Conjuntura Internacional
do Petróleo
Fernando Siqueira
Diretor de Comunicações
AEPET – Rio de Janeiro
(21)2533-1110 Fax: (21)2533-2134
[email protected]
AEPET
Associação dos Engenheiros da Petrobrás.
www.aepet.org.br
Panorama Global
Óleo e Gás Natural

Matriz energética global;

Reservas provadas, produção e demanda;

Perspectivas para o futuro próximo;

Constrangimentos;

Conflitos;

Alternativas;

Conclusões.
AEPET - 2
Reservas provadas
(109 barris)
País
1989
2003
EUA
26,8
22,4
China
23,5
18,2
Grã-Bretanha
5,2
4,7
Arábia Saudita
172,5
261,8
Irã
92,8
89,7
México
54,1
12,6
Venezuela
58,1
77,8
Nigéria
16,0
24,0
AEPET - 3
Principais regiões produtoras
Reservas provadas (Bilhões de barris - 2004)
Golfo Pérsico
(Arábia Saudita, Iraque,
Irã, Kuwait, EAU, Qatar, Omã)
720,21
69,3 %
América Latina
100,94
9,7 %
65.39
6,3 %
(EUA,
54,44
5,2 %
(Líbia, Argélia,
51,01
5,0 %
(Venezuela,
Brasil, Colômbia, Argentina, Equador)
Rússia
América do Norte
México, Canadá)
Norte da África
Egito)
África Ocidental
(Nigéria,
32,91
Mar do Norte (Grã-Bretanha,
15,11
Angola, Gabão)
Noruega)
Fontes: World Oil e Oil & Gas Journal
3,1 %
1,4 %
AEPET - 4
AEPET - 5
AEPET - 6
AEPET - 7
Dados e projeções para o mercado dos EUA
(Até 2025)
Reservas domésticas
Impacto da tecnologia na produção doméstica
Fonte:EIA/DOE/USA
Produção doméstica
Suprimento, consumo e importação
de petróleo
AEPET - 8
Produção x Consumo
(milhões de barris/dia)
2005
Região
2025
Produção
Consumo
Produção
Consumo
Estados Unidos
9,06
21,31
8,82
28,41
Canadá
2,36
2,24
1,57
2,80
México
3,96
2,07
4,85
3,48
Europa Ocidental
6,43
14,73
5,00
15,71
Japão
0,13
5,45
0,06
5,84
Austrália/N. Zelândia
0,62
1,11
0,86
1,69
Fonte: EIA/DOE/USA
AEPET - 9
O declínio do petróleo
Fonte: The coming oil crisis – Colin Campbell, PhD por Oxford e
geólogo de exploração em Bornéu, Trinidad, Colômbia, Austrália,
Papua Nova Guiné, EUA, Equador, Grã-Bretanha, Irlanda e Noruega
AEPET - 10
Tendências da produção de
petróleo
Fonte: The coming oil crisis – Colin Campbell
AEPET - 11
Alguns exemplos de
declínio
Produção
inicial
(bpd)
Produção
atual
(bpd)
Cruz Beana (Colômbia)
500 mil
(1970)
200 mil
Forty Field (Mar do Norte - UK)
500 mil
(1980)
50 mil
Prudhoe Bay (Alaska - EUA)
1,5 milhão
(1970)
350 mil
Samotlor (Rússia)
3,5 milhões
(1970)
325 mil
Campo
Fonte:F. W. Engdahl
AEPET - 12
Custos crescentes
 O campo de Ghawar, na Arábia Saudita (o maior do mundo),
produz 4,5 milhões de barris/dia. Para manter esta vazão, são
injetados 7 milhões de litros d’água/dia;
 Gastos militares de US$ bilhões para assegurar o acesso às
maiores áreas produtoras;
 Novas descobertas de porte não acontecem há mais de 20 anos;
 Entre 1996 e 1999 as maiores empresas petrolíferas do mundo
investiram US$ 450 bilhões, apenas para manter a produção atual;
 Entre 1999 e 2002, as 5 maiores empresas de petróleo do mundo
investiram US$ 150 bilhões. Sua produção aumentou de 16
milhões bpd para 16,6 milhões bpd;
 Se todo o petróleo de águas profundas (Brasil, Angola e Nigéria) for
extraído, a demanda global seria atendida apenas por mais 4 anos.
Fonte:F. W. Engdahl
AEPET - 13
Constrangimentos

Protocolo de Kyoto;

Ausência de novas descobertas;

Esgotamento das áreas produtoras atuais;

China e Índia surgem como grandes
consumidores (importadores);

Pressões de consumo em outras áreas;

Preço crescente e sujeito a especulações;
AEPET - 14
É possível crescer dependendo
de petróleo?
Indicadores per capita
% de CO2 emitido (toneladas)
Consumo de energia per capita (toneladas métricas)
Fonte: Banco Mundial
AEPET - 15
Alternativas







Biomassa
Solar
Eólica
Marés
Geotérmica
Célula de hidrogênio
Fusão nuclear
AEPET - 16
Conclusões
O petróleo já está caro;
O petróleo está ficando raro;
A posse do reservas de petróleo implica em risco e
conflito potencial;
Desenvolvimento de tecnologia e aplicação de fontes de
energia alternativa representam, ainda, um espaço a ser
ocupado;
Energia alternativa é renovável e limpa;
Uma política responsável deve investir no
desenvolvimento de tecnologia e uso de energia
alternativa.
AEPET - 17
Estratégias do Departamento
de Estado dos EUA
“Os interesses vitais dos EUA, em torno dos quais se
organizam toda a atividade do Department of Defense,
compreendem:
– Proteger a soberania, o território e a população dos Estados
Unidos;
– Evitar que países potencialmente hegemônicos se desenvolvam,
e coalizões regionais hostis;
– Assegurar o acesso incondicional aos mercados decisivos, ao
fornecimento de energia e aos recursos estratégicos;
– Dissuadir e, se necessário, derrotar qualquer agressão contra os
Estados Unidos ou seus aliados;
– Garantir a liberdade dos mares, vias de tráfego aéreo e espacial e a
segurança das linhas vitais de comunicação.”
• Fonte: Ceceña, Ana Esther, artigo “Estratégias de Dominação e Mapas
de Construção de Hegemonia Mundial”, II FSM, em jan./2002.
AEPET - 18
A Realidade da Globalização
“Globalização não é um conceito sério.
Nós, americanos, o inventamos para
dissimular nossa política de entrada
econômica nos outros países”.
John Kenneth Galbraith,
Economista norte-americano.
- Folha de são Paulo, de 02/11/97.
AEPET - 19
A democracia esvaziada
“...Há três anos eu e minha mulher, Pilar,
estávamos em Nova York, e o presidente
americano ainda era Bill Clinton e ela
entrevistou o escritor Norman Mailer. Na
entrevista ele fez a seguinte declaração:
“Clinton será o último presidente dos
Estados Unidos, porque a partir de agora as
corporações já não necessitam de
intermediários políticos”.
Entrevista com o escritor José Saramago, no
jornal O Globo, de 10/05/2003
AEPET - 20
Thatcher:
“Se os países
subdesenvolvido
s não
conseguem
pagar suas
dívidas, vendam
suas riquezas,
territórios,
fábricas.”
(Em 1983)
AEPET - 21
Consumos interno e externo
“Os países industrializados não poderão viver
como existiram até hoje, se não tiverem à
sua disposição os recursos naturais não
renováveis no Planeta, a um preço próximo
do custo de extração e transporte...
Para tanto, terão os países industrializados
que montar um sistema mais requintado e
eficiente de pressões e constrangimentos
garantidores da consecução dos
seus intentos.”
Henry Kissinger - ex-Secretário de Estado dos EUA
(FSP – 29.06.77)
AEPET - 22
Cronologia do neoliberalismo I
1978-1985 - Negociações internacionais do GATT (Acordo Geral de
Tarifas e Comércio)
passam a priorizar as “recomendações” Kissinger
1986 - Presidente Reagan convoca os países para agilizar essas
negociações em Punta del Leste - A chamada “Rodada
Uruguai”, que prosseguiu em Genebra (Suíça) e foi concluída
no Marrocos, em 1994 com a criação da OMC. Algumas
conclusões que ocorreram durante as discussões:
1) Desregulamentação;
2) Privatizações radicais;
3) TRIPS – Acordo de Patentes e Propriedade Intelectual;
4) Free - Logging Agreement – incentivo fiscal à devastação
florestal;
5) TRIMS -Venda de empresas estatais ou privadas para o
capital estrangeiro.
AEPET - 23
Cronologia do neoliberalismo II
1989 - Governo americano convoca os países Latino Americanos
para pressioná-los a aplicar as primeiras conclusões da Rodada
Uruguai. Foi o chamado Consenso de Washington.
1989 - Plano Collor é todo elaborado em cima das conclusões da
Rodada Uruguai.
1993 - Governo Itamar interrompe o “Plano Uruguai.”
1995 - Fernando Henrique retoma com força total o Consenso de
Washington (ver entrevista do governador Tasso Jereissati, na
Folha de S.Paulo- agosto/99).
1998 - OCDE tenta implantar o AMI – Acordo Multilateral de
Investimentos.
1999 - Seattle sepulta o AMI.
AEPET - 24
Acordo Multilateral de
Investimentos
1) A Absolutização dos Direitos dos Investidores
Estrangeiros. Os investidores estrangeiros têm o direito
de investir em qualquer área, setor ou atividade, sem
nenhuma restrição, podendo contestar qualquer política
ou ação governamental, que possam considerar como
ameaças aos seus lucros. Qualquer intervenção
governamental que represente restrição do lucro efetivo,
OU POTENCIAL, dá direito a uma indenização ao
investidor estrangeiro;
Fonte: Artigo “Acordo de Investimentos, Privatização e Cidadania”, de
Maria da Conceição Tavares (Folha de SP, de 01/03/1998).
AEPET - 25
Acordo Multilateral de
Investimentos
2) A Superioridade subjetiva dos Critérios dos
Investidores Estrangeiros. Os investidores
podem exercitar seus direitos à indenização ou
pedir revogação de algumas medidas (políticas ou
ações governamentais) que sejam consideradas
discriminatórias. A perda de uma oportunidade de
obtenção de lucros é suficiente para justificar o
direito à indenização.
Fonte: Artigo “Acordo de Investimentos, Privatização e Cidadania”, de
Maria da Conceição Tavares (Folha de SP, de 01/03/1998).
AEPET - 26
Acordo Multilateral de
Investimentos
3) A Abdicação do Poder do Estado. O acordo dá aos
investidores privados estrangeiros o direito de acionar
os governos nacionais em tribunais de sua própria
escolha, o que não dá ao Estado. Uma vez que
tenham aderido ao acordo, os Estados ficam
irrevogavelmente atados ao mesmo por 20 anos.
Fonte: Artigo “Acordo de Investimentos, Privatização e Cidadania”, de
Maria da Conceição Tavares (Folha de SP, de 01/03/1998).
AEPET - 27
“É a uma real mudança de civilização que este
tratado nos conduz. Nós passamos do direito
dos povos se organizarem ao direito dos
investidores organizarem os povos.”
Comunicado co-assinado por Sociedade de Realizadores de Filmes, União de Produtores de
Filmes, Sindicato Francês de artistas intérpretes - CGT - 2 de fevereiro de 1998.
“Com este acordo, as regras serão em função
de negociações comerciais e não pelas
assembléias representativas. Eu chamo isto
privatização do poder legislativo, com o direito
comercial tomando lugar do direito público.”
Luciana Castellina, deputada européia, presidente da Comissão de Relações Econômicas
Exteriores no Parlamento europeu - abril de 1998.
AEPET - 28
“Afinal de contas os países membros da OCDE
possuem 477 das 500 empresas mais ricas do
mundo. É então do interesse da OCDE editar regras
internacionais que favoreçam estas empresas. O AMI
em curso de negociação na OCDE é o acordo de
liberalização de investimentos o mais poderoso que
foi jamais escrito”.
(Tony Clarke e Maud Barlow, em “AMI e a ameaça à soberania canadense” - 1997)
“Não poderá subsistir da Europa, sob o golpe da
globalização, senão uma vasta zona de livre
comércio, fraca politicamente, devastada
socialmente, colonizada economicamente”.
(Paul Ficheroulle, deputado socialista, no parlamento de Wallon (Bélgica) - Março de 1998)
AEPET - 29
Reforma da Constituição
Mudanças na Ordem Econômica
1 - Muda de Denominação de Empresa Brasileira
Conseqüência: Abre o subsolo a empresas estrangeiras
2 - Quebra do Monopólio da Navegação de Cabotagem
- Permite a entrada de embarcações estrangeiras no interior do País
para escoar nossas riquezas.
3 - Quebra do Monopólio do Gás Canalizado
- Entrega o gasoduto Brasil-Bolívia para empresas Shell, Enron e Consórcio
BTB, juntamente com o domínio do gás e do setor elétrico;
- Elevação dos preços.
4 - Quebra do Monopólio das Comunicações
- Entrega as comunicações a grupos estrangeiros (ITT, Telecom etc.). Perda
de um dos maiores fatores de soberania;
- Elevação dos preços.
5 - Quebra do Monopólio Estatal do Petróleo
- Entrega do controle do petróleo às multinacionais;
- Elevação dos preços (já subiram 50%);
- Fechamento de refinarias.
AEPET - 30
Constituição Brasileira (1988)
Art. 177 Constituem monopólio da União:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros
hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos
resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de
derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o
transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e
gás natural de qualquer origem;
§1º - o monopólio previsto neste artigo inclui os riscos e resultados
decorrentes das atividades nele mencionadas, sendo vedado a
União ceder ou conceder qualquer antecipação, em espécie ou em
valor, na exploração de jazidas de petróleo ou gás natural,
ressalvado o disposto no art. 20, 1o.
AEPET - 31
Artigo 26
Lei 9478/97 - Lei do Petróleo
“A concessão implica, para o concessionário, a
obrigação de explorar, por sua conta e risco e, em
caso de êxito, produzir petróleo ou gás natural em
determinado bloco, conferindo-lhe a propriedade
desses bens, após extraídos, os encargos relativos
ao pagamento dos tributos incidentes e das
participações legais ou contratuais correspondentes.”
AEPET - 32
Artigo 60
Lei 9478/97 - Lei do Petróleo
“Qualquer empresa ou consórcio de empresas que
atender ao disposto no art. 5º poderá receber
autorização da ANP para exercer a atividade de
importação e exportação de petróleo e seus
derivados, de gás natural e condensado.
Parágrafo Único - O exercício da atividade referida no
caput deste artigo observará as diretrizes do CNPE,
em particular as relacionadas com o cumprimento das
disposições do Art. 4º da Lei no 8.176, de 8 de
fevereiro de 1991, e obedecerá às demais normas
legais e regulamentares pertinentes.”
AEPET - 33
As licitações das bacias sedimentares pela ANP
Quadro Comparativo das Rodadas de Licitação (1-6)
Resumo
Rodada 1
Rodada 2
Rodada 3
Rodada 4
Rodada 5
Rodada 6
132.176
59.271
89.823
144.872
162.392
202.739
54.660
48.074
48.529
25.289
21.950
39.657
Blocos oferecidos
27
23
53
55
908
913
Blocos
concedidos
12
21
34
21
101
154
Nº de empresas
interessadas
58
49
46
35
18
30
Nº de empresas
– pag. Taxa part.
42
48
44
33
14
27
Empresas
habilitadas
38
42
42
29
12
24
Empresas /
oferta
14
27
26
17
6
21
Empresas
vencedoras
11
16
22
14
6
19
321.656.637
468.259.069
594.944.023
92.377.971
27.448.493
665.196.028
Área oferecida
(km2)
Área concedida
(km2)
Bônus de
assinatura (R$)
Fonte: ANP
AEPET - 34
Blocos arrematados
Distribuição das áreas arrematadas na Sexta Licitação
– 17 e 18 agosto de 2004 Ambiente
Blocos concedidos
Área concedida
Em terra
89
2.847 km2
Em águas rasas
10
1.907 km2
Em águas profundas
55
34.904 km2
Total
154
39.658 km2
Empresas vencedoras
Fonte: ANP
ARBI
Kerr-McGee
Portsea
Starfish
Aurizônia
Partex
Queiroz Galvão
Statoil
Devon
Petrobrás
Repsol/YPF
Synergy
(Marítima)
Encan
Petrogal
Shell
W.Washington
Epic (El Paso)
PetroRecôncavo
SK
AEPET - 35
A PETROBRÁS sinaliza com planos de crescimento,
diz o novo Presidente
•
HOUSTON, 2 de abril – A PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S.A.
planeja expandir sua produção de petróleo e gás, tanto internamente
como para o exterior, manter a liderança, mas não o monopólio no
refinamento e marketing domésticos e ajudar a desenvolver o mercado
de gás natural no Brasil, participando da geração de energia elétrica,
afirmou o seu Presidente Francisco Gros, em uma conferência sobre
energia, realizada em Houston...
•
Enquanto isso, o governo já abriu acesso para a infra-estrutura dos
oleodutos da PETROBRÁS, para produtos crús e refinados. A legislação
para acesso aos oleodutos de gás natural ainda está pendente...
•
Resumindo, a PETROBRÁS está continuando a sua metamorfose de
uma estatal para uma companhia de petróleo e gás, completamente
privatizada, e internacionalmente competitiva, disse o presidente,
educado nos moldes americanos, Gros. “Nosso desafio e objetivo é
administrar esta organização para o lucro”, afirmou ele.
Fonte: Matéria feita por Sam Fletcher, jornalista da revista “Issues et Analysis" – sobre a palestra
do presidente Gros
AEPET - 36
Dois pesos, duas medidas
No quadro abaixo estão listadas, lado a lado, as condições exploratórias estabelecidas
pela ANP para três blocos indicados
Bloco:
BC-8
BC-10
BM-C-4
Bacia:
Campos
Campos
Campos
PETROBRÁS
PETROBRÁS
a licitar
3
3
3+3+2
Concessionário:
Período de Exploração:
(anos)
Obs.: só será permitida Obs.: só será permitida
Obs.: o último
prorrogação de prazo no prorrogação de prazo
período poderá ser
caso de descoberta de
no caso de descoberta prorrogado, caso haja
gás natural não
de gás natural não
descoberta em data
associado, em área onde
associado, em área
próxima ao
não haja mercado ou
onde não haja mercado
encerramento do
infra-estrutura.
ou infra-estrutura.
prazo.
(*)
Programa Exploratório:
Período único (3 anos)
(*)
(**)
Período único (3 anos)
20,5 mil km de sísmica 3 16,0 mil km de sísmica
poços
5 poços
(*) Programa proposto pela PETROBRÁS e aceito pela ANP
(**) Programa “mínimo” estabelecido pela ANP
1º. Período (3 anos)
3 mil km de sísmica
1º. Período (3 anos)
2 poços
1º. Período (3 anos)
2 poços
Fonte: PETROBRÁS
AEPET - 37
A venda de ações
Valor estimado: R$ 8 bilhões.
Parcela do capital: 18%
Valor do patrimônio da Petrobrás:
Refino: US$ 15 bilhões
-
Transporte: US$ 6 bilhões
-
Produção: US$ 12 bilhões
-
Outros ativos: US$ 7 bilhões
-
Reservas de óleo e gás: US$ 510 bilhões
Total: US$ 550 bilhões
(18% de US$ 550 bilhões = US$ 99)
AEPET - 38
A venda de ações
•
Seis consultorias para avaliação, com
acesso a toda a informação estratégica da
empresa.
•
R$ 8 bilhões  22 dias do serviço da dívida
total a ser pago em 2000.
•
Lucro previsto para o período 2000-2004:
R$ 56 bilhões.
•
Desvio de finalidade do FGTS.
•
Risco para pequenos investidores.
AEPET - 39
Privatização / Desnacionalização
através de Vendas da Ações
Posição Acionária da PETROBRÁS: 1.086.101.087 Ações
330.000 acionistas (abril-2002)
Julho-2000
Governo
Brasileiros
Estrangeiros
Março-2002
Governo
Brasileiros
Estrangeiros
20,4%
36,3%
18,7%
40,6%
60,9%
23,1%
Free Float 39,1%
Free Float 59,1%
Fonte: PETROBRÁS
AEPET - 40
A venda de ações
Fonte: PETROBRÁS
AEPET - 41
PETROBRÁS - Distribuição de Dividendos (2003)
Total de Dividendos Pagos R$ 5.650 milhões
453
170
187
85
1.822
1.760
447
736
UNIÃO (32,2%)
BNDESPAR (7,9%)
BOVESPA (13%)
ADR´s (31,1%)
Estrangeiros (8%)
FGTS (3%)
Pessoa Física e Jurídica (3,3%)
Outros (1,5%)
AEPET - 42
Estatísticas
Vendas e distribuição de royalties
AEPET
Associação dos Engenheiros da Petrobrás.
Vendas - gasolina
Gasolina C* (103 m3)
Região
Norte
Mar/04
Abri/04
Mai/04
Acum/04
89,3
93,0
88,6
434,2
Nordeste
275,1
284,2
265,4
1.353,5
Centro-Oeste
185,2
190,8
179,8
879,8
Sudeste
965,5
974,5
891,4
4.639,6
Sul
400,6
417,1
370,1
1.957,7
1.915,7
1.959,6
1.795,3
9.264,8
Total
*Gasolina C – A partir de fevereiro/03 inclui 20% de álcool etílico anidro e 80% de gasolina A.
Os dados de vendas aqui apresentados baseiam-se no Demonstrativo de Controle de Produtos – DCP,
fornecido pelas distribuidoras de combustíveis (Portaria CNP nº 221/81).
Fonte: ANP
AEPET - 44
Vendas - álcool
Álcool hidratado (103 m3)
Região
Norte
Mar/04
Abri/04
Mai/04
Acum/04
4,9
4,1
4,5
21,8
Nordeste
23,3
23,3
23,6
113,3
Centro-Oeste
28,9
28,7
29,6
139,2
226,3
217,6
227,7
1.067,7
72,2
73,2
79,4
349,8
355,6
346,9
364,8
1.691,8
Sudeste
Sul
Total
Fonte: ANP
AEPET - 45
Vendas – óleo diesel
Óleo diesel (103 m3)
Região
Mar/04
Abri/04
Mai/04
Acum/04
Norte
250,4
248,9
253,7
1.218,8
Nordeste
455,3
453,3
436,2
2.194,7
Centro-Oeste
435,7
382,2
357,3
1797,9
1.457,2
1.397,2
1.360,9
6.583,3
775,2
744,1
630,8
3.341,7
3.373,8
3.225,7
3.038,9
15.136,3
Sudeste
Sul
Total
Fonte: ANP
AEPET - 46
Vendas – GLP
Gás Liquefeito de Petróleo – GLP (103 m3)
Região
Norte
Mar/04
Abri/04
Mai/04
Acum/04
48,6
47,2
46,9
231,2
203,1
192,7
188,9
945,4
78,9
74,4
75,0
370,0
Sudeste
495,6
482,5
490,6
2.349,7
Sul
167,7
166,7
175,9
806,9
993,9
963,5
977,3
4.703,2
Nordeste
Centro-Oeste
Total
Fonte: ANP
AEPET - 47
Royalties
Crédito em 20/05/2004; Competência: Março/04.
Valor (R$)
Beneficiários
Royalties
excedentes a
5%
Royalties de
5%
Acumulado
Total
No ano
Nos últimos 12
meses
Estados
74.617.481,60
53.472.717,73
128.090.199,33
581.169.070,64
1.357.018.674,20
Alagoas
1.422.003,16
851.569,02
2.273.572,18
10.741.276,14
23.912.825,99
Amazonas
5.165.185,03
3,845.118,34
9.010.303,37
40.440.122,38
88.897.334,86
Bahia
6.112.943,71
3.998.233,37
10.111.177,08
48.099.048,82
113.171.134,26
Ceará
695.050,25
440.079,61
1.135.128,86
5.142.837,02
12.702.474,25
2.086.523,07
1.426.624,51
3.513.147,58
18.805.135,40
51.465.526,80
423.611,12
222.395,83
646.006,95
2.378.331,46
5.228.239,63
47.913.472,04
35.276.188,58
83.189.660,62
371.278.869,26
867.850.878,71
7.590.235,75
5.210.922,55
12.801.158,30
59.929.788,85
136.001.907,51
235.205,96
123.483,12
358.689,08
1.595.904,18
3.935.086,25
2.973.251,51
2.078.102,80
5.051.354,31
22.757.757,13
50.537.742,94
Municípios
77.641.936,94
58.279.827,03
135.921.763,97
611.314.218,74
1.420.865.925,68
Fundo Especial
16.823.273,37
12.426.076,50
29.249.349,87
131.228.173,48
308.388.081,48
Com.Marinha
33.646.546,76
24.852.153,03
58.498.699,79
262.456.347,18
616.776.163,25
-
49.131.980,40
49.131.980,40
221.778.345.95
519.135.851,26
202.729.238,67
198.162.754,69
400.891.993,36
1.807.946.155,99
4.222.181.695,93
Espírito Santo
Paraná
Rio de Janeiro
Rio G. Norte
São Paulo
Sergipe
Min.C.Tecnologia
TOTAL
Fonte: ANP
AEPET - 48
Royalties
Crédito em 21/06/2004; Competência: Abril/04.
Valor (R$)
Beneficiários
Royalties
excedentes a
5%
Royalties de
5%
Acumulado
Total
No ano
Nos últimos 12
meses
Estados
69.507.034,12
49.763.353,58
119.270.387,70
700.439.458,34
1.375.839.639,15
Alagoas
1.283.131,35
773.486,39
2.056.617,74
12.797.893,88
24.224.674,68
Amazonas
4.861.976,07
3.619.585,00
8.481.561,07
48.921.683,45
90.930.206,42
Bahia
5.716.458,65
3.741.984,47
9.458.443,12
57.557.491,94
113.782.311,79
Ceará
644.093,73
393.477,50
1.037.571,23
6.180.408,25
12.735.874,92
2.037.823,58
1.426.685,59
3.464.509,17
22.269.644,57
50.796.860,51
340.892,04
178.968,32
519.860,36
2.898.191,82
5.748.099,99
43.760.746,93
32.189.370,35
75.950.117,28
447.228.986,54
879.130.245,00
7.899.336,71
5.401.533,90
13.300.870,61
73.230.659,46
139.603.215,86
196.215,71
103.013,24
299.228,95
1.895.133,13
3.898.367,39
2.766.359,35
1.935.248,82
4.701.608,17
27.459.365,30
51.674.259,59
Municípios
71.673.669,42
52.251.355,31
123.925.024,73
735.239.243,47
1.439.903.590,10
Fundo Especial
15.431.312,36
11.393.127,65
26.824.440,01
158.052.613,49
312.322.036,67
Com.Marinha
30.863.151,13
22.786.109,00
53.649.260,13
316.105.607,31
624.644.453,73
-
45.397.874,71
45.397.874,71
267.176.220,66
526.049.138,39
187.475.167,03
181.591.820,25
369.066.987,28
2.177.013.143,27
4.278.755.858,10
Espírito Santo
Paraná
Rio de Janeiro
Rio G. Norte
São Paulo
Sergipe
Min.C.Tecnologia
TOTAL
Fonte: ANP
AEPET - 49
Royalties
Crédito em 19/07/2004; Competência: Maio/04.
Valor (R$)
Beneficiários
Royalties
excedentes a
5%
Royalties de
5%
Acumulado
Total
No ano
Nos últimos 12
meses
Estados
82.857.213,47
59.384.658,97
142.241.872,44
842.681.330,78
1.413.394.939,66
Alagoas
1.467.780,27
887.289,40
2.355.069,67
15.152.963,55
24.805.040,41
Amazonas
5.966.369,87
4.443.143,14
10.409.513,01
59.331.196,46
95.429.411,88
Bahia
6.713.320,32
4.384.313,01
11.097.633,33
68.655.125,27
115.829.535,29
Ceará
634.079,74
426.258,83
1.060.338,57
7.240.746,82
12.725.379,65
3.017.174,73
2.112.437,11
5.129.611,84
27.399.256,41
51.342.823,58
423.850,50
222.521,51
646.372,01
3.544.563,83
6.209.541,88
51.864.211,86
38.152.253,34
90.016.465,20
537.245.451,74
901.891.127,89
9.105.351,62
6.226.821,84
15.332.173,46
88.562.832,92
144.709.819,61
248.297,49
130.356,18
378.653,67
2.273.786,80
3.960.965,47
3.416.777,07
2.399.264,61
5.816.041,68
33.275.786,80
53.176.771,00
Municípios
85.527.558,83
62.388.196,42
147.915.755,25
882.154.998,72
1.478.548.999,91
Fundo Especial
18.427.407,40
13.608.600,46
32.036.007,86
190.088.621,35
320.432.879,39
Com.Marinha
36.854.814,82
27.217.200,94
64.072.015,76
380.177.623,07
640.866.139,20
-
54.199.552,81
54.199.552,81
321.375.773,47
540.162.432,12
223.666.994,52
216.798.209,60
440.465.204,12
2.617.478.347,39
4.393.402.390,34
Espírito Santo
Paraná
Rio de Janeiro
Rio G. Norte
São Paulo
Sergipe
Min.C.Tecnologia
TOTAL
Fonte: ANP
AEPET - 50
A Petrobrás na indústria
mundial de petróleo
• Primeira empresa de petróleo em tecnologia de águas
profundas em 92 e 2000. Só duas empresas conseguiram
esta façanha.
• Oitava empresa mais admirada do mundo no setor. (Fortune
- out./2000)
• Oitava empresa de petróleo com capacidade de refino em
1997 (PIW* - dez./98)
• Oitava empresa de petróleo em volume de produtos vendidos
(PIW - dez./2000)
• 12ª empresa de petróleo em 1999 (PIW - dez./2000)
• 15ª empresa de petróleo em ativos totais (PIW - dez./2000)
• 16ª empresa em produção de petróleo (PIW - dez./2000)
• 25ª em número de empregados (PIW - dez./2000)
* PIW - Petroleum Intelligency Weekly
AEPET - 51
Convênios com Universidades
INSTITUTO DE ENSINO
OBJETO
(DESDE)
Universidade Federal do Pará
Mestrado e Doutorado
1987
Univ. Federal de Ouro Preto
Mestrado em Geologia
1987
Univ. Federal do Rio de Janeiro
Ampla Cooperação
1988
Univ. Estadual de Campinas
Mestrado em Eng.de Petróleo
1987
Univ. Federal da Bahia
Mestrado e Doutorado Geofísica
1980
Pontifícia Universidade Católica
Ampla Cooperação
1986
Univ. Federal do Rio Grande do Sul
Estudos na Área de Estratigrafia
1990
Universidade de São Paulo
Ampla Cooperação
1992
Univ. Federal do Amazonas
Ampla Cooperação
1990
Fonte: SEREC
AEPET - 52
Variação das remunerações dos
segmentos da indústria petrolífera
(Percentual)
Segmento
Total
24 Nov1993
08 Dez1993
29 Nov1993
11 Jan1994
26 Jan1994
08 Fev1994
24 Fev1994
15 Mar1994
26 Mar1994
12 Abr1994
26 Abr1994
Petrobrás
100
17,50
16,50
17,30
11,50
14,76
17,20
20,53
19,25
18,19
20,06
491,12
Distribuidora
100
32,54
22,11
19,66
18,25
21,31
18,06
18,51
19,25
21,11
25,15
702,55
Produtor
de Álcool
100
18,50
17,45
17,00
25,32
22,00
23,52
19,50
19,25
18,47
21,12
628,81
Revendedores
100
24,89
20,41
16,77
18,32
24,97
18,02
19,50
19,25
18,60
21,64
629,98
Frete
100
15,83
16,59
18,10
18,32
24,97
18,00
19,50
19,25
18,23
21,12
529,39
FUP
100
11,51
17,90
16,66
37,16
16,95
23,03
16,25
19,50
17,87
27,30
630,93
Consumidor
100
18,19
17,49
17,11
16,23
16,50
18,42
19,50
19,25
18,47
21,79
536,16
Variação
Cambial
100
13,22
23,50
15,17
19,39
17,98
20,08
22,55
14,38
20,77
18,42
546,04
Fonte: DECOM/Petrobrás – Julho de 1994.
AEPET - 53
Comparação entre as Estruturas de Preços
de Gasolina no Brasil e nos EUA
(janeiro 2002)
Distribuição +
Revenda
Impostos
Refino
Óleo cru
Distribuição +
Revenda
7%
22,2%
30%
Álcool
19%
Impostos
53,6%
Óleo cru +
Refino
14,2%
44%
10%
Refinador
Fonte: Petrobrás/Abast.
Fonte: http://tonto.cia.doe.gov./gdu/
Brasil
EUA
US$/galão R$/litro R$/litro
Preço ao consumidor (bomba)
1,41
0,9_
1,62
Parcela do refinador
0,9_
0,58
0,23
AEPET - 54
AEPET - 55
A realidade da indústria mundial
de petróleo: fatos relevantes
•
•
•
•
•
•
Petróleo: Fonte esgotável de energia - próxima “safra”: 10 milhões
de anos
Reservas Mundiais: 1 trilhão/barris - produção mundial: 24 bilhões
barris/ano
O mundo conta com reservas para mais 42 anos de produção, sem
novas descobertas
Modelo energético – mundo industrializado  Petróleo fonte de
energia mais significativa
Petróleo (óleo+gás): origem mais de 60% de energia consumida
pelos países indústrializados
Países industrializados maiores consumidores petróleo  não o
produzem/ excessiva dependência de importações
AEPET - 56
A realidade da indústria mundial
de petróleo: fatos relevantes(II)
•
•
Os 5 maiores (EUA, JAP, ALE, ITA, FRA) consomem 44% do petróleo
produzido no mundo (29 milhões barris/dia);
Dependência externa: Japão (99,7%), Alemanha (98%), França (97%),
Itália (95%), EUA (60%);
Brasil:
• Já conta com reservas próprias para 17 anos de consumo
e 30 anos de produção;
• Reservas ultrapassam as reservas do Reino Unido,
Canadá, Índia, Indonésia, Dubai e Oma, correspondendo
hoje à metade das reservas de toda Europa Ocidental;
• Produz mais petróleo que 12 dos 16 países produtores do
Oriente Médio e mais que 6 dos 16 países membros da
OPEP;
• Nos últimos 5 anos, único país do Ocidente a descobrir
mais petróleo do que consumiu.
AEPET - 57
Gráfico mostrando a produção
(mbd) x tempo (anos) baseada
nos dados de Campbell
AEPET - 58
A situação internacional
Técnicos independentes, quais
Deffeyes e outros, declaram que:
sejam,
Campbell,
Laherrère,
• A produção mundial de petróleo passa pelo seu máximo entre
2004 e 2010, ponto a partir do qual o preço do barril será sempre
crescente (mesmo sem guerra).
• Há poucas alternativas para substituição do petróleo, além do gás
natural, assim mesmo, por pouco tempo.
• Muitos dos estudos sobre o futuro do petróleo (EIA/DOE/USA,
IEA/OECD, World Oil Jornal, Oil & Gas Journal, BP Review, OPEP
e outros) não são confiáveis, devido aos dados fornecidos pelos
governos e empresas não serem confiáveis.
AEPET - 59
Reservas provadas de
petróleo 1999 (em 109 barris)
Arábia Saudita ............................................................
Iraque ..........................................................................
Emirados Árabes ........................................................
Kuwait .........................................................................
Irã ................................................................................
Venezuela ...................................................................
Rússia .........................................................................
México .........................................................................
Líbia .............................................................................
EUA ..............................................................................
Brasil ............................................................................
Noruega ................................................................... ....
250,0
111,8
96,4
95,7
93,2
70,7
46,3
41,0
28,9
20,7
17,1
11,3
AEPET - 60
Reservas mundiais provadas
de petróleo por país
Canadá
Estados Unidos
Brasil
México
Venezuela
1990
8,30
34,10
4,50
56,40
58,50
1991
7,90
33,80
4,80
51,30
59,10
1992
7,60
32,10
5,00
51,30
59,10
1993
7,40
31,00
5,00
50,90
63,30
1994
7,30
30,10
5,40
50,80
64,50
1995
6,90
29,90
6,20
49,80
64,50
1996
6,90
30,10
6,70
48,80
64,90
1997
6,80
30,00
7,10
40,00
71,70
1998
6,90
30,10
7,40
48,00
73,00
1999
6,80
28,60
8,20
28,40
72,60
2000
6,40
30,10
8,50
28,40
76,90
2001
6,50
30,00
8,50
26,90
77,70
2002
6,90
30,40
9,80
12,60
77,80
Fonte: ANP
AEPET - 61
Fusões no mundo do petróleo
• Repsol (Espanha) - YPF (Argentina)
• Eni SpA. (Itália) - Repsol YPF (Espanha)
• Total (França) - Fina (Bélgica)
• Totalfina (França) - Elf (França)
• Exxon (EUA) - Mobil (EUA)
• BP (Grã-Bretanha) - Amoco (EUA)
• BP Amoco (Grã-Bretanha) - Arco (EUA)
AEPET - 62
Petróleo/gás e política
internacional no século XXI
Primeira crise do petróleo
•
16/10/73: aumento de preços pela OPEP, para US$ 5,11/barril;
•
17/10: embargo parcial contra os EUA;
•
Arábia Saudita: adere ao embargo devido à aliança EUA/Israel;
•
Watergate;
•
Irã e Iraque aumentaram a produção;
•
Empresas redirecionaram os fluxos;
•
Preços (US$/barril): 1970 - 1,80; 1973 (dezembro) - 11,6;
•
1974: os primeiros acordos entre EUA, Israel e Egito;
AEPET - 63
Petróleo/gás e política
internacional no século XXI
Primeira crise do petróleo (cont.)
•
1974: fundação da Agência Internacional de Energia (OCDE);
•
Situação pós-embargo: a OPEP havia conquistado o completo
controle sobre seus próprios recursos;
•
Rendimentos da OPEP: US$ 23 bilhões (1972); US$ 140 bilhões
(1977);
•
Em 1974 a OPEP tinha um superávit financeiro de US$ 67 bilhões e
em 1978 um déficit de US$ 2 bi;
•
Crise em países industrializados: PIB dos EUA caiu 6% entre 1973 e
1975;
•
Nações industrializadas: política de conservação;
•
Novas províncias petrolíferas: Alaska, México e Mar do Norte.
AEPET - 64
Petróleo/gás e política
internacional no século XXI
O segundo choque do petróleo
• Fevereiro de 1979: Revolução Iraniana;
• Dez 1978 a Out 1979: OPEP ampliou a produção, mas ainda
restou um déficit de 2mm bpd;
• Déficit ampliado pela desorganização/pânico do mercado;
• Possibilidade de alastramento da Revolução Iraniana;
• As empresas: force majeure para não cumprir contratos;
• As empresas da OPEP também ampliam force majeure;
AEPET - 65
Petróleo/gás e política
internacional no século XXI
O segundo choque do petróleo (cont.)
• Só a Arábia Saudita cobra os preços fixados anteriormente;
• Em 1979 a produção da OPEP era 3mm de bpd, superior à de
1978, mas as compras inclusive para compor estoques tornavam
a oferta insuficiente;
• 22-09-1980: início da guerra entre Irã e Iraque – preços sobem;
• Países industrializadas: recessão; demanda cai;
• Produção do México, Inglaterra e Noruega ganha impulso;
• Outubro de 1981: fim da crise.
AEPET - 66
Geopolítica 2002-2003
• Uma mudança de regime na Arábia Saudita no
médio prazo já não seria mais impensável
ILSA renovado por mais 5 anos
– Reatamento EUA/Irã totalmente comprometido
Retrocesso na tendência de alívio das sanções contra Líbia
também fica prejudicada
• Golpe/contra-golpe em abril/02 e greve
política em dez/02 na Venezuela: o futuro
incerto de Chávez e a nova PDVSA
OPEP aumenta quotas de produção de 24,5
milhões de bpd para 25,4 milhões de bpd
AEPET - 67
Importação de petróleo da
OCDE – 1999 (barris/dia)
• OCDE total ..................... 21,9 milhões
EUA ............................... 9,9 milhões
Japão ............................ 5,5 milhões
Alemanha ...................... 2,5 milhões
França ........................... 1,8 milhões
Itália .............................. 1,8 milhões
AEPET - 68
É sempre o petróleo
Quanto aos EUA, a guerra é um
meio necessário para reaquecer
sua economia em recessão, reafirmar
seu poder no mundo e ampliar o
seu controle sobre as reservas
de petróleo e gás natural do
Mar Cáspio.
AEPET - 69
O interesse dos EUA
A presença dos EUA em mais este conflito não
é explicada por motivos nobres. Chechenos
e norte-americanos estão interessados em
afastar a Rússia das imensas jazidas de
petróleo do Mar Cáspio. A independência
da Chechênia tiraria das mãos de Moscou o
controle do principal oleoduto que sai da
região e abriria caminho para a exploração
dos campos de petróleo por empresas
americanas e inglesas.
AEPET - 70
A importância do Afeganistão
Nunca é demais registrar que é a posição
estratégica em relação aos demais países
da Ásia Central e do Oriente Médio que
levou os EUA e
a ex-URSS a uma acirrada disputa pelo
controle do Afeganistão. Diante da
ocupação do Exército Vermelho (em 1979),
a CIA norte-americana estimulou a criação
de grupos guerrilheiros que contam com o
apoio dos proprietários
de terra atingidos pela Reforma Agrária,
dos serviços secretos do Paquistão, da
OTAN, de Israel e
da Arábia Saudita.
AEPET - 71
A importância do Afeganistão(II)
Neste contexto, o Afeganistão seria uma
espécie de ponto de passagem
obrigatória de um oleoduto e de um
gasoduto que transportariam os
combustíveis a serem embarcados
rumo aos EUA e ao Extremo Oriente.
Mas há um imprevisto: o Talibã se
opõe a este brilhante plano da CIA e
os aliados de ontem se tornam
inimigos dos interesses dos EUA que
aguardam ansiosos a sua
concretização.
AEPET - 72
De onde surgiu o Bin Laden
Movidos pelo nacionalismo e pelo fervor religioso, mais
de 100 mil muçulmanos são envolvidos nesta “guerra
santa” que combate o exército soviético, a serviço dos
interesses dos EUA. É neste contexto que um dos
filhos da elite da Arábia Saudita – Osama bin
Ladem – se torna um estreito colaborador da CIA e
passa a integrar as fileiras do Partido Islâmico de
Gulbudin Hekmatiar.
AEPET - 73
A importância do petróleo iraquiano
•
Segunda maior reserva de petróleo do mundo: 112 Bbbl;
•
Atividade de exploração praticamente parada desde 1990: grande
potencial de novas descobertas;
•
Produção do Iraque estava prejudicada pela falta de peças de
reposição;
•
Companhias de petróleo da França, Rússia e China, entre outros
países, já tinham contratos assinados com o Iraque para manutenção
de campos de produção e para exploração, mas só poderiam ser
iniciados após o término das sanções da ONU;
•
Com a derrubada de Saddam Hussein, tais contratos poderão ser
contestados, o que explica a ambigüidade de alguns membros do
Conselho em relação à guerra;
•
As companhias americanas e inglesas não tinham nenhum contrato,
embora o Iraque tenha acenado com essa possibilidade (Shell
chegou iniciar conversações).
AEPET - 74
Iraque
• Histórico
– 1979 – Xá do Irã vai para o exílio e Komeini toma o poder – 2º
choque do petróleo.
• Saddam Hussein se torna Presidente do Iraque.
– 1980 – Iraque invade o Irã.
– 1986 – Contra-choque do petróleo.
– 1988 – Cessar-fogo na guerra Irã-Iraque.
– 1990 – Iraque invade o Kuwait.
• ONU impõe embargo às exportações do Iraque.
– 1995 – Criação do programa “Petróleo por Comida”.
– 2002 – Bush cria a doutrina da guerra preventiva, invade o
Afeganistão e prepara a “mudança de regime” no Iraque.
– 2003 – Estados Unidos e Inglaterra invadem o Iraque e derrubam
Saddam Hussein.
AEPET - 75
Petróleo é alvo dos EUA na
Colômbia (I)
Os Estados Unidos consomem
hoje cerca de 20 milhões de
barris de petróleo por dia;
quase 30% da produção
mundial. Importam pelo
menos a metade e não vão
ficar por aí. Nos próximos 20
anos, segundo o
Departamento americano de
Energia, a demanda do país
tende a aumentar em 25% ou
5 milhões de barris por dia.
Fonte: JB, em 03/03/02.
AEPET - 76
Petróleo é alvo dos EUA na
Colômbia (II)
“Estamos passando por
uma mudança fundamental em
nossa confiança com relação
ao petróleo importado do
Oriente Médio... Venezuela e
Colômbia estão
implementando novos
empreendimentos petrolíferos
e compõem
uma região de interesse
vital para os EUA”.
Fonte: Relatório Anual recente da Casa Branca
AEPET - 77
Petróleo é alvo dos EUA na
Colômbia (III)
Hoje, Venezuela , Equador e
Colômbia juntos vendem mais
óleo para os americanos do que
todo o Oriente Médio. “O
envolvimento militar dos EUA na
Colômbia é dirigido pelas
preocupações com o fluxo de
drogas ao país, mas também está
relacionado com a questão do
acesso ao petróleo da região... É
conseqüência direta da política de
diversificação dos fornecedores.
Fonte: Professor Michael Klare, do Inst. de Paz e Segurança Global, de Massachusetts
AEPET - 78
O caso da Argentina
Reservas de Petróleo
Produção de Petróleo
Relação
Reserva/Produção
Anos
Bilhões de Bls
Mil b/dia
Anos
1980
2,5
492,5
14
1981
2,4
497,2
13
1982
2,4
490,6
14
1983
2,5
490,7
14
1984
2,3
479,7
14
1985
2,3
459,7
14
1986
2,2
433,9
14
1987
2,2
428,4
14
1988
2,3
450,2
14
1989
2,2
460,3
13
1990
1,6
481,7
9
1991
1,7
493,2
9
1992
2,0
555,9
10
1993
2,2
593,6
10
1994
2,3
667,4
9
1995*
2,4
719,2
9
Nota (*): Os dados referentes ao ano de 1995 são preliminares
Fontes: Anuário Estatístico Argentino (1994) e OLADE - Estatísticas e Indicadores Econômicos Energéticos (1996)
AEPET - 79
Energia renovável – principais
entraves
• Domínio das corporações;
– Indústria do petróleo e automobilística.
• Custo/escala;
– Círculo vicioso.
• Aplicações restritas.
– Cultura global e integrada; desprezo pelo regional.
Um aparelho de videocassete custava US$ 2.500 em 1984.
AEPET - 80
Por que energia renovável?
• Combustíveis fósseis com previsão de
esgotamento (carvão, óleo, gás natural);
• Efeito estufa e alterações climáticas;
• Poluição do solo, águas superficiais e lençóis
freáticos;
• Modelo concentrado e injusto.
AEPET - 81
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Conjuntura Internacional do Petróleo