da rede (alguns muitos nós), outros vão-se entretendo, dando nós na
rede, seria importante buscar motivação descobrindo capacidades, utilizando-as e desenvolvendo –as de forma a que possamos avaliar e retribuir na medida da nossa consciência, por isso
julgo oportuno esta transcrição do escrito de Camões.
Em nota de finalização
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Porquê ser sócio da ATLNEC?
Não gostaria que um poema como este, que, julgo foi
actual nos tempos passados e actual no presente, logo
intemporal, fosse visto como uma mera manobra de tentar dar ou lição, ou de oportunidade bacoca para escrever ,
ou outra qualquer razão.
Mas gostaria isso sim que a volta a dar na nossa sociedade passasse pelas pessoas, pelas associações de pessoas,
com pessoas metidas lá dentro. Quero com isto reafirmar
que se podemos olhar par trás o erro que cometemos continuamente neste país é o da confiança exagerada de que
todos somos iguais e de facto não o somos. Uns têm caracter outros não, uns são brancos e outros não, uns são
sãos e outros não etc. Logo sendo este país; um percursor
em todas as boas prácticas sociais, de convivência de tolerância de imaginação e do conhecimento. Mostrar que
somos lideres é o que nos falta fazer. E dizem os entendidos que para isso temos de “Desejar”, “Compartilhar”,
“Persuadir”, “Determinar” e sobretudo AVALIAR continuamente a maturidade dos liderados só daqui resulta o
estilo do LIDER que este povo é.
Falta-nos capacidade de avaliação continua para podermos exercitar a capacidade de correcção continua.
Uma modesta opinião do que agora é o Presidente da
ATLNEC
Luis Dias
Mas se todo o mundo é composto de mudança troquemos-lhe as voltas que ainda o dia é uma criança.
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BIA nº 5/ março 2013