Discurso da ministra Miriam Belchior na comemoração dos 80 anos do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo) e solenidade de posse da nova diretoria da entidade, biênio 2014-2016
Brasília, 23 de setembro de 2014
Com muita honra represento a Exma. Sra. Presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta comemoração pelos 80
anos do Sinduscon-SP e a posse de sua nova diretoria.
Durante os últimos 11 anos, o governo federal e o setor da construção civil constituíram uma parceria de sucesso,
com ganhos para ambos, mas principalmente para o Brasil.
Meu roteiro original de fala listava os resultados exitosos dessa parceria, mas lendo os jornais no domingo de manhã
eu vi a publicação do Sinduscon e me permito tirar de lá o balanço sintético desse período.
“Nos últimos dez anos, a construção finalmente foi reconhecida como protagonista do desenvolvimento do país.
Seu segmento imobiliário ganhou um marco regulatório e recursos financeiros que decuplicaram a produção.
A área de obras públicas foi beneficiada com programas como o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento,
PPPs, concessões de rodovias, portos e aeroportos. O segmento de habitação popular expandiu-se devido,
principalmente, ao Programa Minha Casa, Minha Vida.”
Acredito que essa avaliação do Sinduscon coincide com a do governo federal.
O investimento no País aumentou de maneira substantiva, mantendo desde 2007 um ritmo de crescimento de quase
o dobro do PIB – Produto Interno Bruto.
Apenas em 2013, o investimento cresceu 5,2%. Comparando com países do G-20, por exemplo, ficamos à frente de
Estados Unidos, Japão, Alemanha, Austrália e União Europeia.
O desembolso do PAC quebra recorde atrás de recorde. No primeiro semestre de 2014, o desembolso foi 27%
superior ao mesmo período de 2013, que por sua vez também foi maior que nos anos anteriores.
No Programa Minha Casa, Minha Vida, contratamos 3,5 milhões de unidades, sendo 2,5 milhões nos últimos três
anos.
Foram entregues mais de 1 milhão e 801 mil moradias, beneficiando 6,5 milhões de brasileiros e brasileiras.
Agora acabamos de definir uma ampliação de mais 350 mil unidades, para o início de 2015, atendendo um pleito
reiterado do setor.
O crédito imobiliário como proporção do PIB, multiplicou-se por 6, aumentando de 1,4% em 2002 para 8,9% do PIB
em junho passado.
Gostaria de aproveitar este momento para lembrar recente entrevista do presidente José Romeu Ferraz Neto, em
que ele defendeu um aumento ainda maior nos investimentos em infraestrutura.
Neste aspecto, gostaria de relembrar a mensagem da Presidenta Dilma Rousseff na abertura da última edição do
ENIC – Encontro Nacional da Indústria da Construção, em maio passado em que ela dizia que:
Precisamos trabalhar duro e juntos para manter o crescimento do investimento no País.
É preciso continuar fazendo o que for necessário para que o Brasil persista em sua trajetória de desenvolvimento.
É necessário continuar subsidiando programas imprescindíveis para a nossa população e para nosso País, como o
PAC e o Minha Casa, Minha Vida. A despeito da opinião de alguns que consideram que os subsídios devem ser
reduzidos.
O governo deve continuar a oferecer crédito farto e tão barato quanto possível para financiar as obras de
infraestrutura e de logística fundamentais para o futuro do Brasil.
Os bancos públicos têm importante papel na garantia do crédito, enquanto os bancos privados não se engajam
nesse esforço nacional.
É preciso adotar, sempre que necessário, as desonerações tributárias que reduzem o custo de produção e do
investimento, sobretudo da indústria, inclusive como estratégia para a geração de emprego e renda.
A indústria da construção civil sabe bem como foi decisiva a desoneração dos custos do material de construção e,
principalmente, da folha de pagamentos do setor, promovidas nos últimos anos.
Creio ainda que é fundamental continuar as parcerias com o setor privado, para oferta de serviços e para viabilização
de investimentos importantes para a população e para a economia.
Também é essencial continuar a respeitar contratos, cumprir acordos e seguir aperfeiçoando os marcos regulatórios,
garantindo a segurança para os investidores privados.
É preciso continuar concedendo estímulos à inovação, apoiando empresas que invistam na geração de mais
desenvolvimento tecnológico.
Esta sempre foi e continua sendo a agenda que acreditamos ser o melhor caminho para o Brasil: produção, emprego
e renda.
Com a expectativa de que é possível manter essa relação extremamente exitosa, quero cumprimentar o novo
presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto, desejando a ele e a toda a diretoria uma gestão plena de
resultados.
Parabéns também a todos que se dedicaram, ao longo dos últimos 80 anos, ao fortalecimento dessa importante
entidade da construção civil.
Em sua posse, em agosto passado, o presidente da CBIC José Carlos Martins, disse que “Quando a iniciativa privada e
a pública se unem, os resultados são mais eficientes”.
Gostaria de acrescentar que, quando nos unimos em torno de um projeto para a Nação, os resultados transformam
o País
Muito obrigada.
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Comemoração dos 80 anos do Sinduscon