Alguns antecedentes
Do Concílio Vaticano II
Escola alemã de Tübingen. Distancia-se da
eclesiologia controversista e iluminista
anterior. Começa sua reflexão sobre a
Igreja não partindo de sua realidade
histórico-social, mas recuperando sua
dimensão pneumatológica. A Igreja não é
obra humana. Ela é criatura do Espírito.
Os movimentos de jovens. Como reação ao
individualismo crescente da sociedade
liberal capitalista, surgiram nas Igrejas em
geral e de modo específico dentro da Igreja
católica, movimentos de juventude. Esses
movimentos tinham como objetivo a
educação da fé e como cerne de atração o
tema “comunidade”, a dimensão
comunitária. Esse pode ser considerado,
sem receio, o acontecimento do século 20.
Movimento litúrgico
• Os estudos sobre a liturgia vinham
acontecendo a mais de 50 anos.
• No concílio já haviam vários peritos em
liturgia, que já estudavam a tempo muitos
dos assuntos debatidos no Vaticano II.
A renovação litúrgica. Ela recolocou no centro da
própria ação litúrgica a dimensão comunitária da
Igreja, no esforço para superar o juridicismo e o
casuísmo litúrgico que tomaram conta da Igreja
pós-tridentina. De fato, nos últimos séculos foi o
que dominou o espírito da própria instituição
eclesial. Os fiéis se viram obrigados a apelar
para devoções particulares para satisfazerem
sua piedade. A renovação litúrgica veio então
promover a efetiva participação dos fiéis, como
pessoas e comunidade, na celebração, da qual
haviam sido afastados na qualidade de meros
assistentes passivos da ação “produzida e
administrada” pelo padre.
O movimento bíblico também foi fundamental na
abertura da Igreja, pois instigava nos fiéis o
desejo de conhecer a Palavra de Deus.
Da parte dos teólogos o movimento bíblico
preparou biblistas capazes de ajudar nas
reflexões conciliares, não só entre os católicos,
mas também uma abertura a outros biblistas não
católicos.
O movimento teológico e
filosófico
• Muito do que foi dito no Vaticano II já
havia sido refletido nas academias.
• Um grande expoente intelectual dessa
época foi o Papa Pio XII, que é
considerado um dos papas mais sábios da
história da Igreja.
Ação católica
• Com a ação católica os leigos tomam mais
consciência da sua posição dentre da Igreja.
Na LG 9. a Igreja foi definida Povo de Deus.
Que pela força do Batismo todos temos
direitos iguais dentre deste povo (Dom
Demétrio, Revisitar o CV II p. 53).
• O despertar do leigo se iniciou na Bélgica no
princípio do século XX com a Ação Católica.
João XXIII Papa de transição
Com a morte de Pio XII em 1958. O conclave
elegeu o Patriarca de Veneza: Cardeal Ângelo
Roncalli. Que adotou o nome de João XXIII. Sua
eleição num primeiro momento foi recebida com
grande surpresa, pois ele não era conhecido pela
maioria
dos
cristãos.
Muitos
ficaram
decepcionados pela eleição de um velho de 77
anos sem representatividade para a Igreja e para
o mundo. Outros chegavam a dizer que os
cardeais elegeram Roncalli por não chegarem a
um acordo sobre um candidato mais preparado.
Assim, teriam-no eleito como uma solução para
agradar progressistas e conservadores.
Como surgiu o Concílio
• O Papa de transição sumiu um dia do
Vaticano para visitar presos e crianças
doentes de Roma.
• Estava-se celebrando a semana de orações
pela unidade dos cristãos. João XXIII
confidencio que precisava fazer alguma
coisa para favorecer a unidade, confidenciou
isso ao seu secretário Loris Capovilla,
perguntado o que poderia fazer, ele mesmo
respondeu, um concílio.
Anúncio do Concílio
• Primeiro foi anunciado na pela Radio
Vaticana. Depois anunciou aos cardeais
que estavam reunidos na basílica de São
Pedro para celebrarem o encerramento da
semana de oração pela unidade dos
cristãos.
• A ideia do concílio foi bem aceita e se
sugeriu que durante um ano se colhessem
sugestões para ser tratado no Concílio.
Fixação da data de início
• O Papa determinou que o Concílio tivesse
início em 11 de outubro de 1962, a data
recorda o Concílio de Éfeso.
• O espírito do concilio era de
aggiornamento, renovação.
Preparação do Concílio
• Ninguém tinha experiência de Concílio,
pois o último tinha sido realizado a quase
100 anos. Mas João XXXIII entendia, pelo
seu conhecimento de história, pois havia
sido professor de história da Igreja. Tinha
feito um estudo de São Carlos Borromeu,
que aplicou o Concílio, por isso, tratou de
logo aplicar os seu conhecimentos de
concílio.
Comissão de preparação.
• Em 1959, na festa de Pentecostes João XXXIII
anunciava a constituição de uma preparatória,
a qual devia encontrar os assuntos a serem
tratados. Isso era totalmente diferente dos
outros concílio, que eram convocados para
revolver problemas graves. Este concílio era
para atualizar-se.
• A comissão enviou cartas aos bispos do mundo
todo pedindo sugestão de assuntos. Foram
enviados 1998 respostas, o que deu 10000
páginas.
Em 1960 foram criadas as comissões para
separar o principal, para isso foram criadas 11
comissões, que num primeiro momento
elaboraram 75 esquemas que depois foi sendo
reduzido.
Abertura do Concílio
• No dia 11 de outubro de 1962 2500 bispos com
mais alguns superiores de congregação e os
observadores de outras igrejas cristãs entraram
na Basílica São Pedro. A cerimônia durou das
8h da manhã até 1 da tarde.
• No discurso de abertura João XXXIII, ressalta
que a Igreja é mãe de todos nós.
• Diz que “o Concílio de cuidar sobretudo de
conservar e propor de maneira mais eficaz o
depósito da doutrina cristã.
“O início de um cocílio é para a Igreja como o
nascer de um dia luminoso. Brilha a aurora.
No seu discurso o Papa traçou o objetivo do
Concilio: “retomar a doutrina da igreja recebido
de Cristo, e expô-la numa linguagem nova, mais
inteligível aos homens de hoje, mais de acordo
com as exigências atuais. Dar roupagem nova a
uma doutrina antiga. Ir ao encontro do homem
atual” (Demetrio, p. 22).
Eleição das comissões
• No dia 13 de outubro o primeiro trabalho a
ser feito era eleger as comissões, as quais
eram 10 e deviam ser eleitos 16 bispos para
cada comissão, e 8 nomes o Papa indicaria.
Mas como fazer isso se os bispos não se
conheciam?
• Para facilitar o trabalho foi entregue aos
bispos os nomes que haviam integrados as
comissões preparatórias, que na sua maioria
eram italianos.
O cardeal Achille Lienart
• Lienart pediu a palavra e não concordou com a
eleição. Sugeriu que a eleição fosse adiada
para que os bispos se consultassem e
indicasse os nomes mais conveniente de cada
país.
• A sugestão foi aceita e se deu uma parada de
três dias para que os bispos indicassem, entre
eles, os competentes de todas as nações.
Assim, o concílio começou realmente
ecumênico.
Os debates
• O primeiro esquema a ser estudado foi
sobre a liturgia.
• O primeiro sobre a Sagrada Escritura foi
rejeitado e retirado pelo Papa por ser
polêmico e antiecumênico.
As ideias-força do Concílio
• 1- A renovação da Igreja
• 2- Aggiornamento, colocar em dia a Igreja.
• 3- Inculturação, a Igreja não pode agir da
mesma maneira em todos os lugares,
conservar a unidade sem impor uma
uniformidade.
• 4- Descentralização, não precisa recorrer a
Roma no mínimo.
• 5- Serviço, a Igreja está a serviço.
• 6- participação, a Igreja é de todos.
O principal do Concílio analisar a
Igreja ad intra e ad extra.
Os 16 documentos
• todos os documentos tiveram sua origem
nas sugestões que os bispos enviaram.
• O segundo passo vieram os esquemas, os
quais foram analisados apenas no Concílio,
quando os bispos podiam fazer sugestões e
emendas.
• As votações podiam ser de três formas
placet: aprovo o capítulo, não placet, não
aprovo e placet Juxta modum, apovo mas
não de todo. Os que assim votavam tinham
escrever suas propostas de modificações.
promulgação
• No dia da promulgação o Papa
comparecia ao Concílio e junto com ele os
bispos deviam votar de forma derradeira o
documento no seu conjunto. Depois do
resultado o Papa promulgava o
documento.
Lumen Gentium
• Foi promulgada na terceira sessão em 21
de 1964.
• Com certeza é o principal documento do
Vaticano II.
• O documento tem 8 capítulos, que não
estavam propriamente no esquema inicial
DE ECCLESIA, que foi duramente
criticado
os 4 projetos da LG
• O 1º projeto foi elaborado pela comissão préconciliar, pensava a Igreja de forma mais
institucional, e não Igreja como comunidade.
Tal esquema foi apresentado em 62, mas foi
criticado, fazendo surgir assim duas linhas a
primeira defendendo uma visão mais de
comunidade e outra mais institucional.
Segundo projeto
• O primeiro esquema só tinha 4 capítulos:
O mistério da Igreja, a Hierarquia, o Povo
de Deus e os leigos. Discutiu-se e se
ampliou mais temas, a vocação de todos à
santidade, os religiosos, o diaconato e
Maria. Mas a discussão maior se deu se o
capítulo do Povo de Deus vinha antes ou
depois do capítulo sobre a hierarquia
Terceiro Projeto
• Inclusão do tema vocação de todos à
santidade e sobre a Virgem Maria.
Também foi dividido o terceiro em Povo
de Deus e os leigos.
• Já foi se fechando um esquema para
colocar o Povo de Deus logo depois da
Igreja como mistério. Isto mostra que a
Hierarquia é um serviço específico.
4 projeto
• Se acrescentou a Índole escatológica da
Igreja.
• Por fim, a comissão doutrinal apresentou um
o esquema como fora aprovado no
documento atual, pois tinha havida uma
votação se fazia ou não um capítulo para os
religiosos.
• O documento nos ajuda a entender que todo
o povo é responsável pela vida da Igreja, por
isso ela é o documento síntese do VT II.
Capítulo I
O Mistério da Igreja
• A Igreja é sacramento de Cristo.
• Ela será na terra semente do Reino.
• A Igreja vem da Trindade, caminha para o
seu acabamento trinitário pela ação do
Espírito Santo.
LG 1 Igreja sacramento de
Cristo
Quem é luz dos povos, das gentes?
• Cristo é luz dos povos. A LG parte dessa
convicção para iluminar todos os homens com
a luz de Cristo que resplandece na face da
Igreja. Por esse princípio se entende a LG.
• Com isso a Igreja que explicitar a todos os
povos a missão da Igreja de ser sinal e
instrumento de unidade de todo o Gênero
Humano. Os homens alcancem a unidade total
com Cristo
LG 2 designo do Pai: salvação de
todos os homens
Obra salvífica na perspectiva trinitária
Participação na vida divina. Deus não abandonou
a humanidade quando pecou. A Igreja é
prefigurada desde a origem do mundo, foi
preparada na história do povo de Israel e fundada
nos últimos tempos e pela efusão do Espírito
Santo será consumada em Glória nos fins dos
tempos, onde todos serão congregados na Igreja.
A Igreja tem como missão de tornar-se o espaço
onde a humanidade pode encontra a Deus.
LG 3 A missão e a obra do Filho
• Filiação adotiva por Cristo, porque em
Cristo o ser humano foi eleito e adotado
em Cristo antes da criação do mundo.
• Sua missão inaugurar na terra o reino dos
céus.
• Pela Eucaristia todos os fiéis se
constituem um só corpo em Cristo.
LG 4 O Espírito Santificador da
Igreja
• O Espírito Santo Santifica continuamente a
Igreja.
• O Espírito habita na Igreja e no coração dos
fiéis.
• Leva a Igreja ao conhecimento da verdade
• Dota a Igreja de dons e carismas
• O números 2,3,4 nos ajudam a entender que
a Igreja é povo congregado na unidade do
Pai, Filho e Espírito Santo, porque a igreja é
criatura da Trindade
LG 5 O Reino de Deus
• A Igreja tem seu início na pregação do
Reino de Deus, esse reino aparece nas
palavra e ações de Jesus, por isso o
Reino se manifesta na própria pessoa de
Cristo.
• A Igreja, ao pregar a Boa-Nova da
chegada do Reino transforma sua ação e
acontecimento do Reino.
LG 6 imagens da Igreja
• Igreja redil: Cristo é a única entrada é Cristo
(Jo 10,1-10). Cristo é o Bom pastor.
• A Igreja é lavoura ou Campo de Deus (Cor
3,9). Cristo é a videira. Nesta imagem Cristo
comunica a vida e a fecundidade aos
ramos.
• A Igreja é construção de Deus, Cristo é a
pedra angular (Mt 21,42).
• A Igreja é a Jerusalém celeste, nossa mãe,
que procede na terra sua peregrinação.
LG 7 Igreja Corpo místico de
Cristo
• A Igreja está unida a Cristo pelos
sacramentos, pelos quais a vida de Cristo
difunde-se nos que creem.
• Pelo batismo nos configuramos a Cristo, e
somos incorporados a Cristo, na sua morte e
ressurreição, na Eucaristia realiza-se a
comunhão com Ele e entre nós, porque
embora muitos somos um só corpo (1Cor
10,17).
Cristo é a Cabeça da Igreja, como membros
desse corpo somos incorporados no mistério de
sua vida, somos mortos e ressuscitados com Ele.
A Igreja como corpo de Cristo tem nela a
plenitude da habitação da divindade, e por meio
dela está na constante busca de que Cristo seja
tudo em todos.
LG 8 A Igreja, realidade visível e
espiritual
• Dupla realidade existencial: visível e
espiritual, santa e pecadora, humana e
divina.
• A Igreja terrestre já na posse dos bens
celestes.
• É a una Igreja de Cristo. notas.
• A Igreja subsiste na Igreja Católica,
governado pelo Papa e pelos bispos em
comunhão com ele.
• Também fora da Igreja existe elementos de
verdade, que são da Igreja.
2º Capítulo
O povo de Deus
• Com o novo Povo de Deus, Deus fez uma
nova e eterna aliança. Esse povo foi
constituído um povo sacerdotal, o qual se
desdobra em sacerdócio comum e
ministerial.
• A Igreja é missionária. Salus animarum.
LG 9
Nova aliança e novo povo
• Deus fez aliança com Israel, para salvar os
homens, não individualmente, mas
formando um povo. Salvar em comunidade.
• Igreja, novo povo de Deus, para salvar toda
a humanidade.
• A Igreja como novo povo de Deus é
sacramento visível da salvação.
• Do novo Povo de Deus Cristo é a cabeça.
LG 10 Sacerdócio comum
• Hb 5,1-5 o sacerdócio comum (oriundo do
batismo) e o ministerial (ordem), participam,
cada qual a seu modo do único sacerdócio
de Cristo. Por isso, ordenam-se um para o
outro, mesmo que se diferenciem um do
outro.
• A índole sagrada e orgânica da comunidade
sacerdotal exerce-se nos sacramentos e na
prática das virtudes (LG 11).
A LG 12 fala do sentido da fé e os carismas do
povo cristão para exercer sua missão.
Esse povo tem uma fé católica (universal). Sobre
a direção do magistério esse povo penetra mais
profundamente na fé.
Esse povo tem uma missão profética de dar
testemunho da fé.
Os dos e carisma desse povo estão a serviço da
Igreja.
A universalidade ou catolicidade
do único povo de Deus
• LG 13, todos os homens são chamados
ao povo de Deus. Por isso, esse povo
deve dilatar-se pelo mundo, buscando em
todos os povos os seus membros.
• Na sua ação missionária a Igreja não
sobtrai o temporal dos povos, mas
assume as possibilidades boas.
• Pela catolicidade o todo e cada parte da
Igreja cresce.
A missão da Igreja é universal, por isso dever
haver uma inculturação.
A LG 14 fala dos fiéis católicos, e reforça a Igreja
é uma mediação necessária para a salvação.
Chega a ser radical: “não poderão salvar-se
aqueles que, sabendo que Deus a fundou por
Jesus Cristo como necessária à salvação, se
recusam a entrar ou perseverar na Igreja
católica.
A LG 15 fala aos cristãos não católicos
A Igreja se reconhece ligada aos batizados que
não professam integralmente a fé e não se
mantêm em união com o Papa.
O que une a Igreja com os fiéis não católicos: a
Sagrada Escritura, a fé trinitária, o sacramento do
batismo, as orações. Assim, embora não
plenamente incorporados á Igreja, estes fiéis a
ela pertencem.
A unidade dos cristãos é obra do Espírito.
A LG 16, faz uma abertura aos não cristãos:
judeus, pela aliança e em seu meio nasceu
Jesus, muçulmanos- reconhecem um Deus
criador e não-crentes, os quais não receberam o
anúncio do Evangelho, mas buscam de coração
viver a vontade de Deus, também a esses é
possível a salvação.
LG 17 caráter missionário da
Igreja
• Jesus enviou os apóstolos para fazer
discípulos em todas as nações. E disse
que estaria com eles todos os dias até a
consumação dos séculos (Mt 28,18-20).
• A Igreja batiza os que creem e os
incorpora a Cristo.
• A missão da Igreja é para que toda a
humanidade se transforme em Povo de
Deus
Capítulo 3
Constituição hierárquica da Igreja e em
especial o episcopado
• O capítulo aborda sobre o primado de Pedro,
o colégio dos 12 e dos bispos.
• A LG 18 fala que Cristo Instituiu Pedro na
chefia dos apóstolos, no qual está a unidade
da fé e da comunhão.
• A LG 19 fala a instituição dos 12 para estarem
com Jesus, assim os constituiu apóstolos sob
a forma de colégio, grupo estável, sobre a
presidência de Pedro.
A LG 20 fala que os bispos são sucessores dos
apóstolos, porque os apóstolos estabeleceram
sucessores. No entanto é importante frisar que
os bispos sucedem os apóstolos dentro do
colégio apostólico, e não sucedem a um apóstolo
de forma especifica.
A LG 21 apresenta que na pessoa dos bispos,
coadjuvados pelos presbíteros, o próprio Cristo
está presente no meio dos fiéis.
Na sagração episcopal é conferida a plenitude do
sacramento da Ordem.
A LG 22 fala dos colégio dos bispos e a sua
cabeça. São Pedro e os demais apóstolos
formam um só colégio apostólico. Da mesma
forma, o Papa sucessor de Pedro e os bispos,
sucessores dos apóstolos estão unidos entre si.
O Papa tem o poder supremo, em virtude dele
ser o vigário de Cristo.
A ordem dos bispos, juntamento com o Papa,
nunca sem ele tem o poder supremos e pleno
sobre toda a Igreja, esse supremo poder se
efetiva sobretudo por um concílio ecumênico. É
função do Papa convocar, presidir e confirmar
um concílio.
A LG 23 fala que o Papa é o fundamento perpétuo e
visível da unidade dos bispos e dos fiéis. O mesmo
vale para o bispo na Igreja particular. Cada bispo
representa a sua igreja, todos os bispos juntamente
com o Papa representam toda a Igreja.
Cada Igreja particular é formada á imagem da Igreja
universal.
As conferências episcopais são uma forma de
colegialidade episcopal.
A LG 24 e 25 fala da missão do bispos de ensinar e
pregar o Evangelho. Por isso deve ser respeitado e
acolhido nos ensinamentos de fé e moral.
A LG 26 fala da função de santificar do bispo em
virtude da plenitude do sacramento da Ordem.
Essa função se dá na celebração da Eucaristia e
administração dos sacramentos.
O bispo é o ministro originário da Crisma.
O n. 27 da LG fala da função de governar dos
bispos.
O seu governo é ordinário, por isso, não devem
ser considerados como vigários do Papa. Seu
poder é confirmado pelo poder supremo.
LG 28, os presbíteros são cooperadores da
ordem episcopal. Dependem do bispo para
exercer o minstério.
Porém, pelo sacramento da ordem são
consagrados para pregar o Evangelho e celebrar
o culto divino.
O n. 29 da LG fala dos diáconos recebem o
sacramento da ordem em função do serviço ao
Povo de Deus em união com os bispos.
Fala também do restabelecimento do diaconato
permanente, inclusive para homens casados.
Capítulo 4 os leigos
• Os leigos tem dentro do povo de Deus
uma vocação peculiar, formam na
diversidade dos carismas a uniddade do
povo.
• Com o seu modo de viver os leigos
colaboram com os pastores para o bem
do povo de Deus (LG 30).
• Leigo é aquele que não é ordenado nem
abraçou a Vida Religiosa.
Ao leigo cabe na vivência secular, nas diversas
profissões, ser fermento na massa para santificar
o mundo (LG 31).
Um só é o Povo de Deus na diversidade de
carismas, porque todos foram incorporados a
eles pelo batismo. (LG 32).
O apostolado dos leigos é participação na missão
salvífica da Igreja, e eles são chamados a tornar
presente essa ação onde só eles podem agir.
Além disso, podem ser chamados a atuar em
quaisquer tempo e lugares (LG 33).
Os leigos devem fazer os frutos do Espírito se
multiplicarem neles cada vez mais (LG 34).
Os leigos são chamados a dar testemunho de
transformação, dando testemunho de vida cristã.
esse testemunho e apostolado tem lugar especial
na vida familiar (LG 35).
A vida do leigo deve permitir que Cristo ilumine a
humanidade. Isso é alcançado na competência
nas disciplinas “profanas” (LG 36).
Os leigos tem o direito de receber dos pastores
os bens espirituais da Igreja e podem ajudar e
dar conselhos na administração dos bens da
Igreja (LG 37).
Os leigos seja no mundo testemunhas da
ressurreição e da vinda do Senhor (LG 38).
Capítulo 5 vocação universal à
santidade na Igreja
• A vocação à santidade para todos os
homens e mulheres. Essa santidade pode
ser vivida nos diversos estados de vida.
• A Igreja é Santa, porque Cristo se entregou a
si mesmo para santificá-la (LG 39).
• Todos são chamados à santidade, porque
Cristo, que é modelo de perfeição pregou a
todos a santidade de vida. Ele mesmo diz:
“sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai
celeste (Mt 5,48).
Nos vários gêneros de vida da Igreja não faltam
homens e mulheres santos, e todos são
chamados à santidade, os bispos, os padres,
diáconos, religiosos os leigos, os cônjuges (LG
41). Todos são chamados a dar testemunho da
Santidade na Igreja e no mundo.
Os caminhos e meios de santidade:
A caridade, pala qual amamos a Deus acima de
todas as coisas e ao próximo por causa dele.
O martírio é um meio de santidade porque o
discípulo se assemelha ao mestre.
A virgindade e o celibato abraçados pelo Reino.
Os conselhos evangélicos (LG 42).
Capítulo 6 os religiosos
• Os conselhos evangélicos são um dom para a
Igreja. A Igreja regula sua prática e os constitui
em forma de vida estável (LG 43).
• Pelos votos cristãos se entregam totalmente ao
serviço de Deus (LG 44).
• A Igreja compete regular a vivência dos
conselhos evangélicos, é a Igreja que aprova
as constituições e regras.
• Na ação apostólica os religiosos (as) devem
obediência ao bispo (LG 45).
Os religiosos são chamados a revelar Cristo em
todas as situações da vida terrena (LG 46).
Os religiosos se esforcem para perseverarem na
sua vocação, tendo presente que Cristo é fonte
de toda santidade (LG 37).
Capítulo 7 Índole escatológica da
Igreja peregrina e sua união com a
Igreja celeste
• Não temos nesta terra morada permanente,
mas buscamos a futura. Por isso a Igreja é
peregrina neste mundo.
• A realização plena da Igreja só se dará no
céu.
• A Igreja já possui na terra uma santidade
verdadeira, embora imperfeita.
• Tensão escatológica (já e ainda não).
• Estar sempre vigilante (LG 48).
A comunhão da Igreja celeste com a Igreja
peregrina se dá porque todos comungamos do
mesmo amor de Deus.
A união dos que estão na terra com os que
adormeceram na paz de Cristo não se
interrompe, se reforça pela comunhão dos bens
espirituais. Comunhão dos santos. Estes
intercedem junto do Pai em nosso favor (LG 49).
A Igreja sempre venerou a memória dos
defuntos. Também venera os santos, os quais
recebem nosso louvor e súplica de intercessão.
A comuhnão entre os cristãos e com os santos
nos aproxima de Cristo.
O amor dedicado aos santos dirige-se por sua
natureza a Cristo, termina nele e por ele termina
em Deus que é admirável nos seus santos e
neles é glorificado.
É na celebração Eucarística que nos unimos
mais intimamente com a Igreja celeste, numa só
comunhão com ela (LG 50).
Há uma união da Igreja peregrina com os irmãos
que já estão na glória e os que ainda se
purificam.
A melhor veneração dos Santo é imitar os seus
exemplos (LG 51).
Capítulo 8 a Virgem Maria, Mãe de
Deus, no mistério de Cristo e da Igreja
• Maria é membro eminente da Igreja.
• Na plenitude dos tempos o Pai enviou seu
Filho nascido de mulher. O Verbo se fez
carne no seio de Maria (LG 52).
• Maria é Mãe do Verbo Encarnado, filha
predileta do Pai, sacrário do Espírito
Santo.
• Maria é modelo perfeito de discípulo (LG
53).
Maria depois de Cristo ocupa o lugar mais alto na
Igreja, e também está próxima de nós (LG 54).
O Antigo Testamento vai preparando a passos
lentos a vinda de Cristo ao mundo.
Maria é a excelsa Filha de Sião. Nela compre-se
a promessa na hora do seu “sim” (LG 55). Com o
qual contribuiu para a vida. Maria cooperou para
a salvação dos homens com fé e inteira
obediência. A morte veio por Eva a vida veio por
Maria (LG 56).
Maria está presente na vida de Jesus desde a
visita a Isabel, no nascimento, apresentação aos
pastores, apresentação ao Tempo... (LG 57).
Na vida Pública da Jesus esteve presente logo
no início – Bodas de Caná. Sua presença se
estendeu até a Cruz (Jo 19,26-27), (LG 57).
Depois a ascensão Maria estava unida ao
discípulos (LG 59).
A ação de Maria na Igreja deve-se a bondade de
Deus e funda-se na mediação de Cristo (LG 60).
Maria foi predestinada, desde toda a eternidade,
junto com a encarnação do Verbo divino, para
ser a Mãe de Deus. Toda a vida de Maria foi de
cooperação na obra redentora (LG 61). Continua
intercedendo para que todos alcance a redenção
(LG 62).
Maria encontra-se unida a Igreja pela
maternidade divina, por isso ela é modelo da
Igreja. Como Maria a Igreja é Também Mãe e
Virgem (LG 63). Pela pregação da Palavra e pelo
batismo a Igreja torna-se Mãe porque gera novos
filhos (LG 64).
Maria é modelo de virtude. Ela gera Cristo no
coração dos fiéis (LG 65).
Maria foi exaltada acima de todos os anjos e de
todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por
isso é louvável a veneração de Maria, porque ela
é mãe da Deus (LG 66). Por isso, é louvável as
práticas de devoção à nossa Senhora.
Maria é sinal de esperança (LG 68).
O Concílio conclui pedindo a todos que venerem
Maria como Mãe do Salvador. De modo que
todos os povos no único povo de Deus (LG 69).
A Igreja é iluminada por Cristo, que é a única luz
dos povos.
Considerações sobre a LG
• Falar de Deus ao mundo. Falar de Deus é
o tema mais importante.
• O Concílio primou pelo diálogo.
• Nenhuma anátema.
• Linguagem bíblica e patrística.
• A Igreja não é uma sociedade desigual.
• Revalorização das Igreja locais.
• A Colegialidade dos bispos.
A teologia da Igreja como Povo de Deus.
Todos são chamados à santidade.
Maria é Mãe de Cristo e da Igreja.
Desafios lançados pela LG:
Descobrir o rosto de Cristo no rosto da Igreja.
Implementar a colegialidade dos bispos.
Algumas transições provocadas
pela LG
• Transição de Igreja voltada para si para
uma Igreja voltada para Cristo.
• Transição de uma eclesiologia
“cristomonista” a uma eclesiologia
“trinitária”. Na Trindade ela encontra sua
fonte, sua imagem e sua meta.
• Transição de uma Igreja autofinalizada
(sociedade perfeita) a uma Igreja
reinocentrica.
Transição de uma Igreja sociedade desigual
para uma Igreja “povo de Deus”, antes do VT
II os bispos eram vigários do Papa.
Transição de uma Igreja sociedade perfeita a
uma Igreja sacramento de unidade.
A transição de uma Igreja Senhora para uma
Igreja serva.
Transição de uma Igreja “Arca de salvação” a
uma Igreja “sacramento da salvação”
A
Igreja
é
sacramento
de
Cristo
(cristocentrismo). Ela é, em Cristo, o sacramento
do Reino. Em sua relação com Cristo se
concretiza sua relação com o Deus uno e trino
(LG 4). A convicção da comunidade eclesial é
que a luz de Cristo brilha nela e, através dela,
ilumina a humanidade inteira. Esta perspectiva
cristocêntrica é o ponto focal que orienta uma
perfeita compreensão da LG. A Igreja não se
propõe substituir a Cristo, mas colocar-se numa
atitude de serviço; ela anuncia a mensagem
pascal a todos os povos e a todas as gentes (a
relação a Cristo abre-a para a universalidade.
Toda a Igreja é missionária. Sua função em
relação ao mundo é de serviço. O centro da
Igreja é o Evangelho anunciado. É sua missão.
Mesmo superando uma fase de apologética
defensiva contra o mundo moderno e sua
racionalidade e contra os protestantes, a Igreja
não deixou de se dirigir aos homens do nosso
tempo: ela continua afirmando que a aspiração
fundamental do homem de hoje em busca de
uma fraternidade universal corresponde à missão
da Igreja de trabalhar para a construção de uma
nova humanidade.
A
Igreja
é
sacramento
de
Cristo
(cristocentrismo). Ela é, em Cristo, o sacramento
do Reino. Em sua relação com Cristo se
concretiza sua relação com o Deus uno e trino
(LG 4). A convicção da comunidade eclesial é
que a luz de Cristo brilha nela e, através dela,
ilumina a humanidade inteira. Esta perspectiva
cristocêntrica é o ponto focal que orienta uma
perfeita compreensão da LG. A Igreja não se
propõe substituir a Cristo, mas colocar-se numa
atitude de serviço; ela anuncia a mensagem
pascal a todos os povos e a todas as gentes (a
relação a Cristo abre-a para a universalidade.
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a uma Igreja - Escola de Teologia