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OFERECIMENTO
NÚMERO
08/07/2014
DO
DIA
161 milhões
‘A Copa das redes sociais’,
diz VP global da Octagon
de pessoas visitaram os canais
digitais da Fifa em junho por
causa da Copa do Mundo
POR RODRIGO CAPELO
A Copa de 2014 é a Copa das
redes sociais. A avaliação é de
André Schunk, vice-presidente
global da Octagon, entrevistado
com exclusividade pela Máquina do Esporte. Foi a primeira
edição do evento, diz ele, em
que as empresas investiram de
fato em ações nessas mídias.
“Muita gente usou as redes
para agregar consumidores e
criar comunidades que levem as
mensagens que queriam passar”, diz o executivo, que já trabalhou para marcas como MasterCard, AB-Inbev e Johnson &
Johnson nesta Copa. “Toda marca tem um componente de mídia
social para ativação, tem hashtags e espaços para interação”.
1
O modo como as empresas
ativaram patrocínios mudou
muito de um evento para outro.
Na Alemanha, um país pequeno
no centro da Europa, havia mais
facilidade para montar ações
para o público. “Foi um fenômeno particular daquele evento”, relata Schunk. Na África do
Sul, havia menos dinheiro e estrutura, fatores que prejudicam
a logística. “Então a ativação ficou concentrada em Joanesburgo”. No Brasil, um “país enorme”, o desafio foi ainda maior.
Com a distância entre uma
cidade-sede e outra, somada à
dificuldade de hospedar convidados estrangeiros, só algumas
capitais, como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro,
destacaram-se em termos de
ativaçõessegundo o executivo.
Isso ajudou a reforçar o foco
das empresas nas redes sociais.
“Elas souberam criar experiências na internet”, diz ele.
Clique aqui para ler a entrevista completa com André Schunk.
Adidas monta plano para usar o
Twitter e se dá bem no Mundial
DA REDAÇÃO
Rodrigo Capelo é
chefe de redação da
Máquina do Esporte
POR RODRIGO CAPELO
MARCAS PAGAM MICO
NAS REDES SOCIAIS
Em meio à febre de uso de redes sociais nesta Copa do Mundo, a
Adidas foi uma das empresas que melhor se preparou para agir na
internet durante o Mundial. Basta ver que há um perfil no Twitter
da bola, a Brazuca, com mais de 3 milhões de seguidores, cujas tuitadas são repassadas por consumidores centenas de vezes. Por trás
desta e de outras ações digitais, há um planejamento incomum.
A começar pela We Are Social, agência de mídias sociais que a
fabricante de materiais esportivos alemã contratou. Um ano antes
do início da competição, esta empresa começou a reunir imagens
e vídeos que poderiam ser usados no meio de uma partida, por
exemplo. Se tal atleta fez um gol ou tirou uma bola em cima da linha, a Adidas tem algumas opções de foto dele com expressões que
combinem com a jogada. Há um banco de dados com cerca de mil
imagens e 600 vídeos coletados, prontos para serem utilizados.
No Flamengo, onde montou um “quartel general” para o período
da Copa, a Adidas possui profissionais dedicados a monitorar e alimentar redes sociais. Eles seguem um calendário para os 32 dias de
competição, detalhado hora a hora com tudo o que pode acontecer.
As informações constam em reportagem da Ad Age, na qual a
Adidas aparece como uma das marcas com mais interações: 1,6
milhão de tuítes, retuítes e respostas até agora. É um resultado que
nem toda empresa tem, porque nem toda marca se planejou tanto
para preparar-se para trabalhar as redes sociais durante o Mundial.
Rafael Gambarim, empresário paranaense de 30 anos, ficou famoso
na internet por quebrar uma TV em
meio aos pênaltis de Brasil x Chile.
Júlio César defendeu, ele se empolgou e estragou o aparelho com um
tapa na tela. O vídeo teve milhares
de compartilhamentos no Facebook,
foi replicado por inúmeros canais no
YouTube, enfim, viralizou.
Aí empresas tiveram a estupenda
ideia: por que não presenteá-lo com
outra televisão? A Sony deu uma de
40 polegadas, a Samsung mandou
uma de 46, o supermercado Extra,
do Grupo Pão de Açúcar, enviou mais
uma, e a Magazine Luiza decidiu dar
um projetor multimídia para “não correr o risco de quebrar outra TV”.
O caso indica que marcas passaram
a dar a devida importância às redes
sociais, mas mostra também que falta discernimento para tanto. Isto é,
foi premiado um torcedor infantil que
estragou um equipamento que, para
muitos, é só um sonho de consumo.
Na tentativa de pegar carona na
visibilidade momentânea, empresas
não só não tiveram sucesso, porque
quatro tiveram a mesma ideia, como
ainda passaram um recado esquisito
ao público: estrague sua TV e fique
famoso que vamos recompensá-lo.
Marcas precisam aplicar na internet
o que já vale fora dela. Não pague
qualquer mico para ganhar visibilidade, não cole a sua imagem na de sujeitos de gosto duvidoso. E se esforce para ter uma ideia um pouquinho
mais criativa do que os outros, não é?
HISTÓRIAS
DA
COPA
NEYMAR 01
Com anúncios em mídias impressas e nos
canais na internet, a Nike fez o manifesto de
apoio dela para Neymar. A peça tem a silhueta do atleta ao fundo com uma mensagem do
Brasil sobre a inspiração que ele dá à seleção.
NEYMAR 02
A Gol Linhas Aéreas
personalizou o avião
que levou a seleção
brasileira, da qual é patrocinadora, para Belo
Horizonte. Foi estampada a expressão “é
tóiss”, recorrentemente usada pelo jogador.
NEYMAR 03
A F/Nazca, agência que atende Sadia, fez ação de oportunidade para homenagear Neymar. No Twitter, a marca substituiu o mote da campanha #jogapramim para #jogapraele.
Os atletas que foram patrocinados pela marca escreveram
mensagem de apoio, e a hashtag rapidamente viralizou.
NEYMAR 04
O Grupo ABC criou ação para que torcedores façam download, imprimam e usem uma máscara do Neymar. Outras
60 mil serão dadas na entrada do Mineirão antes do jogo
contra a Alemanha. “Nesta terça, somos todos Neymar”.
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A Copa das redes sociais