TOPOGRAFIA
Profa Lia Pimentel
Prof. João Verde
Diferença entre Cartografia e Topografia:
• A Topografia é muitas vezes confundida com a
Cartografia ou Geodésia pois se utilizam dos mesmos
equipamentos e praticamente dos mesmos métodos
para o mapeamento da superfície terrestre.
Porém, enquanto a Topografia tem por finalidade
mapear uma pequena porção daquela superfície (área
de raio até 30km), a Cartografia, tem por finalidade,
mapear grandes porções desta mesma superfície,
levando em consideração as deformações devido à sua
esfericidade. Portanto, pode-se afirmar que a
Topografia, menos complexa e restrita, é apenas um
capítulo da Geodésia, ciência muito mais abrangente.
Representação do Terreno
• Planimetria e Altimetria
•
A Planimetria estuda os métodos e procedimentos
que serão utilizados na representação do terreno.
Adotando-se uma escala adequada, todos os pontos de
interesse são projetados ortogonalmente sobre um
plano (plano horizontal de referência), sem a
preocupação com o relevo.
•
A Altimetria estuda os métodos e procedimentos
que levam a representação do relevo. Para tal, é
necessário medir apropriadamente o terreno, calcular as
alturas (cotas ou altitudes) dos pontos de interesse e
representá-los em planta mediante uma convenção
altimétrica adequada
Pontos Cotados
• É a forma mais simples de representação;
• Conjunto de pontos com valores de cota ou altitude
representam a
• superfície de uma determinada porção da Terra;
• São representados os pontos referentes aos
principais acidentes do relevo:
• cruzamentos de vias, picos de morros, fundos de
vale, etc.;
• Constitui o elemento básico para o traçado das
curvas de nível através de
• métodos de interpolação.
Pontos Cotados
Perfil Topográfico
•
•
•
•
•
•
Perfis transversais: são cortes verticais do terreno ao longo de uma
determinada linha;
Um perfil transversal é obtido a partir da interseção de um plano
vertical
com o terreno;
É de grande utilidade em engenharia, principalmente no estudo do
traçado
de estradas;
Perfil Topográfico
¾ Durante a representação de um perfil, costuma-se
empregar escalas diferentes para os eixos X e Y,
buscando enfatizar o desnível entre os pontos, uma
vez que a variação em Y (cota ou altitude) é menor;
¾ Por exemplo, pode-se utilizar uma escala de 1:100
em X e 1:10 em Y.
Perfil Topográfico
• Caso as distâncias verticais apresentem
valores próximos das distâncias horizontais
poderá ser usada, no desenho do perfil, uma
escala apenas;
• De uma maneira geral, objetiva-se com esses
procedimentos acentuar as formas do relevo do
terreno, permitindo uma melhor análise e maior
precisão dos dados a serem determinados.
Representação por curvas de
nível:
• Curvas de nível são
curvas planas que unem
pontos de mesma cota ou
altitude;
• Representam a projeção
ortogonal da intersecção
da superfície física
considerada com planos
paralelos e eqüidistantes
ao plano de comparação.
a = eqüidistância deve ser
adequada à escala planimétrica
Curvas de Nível
• A distância vertical que separa duas seções horizontais
consecutivas deve ser constante e denomina-se
eqüidistância numérica ou simplesmente eqüidistância
entre curvas de nível.
• A eqüidistância vertical depende do rigor que a finalidade
exige;
• Quanto menor o seu valor, melhor será a representação do
terreno (maiores detalhes do terreno);
• Para trabalhos que exijam maior precisão (por exemplo
distribuição de água), as curvas são determinadas de
0,50 em 0,50 metros.
Curvas de Nível
Para cada escala gráfica adota-se uma distancia
entre curvas de nível
Curvas de Nível
As curvas de nível podem ser classificadas em curvas
mestras ou principais e secundárias;
• As mestras são representadas com traços diferentes das
demais (mais espessos, por exemplo), sendo todas
numeradas;
• As curvas secundárias complementam as informações.
A cor das curvas de nível é padronizada – mostarda (sépia)
Características das curvas de nível:
• Curvas de nível são
sempre lisas
• Toda curva de nível
fecha-se sobre si mesma,
dentro ou fora dos limites
do papel;
• Duas curvas de nível
jamais se cruzarão;
100
80
Representação por curvas de
nível:
• Várias curvas de nível podem chegar a ser
tangentes entre si; trata-se do caso do terreno em
rocha viva;
Cota 100 m
Cota 50 m
Perfil do terreno
Representação por curvas de
nível:
• Uma curva de nível não pode bifurcar-se;
40 m
20 m
Representação por curvas de
nível:
• terrenos acidentados
as curvas de nível
encontram-se mais
próximas uma das
outras.
Representação por curvas de
nível:
• Terrenos planos
apresentam curvas
de nível mais
espaçadas.
Traçado das curvas de nível
• Quadriculação
– Quadricular o terreno com piquetes
– Medir o nível em cada ponto
– No escritório – desenho em escala – interpolação das
cotas e traçado das curvas de nível.
• Irradiação Taqueométrica
– Medidas de nível feitas por irradiação em poligonais
definidas (uso de teodolito ou nível)
– No escritório – desenho em escala – interpolação das
cotas e traçado das curvas de nível.
Interpolação
Exercício
Resultado
Classificação do Terreno
Classificação
Relevo
Plano
Desníveis proximos de zero
Ondulado
Desníveis ≤ 20 m
Movimentado
Elevações entre 20 e 50 m
Acidentado
Elevações entre 50 e 100 m
Montuoso
Elevações entre 100 e 1000 m
Montonhoso
Elevações superiores a 1000 m
Modelado Terrestre
•
Para uma melhor compreensão destas regras, é conveniente realizar um ligeiro
estudo de como se processa a modificação da crosta terrestre ao longo do
tempo pela ação contínua de agentes externos através da erosão, do
transporte de materiais e da sedimentação dos mesmos. São os fatores
climáticos e biológicos que intervêem diretamente na erosão. Entre os fatores
climáticos se destacam as correntes de água (superficiais e subterrâneas), o
mar, o frio intenso em algumas regiões do planeta, o vento que transporta as
partículas arenosas, etc. Entre os fatores biológicos, que modificam o aspecto
da superfície terrestre, observa-se fundamentalmente a ação do homem, assim
como as plantas e animais. De todos, os cursos d’água são o principal agente
externo modificador. Por isso, o interesse em estudar a forma com que este
processo vem ocorrendo.
Definições Geográficas
• CONTRAFORTE - são saliências do terreno que
se destacam da serra principal (cordilheira)
formando os vales secundários ou laterais.
Destes partem ramificações ou saliências
denominadas espigões e a eles correspondem
os vales terciários.
• Cume: cimo ou crista, é a ponto mais elevado
de uma montanha.
• Linha de Aguada: ou talvegue, é a linha
representativa do fundo dos rios, córregos ou
cursos d’água.
Definições Geográficas
• Linha de Crista: cumeada ou divisor de águas, é a linha
que une os pontos mais altos de uma elevação dividindo
as águas da chuva.
• Serra: cadeia de montanhas de forma muito alongada
donde partem os contrafortes.
• Vertente: flanco, encosta ou escarpa, é a superfície
inclinada que vem do cimo até a base das montanhas.
Pode ser à esquerda ou à direita de um vale, ou seja, a
que fica à mão esquerda e direita respectivamente do
observador colocado de frente para a foz do curso
d’água. As vertentes, por sua vez, não são superfícies
planas, mas sulcadas de depressões que formam os
vales secundários.
•
As Curvas de Nível e os
Principais Acidentes
Geográficos Naturais
Depressão e Elevação: são superfícies
nas quais as curvas de nível de maior
valor envolvem as de menor no caso das
depressões e vice-versa para as
elevações.
Espigão
• constitui-se numa elevação alongada que
tem sua origem em um contraforte.
Talvegue ou Linha de drenagem
intermitente
• linha de encontro de
duas vertentes
opostas (pela base) e
segundo a qual as
águas tendem a se
acumular formando
os rios ou cursos
d’água.
Vale
• superfície côncava
formada pela reunião
de duas vertentes
opostas (pela base).
Podem ser de fundo
côncavo, de fundo de
ravina ou de fundo
chato. Neste, as
curvas de nível de
maior valor envolvem
as de menor.
Divisor de águas
• linha formada pelo
encontro de duas
vertentes opostas
(pelos cumes) e
segundo a qual as
águas se dividem
para uma e outra
destas vertentes
Dorso
• superfície convexa formada pela reunião de duas
vertentes opostas (pelos cumes).
• Podem ser alongados, planos ou arredondados.
• Neste, as curvas de nível de menor valor envolvem
as de maior.
1°Trabalho – “Leitura e Interpretação
de Cartas”,
• separação em pranchas diferentes das informações
contidas nas Cartas na escala 1:50.000, como:
hidrografia,
relevo,
vegetação,
fatores antrópicos (intervenção do homem).
Trabalho – separação em 4 cartas (papel vegetal A3),
cópia da carta tamanho A2 e maquete (vidro A4).
Relatório de Interpretação das Cartas (impresso em papel
A4)
Relatório
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Hidrografia x Relevo
Hidrografia x vegetação
Hidrografia x Fatores antrópicos
Relevo x Vegetação
Relevo x Fatores antrópicos
Vegetação x Fatores antrópicos
Maquete
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