Grécia
• A civilização grega surgiu
entre os mares Egeu, Jônico
e Mediterrâneo, por volta de
2000 AC. Formou-se após a
migração de tribos nômades
de origem indo-européia,
como, por exemplo, aqueus,
jônios, eólios e dórios. As
pólis (cidades-estado), forma
que caracteriza a vida
política dos gregos, surgiram
por volta do século VIII a.C.
As duas pólis mais
importantes da Grécia
foram: Esparta e Atenas.
Expansão do povo grego
• Por volta dos séculos VII
a.C e V a.C. acontecem
várias migrações de povos
gregos a vários pontos do
Mar Mediterrâneo, como
conseqüência do grande
crescimento populacional,
dos conflitos internos e da
necessidade de novos
territórios para a prática da
agricultura. Surgem aí as
colônias gregas – que vão
ser terreno de disputa nas
Guerras Médicas.
A Grécia Antiga: uma mistura de
influências
• Na formação da
civilização grega é muito
importante perceber que
a Grécia Antiga, assim
como o próprio Brasil
atual, tinha base em uma
cultura aberta a diversas
influências,
principalmente do mundo
Oriental. Surpreende a
capacidade de adaptação
e dinamismo dos gregos
– como por exemplo a
incorporação do alfabeto
proveniente dos
fenícios, que simplificava
a escrita, para facilitar as
trocas
Linear B - a primeira forma
da escrita grega
A Pólis
• As Pólis eram as
cidades-estados na
Grécia Antiga, que
compreendia não
apenas um centro
urbano, mas também
o campo – vamos
lembrar que quase
todas as civilizações
na Antiguidade
tinham base rural.
Templo Grego
Pólis
• As Pólis eram cidadesestados que viviam
completamente
independentes umas das
outras. Elas funcionavam
como minúsculos países
localizados em campos
férteis, separados por
montanhas difíceis de
atravessar. Por isso, o
principal contato entre as
póleis se estabelecia pelo
mar.
A Ágora era o centro das pólis
gregas, local onde existiam prédios
públicos e religiosos
e também destinado ao comércio e
as discussões políticas.
Pólis
• A Pólis se define de
fato pelo povo –demos
– que a compõe: uma
coletividade de
indivíduos submetidos
aos mesmos costumes
fundamentais e unidos
pelo culto à mesma
divindade. No nosso
mundo moderno
‘política’ vem de ‘polis’.
Centro da Pólis
A economia na Grécia
• Como já se disse a
economia na Grécia
arcaica tinha base na
agricultura e na pecuária.
Cidades-estados como
Atenas e Corinto vão
desenvolver importante
comércio posteriormente,
fazendo concorrência com
os maiores comerciantes
da época: os fenícios.
Vaso Grego que retrata Aquiles e
Ajax, dois heróis da Ilíada jogando
dardos
Atenas e Esparta
• As duas principais
Pólis gregas foram
muito diferentes entre
si. Em Esparta
prevaleceu uma
tradição militarista que
se fechava para as
influências externas.
Em Atenas, a própria
atividade comercial a
fazia conhecer novas
culturas e tendências.
Guerreiros Espartanos
Esparta
• A cidade de Esparta
localiza-se na região
da Lacônia, e está
isolada por altas
montanhas. As terras
eram férteis,
propícias ao plantio.
A cidade logo se
impôs sobre as
vizinhas graças a seu
poderoso exército.
Esparta
• A população foi dividida em
três classes: a dos
espartanos, ou cidadãos,
com todos os direitos civis e
políticos; a dos periecos,
homens livres, antigos
habitantes da região,
possuidores de terras, sem
direitos políticos mas
obrigados ao serviço militar e
responsáveis pelo comércio e
indústria, atividade vedada
aos espartanos, proibidos de
acumular riquezas; e os
hilotas, ou “aprisionados”do
estado, que cultivavam as
terras dos espartanos.
Estátua de Guerreiro
Espartanos
Esparta
• Esparta era gerida
pela Gerúsia, uma
assembléia
constituída pelos
espartanos mais
velhos (mais de
sessenta anos),
escolhidos entre
os nobres.
Guerreiro troiano. Na Grécia como
um todo, e em Esparta em especial
morrer na guerra era a forma mais
honrada de morte
Esparta
• Todos os homens
espartanos eram
guerreiros e eram
obrigados à seguir carreira
militar. Os guerreiros
espartanos tinham uma
tática de guerra de
batalhar em fileiras,
chamadas de falanges,
em formação cerrada,
avançando sobre o
inimigo como se fossem
um muro de escudos
movimentando lanças
afiadas.
Hércules, o rei mais popular entre
os Espartanos
Esparta
• Os meninos espartanos
tinham uma educação
militar rígida, de forma que
Esparta era famosa por
sua disciplina rígida e sua
falta de criatividade. Para
aprender a suportar a dor
os meninos eram
chicoteados, tinham de
andar descalços e nus
para que sua pele ficasse
mais espessa. Eram
ensinados a ser cruéis,
caçando e matando
hilotas.
O treino de lutas era
comum
Esparta
• Os meninos espartanos só
podiam falar quando
alguém mais idoso
permitisse. Essa estrutura
social formava guerreiros
ferozes. O costume dos
pais espartanos era levar
o recém-nascido para ser
avaliado pelos anciãos. Se
a criança não fosse
saudável o bebê era
jogado de um penhasco.
O jovem deus estrangulando
a serpente. A coragem era
um valor cultivado desde a
mais tenra idade
Esparta
• Aos sete anos de idade,
a criança era separada
de sua mãe e de sua
família e reunidos em
tropas. A educação era
menos voltada para o
aprendizado formal, da
leitura e da escrita, e
mais direcionada ao culto
ao corpo. O objetivo era
que os soldados se
tornassem cidadãos
disciplinados e
Imagem guerreira em vaso
submissos.
grego
Esparta
• A conseqüência
dessa sociedade
MILITARIZADA, foi o
desenvolvimento de
uma árdua disciplina
por um lado, mas ao
mesmo tempo a falta
de criatividade
dificultava o
desenvolvimento das
artes e indústria.
Desenho de guerreiros
Espartanos em suas falanges
Mapa
Os Escravos
• A base da sociedade grega antiga era constituída pelos
escravos. Eram eles que tinham que fazer o trabalho mais
pesado nos campos, no artesanato, nas lojas, nos barcos e
também na mineração. Suas vidas não eram muito
diferentes daquela que levavam os cidadãos pobres das
polis gregas. As pessoas que se tornavam escravos eram
prisioneiros de guerras, alguns filhos de escravos que
adquiriam essa condição por hereditariedade. Crianças
abandonadas a sua própria sorte nas cidades da Grécia
Antiga acabavam sendo resgatadas por algumas famílias e,
para viver em suas casas tinham que trabalhar como
escravos. As cidades gregas tinham quantidades elevadas
de escravos, muitas vezes equivalente ou mesmo superior
ao número de cidadãos.
O dia de uma criança grega
Mal o dia surgia, o rapaz acordava e o
pedagogo que, com a sua lanterna, o
ajudava a lavar-se e a vestir-se;
Após a refeição da manhã, o pedagogo
acompanhava o rapaz à palestra onde
ia aprender música e ginástica;
Depois de um banho, o rapaz regressava
a casa para almoçar;
À tarde regressava novamente à palestra
para ter agora lições de leitura e
escrita;
De regresso a casa, e sempre
acompanhado pelo pedagogo, o rapaz
estudava as suas lições, fazia os
trabalhos de casa, jantava e ia deitarse.
Não existiam fins de semana nem férias,
exceto os freqüentes dias de festivais
religiosos ou cívicos, que constituíam
bons dias de descanso para os jovens
gregos (cf. Castle, 1962: 65).
Educação na Grécia
• Aproximadamente com 16 anos
de idade, os rapazes ficavam
livres dos cuidados do
pedagogo e interrompiam os
estudos literários e musicais.
• A educação da palestra era
então substituída pela do
ginásio. Aí continuavam a
cultivar a harmonia do corpo e
do espírito. Diariamente, depois
da educação física, passeavam
nos jardins do ginásio,
dialogando com os mais velhos
e com eles aprendendo a
sabedoria e a arte de discutir as
idéias
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Aula Grécia