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inspeções de fábricas engenharia do proprietário projetos solares entre outros 30 de março de 2015 – Segunda-Feira - # 1.515
Al Gore investe em projetos verdes
John Schwartz – New York Times / Folha de S.Paulo – 28/03/2015
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Al Gore quer provar um argumento sobre os telefones celulares, e para isso é muito útil o conjunto de slides que dele
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guarda em seu laptop. "Quer ver?", pergunta, enquanto vira o MacBook. "Não leva nem duas horas, não se
preocupe."
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Faz muito tempo que Gore domina os gestos autodepreciativos que avisam que ele sabe o que você está pensando.
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E aí ele exibe os slides do mesmo jeito.
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Os slides são ótimos para Gore, ex-vice-presidente e quase presidente dos Estados Unidos, ativista ambiental e e
agora um bem-sucedido investidor em projetos "verdes".
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Sua apresentação de slides sobre a ameaça da mudança climática, apresentada no filme "Uma Verdade
Inconveniente", ganhou um Oscar. Seus esforços de conscientização sobre o aquecimento global lhe valeram o r
Nobel da Paz, em conjunto com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU.
o
Ao longo do último ano, porém, o profeta da desgraça se tornou muito mais um profeta da possibilidade –e até,
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talvez, um otimista.
e
Apesar de ainda ser alvo de escárnio da direita política, Gore tem visto aumentar o apoio aos seus pontos de vista
dentro da comunidade empresarial: o investimento em fontes energéticas renováveis, como a eólica e a solar, está
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crescendo rapidamente, enquanto seus custos despencam.
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Especialistas previram em 2000 que a energia eólica chegaria a 30 gigawatts no mundo todo. Mas, em 2010, a 1
capacidade instalada já era de 200 gigawatts, e no ano passado chegou a quase 370, ou quase 12 vezes a estimativa
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inicial. As previsões de 2002 indicavam que a capacidade instalada da energia solar cresceria à razão de 1 gigawatt
por ano por volta de 2010. Mas o ritmo real em 2010 superou a previsão em 17 vezes e em 48 vezes no ano
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passado.
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"Acho que a maioria das pessoas se surpreendeu, e até se chocou, com a rapidez com que o custo baixou", diz Gore
no seu escritório em Nashville.
e
Durante uma hora e meia, ele apresenta um fluxo interminável de fatos e tendências vindos de todo o planeta. Ax
cada minuto, em Bangladesh, duas casas ganham painéis solares. A estatal de eletricidade de Dubai aceitou umat
a
oferta para a construção de uma usina de energia solar a um custo inferior a US$ 0,06 por quilowatt-hora. "Uau",
diz ele, com os olhos arregalados. "Isso deixou todo mundo alvoroçado."
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Essas mudanças, diz ele, representam uma ruptura com o passado, não uma lenta evolução. Esse é o argumento
e
dos slides em seu laptop. Em 1980, segundo um dos slides, consultores da AT & T estimaram que 900 mil celulares
seriam vendidos até 2000. Na verdade, foram 109 milhões. Hoje, há cerca de 7 bilhões desses aparelhos. "Então ia
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questão é: por que eles estavam não apenas errados, mas muito errados?"
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O mesmo ocorre agora com a energia, argumenta, pois a nova tecnologia estaria ultrapassando a velha
infraestrutura. Tudo isso significa, diz Gore, que os piores efeitos da mudança climática podem ser enfraquecidos.
Gore continua a espalhar a palavra. Em fevereiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao final de uma
palestra otimista sobre as alterações climáticas, ele e o cantor Pharrell Williams anunciaram um concerto Live
Earth, a ser realizado em todos os sete continentes no dia 18 de junho.
Ele já se reuniu com grandes organizações na Austrália, na Indonésia, no Brasil, na Índia e em outros países para
apresentar versões locais do seu slide show sobre mudanças climáticas. Os participantes, por sua vez, repetem essa
apresentação aos seus compatriotas, difundindo amplamente sua mensagem.
Gore também ficou muito rico.
Ele foi um dos criadores da empresa Generation Investment Management, que compra ações de empresas geridas
segundo princípios de sustentabilidade, incluindo os efeitos climáticos que provoca. Também participa do conselho
da empresa de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers, que investe fortemente em start-ups "verdes".
O senador James Inhofe, republicano de Oklahoma, que chama a mudança climática de "o maior boato que
existe", agora comanda a Comissão de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado.
Ao responder a pergunta sobre o que pensa de Gore, o senador emitiu uma longa diatribe contra a "campanha
alarmista" do ex-vice-presidente.
Por intermédio de uma porta-voz, ele disse que "a imensa riqueza de Al Gore se deve em grande parte à sua
promoção descarada e incessante da pauta liberal do aquecimento global".
Em resposta, Gore diz que "a realidade da crise climática é avassaladora, e cada vez mais gente a vê e a sente a
cada dia".
Grande parte dos lucros que recebe, diz Al Gore, tem como destino sua ONG, chamada Projeto Realidade
Climática.
"Nunca imaginei, quando era mais jovem, que isso se tornaria o principal foco da minha vida", afirma ele. "Mas,
uma vez que você assume esse desafio, não pode se desfazer dele. Eu não posso. Não quero".
Novos ventos
Marcia Peltier – Jornal do Commercio – 28/03/2015
Há muitos interessados se cadastrando para a participação no próximo leilão de energia eólica a ser realizado pela
Aneel, no dia 27 de abril. Até agora, já foram habilitados projetos somados em 14 GW para a disputa. Para se ter
ideia, se todos fossem levados adiante, isso representaria mais do que o dobro de toda a capacidade eólica instalada
no País hoje, de 6,2 GW.
Costa Rica utilizou somente energia renovável em 2015
Época Negócios – 28/03/2015
Graças a fortes chuvas, hidrelétricas estão fornecendo eletricidade suficiente para abastecer todo o país.
Durante todo o começo deste ano, a Costa Rica tem sido um exemplo de sustentabilidade — o país gerou energia
sem queimar combustível fóssil. Graças a fortes chuvas, as hidrelétricas estão fornecendo eletricidade suficiente para
abastecer todo o país. Com a ajuda da energia solar, eólica e geotérmica (obtida a partir do calor do interior da
Terra), o país não precisa nem pensar em carvão e petróleo para manter as luzes acesas.
A Costa Rica tem muito a seu favor neste quesito. Comparado ao Brasil, o país é bem pequeno, somente 51,1 mil
km² — pouco menor do que o Rio Grande do Norte. São 4,8 milhões de habitantes, em um lugar onde a indústria
não exige tanta energia, já que não é tão forte. Para completar, as características topográficas também favorecem
energia renovável.
Ainda assim, é um grande feito evitar completamente o uso de combustíveis fósseis, independentemente do
tamanho do país. E a Costa Rica não é a única. Segundo informações do Quartz, Bonaire, um território insular
holandês ao largo da costa da Venezuela, usa quase que apenas energia renovável.
A Islândia também tem toda sua eletricidade a partir de fontes renováveis — 85% de geotérmicas e hidrelétricas. E
outros três países europeus (Suécia, Bulgária e Estónia) já atingiram suas metas para 2020 de energia renovável.
2/3 Na Costa Rica, no entanto, uma seca perturbaria seriamente a capacidade do país de gerar eletricidade com água.
É o motivo pelo qual o governo aprovou um projeto geotérmico de US$ 958 milhões (aproximadamente R$ 3,1
bilhões).
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