Bases Epistemológicas da Ciência Moderna
Profa. Dra. Luciana Zaterka
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Os filósofos modernos e a teoria do
conhecimento
Cristianismo
erro e a ilusão são parte da natureza
humana em decorrência do caráter
pervertido de nossa vontade, após o pecado
original.
1. Como, sendo seres decaídos e pervertidos, podemos
conhecer a verdade?
2. Sendo nossa natureza dupla (matéria e espírito), como
nossa inteligência pode conhecer o que é diferente dela?
Isto é, como seres corporais podem conhecer o incorporal
(Deus) e como seres dotados de alma incorpórea podem
conhecer o corpóreo (mundo)?
3. Os filósofos antigos consideravam que éramos entes
participantes de todas as formas de realidade: por nosso
corpo, participamos da Natureza; por nossa alma,
participamos da Inteligência divina. O cristianismo, ao
introduzir a noção de pecado original, introduziu a
separação radical entre os humanos (pervertidos e finitos)
e a divindade (perfeita e infinita). Com isso, fez surgir a
pergunta: como o finito (humano) pode conhecer a verdade
(infinita e divina)?
Verdade e Erro
Aletheia: presença e manifestação do
verdadeiro
como é possível o erro?
Para os modernos, a situação é exatamente
contrária. Se a verdade depende da revelação e
da vontade divinas, e se nosso intelecto foi
pervertido pela nossa vontade pecadora, como
podemos conhecer a verdade?
Fé x Razão
Cristianismo  Pessoa/Consciência
Para os pensadores cristãos: podemos
conhecer a verdade, desde que a razão não
contradiga a fé e se submeta a ela no
tocante às verdades últimas e principais.
Filósofos Modernos
1. A primeira tarefa que os modernos se deram foi a de
separar fé de razão, considerando cada uma delas
destinada a conhecimentos diferentes e sem qualquer
relação entre si.
2. A segunda tarefa foi a de explicar como a
alma/consciência, embora diferente dos corpos, pode
conhecê-los. Consideraram que a alma pode conhecer
os corpos porque os representa intelectualmente por
meio das ideias e estas são imateriais como a própria
alma.
3. A terceira tarefa foi a de explicar como a razão e o
pensamento podem tornar-se mais fortes do que a
vontade e controlá-la para que evite o erro.
Conhecimento  sujeito do conhecimento
Pensamento
Sujeito
Coisas
Objeto
Aletheia x Veritas
Os gregos indagavam: como o erro é
possível?
Os modernos perguntaram: como a verdade
é possível?
Ideias/mentes/consciência  realidade
correspondem
Análise das causas do erro:
Bacon: teoria dos ídolos
Descartes: a dúvida metódica
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