entrevista | Marcos Eduardo Ferreira
consolidação dos resseguros. Agora, o
mercado fica mais dinâmico e há oportunidades para o IRB e outras empresas,
de acordo com suas competências.
APÓLICE: Você acredita que o setor
está investindo de forma correta em
sustentabilidade? Ou esse conceito
ainda está longe da prática?
Marcos Eduardo Ferreira: Sustentabilidade deve estar entre os objetivos prioritários de qualquer empresa,
portanto é prática - e prioridade - no
Grupo BB e Mapfre. Entendemos que,
além das ações corriqueiras de redução
de desperdícios, eliminação de custos
desnecessários e economia de recursos,
criar produtos inovadores, com melhor
custo x benefício para os segurados,
por exemplo, que protejam melhor as
pessoas, as empresas e seu patrimônio,
tem um efeito de sustentabilidade muito
importante.
Da mesma forma, patrocinar uma
exposição como a do Impressionismo,
com um resultado de público extraordinário, tem um efeito de valorização da
cidade e das pessoas que certamente tem
um fundamento sustentável da maior
importância. Nossa iniciativa da Academia de Sustentabilidade já capacitou
650 corretores de seguros, em linha com
o PSI - Princípios para Sustentabilidade em Seguros –, lançado na Rio +20,
que incentiva a realização de ações em
parcerias com a cadeia para promover o
tema. Então, o conceito e as práticas de
sustentabilidade são já marcas do Grupo.
APÓLICE: Excluindo o setor de
saúde, o Gurpo BB Mapfre já é líder
de mercado. Qual é o ponto forte do
Grupo: produtos ou serviços para os
consumidores?
Marcos Eduardo Ferreira : Diria
que é justamente a perfeita sinergia
entre os produtos e os serviços agregados prestados aos nossos segurados.
Possuímos um dos mais amplos portfólios de produtos do mercado, além de
unidades de negócios especializadas,
presença territorial abrangente e distribuição multicanal. Tudo isso, aliado a
um esforço constante de inovação e de
gestão eficiente de custos e a uma equipe
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altamente capacidade, colocou o Grupo
nessa posição de liderança.
APÓLICE: Como está a relação com os
corretores de seguros? Continuam com
a política de não oferecer condições
diferenciadas aos clientes do Banco
do Brasil?
Marcos Eduardo Ferreira: O Grupo
BB e Mapfre possui uma diretoria, que
é a Diretoria Geral Rede Mapfre, responsável pela distribuição de todos os
produtos comercializados pelo Grupo
por meio dos corretores de seguros.
Esta diretoria tem, entre as suas responsabilidades, prospectar e desenvolver
canais de distribuição, com corretores.
A Mapfre tem um compromisso com os
corretores de seguros, como parceiros
de negócio, inclusos na visão de futuro
da companhia. Este compromisso tem
como premissa reconhecer e promover
a profissão de corretor, que é o profissional recomendado e habilitado para
ofertar nossos produtos e serviços aos
clientes.
O Banco do Brasil amplia a capacidade de oferta dos produtos comercializados, mas não há conflito com a rede.
A consolidação da parceria trouxe ao
mercado a credibilidade de um Grupo
sólido, com tradição de mais de 200 anos
no Brasil, aliado a uma das seguradoras
mais técnicas e competentes do mundo.
Isso se reflete em bom atendimento ao
segurado em todos os pontos, além de preços compatíveis entre os diferentes canais.
APÓLICE: Você acredita que o
mercado ainda possa passar por movimentos de consolidação? O Grupo
tem apetite para incorporar outras
empresas?
Marcos Eduardo Ferreira: O mercado vem fazendo um movimento
interessante de fusões e parcerias estratégicas, justamente porque vê potencial
para crescer aqui no Brasil. É uma tendência e acredito que esse movimento
continuará.
APÓLICE: Como a comercialização
eletrônica é tratada dentro do Grupo?
Vocês já têm parcerias com sites de
vendas via internet?
Marcos Eduardo Ferreira: Em 2012
o Grupo BB e Mapfre começou a vender
seguro auto no Facebook, na carona das
empresas que usam as redes sociais para
fazer negócios. O BB Seguros lançou a
sua “loja virtual” no social commerce,
por meio da qual é possível fazer cotações, comprar e renovar seguros pelos
mesmos preços que nas agências e terminais eletrônicos. Fomos os primeiros,
entre as seguradoras, a usar a rede como
plataforma de negócios, o que demonstra
o nosso pioneirismo no ambiente digital,
onde todo mundo está conectado. Esta
é uma tendência, e o Grupo continuará
investindo na comercialização eletrônica, mas sempre respeitando a atuação do
corretor de seguros.
APÓLICE: Produtos de microsseguros
continuarão a ser comercializados dentro do Grupo ou vocês pretendem criar
uma empresa específica?
Marcos Eduardo Ferreira: Em janeiro deste ano, tivemos autorização da
Susep para comercializar os microsseguros por meio de seis seguradoras do
Grupo. Fomos os primeiros a receber a
autorização e somos o principal player
a atuar neste segmento. A distribuição
dos produtos continuará focada na
estratégia multicanal, que prevê a distribuição dos produtos via corretores,
rede bancária e parcerias com redes de
correspondentes, que alcançam mais
de 25 mil pontos de distribuição em
todo país.
Os nossos produtos de microsseguros estão sendo preparados para ser
lançados. Temos mais de 30 produtos
em nosso portfolio que têm como foco
as classes populares e um dos nossos
projetos para democratização de seguros foi selecionado pela Federação
Interamericana de Seguradoras (Fides)
e será subvencionado pela Federação.
Estão no foco os seguros populares
de pessoas, agrícola, danos e outras
modalidades, voltadas não somente às
populações urbanas, como também a
pequenos produtores rurais. A estratégia do projeto contempla pesquisa de
campo, desenvolvimento e aplicação
de seguros para atender às necessidades
das classes D e E.
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