Nº 7/8. Setembro 2013 a Abril 2014
Direção: Francisco Xavier
ISSN 2182-4665
Exemplar gratuito
Porquê ser sócio de uma Associação de Pais?
Frequentemente, quando falo com pais de alunos do Agrupamento da Escolas de Mogadouro, ouço queixas sobre
vários problemas que se passam no Agrupamento, relacionados com professores, auxiliares, instalações, indisciplina,
tabaco, entre outros. No entanto, quando pergunto o que fizeram ou o que vão fazer para mudar a situação, concluo
que poucos pais passam das queixas aos “atos” (entenda-se, contactar a direção do Agrupamento pessoalmente ou
por meios escritos) e apenas o fazem quando o assunto se relaciona diretamente com os seus educandos. Mesmo
que o assunto seja importante para toda a comunidade escolar, os pais muitas vezes não se querem chatear, ou não
têm tempo ou então limitam-se a queixar-se de um problema sem apresentarem soluções. É neste contexto que são
importantes as associações de pais.
As associações de pais são a única estrutura independente e com reconhecimento legal no âmbito da qual os pais
podem expressar livremente as suas opiniões e fazer com estas sejam discutidas nos órgãos do Agrupamento,
através dos seus representantes. É nas associações de pais que os pais podem trocar experiências, relatar
problemas e sucessos e acertar formas de atuação que lhes permitam apresentar os problemas às entidades em
causa de uma forma concertada, unida, coerente e adequada, demonstrando que os problemas que expõem são
comuns a muitos e não só a alguns. A principal virtude das associações de pais consiste na discussão dos problemas
gerais que afetam os alunos e, consequentemente, os seus pais e encarregados de educação, na perspetiva destes.
As associações de pais não tratam de problemas individuais dos alunos mas podem e devem ajudar os seus
associados na resolução desses problemas.
As escolas também têm vantagens na existência de associações de pais porque isso lhes permite dialogar com um
número restrito de pessoas e ter acesso a uma grande diversidade de situações, assim como comunicar com um
grande número de pais de uma forma expedita. Legalmente, é através das associações de pais que são eleitos os
representantes dos pais para o Conselho Geral do Agrupamento, onde são decididos vários aspetos da gestão da
escola (ver Mogas nº 5). Quanto maior o número de associados, maior a representatividade, maior o universo de
problemas apresentados, maior a certeza das soluções e maior a força da associação. Estas são as principais razões
por que os pais devem aderir a uma associação de pais.
A AMOGAPE constitui-se como uma associação de pais livre, democrática e transparente, disponibilizando os seus
estatutos e regulamento interno no seu site (www.amogape.webnode.pt), para que todos possam consultá-los
sempre que quiserem, sejam sócios ou não. A criação de um endereço de e-mail, de um site e de um boletim, são
mecanismos que permitem aumentar o nível de divulgação e de interação da AMOGAPE com os seus sócios e com
toda a comunidade.
O estabelecimento de uma quota (apenas 5€/ano) tem o objetivo de financiar a edição do Boletim “O Mogas” assim
como suportar os gastos em secretaria e correio, sendo os fundos obtidos utilizados apenas para estes fins. Muitas
pessoas referem que não pretendem aderir porque não têm tempo mas isso constitui um erro. Em primeiro lugar, o
número de reuniões realizadas é reduzido e não é obrigatório que todos os sócios participem em todas as reuniões
(embora isso fosse desejável) para que os assuntos que os preocupam sejam discutidos. Existem vários meios de
contacto com a associação e, além disso, outros sócios também podem transmitir essas informações. Por outro lado,
mesmo não participando diretamente, o que interessa é que ao tornarem-se sócios, estão a apoiar a atividade da
associação para que esta desenvolva iniciativas que também beneficiarão os seus filhos.
Também há pessoas que dizem que as associações têm conotações e objetivos políticos e por isso não se querem
envolver. Na AMOGAPE não se discutem questões de política mas apenas questões de pais. Além disso, se existe
política nas associações é porque as pessoas o permitem, quando desistem da associação e deixam que esta seja
controlada por quem pretende utilizá-la para outros fins. Quanto maior for a participação, menor a possibilidade de
deturpação dos objetivos da associação.
Por isso, associem-se.
As desculpas pedem-se
Desculpa: alegação
www.infopedia.pt).
atenuante
ou
justificativa
de
culpa;
expressão
de
arrependimento
(in
Infopedia,
Nos últimos tempos tenho ouvido muito a seguinte expressão, dita por algumas pessoas num contexto em que
alguém pede desculpa. Num tom enérgico, forte, disparam: “As desculpas não se pedem, evitam-se!”.
Esta resposta, perante alguém que reconhece o seu erro e demonstra o seu arrependimento, é agressiva,
desagradável e inibidora da boa educação e do sentido de humildade e tolerância que todos devemos ter. Assume
particular gravidade quando é dita por um adulto a uma criança que cometeu algum erro ou provocou uma situação
inapropriada, nomeadamente quando os adultos são familiares ou professores, pelo exemplo de intolerância que dão.
Contrariamente ao objetivo da expressão, que pretende que a pessoa tente evitar situações que levem à
necessidade de pedir desculpas, o sentimento de humilhação e de rejeição que esta frase provoca no visado leva a
que este deixe de sentir o dever de pedir desculpas pelos seus atos, o que provocará descontentamento ou mesmo
indignação naqueles que sofram alguma interação negativa com ele. Toda esta situação leva à intolerância e pode
resultar em agressões físicas quando nenhuma das pessoas envolvidas cumpre as regras da boa educação.
Nenhuma pessoa está livre de criar situações em que tenha de pedir desculpa. Errar é humano. Seja por
comportamentos irrefletidos, inconscientes, negligentes ou quaisquer outros, pedir desculpa quando se provocou
algum dano físico, psicológico ou material é um ato de boa educação e de apaziguamento de uma situação que se
pode tornar grave. Aceitar as desculpas de alguém é também um ato de boa educação e de tolerância para com os
outros. O que seria da nossa sociedade se deixássemos de pedir e aceitar desculpas?
Embora por vezes seja difícil aceitar desculpas de alguém que repetidamente faz asneiras, a melhor maneira de
resolver a situação é repreendê-la pelo acumular de situações mas nunca exigir o fim das desculpas. Mesmo que um
pedido de desculpas não seja aceite, deve ser subjacente que essa decisão se baseia nos acontecimentos passados
e não nos futuros. As desculpas são para usar sempre que necessário, mesmo que às vezes de modo abusivo. Um
pedido de desculpas nunca deve ser desprezado. Por isso, proponho que risquemos esta expressão do nosso
vocabulário. Quem se apoia nela para recusar desculpas também não merece recebê-las.
Carlos Santos
A AMOGAPE
CPCJR
Por
acordo
está
na
comissão responsável pela análise
entre
as
duas
Associações
de
Pais
do
Agrupamento
de
Escolas
de
Mogadouro,
entidades públicas, sendo esta
AMOGAPE
e
APEEAAEM, a AMOGAPE ficou
dos casos individuais e proposta
de atuação.
O Mogas errou
No artigo relativo à nova diretora
do Agrupamento de Escolas de
Mogadouro, apresentado n’ “O
Mogas” nº 6, referimos o ano de
A AMOGAPE está no CME
nascimento da Dr.ª Irene Louçano
como sendo 1965 quando na
A AMOGAPE está representada
realidade foi 1968. Apesar de
no
de
prontamente corrigido na maioria
Proteção de Crianças e Jovens
Educação (CME) pela secretária
dos boletins, alguns terão ainda
em
da
Marques,
ficado com a data errada. Pelo
representada pelo seu presidente,
tendo já participado em duas
facto, as nossas desculpas à Dr.ª
Francisco
reuniões do mesmo. As atas das
Irene.
como
representante
associações
Risco
na
das
Comissão
(CPCJR),
Xavier
duas
de
estando
Martins,
que
Conselho
direção,
Municipal
Susana
integra a comissão restrita com
reuniões
outros
disponíveis no site do Município.
seis
representantes
de
estarão
em
breve
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ano. Contacte-nos: 917594445, 962663779, [email protected] ou através do Facebook ou do nosso site
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Ranking das Escolas
Começaram recentemente a realizar-se os exames relativos ao ano letivo 2013-2014 mas ainda não abordámos aqui
os resultados do ano anterior. Os jornais disponibilizam normalmente esses dados sob a forma de rankings
ordenados das escolas, facilitando a sua consulta a todos. No entanto, é preciso notar que os rankings não
representam resultados oficiais e que cada jornal pode fazer os seus rankings baseando-se em vários critérios. Não é
do nosso interesse discutir a posição das escolas de Mogadouro nestes rankings mas sim saber quais os resultados
obtidos e a sua evolução ao longo do tempo. Seguindo a apresentação que foi feita n’ “O Mogas” nº 3/4, analisamos
os resultados apresentados pelo jornal Expresso, fazendo apenas referência à posição da escola no ranking de 2013
apresentado.
Ano
4º
Escola
2010
2011
2012
2013
Ranking geral
Ranking distrital
(posição/nº total)
(posição/nº total)
Mogadouro
2.75
2331/4621
22/56
Bemposta
2.5
3462/4621
33/56
2.91
2.63
698/1148
7/18
6º
Mogadouro
9º
Mogadouro
2.57
2.4
2.74
2.45
809/1308
12/20
12º
Mogadouro
8.70
8.29
7.5
7.25
594/619
12/13
O ano letivo de 2012/2013 foi o primeiro ano em que houve exames do 4º ano, pelo que não é possível fazer
nenhuma comparação com anos anteriores. A média de valores obtidos é um pouco inferior a 3, pelo que o número
de alunos com nota negativa terá sido superior aos que tiveram notas positivas, denotando uma falta de preparação
para este tipo de provas.
Relativamente ao 6º ano, a média baixou significativamente em relação ao ano anterior sendo sempre preocupante
quando isso ocorre. No entanto, o número de dados é ainda reduzido para deduzir alguma conclusão. Pelo contrário,
no que se refere ao 9º ano, as médias dos últimos 4 anos apresentam um padrão de oscilação, sempre com valores
negativos, e neste ano baixou em relação ao ano anterior. Embora se possa tentar justificar este tipo de oscilação
com factores não relacionados com a escola, como por exemplo a dificuldade do exame, a verdade é que a média
dos alunos da escola foi sempre negativa.
A situação mais preocupante é sem dúvida a do secundário, dado que a média dos exames tem vindo sempre a
descer nos últimos anos, afastando-se cada vez mais dos valores positivos. Verifica-se também que o número de
exames neste nível também tem vindo a diminuir, de 172 em 2010 para 118 em 2013. A conjugação destas duas
variáveis sugere que há um número crescente de alunos bons a sair da escola para outras escolas, sendo esta
decisão tomada pelos pais/alunos devido às “más condições de ensino” do Agrupamento de Escolas de Mogadouro,
sejam estas condições reais ou apenas sentidas por estes. Urge por isso alterar este panorama para que a escola de
Mogadouro seja uma escola adequada para todos, quer por opção quer por falta de alternativas.
No cômputo geral, verifica-se que todos os resultados são negativos, o que implica a necessidade de realizar um
trabalho complementar para que os alunos fiquem melhor preparados para os exames e consigam demonstrar
verdadeiramente os seus conhecimentos. Este trabalho só é possível de realizar com o envolvimento de toda a
comunidade porque muitos dos problemas que se verificam na escola são o reflexo de problemas existentes na
sociedade. É preciso notar que a escola só existe se existirem alunos e que a mudança de alunos para outras
escolas, associada a outros problemas, como a desertificação do interior, a emigração e a redução do número de
filhos, poderá conduzir ao encerramento de cursos, de ciclos e, em caso extremo ao fecho da própria escola.
Nova cobertura na Escola Primária
Está finalmente instalada uma nova cobertura na Escola de 1º Ciclo e Jardim de Infância de Mogadouro. A existência
desta área coberta vai permitir que os alunos possam disfrutar de atividades ao ar livre em dias de chuva sem
correrem o risco de se molharem. Até agora, quando isso acontecia, os alunos tinham de permanecer nos
corredores, dada a falta de espaços cobertos no exterior. Esta cobertura foi uma das primeiras propostas da
AMOGAPE, tendo sido proposta ao anterior executivo camarário em novembro de 2011. A cobertura foi executada
em maio, durante o tempo de aulas, o que consideramos ter sido uma opção desnecessária e arriscada, dado que
faltava pouco para acabar o ano letivo e a função principal da cobertura é a proteção durante o período de inverno.
Felizmente, não temos conhecimento de nenhum acidente relacionado com esta construção. Esperamos que outras
propostas da AMOGAPE possam vir a ter também um desfecho favorável.
Condicionante de circulação na zona da Escola Primária
A Câmara instalou recentemente uns pinos de granito
com o sinal de sentido proibido no acesso empedrado
de ligação entre a escola e o complexo desportivo,
impedindo que os veículos circulem para as áreas de
acessos aos campos de ténis e à piscina. A
AMOGAPE já tinha feito esta proposta, embora
noutros moldes, dado que estas áreas são
principalmente pedonais, onde apenas deverão
circular veículos de manutenção, com as devidas
precauções. A Câmara também instalou pinos
idênticos à entrada das piscinas cobertas, evitando
assim o estacionamento abusivo.
Atividades da AMOGAPE (setembro 2013 a abril 2014)
•
Propostas para diminuir os problemas de saúde provocadas pelo peso das mochilas, na sequência do artigo
publicado n’ “O Mogas” nº 6. Estas incluem a sensibilização dos professores para esta problemática no
sentido de reverem as exigências de material e as necessidades diárias para as aulas e para que incluam o
volume/peso dos livros nos critérios de escolha dos manuais. Também incluem a concentração das aulas dos
alunos do 2º e 3º ciclo em salas próximas e a disponibilização de cacifos próximo destas. Este assunto foi
discutido e aprovado em Conselho Pedagógico do AEM, de acordo com informação transmitida pela Diretora.
Propostas semelhantes foram também enviadas ao MEC, sem qualquer resposta.
•
Proposta de atuação em caso de neve, enviada à CMM e ao AEM. Foi aprovada na reunião do Conselho
Municipal de Educação realizada a 19 de março de 2014.
•
Proposta de uso de vestuário identificativo pelos auxiliares educativos enviado ao AEM - recusada pela
diretora.
•
Reclamação sobre ementas com refeições frias servida nas cantinas das escolas e proposta de que as
mesmas não sejam servidas durante o inverno e que haja um acompanhamento do número de refeições
consumidas e do real consumo das mesmas, enviada à CMM e ao AEM. A Diretora do AEM referiu que não
são servidas refeições frias. Mais informou que a comida fica fria porque os alunos demoram muito tempo a
consumi-la. A mesma reclamação e proposta foi enviada para o MEC, tendo sido encaminhada para a DGE
mas até agora sem resposta. Foi solicitada uma visita às cantinas durante o período de almoço mas não foi
possível efetuá-la até final deste ano letivo, ficando a sua realização para o próximo ano.
•
Proposta de acessos e de estacionamento na escola primária (ver O Mogas nº 3/4) enviada à CMM – a CMM
respondeu informando que a proposta foi apreciada por técnicos do município e que há problemas que já
estão solucionados ou em perspetiva de resolução; a proposta foi também analisada pelo Conselho Municipal
de Educação que reconheceu a necessidade de melhorar alguns dos aspetos focados na mesma.
•
Foi realizada uma reunião com a diretora do AEM sobre as questões das cantinas e sobre as atividades não
letivas no AEM.
conto
Uma professora quis ensinar à sua turma os efeitos do bullying...
Deu a todos os seus alunos uma folha de papel e disse-lhes para a amarrotarem, deitarem para o chão e pisarem.
Em suma, podiam estragar a folha o mais possível mas não rasgá-la.
As crianças ficaram entusiasmadas e fizeram o seu melhor para amarrotarem a folha, tanto quanto possível.
A seguir, a professora pediu-lhes para apanharem a folha e abri-la novamente com cuidado, para não rasgarem a
mesma. Deviam endireitar a folha com o maior cuidado possível.
Chamou-lhes a atenção para observarem como a folha estava suja e cheia de marcas. Depois, disse-lhes para
pedirem desculpa ao papel em voz alta, enquanto o endireitavam. À medida que mostravam o seu arrependimento e
passavam as mãos para alisar o papel, a folha não voltava ao seu estado original. Os vincos estavam bem marcados.
A professora pediu então para que olhassem bem para os vincos e marcas no papel. E chamou-lhes a atenção para
o facto que essas marcas NUNCA mais iriam desaparecer, mesmo que tentassem repará-las."É isto que acontece
com as crianças que são "gozadas" por outras crianças" afirmou a professora: "Vocês podem pedir desculpa, podem
tentar mostrar o vosso arrependimento, mas as marcas, essas ficam para sempre."
Os vincos e marcas no papel não desapareceram, mas as caras das crianças deram para perceber que a mensagem
da professora foi recebida e entendida.
O bullying causa mais danos do que podemos imaginar!!!
Procedimento em caso de encerramento por neve
Quando há queda de neve em
quantidades que ameaçam tornar
as
estradas
escolas
intransitáveis,
são encerradas
as
e os
alunos são enviados para casa,
ocorrendo esta situação uma ou
duas vezes por ano, no concelho
de Mogadouro. Para a resolução
desta emergência deve existir um
protocolo que defina os procedimentos e as responsabilidades
das entidades envolvidas e que
garanta que os alunos não sejam
colocados em situações perigosas.
No
ano
letivo
de
2012/2013
ocorreu uma típica situação de
emergência de neve e verificou-se
a
ocorrência
de
situações
preocupantes, em que alunos da
primária foram encaminhados para
casa sem que os pais soubessem
e/ou estivessem disponíveis e o
caso de uma aluna, também da
primária, que decidiu, por sua
própria iniciativa, alterar o seu
local de destino, apanhando um
autocarro diferente do habitual.
Apesar
de
não
ter
havido
nenhuma consequência grave, o
que
se
passou
serviu
como
indicador de que algo não estaria
correto nestes procedimentos.
Assim, a AMOGAPE decidiu fazer uma proposta de atuação nestes casos, primeiro genérica em 2013, apresentada
ao AEM e sem qualquer resposta, e posteriormente, em 2014, uma proposta mais detalhada, apresentada à Câmara
Municipal de Mogadouro, tendo em conta que esta entidade preside à Proteção Civil de Mogadouro. Esta proposta foi
apresentada na reunião do Conselho Municipal de Educação em reunião realizada a 19/03/2014, tendo sido
aprovada sem objeções, e deverá ser implementada no próximo ano letivo.
A proposta tem por base os seguintes pressupostos:
- o encerramento das aulas provocado por neve implica uma resposta célere;
- qualquer que seja o procedimento adotado, este deverá garantir a segurança dos alunos e que estes são entregues
nas suas casas ou em local indicado pelo encarregado de educação, entregues à responsabilidade de um adulto se
assim for considerado necessário;
- não é possível avisar todos os encarregados de educação em tempo útil, pelo que o procedimento deverá ser
diferenciado tendo em conta a idade dos alunos e também a necessidade de deslocação destes, bem como de
professores e auxiliares;
- o conhecimento antecipado dos pais sobre o procedimento é imprescindível para que estes possam atuar em
conformidade e tenham segurança sobre o que vai acontecer, assim como decidir sobre alguns aspetos do
procedimento de acordo com a idade dos seus educandos.
No início do ano letivo, deverá ser enviado a todos os encarregados de educação um formulário, explicando o
procedimento que será implementado em caso de encerramento das atividades letivas devido à neve e solicitando
que estes decidam sobre um conjunto de opções a tomar. O formulário será diferenciado em função da idade do
aluno, dado que a partir de certa idade, e apesar de serem menores, os alunos já são capazes de tomar conta de si
próprios e de tomar decisões responsáveis. O procedimento, neste último caso, será apenas o aviso de
encerramento das aulas, devendo estes deslocar-se para casa ou para o autocarro respetivo. As opções existirão
apenas para os alunos mais novos, sendo que estes são normalmente acompanhados pelos pais até à escola ou até
aos autocarros. Na nossa proposta, as opções passam pela colocação do aluno no autocarro para casa ou num
autocarro com outro destino, pela recolha do aluno pelo encarregado de educação ou por outra pessoa, ou pela
autorização de que o mesmo possa sair da escola sem acompanhamento.
Deverá ser assegurado pelos funcionários que os alunos entram nos autocarros respectivos e nos locais de destino,
nomeadamente nas aldeias, deverá haver pelo menos um adulto responsável pela receção dos alunos, confirmando
que nenhum fique abandonado. No caso de alunos que fiquem na escola a aguardar a sua recolha, deverá ser
garantido o acompanhamento dos mesmos. Nos casos em que não é possível atuar conforme previsto, quer porque
o aluno perdeu o seu transporte, quer porque o adulto responsável pela sua recolha não o fez num prazo razoável e
é necessário fechar a escola, também se propôs que exista uma alternativa de recurso que consiste na colocação do
aluno numa instituição com capacidade para servir refeições e que o possa acolher até que o mesmo possa ser
encaminhado para o seu destino.
Consideramos que esta proposta não é uma proposta fechada e que deve apenas servir de base para a definição de
uma proposta de procedimentos definitivos. As experiências das entidades e pessoas envolvidas nestes
procedimentos em situações semelhantes devem ser vertidas para o documento final, assim como deve ser testado o
procedimento antes que a necessidade implique a sua implementação, verificando a existência de constrangimentos
e de erros que será necessário corrigir. Com esta proposta, esperamos ter contribuído para a definição de um
procedimento de atuação que não coloque os nossos alunos em situações de risco.
O MOGAS
Boletim Informativo da AMOGAPE
Ficha Técnica:
Periodicidade: Quadrimestral
Direção: Xavier Martins
Associação Mogadourense de Pais e Encarregados de Educação ● Macedo do Peso, 5200-401 Mogadouro
[email protected] ● www.amogape.webnode.pt
Impressão: Print4you, Centro de
Impressão Digital, Lda
Tiragem: 150 exemplares
Depósito legal: 338620/12
ISSN 2182-4665
A problemática da cantina
A cantina da Escola Básica e Secundária do Agrupamento de Escolas de Mogadouro está situada fora do recinto
escolar e isso acarreta alguns problemas. Desde logo, implica o atravessamento de uma rua com uma forte pendente
e com piso de empedrado que dificulta a paragem dos carros, especialmente em dias de chuva, neve e gelo, o que
poderá originar acidentes e atropelamentos que, felizmente (tanto quanto sabemos) ainda não se verificaram. Por
outro lado, implica que todos os alunos saiam da escola para almoçar, mais ou menos ao mesmo tempo, impedindo
qualquer tentativa de controlo de saída ou de movimento dos alunos. Os alunos ficam assim com total liberdade para
decidirem onde almoçam, onde passam o tempo do almoço e se voltam ou não à escola e a que horas. Isto acontece
com todos os alunos a partir do 5º ano, ou seja, a partir dos 10 anos de idade.
Muitos alunos não vão almoçar à cantina, indo comer noutros locais alimentos menos saudáveis e adequados ao seu
crescimento, e depois do almoço deslocam-se para onde lhes apetece, para fazerem o que lhes apetece, sem
qualquer vigilância. Já houve casos de alunos que não voltaram às aulas à tarde, ou que voltaram embriagados,
perturbando as respetivas aulas.
Esta situação não permite que os pais, nomeadamente os dos alunos que passam o dia inteiro “na escola”, estejam
descansados em relação à sua segurança e às atividades que estes realizam, cabendo a cada um confiar no sentido
de responsabilidade dos seus filhos. A outra opção consiste em ir buscá-los à hora de almoço e voltar a levá-los
depois, dado que fora da hora do almoço e do final das atividades letivas diárias, a saída dos alunos só é permitida
na posse de uma autorização assinada pelos encarregados de educação. No entanto, esta opção não é viável para a
maioria dos pais.
Relacionada com esta problemática está também a organização do horário dos alunos e a possibilidade de existência
de tardes livres para atividades extras, o que já aconteceu no passado (ano lectivo 2010/2011). A experiência não
correu como esperado porque os alunos que não tinham aulas e que não aderiram às atividades, saíam da escola e
deambulavam pela vila, nomeadamente os alunos provenientes das aldeias que tinham de aguardar pelos
autocarros, fazendo todo o tipo de outras atividades para ocupar o tempo. Os horários foram reorganizados no ano
letivo seguinte, impossibilitando a existência desta tarde livre comum a todos os horários, e consequentemente, a
possibilidade de todos os alunos participarem em atividades organizadas pela escola.
Assim, a integração da cantina no espaço escolar representa uma mais valia a todos os níveis. Não é certo que se
consiga efetuar o controlo de saída dos alunos na hora de almoço, devido ao elevado número de alunos que saem e
à falta de meios de controlo mais eficazes, mas representa um primeiro passo para que isso possa ocorrer no futuro.
Além disso, reduz obviamente o risco de acidentes nas ruas envolventes à escola.
Desde o início da formação da AMOGAPE que a situação da cantina representa uma das nossas principais
preocupações, sobre a qual já escrevemos cartas ao Agrupamento, à Câmara Municipal, ao Ministério da Educação
e Ciência e até aos deputados da Assembleia da República eleitos pelo distrito de Bragança. O deputado Adão Silva
manifestou a sua disponibilidade para colaborar na resolução deste problema, tendo já contactado a Diretora do
Agrupamento e o Presidente do Município. O deputado Mota Andrade referiu que encaminhou o problema para a
Comissão de Educação.
Como se percebe, a situação ainda não está resolvida mas sabemos que o novo executivo da câmara tem este
problema como uma das prioridades e esperamos que a breve prazo venha a ser resolvido. Consideramos que a
opção ideal seria a integração da cantina no espaço da antiga Escola Preparatória Trindade Coelho, permitindo a
utilização de um espaço que não está a ser aproveitado. Esta situação terá que ser avaliada, nomeadamente ao nível
de custos, pelo que aguardamos pelo desenvolvimento desta problemática.
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