Ricardo Rezer (Org.)
ÉTICA E CIÊNCIA NA
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Ricardo Rezer (Org.)
ÉTICA E CIÊNCIA NA
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Chapecó, 2013
Reitor: Odilon Luiz Poli
Vice-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão: Maria Aparecida Lucca Caovilla
Vice-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento: Claudio Alcides Jacoski
Vice-Reitor de Administração: Antônio Zanin
Diretora de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu: Maria Assunta Busato
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem autorização
escrita do Editor.
378
E84e
Ética e ciência na educação superior / Ricardo Rezer (Org.). Chapecó : Argos, 2013.
197 p. ; 23 cm. - (Debates ; 5)
Inclui bibliografias
Textos em português e espanhol
ISBN: 978-85-7897-100-7
1. Ensino superior. 2. Ética. 3. Ciência. 4. Ensino superior –
Finalidades e objetivos. I. Rezer, Ricardo. II. Título. III. Série.
CDD 378
Catalogação elaborada por Caroline Miotto CRB 14/1178
Biblioteca Central da Unochapecó
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Coordenador
Dirceu Luiz Hermes
Conselho Editorial
Rosana Maria Badalotti (presidente), Carla Rosane Paz Arruda Teo (vice-presidente),
André Onghero, César da Silva Camargo, Dirceu Luiz Hermes, Maria Aparecida Lucca Caovilla,
Maria Assunta Busato, Murilo Cesar Costelli, Tania Mara Zancanaro Pieczkowski,
Valéria Marcondes
Sumário
9
Prefácio
Maria Luiza de Souza Lajus
11
Carta do reitor
Odilon Luiz Poli
15
Apresentação
Ricardo Rezer
21
A universidade como outra possibilidade:
ética e ciência nesse caminho
António Camilo Cunha
39
Ética e ciência na Educação Superior:
formação para a cidadania democrática
Cláudio Almir Dalbosco
67
Ética do discurso: uma possibilidade em pesquisa
Ireno Antônio Berticelli
87
La transición universitaria del claustro a la empresa:
tensiones éticas suscitadas por la gestión neoliberal
Josep M. Blanch
109
Notas sobre Ética e Ciência na Educação Superior
Ricardo Rezer
139
El sujeto en la Educación Superior
Rodolfo Rozengardt
167
Expansão e inclusão na universidade: uma questão ética
Tania Mara Zancanaro Pieczkowski
193
Sobre os autores
Prefácio
É com muita satisfação e orgulho que escrevo o prefácio a este livro
organizado pelo amigo e professor Ricardo Rezer. O debate sobre
Ética e ciência na educação superior é um tema extremamente relevante e
atual, considerando o momento histórico em que a Educação Superior
tem sido tratada como mercadoria, objeto de transações lucrativas e
de interesses que contrariam os princípios éticos da produção do conhecimento voltada para o desenvolvimento da humanidade.
Outro fator que torna importante esta obra é ter sua origem
num debate que envolveu, inicialmente, cientistas de diferentes países:
Espanha, Portugal, Argentina, Brasil e Inglaterra, confluindo para
pontos comuns e ou, mesmo diferentes, no que se refere à ética, à
ciência e ao ensino superior. O debate revela que o mundo carece de
novas relações que sejam capazes de produzir uma sociedade livre e
com direito a condições dignas de vida para todos. O ensino superior
necessita, portanto, priorizar no processo de formação profissional e
na produção do conhecimento uma ética cidadã, uma ciência voltada
para a inovação, sim, para a produção de tecnologias também, mas que
contribuam para diminuir as distâncias entre os cidadãos e não apenas
para favorecer a concentração de renda em escala global, nefasta ao
9
desenvolvimento de uma sociedade que tenha o ser humano como
centro de suas preocupações.
Se hoje a sociedade do conhecimento é parâmetro para o próprio
sistema capitalista, como o acesso à informação pode ser traduzido em
novas formas de resistência e de emancipação das populações?
Ciência e Ética devem constituir-se em canais capazes de
produzir profundas modificações que possibilitem, pelo acesso ao conhecimento crítico, o surgimento de uma nova sociedade que avance
rumo a uma realidade concreta em que os direitos sejam efetivamente
garantidos para todos e que não sejam mínimos, apenas de sobrevivência, mas que permitam a plena existência do ser humano.
Cabe à Universidade desvencilhar-se da simples submissão às
amarras mercantis e, pautada por uma ética garantidora de direitos
e uma ciência que permita a emancipação dos sujeitos, contribuir
incansavelmente para que, de forma inovadora, construa junto com
a sociedade caminhos para avançar na direção de uma racionalidade
realmente democrática, cidadã e inclusiva.
O III Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da
Unochapecó pretendia uma reflexão crítica a respeito do papel da
Universidade no mundo atual, elegendo para tal o caminho da ética
e da ciência, e resultou na organização desta obra que, ao possibilitar
ampliar tal debate, se torna um instrumento de reflexão permanente
de um ensino superior comprometido com o destino da humanidade
naquilo que ela tem de mais caro, que são os seres humanos.
Chapecó, outubro de 2012.
Maria Luiza de Souza Lajus
Vice-reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão
da Unochapecó (Gestão 2008-2011).
10
Carta do reitor
Em um tempo de profundas mudanças sociais, a educação superior
não poderia ser uma exceção. Novos modelos institucionais marcam
presença no cenário, incluindo faculdades dedicadas exclusivamente
à oferta de cursos de formação profissional, criadas e geridas como
negócio lucrativo, e universidades que, em todo o mundo, experimentam profundas transformações internas e estabelecem fortes relações
com a sociedade externa, assumindo, deliberadamente, posição ativa
na promoção do desenvolvimento econômico e social da sociedade.
Sob o conceito de universidade empreendedora, muitas instituições assumem posição de vanguarda no processo de inovação, em
estreita vinculação com o setor produtivo, agregando à sua missão
a atuação direta no processo de desenvolvimento econômico da
sociedade.
Expandindo seu foco tradicional na geração e socialização do conhecimento, passam a incluir no horizonte de investigação a superação
de desafios concretos enfrentados no ambiente produtivo, em articulação e interação com os atores da sociedade (empresas e governos).
Novas estruturas voltadas diretamente à promoção da inovação
produtiva (Núcleos de Inovação e Transferência de Tecnologia, In-
11
cubadoras, Parques Tecnológicos etc.) passaram a fazer parte da sua
organização, modificando sensivelmente o ambiente tradicional da
universidade.
Em lugar de uma Universidade preocupada com a produção e
divulgação de saberes (ciência, arte e cultura) e do pensamento crítico
e criativo, preocupada com a formação do homem e do saber humano,
passamos a conviver com uma universidade posicionada como vetor
do desenvolvimento econômico e da inovação, essencial à competitividade e ao sucesso na nova sociedade do conhecimento e orientada
por novos critérios como a eficiência e a produtividade.
Essa parece ser, aliás, a tônica predominante em toda a sociedade,
cada vez mais globalizada e integrada pelas tecnologias da informação. Novas fronteiras se rompem a cada dia, a cada nova descoberta
científica, a cada avanço das tecnologias da informação, permitindo
a criação de mecanismos de aproximação entre as pessoas e organizações, inimagináveis há algumas poucas décadas. Ao mesmo tempo,
as pessoas parecem sentir-se cada vez mais assoberbadas e envolvidas
em um ritmo de tal modo frenético que parecem ter, a cada dia que se
passa, cada vez menos tempo para si mesmas e para os outros.
Mudanças de tal monta, evidentemente, não poderiam deixar
de provocar reações de estranhamento e de questionamento do seu
sentido ético existencial e, até mesmo, reações de oposição e resistência,
como, por exemplo, o movimento slow life que, em vários países, reage
a essa cultura de competição, eficiência econômica e rapidez e propõe
uma vida mais calma, relaxada e confortável e a busca da felicidade
acima da eficiência econômica.
E a universidade, nessa sua nova configuração, para onde estará
caminhando? Qual o sentido ético dessas transformações pelas quais
vem passando? Terá a universidade abandonado sua missão clássica
12
de ser um espaço de consciência crítica da sociedade sobre si mesma
e de produção livre e independente da ciência e da cultura? Haverá
espaço para a busca do bem comum nessa nova configuração da ação
universitária, ou terá ela se rendido inevitavelmente à invasão capitalista
e à exploração comercial de seu potencial?
Essas são justamente as interrogações que este livro vem-nos
propor. Recusando-se ao conformismo e assumindo a difícil tarefa da
crítica e da interrogação dos sentidos dos novos modelos institucionais presentes na educação superior e dos novos afazeres cotidianos
da comunidade universitária, esta excelente obra nos convida a uma
reflexão inquietante e, por vezes, até incômoda. Mas, por outro lado,
profundamente necessária e pertinente, possibilitando que, no afã da
(re)construção de uma universidade sustentável e sintonizada com os
novos apelos da sociedade, não percamos de vista o sentido existencial
do que fazemos. Ciência para quem? Como fazer da universidade um
bem público neste novo cenário?
Ouso dizer que é praticamente impossível passar ileso por sua
leitura. Por isso tenho convicção de que trará grande contribuição à
compreensão do novo momento pelo qual passamos no contexto da
educação superior e à orientação ético-política das ações das instituições e das pessoas no seu interior.
Boa leitura.
Chapecó, outubro de 2012.
Odilon Luiz Poli
Reitor da Unochapecó.
13
Apresentação
Esta obra coletiva é resultado do III Seminário Integrado de Ensino,
Pesquisa e Extensão da Unochapecó, ocorrido em setembro de 2011,
na Unochapecó. O evento teve por objetivo problematizar, refletir e
discutir, de forma crítica, as aproximações e distanciamentos entre
ética e ciência nas diferentes dimensões da Educação Superior. Para
tal, procurou abrir espaço para diferentes perspectivas, diferentes
culturas, diferentes formas de pensar as relações entre ética e ciência
na Educação Superior.
Os autores da proposta são oriundos de cinco diferentes instituições de ensino superior de quatro diferentes países, nomeadamente,
Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Chapecó, Brasil);
Universidade de Passo Fundo (Passo Fundo, Brasil); Universidade
do Minho (Braga, Portugal); Universidade Autônoma de Barcelona
(Barcelona, Espanha); e Instituto Superior de Educación Física de La
Pampa (General Pico, Argentina). Este grupo, oriundo de diferentes
contextos, permitiu uma diversidade de olhares ao tema central, que em
muito pode contribuir com o debate em questão. Inclusive, a escrita na
língua original de cada texto foi preservada, com o objetivo de ampliar
a riqueza da obra, da mesma forma que permite uma compreensão mais
15
elaborada sobre o contexto no qual cada texto se edificou, cada qual
a sua maneira, trazendo um importante arcabouço cultural arraigado
em cada um dos escritos.
Com este pano de fundo, a obra se apresenta na direção de
contribuir com o debate acerca da histórica ruptura entre filosofia e
ciência, neste caso, no âmbito da universidade. Como desdobramento
disso, é possível considerar as dificuldades em encontrar “brechas” em
nossa agenda cotidiana que permitam discutir, por exemplo, as “origens” do conhecimento com o qual lidamos, na condição de docentes
que fazem pesquisa, ensino e/ou extensão, bem como refletir acerca
do compromisso ético de pensarmos nosso próprio trabalho. Neste
caso, uma postura importante para a discussão trata-se do esforço de
recuperar os nexos entre filosofia e ciência no cotidiano do trabalho
docente, na feitura de pesquisas, no trabalho de extensão e na docência. Eis aí uma boa oportunidade de articular então, ética e ciência,
pensando esta articulação como possível “temática transversal” para o
desenvolvimento da própria universidade, esforço que ilustrou o pano
de fundo dos capítulos que constituem esta obra.
Nesta direção, propomo-nos a contribuir no processo de alargar
a dimensão da reflexão sobre as filosofias implícitas no cotidiano do
trabalho desenvolvido na Educação Superior, inclusive, suspeitando de
nosso próprio trabalho e das atitudes investigativas que empreendemos.
Entendemos que um esforço como este pode permitir, como professores da Educação Superior, interrogarmo-nos coletivamente sobre o
significado das diferentes dimensões com as quais nos envolvemos, bem
como para quê e para quem a universidade produz ciência, fortalecendo
o conhecimento sobre nós mesmos e sobre aquilo que fazemos.
Da mesma forma, a obra se propõe a evidenciar a complexidade
da Educação Superior, o que pressupõe de antemão, conexões entre
diferentes conhecimentos, entre estes e a sociedade, a cultura e as espe16
cificidades tratadas nas diferentes dimensões deste âmbito, e também
reconhecer e enfrentar os “porquês” pelos quais a própria universidade
se justifica em um mundo globalizado, pautado por uma agenda neoliberal. Tal pretensão se traduz no exercício coletivo ora proposto, que
pressupõe a presença da ética como capacidade de interrogação sobre
aquilo que fazemos em nosso cotidiano.
Partindo desses breves comentários, esta obra coletiva intenta
exercitar uma postura ética de interrogação acerca do próprio “ser-professor” e do pano de fundo que orienta o desenvolvimento das
pesquisas, do cotidiano, das escolhas, dos conhecimentos, bem como
as dúvidas, certezas (sempre provisórias) e dilemas presentes na Educação Superior, como uma perspectiva coletiva de lidar com maior
tranquilidade em meio à complexidade inerente a este contexto. As
questões aqui abordadas se destinam a compor um ambiente para as
discussões que serão desenvolvidas por cada um dos autores, considerando o contexto das diferentes instituições às quais fazem parte. Sem
dúvida, um esforço como este pode e deve derivar distintas questões,
comentários e críticas nos diferentes cenários em que for abordado
pelos leitores, o que representa, em última instância, um esforço de
diálogo, de interlocução entre diferentes horizontes na direção a possibilidades de entendimento.
Enfim, compreendemos que uma obra coletiva que se propõe a
discutir as relações entre ética e ciência nas diferentes dimensões da
Educação Superior representa um esforço importante, especialmente em
tempos de apressamento, atarefamento e (aparente) barateamento da capacidade intelectual docente, inclusive, no âmbito da Educação Superior.
Chapecó, outubro de 2012.
Ricardo Rezer
Organizador.
17
Sobre os autores
António Camilo Cunha: licenciado em Ensino da Educação Física
pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo
Brando (1999); mestre em Ciências de Educação – Metodologia da
Educação Física, pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (1995); doutor em Estudos da Criança pelo
Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho (2001);
agregado (Livre Docência) em Ciência do Desporto pela Faculdade
de Desporto da Universidade do Porto. Atualmente é professor no
Instituto de Educação – Departamento de Teoria de Educação, Expressões Artísticas e Física da Universidade do Minho – Portugal. É
autor, juntamente com João Manuel Petrica, do livro O Pensamento
do Professor (Braga: Casa do Professor). Também é autor da obra
Os Professores (também) são pessoas, juntamente com Adriana Maria
Stadnik e Beatriz Pereira (Viseu: Vislis, 2009). Além destes, é autor
das obras Ser Professor – bases de uma sistematização teórica (Braga:
Casa do Professor, 2008); Formação de professores – a investigação por
questionário e entrevista (Vila Nova de Famalicão; Magnólia, 2008);
193
Pós-modernidade, socialização e profissão dos professores (de educação física).
(Lisboa: Vislis, 2008); e A Educação Física em Portugal: os desafios na
formação de professores (Porto: Estratégias Criativas, 2007).
Cláudio Almir Dalbosco: professor do curso de Filosofia e do
Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de
Passo Fundo (UPF/RS) e pesquisador produtividade do CNPq.
Doutorou-se em Filosofia pela Universität Kassel, Alemanha, no
ano de 2001. Suas pesquisas mais recentes estão focadas sobre o
tema Iluminismo e Pedagogia, com destaque para autores como
John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant. Possui vários
artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais e vários
livros, entre os quais se destacam: Ding an sich und Erscheinung:
Perspektiven des transzendentalen Idealismus bei Kant (Königshausen
& Neumann, 2002); Educação e Maioridade, organizado juntamente
com Hans-Georg Flickinger (Cortez, 2005); Pedagogia filosófica:
cercanias de um diálogo (Paulinas, 2007); em coautoria com Heinz
Eidam, Moralidade e Educação em Kant (Unijuí, 2009); Pragmatismo,
teoria crítica e educação (Autores Associado, 2010); Educação natural
em Rousseau (Cortez, 2011); Kant & a Educação (Autêntica, 2011).
Ireno Antônio Berticelli: licenciado em Filosofia pela Universidade
Católica de Petrópolis (UCP) e em Pedagogia pela Universidade de
Passo Fundo (UPF). É mestre em Educação pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) e doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS). Exerceu a docência no
Programa de Mestrado em Ciências Ambientais durante seis anos na
Universidade Comunitária da Região de Chapecó (SC), onde atua na
graduação desde 1990. É autor dos livros: A origem normativa da prá194
tica educacional na linguagem (Unijuí, 2004); Epistemologia e educação:
da complexidade, auto-organização e caos (Argos, 2006); Educação em
perspectivas epistêmicas pós-modernas (Argos, 2010) e de uma série de
artigos em revistas de educação. Seu campo predileto de investigação
é a epistemologia da educação.
Josep M. Blanch: Doctor en Psicología, Diplomado en Ciencias
Sociales y Catedrático de Psicología Social Aplicada en la
Universidad Autónoma de Barcelona; donde fue Decano y Director
de Departamento y actualmente dirige el Máster en Rehabilitación
Psicosocial en Salud Mental. Es director del Grupo de Investigación
PETRO (Personas que Trabajan en Organizaciones) y coordinador
de un equipo internacional de investigación organizado en torno a
la red coLABORando y al proyecto Trabajar bajo la Nueva Gestión
Pública. Estudia la dimensión psicosocial de la metamorfosis del
trabajo y la relación entre los cambios en las condiciones de trabajo y la
construcción de la subjetividad. Ha publicado media docena de libros
como autor y otros tantos como editor, una treintena de artículos en
revistas especializadas, más de sesenta capítulos de libro y otra treintena
de informes técnicos de investigación para instituciones públicas de
ámbito español, europeo y alguna latinoamericana.
Ricardo Rezer: licenciado em Educação Física pela Universidade
Federal de Santa Maria (1992), mestre em Educação Física pela
Universidade Federal de Santa Catarina (2003) e doutor em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010), com
Estágio Sandwich na Universidade do Porto (Portugal). Trabalha na
Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó),
onde é professor do Curso de Educação Física e dos Programas de
195
Pós-Graduação em Ciências da Saúde e em Educação, do qual é
coordenador adjunto. É autor, juntamente com Michel A. Saad, do
livro Futsal e futebol: possibilidades e limites para a prática pedagógica...
(Argos, 2005) e também organizador do livro O fenômeno esportivo:
ensaios críticos reflexivos... (Argos, 2006). Além disso, é autor de diversos artigos publicados em periódicos brasileiros. Desde 1992 atua no
campo da Educação Física, transitando entre os campos da Educação
e da Saúde, principalmente com os seguintes temas: Epistemologia e
Prática Pedagógica; Trabalho docente na Educação Superior; Formação Profissional; Hermenêutica e Pedagogia do Esporte.
Rodolfo Rozengardt: Profesor en Educación Física por el Instituto
Superior de Educación Física Dr. Romero Brest (1980); Licenciado
en Educación Física por la Universidad Nacional de La Pampa
(2000); Especialista en Metodología de la investigación científica por
la Universidad Nacional de Lanús (2003); Actualmente es profesor
y Rector en el Instituto Superior de Educación Física de La Pampa,
miembro de la Red Internacional de Investigación pedagógica en
Educación Física escolar (Argentina – Brasil). Autor de trabajos de
investigación y publicaciones en revistas nacionales y extranjeras:
Anuario de la Universidad de La Pampa; Revista del Colegio Brasilero
de Ciencias del Deporte; Revista Pensar la práctica, (Universidad
de Goias); Lecturas en Educación Física y deportes (efdeportes.
com). Participante en el libro “Diccionario crítico de Educación
Física (Fernando González y Paulo Fensterseifer (Org., Ed. Unijui,
Brasil, 2005). Autor-coordinador del libro “Apuntes de historia para
profesores de Educación Física”, Miño y Dávila, 2006. Ex director de
la revista Gaceta Gymnos en Educación Física y deportes y Papeles
de Investigación en Educación Física y deportes; Director de la revista
196
La Pampa en Movimiento; coordinador y autor del libro “Historia de
la Educación Física y sus instituciones”, Miño y Dávila, 2011.
Tania Mara Zancanaro Pieczkowski: professora da área de Ciências
Humanas e Jurídicas na Universidade Comunitária da Região de
Chapecó (Unochapecó) desde 1999. Licenciada em Pedagogia (Fundeste); especialista em Educação Especial pela Universidade do Oeste
de Santa Catarina (Unoesc – Campus Chapecó); especialista em Docência na Educação Superior pela Unochapecó; mestre em Educação
pela Universidade de Passo Fundo (UPF); doutoranda em Educação
pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Coordenadora
do Curso de Pedagogia no período de 2003 a 2006; coordenadora
do Núcleo de Apoio Pedagógico da Unochapecó (NAP), no período
de 2005 a 2008. Atualmente, é diretora de ensino na Unochapecó.
Participa como pesquisadora do grupo de pesquisa Abordagens do
Processo Educativo. Atua na graduação e pós-graduação lato sensu nas
disciplinas de Fundamentos da Educação Especial, Psicologia da
Educação, Psicologia do Desenvolvimento Infantil, Estimulação
Essencial, Estágios, Educação e inclusão de pessoas com necessidades
especiais, Trabalho pedagógico com pessoas com necessidades educacionais especiais, Estimulação essencial, Teoria e Metodologia do
Ensino Superior, entre outras.
197
Argos Editora da Unochapecó
www.unochapeco.edu.br/argos
Título
Organizador
Colaboradores
Coleção
Coordenador
Assistente editorial
Assistente de vendas
Secretaria
Divulgação, distribuição e vendas
Ética e ciência na educação superior
Ricardo Rezer
António Camilo Cunha
Cláudio Almir Dalbosco
Ireno Antônio Berticelli
Josep M. Blanch
Rodolfo Rozengardt
Tania Mara Zancanaro Pieczkowski
Debates, n. 5
Dirceu Luiz Hermes
Alexsandro Stumpf
Neli Ferrari
Leonardo Favero
Neli Ferrari
Felipe Alison Zuanazzi
Projeto gráfico e capa
Alexsandro Stumpf
Diagramação
Caroline Kirschner
Alexsandro Stumpf
Preparação dos originais
Revisão dos textos em português
Revisão dos textos em espanhol
(externa à editora)
Formato
Tipologia
Papel
Felipe Flores Kupske
Carlos Pace Dori
Felipe Flores Kupske
Rodrigo Junior Ludwig
Marina Leivas Waquil
(mestre e doutoranda em Teorias Linguísticas
do Léxico, pela UFRGS)
16 X 23 cm
Adobe Caslon Pro entre 10 e 14 pontos
Capa: Supremo 280 g/m2
Miolo: Pólen Soft 80 g/m2
Número de páginas
197
Tiragem
800
Publicação
Impressão e acabamento
2013
Gráfica e Editora Pallotti – Santa Maria (RS)
Este livro está à venda:
www.travessa.com.br
www.livrariacultura.com.br
Esta obra coletiva é resultado do III Seminário
Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da
Unochapecó, ocorrido em setembro de 2011
na Unochapecó. Os autores da proposta são
oriundos de quatro países, onde atuam em
diferentes Instituições de Ensino Superior:
Unochapecó e UPF (Brasil), Uminho (Portugal),
UAB (Espanha) e ISEF (Argentina). Esta proposta
foi construída na perspectiva de lançar diferentes
olhares acerca das relações entre ética e ciência
na Educação Superior. A obra também se propõe
a reconhecer e enfrentar os porquês pelos quais
a própria Universidade se justifica em um mundo
globalizado, pautado por uma agenda neoliberal;
esforço necessário em tempos de apressamento,
atarefamento e (aparente) barateamento da
capacidade intelectual docente no âmbito da
Educação Superior.
ISBN 978-­85-­7897-­100-­7
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ÉTICA E CIÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR