foto: Flavia Rocha | 360
ANO VI
360 na internet: www.caderno360.com.br
RIO Pardo é o centro
circulação mensal em 25 municípios: Avaré • Sta. Cruz do
Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo • Timburi • Bernardino de
Campos • Manduri • Cerqueira César • Águas de Sta. Bárbara •
Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu
• Chavantes • Botucatu • São Manuel • Areiópolis • Ibirarema •
Palmital • Cândido Mota • Assis • Tatuí • Agudos • Canitar
das atenções na região
foto: cortesia Pedro Figueira
Nesta edição:
64
junho | 2011
•p.26
Acompanhe o
is
át
gr
Paola faz perguntas diretas
a professor da UNESP que
fez palestra sobre os impactos dos projetos de
hidrelétricas no Rio Pardo.
ar
pl
em
ex
Ela quer
saber
gastronomia_Risotos da “Mana”
foto: Flavia Rocha | 360
para agradar em dias quentes ou frios!
agro_ O uso de EPIs divide opiniões
entre fabricantes de defensivos e produtores rurais que aplicam os produtos •p.4
Nova escola
de música
de Sta. Cruz
é inaugurada
com semana
de workshops
e shows
musicais
•p.18
foto: Flavia Rocha | 360
cultura_
O Movimento Rio Pardo Vivo ganha espaço
na comunidade para
discutir os projetos de
instalação de hidrelétricas no rio que nasce
em Pardinho e desagua nas águas do Paranapanema em Salto
Grande, servindo a
agricultura e abastecendo municípios do
oeste paulista. Na foto,
religiosos da arquidiocese de Ourinhos visitam área que poderá
ser alagada caso sejam
feitas as barragens.
•p.12
Índice
artte: Wellington Ciardulo | 360
•p.10
2_ editorial _oração
4_ agronegócio
6_ gente _drops
8_ esportes
9_ meninada
10_gastronomia
11_ponto de vista
12_ meio ambiente
18_ cultura
19_ agenda cultural
20_ papo cabeça
21_bem viver
2 • editorial
“Calar-se é
dizer SIM.”
Consentimento. Quando fatunidade para tomar conhecilamos em cidadania, não dá
mento do assunto, antes que
para pensar em omissão. É preseja tarde demais para opiniar.
José Sanches Marin,
ciso agir. Não há outro jeito. A
Como diz o empresário José
vice-presidente da ACE Santa Cruz Sanches Marin, que integra o
situação do Rio Pardo, que continua sendo o principal tema do
“Grupo da Onça”, calar-se signi360 depende da ação dos cidafica consentir. E como consentir
dãos que vivem nas cidades por onde ele passa.
algo que se desconhece?
Não importa se a pessoa vive em Pardinho, onde ele
nasce, ou em Salto Grande, onde ele finalmente desagua no rio Paranapanema. Todas as comunidades
por onde ele passa têm o dever e o direito de interferir na decisão sobre os projetos de hidrelétricas que
foram propostos para o Pardo.
Isso não significa que quem vive fora do eixo do rio
também não possa agir. Todo cidadão brasileiro pode
sim atuar em benefício da preservação dos nossos recursos naturais, assim como de patrimônios históricos, entre outros bens da humanidade.
No caso do rio Pardo, um grupo de cidadãos de Santa
Cruz resolveu ir além da postura do “contra ou a
favor”. Denominado “Chegou a Hora da Onça Beber
Água”, o conjunto de pessoas que incluem especialistas técnicos, entre engenheiros, biólogos e advogados, além de cidadãos comuns, entre jornalistas,
empresários e agricultores, está fazendo um trabalho
de conscientização da população a respeito da questão – ainda em vias de decisão, vale destacar. Para
isso, não apenas está visitando escolas, instituições e
empresas no sentido de levar as informações disponíveis, como tratando de avançar nos estudos a respeito dos impactos ambientais, econômicos e sociais
causados pelos projetos, assim como na ponderação
a respeito de quais soluções devem ser tomadas para
que todos ganhem. As cidades, o rio e o país.
Cabe agora aos cidadãos, aproveitar mais essa opor-
Nesta edição, trazemos mais informações a respeito
do assunto, assim como a divulgação do evento de
esclarecimento à população, programado para a
FAPI 2011, que acontece em Ourinhos de 2 a 12 deste
mês de junho. Aproveite também para conferir a
agenda agro do mês, além dos eventos culturais e
ecológicos, já que se trata do mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6).
Nossa reportagem também traz notícias do mundo
da prevenção à saúde, tanto do homem do campo,
em mais uma matéria sobre o uso de EPIs (equipamentos de Proteção Individual), que aparece em
AGRONEGÓCIO, como dos cuidados que o inverno
pede para que tenhamos uma pela viçosa e saudável,
como você poderá conferir em BEM VIVER.
Confira ainda os artigos deste mês, que estão excelentes, as novidades do esporte da região e receitas
deliciosas de risoto, um prato ótimo para dias frios,
que você confere em GASTRONOMIA.
Para completar, as peripécias do Pingo em pleno arraial junino, em MENINADA e as previsões astrológicas do mês, em BEM VIVER. Boa Leitura!
Flávia Manfrin editora 360
| [email protected]
“Se alguém me
serve, siga-me, e
onde eu estiver, ali
estará também o
meu servo. E, se alguém me servir,
meu Pai o honrará.”
c orreio
Agradecemos as cartas dos leitores da região.
Pedimos a compreensão pela publicação de trechos
das respectivas. Eles enviaram também os questionários sobre o Rio Pardo. E vão receber como prêmio a
camiseta do movimento Rio Pardo Vivo.
Professor Beto Magnani, seu artigo no jornal 360
(ed. 63) teve grande repercussão para manter vivo o
nosso querido Rio Pardo. Todos que desejam o rio
pardo vivo agradecem.
Alladin do Rio | Chavantes
Dona Liliana descreve um episódio de abate de gado e
questiona o tratamento dado aos animais. E conclui
sua carta dizendo: “Parabéns à garota Paola, de
grande futuro.”
Liliana Cesa Luchetti | Águas de Sta. Bárbara
Ora, Ação!
e xpediente
João 12 Vs: 26
360 é publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem desta edição:
13 mil exemplares Circulação:• Águas de Sta. Bárbara • Agudos • Areiópolis • Assis • Avaré •
Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes •
Espírito Sto. do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital
• Piraju • São Manuel • São Pedro do Turvo • Sta. Cruz do Rio Pardo • Tatuí • Timburi e postos das rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Eng. João Baptista Cabral Rennó e Orlando
Quagliato. Redação e Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista
responsável | Mtb 21563›, Luiza Sanson Menon ‹revisão›, Odette Rocha Manfrin ‹separação, receitas›, Paola Pegorer Manfrim ‹repórter especial›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›,
Elaine Moraes ‹assistente de produção›. Colunistas: Guca Domenico, José Mario Rocha de Andrade, Fernanda Lira, André Rubio, Tiago Cachoni e Adriana Righetti Ilustradores: Franco Catalano Nardo, Clara Basseto e Wellington Ciardulo Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados
não expressam necessariamente a opinião desta publicação. •Endereço: Praça Deputado
Leônidas Camarinha, 54 - CEP 18900-000 – Santa Cruz do Rio Pardo/SP • F: 14 3372.3548 _ 14
9653.6463 • Redação/Correio: [email protected] • Publicidade e Assinaturas: [email protected] • 360 on Line: www.caderno360.com.br | junho_2011
4 • agronegócio
dEFEnSIvOS: como aliar
regras à realidade
Tema recente de nossa reportagem, a aplicação correta de defensivos agrícolas continua
sendo um desafio para fabricantes, que precisam ter suas normas cumpridas pelos
usuários, e para agricultores, que encontram dificuldade para cumprí-las
Apesar de sua postura proativa, a Andef e
suas dicas de orientação ao usuário de defensivos parece estar diante de um abismo quando ouvimos o produtor rural. Em
conversas informais – não fomos autorizados a citar as fontes – tanto fazendeiros,
que delegam a tarefa para empregados,
como pequenos produtores, que fazem
eles próprios a aplicação de defensivos em
fotos: Flávia Rocha | 360
Em conversa com a Andef (Associação
Nacional de Defesa Vegetal) que esteve
presente na Agrishow 2011, em Ribeirão
Preto, fomos informados do esfoço da entidade que congrega fabricantes de defensivos agrícolas (grandes empresas multinacionais que atuam também no Brasil)
para que os agricultores respeitem as indicações de uso dos produtos, tanto cumprindo prazos de aplicação para que os
alimentos resíduos prejudiciais à saúde do
consumidor, quanto no uso dos EPIs, os
Equipamentos de Proteção Individual,
que protegem trabalhadores que aplicam
o produto de intoxicação e doenças decorrentes, algumas fatais, como o câncer.
Ribeiro e o mascote da ANDEF. A associação
sente falta de ação dos governos estadual e
federal e alerta produtores para a fiscalização
e aplicação de multa para quem não usa EPI
suas lavouras, afirmam que descumprem
os prazos de carência na aplicação dos
produtos e também deixam de lado os
equipamentos de proteção.
Teoria e realidade – “Como vou obrigar um funcionário antigo a usar o equipamento?”, questionou a fazendeira de
Minas Gerais, para quem o preço dos EPIs
é muito alto. Ela mostrou desconhecer a
legislação, que permite ao empregador demitir por justa causa o funcionário que se
recusar a usar o EPI, e os investimentos
necessários para implantar o seu uso, já
que cada traje tem uma vida útil capaz de
diluir seu custo consideravelmente no orçamento da produção agrícola.
Entre os pequenos produtores, a realidade
também preocupa. “Sigo os prazos de carência de aplicação dos defensivos, para
que meus produtos não tenham resíduos e
causem danos à saúde do consumidor,
mas não uso o EPIs com o rigor que o fabricante recomenda”, afirma um produtor
rural de Santa Cruz do Rio Pardo.
Segundo ele, a razão é o desconforto do
traje, que deve ser usado sobre uma roupa
convencional. “No inverno até dá para
usar, mas no verão é capaz de você des-
maiar se tiver que aplicar várias bombas
em locais fechados, como estufas, por
exemplo”, diz. Ele afirma ter consciência
dos riscos que corre quando trabalha em
locais onde aplicou o produto antes do
prazo de carência exigido para sua própria
segurança. “Nesse caso, o produtor deve
entrar no ambiente de trabalho usando
novamente o EPI, mesmo que vá executar
outra tarefa”, explica Luiz Carlos Ribeiro,
gerente técnico e de regulamentação estadual da Andef. Já o produtor explica que
isso é inviável. “Não dá para usar o traje
para fazer tarefas que exijam contato manual direto com as plantas, sem luvas, e
que leve muitas horas”, garante.
Desafio legal – A questão merece atenção dos governos, já que cabe ao Estado
garantir que os trabalhadores possam realizar suas tarefas com conforto mínimo e
segurança total. “Nós trabalhamos na
educação do homem do campo sistematicamente. Não nos omitimos a fazer isso,
mas é preciso maior participação do governo estadual e federal”, avalia Ribeiro.
gramação de exposição animal e
outros eventos agropecuários:
9 a 12/6: Rodeio em Touro_
Prêmio_ Ford Ká 0Km ao vencedor _
21h
12/6: Cavalgada_Passeio de charretes, carroças e cavaleiros pelas ruas
de Ourinhos_ 8h
PaleSTRaS TéCnICaS
6/6 _9h: (teatro) Como
cuidar do seu animal de
estimação (FIO)
_20h: Reforma do Código
Florestal e a conservação
ambiental na agricultura
(FATEC/GETA)
7/6 _9h: Saúde e Meio
ambiente na agricultura
(FATEC/GETA) _ 16h: agricultura de Precisão (CATI)
_20h: logística reversa de
embalagens de defensivos
agrícolas (FATEC/GETA)
8/6 _9h: Os gases do efeito
estufa na pecuária
(FATEC/GETA) _ 16h:
Milho safrinha (FIO)
_ 20h: Sustentabilidade e Uso de Fertilizantes (FATEC/GETA)
9/6 _9h: (mesa redonda) Meio ambiente e agronegócio
(CATI) _17h: O Rio
Pardo e projetos de
Hidrelétricas (Movimento Rio Pardo Vivo)
_ 20h: Olericultura (CATI)
10/6_9h: Casco dos bovinos:
Cuidados básicos (FIO)
_ 20h: Reflorestamento
econômico (CATI)
eXPOSIÇÂO de anIMaIS
BOVInOS
Gir leiteiro_ Entrada: 30/05.
Concurso Leiteiro: 1 a 4/6. Julga-
mento: 5/6. Saída: 5 e 6/6
Brahman_ Entrada: 2/6. Pesagem e Data Base: 3/6. Julgamento: 4/6. Saída: 5/6
foto: divulgação
45ªFapi _ Começa a
maior feira da região. Confir a pro-
Girolando_ Entrada: 2/6
Julgamento: 4/6. Saída: 5/6
Guzerá_ Entrada: 2/6
Pesagem e Data Base: 3/6
Julgamento: 4 e 5/6. Saída: 5/6
Sta. Gertrudis_ Entrada: 2/6.
Pesagem e Data Base: 3/6. Julgamento e Provas: 4/6. Saída: 5/6
nelore_ Entrada: 7/6. Pesagem
e Data Base: 8/6. Julgamento:
9-12/6. Saída: 12/6
nelore Mocho_ Entrada: 7/6.
Pesagem e Data Base: 8/6
Julgamento: 11/6. Saída: 12/6
OVInOS
Entrada: 7/6. Pesagem e
Admissão: 8/6. Julgamento:
9 e 10/6. Saída: 12/6
11/06_ 12h – tradicional
Queima do Cordeiro. 14h–
eQUInOS
leilão de OvinoseQUInOS
Mini Horse_ Entrada: 2/6
Julgamento e Provas: 3 e 5/6
Saída: 6/6
appaloosa_ Entrada: 3/6
Julgamento e Provas: 4 e 5/6
Saída: 5/6
Mangalarga_ Entrada: 3/6
Julgamento e Provas: 4 e 5/6
Saída: 5/6
Muares_ Entrada: 3/6
Julgamento e Provas: 4 e 5/6.
Saída: 5 e 6/6
Crioulo_ Entrada: 9 e 10/6.
Julgamento e Provas: 10-12/6
Saída: 12/6
Mangalarga Marchador_
Entrada: 9/6. Julgamento e
Provas: 10- 12/6. Saída: 12/6
foto: divulgação
agenda Agro
18ª Hortitec_
Hortitec
Exposição Técnica de Horticultura,
Cultivo Protegido e Culturas Intensivas. A maior feira do setor da
América Latina acontece traz novidades em instalações, equipamentos, insumos e demais tecnologias
para flores, frutas, hortaliças, flo-
DeSTaQUe:
3 a 6/6_ 4º encontro
nacional de Muladeiros e
5ª Prova nacional de Marcha de
restais e demais culturas intensivas.
São mais de 350 expositores do
Brasil e do exterior apresentando
novas alternativas e tecnologias
para o setor.
15 a 17/6, no pavilhão da Expoflora, em Holambra - SP
Info: www.hortitec.com.br
Muares e equinos
InFO: SRO_ 14 3322.5523
6
• gente_ drops
Sta. Cruz a
Garotada virou
Moçada E os
amantes do
rock, fi
fiz
zeram
presença.
Landau 69 no
Barrica | SCRP
BLACK TIE em TRIO
A banda Black Tie, de Santa Cruz, agora
embala seu pop-rock-balada-mpb ao som
do baixo de Jeferson Cardoso. Depois da
experiência com o extinto lado Black,
ele foi convidado por Maurício Salemme
e Marcelo Yoneda para integrar a
banda. Jé, como é conhecido, também é
baixista da banda no Fate.
Não importa o
futuro.
Namorar agora
é m,uito bom!
Landau 69 no
Barrica | SCRP
12 de Junho
Dia dos
Namorados!
Prévia na Garagem
Haus Bar | SCRP
show Black Tie
eba em ca
om.br R
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Garagem Haus
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Garagem Haus Bar
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caderno36
@
EL A S
são “as
meninas”
ELES
são “os caras”
INSCRIÇÕES_
Festival Instumental
INSCRIÇÕES_
Projetos LGBT
INSCRIÇÕES_
Projetos Hip Hop
Estão abertas até 15/6 as inscrições para o 18º
Festival de MPB – Painel Instrumental
Festival do Conservatório de Tatuí. O
evento que acontece de 3 a 9 de julho é
aberto a qualquer pessoa, sem limite de idade
ou de conhecimento musical. Na programação,
workshops, apresentações e shows. Os participantes concorrem a vagas como bolsistas.
Info: www.conservatoriodetatui.org.br/
painelinstrumental
Também estão abertas inscrições para
projetos lGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais),nas
áreas de Dança, Teatro, Literatura,
HQ, Cinema, Circo e Festivais de Arte.
Até julho, serão lançados 26 editais,
que têm um investimento total de
R$ 34 milhões.
Info: www.cultura.sp.gov.br.
Estão abertas até as inscrições para o edital de Promoção das
Manifestações da Cultura Hip Hop, que integra o Programa
de ação Cultural (ProaC) da Secretaria de estado da
Cultura.A verba total deste edital é de R$ 375 mil. Os projetos
serão avaliados por uma comissão formada por integrantes da
Cultura Hip Hop, atuantes no desenvolvimento desta cultura.
Podem ser inscritos projetos de dança, música, graffiti e todas as
novas vertentes do Hip Hop. Ao todo serão selecionados
15 projetos e cada um vai receber R$ 25 mil.
Info: www.cultura.sp.gov.br.
Os times do Ica/Sta.
C
ruz: Feminino_Larissa,
As equipes de Voleibol Feminino e
C
a
rlinha, Camila, Amanda,
Masculino sub 18 de Santa Cruz,
I
s
abela, Lidiane, AmandiIcaiçara Clube / Prefeitura Municipal,
n
h
a, Andressa e Marta.
venceram a etapa Regional dos Jogos
M
a
s
culino_Lucas, Danilo,
abertos da Juventude realizada em
G
u
s
tavinho, Raul, WudPompéia em maio. Classificados para a
s
o
n
, Raphael, Willian,
fase final, que acontece de 10 a 18 de
G
u
s
tavão e Jhonatan.
junho em Osvaldo Cruz, os times do
T
é
c
n
icos: Emanuel e
Ica/Sta. Cruz estão entre os 16 melhores
Rafael
do estado de São Paulo.
CAMPEÕES do Vôlei
8
• esportes
ABRAM alas pra campeã!
No ano em que comemora
seus 80 anos de existência
a Associação Esportiva
Santacruzense, chamada
de “Tricolor da Vila
Sidéria” ou simplesmente
“Esportiva” pelos seus
apaixonados torcedores,
realizou a melhor campanha de sua historia
garantindo o vice-campeonato da série A3 e o
acesso a Série A2 Paulista
(Segunda Divisão) para o
ano de 2012.
fora de campo o clube luta
para adequar o Estádio
Municipal Leônidas Camarinha para a disputa de
2012. O regulamento da
competição exige um mínimo de 15 Mil lugares
para todos os 20 clubes
participantes e atualmente o Leônidas Camarinha
só tem 10 Mil lugares
disponíveis o que deixaria
o clube fora da disputa.
Rocha, além do atacante Neto Mineiro com jogadores jovens como o
lateral esquerdo Ruan, o volante Diogo Kachuba e o meia Washington,
o clube alcançou o vice-campeonato
ao ser derrotado pelo Clube Atlético
Penapolense que ficou com o título.
foto: cortesia Pedro Figueira
O feito inédito para Santa Cruz do
Rio Pardo alcançado apesar das inúmeras dificuldades comuns as
equipes de futebol do interior do
Brasil, coloca o time entre os 40
principais do futebol paulista.
A diretoria do clube encabeçada por
Hélio Majoni (Presidente), Luciano
Rosalém (Vice-presidente) e Pedro
Catalano Neto (Vice-presidente), assumiram ainda em 2010 com a proposta de reestruturar e reconduzir o
clube aos seus tempos de gloria,
quando ficou conhecida como a locomotiva.
Ainda em 2010 o clube disputou a
“Segunda Divisão Paulista” (Quarta
Divisão do Estado) e conquistou o
acesso para a Série A3 de 2011.
Com um elenco que mesclava atletas experientes como o goleiro Pitarelli, os zagueiros Zé Ilton e Rafael
No total a Santacruzense entrou em
campo 26 vezes nesse ano pela A3,
sendo 12 vitórias, 9 empates e 5 derrotas; O time que foi dirigido por 4
técnicos diferentes na temporada
(Lelo, Carlos Alberto Seixas, Carlos
Rossi e Aldo Cavallari) marcou 40 e
sofreu 29 gols.
Tanto diretoria como representantes do governo municipal
lutam contra o tempo para deixar o
estádio em condições para o torneio.
Os 5 mil lugares que ainda faltam
realmente representam muito pouco
perto de tudo que esse time de guerreiros já conseguiu.
Parabéns a todos da Associação Esportiva Santacruzense pelo belo trabalho !!
*A.R.
No segundo semestre o clube tem
pela frente a Copa Federação
Paulista que dá ao campeão o direito de disputar a Copa do Brasil, o
torneio servirá de preparação para o
time que no que vem jogará Campeonato Paulista da A2.
O desafio agora passa a ser outro,
A Ousadia e Alegria
Ele costuma apanhar mais que todo
mundo. Em número de pancadas recebidas em seus jogos só perde para a
bola. É caçado por zagueiros que perdem o sono só por imaginarem que
terão que marcá-lo. Mesmo com toda
a intimidação de adversários que
quase sempre tem o dobro de seu
tamanho, ele nunca abandona seu
jeito de ser.
Robinho, o último grande nome revelado no Vila Belmiro e uma espécie de
“Muso Inspirador”, recentemente ao
final de mais um jogo decidido pelo
talento desse garoto profetizou:
“Quando ele for para a Europa terá
todo o reconhecimento que merece,
esse é o caminho, ele com certeza será
o melhor do mundo”. E o rei das pedaladas está certo.
Dribla de todas as maneiras, com
uma autoconfiança que assusta. Do
alto de seus 19 anos é de longe o melhor atacante do país. Marrento, de
poucas palavras, para muitos até de
pouco conteúdo intelectual, mas
dentro das quatro linhas como já
dizia René Simões, o menino se
tornou um monstro.
Você, eu, todos sabemos o que esta
prestes a acontecer. Está no ar uma
sensação de “Quem puder ver que
aproveite”. Os shows estão acabando,
não devem durar mais que o final
dessa temporada. Isso se não acabarem ainda no meio desse ano. Portanto compre seu ingresso e vá aos
jogos do Santos.
* André Rubio
Não interessa se é corintiano, palmeirense, são-paulino, ou se é daqueles
que só lembram de futebol de quatro
em quatro anos nas Copas do Mundo.
Não importa se ele é mimado ou não.
Se falta-lhe conteúdo para falar sobre
qualquer coisa.
Se você acha ridículo seu moicano,
ou detesta o tal “Ousadia e Alegria”
que ele vive repetindo como um
mantra. Não pense na besteira e no
mau exemplo que deu ao engravidar
uma menina de 17 anos. Releve tudo
isso, pois ainda há a possibilidade de
vê-lo aqui, de pertinho, num estádio
qualquer do Brasil. Propicie a você
mesmo o prazer de reverenciar o talento extraordinário, desse gênio de
nome Neymar.
EMPREGOS •
•REPRESENTANTE COMERCIAL
•DESIGNER GRÁFICO
•ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
MODA • BELEZA •
enviar C V para [email protected]
CASA •
P
I
N
G
O
9 • meninada
PINGO você é
um animal
Cachorro gosta de fazer buraco, de escon-
der ossos, de farejar, farejar, farejar, latir,
bom, nem todos ficam a latir, latir por qual-
quer coisa, como por exemplo, o Pingo que
é de poucas palavras, quer dizer, de poucos
latidos, mas é de muitos buracos. Pingo
adora cavar, cavar e, enquanto fareja, os bu-
racos vão aumentando em número e
tamanho. Outro dia Pingo descobriu ca-
vando que o sofá da varanda é recheado de
espuma. A mãe de Alvinho não se conteve e,
irritadíssima, gritou: Pingo, você é um ani-
mal. Pingo parou, levantou o focinho, os
olhos, as orelhas tentando entender e, apesar de pouco latir, latiu feliz: Au! Au!
artes: Wellington Ciardulo | 360
Respostas_ Os 7 Erros:1.Peixe. 2. Coração da carta. 3. Fogo da panela- 4. Estrela do lado esquerdo. 5. Moita do lado esquerdo. 6. Bandeirinha. 7. Laço do lenço do Pingo. Advinha: O Garfo.
PASSATEMPO_ Alvinho aproveitou o Arraiá para apresentar seus dotes musicais.
Pingo adorou, mas algo está errado na cena. Encontre os 7 erros!
Adivinha…
…o que é magro pra chuchu, tem dentes mas
nunca come e mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem tem fome?
10 • gastronomia
RISOTO em
2 versões
Aldine Rocha Manfrin | especial para o 360
fotos: Flávia Rocha | 360
O risoto é um prato italiano que permite muitas
variações e é apreciado no mundo todo. Na Itália,
geralmente é servido antes do prato principal.
Conta a lenda que a iguaria surgiu na época da
construção da Catedral de Milão, quando era costume adicionar um pouco de ouro aos pratos de
festa, aspirando assim boa sorte aos convidados.
Receita
de Aldine R. Manfrin
Risoto de Funghi com Filet
Ingredientes: para servir de 6 a 10 pessoas
1/2kg de filet mignon cortado em tiras finas
100g funghi seco
1 colher sopa rasa manteiga
1 cebola media picada miudinho
sal e pimenta a gosto
Preparo: deixe o funghi de molho para amolecer por
pelo nemos 1 hora e reserve a água. Corte o funghi em
tirinhas ou pedaços. Faça o mesmo com o filet, que deve
ser temperado com sal e pimenta. derreta a manteiga
numa panela e acrescente a carne picada. Mexa bem e vá
fritando, tratando de tirar o caldinho que a carne forma
para usar mais tarde. Acrescente a cebola e mexa até se
misturar bem à carne. Acrecente o caldinho da carne que
reserve. Junte o funghi e misture bem. Prove para ver se
está bom de tempero.
Certa vez, um homem muito pobre e sem
condições de seguir a tradição no casamento da
filha substituiu o metal precioso por açafrão.
Ele sequer podia imaginar que seu improviso era o
surgimento de um dos pratos mais tradicionais da
cozinha italiana.
Risoto de Camarão com Brócolis
Ingredientes: para servir de 6 a 10 pessoas
1 colher sopa rasa manteiga
2 dentes de alho amassado
1kg camarão médio ou 2kg camarão pequeno
500gr de brócolis
caldo de 1limão
sal e pimeta a gosto
Preparo: Tempere os camarões com sal, pimenta e o
limão. Cozinhar o brócolis por 2 minutos, escorra e corte
em pedacinhos. Em uma panela coloque a manteiga e o
alho amassado. Refogue e adicione camarões cuidando
para que eles sejam passados rapidamente na manteiga
quente para não endurecer. Adicione o brócolis, misture e
reserve.
CAldo - Preparo: (para todos os tipos de risotos): Cozinhar numa panela com 2 litros de água: cenoura, mandioquinha salsa, abobrinha, cebola, salsão e/ou outros
legumes de sua preferência, todos cortados em pedaços
de + ou - 2cm. Pode-se colacar umas 3 folhas de loro.Em
fogo bem baixo cozinhar por pelo menos 2 horas. Após
1 hora de cozimento colocar uma colher de sopa rasa de
sal. Obs: Tomate não deve ser usado. O caldo que sobrar
pode ser congelado.
Arroz - Ingredientes:
4 copos de arroz tipo Arbório
1 cebola picada pequeno
1 copo de vinho branco seco
2 colheres de sopa de manteiga
caldo de legumes
200gr de parmesão ralado na hora
sal a gosto
*na opção de funghi, usar 4 conchas da água onde ele
ficou de molho
Preparo: derreta a manteiga em uma panela. Acrescente a a cebola e mexe até que fique transparente. Adicione o arroz e mexa fritando por uns 5 minutos.
Coloque o vinho e mexa até evaporar. depois comece a
colocar o caldo de legumes. O ideal é ir colocando aos
poucos 2 ou 3 conchas por vez, tratando de mexer sempre até secar. Em seguida, coloque mais caldo, mexa até
secar. Continue o proceso até que o arroz fique “al
dente”, ou seja, cozido, mas durinho. nesse
ponto, acrescente os ingredientes, seja o Camarão com Brócolis ou o Filet com Funghi.
Mexa bem. Adicione uma colher de manteira,
o parmesão ralado e miture bem. Polvilhe
com parmesão para levar à mesa.
11 • ponto
de vista
nEM
todo cimento
*Fernanda Lira
FAzER planos
Fazer planos, sonhar,
delirar, extrapolar os limites
do bom senso. Quem limita o possível? Onde fica a barreira da ousadia?
Vencer o medo, o maior inimigo. Interno, invisível. Calar as vozes gravadas
que censuram, inibem, constrangem.
Liberdade é um grito preso na alma.
Soltar a voz, dizer, declarar, não se intimidar com a corrente contrária – respeitar a força-bruta, não temê-la.
Dar o primeiro passo. Pequeno, mas
simbólico. Atrever-se a mirar um alvo.
Quem sabe, a Lua. Atingi-la no cerne,
cravejar uma flecha na minguante.
Delirar, já se disse. Sonhar grande e
não deixar de fazer o mínimo, aquilo
que está ao alcance da mão.
Vislumbrar novos horizontes, remover
idéias de impedimento. Por que não?
Porque sim! Exercitar a fé no poder criador, livrar-se dos obstáculos.
Colocar no papel para posterior aferição de resultados. Registrar na celulose do espírito e expressar desejos
inconscientes. Enxergá-los em forma
de letra para compreendê-los e se fazer
entender. Ainda que poucos saibam,
pensamento é a ante-sala do feito.
arte
: Fra
nco
Cat
alan
o
nar
do
| 36
0
*Guca Domenico
Projetar
o bem sem pedir medalha, sentir prazer
em auxiliar anonimamente. Despir-se
das causas. Causá-las!
Acreditar na evidente (inevitável)
vitória do amor perene sobre o ódio
passageiro, praticar o perdão, esquecer
a ignorância que fere e bendizer as
graças recebidas a um custo ínfimo.
Pretender a melhora do mundo
começando o trabalho em casa. Organizar-se para ganhar tempo livre.
Caprichar no dia-a-dia. Dar importância a tudo – porque as relações são intrínsecas. Nada e nem ninguém está
descolado do todo. Um ato mesquinho
reverbera negativamente e desencadeia o indesejável.
Entender a responsabilidade que se
chama Vida e não se esquecer de sorrir. Amar, antes de tudo, apesar de
tudo, sobretudo. Tudo.
*Músico e escritor santa-cruzense
que vive em São Paulo
| www.gucadomenico.com.br
é desenvolvimento
Você sabia que depois da água, o cimento é o
item mais usado pelo homem? Pois é, mas isso
acontece tanto para o bem como para o mal. O
cimento costuma ser usado como símbolo do
progresso. Isso vem desde os tempos da ditadura, quando queriam porque queriam manipular nossas ideias.
Mas é fato que nem todo cimento é legal. Nem
toda obra traz progresso, nem toda modernização traz sucesso, qualidade ou vitória. Um
exemplo são os alimentos orgânicos. Podem
ser mais feios, mirrados, desiguais. Não
levam em sua receita
de produção os modernos defensivo agrícolas, desenvolvidos a
custa de muitos milhões de dinheiro. Mas
são os melhores. E por
serem melhores, são
mais caros. O mercado reconhece que têm mais
qualidade.
Voltando ao “progresso cinza”, é comum as pessoas pensarem que grandes obras significam desenvolvimento. Isso não é verdade. Quando um
patrimônio histórico tem suas paredes recobertas de argamassa ou seus pisos trocados por
mármore, não se apura o desenvolvimento, mas
a prova de falta de cultura e informação.
No caso do Rio Pardo, considerar que barragens
que geram lagos onde supostamente se possa
arrepiar com manobras de jet sky e lanchas
turbinadas é desenvolvimento é um equívoco
sem precedentes. Em pleno século 21, onde a
consciência e a prática ambiental é uma exigência, tendo como respaldo a capacidade do homem em solucionar problemas e transpor
obstáculos através de sua inventividade, pensar
que grandes barragens de cimento num dos
poucos rios ainda intactos e despoluídos do Estado de São Paulo, até mesmo do país, é desenvolvimento, é um erro muito grande.
Explico a razão: há, hoje, além de alternativas
viáveis de geração de energia que não comprometem matas originais e recursos hídricos ainda
saudáveis, a plena consciência de que o futuro
exige um presente pautado na visão do que se
sustenta, não do que se
esgota.
Até hoje, mais de 500
após a vinda dos portugueses para o Brasil,
o país se ressente do
caráter explorador de
seus colonizadores. Levaram ouro, pedras
preciosas, madeiras.
Uma visão extrativista,
sabemos há séculos,
não leva um povo ao
desenvolvimento, aliás não leva a nada. Atrasa,
isso sim.
As barragens propostas para o Pardo, ouso dizer,
não atendem ao chamado do progresso. Mas a
interesses escusos de quem viu no rio limpo do
Oeste Paulista uma mina de ouro para poucos,
não para as comunidades, muito menos para o
país. E para provar que além de serem obras ultra
antiquadas essas que querem trazer para a
região do 360, lanço aqui uma foto do Prof.
Pirolli, da UNESP, que mostra que, além de tudo,
a exigência por replantio de matas é uma grande
cascata. Ou então, “Cadê as árvores que deveriam ser plantadas em torno da barragem da
foto?” Pense amigo leitor. E aja! Ou melhor, reaja.
*Jornalista de São Paulo que adora o
interior | [email protected]
12 • meio
ambiente
Um grupo de cidadãos de
Santa Cruz do Rio Pardo
assume a tarefa de buscar
mais clareza e dados capazes
de assegurar qual a melhor
atitude em relação à
proposta de instalação de
hidrelétricas no Rio Pardo
por Flávia Rocha Manfrin
CIdAdãOS se mobilizam pelo rio Pardo
Já não é de hoje que a iniciativa privada
tem assumido tarefas que originalmente
caberiam aos poderes públicos. Foi, aliás,
para suprir deficiências governamentais,
especialmente num país sangrado pela corrupção crônica como é o Brasil, que centenas, para não dizer milhares, de empresários trataram de colocar sua competência
na iniciativa privada para realizar tarefas ligadas à educação, cultura, ação social e, naturalmente, ao meio ambiente, um dos
mais emergentes campos de ação do homem moderno.
Em seu estado atual, o rio Pardo possui alto potencial para o turismo, além de servir a agricultura e abastecer muitas cidades
E de onde vem tal emergência? Da própria
ação do homem, que se valeu da natureza
de maneira irracional e sem ter consciência
de sua finitude. Mas isso são águas passadas. Hoje todo mundo sabe quanto é importante evoluir sem deixar de preservar os
recursos naturais. E mais do que governos,
tem sido no campo da cidadania comum
que se verificam as ações em torno da sustentabilidade, essa palavrinha que é nova
em nosso vocabulário, mas já pode ser chamada de “carne de vaca”, de tanto que é citada em todo lugar.
E o que é a sustentabilidade senão a capacidade de agirmos em relação a algo de
modo a não torná-lo finito, mas sim duradouro? Pois é com essa missão que um
grupo de cidadãos que estiveram presentes
às audiências públicas, está fazendo uma
lição de casa que caberia aos governantes,
do executivo e legislativo, em relação aos
projetos de pequenas centrais hidrelétricas,
chamadas PCHs, que querem construir no
Rio Pardo.
Formado por empresários, profissionais liberais, técnicos e especialistas da região,
entre moradores de Santa Cruz, Piraju, Ourinhos, Bernardino e Avaré, o grupo está
empenhado em conscientizar as comunidades a respeito da situação que envolve o
maior patrimônio natural ainda preservado
da região, dando conta chamado Movimento Rio Pardo Vivo.
Questionamentos – Considerando a
fase de avaliação dos projetos pelos órgãos
públicos competentes e a necessária análise
dos próprios municípios a respeito do tema,
o principal foco de ação do Movimento Rio
Pardo Vivo tem sido levantar questões importantes a respeito dos projetos, de modo
que sejam plenamente esclarecidas a ponto
de termos o melhor desfecho para o episódio. Um deles refere-se ao tamanho das
obras. As PCHs propostas para o rio Pardo,
ao que se apurou até o momento, são pequenas apenas no quanto poderão gerar de
energia, pois as barragens têm 33 metros de
altura. Isso é praticamente o dobro da barragem da hidrelétrica de Piraju, que tem
16m metros de altura. Também são pequenos os benefícios que constam nos projetos
se comparados aos seus custos. Não apenas
de investimentos, mas também das perdas
que a região terá.
As dúvidas são inúmeras e respondem por
aspectos ambientais, econômicos e sociais.
Para levantar todas as questões necessárias
e também conscientizar as comuniades, o
Movimento Rio Pardo Vivo tem agido de
modo a disseminar o debate necessário
num momento em que um dos maiores
municípios de todo o Estado de São Paulo,
com preponderante área rural já que seus
limites urbanos congregam apenas cerca de
Trabalho missionário — Entre as ações
para o Movimento Rio Pardo Vivo, a
“turma da onça”, nome reduzido do grupo,
uma homenagem à onça que foi encontrada
em plena área urbana, às margens do
Pardo, está a tarefa de disseminar as informações que até agora foram apuradas. E fomentar o questionamento, o debate e a
crítica para que o melhor desfecho para a
cidade e para a região seja alcançado. E
isso, em tempos atuais, de consciência ambiental e sustentabilidade, obrigatoriamente inclui a preservação da qualidade de
vida do rio, um dos poucos do Estado ainda
despoluídos e capazes de suprir de peixes
os incontáveis lagos do Paranapanema, rio
retalhado por dezenas de hidrelétricas.
cial: Rio
pe
fotos: FLávia Rocha | 360
foto: cortesia Pedro Figueira
40 mil pessoas, precisa ter a maturidade e
o discernimento necessários para dizer: sim
ou não para os projetos em questão.
Es
Esse é o primeiro e principal questionamento do grupo que tem se mobilizado
para atrair técnicos em engenharia, meio
ambiente, biologia, direito e todos os outros
campos de estudos que precisam ser levados aos órgãos públicos que analisam os
projetos, no caso a CETESB. Afinal, será
com base nos estudos da empresa que quer
construir as obras e nas análises dos próprios municípios será dado um veredito
para o assunto.
s
Pontas de machadinhas indígenas encontradas nas margens do Pardo, em Santa
Cruz. O rio também tem valor histórico
CH
Acima, a onça encontrada às margens do
Pardo, em Santa Cruz. A fauna nativa corre
risco de extinção na região
os de P
jet
rdo e os pro
Pa
Alunos do Colégio
Camões ouvem os
argumentos e análise do
Prof. Pirolli, da UNESP
Além da visita a empresas onde as informações ainda vagam no simples raciocínio
do “contra ou a favor”, a turma do Movimento Rio Pardo Vivo tem visitado escolas,
associações de classe e instituições. A diocese católica de Santa Cruz e região foi uma
delas. Aproveitando uma reunião programada para a cidade, com presença do bispo
e de dezenas de sacerdores, aproveitou-se o
tema da Campanha da Fraternidade 2011,
pautada no meio ambiente, para informar a
igreja a respeito do assunto.
Fapi promove debate – Outra ação do
grupo acontece no mais importante evento
da região, a FAPI, feira de agronegócios de
Ourinhos (veja anúncio na página 18 desta
edição). Ali, numa mesa redonda que pretende reunir os autores dos projetos, o órgão que os avalia, no caso o Departamento
de Análise de Impactos da CETESB, ligada
à Secretaria de Meio Ambiente e especialis-
tas, entre produtores rurais, biólogos, engenheiros florestais e ambientalistas, o público poderá esclarecer dúvidas e levar suas
opiniões. O evento acontece dia 9/6, no
Tattersal da feira, e tem entrada franca.
Omissão pública – Como ressalta da gerente do Departamento de Análise de Impacto da CETESB, Maria Silvia Romitelli,
que atendeu à reportagem do 360 através
de e-mail, respondendo (em parte) às perguntas sobre a situação do rio Pardo (veja
na página 17) , é tarefa dos prefeitos agir no
sentido para preservar os municípios de
iniciativas que sejam rechaçdas pela comunidade, mas isso não está acontecendo.
Por isso, vale a cada cidadão brasileiro o
apelo do Movimento Rio Pardo Vivo: informem-se e opinem. O site www.riopardovivo.org traz informações, documentos e
abaixo-assinado para que todos possam se
informar e opinar.
SINAL VERDE_ assuntos que visam a melhoria da relação homem-meio ambiente
DA preservação da paisagem
ao desenvolvimento
sustentado
*Antônio Meira
© Roman Babaevskiy | dreamstime.com
Num passado recente, ao nos referirmos ao meio ambiente,
utilizávamos os termos “Paisagem”, “Preservação da natureza” e “Conservação da natureza”. Àqueles que se colocavam em defesa destes ideais, designava-se, pejorativamente, o termo “ecologistas”. Insistia-se em (des)qualificar
os ideais para a manutenção da qualidade de vida como
sendo frutos de indivíduos radicais e desprovidos de qualificação técnica.
ambiente é mexer com toda a humanidade. Concomitantemente, a agricultura vira agronegócio, volta a ter grande influência sócio-institucional e gran-de importância para os
conjuntos econômico e social brasileiros. A expansão agropecuária torna-se incontrolável. O mundo se globaliza. Seguir
normas ambientais é obrigação para a exportação agrícola.
Os técnicos ambientalistas endurecem na ocupação do solo, e
o fruto econômico e social do agro-negócio interrompe a lógica do processo histórico recente. Torna-se impossível tratar do
assunto ambiente sem considerar os aspectos econômicos.
Tal fato se dava logo após a instituição do Código Florestal de
1965, fruto de um processo de quase 30 anos, que de meu
ponto de vista, inadvertidamente, transformou os 20% de área
de florestas das propriedades rurais, que se destinavam à
manutenção do estoque madeireiro, em áreas destinadas à
preservação e manutenção da natureza, entretanto, sob a
tutela obrigatória e, portanto, onerosa, dos proprietários rurais. Seria como se o Estado Republicano, através do código
de 1965, estivesse fazendo justiça entre aqueles que foram
privilegiados – tanto no Brasil Colônia assim como no Brasil
Império – com terras agricultáveis, e aqueles que não o foram.
Surge o desenvolvimento sustentado, abarcando os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Não há mais espaço
para considerar como interesses distintos: os dos proprietários rurais e os dos técnicos ambientais. É o momento do
diálogo e da união.
O código de 1965, numa análise histórica, não se restringiu a
normatizar as florestas e o uso e ocupação do solo, mas, também, representou uma vitória, dos ditos comunistas, em pleno
período da Ditadura Militar pós 1964. Essa ação, donde o Estado brasileiro se eximiu da conservação e preservação da natureza, inferiu a responsabilidade aos proprietários rurais e,
além de não se fazer justiça, aprofundou a divisão entre proprietários e ecologistas.
Observando as décadas de 1970 e 1980, vemos características
claras desse processo. Ecologistas buscando qualificação científica e proprietários rurais buscando o uso máximo de suas
áreas. Esqueceu-se a preservação da paisagem; à preservação
e à conservação da natureza, sobraram as áreas de posse do
Estado e os 20% das reservas legais dos proprietários rurais.
Nesse momento se apresenta o meio ambiente.
Na década de 1990, os agora técnicos das ciências ambientais, ocuparam espaços ins-titucionais e promoveram normas
legais; alicerçaram órgãos estatais de comando e controle. Inverteram-se as qualificações: os ambientalistas – não mais
ecologistas – passaram a ser os justos defensores do bem estar
social. E os proprietários rurais, a ser estigmatizados e chamados como degradadores do meio ambiente, provocadores da
piora na qualidade de vida. Pelo viés do meio ambiente, com
a resolução CONAMA n° 01, observa-se os aspectos físicos, biológicos e sociais; unem-se à natureza, pela norma, os aspectos sociais. Pelo viés da agricultura, começam-se a colher os
frutos da ciência rural com os resultados recordes de produtividade por área utilizada.
Vem a década de 2000, os técnicos ambientalistas chegam ao
auge de sua influência institucional; leis ambientais passam a
ser mais severas que as demais normas. Mexer com o meio
Não há utopia, pois, vejo e presencio o que se desenvolve na
região do rio Pardo: a união entre técnicos ambientalistas,
agricultores, comerciantes; a união de toda a sociedade, comprovando-se que o diálogo e a união em torno do desenvolvimento sustentado se apresentam como o caminho inequívoco
para a qualidade de vida e o bem estar dos indivíduos.
Parabéns a Santa Cruz do Rio Pardo, Ourinhos, Canitar,
Bernardino de Campos, Óleo e Águas de Santa Bárbara. Tenho
orgulho de vocês.
*Engenheiro Florestal graduado pela UNIFENAS-MG,
especializado em Gestão e Tecnologias Ambientais
pela Escola Politécnica – USP-SP
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spe
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Para esclarecer os alunos sobre os impactos ambientais que os projetos de
hidrelétricas para o Rio Pardo podem
causar, o Colégio Camões recebeu o
Prof. Dr. Edson Luis Pirolli. Ele falou
com turmas do 9º ano e do ensino
médio. Pirolli explicou em detalhes as
perdas de matas, o risco de vida
animal e as mudanças que o rio sofrerá
se os projetos forem aprovados. Após
sua apresentação, ele recebeu uma
rápida visita da nosssa repórter, que
fez perguntas diretas sobre o caso e
quais as medidas a serem tomadas
COMO agir a
respeito do
Rio Pardo?
Paola: Você é contra ou a favor das usinas hidrelétricas?
Prof. Pirolli: Eu sou contra por que vai causar um grande
dano e poucos benefícios.
Paola: Quais danos são esses?
Prof. Pirolli:vai alagar muita mata nativa do Rio Pardo e
vai prejudicar os animais que habitam estas matas.
Paola: Quanto?
Prof. Pirolli:vai alagar mil alqueires.
Paola: O que você acha que as pessoas contra devem
fazer?
Prof. Pirolli: Eu acho que elas devem se manifestar.
Paola: Você é a favor ou não das passeatas?
Prof. Pirolli: Eu sou a favor.
Paola: Obrigada pela sua atenção e até logo.
Cida: Foi um prazer.
360: Os projetos foram apresentados nas
audiências públicas. E agora, o que vai
acontecer? Quais os próximos passos?
CETESB: O licenciamento ambiental de
PCHs é realizado através da Avaliação de
Impacto Ambiental, e impõe ao empreendedor, cumpridas etapas específicas, a obtenção das licenças: I- licença Prévia (lP) concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade
aprovando sua localização e concepção,
atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas
cial: Rio
pe
360: Parte da população comenta que não
adianta questionar o projeto, pois são
“favas contadas”. Isso é verdade? Por que?
O que a comunidade pode fazer se considerar que as obras são inadequadas?
CETESB: na fase da Licença Prévia, a realização da Audiência Pública é uma oportunidade privilegiada para a participação pública, pois qualquer entidade ou cidadão pode
se manifestar. Há ainda outras formas de
participação da região e, em especial, dos
municípios afetados, com destaque para a
manifestação formal das Prefeituras Municipais quanto à sua posição frente à proposição do empreendimento, exigida pelo
parágrafo 1º do artigo 10 . Outra manifestação relevante no caso de interferências
nos recursos hídricos é o Comitê de Bacia. A
análise da viabilidade ambiental dos empreendimentos está em curso e, portanto, não há decisão até o momento.
Assim, não se aplica a figura “de favas contadas”. As contribuições recebidas na audiência pública são inseridas no processo e
consideradas pela equipe técnica responsável pela análise. É claro, que argumentos
técnicos bem fundamentados trazidos pela
comunidade são valiosos na avaliação da
significância dos impactos, assim como
também na definição de medidas mitigadoras e compensatórias apropriadas.
vale lembrar que a análise realizada pelo
órgão ambiental tem uma base técnica e
segue procedimentos administrativos previstos em normas legais. É preciso, portanto, que as manifestações apresentem
elementos técnicos mais específicos para
contrapor a eventuais informações e
avaliações apresentadas pelo EIA e suas
complementações. A análise deve ser levada adiante até que haja conclusão sobre a
viabilidade ou não do projeto proposto,
pois a CETESB deve responder à solicitação
de licença formulada pelo interessado.
360: Quais são os critérios da CETESB para
se aprovar projetos de grande impacto
ambiental que vão afetar tantas comu-
nidades como o caso dos projetos de
PCHs propostos pela empresa Hidrotérmica para três pontos do Rio Pardo?
CETESB: As intervenções de grande porte
em corpos d'água devem ser avaliadas muito criteriosamente, de modo a identificar os
impactos, verificar a suficiência das medidas
de mitigação e compensação desses impactos e possibilitar a confrontação dos impactos negativos e benefícios para a tomada de decisão. Todos os aspectos relacionados aos impactos da intervenção proposta
pelo conjunto das PCHs serão analisados no
departamento de Avaliação de Impacto
Ambiental da Cetesb por uma equipe multidisciplinar e capacitada para tanto. Esta
equipe levará em consideração todos os
problemas apresentados no EIA-RIMA,
assim como aqueles identificados em vistorias técnicas, audiências publicas e análises
que serão feitas por técnicos das Prefeituras
Municipais, do IPHAn, Comitês de Bacia,
dAEE, sobre as interferências do empreendimento nos atributos ambientais e
recursos naturais da região, compreendendo também os aspectos econômicos,
sociais e culturais.
360: Além dos impactos ambientais, como
ficam os impactos sociais e culturais
decorrentes de obras como os projetos
das PCHs?
CETESB: Quanto aos impactos sociais e culturais, entende-se que os mesmos são parte
dos impactos ambientais, visto que o meio
ambiente é composto pelos meios biótico,
físico e socioeconômico. Assim, os impactos
sociais e culturais devem ser abordados no
Estudo de Impacto Ambiental tão detalhadamente quanto os impactos físicos e
bióticos, para que o EIA/Rima seja completo. Cabe lembrar, que impactos ao
patrimônio arqueológico e cultural são
avaliados pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico nacional – IPHAn, cuja
manifestação é subsídio para a análise de
viabilidade ambiental.
360: As empresas estão propondo projetos individuais dentro de um mesmo rio.
Há inventário da ANEEL indicando 9 pontos passíveis de PCHs no Rio Pardo, sendo
que já são cinco projetos apresentados,
dos quais três dentro do município de
Santa Cruz do Rio Pardo. Não é muita interferência para apenas um rio?
CETESB: Foi solicitada pela CETESB no Termo de Referência para elaboração do EIA
Rima a análise de impactos cumulativos e
sinérgicos, considerando os demais empreendimentos da bacia.
Es
O disciplinamento da aplicação deste tipo
de instrumento de licenciamento está definido por uma série de documentos legais,
dentre os quais se destacam as Resoluções
COnAMAnº01/86 e 237/97. A própria Constituição Federal de 1988 prevê a realização
da Avaliação de Impacto Ambiental, no inciso Iv do artigo 225: “Iv - exigir, na forma da
lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio
de impacto ambiental, a que se dará publicidade;”.
fases de sua implementação; II - licença de
Instalação (lI) - autoriza a instalação do
empreendimento ou atividade de acordo
com as especificações constantes dos
planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental
e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III - licença
de operação (lo) - autoriza a operação da
atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que
consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.
s
CETESB: O licenciamento ambiental através
da Avaliação de Impacto Ambiental é um
procedimento que consiste na análise das
consequências da implantação de determinado projeto num dado sítio, abrangendo
todos os aspectos envolvidos, de modo a
identificar os impactos no meio físico (qualidade e quantidade de água, instalação de
processos erosivos etc.), no meio biótico
(flora e fauna terrestre e aquática) e no meio
sócio-econômico (aspectos da economia
regional e local, demografia, condições de
saúde , educação e habitação, patrimônio
histórico, arqueológico, turístico e cultural),
de modo a fundamentar uma decisão
quanto à implantação ou não do projeto.
O que diz a CETESB sobre os
projetos de PCHs no Rio Pardo
CH
360: Como funciona o processo de
aprovação de projetos de PCHs?
s de P
jeto
não conseguimos entrevista
direta, pessoalmente ou por
telefone. Restou-nos enviar
um questionário, repondido
por Maria Silvia Romitelli,
gerente do Departamento
de avaliação de Impacto
ambiental da CeTeSB, órgão
da Secretaria de Meio
ambiente do estado de São
Paulo responsável pela
avaliação dos projetos de
hidrelétricas no Rio Pardo
rdo e os pro
Pa
360: O que ocorrerá se os projetos forem
autorizados e haja impactos imprevistos?
CETESB: A avaliação de impactos é um processo sistemático de avaliação dos efeitos
de um empreendimento (ou da cumulatividade de impactos de diversos empreendimentos, como no caso em questão). Com a
disponibilidade de informações existentes
e levantadas pelos estudos e o conhecimento já adquirido sobre Avaliação de Impactos dessa tipologia de empreendimento, entendemos que existe pouca probabilidade de aparecerem impactos imprevistos
significativos após a conclusão da análise de
viabilidade. Ressalta-se ainda que o
processo de licenciamento de um projeto é
um processo contínuo (ao longo das fases
de LP, LI , LO e renovação da LO) e portanto,
poderão ser realizados eventuais ajustes
necessários nas fases subsequentes do projeto, após aprovação e acompanhamento
do órgão ambiental.
360: Com tantas alternativas mais modernas e sustentáveis de geração de energia,
faz sentido levar adiante projetos que
degradam um rio despoluído e que ainda
pode ser usado para criadouro de peixes?
Além disso, qual a necessidade de a região
produzir energia se a geração de energia
já é tão grande na bacia do Paranapanema, do qual o rio Pardo é afluente?
CETESB: A avaliação da intervenção proposta do ponto de vista da necessidade ou
não de produção de energia não compete à
CETESB e é considerada na análise ambiental apenas com relação à justificativa do empreendimento. Em outras palavras, é a
viabilidade ambiental das intervenções que
estão em avaliação na CETESB, independentemente da prioridade sob o aspecto
estrito da geração de energia elétrica, de jurisdição exclusiva da AnEEL.
PERGUNTAS QUE FICARAM NO AR:
360: Considerando que os pequenos municípios não estão preparados com legislações de uso e ocupação do solo que venham a gerar impactos ambientais, como
fazer para reverter uma situação e preservar os recursos naturais dos municípios?
360: Diante dos projetos de preservação
das águas, promovidos pela CETESB, faz
sentido autorizar a implantação de cinco
PCHs que vão causar grandes impactos
num rio despoluído como o Pardo?
360: Quais as chances do rio Pardo continuar um “rio vivo” com a construção de
PCHs em seu leito?
18 • cultura
SAnTA Cruz
ganha nova
escola de música
Os alunos da cidade já são muitos e viajam sistematicamente a Ourinhos,
para onde crianças interessadas em
aprender a tocar algum instrumento
musical ou ter aulas de canto tinham dificuldades de ir. A parceria com Luciano
Pimentel, o Barry, seu aluno de longa
data, já era bastante afinada: os dois
tocam bateria em bandas que trataram
de formar por conta própria, com amigos. E que têm uma agenda cheia, aliás.
Foi assim que o músico e professor Rodrigo Donato, proprietário da Studio
Musical, escola de Ourinhos, resolveu
aportar em Santa Cruz, com mais uma
unidade do seu negócio, desta vez tendo
Barry como sócio e gerente da escola.
Estrutura profissional – Além de
professores renomados, muitos formados pelo Conservatório de Tatuí, onde
Rodrigo estudou e também tornou-se
professor, a Studio Musical terá uma estrutura completa para quem quer
aprender a tocar instrumentos de percussão e cordas, além de técnicas vocais.
Segundo eles, além de professores especializados para todas as idades, inclusive para a iniciação musical (crianças a
partir de quatro anos), a escola estará
equipada dos melhores equipamentos e
salas de estudo climatizadas e com isolamento acústico, além de um estúdio
para ensaio de bandas.
Apelo musical – A decisão de Barry
em abandonar a informática, sua formação profissional, e abraçar a música
mostra que essa é uma área praticável
para quem realmente quer viver dessa
atividade. O sócio, aliás, é um exemplo
dessa possibilidade. Além da escola de
Ourinhos, Rodrigo, que é natural de
Chavantes, dá aulas de percussão e toca
em muitas bandas, de estilos variados,
entre rock, jazz, samba, chorinho, entre
outras. Seu currículo é extenso também
na participação e produção de festivais.
Semana sonora – Com a meta de
“fazer algo diferente”, como diz Barry, a
ideia é suprir Santa Cruz e região de
aulas de qualidade e de eventos musicais. Para tanto a Studio Musical está
montando um espaço para eventos na
própria escola e abre a casa com uma
semana de worshops seguidos de shows
(de 13 a 17/6 na antiga Microlins).
19 • agenda
FESTAR promete
agitar o Interior
A turma da Secretaria de Cultura de Bernardino pede para avisar aos leitores do Caderno
360 para se prepararem para o 7º FESTAR,
Festival de Teatro de Bernardino de Campos,
que está programado para o início do mês de
julho. Grande sucesso de público e de crítica
em toda a região, o FESTAR deste ano traz
como novidade a realização de espetáculos
profissionais, além de manter a tradição de receber grupos amadores. O evento terá eso
petáculos para
público adulto e infantil,
que tem somado cerca
de 5 mil pessoas a cada
ano. Os ingressos são
benemerentes: Basta
levar 1 quilo de alimento
não perecível, que será
entregue às famílias
atendidas pela Secretaria de Assistência Social de Bernardino.
Onde: Praça Quintino
Bocaiúva e Casa da
Cultura. 5 a 10/7
Info: 14 3346-2010
circuito SESC
chega a AvARÉ
O Circuito SESC de Artes 2011, que está
percorrendo 88 cidades paulistas de 1 a
19/6 com música, teatro, circo, dança,
entre outras linguagens apresentadas em
espaços público, chega a Avaré, no dia 9
de junho, no Largo São João, a partir das
17h30. A programação é grátis e livre
para todos os públicos. Confira;
A Mulher que Comeu o Mundo: O espetáculo brinca com a metáfora da
ganância desmedida e da busca desenfreada pelo poder, revelando a ridícula
condição humana de querer a permanência e a posse das coisas por meio
de lutas e dominação.
Clube do Balanço; Grupo de samba rock
liderado pelo guitarrista e cantor Marco
Mattoli,
Circo Malabarístico – Irmãos Becker: Dois
palhaços cômicos demonstram de modo
criativo e bem humorado diversas técnicas de malabarismo.
Outro Lugar – Focus Cia de Dança: Outro
lugar é uma construção coreográfica
marcada pela movimentação do corpo
em relação à arquitetura. A coreografia
é composta por sete bailarinos, que durante quinze minutos interagem numa
dança.
VRUM – DMV22: Um artista visual, um
dançarino e um músico interagem em
uma improvisação multimídia.
A Estrada de Tijolos Dourados – Base V:
A Estrada de Tijolos Dourados remete ao
clássico O Mágico de Oz, pois assim
como na história, essa intervenção performática simboliza um caminho a ser
escolhido.
Todas as Palavras me Convém – Cia.
Ilustrada: Intervenção literária e poética
em que a palavra é a protagonista, seja
ela falada ou cantada.
Info: 14 97746933
divulgue seu evento aqui. E grátis!
[email protected]
Grátis!
LUME
cineclube
7 / 6: asas do Desejo_ Direção: Wim Wenders (Alemanha, 1987 - 130 min.) Propõe
uma reflexão sobre a existência humana, numa disputa entre o divino e o efêmero.
Na Berlin do pós-guerra, um batalhão de anjos vela pelas almas que sofrem e se desesperam em silêncio, assistindo às desventuras terrenas, sem poder sentir as dores
e as alegrias humanas.
1 4 / 6 : educação_Direção: Lone Scherfig (UK, 2009 - 95 min.). Baseado nas
memórias de Lynn Barber, conta a história de Jenny, que vive com a família no subúrbio londrino em 1961 e sofre com o tédio da adolescência e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta.
2 4 / 6 : Do Outro lado_ Direção: Fatih Akin (Alemanha/Turquia, 2007 - 122 min.).
História de não-encontros, tem como referência o problema dos imigrantes turcos de
segunda geração, que vivem na Alemanha e carregam o peso de ter de construir uma
identidade que una dois lados: o país de onde seus pais vieram e o novo lar.
3 1 / 6 : amor à Flor da Pele_DiDireção: Wong Kar-Wai (China, 2000 - 90 min.). A
Hong Kong dos anos 60, embalada ao som de Nat King Coleambiental um filme sobre
amor e nostalgia, de incrível beleza. Um homem e uma mulher descobrem que seus
respectivos cônjuges mantêm um relacionamento amoroso.
Sessões do Videoclube LUME: toda 3ª-feira_20h.
Sala 5 do Colégio COC Jean Piaget _ Ourinhos
20 • popo
cabeça
Que país é esse em que um grupo de mães com seus bebês
vai a um Centro Cultural e, ali, todas, sentadas no chão, ou
nas cadeiras, tiram um peito pra fora. No rosto o sorriso matreiro e arteiro, desses sorrisos que brilham e cintilam nos
olhos, encantam e rejuvenescem a alma, irradiam o ambiente, denunciam uma deliciosa rebeldia infantil. As mães iniciam o ato sagrado: dar de mamar a seus bebês. Tudo
porque dias antes uma mãe foi impedida de, ali, amamentar seu bebê.
Que país é esse em que um grupo de moradores de um
bairro de elite sai às ruas para protestar contra a construção,
ali, de uma estação de metrô. Justificam assim sua atitude:
não queremos essa gente diferenciada no bairro. Outro
grupo, esse da gente diferenciada, sai às ruas no mesmo
bairro e, ali, em frente ao suntuoso Shopping Center faz
churrasco e canta para protestar contra a discriminação .
© Bluevision | Dreamstime.com
Que país é esse em que um grupo de pessoas sai às ruas para
que o uso da maconha seja descriminalizado? Em que o
Se há dois meses eu reclamei da fraca safra
de lançamentos em 2011, capitaneada
pelos decepcionantes discos de Radiohead
e Strokes, agora tenho quatro motivos
para comemorar. Vamos a eles.
BEASTIE BOYS – “Hot Sauce Committee
Part II”. Há 7 anos não escutávamos as
rimas do trio nova-iorquino de rap (o
penúltimo disco, “The Mix-Up”, é instrumental). Ficaram um tempo em stand by
(Adam Yauch, o MCA, luta contra um
câncer na garganta), mas voltaram com
este disco sensacional. Eu não consigo lem-
MãE gentil ou
Brasil varonil
*José Mário Rocha de Andrade
governador do estado mais famoso estimula os policiais e
bombeiros a participarem da parada gay com uniformes,
viaturas e cami-nhões das corporações porque, justifica:
“aqui cada um pode mostrar o que é”.
Que país é esse em que o Ministério Público investiga os
poderosos, desmascara fraudes e em que o povo voltou a
sair às ruas contra a corrupção dos políticos?
No Brasil de hoje a Mãe gentil protesta com um maravilhoso
mamaço, o Brasil varonil sai às ruas com samba, churrasco,
palavras de luta e enfrenta a polícia de alguns governantes
que gostam de democracia, mas precisam aprender a gostar
de povo. Nosso país não é mais o mesmo. É gentil, sim. É varonil, também
*médico santa-cruzense que vive em Campinas
| [email protected]
QUATRO pérolas POP
(e eu agradeço)
*Tiago Cachoni
brar de outra banda com mais de 30 anos
de carreira sem uma única decepção. Não
vou destacar faixas aqui porque é tarefa ingrata. E eles ainda prometem a parte 1
(sim, a lógica é estranha mesmo) para
breve.
guramente um dos melhores da carreira.
Um tapa no ouvido. “Rope” e “White Limo”
(veja no youtube ela ao vivo no Letterman)
são os grandes destaques num disco de
alto nível. O produtor é Butch Vig, o mesmo
de “Nevermind”. Diz muita coisa.
FOO FIGHTERS – “Wasting Light”. De coadjuvante de uma das maiores bandas da
história do rock a protagonista de outra
delas: em síntese, é a trajetória de Dave
Grohl. Após discos medianos e o subestimado “Echos, Silence, Patiente and Grace”
(2007), a banda vem com este petardo, se-
R.E.M. – “Collapse Into Now”. Outro medalhão do rock com respeitabilíssima carreira. “Accelerate”, disco de 2008, já
mostrava um R.E.M. mais cru, conectado
com seu passado. Pois “Collapse...” aprofunda esta inclinação, com grandes
canções (“Discoverer”, “It Happened
Today”, “Mine Smell Like Honey”), e uma
balada fantástica: “Überlin”.
PJ HARVEY – “Let England Shake”. A inglesa
deixou de lado as guitarras distorcidas,
apostou num som soturno, em temáticas
incomuns (como o envolvimento da
Inglaterra em guerras), e nos trouxe um
disco estranho, pouco palatável de início,
mas apaixonante após algumas audições.
* músico, vocalista da Banda Landau
69, que mantém seus ouvidos abertos
e atentos a todos os sons
21 • bem
viver
vIvA
© Jana Guothova | dreamstime.com
o inverno
O inverno, todo mundo sabe, chega macio, mas faz
um forte estrago na pele. O vento e o tempo seco são
tão danosos como o verão com suas temperaturas
acima da média. Mas assim como os dias quentes de
água, céu e mar, a estação do frio nos presenteia com
dias lindos, ensolarados e transparentes. De uma
beleza e aconchego que só eles têm. Para curtir tudo
isso sem ficar com a pele ressecada e ardente, o que
não faltam são produtos cosméticos, que fazem
parte cada vez mais da nossa rotina.
Eles podem até ser considerados supérfluos, mas
prefiro chamá-los de companheiros de bem estar.
Por isso a ideia desta pequena matéria com dicas de
cuidados básicos para a pele nessa época do ano.
Elas foram apontadas pela esteticista Luciana Simão
Poli, que mantém um estúdio para tratamento e estética com todo o aparato profissional. Ou seja, material descartável, ambiente limpo e organizado,
equipamentos eficazes e.... produtos que propõe alta
qualidade. Algo que ela mostra estudar bastante.
Confira os cuidados abaixo e repare nos produtos
que usamos para ilustrar. São todos muito bom se
cumprem o que um cosmético deve ser antes de
mais nada: agradável à pele e aos sentidos, como o
olfato, por exemplo. A praticidade de seu uso também pesou na seleção, assim como a textura e, naturalmente, os resultados. Agora, se você já tem os
seus preferidos, aposte neles. O que vale é a gente se
sentir bem tratada e saudável
por Flávia Rocha Manfrin
Limpeza da Pele 1_ Ajuda a ter
melhores resultados com uso de produtos e tratamentos de rejuvenescimento e acne. Consiste em retirar
comedões (cravos) e miliuns (bolinhas brancas),
que são gorduras + sujeiras
acumuladas.
Peeling_ Tratamento que retira a
camada da pele
para diminuir manchas, linhas
*Adriana Righetti
de expressão e cicatrizar a acne. Há
vários tipos, indicados pelo esteticista
ou dermatologista de acordo com a
situação da pele. Os produtos
usados podem manchar a
pele sob o sol, pois isso é indicado para ser feito no
inverno, que tem
sol ameno e dias
mais curtos. Causa
uma leve descamação
da pele. Então é bom evitar fazer dias antes de festas e finais de semana.
Hidratação_
É o cuidado mais
simples, pois não
requer ajuda. Serve
para manter a camada natural da pele (manto hidrolipídico) equilibrada apesar do tempo mais seco, vento e chuveiro
mais quente. Indicada para todas
as idades, inclusive bebês. dica: abuse
dos produtos específicos para mãos,
pés e cotovelos.
Os astros em JUnHO
arte: Clara Basseto | 360
Em junho, o Sol ficará até
o dia 21 em Gêmeos, ingressando depois em
Câncer. No período em
que ele se encontrar em
Gêmeos, Mercúrio, que é
o regente deste signo, caminhará ao lado dele,
nos conferindo mais lucidez, clareza e boas ideias.
poderá ficar um pouco
mais lenta.
Por um lado será bom demorarmos um pouco
mais para agir, uma vez
que a conexão tensa
entre Mercúrio e Netuno
nos avisa que devemos
ficar atentos a todas as
situações que se apresenSol e Mercúrio camitarem para não nos ennhando juntos deixam
ganarmos. É importante
em evidência as relações
que mantenhamos nossa
pessoais e as negociações
atenção em tudo o que
Clara homenageia as priminhas gêmeas e geminianas
comerciais. Alguns aspeccombinarmos e assinarMaisa e Isabel , que acabam de nascer. Bem-vindas!
tos com Júpiter reforçam
mos, além de nos preocuas transições internacionais, favorecendo o contato
par em nos comprometermos apenas com o que
com o estrangeiro, bem como um bom momento
pudermos cumprir.
para se aprender outros idiomas.
Seremos mais solicitados socialmente e o encontro
A comunicação, a educação e os estudos são regicom amigos, as reuniões, festas e atividades cultudos por Gêmeos e Mercúrio, que também despertam
rais estarão muito favorecidas.
nosso interesse por diversos assuntos. O difícil será
se aprofundar em algum deles, já que nossa curiosiPlutão, Saturno e Urano em signos cardeais e em
dade estará muito aflorada. Devemos absorver ao
quadratura ainda sugerem que devemos por em
máximo tudo com que mantivermos contato, pois
pauta as questões ambientais, materiais e políticas
muitas informações poderão ser úteis em breve.
com muita consciência, evitando mais desperdícios
e degradação.
Ao entrar em Touro no dia 22, Marte acentua que a
firmeza e a fidelidade são ingredientes indispensáSerá um mês mais tranquilo em algumas questões,
veis nas relações humanas. Marte também facilitará
uma vez que nos permitamos soltar as rédeas da
estabelecermos um caminho, fazendo com que não
vida e nos deixar levar por ela. Bom momento para
nos desviemos dele tão facilmente. Nos dará tamdesfrutarmos de tudo o que conquistamos, deibém muita resistência física. Porém, nossa iniciativa
xando nossa mente e coração mais leves e soltos.
*astróloga paulistana que vive em São Tomé das Letras | [email protected]
No rosto_ A água fria é ideal para
lavar o rosto antes do uso de um
hidratante para pele
do rosto. Há muitas
opções, segundo o
tipo de pele, a
idade....
No corpo_ É indicado sabonete do
tipo neutro ou
hidratante. A dica é
terminar o banho
aplicando óleo ou
MON NÉCESSAIRE
hidratante de banho. Esses
produtos são aplicados
com o corpo molhado e
pedem um pequeno enxague com mais uma ducha
quentinha.
Maquiagem_ deve ser
retirada antes de dormir
porque a noite nosso metabolismo diminui favorecendo a permeação do que
estiver sobre a pele, seja
bons produtos ou sujeira.
ONDE IR • ACONTECE
MODA • SAÚDE • BELEZA
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RIO Pardo é o centro