Transferência de energia
O Sol é o principal responsável pela existência de vida na Terra, pelos
seguintes fatores:
9 As radiações solares aquecem o solo, as massas de água e o ar;
9 A luz solar é captada pelos seres fotossintetizantes, representados
principalmente pelas algas e plantas, e transferida ao longo da cadeia
alimentar.
A transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional, ou seja,
tem início com captação de energia luminosa pelos produtores e termina com
ação dos decompositores, passando pelos diversos tipos de consumidores.
Transferência de energia ao longo das cadeias alimentares é unidirecional, dissipando-se gradualmente.
É possível representar os níveis tróficos de um ecossistema por meio
de retângulos superpostos, que formam uma pirâmide ecológica. Há três tipos
de pirâmides: de número, de biomassa e de energia.
1. Pirâmide de número
Na maioria das cadeias alimentares, os predadores de um nível superior
costumam ser maiores que os do nível inferior, pois a captura da presa é mais
fácil se o predador for maior. Mas o número de indivíduos por área ou por
volume em um ecossistema diminui da base para o ápice da pirâmide, pois é
necessária uma grande quantidade de indivíduos de pequeno porte para
sustentar um pequeno número de indivíduos de porte grande.
Sua principal função é mostrar o número de indivíduos de cada nível
trófico de uma cadeia alimentar.
Pirâmide de número. A largura de cada retângulo é proporcional ao número de indivíduos em cada nível
trófico.
2. Pirâmide de biomassa
Freqüentemente ela é expressa em peso seco por unidade de área.
Neste tipo de pirâmide pode ocorrer pirâmide invertida, pois a medição de
biomassa é relativa apenas àquele momento e não considera a taxa de
renovação da matéria orgânica.
A massa de matéria orgânica contida em um ser vivo ou em um
conjunto de seres vivos é chamado de biomassa, sendo este diretamente
proporcional à quantidade de energia nela contida.
Pirâmide de biomassa. A largura de cada retângulo indica a quantidade de matéria orgânica em cada
nível trófico de um determinado momento.
3. Pirâmide de energia
É representada de forma que cada nível trófico tem sua energia
acumulada. A base corresponde ao nível trófico dos produtores, e na
seqüência são representados os níveis dos consumidores. A largura de cada
nível corresponde à quantidade de energia ou de matéria orgânica disponível
para o nível trófico seguinte.
A pirâmide de energia indica a produtividade de um ecossistema,
pois considera o fator tempo.
Pirâmide de energia. (A) plana e (b) tridimensional. Mostra a quantidade de energia disponível em cada
nível trófico de um ecossistema.
Referência bibliográfica:
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Conceitos de Biologia: genética, evolução e ecologia. v.3. São Paulo:
Moderna, 2001. 375 p.
FERRI, M. G.; et al. Botânica: fisiologia – curso experimental. 2. ed. São Paulo: Nobel, 1981. 115 p.
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje: genética, evolução e ecologia. v. 3. São Paulo:
Ática, 2003. 424 p.
Transferência de energia – Aula prática
Experimento nº 1: Fotossíntese: produção de O2 por plantas aquáticas.
Material:
9
9
9
9
9
9
9
9
2 copos de Becker grandes;
2 funis;
2 tubos de ensaio;
alguns ramos de Elodea sp;
água de aquário;
lâmpada;
papel celofane verde e vermelho;
durex.
Procedimento:
9 Peque o Becker e encha-o com água de aquário e solução de bicarbonato de
sódio (fonte de CO2) a 2% na proporção 1:1;
9 Tome alguns ramos de Elodea sp, coloque-os sob um funil invertido, e
mergulhe o conjunto no becker, prendendo por ganchos laterais. O pescoço
do funil deverá ficar totalmente imerso, como mostra a figura abaixo;
9 Encha com água um tubo de ensaio, tape sua abertura com o dedo, inverta
sobre o funil, retirando o dedo lentamente depois de mergulhado, de modo, a
ficar totalmente cheio de água;
9 Envolva o becker com
prendendo-o como durex;
o
papel
celofane,
9 Coloque o conjunto ao sol ou sob uma lâmpada
bem forte. Observe o que acontece com as
plantas e com a água do tubo;
9 Conte o número de bolhas que se libertam e
observe em qual luz (verde ou vermelha) há maior
liberação de bolhas. A contagem deverá ser
iniciada a partir do momento que em um dos
recipientes começar a sais bolhas. Conte durante
20 minutos.
Experimento nº 2: Consumo de O2 por animais e plantas.
Material:
9 4 balões de fundo chato ou erlenmeyer ou copo de Becker ou tubo de ensaio;
9 alguns ramos de Elodea sp;
9 corante azul ou verde de bromotimol;
9 4 rolhas ou outro material para vedar o recipiente;
9 2 peixinhos;
9 água de aquário.
Procedimento:
9 Frasco 1 – colocar somente água + algumas gotas de bromotimol e vede com a
rolha;
9 Frasco 2 – colocar água + algumas gotas de bromotimol + peixinho e vede com
a rolha;
9 Frasco 3 – colocar água + algumas gotas de bromotimol + um ramo de Elodea e
vede com a rolha;
9 Frasco 4 – colocar água + algumas gotas de bromotimol + peixinho + um ramo
de Elodea e vede com a rolha;
9 Deixe em algum lugar onde bata uma certa quantidade de luz em um período
do dia e depois observe o resultado obtido.
Frasco 1
Frasco 2
Frasco 3
Frasco 4
Download

Transferência de energia