Como reduzir o spread bancário no Brasil
Contribuições de:
Ana Carla Abrão Costa
Andre Cestare
Anne Marie Boudou Carraretto
Everton Gomes F Abreu Santos
Marcio I Nakane
Marianne Thamm Aguiar
Marina Fontes Gontijo
Samuel Pessoa
Plano da apresentação
1.
2.
3.
4.
5.
A queda do spread bancário
Decomposição alternativa à do Banco Central
Quais as particularidades do Brasil?
1.
Quais as principais diferenças da indústria
2.
Como seria o spread com maior escala
Que podemos esperar de:
1.
Cadastro positivo
2.
Redução de compulsórios
Conclusão
Redução do spread
Plano da apresentação
1.
2.
3.
4.
5.
A queda do spread bancário
Decomposição alternativa à do Banco Central
Quais as particularidades do Brasil?
1.
Quais as principais diferenças da indústria
2.
Como seria o spread com maior escala
Que podemos esperar de:
1.
Cadastro positivo
2.
Redução de compulsórios
Conclusão
DECOMPOSIÇÃO
► Uma
planilha excel simula o efeito sobre a taxa de juros nas
operações ativas dos bancos sob as hipóteses:
–Demanda por serviços financeiros totalmente inelástica
• O repasse ao preço é medido pelo deslocamento vertical da
oferta
–Exercício de estática comparativa sob a hipótese de equilíbrio de
longo prazo da indústria
•
O retorno sobre o patrimônio líquido é mantido constante
5
Balanço Patrimonial
Compulsório Remunerado
Compulsório não Remunerado
Títulos Livres
Recursos Liberados
140.063 Dep à Vista
41.091 Poupança
Dep a Prazo
74.547
(0) Debêntures
Crédito Rural
Crédito Imobiliário
Crédito Livre
40.908
177.284
844.628
Créditos em Liquidação
Permanente
Total Ativos
57.554 PDD
111.612 Patrimônio Líquido
Lucros Acumulados
1.487.688 Total Passivos
139.144
278.311
696.122
48.105
57.554
247.974
20.478
1.487.688
Demonstração do Resultado
Receita Créditos Livres
Receita Crédito Imobiliário
Receita Crédito Rural
Receita de Títulos
Receita com Recursos Liberados
Receita Compulsório Remunerado
223.621
21.664
2.831
6.896
(0)
14.136
Despesa Depósito à Vista
Despesa Poupança
Despesa Depósito a Prazo
Despesa Debêntures
(9.935)
(31.644)
(60.911)
(4.450)
Resultado de Intermediação Financeira
162.208
Constituição de PDD
(57.554)
Receita de Serviços
40.552
Custos Administrativos
(111.518)
Despesas Tributárias
(10.645)
Resultado antes de IR/CS
23.043
IR / CS
(2.565)
Lucro Líquido
ROE
20.477,7
8,3%
Planilha de simulação
Saldos:
Captações:
Poupança
Dep. Vista
Dep. Prazo
Debêntures Leasing
Patrimônio Líquido
Permanente
Aplicações:
Empréstimos PF
Títulos Livres
Empréstimos PJ
Compulsórios:
278.311
139.144
696.122
48.105
247.974
111.612
434.202
74.547
463.528
Direcionamentos:
Aliquotas (Remunerado):
Dep. Vista
Poupança
Poupança 2 (Selic)
Dep. Prazo
Debêntures Leasing
5,0%
20,0%
10,0%
10,0%
0,0%
Aliquotas (Não Remunerado):
Dep. Vista
Dep. Prazo
Debêntures Leasing
Poupança
42,0%
9,0%
0,0%
0%
Descontos (Valor):
Dep. Vista
Dep. Prazo
Debêntures Leasing
Desconto Poupança
Dep. Prazo 2
Aliquotas:
Créd. Rural
Créd Imobiliário
Impostos:
30,0%
65,0%
Taxas (ao ano):
Aliquotas:
PIS/COFINS
ISS
IR
CS
IOF PF
CPMF
IOF PJ
4,65%
3,00%
25,00%
9,00%
3,38%
0,00%
1,38%
IR RF PF
20,00%
40.000
40.000
20.000
Simular
Indicadores:
SELIC
CDI
TJLP
Dep. à Vista
Poupança
Dep. Prazo
Debêntures
Crédito Rural
Crédito Imobiliário
Empréstimos PF
Empréstimos PJ
Transfer Price
Transfer Imob
Transfer Rural
9,25%
8,96%
6,25%
7,14%
11,37%
8,75%
9,25%
6,92%
12,22%
35,70%
18,30%
9,25%
12,22%
6,92%
Tx Rec Liberados
25,38%
Após SIMULAÇÃO
Empréstimos PF"
35,70%
Empréstimos PJ"
18,30%
Voltar a situação inicial
Créditos Livres
18,70%
Taxa PF
35,70%
Taxa PJ
18,30%
Taxa PF
Taxa PJ
39,08%
19,68%
Spread PF
31,31%
Spread PJ
11,91%
Receita de Serviços (% da margem)
Índice de Eficiência
Inadimplência PF
Inadimplência PJ
Inadimplência Rural
Inadimplência Imob
Inadimplência Créditos Livres
18,70%
31,31%
25%
55%
8,60%
3,40%
2,00%
2,00%
5,46%
visão Banco
visão Cliente
Decomposição
Consolidação Spread Visão cliente
Compulsórios/Direcionamentos/Tributação/Inadimplência = ZERO
Situação
Inicial
Compulsórios não remuneados
Dep. à prazo
37,56%
-0,77 pp
-2,0%
Compulsórios Remunerados
Spread Cliente PF
38,33%
Redução da taxa (pontos de percentagem)
Redução da taxa (%)
Dep. à vista
37,41%
-0,92 pp
-2,4%
Dep. Vista
38,23%
-0,09 pp
-0,2%
Spread Cliente PF
38,33%
Redução da taxa (pontos de percentagem)
Redução da taxa (%)
Créd. Rural
36,94%
-1,39 pp
-3,6%
Créd Imobiliário
35,12%
-3,21 pp
-8,4%
Total''
34,08%
-4,25 pp
-11,1%
Spread Cliente PF
38,33%
Redução da taxa (pontos de percentagem)
Redução da taxa (%)
PIS/COFINS
35,19%
-3,14 pp
-8,2%
ISS
37,88%
-0,45 pp
-1,2%
IR
36,07%
-2,26 pp
-5,9%
Spread Cliente PF
38,33%
Redução da taxa (pontos de percentagem)
Redução da taxa (%)
PF
25,11%
-13,22 pp
-34,5%
PJ
34,96%
-3,36 pp
-8,8%
Poupança
37,52%
-0,81 pp
-2,1%
Poupança 2 (Selic)
38,01%
-0,31 pp
-0,8%
Dep. Prazo
37,78%
-0,54 pp
-1,4%
Total'
35,37%
-2,96 pp
-7,7%
IOF PJ
38,33%
0,00 pp
0,0%
-3,44 pp
-9,0%
Direcionamentos
-4,60 pp
-12,0%
Tributação
CS
37,34%
-0,99 pp
-2,6%
IOF PF
34,95%
-3,38 pp
-8,8%
CPMF
38,33%
0,00 pp
0,0%
Imob.
36,97%
-1,35 pp
-3,5%
Livres
38,33%
0,00 pp
0,0%
Total'''
21,04%
-17,29 pp
-45,1%
IR RF PF
38,33%
0,00 pp
0,0%
Total''
28,98%
-9,35 pp
-24,4%
-10,21 pp
-26,6%
TOTAL
11,08%
-27,24 pp
-71,1%
-36,53 pp
-95,3%
Índice de
Eficiência
IE
20,92%
-17,40 pp
-45,4%
TOTAL
20,92%
-17,40 pp
-45,4%
-17,40 pp
-45,4%
Lucro do
Banco
ROE
21,73%
-16,60 pp
-43,3%
TOTAL
21,73%
-16,60 pp
-43,3%
-16,60 pp
-43,3%
Inadimplência
Rural
37,98%
-0,35 pp
-0,9%
-18,29 pp
-47,7%
Índice de Eficiência = ZERO
Spread Cliente PF
38,33%
Redução da taxa (pontos de percentagem)
Redução da taxa (%)
Lucro do Banco = ZERO
Spread Cliente PF
38,33%
Redução da taxa (pontos de percentagem)
Redução da taxa (%)
Spread PF - Visão Cliente
Importância Relativa
Compulsórios
4.36%
Direcionamentos
6.26%
Lucro do Banco
24.47%
Tributação
13.78%
Índice de Eficiência
25.65%
Inadimplência
25.48%
Decomposição do spread
Banco Central do Brasil
Custo do Compulsório
4%
Resíduo Líquido
27%
Tributos e Taxas
19%
Custo Administrativo
13%
Inadimplência
37%
Plano da apresentação
1.
2.
3.
4.
5.
A queda do spread bancário
Decomposição alternativa à do Banco Central
Quais as particularidades do Brasil?
1.
Quais as principais diferenças da indústria
2.
Como seria o spread com maior escala
Que podemos esperar de:
1.
Cadastro positivo
2.
Redução de compulsórios
Conclusão
COMPARAÇÃO INTERNACIONAL
►Comparação
internacional para entender
melhor as especificidades do sistema bancário
brasileiro
►Empregar base dados comparação entre países
►Base de dados do Banco Mundial
–“Financial Institutions and Markets across Countries
and over Time, Data and Analysis,” de Thorsten Beck,
Asli Demirgüç-Kunt e Ross Levine, Maio de 2009
–Analisar os dados com cuidado: as estatísticas de
desempenho do setor (como ROA, ROE e NIM)
correspondem a média aritmética para o setor
MÉDIA DAS ESTATÍSTICAS PARA O MUNDO E PARA O BRASIL
5 anos (2003-2007)
Conclusões I
•
•
•
O sistema bancário brasileiro encontra-se no meio de
um processo de ajustamento
•Redução dos custos administrativos
•Redução da participação do permanente no ativo total
•Crescimento da intermediação
Claramente o sistema tem dificuldades para gerar ativos
privados
•Baixa alavancagem
•Muito mais ativos do setor público do que privados no
sistema
Medidas que promovem a geração de ativos privados
podem contribuir a reduzir os spreads
Plano da apresentação
1.
2.
3.
4.
5.
A queda do spread bancário
Decomposição alternativa à do Banco Central
Quais as particularidades do Brasil?
1.
Quais as principais diferenças da indústria
2.
Como seria o spread com maior escala
Que podemos esperar das mudanças
1.
Cadastro positivo
2.
Redução de compulsórios
Conclusão
Cadastro Positivo
Cadastro positivo
Efeito direto
Spread bancário
- Inadimplência
- Relação crédito/PIB
- Competição
Efeito indireto
Efeito Direto da qualidade da informação
k
spreadit  a 0  a i  Infit  1nplit   2credpibit   3Competit   i Xi  u it
i 1
Efeitos indiretos da qualidade da informação
L

nplit  b0  bi  1 Infit    i Z i  eit
i 1

L

credpibit  c0  ci   2 Infit   i Z i   it
i 1

L

Com petit  d 0  d i   3 Infit    i Z i   it
i 1

Efeitos totais da qualidade da informação
spreadit
dInfit
 (   11   2 2   3 3 )
Infit
dt
Tabela 1: Sumário dos efeitos do cadastro positivo
Nota: *Efeitos estimados com base nos spreads bancários médios das taxas de juros referenciais em julho de 2009 (26.8% a.a.).
Elaboração: Tendências.
Efeitos totais: variação (%)
Índice de
informação
Ind. informação, subam.
Cobertura
Privada
Cobert. Priv., subam.
Modelo 1
-4.8%
-4.4%
-7.8%
-7.0%
Modelo 2
-4.2%
-4.4%
-8.6%
-7.0%
Modelo 3
-3.5%
-0.5%
-1.0%
-0.9%
Modelo 4
-0.7%
-1.0%
-0.4%
-3.7%
Modelo 5
-0.7%
-1.0%
-4.8%
-3.7%
Efeitos totais: pontos porcentuais*
Índice de
informação
Ind. informação, subam.
Cobertura
Privada
Cobert. Priv., subam.
Modelo 1
-1.29
-1.18
-2.10
-1.88
Modelo 2
-1.14
-1.18
-2.30
-1.89
Modelo 3
-0.93
-0.14
-0.27
-0.25
Modelo 4
-0.20
-0.26
-0.10
-0.99
Modelo 5
-0.20
-0.26
-1.30
-1.00
Impactos no spread de mudanças nas alíquotas do compulsório sobre depósitos à vista
Produtos considerados na análise
PJ
PF
Desconto de duplicatas (pré)
Cheque especial
Capital de giro (pré)
Crédito pessoal
Conta garantida (pré)
Aquisição de bens (veículos)
Aquisição de bens PJ (pré)
Aquisição de bens (outros)
Vendor (pré)
Em relação à representatividade desses produtos selecionados na totalidade das carteiras PF e PJ,
temos que para PF correspondem a cerca de 86,6 % do saldo de crédito com recursos livres
referenciais para taxa de juros PF (em maio de 2009). Para PJ, no entanto, ao excluirmos todas as
operações com taxas pós-fixadas e flutuantes, estamos considerando menos que 32,1 % do saldo
de crédito com recursos livres referenciais para taxa de juros PJ (também em maio de 2009).
Equação reduzida PJ
juros_pj
juros_pj (-1)
CDI (-1)
alíquota compulsório vista
D.PIM_s (-2)
Highyields
Crédito/depósitos (-2)
desemprego
D.lnBNDES_direto (-2)
prazo_pj
Constante
Número de observações
F(9,83)
R2 ajustado
Número de Observações
F (19 , 84)
R2 ajustado
103
244
0,9687
Coeficiente
0.694
2.428
0.093
-0.043
0.002
-0.017
-0.473
4.963
-0.016
15.637
P-valor
0.00
0.01
0.00
0.39
0.04
0.07
0.00
0.28
0.19
0.00
93
343.3
0.9613
Tabela 07 – Impacto da redução do compulsório no equilíbrio do mercado de crédito PF
Equação Reduzida
Equilibrio Observado (valores abril 2009)
Equilibrio Inicial: Projeção via eq. Reduzida
Equilibrio Final (Ausencia de compulsório)
Variação Percentual
Varição em pontos percentuais
20,245.58
20,964.47
22.29
(939.33)
3,5%
(20,942.18)
50.20
50.58
43.98
-13%
(0.15)
(6.60)
Tabela 8 – Impacto da redução do compulsório no equilíbrio do mercado de crédito PJ
Equação Reduzida
Equilibrio Observado (valores abril 2009)
Equilibrio Inicial: Projeção via eq. Reduzida
Equilibrio Final (Ausencia de compulsório)
Variação Percentual
Varição em pontos percentuais
37,000,000
34,900,980
36,908,594
0.05
5,8%
43.50
43.90
39.00
-11,2%
(0.13)
(4.91)
Gráfico 06 – Novo equilíbrio do mercado de crédito PF após redução do
compulsório
60
Eq. c/comp.: (20,9MM; 49,0%)
Eq. s/comp.: (22,3MM; 42,3%)
70
65
Gráfico 7 – Novo equilíbrio do mercado de crédito PJ após redução do
compulsório
Eq. c/comp.: (35,3MM; 41,9%)
Eq. s/comp.: (37,3MM; 36,3%)
55
60
50
55
45
50
45
40
40
35
35
- 5,6 p.p.
30
30
25
25
20
20
10
12
14
Demanda
16
18
Oferta
20
22
24
Oferta_original
26
28
30
32
Demanda Original
34
20
25
30
Demanda
Oferta
35
40
Oferta_original
45
50
Demanda Original
Conclusão II
►Mostramos
que há evidência internacional de que a
qualidade das informações de crédito tem impactos
significativos sobre o spread.
►Verificamos que no Brasil teria efeitos similares
►Mostramos que cortes dos compulsórios levam a
redução dos spreads e aumento dos volumes de crédito.
►A agenda atual –(i) redução dos entraves regulatórios,
compulsórios e direcionamentos; (ii) melhora nas
informações de crédito; (iii) aumento da segurança
jurídica, melhora na qualidade das garantias e nova lei
de falência – está no caminho certo.
►O maior desenvolvimento do mercado financeiro e de
capitais e de câmbio, deve contribuir para uma maior
redução do spread.
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Apresentação Tomás Málaga