VI JORNADA DE ENSINO DE GEOGRAFIA: ENSINO DE
GEOGRAFIA E AS DIVERSIDADES ÉTINICAS / II MOSTRA DO
PIBID GEOGRAFIA UENP. 25 e 26 de Novembro de 2014.
Cornélio Procópio – Pr. UENP
RESULTADO FINAL DAS AULAS PILOTOS REALIZADAS PELO
SUBPROJETO PIBID DE GEOGRAFIA DA UENP NO COLÉGIO ESTADUAL
MONTEIRO LOBATO – CORNÉLIO PROCÓPIO - PR
Jhenyffer Pedrosa de Oliveira 1
Olga Isabel Rosa 2
Patrícia Aparecida Rodrigues3
Ricardo Aparecido Campos 4
RESUMO
Este trabalho é parte integrante do Programa Institucional de Bolsas a Iniciação a
Docência - PIBID, que promove incentivos aos alunos para melhorar sua
formação, sendo de suma importância em observações, práticas e trocas de
experiências e reflexões de textos, proporcionando ao acadêmico frequentador
desse programa uma melhor dinamização e formação acadêmica. Será discutida
nesse trabalho a técnica de aula expositiva, prática adotada por muitos
professores, e que mesmo sendo considerada tradicional, verbalista, e autoritária,
com o uso da dialógica e problemática poderá ser tornar uma atividade dinâmica,
participativa estimulando assim a criticidade do aluno. Também abordaremos o os
resultados obtidos a partir das aulas pilotos, realizadas no Colégio Estadual
Monteiro Lobato, no ensino fundamental na turma do 7º ano A, do período
matutino. Metodologicamente o trabalho foi realizado através de pesquisas
bibliográficas e em experiências vivenciadas em sala de aula e no subprojeto
PIBID.
Palavras chaves: Aula expositiva. Aula Piloto. PIBID. Resultados.
Discente, Bolsista PIBID do Subprojeto: Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná.
Email: [email protected]
2
Discente, Bolsista PIBID do Subprojeto: Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná.
Email: [email protected]
3
Discente, Bolsista PIBID do Subprojeto: Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná.
Email: [email protected]
4
Docente, Coordenador de Área PIBID, Subprojeto: Geografia da Universidade Estadual de
Londrina. Email: [email protected]
1
VI JORNADA DE ENSINO DE GEOGRAFIA: ENSINO DE
GEOGRAFIA E AS DIVERSIDADES ÉTINICAS / II MOSTRA DO
PIBID GEOGRAFIA UENP. 25 e 26 de Novembro de 2014.
Cornélio Procópio – Pr. UENP
INTRODUÇÃO
No subprojeto PIBID de Geografia da Universidade Estadual do Norte do
Paraná, constantemente se discute o papel do professor no processo de ensinoaprendizagem, principalmente no que tange a sua responsabilidade em ser um
facilitador nesse processo, assim, como um instigador no sentido de orientar seus
alunos na construção de novos saberes. Pois, atualmente as informações estão
largamente difundidas e facilmente acessíveis, porém tendem a reprodução de
conhecimentos e saberes. Sendo clara a importância do professor na
contextualização,
problematização,
desconstrução
e
consequentemente,
produção de conhecimentos.
Nesta perspectiva discutiremos a técnica de ensino da aula expositiva, que
foi utilizada por nós na aula piloto que se realizou no 7º ano A do Colégio Estadual
Monteiro Lobato, na cidade de Cornélio Procópio-PR, abordado o conteúdo
Bacias Hidrográficas e incrementando as aulas com o uso de uma maquete de
bacia hidrográfica e para a fixação do conteúdo aplicamos um jogo lúdico, a
“Caixa Surpresa”.
Na aula expositiva o professor é o foco principal do ensino, tendo o domínio
dos conteúdos a serem aplicados e os alunos coadjuvantes, portanto não tendo
participação crítica sobre estes conteúdos, mas cabe ao professor criativo
dinamizar essa técnica tornando-a mais atraente e instigando o pensamento
crítico do aluno. Este método de ensino passou a ser muito criticado,
principalmente pelos adeptos da Pedagogia Crítica, que vê o professor como um
mediador do conhecimento e não aquele que simplesmente transmite o conteúdo.
Como recurso didático fizemos uso de maquete que segundo Santos
(2009) “Por meio de uma maquete é possível ter o domínio visual de todo
conjunto espacial que é sua temática e por ser um modelo tridimensional,
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favorece a relação entre o que é observado no terreno e no mapa” o que facilitou
a compreensão do conteúdo pelos alunos por ser um recurso visual.
Ainda na realização da atividade lúdica, que teve como objetivo
proporcionar aos alunos aprendizagem de conteúdos científicos de forma
divertida, prazerosa e interativa. O jogo aplicado foi a “Caixa surpresa”, que
consiste em pequenas caixas com perguntas para que os alunos respondessem
como forma de estimulo à participação dos alunos foi realizada em forma de
competição.
Metodologicamente o trabalho foi realizado por meio de pesquisas
bibliográficas e experiências vivenciadas em sala de aula e no subprojeto PIBID.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Antes de entrar em sala de aula, o professor objetiva sua aula, planeja
cada ação, para torná-la instigante, criativa e que ao final dela ele se sinta
realizado. Cabe ao professor tirar a imagem fúnebre da aula, e para tanto,
segundo Sousa Neto (2008) o mesmo deve responder para si mesmo as
seguintes questões: a quem ensinar? O que ensinar? Quando ensinar? Como
ensinar?
A quem ensinar? Para responder a essa pergunta o professor necessita
conhecer sua clientela, devido à complexidade cultural, etária, social e política
que se faz presente em sala de aula. O que ensinar? O professor deve ter uma
formação sólida, ser pesquisador e crítico, caso contrário será refém do livro e do
currículo. Quando ensinar? Deve-se adequar o conteúdo com a idade do aluno.
Como ensinar? Leva-se em consideração que tipo de indivíduos se quer formar
como professores, indivíduos críticos ou submissos, destituídos de capacidade
critica? (SOUZA NETO, 2008).
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Para auxiliar na sua tarefa o professor conta com uma gama de técnicas
que dependem de alguns fatores, como: o espaço físico da escola; os materiais
didáticos adotados; os recursos disponíveis e a participação e aceitação da
direção escolar e do conselho pedagógico. Segundo Souza Neto (2008), as
técnicas de ensino devem ser consideradas como uma produção histórica,
cultural e social.
É histórica devido ao fato que a nossa própria história é uma história das
técnicas, é cultural pelo seu embasamento em cultos e ritos que traduzem o
cotidiano das múltiplas etnias espalhadas pelo mundo e é social porque é através
dela que nos relacionamos uns com os outros, sejam elas aceitas ou impostas
pela ou para a sociedade (SOUZA NETO, 2008).
Uma dessas técnicas é a aula expositiva, que segundo Lopes (2008) é o
método mais tradicional e antigo de ensino. Aplicado pelos jesuítas, através da
pedagogia da Contra Reforma, fundada por Santo Inácio de Loyola (1491-1558),
militar espanhol que pertencia a nobreza, porém decidiu abandonar tudo e se
dedicar a fazer caridade, ensinar e expandir a fé católica. Está pedagogia se
baseava em hierarquia rígida, obediência ao chefe, no caso o professor e sendo o
catequismo o instrumento educativo na formação cultural cristã (TERUYA, 2005).
Nesta técnica o professor é o foco principal do ensino, tendo o domínio dos
conteúdos a serem aplicados e os alunos coadjuvantes, portanto não tendo
participação crítica sobre estes conteúdos. Este método de ensino passou a ser
muito criticado, principalmente pelos adeptos da Pedagogia Crítica. De acordo
com eles, o professor tem o papel de mediador do conhecimento, atuaria como
uma ponte entre o aluno e o conhecimento (LOPES, 2008). Os alunos, na
Pedagogia Critica, são o centro do processo de ensino, usando de criticidade para
a interpretação e fixação dos conteúdos abordados. Está é, portanto, a principal
critica a esse método de ensino.
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Nessa visão bancária de educação, são negadas as criatividades e a
transformação, pois o educador é aquele que possui os saberes
considerados universais, imutáveis e fixos e o educando não possui
esses saberes, por isso deve receber, memorizar e repetir (TERUYA,
2005).
Mesmo sendo muito criticado, esse método continua sendo o mais utilizado
e preferido entre os professores e alunos, de acordo com as observações que
foram realizadas na escola. Destarte cabe ao professor incorporar novas técnicas
para ser utilizada em conjunto com a aula expositiva, este é um dos objetivos do
PIBID, formar professores pesquisadores e criativos, passando de atores
principais do ensino a mediadores do conhecimento.
O professor criativo, de espírito transformador, está sempre buscando
inovar sua prática e um dos caminhos para tal fim seria dinamizar as
atividades desenvolvidas em sala de aula. Uma alternativa para
dinamização seria a variação das técnicas de ensino utilizadas; outra
seria a introdução de inovações nas técnicas já amplamente conhecidas
e empregadas (LOPES, 2008).
De acordo com Lopes (2008) a aula expositiva como uma técnica de
ensino que, mesmo dentro de sua tradicionalidade, verbalismo, e autoritarismo,
poderá ser transformada em uma atividade dinâmica, participativa e estimuladora
do pensamento critico do aluno, desde que a mesma perca suas características
tradicionais, ou seja, o predomínio do professor e a passividade dos alunos.
Para Matos (1976), o objetivo da aula expositiva é somente conseguir que
os alunos adquiram uma compreensão inicial indispensável para a aprendizagem
de um novo assunto.
Nérici (1981) enfatiza que a aula expositiva objetiva economizar tempo
quando há urgência em se apresentar um assunto, bem como possibilitar a
transmissão de informações e experiências que ainda não tenham sido
publicadas.
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Aula
expositiva
bem
sucedida:
planejamento
criterioso
da
aula,
determinando seu objetivo, traçando o esquema essencial do assunto, calculando
bem o tempo previsto; uso de linguagem clara e precisa; utilização de recursos
didáticos que mantenham o interesse do aluno; ao final da aula, fazer uma síntese
do assunto estudado (LOPES, 2008).
Segundo Saviani (1983), na perspectiva de uma concepção histórica crítica
não se deve julgar ou condenar uma técnica e sim buscar uma vinculação
contínua e permanente entre educação e meio social para o bom funcionamento
da escola.
Mesmo com todas as limitações essa técnica pode ser melhorada, com a
utilização do método da aula expositiva dialógica, que visa o dialogo entre o aluno
e professor para estabelecer um intercâmbio de conhecimento e experiência e
estimular o pensamento crítico do aluno (LOPES, 2008).
Dentro desta perspectiva, partindo do concreto para o conhecimento da
realidade, o professor aborda o assunto a ser estudado e o relaciona com o
cotidiano do aluno, que questiona os conhecimentos do professor, desta forma é
levados a olhar sua realidade com outra ótica e se tornam pesquisadores e
críticos de forma espontânea (LOPES, 2008).
Alguns elementos tornam a aula expositiva dialógica mais eficaz, como a
problemática, que estimula o aluno a achar soluções para os problemas
levantados e as perguntas, que segundo os estudiosos é o começo do
conhecimento, é através das perguntas que se detém o saber e não com as
respostas, é a partir do momento que se tem vontade de saber alguma coisa que
o conhecimento começa a ser estruturado (LOPES, 2008).
Sendo assim, de acordo com Lopes (2008, p. 43)
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[...] a dimensão instrumental da aula expositiva dialógica é possível
especificar alguns elementos desencadeadores do processo dialógico
entre professores e alunos. Um desses elementos é a problematização.
Problematizar significa questionar determinadas situações, fatos,
fenômenos e ideias, a partir de alternativas que levem à compreensão do
problema em si [...]
O objetivo da Metodologia da Problematização é instigar o aluno a olhar a
realidade de forma critica, relacionando esta realidade com o conteúdo que está
estudando, permitindo que o mesmo enxergue os aspectos que mais lhe chame a
atenção, desta forma, passe a questionar, contestar os problemas e ao mesmo
tempo encontrar as soluções para os mesmos (LOPES, 2008).
A sala de aula é um dos poucos espaços que o professor possui para
contribuir no esforço coletivo dos educadores críticos em busca de uma educação
capaz de diminuir as desigualdades sociais. Adotando uma metodologia crítica o
professor poderá originar transformações substanciais na educação, visto que
uma instituição de ensino acaba por se configurar na forma como os professores
se organizam e como pensam e agem (LOPES, 2008).
Ainda segundo LOPES (2008, p. 46)
[...] no que se refere à adoção de técnicas de ensino o professor
preocupado com aprendizagem de seus alunos deve estar sempre
empenhado em utilizar procedimentos que se mostrem eficientes nesse
propósito [...] importando apenas que se mostrem facilitadoras da
integração entre o conteúdo em estudo e as experiências e
conhecimentos prévios dos alunos.
Independe da técnica a ser utilizado, o essencial é que o professor realize
sua tarefa com prazer, Fernandes (2008) colabora com isso dizendo “que toda
aula dever ser um ato de amor, uma dança, um orgasmo múltiplo, um gozo
ensurdecedor, uma festa, um ato político, uma manifestação de indignação contra
as injustiças.” E o professor que não sentir isso jamais saberá a alegria que a
profissão pode proporcionar.
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PROJEÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE AULA PILOTO DENTRO DO PROJETO PIBID
Os alunos bolsistas do PIBID devem aplicar aulas pilotos visando
aprimoramento de sua formação. Foram aplicadas quatro aulas, no Colégio
Estadual Monteiro Lobato, no 7º ano A e o conteúdo trabalhado foi Bacias
Hidrográficas.
De acordo com a autora Salete Souza “Recurso didático é todo material
utilizado como auxilio no ensino - aprendizagem do conteúdo proposto para ser
aplicado pelo professor a seus alunos” (2007, p. 11). No desenvolvimento das
aulas usaremos como recursos didáticos o quadro de giz, o data show, maquete
de bacia hidrográfica, livro didático, mapas e jogo lúdico.
O recurso didático pode ser fundamental para que ocorra
desenvolvimento cognitivo da criança, mas o recurso mais adequado,
nem sempre será o visualmente mais bonito e nem o já construído.
Muitas vezes, durante a construção de um recurso, o aluno tem a
oportunidade de aprender de forma mais efetiva e marcante para toda
sua vida (SOUZA, 2007, p. 133).
As aulas foram divididas em duas etapas, nas duas primeiras aulas, se
realizou a introdução do conteúdo de forma oral, com explanação dos conceitos
de bacias hidrográficas bem como a formação das mesmas e as principais bacias
hidrográficas brasileiras, dando ênfase à do Paraná. Realizando também, no
transcorrer da explicação, uma abordagem resumida das bacias existentes no
município de Cornélio Procópio, para os alunos se interarem do conteúdo dentro
de seu cotidiano e perceber que tudo que estudam em geografia existe em seu
redor e faz parte do seu dia a dia. Para auxiliar na explicação do conteúdo,
utilizamos uma maquete de bacia hidrográfica.
A maquete é uma ferramenta eficaz na sala de aula, por se tratar de um
recurso visual, o que facilita a interpretação e compreensão do conteúdo pelos
alunos. Segundo Santos (2009)
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Por meio de uma maquete é possível ter o domínio visual de todo
conjunto espacial que é sua temática e por ser um modelo
tridimensional, favorece a relação entre o que é observado no terreno e
no mapa.
A maquete que foi utilizada foi confeccionada em uma base de isopor e
modelada com argila, formando assim uma bacia hidrográfica (Figura 01).
Figura 01 – Maquete de Bacia Hidrográfica em construção.
Fonte: OLIVEIRA, J. P. 2014
Foi realizada tentativa de transpor para a maquete de forma fiel como se
apresenta uma bacia hidrográfica, em sua formação em pontos mais altos, seus
afluentes e subafluentes, rio principal, bem como a formação vegetal e humana
que permeia seu entorno (Figura 02).
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Figura 02 – Maquete de Bacia Hidrográfica concluída.
Fonte: OLIVEIRA, J. P. 2014
Como encerramento das aulas, com auxílio de mapas, foi realizada a
localização das bacias hidrográficas brasileiras, ao apresentar as bacias, dando
ênfase a do Paraná, discorrendo sobre sua importância para o estado e para o
cotidiano dos alunos e aplicado uma atividade de fixação de conteúdo que a
professora regente atribuirá nota. (anexo – 01)
Constatamos que os alunos tiveram grande interesse participando com
perguntas e na maior parte do tempo ficaram atentos e em silêncio. A maquete
chamou a atenção deles, corroborando com Souza, 2007, ao dizer que o recurso
didático, proporciona ao aluno uma maior fixação do conteúdo, fato observado na
aula de realização do jogo, que os alunos faziam o resgate do que foi explicado
na maquete para responder as perguntas do citado jogo.
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Cornélio Procópio – Pr. UENP
Nas últimas duas aulas aplicamos um jogo lúdico como ferramenta auxiliar
na fixação do conteúdo. O objetivo das atividades lúdicas é proporcionar aos
alunos aprendizagem de conteúdos científicos de forma divertida, prazerosa e
interativa.
[...] o jogo, considerado um tipo de atividade lúdica, possui duas funções:
a lúdica e a educativa. Elas devem estar em equilíbrio, pois se a função
lúdica prevalecer, não passará de um jogo e se a função educativa for
predominante será apenas um material didático [...] (KISHIMOTO,1994)
O jogo aplicado “Caixa Surpresa”, é composto por uma placa de MDF com
caixinhas contendo perguntas sobre o conteúdo (Figura 03). Para maior estímulo
dos alunos, o jogo foi aplicado como forma de competição, a sala dividida em dois
grupos A e B, com cada integrante retirando uma pergunta da caixa surpresa
relativa ao seu grupo. Ao final o grupo que respondeu corretamente mais
perguntas se fez campeão, ao final todos os alunos receberam prêmio pela
participação.
Figura 03 – Jogo Lúdico “Caixa Surpresa”
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Fonte: OLIVEIRA, J. P. 2014
Na realização do jogo notou – se um nervosismo esperado dos alunos, já
que estariam em frente à turma para responder as perguntas, havendo mais
acertos do que erro no decorrer do jogo (Figura – 04). Notamos que os alunos
recorreram as explicações, a atividade de fixação e a maquete para tentar
responder as questões. Todos empenharam – se durante o jogo, ao que era
esperado por nós, se tratando de um jogo lúdico.
Figura 04 – Realização do Jogo Lúdico “Caixa Surpresa”.
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Fonte: RODRIGUES, P. A. 2014.
CONSIDERAÇÕES
No que tange a aula expositiva, menosprezada e negligenciada, muitas
vezes, pela prática docente. Pode ser um instrumento, quando bem desenvolvida,
excepcional para produção de novos conhecimentos. Com os devidos
posicionamentos do professor com respeito à importância reservada aos saberes
já construído pelo aluno, aliando-os ao processo de reflexão e desconstrução,
instigação pelos questionamentos, poderá alcançar sucesso como facilitador,
orientador e produtor de novos conhecimentos.
O uso de recursos didáticos dá uma vida nova à aula, dinamizando-a,
tirando assim a monotonia do somente a fala do professor, deixando de ser
cansativa e entediante para os alunos, alem de colaborar com a aprendizagem e
fixação dos conteúdos que foram aplicados.
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O planejamento das aulas é de suma importância, o professor ao entrar em
sala necessita estar preparado para qualquer eventualidade. Estruturar sua aula,
sempre visando o conhecimento e aprendizagem do aluno com o objetivo de
transformá-lo em um indivíduo crítico.
A realização das aulas pilotos fora gratificante para nosso grupo,
alcançamos nossos objetivos e percebemos que os alunos tiveram um bom
aproveitamento das aulas, que refletiu, sobretudo na aplicação do jogo, tendo
como base o maior número de acertos do que de erros. A aula piloto nos prepara
e auxilia na formação acadêmica o que é um dos objetivos do PIBID.
REFERÊNCIAS
Biografia de Santo Ignácio de Loyola, disponível em HTTP://www.EBIOGRAFIAS.NET/IGNACIO_LOYOLA/> acesso em 11 de outubro de 2014.
FREIRE, P.; SHOR, I. Medo e Ousadia: o cotidiano do professor. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1986.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
LOPES, A. O. Aula Expositiva: Superando o Tradicional. In.: VEIGA, I. P. A. (org.).
Técnicas de Ensino: Por que não? 19 ed. Campinas: Papirus, 2008.
MATOS. L. A. de. Sumário de Didática Geral. 12 ed. Rio de Janeiro: Aurora, 1976.
NÉRICI, I. G. Metodologia do Ensino: uma introdução. 2 ed. São Paulo: Atlas,
1981.
SANTOS, C. A maquete no ensino de geografia. 1.ed. Santo André: Ed. Record,
2009. 132p.
SAVIANI, D. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze
teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez, 1983.
SOUSA NETO, M. F. de. Aula de geografia e algumas crônicas. 2ª Ed.
Campina Grande: Bagagem, 2008. 109p.
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Cornélio Procópio – Pr. UENP
SOUZA, S. E. de. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. Disponível
em:<http://www.mudi.uem.br/arqmudi/volume_11/suplemento_02/artigos/019.pdf>
Acesso: 10/10/2014.
TERUYA, T. K. Processo tradicional. In: ALTOÉ et al (Org.) Didática: processos
de trabalho em sala de aula. (formação de professores EAD; N. 14). Maringá:
EDUEM, 2005.
Anexo – 01
Aluno(a):__________________________________________________________
Leia o texto a seguir:
Além dessas características, os rios do Brasil modelam o relevo, pois,
transportam sedimentos das áreas mais altas (planaltos) e os depositam nas
áreas mais baixas do relevo (planícies).
Os rios brasileiros estão distribuídos por Bacias Hidrográficas (áreas por
onde passam um rio principal e seus afluentes, em que estão as nascentes, os
cursos de água principais e secundários).
Das bacias hidrográficas, as mais importantes são a Bacia Amazônica, a
do Paraná, a do Tocantins-Araguaia, a do Uruguai e a do São Francisco.
1. Com base no texto e no conteúdo sobre o assunto, responda as perguntas a
seguir:
a) Como os rios podem modelar a superfície terrestre?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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b) O que são bacias hidrográficas?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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2. Qual a maior bacia hidrográfica do mundo?
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_________________________________________________________________
3. Quais são os rios que compõe a bacia Platina? Fale sobre eles.
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4. Considerando a bacia do Paraná, escreva sobre a usina hidrelétrica de Itaipu.
_________________________________________________________________
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_________________________________________________________________
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5. Fale sobre as características principais das Bacias: Atlântico Nordeste
Oriental, Atlântico Leste , Atlântico Nordeste Ocidental, Atlântico Sudeste
e Atlântico Sul.
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6. Associe as colunas:
(A) Rio Paraguai
(B) Rio Paraná
(C) Rio São Francisco
(D) Rio Tocantins
(E) Rio Uruguai
(F) Rio Amazonas
(
) Em certo trecho divide o Brasil com o Paraguai, 33% de sua bacia
situa-se no Brasil.
(
) Localiza-se no Estado de Goiás e seus principais afluentes são os
rios: “Sono, Palma e Melo Alves”.
( ) É a maior bacia hidrográfica do mundo. É influenciada pelo grande
volume das chuvas, suas nascentes estão localizadas na Venezuela, Colômbia ,
Peru e Bolívia.
(
) Divide os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina na direção
de Leste-Oeste. Nasce do encontro dos rios Pelotas e Peixes.
(
) Ocupa 170 quilômetros de trecho entre o território brasileiro e o
paraguaio. Seus principais afluentes são os rios Tietê, Paranapanema, Iguaçu
e Paraguai.
(
) Considerado o terceiro maior rio do Brasil, representa fonte de
riqueza pelo potencial hídrico para o abastecimento humano, agricultura
irrigada, geração de energia, navegação, lazer e turismo.
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