A Formação da identidade do educador e a diversidade cultural no contexto escolar. SANTOS, Lúcia Virginia Gondim dos. SODRÉ, Vinicius Barreto. VEIGA, Adriana Cruz. Graduandos da Universidade do Estado da Bahia. Campus VI – Caetité [email protected] Resumo Em virtude de toda diversidade cultural, social e étnica, dentro de um espaço educacional variado surge a necessidade de uma qualificação dos profissionais, para uma educação eficiente voltada para a construção de um saber que respeite as diferenças e se adeque a toda essa diversidade. Mas para se falar em formação docente, uma revisão é necessária pela história para que se possa analisar o percurso percorrido, dando ênfase ao período que compreende a última década do século XX, pois é a partir daí que surge as inquietações acerca da formação docente voltada para o respeito às diversidades culturais vigentes no país, logo nas salas de aula. Nesse sentido, percebe-se que para se falar em um profissional apto a trabalhar com a “multiculturalidade” em sala de aula deve-se primeiro trabalhar com formação da identidade, para que este se reconheça como um ser social dentro de sua cultura e dessa forma não seja disseminador de preconceitos e discriminações. É necessário também, que dentro da formação docente a pesquisa esteja presente para que seus métodos de trabalho não sejam reprodutores de ideias já pensadas que muitas vezes não condiz com a realidade do aluno. Para a análise de toda a proposta teórica foi utilizado como objeto uma escola da rede estadual de ensino do município de Palmas de Monte Alto, Bahia. Dentro desse estudo foi possível constatar que a formação da identidade do educador fica em segundo plano, quando sendo o foco principal é a certificação para se obter retorno financeiro. Palavras Chaves: diversidade cultural, formação docente, identidade, políticas educacionais. Introdução Em virtude de toda diversidade cultural, social e étnica, dentro de um espaço educacional variado, composto de histórias de vida, representações, experiências, identidades, crenças, valores e costumes próprios surge dentro da formação docente a necessidade de uma qualificação eficiente voltada para a construção de um saber que respeite as diferenças e se adeque a toda essa diversidade. Tendo em vista a precisão de conhecer a realidade do atual processo de formação da prática docente, onde este, de certa forma está inserido em nossa cultura considerada etnocêntrica, surge a necessidade de uma boa formação do profissional da educação e a construção da sua identidade onde esteja de acordo com as novas políticas educacionais impostas pela Lei 9.394/96 ou Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). É no entendimento desse processo que se justifica a execução deste estudo, o qual partiu de uma análise da formação do professor no município de Palmas de Monte Alto, Bahia, tendo como objeto de pesquisa o Colégio Pedro Antônio da Veiga, a fim de deixar significativa contribuição para o atual debate que faz-se necessário. Foi estabelecido como objetivo principal analisar o processo de formação docente na contemporaneidade, sobretudo a partir da década de 1990, a importância da pesquisa nessa formação, e se esta está de acordo com a cultura em que o professor está inserido, identificar se ele é preparado para enfrentar a diversidade cultural dentro da sala de aula e ainda se é capaz de respeitar e adaptar-se a essas diferenças, libertandose do etnocentrismo presente em nossa sociedade. E também através deste, despertar o interesse de novas contribuições para discussão da problemática. Para a realização deste artigo foram coletados dados através de entrevista com o diretor da instituição citada anteriormente, levando em conta alguns aspectos tais como postura do entrevistado, sua formação profissional e seu exercício como gestor da instituição. Posteriormente foi feita a relação entre a entrevista e os textos trabalhados em sala de aula a respeito da formação docente e os conceitos antropológicos de Cultura, Etnocentrismo e Identidade. Partimos de pressupostos teóricos sobre Etnocentrismo (ROCHA, 1994.), Cultura (LARAIA, 1993), Identidade do Professor (PIMENTA, 2007) e Formação Docente (TANURI, 2000; BRZEZINSKY, 2008). Vale dizer que, além destas, outras leituras foram de fundamental importância para se ter uma melhor compreensão do tema abordado. Breve história da formação de professores O processo de institucionalização das escolas de formação de professores se dá quando surge a necessidade de levar a educação às camadas mais pobres da população. Com a Revolução Francesa, Século XVIII, materializa-se a ideia das Escolas Normais, sendo estas de responsabilidade do Estado, entretanto, mesmo depois dessa institucionalização, houve um período em que eram realizadas seleções de professores para atuar dentro dessas Escolas de formação docente. No Brasil, a primeira escola normal foi criada na Província do Rio de Janeiro, pela Lei n° 10, de 1835, que determinav a: “Haverá na capital da Província uma escola normal para nela se habilitarem as pessoas que se destinarem ao magistério da instrução primária e os professores atualmente existentes que não tiverem adquirido necessária instrução nas escolas de ensino mútuo, na conformidade da Lei de 15/10/1827 (VILELA apud TANURI, 2000.). Segundo TANURI (2000), a escola seria regida por um diretor, que exerceria também a função de professor, e contemplaria o seguinte currículo: ler e escrever pelo método ‘lancasteriano1’; as quatro operações e proporções; a língua nacional; elementos de geografia; princípios de moral cristã. Vale lembrar que, nesse regime, essas instituições sofreram oscilações entre valorização e desvalorizações além de diversas reformulações de acordo com a relação império/província. Uma característica marcante da Escola Normal desse período é que inicialmente só era aberta ao sexo masculino, sendo que mais tarde, em virtude da baixa remuneração no ensino primário, as mulheres foram inseridas, já que os homens não se interessavam por essa modalidade. Quando o país se tornou República, as escolas adquiriram novas formas e diferenças significativas entre os estados, já que a União se absteve por algum tempo da responsabilidade na educação popular, até que movimentos entre os estados fizeram com que esta criasse medidas de participação e cooperação entre eles. No entanto, as escolas se desenvolveram mais no sudeste, resultando em modelos para escolas de outras regiões do país. Desde então, o processo de formação de professores, bem como toda a problemática referente à educação foi sendo alterada de acordo às mudanças dentro do cenário econômico do país. Serviu também aos interesses de governos autoritários que retirava da educação o papel de formadora de cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade. 1 Segundo o dicionário online de Português, refere-se ao método de ensino mútuo, inventado pelo pedagogo inglês, Joseph Lancaster. Dicionário disponível em http://www.dicio.com.br. Nessa perspectiva o movimento educacional foi se desenvolvendo surgindo tendências pedagógicas que alteraram as políticas de formação de professores baseada na visão de grandes teóricos e que se adaptavam ao quadro social e econômico do país. Surgiram leis para as diversas modalidades de ensino impulsionando reformas dentro do sistema de educação que modificaram todo o processo de formação docente. E como exemplo de políticas educacionais que proporcionaram mudanças na formação de profissionais da educação, inicia a partir de meados da década de 90, o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Nessa época o quadro docente se apresentava com um número elevado de professores leigos, foi então que “[...] o MEC - Ministério da Educação2 incentivou programas de capacitação para leigos atuantes na educação básica, [...] ao mesmo tempo em que institui diretrizes curriculares para a formação de professores em nível superior.” (BRZEZINSKY, 2008. p.168). O governo de FHC criou medidas para a formação docente baseadas nos princípios do neoliberalismo, em um momento em que o Brasil estava passando por processos de reconstrução no setor econômico partindo de medidas que estavam de acordo, segundo, Brzezinsky (2008), com a política dos grandes organismos internacionais financiadores da educação. Dando continuidade á política neoliberalista de FHC, o governo Luis Inácio Lula da Silva aderiu às políticas de formação de professores de maneira que suprisse a defasagem na educação e os baixos resultados na qualidade do ensino. Pode-se constatar que formar profissionais da educação básica em curto período de tempo é o foco dessas políticas onde a prioridade é a certificação e quantificação e não a qualificação. Com todo esse cenário refletido para a construção de um educador voltado apenas para a reprodução de conhecimentos e propagação de ideias já pensadas, onde a formação docente se dá de forma rápida e ineficiente, apenas para suprir os déficits nos números que revelam a decadência do sistema educacional vigente, faz-se necessário analisar toda essa problemática colocando a formação eficiente do professor como o principal meio de melhorar a situação educacional no país. 2 Grifo nosso. Dentro do contexto de formação docente, discute-se também a pesquisa, sendo esta, fator primordial ganhando ênfase no inicio da década de 90, com a professora Menga Ludke, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e PUC-RJ, afirmando que Não há nada mais eficaz para a aprendizagem de pesquisa do que a participação efetiva nos seus trabalhos, desde que seja integrada ao processo inteiro e não fique relegada apenas a simples execução de tarefas parciais (1992, P. 40.) Diante disso fica perceptível que a pesquisa exerce considerável influência no processo de formação da identidade do educador, para que este seja um profissional dotado de valores, competências, saberes, direitos e deveres e não apenas um transmissor de ideias. Sintetizando, é por meio da pesquisa que a capacidade investigativa deste profissional despertará a construção de opiniões de seus alunos. Ao se tratar de formação docente e intensas reformas educacionais, a Lei de Diretrizes e Bases (9394/96), LDB, instituiu que: A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para exercício do magistério na educação infantil e nas primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. (art. 62) O professor, segundo Carneiro (1998), terá que rever o processo de ensinoaprendizagem, priorizar o desempenho do aluno e construir com ele um novo tipo de ensino centrado em aulas dinâmicas e prática que esteja ligada à realidade deste, para que a escola não seja reprodutora de conhecimentos. Carneiro ainda ressalta que o professor deve estar preparado para atuar positivamente com as diversidades presentes em sala de aula, para que o sistema educacional não seja propagador de etnocentrismos exacerbados. A construção da identidade do educador Para que se forme uma identidade é preciso que o indivíduo exerça uma prática social independente de costumes, crenças e leis. Portanto identidade é uma característica pessoal construída por meio de um processo cultural e não uma constituição hereditária, pois A identidade seja ela social, pessoal, ou cultural é sempre uma relação social construída com outros, jamais algo ou alguma coisa com o qual nascemos ou herdamos através de nosso gene. Identidade, portanto nada tem a ver com os genes que herdamos. (Modulo de Graduação em Administração a Distância). A constituição da identidade na formação docente é de fundamental importância, pois é a partir dela que o professor irá compreender as diversas realidades que comporão o seu futuro ambiente de trabalho e, para Pimenta (2007) “a identidade não é um dado imutável. Nem externo, que possa ser adquirido, mas é um processo de construção do sujeito historicamente situado” (Pag. 18). Nesse sentido, para entender a identidade, sendo essa construída com a relação social, presentes nas diversas manifestações culturais ao longo de sua existência, em um processo histórico, faz-se necessário também discutir o conceito de cultura em uma ótica antropológica, assim, cultura ou civilização, no sentido etnográfico estrito, é este todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, leis, moral, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade. (Tylor apud ROCHA, 1994). Diante do exposto toma-se juízo de que o educador está à mercê das características do seu meio e, como sujeito composto de ideais e compromissos, com valores éticos, fica encarregado do processo de formação para o exercício pleno da cidadania, enfatizando sua importância para a criação e/ou consolidação de uma real democracia. Com toda essa diversidade, o professor depara-se com o etnocentrismo, onde um determinado grupo social sente-se superior a outro, desenvolvendo um pensamento preconceituoso sem considerar seus valores e suas diferenças. Para ROCHA (1994), o etnocentrismo “é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores (...)” (P. 07) Quando se fala em identidade e sua construção dentro de uma determinada cultura, torna-se necessário ressaltar a importância de se respeitar “o outro” e o que considera “diferente” de si, de sua realidade, de seu convívio e, sobretudo respeitar “o outro” através dos reais valores de sua cultura, sem considerá-lo “inferior”, “feio”, “esquisito” evitando assim conflitos e choques culturais. Neste sentido, faz-se necessária a adoção de políticas para a formação docente que proporcione a valorização das identidades plurais de gêneros, raças e etnias, línguas, e, sobretudo a cultura individual dentro da sala de aula, pois, como cita JANOARIO, parafraseando FLEURI, 2003 et al; Percebemos, no contexto da formação, que a cultura da escola consiste, portanto, em um campo complexo no qual circulam, interagem, conflitam e compõem se múltiplas culturas, e no qual vão se constituindo múltiplas identidades múltiplos sujeitos em relações complexas e recíprocas. O desafio do profissional de educação consiste na compreensão do papel da linguagem e da cultura no processo de aprendizagem, criando ambientes de aprendizagem favoráveis para ampliar compreensões, a formular conceitos e desenvolver linguagens e pensamentos. Percebe-se que a realidade docente no Brasil é vivenciada em inúmeras manifestações culturais, essa diversidade de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), deve ser abrangida principalmente no processo de formação do educador. Segundo o PCN: Pluralidade Cultural, [...] Provocar essa demanda especifica na formação docente é exercício de cidadania. É investimento importante e precisa ser um compromisso político-pedagógico de qualquer planejamento educacional/escolar para a formação desenvolvimento profissional dos professores. (P. 123). e/ou Assim sendo, implementar políticas de formação docente voltadas para a construção da identidade do educador condizentes com a valorização das múltiplas culturas implica dizer que o professor vai estar apto a trabalhar de forma democrática dentro da sala de aula considerando a realidade sócio-cultural de seus alunos e todo o seu ambiente de vivência, não permitindo a propagação de preconceitos e discriminações dentro do espaço escolar. Vale ressaltar que este profissional, primeiro deve valorizar conscientemente sua profissão e não apenas exercê-la como mera atividade remuneradora evitando assim a disseminação de valores que interfere negativamente no processo de ensino-aprendizagem. A atuação do gestor: discursos e tensões no caso estudado Nos limites do presente artigo, onde a questão da identidade do professor e sua formação é o tema principal, apresentamos dados relativos à entrevista com o gestor de uma escola de Ensino Médio da rede Estadual no município de Palmas de Monte Alto, com o intuito de analisar como está a situação da identidade do professor dentro do município. Trazendo para nossa realidade como estão sendo implementadas as políticas educacionais e como elas são levadas em consideração pelos gestores. É importante salientar que os dados obtidos não foram satisfatórios e reforçam a péssima qualificação dos professores e, principalmente do gestor. Nesse sentido é perceptível a má formação dos profissionais que atuam no sistema educacional, pois através desses dados obtivemos respostas vazias principalmente quando se diz respeito ás políticas pedagógicas do governo de FHC e Lula. Em nenhum momento, o entrevistado demonstrou que estava interado a respeito dessas políticas educacionais vigentes no sistema de ensino brasileiro, caracterizando as ações dos dois últimos governos, simplesmente como “medíocre” e “tímida”. Sendo que, para ele, no governo Lula foram incorporadas políticas de valorização do trabalho docente estimulando os professores a se dedicarem à profissão. Foi constatado que o gestor se elegeu por meio de eleições diretas e quando esta ocorreu apresentou-se um plano de ação aos alunos e a todo o conselho da instituição. Porém, segundo o entrevistado, não foi incluído dentro desse plano algum programa para formação contínua dos seus professores. Ressaltando que em relação à política de formação continuada, é citada apenas a melhoria no nível sócio econômico e não a qualificação dos educadores. Ao ser questionado a respeito do retorno que os professores alcançam com a formação continuada, obtivemos as seguintes respostas: melhoria na aprendizagem dos alunos, o retorno financeiro futuro e a “elevação cultural” tanto dos alunos quanto dos professores. Nesse aspecto, é notório o descaso quanto a real importância da educação por parte da gestão da escola. Leva em conta apenas o retorno financeiro tanto para os professores quantos para os alunos que, segundo ele, irão levar para o mercado de trabalho o que “aprenderam em sala de aula”. Por fim, o terceiro ponto que considera como reflexo da formação continuada é a “elevação cultural” do professor. Quando indagado a respeito dessa elevação cultural o gestor, deixa claro que está se referindo ao aprimoramento do conhecimento do docente, sendo refletido na sua prática, ou seja, no aluno. Quanto à identidade do educador o entrevistado em questão afirma que esse processo está em crise e que há uma “falta de coerência entre o ensinoaprendizagem, isto é, entre a teoria e a prática”. Dessa forma, é perceptível que o gestor não foi preparado para assumir tal cargo e possui uma visão equivocada a respeito da identidade do professor e a importância de sua formação. Considerações finais Diante de levantamentos teóricos acerca da formação da identidade do educador voltado para a sua atuação dentro do ambiente escolar constituído de ampla diversidade cultural, dos estudos relacionados à cultura e etnocentrismo e da pesquisa de campo realizada com o diretor da instituição de ensino estudada, pode-se constatar que a formação docente desde seus primórdios passa por intensas crises que são refletidas diretamente na aprendizagem dos alunos. As políticas pedagógicas adotadas não condizem com a realidade tanto dos professores quanto dos alunos, sendo que são impostas de “cima para baixo” correspondendo aos interesses neoliberais, ocasionando defasagem no sistema de ensino. Tais políticas quando incorporadas na formação docente formam profissionais despreparados para atuar dentro de um contexto multicultural, gerando imposição de valores e desrespeito à cultura alheia. Nesse sentido faz-se necessário a inserção da pesquisa na formação do professor, uma vez que esta possui fundamental importância para que o trabalho deste profissional não fique restrito ao que lhe é imposto para ser trabalhado em sala de aula, o que muitas vezes se constitui de conteúdos que desrespeitam o ambiente e o espaço de vivência de cada aluno. A partir dos estudos relativos a identidade, cultura, etnocentrismo e formação docente e análise da entrevista, pode-se constatar que o profissional da educação está diante de uma crise em sua formação e consequentemente em sua atuação. O papel do professor se constitui apenas como atividade remuneradora e a capacitação é realizada visando retorno financeiro. Além disso, a postura do gestor da instituição em questão, demonstra a falta de interesse em realizar atividades para qualificação dos seus professores afim de que sejam preparados para enfrentar a diversidade cultural e toda sua complexidade. Sendo assim, pode-se verificar que, embora a formação da identidade do educador, dentro de um cenário culturalmente diversificado, possua importância extrema, faltam ações por parte do governo para por em prática as propostas apresentadas pelos PCNs que por sua vez foi elaborado de acordo a LDB. No entanto, falta por parte dos professores também a consciência da importância de sua formação e todos os seus reflexos no sistema de ensino. Considerando toda a discussão acerca do tema, é valido finalizar este trabalho com uma produção da autora Selma Garrido Pimenta, que trata a construção da identidade do professor como um “processo historicamente construído”, ou seja, através de suas relações pessoais e profissionais. Referências Bibliográficas BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural. Ministério da Educação. Brasília: a secretária, 2001. BRZEZINSKI, Íria. LDB/1996: uma década de perspectivas e perplexidades na formação de profissionais da educação. 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