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Trabalho 2044 - 1/3
O
CONHECIMENTO
DOS
ENFERMEIROS
SOBRE
A
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) EM
HOSPITAIS DE PEQUENO PORTE NA REGIÃO DO SERTÃO
CENTRAL DO CEARÁ
Oliveira, Helenir da Silva1
Dantas, Maria Rosiane de Lima2
Oliveira, Daíla Timbó3
Santos, Cristiane Ribeiro dos4
Silva, Francisco Fagner Pereira de Sousa5
Costa, Alane Andréa Souza6
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) vem sendo utilizada em
algumas instituições de saúde como uma metodologia assistencial, a fim de obter
o mais alto nível de organização e qualidade nos cuidados prestados aos
pacientes. As vantagens e a propriedade de se estabelecer uma sistematização
da assistência de enfermagem são incontestáveis. Além disso, o enfermeiro que
atua embasado numa metodologia de assistência assume postura ética e legal,
consoante o que preconiza a lei n° 7.498/86, reforçada pela Resolução n°
272/2002, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), que determina a
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Com a incumbência
privativa do enfermeiro e obrigatoriedade da implantação da SAE em todas as
instituições fossem elas públicas ou particulares, provocou um enorme interesse e
uma necessidade presente de investigar o nível de conhecimento dos enfermeiros
sobre a SAE e a expectativa de sua implantação nos hospitais onde trabalham.
Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa,
desenvolvido em quatro hospitais de pequeno porte da Região do Sertão Central
do Ceará, no período de abril a maio de 2009. A amostra foi definida de forma
aleatória e composta por 16 enfermeiros assistenciais e 2 gerentes, que
trabalham em plantões de doze horas nos hospitais localizados nas cidades de
Choró, Quixeramobim, Banabuiú e Ibaretama. O instrumento de coleta de dados
1
Acadêmica do 7° semestre do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Católica Rainha do
Sertão. Integrante do Grupo de Pesquisa PROCUIDEN. E-mail: [email protected].
2
Acadêmica do 7° semestre do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Católica Rainha do Sertão
– FCRS. Integrante do Grupo de Pesquisa PROCUIDEN.
3
Acadêmica do 7° semestre do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Católica Rainha do
Sertão. Integrante do Grupo de Pesquisa PROCUIDEN.
4
Acadêmica do 7° semestre do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Católica Rainha do Sertão
– FCRS. Integrante do Grupo de Estudo Ser e vir a ser.
5
Acadêmico do 8° semestre do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Católica Rainha do Sertão
– FCRS. Integrante do Grupo de Pesquisa PROCUIDEN.
6
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade
Católica Rainha do Sertão – FCRS.
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Trabalho 2044 - 2/3
utilizado foi um questionário com abordagem sobre o conhecimento dos
enfermeiros acerca da SAE, as dificuldades e as possíveis facilidades para sua
implantação, como também suas expectativas para implantação nos locais onde
trabalham. Os dados foram organizados utilizando-se da análise de conteúdo de
Bardin, numa tentativa de busca da compreensão dos significados no contexto da
fala escrita, afim de uma interpretação mais aprofundada. Para o desenvolvimento
da pesquisa foram respeitadas as diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisa com seres humanos, da Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde. Com os resultados encontrados pode-se constatar que a parcela dos
enfermeiros com mais tempo de graduação encontraram mais dificuldade em
definir a SAE. Oito participantes tiveram dificuldades em descrever as fases do
Processo de Enfermagem. Foram relatados vários empecilhos, desde a falta de
habilidade e sensibilização, acomodação a rotinas estabelecidas pela instituição,
até mesmo a falta de conhecimento por parte dos gestores de saúde. Os
enfermeiros participantes deste estudo revelaram boa expectativa em relação a
SAE por este proporcionar um cuidado ao paciente com qualidade, ocasionando
valorização da profissão, porém descrevem a necessidade de ser implantado com
apoio dos gestores e gerentes para que a SAE se torne realidade nas instituições
estudadas. Conclui-se pelo presente estudo que a SAE é algo distante da
realidade institucional na assistência promovida pelos participantes entrevistados.
Muitos deles têm noção do que constitui a SAE, embora não a utilizem em sua
prática profissional.
Descritores: Assistência de Enfermagem; Processos de Enfermagem; Serviço
Hospitalar de Enfermagem.
Referências
BRITTAR, D. B.; PEREIRA, L. V.; LEMOS, R. C. A. Sistematização da assistência
de enfermagem ao paciente critico: proposta de instrumento de coleta de
dados.Texto Contexto Enfem., Florianópolis, v. 15, n. 4, p. 617-628, out./dez.,
2006.
FREITAS, M. C.; QUEIROZ, T. A.; SOUZA, J. A. V.; O processo de enfermagem
sob a ótica de enfermeiras de uma maternidade. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v.
60, n. 2, p. 207-212, mar./abr. 2007.
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Trabalho 2044 - 3/3
HERMIDA, P. M. V.; ARAÚJO, I. E. M. Sistematização da assistência de
enfermagem: subsidio para a implementação. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 59,
n.5, set./out. 2006.
MOURA, A. C. F.; RABELO, C. B. M.; SAMPAIO, M. R. F. B. Prática profissional e
metodologia assistencial dos enfermeiros em hospital filantrópico. Rev. Bras.
Enferm., Brasília, v. 61, n. 4, p. 476-481, jul./ago. 2008.
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61o. Congresso Nacional de Enfermagem