FORUM DE ANÁLISE DA ACIDENTALIDADE - DETRAN/RS : A SEGURANÇA DO TRÂNSITO
SOB A ÓTICA DO DIREITO, DA ECONOMIA, DA EDUCAÇÃO E DA PSICOLOGIA
Porto Alegre (RS), 14 de julho de 2005
ACIDENTE DE TRÂNSITO E
PSICOLOGIA:
Além da análise de risco objetivo
Maria Helena Hoffmann, Dra.
Universidade do Vale do Itajaí
Secretaria da Segurança Pública e Defesa do Cidadão-SC
FORUM DE ANÁLISE DA ACIDENTALIDADE - DETRAN/RS : A SEGURANÇA DO TRÂNSITO
SOB A ÓTICA DO DIREITO, DA ECONOMIA, DA EDUCAÇÃO E DA PSICOLOGIA
Porto Alegre (RS), 14 de julho de 2005
Introdução
POLÍTICA NACIONAL DE TRÂNSITO
PORTARIA Nº 737, 16/05/2001 –
Ministério da Saúde
Entrada de dados
Percepção
A ten ção
detecção
Processos
cognitivos
discriminação
Fatores
moduladores
avaliação
identificação
Processos
motivacionais
compreensão
previsão
decisão
julgamento
Tomada de decisão
Diagrama da atividade do condutor (Hoffmann, 2003)
O QUE É A ATIVIDADE DE
CONDUZIR UM VEÍCULO
AUTOMOTOR?
É um trabalho psicofísico, espacial,
variável, percepto-reacional,
atitudinal, mas com um amplo
fundo automatizável.
O QUE ESTÁ EM JOGO NESTA
ATIVIDADE?
-É uma tarefa complexa.
-De passos auto-impostos – sob controle do
condutor.
-É uma habilidade perceptivo-motriz. Mas, o
desempenho eficaz depende da motivação
para executar as habilidades para bem dirigir.
-A habilidade para conduzir veículo não é um
traço isolado do comportamento: é o
complexo global da personalidade.
O QUE ESTÁ EM JOGO NESTA
ATIVIDADE?
-A motivação para conduzir eficazmente
influi na tomada de decisão na
condução do veículo, em termos de
expectativas, nível subjetivo de risco e
ação desejada.
-A tomada de decisão é regida pelo
estado emocional.
-O equilíbrio emocional, de atuação e
decisão leva a uma condução segura.
O QUE ESTÁ EM JOGO NESTA
ATIVIDADE?
-Motivos: levam o condutor a agir; determinam o
que ele tenta fazer numa situação de trânsito.
-Motivos excitatórios (agressividade, rancor...):
levam a decisões arriscadas
-Percepção antecipada: favorece a habilidade de
conduzir com eficácia (decorrente da
experiência)
-Excesso de confiança em si mesmo (na habilidade
de conduzir)
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
Conjunto de distintos procedimentos ou
metodologias de análise aplicados a
diferentes níveis, cujo objetivo maior é
conhecer:
-Onde
-Quando
-sob que Circunstâncias
-Quem são os envolvidos
-COMO e POR QUÊ ocorrem os acidentes
-Quais medidas podem ser aplicadas para
diminuí-los, e
-Qual a eficácia dessas medidas (mensuração)
NÍVEIS NA INVESTIGAÇÃO DE
ACIDENTES
Nível básico
Nível médio
Nível em profundidade
Como e Por quê
Estes níveis variam, fundamentalmente, no
detalhe e na quantidade da informação disponível
sobre cada acidente.
O QUE APRENDEMOS A RESPEITO
DE FATORES DE ORIGEM DE
ACIDENTES?
•Não contamos com uma teoria científica
unificada a respeito do trânsito. Para consegui-la,
se requer conhecimentos oriundos da Psicologia,
Administração, Medicina, Engenharia...
•Inicialmente, a investigação era do tipo
analítico-descritivo, na qual se distinguiam
fatores humanos, veículos e estado das vias,
separadamente considerados. Hoje em dia, com
um enfoque integrado, o esforço é por uma visão
sistêmica/holística.
O QUE APRENDEMOS A RESPEITO DE FATORES DE ORIGEM
DE ACIDENTES? CONT.
•Trata-se de um risco social, mais que pessoal:
o risco individual é muito baixo, ainda que
como risco coletivo ou social é alto.
As
pessoas consideram que sua probabilidade de
se acidentar é praticamente nula, assim,
conseqüentemente, a motivação individual
para a segurança é baixa
•Dispõe-se de um sistema frágil de diagnóstico
a respeito das causas dos acidentes
O QUE APRENDEMOS A RESPEITO DE FATORES DE
ORIGEM DE ACIDENTES? CONT.
•Investigações desenvolvidas relativas aos fatores
humanos que intervem na produção de acidentes
sugerem como causas: atenção inadequada aos
estímulos da via, velocidade, distração, assunção ou
atribuição equivocada, manobra imprópria, uso de
álcool e outras drogas
•Conceitos que são necessários levar em conta na
investigação sobre origem dos acidentes: risco
objetivo e subjetivo, exposição-mobilidade, estilo de
condução, competências (saber, saber-fazer e quererfazer a ação), papel de usuário, atitudes, normas
subjetivas, busca de sensações e aventura, prazerconforto, economia...
Resultado da análise
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