O Mundo
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O ESTADO DO MARANHÃO - SÃO LUÍS, 6 de setembro de 2012 - quinta-feira
O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi
foi interrogado ontem em um caso que
remonta aos anos 1970, quando foi
vítima de extorsão por parte da máfia.
Em tom emotivo, democratas
lançam Obama para reeleição
Primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, foi a estrela do primeiro dia da Convenção Democrata em Charlotte; ela pediu que
americanos confiem mais quatro anos ao marido; prefeito de San Antonio se tornou o primeiro latino a fazer discurso-chave
E
STADOS UNIDOS - Os
democratas lançaram
Barack Obama em seu
caminho incerto para a reeleição
durante o primeiro dia da Convenção Nacional do partido
terça-feira em Charlotte, Carolina do Norte, retratando o presidente dos EUA como alguém
que entende as dificuldades dos
americanos comuns, enquanto
apresentavam seu rival Mitt
Romney como uma pessoa da
classe privilegiada e sem contato com a realidade.
O principal discurso da noite
foi o da primeira-dama Michelle
Obama, que fez um pronunciamento cheio de frases afetuosas
em relação ao líder americano.
Com relatos de como Obama é
um pai e marido amoroso, a
primeira-dama afirmou que o
atual presidente “é o homem que
podemos confiar” para reviver a
economia dos EUA, que atualmente sofre com alto desemprego, fraco crescimento e temores de volta da recessão.
Usando um vestido fúcsia e
sob ensurdecedores aplausos ao
longo de seu pronunciamento
perante milhares na Time Warner Cable Arena, Michelle diferenciou seu marido de Mitt Romney
sem mencionar o nome do republicano. Ela lembrou a história
de vida mais humilde de Obama
quando jovem, que dirigia um
carro velho e que por um período de sua vida só teve como escolha usar calçados menores do
que seu número.
Relembrando a trajetória iniciada há quatro anos, quando
Obama foi eleito o primeiro presidente negro dos EUA, Michelle
disse que seu principal trabalho
não é o de primeira-dama: “No
fim do dia, meu título mais importante é o de mamãe-emchefe.” A frase em referência a
suas filhas Malia e Sasha estimulou uma ovação durante seu
discurso, que foi o mais importante do primeiro dia do evento
que oficializará Obama como
candidato à reeleição para a
votação de 6 de novembro.
No horário nobre da TV
americana, ela conclamou os
eleitores a manter seu marido na
Palestinos
estão mais
pobres, diz
relatório
Rebeldes
sírios vão
formar uma
organização
NOVA YORK - A Conferência
das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad)
divulgou ontem uma previsão
pessimista para a economia palestina, argumentando que as
políticas israelenses mais duras
e a expansão das colônias judaicas estão causando uma pobreza maior nos territórios ocupados e na Faixa de Gaza.
A situação agravou-se a partir de 2011 com a queda da ajuda estrangeira, que durante anos
forneceu um apoio vital, e reduziu as esperanças para uma retomada mesmo no longo prazo,
disse um relatório feito pela
agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
"As restrições [israelenses] sobre o movimento [das pessoas], a
diminuição da ajuda, um setor
privado paralisado e uma crise fiscal crônica colocam nuvens no
horizonte", declarou a Unctad.
Em meio ao alto desemprego
persistente, acrescentou, "um em
cada dois palestinos é classificado como pobre". O relatório, preparado para uma reunião da
Unctad em Genebra este mês, diz
que o impacto da ocupação israelense desde 1968 sobre a base
produtiva da economia palestina, em especial sobre a agricultura, "foi devastador".
"A economia perdeu o acesso
a 40% do território da Cisjordânia, a 82% de sua água e a mais
de dois terços das terras para pasto", diz o documento.
CAIRO - Os rebeldes sírios preparam a formação de um grupo militar que unirá todas as milícias do
país, com o objetivo de provocar
a saída do ditador Bashar Assad.
A informação é do general desertor Mohammed Hussein, do Exército Livre Sírio.
Em entrevista à agência de notícias Efe, o comandante explicou
que dirigentes de vários grupos
da insurgência se reuniram em
Antioquia, na Turquia, para chegar a um acordo sobre a criação
do Exército Nacional Sírio (ENS),
que substituirá o atual ELS.
A organização incluirá todos
os componentes da luta armada
síria, dentro e fora do país, sejam
soldados desertores ou civis armados. Eles terão como objetivo
a derrubada do regime e a manutenção da estabilidade no país
após a queda.
A nova instituição será independente e terá hierarquia militar. "Podemos aceitar trabalhar
sob um organismo político opositor, mas com a condição de que
todas as correntes se unam em
um só grupo", ressaltou.
Bloqueio - Em Gaza, que está sob
bloqueio por terra e mar imposto
por Israel, 85% dos recursos de
pesca ficaram inacessíveis. A Unctad disse que o crescimento geral
de 9,9% na Cisjordânia e em Gaza, governada pelo Hamas, é decorrente da reconstrução depois
de uma operação do Exército israelense no fim de 2008 e início de
2009. Israel diz que aquela operação, marcada pela destruição da
região costeira, foi desferida para
interromper os ataques com foguetes promovidos por militantes
islâmicos contra os vilarejos israelenses ao norte da fronteira.
Em 2011, de acordo com o relatório da Unctad, a minúscula
economia de Gaza cresceu 23%,
enquanto a Cisjordânia registrou
crescimento de 5,2%. "Mas isso foi
levado pela reconstrução do que
havia lá e não é sustentável", disse um funcionário da agência,
Mahmoud Elkhafif.
Poder político -Hussein afirmou
que a intenção é que o exército esteja submetido ao poder político,
ao contrário do que ocorreu nas
últimas décadas na Síria, quando
os militares controlaram o país.
Segundo o dirigente do ELS,
major Sami Kurdi, mais de cem
oficiais desertores participaram
das consultas realizadas na Turquia para unificar e estruturar o
exército rebelde.
Kurdi explicou que a grande
maioria dos grupos desertores
decidiram se agrupar sob esse novo comando armado, mas não
deu maiores detalhes sobre a
operação.
Na atualidade, o Exército Livre
Sírio é formado por desertores e
civis. A cúpula da força armada se
encontra na Turquia e milícias armadas independentes combatem
o regime de Assad.
Bombardeios
Dezenove pessoas, entre elas sete
crianças, morreram na madrugada de ontem em bombardeios
nos bairros rebeldes de Aleppo, a
segunda maior cidade da Síria,
cenário de violentos combates há
um mês. Nove pessoas morreram,
incluindo sete crianças.
AP
Michelle Obama fez discurso emotivo na Convenção Democrata
Mais
Pesquisas mostram Obama e Romney empatados para as eleições.
O republicano é visto como melhor candidato para melhorar a economia, a principal preocupação da campanha. Mas Obama é considerado mais capaz de se conectar com as preocupações dos americanos
de classe média.
Casa Branca, afirmando que ele
é um líder que “sabe em primeira mão as dificuldades cotidianas de todos os americanos,
os ouve como presidente e tem
uma agenda com seus interesses em mente”. Para aqueles que
veem como frustradas suas expectativas em relação a um candidato que na campanha de
2008 projetou a ideia de que a
mudança imediata era possível,
Michelle disse que Obama sempre a lembra que “a mudança é
difícil e lenta e nunca acontece
de uma vez”.
De acordo com uma pesquisa
de maio do Gallup, Michelle é
vista positivamente por 66% dos
americanos, índice igual ao que
tinha há dois e superior à popularidade do marido. Muito disso
se deve ao fato de Michelle manter-se relativamente longe da
política para usar seu papel de
primeira-dama em campanhas
pela alimentação orgânica (cultivando uma horta na Casa
Branca) e contra a obesidade infantil. Em sua defesa das atividades físicas, recentemente foi
vista competindo com os apresentadores Ellen DeGeneres e
Jimmy Fallon na TV.
Discurso-chave - Michelle foi
precedida no palco pelo prefeito
de San Antonio (Texas), Julián
Castro , o primeiro americano de
origem latina a fazer o discursochave da Convenção Democrata, em um aceno a eleitores hispânicos cujos votos são essenciais em Estados como Colorado,
Nevada e Novo México.
O prefeito de San Antonio
primeiramente lembrou sua infância humilde para pontuar que
ele e seu irmão gêmeo Joaquin,
um legislador do Texas que deve
ser eleito para o Congresso em
novembro, devem seu êxito à luta de sua avó mexicana e de sua
mãe e às oportunidades encontradas nos EUA.
Castro e o irmão vêm de uma
família de baixa renda e tiveram
de recorrer a bolsas, créditos estudantis e empréstimos para estudar nas prestigiosas Universidade de Stanford e na Faculdade
de Direito de Harvard.
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