6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
TÍTULO DO TRABALHO:
Principais Energias Alternativas: suas vantagens e desvantagens
AUTORES:
Ioanna Dutra Focas1, Pablo Ramalho do Nascimento de Siqueira2, Tatiana Felix Ferreira1
INSTITUIÇÃO:
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro; 2Universidade do Estado do
Rio de Janeiro
Este Trabalho foi preparado para apresentação no 6° Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Petróleo e Gás- 6°
PDPETRO, realizado pela a Associação Brasileira de P&D em Petróleo e Gás-ABPG, no período de 09 a 13 de outubro de 2011, em
Florianópolis-SC. Esse Trabalho foi selecionado pelo Comitê Científico do evento para apresentação, seguindo as informações
contidas no documento submetido pelo(s) autor(es). O conteúdo do Trabalho, como apresentado, não foi revisado pela ABPG. Os
organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos recebidos. O material conforme, apresentado, não necessariamente reflete as
opiniões da Associação Brasileira de P&D em Petróleo e Gás. O(s) autor(es) tem conhecimento e aprovação de que este Trabalho
seja publicado nos Anais do 6°PDPETRO.
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
Principais Energias Alternativas: suas vantagens e desvantagens
Abstract
The increasing consumption and the environmental and social impact caused by traditional energy
sources associated with the possibility of its depletion lead the government and society to consider
new alternatives for energy generation in order to replace oil. At the present work, were studied main
sources of alternative energy and listed its advantages and disadvantages compared to oil. So, an
overview of alternative energy sources is presented.
Introdução
A energia tem sido através da história a base do desenvolvimento das civilizações. Nos dias atuais são
cada vez maiores as necessidades energéticas para a produção de alimentos, bens de consumo, bens de
serviço e de produção, lazer, sendo a energia a promotora do desenvolvimento econômico, social e
político (Ministério de Minas e Energia).
As fontes energéticas podem ser classificadas em dois grandes grupos de recursos naturais: os
renováveis e os não-renováveis. A renovável é oriunda dos recursos naturais, como sol, vento, chuva,
marés e calor. São renováveis por serem naturalmente reabastecidos pela natureza. Os recursos nãorenováveis são aqueles que se encontram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a
sua utilização, pois não pode ser regenerado a uma velocidade capaz de sustentar sua taxa de consumo
(Braga et al, 2005). As fontes energéticas mais usadas mundialmente são de reserva não renovável, e
como o próprio nome diz, são fontes finitas, que por sua vez são muito agressivas ao meio ambiente,
além de não serem distribuídas homogeneamente pelo mundo ocasionando uma ambição dos países
pela dominação dessas reservas, fazendo com que o mundo caminhe para uma problemática crise.
A crise pode se dividir em ambiental e energética. Sendo a ambiental a degradação do meio ambiente
devido ao mau uso dos recursos naturais pela ação antropogênica. O agravamento do efeito estufa,
destruição da camada de ozônio, e os desastres ambientais, são os principais indícios da crise
ambiental. E, a crise energética foi originada pelo esgotamento de reservas de energia como pode ser
visto na Figura 1 que ilustra o decaimento natural da oferta de reservas de petróleo, o que agrava,
ainda mais, a condição futura de disponibilidade de combustíveis, dado que são produtos finitos
(Ministério de Minas e Energia). Além do problema da disponibilidade, a questão energética vem se
agravando por fatos políticos marcantes, que envolvem principalmente países produtores de petróleo.
Nos últimos anos destacam-se as guerras nos países do Oriente Médio, grandes exportadores de
petróleo, gerando enormes impactos econômicos no mundo. O mundo hoje vive uma situação bastante
instável. Qualquer alteração política nas regiões produtoras de óleo pode criar um ‘caos’ econômico
global de conseqüências imprevisíveis para toda a sociedade. Desse modo, concluímos que o modelo
energético atual é extremamente vulnerável. Um dos maiores desafios da humanidade será, sem
dúvida, alterar o quadro da crescente demanda energética associada ao emprego de fontes finitas e
sujeitas a instabilidades políticas. (Reis e Silveira, 2000).
É assim, evidente a importância da energia não só no contexto das grandes nações industrializadas,
mas principalmente naquelas em via de desenvolvimento, cujas necessidades energéticas são ainda
mais dramáticas e prementes. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, acredita-se ser
chegada à hora de ingressar na era das fontes alternativas de energia.
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
Figura 1. Taxa natural de declínio mundial das reservas de petróleo (Petrobrás, 2010)
No presente trabalho, foram analisadas as seguintes fontes alternativas: energia solar, eólica,
hidroelétrica, biomassa, nuclear, carvão, gás natural, geotérmica e maremotriz. Em seguida, foram
listadas as principais vantagens e desvantagens de cada fonte frente ao petróleo.
Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, a primeira etapa realizada foi um estudo mais amplo sobre
energias alternativas e a sua comparação com a commodity mundial, o petróleo, através de dados
estatísticos e análises críticas de artigos e outras fontes da literatura disponíveis.
Em seguida, deu-se a integralização dos dados adquiridos ao longo das pesquisas, mostrando a visão
social, política, econômica e ambiental das energias alternativas frente ao petróleo discutindo sua
importância em diversos âmbitos, os problemas que dificultam a sua implantação e as vantagens e
desvantagens existentes.
Resultados e Discussão
Foram analisadas as seguintes fontes alternativas: energia solar, eólica, hidroelétrica, biomassa,
nuclear, carvão, gás natural, geotérmica e maremotriz.
Petróleo
O petróleo é um recurso natural formado principalmente por hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e
aromáticos (Valle, 2007). Atualmente, é a principal fonte de energia, sendo também bastante utilizado
na indústria petroquímica, por exemplo, para fabricação de plásticos, tecidos sintéticos e elastômeros.
A Tabela 1 apresenta os aspectos positivos e negativos da utilização do petróleo como fonte de
energia.
Tabela 1. Aspectos positivos e negativos da utilização do petróleo como fonte de energia.
Aspectos positivos
Conveniente
Alta densidade energética
Facilidade de transporte e de armazenamento
Co-evolução com os equipamentos para seu uso
Carvão
Aspectos negativos
Fortemente poluidor da atmosfera
Preços voláteis
Concentração geográfica das jazidas
Produto cartelizado e mercado manipulável
Vulnerabilidade na oferta - instabilidade geopolítica
Riscos de transporte e armazenamento
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
O carvão é uma rocha sedimentar composta principalmente por carbono e quantidades variáveis de
enxofre, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, entre outros. Acredita-se, que seja o combustível fóssil mais
abundante. A Tabela 2 detalha os aspectos positivos e negativos do uso de carvão como combustível.
Tabela 2. Aspectos positivos e negativos da utilização do carvão como fonte de energia.
Aspectos positivos
Abundante
Economicamente acessível
Uso seguro
Facilidade de transporte e de armazenamento
Amplamente distribuído
Aspectos negativos
Alta emissão de gases de efeito estufa
Necessidade de desenvolvimento de tecnologias que
reduzam emissões de gases estufa a níveis aceitáveis
Extração perigosa
Gás Natural
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos gasosos, cujo principal constituinte é o metano (Valle,
2007). É um combustível fóssil e uma energia não-renovável. A Tabela 3 apresenta os aspectos
positivos e negativos de sua utilização.
Tabela 3. Aspectos positivos e negativos da utilização do gás natural como fonte de energia.
Aspectos positivos
Eficiente
Conveniente
Combustível multiuso
Alta densidade energética
Aspectos negativos
Emissor de gases de efeito estufa
Transporte e armazenamento caro e arriscado
Requer infra-estrutura cara, própria e inflexível
Volatilidade de preços
Jazidas concentradas geograficamente
Produto cartelizado e mercado manipulável
Energia Nuclear
Energia Nuclear é a energia liberada numa reação nuclear, durante a transformação de núcleos
atômicos. A tecnologia nuclear tem a finalidade de aproveitar a energia contida nos núcleos atômicos,
convertendo o calor emitido na reação em energia elétrica. A Tabela 4 mostra os aspectos positivos e
negativos do uso desta energia.
Tabela 4. Aspectos positivos e negativos da utilização da energia nuclear.
Aspectos positivos
Não há emissões de gases estufa
Poucas limitações de recursos
Alta densidade energética
Aspectos negativos
Baixa aceitação da sociedade
Sem solução para eliminação dos resíduos
Operação arriscada e perigosa
Muito intensivo em capital
Biomassa
Biomassa engloba os derivados recentes de organismos vivos utilizados como combustíveis ou para a
sua produção. Pode ser considerado um recurso natural renovável. A Tabela 5 apresenta os pontos
positivos e negativos da utilização de biomassa como fonte de energia focando no principal processo
atualmente utilizado, a produção de etanol.
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
Tabela 5. Aspectos positivos e negativos da utilização de biomassa como fonte de energia.
Aspectos positivos
Produto e subproduto (etanol e
açúcar, bagaço de cana,
respectivamente) são aproveitados
para geração de energia e calor
Aspectos negativos
Ocorrência de processos erosivos
Assoreamento dos cursos d’água superficiais
Alteração da qualidade do solo e dos recursos hídricos pelo uso
de fertilizantes e defensivos agrícolas
Importância relevante na geração de
empregos
Geração de emissões atmosféricas devido às queimadas como
método facilitador do corte
Alteração da dinâmica populacional de comunidades faunísticas
Perda de diversidade biológica pela implantação da monocultura
Aumento da pressão sobre a infra-estrutura viária
Energia Solar
A Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa proveniente do
sol, e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja
diretamente para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou mecânica (Braga et al.,
2005). Os aspectos positivos e negativos da utilização desse tipo de energia podem ser vistos na
Tabela 6.
Tabela 6. Aspectos positivos e negativos da utilização de energia solar.
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Não polui
Manutenção mínima das centrais
É renovável
Existe em abundância
Variação na produção de acordo com a situação climatérica
Armazenamento pouco eficiente
Preços elevados em relação à outros meios de energia
Em países tropicais é viável em
praticamente todo o território
Dispensam frequentemente transporte da
energia a grandes distâncias
Descentralização da geração de energia
Locais em altitude médias e altas sofrem queda brusca na
produção durante os meses de inverno
Eficiência depende de instalação de grandes áreas de
produção
Riscos de transporte e armazenamento
Altos custos dos equipamentos
Energia Eólica
A energia eólica consiste na conversão da energia cinética dos ventos em energia elétrica (Gasch e
Twele, 2002). Na Tabela 7 são apresentados os aspectos positivos e negativos deste tipo de energia.
Tabela 7. Aspectos positivos e negativos da utilização de energia eólica.
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Não há registro de longos períodos recessivos
de situações críticas como nas hidrelétricas
É uma fonte limpa
Extração corresponde a 59% da potência total
disponível
Não utiliza água no processo ou para
resfriamento dos equipamentos
Não gera gases de efeito estufa
Atua em harmonia com a agroindústria, pois
permite a utilização das áreas para atividade
Para ser considerado um potencial eólico, os ventos
devem ser superior a 7m/s ao nível de 50m
Déficit de produção local dos equipamentos
Ausência de informações refinadas impossibilitam
adequação do setor de geração eólica de energia
Ruído dos rotores
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
agrícola e pastoris
Atração de turistas, devido à alterações da
paisagem, gerando renda, emprego,
arrecadações e desenvolvimento regional
Custo com combustível é nulo
Custos com manutenção são baixos
Interferências eletromagnéticas que causam
perturbação nos sistemas de comunicação e
transmissão
Possível interferência na rota das aves que faz com que
possam morrer ao chocar contra as suas hélices
Investimentos altos na construção de cada aerogerador
que podem alcançar milhões de reais
Hidrelétrica
A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através o aproveitamento do potencial
hidráulico de um rio. Para isso, é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado
volume de água e que apresentem desníveis em seu curso. A Tabela 8 apresenta os aspectos positivos
e negativos da utilização dessa energia.
Tabela 8. Aspectos positivos e negativos da utilização energia hidrelétrica.
Aspectos positivos
Aspectos negativos
Transformação limpa do recurso energético natural
Não há resíduos poluentes
Baixo custo da geração de energia
Inundação de grandes áreas, contribuindo
para o aumento do efeito estufa
Inundação de extensas áreas de biomassa
Deslocamento de populações
Proporciona outros usos tais como irrigação,
navegação e amortecimentos de cheias
Construção cara e demorada
Outras fontes de energia
- Geotérmica: é a energia obtida a partir do calor proveniente da Terra, mais precisamente do
seu interior. Contudo, a extração dessa energia só é possível acontecer em poucos lugares. Além
disso, é muito caro perfurar a terra para chegar nas rochas aquecidas. Pelo fato de só existir essa
energia perto de vulcões, muito poucos países geram essa energia.
- Energia maremotriz: é o modo de geração de energia elétrica através da utilização da energia contida
no movimento de massas de água devido às marés. Dois tipos de energia maremotriz podem ser
obtidas: energia cinética das correntes devido às marés e energia potencial pela diferença de altura
entre as marés alta e baixa. A relação entre a quantidade de energia que pode ser obtida com os actuais
meios econômicos e os custos e o impacto ambiental da instalação de dispositivos para o seu processo
impediram uma notável proliferação deste tipo de energia (Braga et al., 2005).
Conclusões
A primeira vantagem de certa quantidade de recursos energéticos renováveis é que não produzem
emissões de gases de efeito estufa nem outras emissões, ao contrário do que acontece com os
combustíveis fósseis. Algumas fontes não emitem dióxido de carbono adicional, exceto aqueles
necessários para a construção e operação, e não apresenta quaisquer riscos adicionais, tais como a
ameaça nuclear, como o desastre em Fukushima, Japão (Bristoti, 1994).
No entanto, alguns sistemas de energias renováveis geram problemas ecológicos particulares. Assim,
as primeiras turbinas eólicas estavam perigosas para as aves, pois suas lâminas giravam muito
rapidamente, enquanto as hidrelétricas podem criar barreiras à migração de certos peixes, um
problema grave em muitos rios do mundo, como por exemplo nos rios na região noroeste da América
do Norte que desembocam para o Oceano Pacífico, a população de salmão diminuiu drasticamente
(Agência Nacional de Energia Elétrica).
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
Um problema inerente à energia renovável é o seu caráter difuso, com exceção da energia geotérmica,
que, no entanto, só está disponível quando a crosta é fina, como as fontes quentes e gêiseres (Allis,
2000).
Nem sempre uma forma de energia renovável possui baixo impacto ambiental. As grandes
hidroelétricas acarretam em enorme impacto ambiental e social, como é o caso, por exemplo, da
Barragem das Três Gargantas, que foi finalizada na China e que provocou o deslocamento de milhões
de pessoas e a inundação de muitos quilômetros quadrados de terras (BBC Brasil, 2006).
A diversidade geográfica dos recursos é também significativa. Alguns países e regiões são
significativamente melhores do que outros recursos, nomeadamente no setor das energias renováveis.
Alguns países têm recursos significativos perto dos principais centros de habitação em que a procura
de eletricidade é importante. A utilização desses recursos em grande escala requer, no entanto,
investimentos consideráveis no tratamento e redes de distribuição, bem como na produção. Além
disso, diferentes países têm diferentes potencialidades energéticas, este fator deve ser sido em conta no
desenvolvimento das tecnologias a por em prática (International Energy Agency).
A produção de energia elétrica exige uma permanente fonte de energia confiável ou suporte de
armazenamento (bomba hidráulica para armazenamento, baterias, futuras pilhas de hidrogênio, etc).
Assim, devido ao elevado custo do armazenamento de energia, um pequeno sistema autônomo é
raramente econômico, exceto em situações isoladas, quando a ligação à rede de energia implica custos
mais elevados. Uma vez que algumas das fontes de energia renováveis proporcionam uma energia de
uma intensidade relativamente baixa, distribuídas em grandes áreas, são necessários novos tipos de
"centrais" para transformá-los em fontes utilizáveis. Para 1.000 kWh de eletricidade, consumo anual
per capita nos países ocidentais, o proprietário de uma casa localizada em uma zona nublada da
Europa tem de instalar oito metros quadrados de painéis fotovoltaicos ,supondo um rendimento médio
de 12,5% da energia, (Agência Nacional de Energia Elétrica). No entanto, com quatro metros
quadrados de coletores solares térmicos, um lar pode ter a energia necessária para a água quente
sanitária, porém, devido ao aproveitamento da simultaneidade, os prédios de apartamentos podem
alcançar o mesmo retorno com menor superfície de colectores e, sobretudo, com muito menor
investimento por agregado familiar.
Com isso, é possível concluir que o petróleo continuará sendo usado em grande escala durante muitas
décadas, e as fontes alternativas, assim como o próprio nome diz, serão apenas uma alternativa em
uma das modalidades do petróleo, lembrando que a commodity mundial é utilizada em diversos setores
devido às possibilidades de seus produtos, que vão desde pseudocommodities até especialidades
químicas, passando pela química fina. Contudo, no balanço global a indústria do petróleo é
responsável pela geração de inúmeros empregos, e o grande aquecimento da economia, porém, numa
visão negativa, ele também é responsável por impactos ambientas em dimensões catastróficas. E é por
isso que se deu o movimento por fontes alternativas, além do petróleo já ter seu fim apontado por
inúmeras vezes, a chamada crise energética.
Tais fontes alternativas, abordadas aqui nesse trabalho, apresentam vantagens e desvantangens sobre o
petróleo, e para valorizá-las frente a esta commodity é necessário investimento em eficiência
energética, avanço nas tecnologias de uso de cada fonte, e o estudo intríseco sobre as potencialidades
energéticas de cada país, vide a diversidade geográfica dos recursos naturais e suas restrições para se
tornar economicamente viável. Com esses pontos pontos completos, estas fontes tornam-se bastante
competitivas e com possibilidade de inserção forte no mercado com o intuito de substituição do
petróleo.
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
Ressalta-se que a recente crise energética e a alta dos preços do petróleo têm determinado uma procura
por alternativas energéticas no meio rural. Entende-se que as condições comerciais estão delineadas,
em forma estrutural, para a viabilização da agroenergia enquanto componente de alta densidade do
agronegócio. As pressões de cunho social (emprego, renda, fluxos migratórios) e ambiental (mudanças
climáticas, poluição) apenas reforçam e consolidam essa postura, além de antecipar cronogramas.
Embora não exista um estudo definitivo comparando a geração de emprego e a renda e sua
distribuição, cotejando as cadeias de energia de carbono fóssil e de bioenergia, a experiência brasileira
indica que é possível gerar 10-20 vezes mais empregos na agricultura de energia (Ministério de Minas
e Energia) comparativamente à cadeia de petróleo.
Referências Bibliográficas
Agência Ambiente e Energia. Disponível em <http://www.ambienteenergia.com.br/>. Acesso em 04
de março de 2011.
Agência Nacional de Energia Elétrica. Disponível em <http://www.aneel.gov.br/>. Acesso em 14 de
março de 2011.
Allis, R. G. Review of subsidence at Wairakei Field, New Zealand, Geothermics 29, 455-478, 2000.
Alvim, C.F.; Eidelman, F.; Mafra, O.; Ferreira, O.C. Energia nuclear em um cenário de trinta anos.
Estud. Av., 21(59), p. 93-104, 2007.
Associação
Brasileira
de
Energia
Eólica.
Disponível
<http://www.abeeolica.org.br/zpublisher/secoes/home.asp>. Acesso em 26 de abril de 2011.
em
BBC Brasil. Disponível em < http://www.bbc.co.uk>. Acesso em 28 de abril de 2011.
Benedito Braga, Ivanildo Hespanhol, João G. Lotufo Conejo, José Carlos Mierzwa, Mario Thadeu L.
de Barros, Milton Spencie, Monica Porto, Nelson Nucci, Neusa Juliano, Sérgio Eiger; Introdução a
Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento sustentável. Editora PRENTICE-HALL. 2ª
edição, 2005. 336p.
Borenstein, S.; Cloudy Outlook For Solar Panels: Costs Substantially Eclipse Benefits, Study Shows.
ScienceDaily,
2009
disponível
em
<http://www.sciencedaily.com/releases/2008/02/080220224901.htm>. Acesso em 05 março 2011.
Bristoti, Anildo. O papel das fontes renováveis de energia para o desenvolvimento do RGS. Porto
Alegre:UFRGS, Núcleo de Energia, PROMEC, 1994. 13p.
British
Petroleum.
Disponível
em
<http://www.bp.com/bodycopyarticle.do?categoryId=1&contentId=7052055>. Acesso em 18 de abril
de 2011.
Gasch, R. e Twele, J. Wind Power Plants: Fundamentals, Design, Construction and Operation.
Solarpraxis AG, Alemanha, 2002. 390p.
International Energy Agency. Disponível em < http://www.iea.org/>. Acesso em 14 de março de 2011.
Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).Disponível em < http://www.petrobras.com.br/pt/>. Acesso em:
21 de abril de 2011.
Plano Nacional de Energia 2030 do Ministério de Minas e Energia. Disponível em
<http://www.mme.gov.br>. Acesso em 04 de março de 2011.
6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS
Reis, L.B. e Silveira, S. Energia Elétrica para o Desenvolvimento Sustentável. Editora da
Universidade de São Paulo, 2000. 289 p.
Valle, M. L. M. Produtos do Setor de Combustíveis e de Lubrificantes, Rio de Janeiro: Publit, 2007.
316 p.
Download

Trabalho