PROCESSO DE TRABALHO E PROCESSO DE
VALORIZAÇÃO
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“A produção de valores de uso ou bens não
muda sua natureza geral por ser realizar para
o capitalista e sob seu controle. Por isso, o
processo de trabalho deve ser considerado de
início independente de qualquer forma social
determinada.” (p.35)
O que o Marx deseja ressaltar é que o
trabalho deve ser compreendido, em sua
análise primeira, como produtor de valor de
uso, ou seja, como coisas que sirvam para
satisfazer a necessidade.
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Uma aranha tece fios
semelhantes
às
do
tecelão.
Uma abelha constrói
favos de suas colméias
como um arquiteto.
O Trabalho Animal
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O
que
distingue
o
trabalho humano é que o
pior tecelão ou o pior
arquiteto é que estes
últimos
planejam,
constroem
idealmente,
antes de construir
de
fato, ou seja o homem
realiza na matéria natural
seu objetivo previamente
idealizado.
O Trabalho Humano
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Toda matéria-prima é objeto de trabalho, mas
nem todo objeto de trabalho é matéria-prima. O
objeto de trabalho apenas é matéria-prima
depois de já ter experimentado uma modificação
mediada por trabalho”(p.38).
Para Marx, é objeto de trabalho aquele
encontrado na natureza, já prontos para
subsistência do homem. Esse objeto somente
torna-se matéria-prima quando sofre a ação do
homem, como por exemplo, a transformação da
madeira por meio de trabalho.
“O meio de trabalho é uma coisa ou um complexo
de coisas que o trabalhador coloca entre si
mesmo e o objeto de trabalho”(p.38)
“No processo de trabalho a atividade do homem
efetua,
portanto,
mediante
o
meio
de
trabalho,uma transformação do objeto de
trabalho,pretendida desde o princípio. O
processo extingue-se no produto(...) O produto
se uniu com seu objetivo. O trabalho está
objetivado e o objeto trabalhado”.(p.40-41).
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“O mesmo produto pode no mesmo processo
de trabalho servir de meio de trabalho e de
matéria-prima.Na engorda do gado, por ex.,o
gado, a matéria-prima trabalhada, é ao
mesmo tempo meio de obtenção de
estrume”(p.43).
Ao entrar em novos processos de trabalho
como meios de produção, os produtos
perdem, por isso, o caráter de produto. Eles
só funcionam agora como fatores objetivos
do trabalho vivo”(p.44).
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“O trabalhador trabalha sob o controle do capitalista
a quem pertence seu trabalho. O capitalista cuida de
que o trabalho se realize em ordem e os meios de
produção sejam empregados conforme seus fins,
portanto, que não seja desperdiçada matéria-prima e
que o instrumento de trabalho seja preservado, isto
é, só destruído na medida em que seu uso no
trabalho exija”.(p.47)
“O produto é propriedade do capitalista e não do
produtor direto, do trabalhador. (...O capitalista,
mediante a compra da F.T., incorporou o próprio
trabalho, como fermento vivo, aos elementos
mortos(...)que
lhe
pertencem
igualmente(...)O
processo de trabalho é um processo entre coisas que
o capitalista comprou(...)” (p.48)
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“O produto –a propriedade do capitalista- é
um valor de uso(...).Mas, ao capitalista não
interessa produzir valor de uso.Ele quer
produzir um valor de uso que tenha um valor
de troca, um artigo destinado à venda, uma
mercadoria.
Ele
quer
produzir
uma
mercadoria cujo valor seja mais alto que a
soma dos valores das mercadorias exigidas
para produzi-la, os meios de produção e a
força de trabalho” (p.50).
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“O valor de uma mercadoria é determinado
pelo quantum de trabalho materializado em
seu valor de uso pelo tempo de trabalho
socialmente necessário à sua produção”(p.50)
Cabe destacar que “no valor das mercadorias
não
influi
apenas
o
trabalho
nelas
diretamente aplicado, mas também o
trabalho
aplicado
nos
instrumentos,
ferramentas e edifícios que apóiam o trabalho
diretamente despendido” (Nota 14 – p.51)
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Sabemos que o valor da mercadoria é determinado
pelo quantum do trabalho materializado – passado e
presente -. Para fabricar 10 mts de fio, o tecelão
precisa:
Matéria-Prima: 10 kg de algodão = 10 reais
Meios de Produção: fusos = 2 reais(desgaste)
Segue-se que no fio estão objetivados 12reais, o que
equivale –aqui – a 2 dias de trabalho. Temos agora
que determinar o valor que o tecelão acrescentou ao
algodão.Suponhamos que o valor da força de
trabalho seja de 3 reais, por 6h de trabalho. Portanto,
durante o processo de fiação, o algodão absorve 6h
de trabalho.
Algodão + fusos=12 reais + F.T.=3reais (total 15
reais).
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O valor total do produto é igual a 12 reais. Exatamente o mesmo valor
do capital adiantado pelo capitalista.O valor adiantado não se valorizou,
não produziu mais-valia.
Sabemos que para o capitalista essa equação não lhe interessa, posto
que para ele não basta produzir valor de uso, mas valor de troca, ou
seja, mais-valia. Isso é o que espera o capitalista. Não a troca de valor
contra valor. Então vejamos: ao comprar a F.T., o capitalista pagou pela
sua utilização durante o dia e, não há, nenhuma injustiça contra o
vendedor, mas uma grande sorte para o comprador. Ele comprou uma
mercadoria (F.T.) que produz mais valor do que ela mesma tem. Vimos
que o valor da F.T. foi de 3 reais. Esse valor é, contudo, o valor de troca,
isto é, comporta
a manutenção diária da F.T, ou 6h de
trabalho.Acontece que ao vender sua F.T. o trabalhador aliena seu valor
de uso. Não podendo obter um sem desfazer de outro. É assim, que o
capitalista sorri. Ele compra a F.T. que custa para sua reprodução 6h,
apesar de a F.T poder trabalhar um dia inteiro e, por isso, o valor que
sua utilização cria durante um dia é o dobro de seu valor de troca.
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Observamos que o valor adiantado pelo capitalista foi 15
reais para produzir 10 metros de fio, considerando que ao
comprar a F.T, ele pode dispor da mesma durante todo o dia,
nosso capitalista irá dispor para o trabalhador os meios de
produção para um processo de trabalho de 12h, não somente
de 6h. Assim, se antes 10 kg de algodão absorviam 6h de
trabalho e transformavam-se em 10 metros de fio, então 20
kg de algodão absorverão 12h de trabalho e se transformarão
em 20 metros de fio.
Nos 20 kg estão objetivados 5 jornadas de trabalho: 4 na
massa consumida de algodão e fusos, 1 absorvida pelo
algodão durante a fiação. A expressão em 5 jornadas de
trabalho é 30 reais.Mas, a soma das mercadorias custou 27
reais. Deram uma mais-valia de 3 reais. Finalmente dinheiro
se transformou em capital.
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Primeira Fase
Algodão + Fuso=R$12
Força de Trab.
R$ 3
Total:R$15,00
Investimentos do
Capitalista: R$15,00
Valor contra valor
Segunda Fase:Valorização
 Algodão+Fio= R$ 24,00
 Força de Trab=R$ 3,00
 Total: R$27,00
 Valor Final do Produto
_____________________________
Mais-valia
Algodão + Fio= R$ 24,00
Força de trab. = R$. 3,00
FT (Não Pago) = R$ 3,00
Mais- Valia =R$3,00

A mais-valia

Marx inicia esse texto arguindo os seguintes: O que é
o valor de uma mercadoria? Como se determina esse
valor? Qual a substância social comum a todas as
mercadorias?A resposta é, claro,o trabalho. Como
vimos, “para produzir uma mercadoria, deve-se a ela
incorporar uma determinada quantidade de trabalho.
E não simplesmente trabalho, mas trabalho
social.Aquele que produz um objeto para seu uso
pessoal e direto, para seu consumo, produz um
produto, mas não uma mercadoria.Como produtor
que se mantém a si mesmo, nada tem a ver com a
sociedade. Concluímos que uma mercadoria tem um
valor porque é uma cristalização de um trabalho
social”(pp.75-76).

“O preço não é outra coisa senão a expressão
em dinheiro do valor(...)Se aprofundarmos
mais na expressão do valor em dinheiro,ou,o
que vem a ser o mesmo, na conversão do
valor e preço, veremos que se trata de um
processo pelo qual se dá aos valores de todas
as mercadorias uma forma independente e
homogênea, pelo qual se representa esses
valores como quantidades de igual trabalho
social.”(pp.81-82).

Os preços de mercado (podem) ou se diferenciam
constantemente dos valores. [Todavia], se a oferta e a
procura se equilibram, os preços das mercadorias no
mercado corresponderão a seus preços naturais, isto é, a
seus valores, determinados pelas respectivas quantidades
de trabalho necessárias à sua produção. As ofertas e as
procuras devem tender para o equilíbrio considerando
períodos de tempos bastante longos. Assim, “se todas as
espécies de mercadorias são vendidas pelos seus
respectivos valores, é absurdo supor que o lucro – não em
casos isolados, mas o lucro constante e normal das
diversas industrias – seja resultado de uma majoração dos
preços das mercadorias, ou da venda por um preço
considerado superior ao valor(...) A natureza geral do lucro
é que as mercadorias são vendidas, em média, pelos seus
verdadeiros valores(...), ou seja, pela quantidade do
trabalho nelas incorporadas”(p.84).
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“O que operário vende não é propriamente o seu
trabalho, mas a sua força de trabalho, cedendo
temporariamente ao capitalista de dispor dela” (p.87).
“O que é o valor da força de trabalho? Como o de
qualquer outra mercadoria, esse valor é determinado
pela quantidade de trabalho necessária para sua
produção (e reprodução)(...) Para poder se desenvolver e
se manter, um homem precisa consumir
uma
determinada quantidade de meios de subsistência. Mas
o homem como a máquina, desgasta-se e tem de ser
substituído por outro homem. Alem da quantidade de
meios de subsistência necessários para o seu próprio
sustento, ele precisa de outra quantidade dos mesmos
artigos para criar determinado número de filhos, que
terão que substituí-los no mercado de trabalho e
perpetuar a classe dos trabalhadores” (pp.87-88)

Como vimos o valor da força de trabalho é determinado
pela quantidade de trabalho necessária para a sua
conservação e reprodução, mas o uso dessa força só é
limitado pela energia e pela força física do operário. Em
outras palavras: “ a quantidade de trabalho que limita o
valor da força de trabalho do operário de modo algum
limita a quantidade de trabalho que sua força de
trabalho pode executar” (p.91). Significa que o valor da
força de trabalho toma a aparência o preço ou valor do
próprio trabalho. Ainda que apenas uma parte do
trabalho diário do operário seja paga, enquanto a outra
fica sem remuneração(...) fica parecendo que todo o
trabalho é trabalho pago.


O lucro é obtido pela venda de uma mercadoria pelo
seu valor. Aqui Marx retoma a ideia de trabalho pago e
trabalho não pago. Para ele o lucro capitalista – apesar
de se realizar na circulação, dá-se na produção pela
diferença entre trabalho pago e não pago (mais-valia).
Segue que na relação geral entre lucros, salários e
preços que o lucro é resultado do sobretrabalho. Esse é
o único valor a ser dividido (...) Com o capitalista e o
operário só podem repartir entre si esse valor, que é
limitado, quanto mais um deles receber menos o outro
receberá, e vice-versa(...) Uma parte crescerá sempre na
mesma proporção da diminuição da outra parte
(pp.101-102)

“O tempo é o campo do desenvolvimento humano. O
homem que não disponha de nenhum tempo livre, cuja
vida – afora as interrupções puramente físicas, do sono,
das refeições etc – esteja toda ela absorvida pelo seu
trabalho para o capitalista,é menos que uma besta de
carga.É uma simples máquina, fisicamente destroçada e
brutalizada intelectualmente, para produzir riqueza
para outrem. E, no entanto, toda a história da industria
moderna revela que o capital, se não tiver um freio,
tudo fará, implacavelmente e sem contemplações, para
conduzir toda a classe operária a esse nível de extrema
degradação”(p.110).

“Mesmo com uma jornada de trabalho de limites
determinados, como existe hoje em dia em todas as
indústrias sujeitas à legislação sobre as fábricas, podese tornar necessário um aumento de salários, ainda que
somente seja com o objetivo de manter o antigo nível
do valor do trabalho. Pelo aumento da intensidade do
trabalho, pode-se fazer um homem gastar em uma hora
tanta força vital como antes gastaria em duas. É o que
tem acontecido nas indústrias submetidas às leis sobre
as fábricas, que aceleram, até certo ponto, a velocidade
das máquinas e aumentando o número de máquinas
que um trabalhador deve operar”(p.211)

“Se o aumento da intensidade do trabalho
despendida numa hora se mantiver numa
proporção justa com a diminuição da jornada de
trabalho, o operário sairá ganhando. Se esse limite
for ultrapassado, perderá por um lado o que
ganhar por outro, e dez horas de trabalho serão
tão fatigantes quanto às 12h de antes. Ao
compensar essa tendência do capital pela luta por
aumento
de
salário,
correspondente
ao
crescimento da intensidade do trabalho, o operário
resiste à depreciação do seu trabalho e à
degradação de sua classe”(p.111-112)

“(...) A produção capitalista move-se por ciclos(..)Passa por
fases de calma, de animação crescente, de prosperidade,
de superprodução, de crise e de estagnação.(...) Pois bem.
Durante as fases de baixa dos preços do mercado, de
crise ou de estagnação, o operário, se não for despedido,
terá seu salário diminuído (...) Durante a fase de
prosperidade, em que o capitalista obtém lucros
extraordinários, se o operário não lutar por uma alta de
salários(...)veremos que ele sequer recebe o salário médio,
ou seja, o valor do seu trabalho. É absurdo exigir que o
operário, cujo salário é forçosamente afetado pelas fases
adversas do ciclo, renuncie ao direito de ser compensado
durante as fases de prosperidade”.(p.112)

A questão acerca da redução ou aumento dos
salários são fenômenos inseparáveis do
sistema
de
trabalho
assalariado
e
corresponde ao fato de o trabalho se
equivaler
às
mercadorias,
submetido,
portanto, às leis que regulam o movimento
geral de preços

“O valor da força de trabalho é formado por dois
elementos: um físico e outro histórico e social. Seu limite
mínimo é determinado pelo elemento físico, ou seja, para
manter-se e reproduzir-se, a classe operária precisa obter
os artigos de primeira necessidade absolutamente
indispensáveis à vida e à sua multiplicação. O valor desses
meios de subsistência indispensáveis constitui o limite
mínimo do valor do trabalho. Seu limite máximo é dado
pela extensão da jornada de trabalho, se bem que sejam
muito
elásticos,
dado
pela
força
física
do
trabalhador[Mas}uma rápida sucessão de gerações
raquíticas e de vida curta manterá o mercado de trabalho
tão bem abastecido quanto uma série de gerações
robustas e de vida longa”(p.115)


O elemento histórico e social Marx entende as
condições sociais, os costumes e a tradição histórica.
Assim, “se compararmos os salários normais ou valores
do trabalho em diversos países, e comparando-os em
diferentes épocas históricas no mesmo país, vermos
que o valor do trabalho não é por si uma grandeza
constante, mas variável(...)” (p.116)
“O capitalista tenta (...) constantemente reduzir o
salário ao seu mínimo físico e a prolongar a jornada de
trabalho ao seu máximo físico, enquanto o operário
exerce constantemente uma pressão no sentido
contrário”(p.117)

O aumento dos salários tem por consequência a
introdução de máquinas,equipamentos e novos métodos
científicos de gerenciamento. Com isso aumenta a
produtividade e diminui a procura de trabalho,provocando
um excedente relativo da força de trabalho. “Esse é o
método geral que o capital adota nos países antigos, de
bases sólidas para reagir(...)contra os aumentos de
salários” (p.120). Isso acontece em virtude da mudança na
composição do capital. “A parte do capital global formada
por capital fixo (constante) –maquinaria, matérias-primas,
meios de produção de todas as espécies- cresce com
maior rapidez do que a outra parte do capital destinada a
salários, ou seja, à compra de trabalho (capital
variável).”(p.120)



“Todo trabalho produtivo é assalariado, mas nem todo
trabalho assalariado é produtivo”(p.159).
O trabalho não é produtivo quando se compra para
consumi-lo como valor de uso, como serviço(...)O
trabalho é consumido por causa de seu valor de uso,
não como trabalho que gera valores de troca(...)O
capitalista,pois, não se defronta com o trabalho como
capitalista, como representante do capital;troca seu
dinheiro por esse trabalho na condição de renda, não de
capital”.(p.159)
“(...)esse fenômeno, o de que com o desenvolvimento
da produção capitalista todos os serviços se
transformam em trabalho assalariado, e todos os seus ..


Executantes em assalariados (,,,)leva tanto mais à
confusão entre uns e outros porquanto é fenômeno
característico da produção capitalista.Ademais, dá aos
apologistas ocasião para converter o trabalhador
produtivo, pelo fato de ser assalariado, em trabalhador
que simplesmente troca seus serviços por dinheiro.Dessa
forma, passam felizes pelo alto sobre a diferença
específica desse trabalhador produtivo e a produção
capitalista como produtor de mais-valia”(p.161).
O trabalho produtivo troca-se diretamente por dinheiro
enquanto capital, isto é, por dinheiro que em si, é capital,
que está destinado como capital e que, como capital, se
contrapõe a força de trabalho. Em consequência, trabalho
produtivo é aquele que para o operário, reproduz somente


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O valor previamente determinado de sua força de
trabalho, ao passo que valoriza o capital. A relação
específica entre o trabalho objetivado e o trabalho vivo
transforma o primeiro em capital e o segundo em
capital produtivo” (p.163).
O produto específico do processo capitalista de
produção – a mais-valia – é gerado somente pela troca
com o trabalho produtivo. (p.163).
“A diferença entre o trabalho produtivo e o improdutivo
consiste tão-somente no fato de o trabalho trocar-se
por dinheiro como dinheiro ou por dinheiro como
capital” (p.169).

“O mesmo trabalho, por exemplo, jardinagem,
alfaiataria etc., pode ser realizado pelo mesmo
trabalhador a serviço de um capitalista industrial ou de
um consumidor direto. Em ambos casos estamos ante
um assalariado ou diarista, mas trata-se, num caso, de
trabalhador produtivo e, noutro de improdutivo, porque
no primeiro caso esse trabalhador produz capital e no
outro caso não; porque, num caso, seu trabalho
constitui um momento do processo de autovalorização
do capital; no outro caso não.


“O trabalhador se torna tanto mais pobre quanto mais
riqueza produz(...)O trabalhador se torna uma mercadoria
tão mais barata quanto mais mercadorias cria. Com a
valorização do mundo das coisas aumenta em proporção
direta a desvalorização do mundo dos homens.O trabalho
não produz somente mercadorias; ele produz a si mesmo
e ao trabalhador como uma mercadoria, e isto na medida
em que produz, de fato, mercadorias em geral” (p.176).
(...) “o objeto que o trabalho produz, o seu produto, se lhe
defronta como um ser estranho, como um poder
independente de seu produtor.O produto do trabalho é o
trabalho que se fixou num objeto , fez-se coisal, é a
objetivação do trabalho. A efetivação do trabalho é a sua
obejtivação.

A
efetivação
aparece
como
desefetivação
do
trabalhador, a objetivação como perda do objeto que o
trabalhador é despojado dos objetos mais necessários
não somente à vida, mas também dos objetos do
trabalho, a apropriação do objeto aparece como
estranhamento, como alienação(“quanto mais objetos o
trabalhador produz, tanto menos pode possuir e tanto
mais fica sob o domínio do seu produto, do capital
(p.177)”).
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KARL MARXProcesso de Trabalho e Proceso de Valorizacao1