22/04/2015
Plano Safra não será atingido por ajuste fiscal, diz ministra da Agricultura ­ Economia ­ O Dia
Plano Safra não será atingido por ajuste fiscal, diz ministra da
Agricultura
De acordo com Kátia Abreu, o percentual dos juros deve seguir a tendência do ano passado, quando
as taxas foram similares à da inflação, o que indica que 'a taxa real de juros é neutra'
AGÊNCIA
BRASIL
Brasília ­ A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia
Abreu, afirmou que o Plano Safra 2015­2016 não será afetado pelo
ajuste fiscal que está sendo executado pelo governo federal.
Segundo ela, a presidenta Dilma Rousseff não vai considerar o
ajuste nos anúncios que pretende fazer em maio dos recursos que
serão disponibilizados para o custeio dos agricultores.
De acordo com a ministra, o percentual dos juros deve seguir a
tendência do ano passado, quando as taxas foram similares à da
inflação, o que indica que “a taxa real de juros é neutra”. Além
disso, segundo ela, o crédito de custeio faz parte de uma
necessidade imprescindível aos produtores, que precisam plantar.
Quanto aos investimentos, os agricultores podem decidir se vão
receber aportes ou não.
A ministra da Agricultura, Katia Abreu, fala à imprensa após reunião com a presidenta
Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto
Foto: José Cruz/Agência Brasil
“Ajuste fiscal não pode ser sinônimo de imobilismo. O Plano Safra é
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um dos pontos que a presidenta exclui do ajuste. O aumento de
juros é importante, coisa natural, porque se analisarmos, no
passado a inflação ficou em 6,5% e as taxas de juros também. Elas
variam de acordo com inflação no histórico dos anos. Ele seguirá o
mesmo curso, o mesmo rumo e as taxas de juros serão
praticamente neutras, como foram no ano passado”, declarou.
Kátia Abreu se reuniu com a presidenta, hoje de manhã, no Palácio
do Planalto e falou com a imprensa ao final do encontro. Ainda
sobre os juros, ela defendeu tratamento igualitário dos
agropecuários em relação aos demais empresários. “Acredito que a
taxa de juros entre 8,5 até 9% está muito compatível com o nível de
inflação de 8,5%. Independentemente de ajuste fiscal, se temos
inflação maior e os juros reais do país aumentaram, não há
diferença nenhuma do mundo rural. Nós vivemos no mesmo mundo
em que os demais empresários do Brasil vivem”, disse.
A ministra anunciou que o governo lançará no dia 6 de maio o Plano
Nacional de Defesa Agropecuária, que pretende modernizar
práticas e regulamentar normas sobre o controle sanitário e a venda
de medicamentos veterinários no país. Além disso, no dia 30 de
abril a presidenta deverá assinar decreto instituindo a região
Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com o objetivo de
aprimorar políticas e dar prioridade a investimentos nesses estados.
“Ela [Dilma] conhece e sabe que é uma das últimas regiões
agrícolas do mundo em expansão, sem desmatamento. O decreto
vai delimitar essa área e apresentar todos os seus potenciais.
Queremos destacar os investimentos não só no Brasil, mas
internacionais. Essa região pode ter um olhar especial”, declarou
Kátia.
A ministra lembrou que a presidenta Dilma Rousseff deixou bem
claro que a defesa agropecuária é prioridade. “O essencial é
formatar, decidir as diretrizes, porque os recursos não irão faltar.
Isso são palavras da presidenta. Porque tem coisas que precisam
ser feitas, que não entram no ajuste. E defesa agropecuária, Plano
Safra na área de custeio não entra em termos de ajuste, em termos
de redução de recursos”.
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