AVALIAÇÃO EM
SAÚDE BUCAL NA
ATENÇÃO BÁSICA
Prof. Claudia Flemming Colussi
Departamento de Saúde Pública
Universidade Federal de Santa Catarina
Estrutura da apresentação
• Conceito de avaliação
• Avaliação em Saúde no Brasil
• Avaliação da saúde bucal na atenção
básica
• Institucionalização da avaliação: PMAQ
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
O que é
Avaliação?
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
Conceitos de Avaliação
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
O que é
Avaliação
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
Juízo de valor
Tomada de
decisão
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
AVALIAÇÃO
X
MONITORAMENTO
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
Monitoramento e Avaliação
MONITORAMENTO
AVALIAÇÃO
Contínuo
Ocasional
Acompanhar, controlar,
supervisionar
Emitir juízo de valor
Processos e produtos
Resultados,
impacto, qualidade
Técnico
Político
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
Avaliação em saúde no Brasil
Pouco incorporada às práticas dos serviços de
saúde;
Caráter mais prescritivo, burocrático e punitivo
do que subsidiário ao planejamento;
Não se constitui, ainda, em instrumento de
suporte ao processo decisório.
(Brasil, 2005)
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
“Em se tratando da avaliação em saúde, e
em especial, da avaliação da atenção básica,
o objeto da avaliação é um objeto em
movimento. As três esferas de governo são coresponsáveis no que se refere à avaliação da
atenção básica. Deve-se reforçar seu caráter
formativo, pedagógico e reorientador das
políticas e práticas, superando o tradicional
enfoque punitivo e burocrático”
(Brasil, 2005)
Avaliação da saúde bucal na
atenção básica - publicações
•
•
•
•
Objeto recente de pesquisas
Poucos estudos
Diferentes metodologias
Pesquisas acadêmicas
desvinculadas do serviço
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Avaliação da saúde bucal na
atenção básica
• Baixa qualificação dos profissionais de saúde
bucal na área de saúde coletiva
• Formação (excessivamente ou exclusivamente)
técnica dos profissionais
• Dificuldade de mudança do processo de trabalho
• Dificuldade de trabalhar em equipe
• Não realização ou não utilização de diagnósticos
epidemiológicos como instrumentos de trabalho
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
Avaliação da saúde bucal na
atenção básica
• Dificuldade dos municípios em estruturar
a atenção à saúde bucal à luz da ESF:
– Excesso de demanda assistencial e dificuldade
de conciliação dessa demanda com outras
atividades
– Os anseios dos usuários ainda remetem às
mesmas questões do sistema tradicional de
atenção em saúde bucal
III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal – Claudia Flemming Colussi
Avaliação da saúde bucal na
atenção básica
Avaliações voltadas para quantidade e tipo
dos procedimentos, sem perspectiva de
reorientação da prática
Dificuldade de obter indicadores de avaliação:
sistemas de informação fornecem informações
limitadas
Baixa qualidade de registros da produção
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Avaliação da saúde bucal na atenção básica
em Santa Catarina: Modelo de avaliação
Relevância
Efetividade
Eficácia
Eficiência
GESTÃO DA SAÚDE
BUCAL
PROVIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA
EM SAÚDE BUCAL
Promoção e
Prevenção
Diagnóstico e
Tratamento
Atuação intersetorial
(4)
Criança (3)
Criança (3)
Participação popular
(4)
Adolescente (3)
Adolescente (3)
Recursos Humanos (4)
Adulto (3)
Adulto (3)
Infra-Estrutura (4)
Idoso (3)
Idoso (3)
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Relevância
Efetividade
Eficácia
Exemplos de indicadores utilizados
Unidade de
análise
Atuação
intersetorial
Participação
Popular
Recursos
Humanos
Indicador
Percentual de domicílios atendidos pela
fluoretação da água de abastecimento público
Existência de pelo menos uma deliberação
referente à saúde bucal na CMS realizada
mais recentemente
Proporção auxiliar/CD
Percentual de Unidades de Saúde com
Infraestrutura
atendimento em saúde bucal
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Avaliação da saúde bucal na
atenção básica em Santa Catarina
Dados secundários: Bancos de dados
governamentais (DATASUS, IBGE, SES/SC)
Dados primários: formulário enviado às
Secretarias Municipais de Saúde dos 293
municípios de SC
207 responderam (70,6%)
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Dados primários: maiores taxas
de não resposta
Variável
Total de recursos financeiros investidos em saúde bucal no ano
anterior
Número de pacientes com Tratamento Concluído (TC) por
faixa etária no mês anterior
Número de pacientes agendados no mês anterior
Número de pacientes atendidos sem agendamento (livre
demanda)
Casos com suspeita de câncer bucal encaminhados para
biópsia
Resultado
Qualidade da atenção básica em saúde bucal dos 207 municípios
catarinenses avaliados, por porte populacional.
Mais de 50 mil hab.
10
4
5
Insatisfatório
10 até 50 mil hab.
39
15
8
Regular
34
5 até 10 mil hab.
13
36
Menos 5 mil hab.
0%
20%
21
40%
60%
3
19
80%
100%
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Satisfatório
Institucionalização da avaliação no
Brasil
PMAQ
AMQ
PACTO
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Mudança no modelo assistencial
Implantação das Equipes Saúde da
Família, 1998-2010
FONTE: DAB,2012
1998
2002
2006
2010
Desafios
• (Re)estruturação das unidades básicas de saúde;
• Revisão dos processos de trabalho das equipes de
saúde da família;
• Apoio institucional para fortalecimento da
estratégia;
• Revisão dos processos de formação e educação
em saúde (educação permanente);
• Melhoria do financiamento;
• Institucionalização de processos de planejamento,
acompanhamento, monitoramento e avaliação da
atenção básica.
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Fases do PMAQ
1
Contratualização
4 Recontratualização
2
Desenvolvimento
3
Avaliação Externa
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Fases do PMAQ
1
Contratualização
4 Recontratualização
2
Desenvolvimento
3
Avaliação Externa
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Fases do PMAQ
1
Contratualização
4 Recontratualização
2
Desenvolvimento
3
Avaliação Externa
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Fases do PMAQ
1
Contratualização
4 Recontratualização
2
Desenvolvimento
3
Avaliação Externa
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AVALIAÇÃO no PMAQ
1
Contratualização
4 Recontratualização
2
Autoavaliação
3
Avaliação Externa
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AVALIAÇÃO INTERNA
(AUTOAVALIAÇÃO)
AVALIAÇÃO EXTERNA
- Os avaliadores tem mais
familiaridade com o trabalho, com
seus objetivos e metas
- Uma avaliação interna é uma
ferramenta de auto-correção bem
menos ameaçadora que uma
avaliação externa
- Maior aceitação de críticas e
sugestões
- Menor custo
- Credibilidade a opiniões e
sugestões de uma pessoa de fora do
contexto
-Dificuldade de olhar a situação sob
outros pontos de vista
- Maior custo
- Menos conhecimento sobre o
objeto
-Aqueles que estão diretamente
envolvidos podem se sentir
ameaçados pelos avaliadores
externos e podem ter menos
propensão a cooperar com o
processo.
-Interesse em alcançar conclusões
positivas pode atrapalhar a avaliação
- Dificuldade de disponibilizar tempo
para realização
- Imparcialidade com relação ao que
está sendo avaliado
Autoavaliação - AMAQ
Análise do processo de trabalho
pelos próprios trabalhadores
Orienta a tomada de decisão:
• Identificar problemas
• Estabelecer prioridades para
construir planos de ação
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• Construído a partir da
ferramenta AMQ
• Reflete as diretrizes da
Atenção Básica
• Alinhamento com
avaliação externa
• “O AMAQ não pretende
esgotar todo o universo
das práticas em atenção
básica, entretanto,
compõe-se de um
determinado conjunto de
ações que são
consideradas
estratégicas e potenciais
produtoras de mudanças
no cotidiano dos
serviços”
Fases do PMAQ
1
Contratualização
4 Recontratualização
2
Desenvolvimento
3
Avaliação Externa
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Módulos do PMAQ – 2º Ciclo
Módulos
Conteúdo
Entrevistado
Módulo I
Estrutura da Unidade
de Saúde
Coordenador ou
membro da equipe
Processo de trabalho
ESF
Satisfação do Usuário
Profissional nível
superior
Usuários
Módulo II
Módulo III
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Críticas ao PMAQ
(In)Adequação dos instrumentos de avaliação (AMAQ
e Avaliação externa)
Escolha dos indicadores de monitoramento e
avaliação
Iniquidade no financiamento
Destino do recurso financeiro
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OBRIGADA!
[email protected]
www.nepas.ufsc.br
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