A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
COM CRIANÇAS DE 5ANOS
Adriana Rodrigues Gonçalves
Geyza Mara Siqueira
Thiago Palma Sanches
Orientador
Profª Ms Denise Rocha Pereira
Lins/ SP
2009
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A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
COM CRIANÇAS DE 5 ANOS
RESUMO
A música não precisa ser explicada, ela tem um fim em si mesma. Este artigo tem
por finalidade investigar se a música pode ser um instrumento de auxílio no
desenvolvimento infantil, em salas de pré-escolas. Procurou-se investigar a forma
como o professor vê e utiliza a musica com crianças de cinco e seis anos. A
metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica e análise qualitativa dos
questionários aplicados. Concluiu-se até o momento que a música pode ser
instrumento de auxílio no trabalho pedagógico, porém, não deve limitar sua ação
apenas como ferramenta de trabalho de outras áreas de conhecimento, pois ela fala
por si só e contribui para o desenvolvimento integral do ser.
Palavras-chave: Música. Infância. Educador. Aprendizagem.
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INTRODUÇÃO
A música é uma linguagem que comunica sensações, sentidos e passa por
organização de som e silêncio. Está presente nas mais diversas situações. A
afetividade a cognição e a estética são partes integrantes dela.
A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de
expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio
da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A
música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações:
festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas
etc. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, já na Grécia
antiga era considerada como fundamental para a formação dos futuros
cidadãos ao lado da matemática e da filosofia. (BRASIL, 1998, p. 45)
O presente artigo tem por finalidade investigar se a música pode ser um
instrumento de auxílio no desenvolvimento infantil, em salas regulares de préescolas.
Os objetivos propostos foram: investigar se o professor utiliza a música como
instrumento no desenvolvimento da criança de pré-escola de 5 a 6 anos; conhecer o
trabalho com a música desenvolvido em sala de Educação Infantil (pré-escola);
reconhecer as contribuições da música no desenvolvimento da criança e entender a
concepção que o professor tem a respeito da música.
A música é uma ferramenta que contribui para formação integral do ser
humano. Por meio dela a criança entra em contato com o mundo letrado e lúdico.
Ensinar utilizando-se da música, ajuda a criança a valorizar uma peça musical,
teatral, concertos, pois, dando a oportunidade do conhecimento dos vários gêneros
musicais ela tem a oportunidade de construir sua autonomia, criatividade, aquisição
de novos conhecimentos e criticidade.
A criança não é um ser estático, ela interage o tempo todo com o meio e a
música tem este caráter de provocar esta interação, pois, ela traz em si ideologias,
emoções, histórias que muitas vezes se identificam com as de quem as ouvem.
Contudo, percebe-se que em todo o ensino há necessidade de uma mudança
com relação à utilização da musica na Educação Infantil. Em algumas situações ela
é utilizada em fins de higiene, hora do lanche, comemorações cíclicas, em outras
situações a música nem aparece no planejamento como ela deveria ser explorada.
Um dos motivos alegados, pelo educador que não utiliza a música é não
possui
a formação em
musica. Contudo, é preciso salientar que música na
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Educação Infantil significa o trabalho com linguagem musical, exploração dos sons,
resgate cultural, repertório musical da infância, conhecimentos esses que não
necessitam formação específica (musical) do educador.
As atividades musicais realizadas na escola não visam a formação de
músicos, e sim, através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar
a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a
cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser.
A pesquisa foi exploratória. Os procedimentos utilizados além da pesquisa
bibliográfica foram à análise qualitativa dos questionários aplicados com sete
professores da Educação Infantil (em andamento).
DESENVOLVIMENTO
A música está presente na vida do ser humano desde os tempos mais
remotos. A presença dela é incontestável; há relatos na história que fundamentam
este pensamento. Quando estudamos sobre a história de povos antigos como
Grécia, Israel, Roma e outros, vemos a presença da música em festas e rituais de
todos os tipos, como por exemplo: nascimentos, mortes, casamentos, recuperação
de doenças e fertilidade e também a encontramos em momentos de louvor a líderes
e em procissões reais.
[...] A música é uma das mais antigas e valiosas formas de expressão da
humanidade e está sempre presente na vida das pessoas. Antes de Cristo,
na Índia, China, Egito e Grécia já existia uma rica tradição musical. Na
Antiguidade, filósofos gregos consideravam a música como uma dádiva
divina para o homem [. .] (FERNANDES, 2009, s.n.)
Podemos também salientar a presença da música antes da formação do
homem, pois nos relatos bíblicos encontramos a presença dela sendo realizada por
anjos que segundo o livro de Apocalipse fazem isto incessantemente diante de um
trono onde está assentado O Deus Todo Poderoso. ( Apoc.7:11,12)
Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais, Cardiologistas, além dos profissionais
da Educação, já entenderam e reconhecem que a música é um instrumento que
deve ser utilizado em tratamentos terapêuticos, pois os efeitos de seu uso são
fundamentalmente sentidos pelos pacientes/clientes.
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A criança entra em contato com os sons antes mesmo de seu nascimento,
desde o momento da concepção ela já é exposta aos sons intra-uterinos, a voz
materna também constitui material sonoro especial e referência afetiva para ela, daí
a certeza de que a música está presente desde antes do nascimento até a hora da
morte do ser humano. Os bebês e as crianças interagem permanentemente com o
ambiente sonoro que o envolve e com a música, já que ouvir, cantar e dançar são
atividades presentes na vida de quase todos os seres humanos, ainda que de
diferentes maneiras.
Podemos dizer que o processo de musicalização dos bebês e crianças
começa espontaneamente, de forma intuitiva, por meio do contato com toda a
variedade de sons do cotidiano, incluindo aí a presença da música defende que:
As cantigas de ninar, as canções de roda, as parlendas e todo tipo de jogo
musical têm grande importância, pois é por meio das interações que se
estabelecem que os bebês desenvolvem um repertório que lhes permitirá
comunicar-se pelos sons; os momentos de troca e comunicação sonoromusicais favorecem o desenvolvimento afetivo e cognitivo, bem como a
criação de vínculo fortes tanto com os adultos quanto com a música.
(BRITO, 1998, p.49)
A influência da música no comportamento humano é tão real ao ponto de
marcar momentos históricos, a explosão do Rock na década de 60.
Outros fatos relevantes que aconteceram na história de nosso país fizeram
com que autores e compositores, hoje reconhecidos mundialmente, fizessem uso da
arte, modalidade em que a música está inserida, utilizassem-na como forma de
protesto, o que resultou no exílio de muitos. Vemos então a influência que a música
exerce no interior do ser humano tanto para melhoria de sua saúde, comportamento
e conscientização quanto para sua decadência.
Estudos revelam que pessoas portadoras de arritmias cardíacas após contato
com música clássica apresentaram melhoras substanciais em sua deficiência.
Luciano Bernardi, pesquisador de medicina interna da universidade Pavia, na
Itália, afirma que a música pode induzir mudanças no sistema cardiovascular.
“Não é apenas a emoção que cria as mudanças cardiovasculares, mas este
estudo sugere que também que o oposto pode ser possível, que as
mudanças cardiovasculares podem ser a base para as emoções de forma
bidirecional, relata Bernardi”.
O estudo publicado no journal of the American Heart Association, foi feito
com 24 participantes, sendo 12 cantores experientes e 12 pessoas que não
possuíam qialquer treinamento musical. Além disso, todas as pessoas tinham
idades, etnias e educações parecidas, uma vez que a diferenciação desses
fatores poderia gerar respostas diferentes.
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Cinco faixas de música clássica e dois minutos de silêncio foram
apresentados às pessoas, que estavam sendo analisadas com
eletrocardiogramas e monitores para que fossem medidos itens como
pressão do sangue, fluxo arterial cerebral e respiratório e estreitamento dos
vasos sanguíneos na pele.
Os resultados foram interessantes. Os pesquisadores da Universidade Pávia
descobriram que conforme aconteciam os crescendos um aumento gradual
do volume e intensidade nas músicas, os vasos sanguíneos das pessoas se
estreitavam, a pressão sanguínea subia, os batimentos cardíacos ganhavam
velocidade e amplitude da respiração aumentava. Em cada faixa de música a
porção do efeito foi proporcional à mudança no perfil musical. Quando
aconteciam os decrescendos ou as pausas de dois minutos em silêncio, o
corpo das pessoas relaxava, e todos os índices que haviam crescido,
diminuíam. ( DAUER, 2009, s.n.)
Estes fatos levam a pensar sobre a necessidade de trabalhar a música desde
os primeiros dias de vida, principalmente na educação, levando em conta que a
educação se dá não somente no âmbito escolar, mas em todos os ambientes em
que a criança está inserida.
A partir do momento em que a criança entra em contato com a música, seus
conhecimentos se tornam mais amplos e este contato vai envolver também o
aumento de sua sensibilidade e fazê-la descobrir o mundo a sua volta de forma
prazerosa. Seus relacionamentos sociais serão marcados através deste contato e
sua cidadania será trabalhada através dos conceitos que inevitavelmente são
passados através das letras das canções.
Apresentar e dar oportunidade à criança de conhecer os vários ritmos e
gêneros musicais trará a esta criança a possibilidade de tornar-se um ser critico
capaz de comunicar-se por meio da diversidade musical. A musica também pode ser
usada na Educação Infantil com crianças de 5 a 6 anos em contribuição para o
processo ensino-aprendizagem. Utilizando seus vários níveis de alcance desde a
socialização até o gosto musical da criança.
A musica vem ainda contribuir para a formação do individuo como todo. Por
meio da musica, a criança entrará em contato com o mundo letrado e lúdico.
Observa-se sua importância como valioso instrumento, o qual deverá ser trabalhado
e estimulado provocando no educando possibilidades de criar, aprender e expor
suas potencialidades.
A musica na educação pode envolver outras áreas de conhecimento. Na
matemática a música também esteve presente: quando marcamos um ritmo, temos
que saber quantidade para tocarmos. Além disso, há varias letras de músicas que
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nos ajudaram a facilitar a aprendizagem de números, quantidade, classificação e
seriação.
Entretanto, deve ser utilizada de forma contextualizada, desde que não perca
o trabalho da música com fins em si mesma.
Facilitando o processo ensino-aprendizagem, e também favorece a criança de
Educação Infantil de 5 e 6 anos, ensinando-a a
apreciar o valor de uma peça
musical, despertando na criança o gosto pela musica, aquisição de novos
conhecimentos, concentração, autonomia, criticidade, sendo um importante
instrumento didático.
Trabalhar usando a musica como ferramenta de apoio é com certeza
estimulante, principalmente por ela dar condições de observar a percepção musical
das crianças e a sua melhora na sensibilidade, no raciocínio e em sua expressão
corporal.
Quando questionados sobre a música como instrumento pedagógico os
professores responderam que acham importantes a utilização da mesma pelo fato
de trazer contribuições nas disciplinas curriculares: Linguagem oral e escrita,
Matemática, Natureza e Sociedade, Artes, Educação Física, o brincar e ainda
estreita os laços de amizade.
Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, volume 3 Conhecimento de mundo que apresenta o eixo música, destaca que linguagem
musical tem estrutura e características próprias, devendo ser considerada como:
produção, apreciação e reflexão.
Em relação às atividades com a música (como linguagem própria) há muitas
possibilidades: exploração do conceito de som e silêncio - com brincadeiras de
estátua; produção de vários tipos de sons com o corpo - arrastando os pés, batendo
as mãos nas diferentes partes do corpo, etc;
estímulo ao desenvolvimento da
linguagem falada por meio de de canções que utilizam a linguagem gestual;
incentivo à composição pelas crianças de uma melodia- a partir de uma letra criada
pelo grupo; Incentivo à criatividade, concentração e memória pela imitação de sons
criados pelos colegas; a utilização de brinquedos de diferentes texturas, formas e
tamanhos que produzam sons diferentes: estímulos auditivos, visuais e motores por
meio de canções interpretadas com gestos; movimentos rítmicos, explorando todo o
esquema corporal e acompanhamento das músicas com palmas ou percutindo
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algum objeto ao pulso da melodia; trabalho da percepção da pulsação com
movimentos corporais com os braços, mãos, pernas, pés, cabeça e tronco.
Em qualquer ambiente que a criança esteja exposta deverá ser estimulada a
prestar atenção aos sons que com certeza estão acontecendo e se possível
identificá-los relacionando-os e nomeando-os.
Quando trabalha-se a música com a criança de 5ª 6 anos é importante
lembrar que as estratégias adequadas não seja somente fazer com que ela
escute música clássica, ou tenha qualquer habilidade motora em executar
técnica em algum instrumento, mas sim estabelecer a relação de diversos
sons e a qualidade de ser agradáveis ou desagradáveis. (MARSICO, 1982,
p. 77)
Elencando outras
possibilidades para um trabalho de linguagem musical
podemos destacar: estímulo ao desenvolvimento do instinto rítmico (com ordens
para andar, correr, rolar, balançar); marcação da pulsação com palmas e com os
pés, dramatizações simples como imitação de animais (seus movimentos e sons);
relacionamento do pulso musical à pulsação do coração, fazendo a criança ouvir o
coração do amigo, em repouso e depois de correr; apresentação de canções que
sugiram movimentos de acordo com a pulsação da música.
Ainda no trabalho de desenvolvimento do
execução de
ritmo podemos destacar
a
tarefas que marquem o ritmo: quatro batidas no tambor a cada
compasso é para correr, quando bater duas vezes para andar; noções de pulsação
e andamento (rápido/lento) - cantando uma música, dançando e batucando nos
instrumentos no andamento solicitado.
No que diz respeito ao trabalho com a exploração das características do som
e propriedades da música o educador pode
utilizar-se de canções que façam
referência aos diferentes instrumentos musicais e vozes de animais, evidenciando o
timbre. No trabalho com a duração (curtos e longos) pode apresentar brincadeiras
de identificação de duração, com execução de determinados programas de acordo
com o som produzido. Em se tratando do trabalho com instrumentos musicais a
sucata é uma boa alternativa para confeccioná-los.
A apreciação e interpretação musical utilizando diferentes estilos musicais
demonstram que as crianças podem
aprender a ouvir e
comunicar
seus
sentimentos (alegria, tristeza, tensão, amor, amizade, respeito, carinho), afinal, a
música alimenta a alma e eleva o espírito.
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Todas as possibilidades acima elencadas comprovam que é possível
desenvolver um trabalho com a música, ainda que os educadores não tenham
formação específica em música.
Os questionários respondidos pelos educadores revelam que não há
planejamento de atividades que envolvam as propriedades dos sons: altura, timbre,
duração e intensidade.
Todas as atividades citadas à cima podem ser utilizadas na Educação Infantil,
porém, percebe-se
que os educadores questionados realizam atividades com
música para cumprir outras funções que não o trabalho com essa linguagem por si
mesma, como por exemplo, na hora do lanche, datas comemorativas, para passar
novos conceitos e aumento de vocabulário.
Ainda que esses procedimentos venham sendo repensados, muitas
instituições encontram dificuldades para integrar a linguagem musical ao
contexto educacional. Contata-se uma defasagem entre o trabalho
realizado na área da música e nas demais áreas do conhecimento,
evidenciada pela realização de atividades de reprodução e imitação em
detrimento de atividades voltadas á criação e á elaboração musical.
Nesses contextos, a música é tratada como se fosse um produto pronto,
que se aprende a reproduzir, e não uma linguagem cujo conhecimento
constrói. (BRASIL, 1998, p. 47)
Uma das questões fundamentais a ser abordada com as crianças é o que
vem a ser a música. A música é a linguagem que organiza som e silêncio, este deve
ser o primeiro conceito para elas sobre música. Som é tudo o que soa e tem
movimento, estamos cercados por estas expressões o tempo todo.
No princípio, podemos supor, era o silêncio. Havia silêncio porque não
havia movimento e, portanto, nenhuma vibração podia agitar o ar – um
fenômeno de fundamental importância na produção do som. A criação do
mundo, seja qual for a forma que ocorreu, deve ter sido acompanhada de
movimento e, portanto, de som. ( O.KARÓLY APUD BRITO, 1990, p.5)
Não tem sentido, por exemplo, forçar a criança a entender, teoricamente, que
a música acontece no tempo e no espaço. Ela vai tomar consciência da linguagem
musical se conseguir ouvir e diferenciar sons, ritmos e culturas, saber que um som
pode ser grave ou agudo, curto ou longo, forte ou suave.
Nas respostas dadas pelos professores em relação às atividades diárias que
utilizam a música, nenhum respondeu sobre a exploração dos sons, seja do corpo,
dos objetos e escuta dos ambientes, como estratégia de exploração para o trabalho
com a linguagem musical.
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Compreender a música como linguagem e forma de conhecimento, leva a ver
a criança não como um ser estático e sim como alguém que interage o tempo todo
com o meio, organizando suas idéias e pensamentos.
Os primeiros anos de aprendizagem são propícios para que a criança comece
a entender o que é linguagem musical, aprenda a ouvir sons e a reconhecer
diferenças entre eles. Todo o trabalho a ser desenvolvido na educação infantil com
crianças de 5 a 6 anos deve buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe
uma identificação natural da criança com a música. A atividade deve estar muito
ligada à descoberta e a criatividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho objetivou contribuir para o desvelamento da visão dos
professores sobre como a música é utilizada, ou melhor, como ela vem deixando de
ser utilizada na Educação Infantil. Evidenciamos que apesar de todos os professores
questionados entenderem sua importância,
ainda não conseguem adequá-la ao
contexto curricular.
Percebe-se que a utilização da música ainda está atrelada a datas
comemorativas, higiene, memorização de conteúdos, transmitir conceitos, fugindo
da proposta apresentada pelos Referenciais Curriculares Nacionais para Educação
Infantil, que é fazer, apreciar e refletir sobre a música. Sabe-se que a música tem
uma ligação direta com outras linguagens expressivas da infância: movimento,
expressão cênica, artes visuais e realização de projetos, entretanto não se pode
deixar de lado o trabalho com a especificidade da música (RCNEI, 1998, p.49).
O professor que compreende a música como linguagem e
a utiliza de
maneira adequada, tem nela um importante aliado para o desenvolvimento infantil.
Poucos professores trabalham a questão da exploração dos sons: do corpo,
dos objetos, não referenciam as propriedades da música e
não conseguem
enxergar esses aspectos como um trabalho essencial dentro da linguagem musical.
Ainda possuem a visão de que é preciso formação específica em música, não
ousam na maneira de trabalhar. O educador deve se ver como um pesquisador e se
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permitir vivenciar experiências diversas que com certeza contribuirão para a sua
prática estendidas aos educandos.
Esta pesquisa está em andamento (pesquisa monográfica) e sua seqüência
contará com uma abordagem de questões diferentes da que se utilizaram neste
momento. Este trabalho não tem pretensão de fechar este assusto e sim dar sua
contribuição para um tema tão amplo que é a música.
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THE MUSIC IMPORTANCE IN THE INFANTILE EDUCATION
WITH CHILDREN OF 5 YEARS
ABSTRACT
Music doesn’t need to be explaned, it has a purpose by itself. This article has as
purpose to investigate if the music can be an instrument to help in the infantile
development on primary school classes. It looked for the way that the teacher see
and uses the music with children of five to six years old. The used methodology was
the bibliography research and the qualitative analysis of the questionnaires made. It
concludes until this moment that the music can be an instrument of aid in the
pedagogic work, but its use should not be limited just as a work tool of other
knowledge areas because the music says by itself and it contributes for the complete
human being development.
Word-key: Music. Infancy. Educator and Learning.
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REFERÊNCIAS
BRITO, Teca de Alencar, Música na Educação Infantil. 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil -.
Conhecimento de Mundo. Brasília, MEC/SEF 1998.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental.
Nacionais – Arte. Brasília, MEC/SEF, 1997.
Parâmetros
Curriculares
DAUER, Stella, Estudo mostra que variações musicais podem influenciar o
corpo humano, 2009. Disponivel em:<http://br.noticias.yahoo.com/ s/25062009/ 7/
tecnologia-negocios-estudo-mostra-variacoes-musicais.html>. Acesso em 5/06/2009.
EVANS, David; WILLIANS Claudete. Som e Música. São Paulo, Ática,1995.
FERNANDES, Valéria da Silva Roque. A música como meio de desenvolver a
inteligência e a integração do ser. Disponível em http://br.noticias.yahoo.com/
25/08/2009 tecnologia-negocios-estudo-desenvolve-inteligência-e-integração.html>.
Acesso em 25/08/2009.
MARSICO, Leda Osório. A criança e a Música. Rio de Janeiro, Globo, 1982.
MIGNORE, Francisco. Biblioteca Educação e Cultura-música. Rio de Janeiro,
Bloch: Fename, 1980.
PRADO, Ricardo e SALLES, Juliana da Mota. Revista do ensino fundamental
Nova Escola. São Paulo, Abril, n.122 p.16-20, Maio. 1999.
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Autores
Adriana Rodrigues Gonçalves – Graduanda em Pedagogia
[email protected] Fone: (14)3587-1390 cel. 9739-0004
Geyza Mara Siqueira – Graduanda em Pedagogia
[email protected] Fone: (14) 3523-1463 cel. 91279505
Thiago Palma Sanches – Graduando em Pedagogia
[email protected] Fone: (14) 3522-4645 cel. 9772-8483
Orientador
Profª Ms Denise Rocha Pereira
[email protected]
Fone: 14 3523 4148
Mestre em Educação – Área de Concentração – Ensino na Educação Brasileira –
(UNESP Campus de Marília)
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