Sá e Silva pondera
candidatura a líder
do Montepio Geral
Banca
Cristina Ferreira
Presidente da União das
Mutualidades Portuguesas
foi convidado por
associados do Montepio.
Eleições são em Dezembro
Luís Sá e Silva, presidente da União
das Mutualidades Portuguesas, está
ponderar concorrer às próximas
eleições do Montepio Geral (MG),
actualmente presidido por Tomás
Correia, e que vão eleger os novos
órgãos sociais. Os associados do
Montepio Geral deverão ser chamados a votar em Dezembro.
a
"Confirmo que fui convidado
por um grupo de associados para
apresentar uma candidatura à liderança do Montepio Geral e estou a
ponderar essa possibilidade, mas
ainda não tomei uma decisão final",
disse ao PÚBLICO Luís Sá e Silva,
57 anos, licenciado em Animação
Sociocultural.
Com 530 mil associados, o Montepio irá a votos em De-
zembro, com a campanha eleitoral
a arrancar no Outono. Nas últimas
eleições, apenas 10% dos associados
do MG com direito a voto decidiram
manifestar nas urnas a sua posição.
Desconhece-se ainda se a actual di-
recção se recandidata.
"Fiquei surpreendido quando
me fizeram o convite", avançou Sá
e Silva, que representa ainda a Mutualidade de Santa Maria, de Ovar,
evocando que, na altura, lhe foi dito
que o faziam por "entenderem que
tenho defendido os valores da economia social e os princípios mutualistas". Instado a explicar quem, no
caso de aceitar disputar a liderança
do Montepio Geral, irá propor para
integrar a sua equipa, dado que não
tem formação em gestão, Sá e Silva
garantiu que serão "homens com
experiência na área financeira". E
atenderá ao facto de "o mundo e
o sector bancário estarem a sofrer
grandes alterações, em consequência de um crise em parte provocada
pelos homens da banca que promoveram situações menos ilícitas movendo-se por critérios sem ética".
Um dos temas que terão levado
um grupo de associados a contactar
Sá e Silva prende-se com a decisão
de aquisição do Finibanco em Julho
de 2010. Uma operação contestada
por alguns associados do grupo Caixa Económica Montepio Geral que
alegam que deteriorou as contas da
associação mutualista. Por exemplo,
no bloque Transparência e Escrutínio, João Simeão, ex-colaborador
do grupo (e associado), na última
sexta-feira, escreveu sobre o tema,
notando que "o Montepio pagou
(ou está a pagar) pelo Finibanco:
341 milhões da OPA; mais de 300
milhões em obrigações e juros; mais
de 200 milhões de desvalorização
de capital, o que totaliza cerca de
900 milhões, aos quais há a adicionar o custo dos cerca de 900 excedentários e todo o drama social que
lhe está subjacente".
Luís Sá e Silva foi eleito em Dezembro de 2011 para presidir à União das
Mutualidades Portuguesas durante
o triénio 2012/14. A votação foi disputada ainda por Alberto Regueira, alinhado com Tomás Correia, o
actual presidente do Montepio Geral. No seu programa de acção da
candidatura, Sá e Silva propôs-se
fazer diligências para criar farmácias sociais e novos apoios na área
da previdência
social.
A liderança
do Montepio Geral vai ser decidida
pelos associados
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