• Verifica-se, desse modo, que os estudos
envolvendo as comunidades e ambiente devem
levar em conta dois principais componentes
interrelacionados e interdependentes.
Primeiro as situações práticas de vida da
comunidade estudada, atentando para a cultura
e tradição locais e segundo a utilização
sustentável dos recursos naturais locais.
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• Assim, são necessárias informações dos
organismos (taxionomia, ecologia, dinâmica
populacional etc), do ambiente em que vivem
(tais como limnologia, qualidade e quantidade
de água), dos usuários (tais como
socioeconomia, percepções e leis) e das
atividades pesqueiras (tais como espécies
preferenciais, rendimento e estratégias de pesca)
(Nielsen, 1993: Miranda, 1996: MCMullin, 1996;
Ney, 1996; Agostinho; Gomes, 1997.
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2. A ictiofauna sul-americana
• Embora os levantamentos da ictiofauna
Neotropical ainda sejam incompletos e não haja consenso
acerca do status taxonômico de muitas espécies, o número
de espécies de peixes dessa região é estimado em 8.000,
representando cerca de 24% de toda a diversidade de peixes
do planeta, tanto de água doce aquanto marinha (Vari;
Malabarba, 1998).
• Espécies dessa região apresentam fantástica
heterogeneidade de formas e histórias de vida.
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• Bacia amazônica: 1.300 espécies catalogadas
(Lowe McConnell, 1999);
• Bacia do Paraná: estimativa de 600 espécies
(Bonetto, 1986);
• Bacia do São Francisco: 158 espécies (Britski et
al., 1988),
• Bacia do Leste:
– Jequtinhonha: 36 espécies identificadas, sendo
que 70% são endêmicas);
– Doce: 77 espécies identificadas, 48%
endêmicas;
– Paraíba do Sul: 168 espécies identificadas
(Bizerril, 1998);
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3. Morfologia externa
• Ordem Characiformes
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Ordem Siluriformes
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4. Biologia da Reprodução de Peixes
Sazonaidade reprodutiva
Ovários de dourado
(Salminus brasiliensi
MACHADO-ALLISON (1990) refere-se à três evidências que
suportam a hipótese de sazonalidade reprodutiva em peixes
tropicais:
• Migrações reprodutivas geralmente ocorrem durante o
período da estação chuvosa ou no período de subida da água;
• A maturação gonadal final ocorre imediatamente antes da
estação chuvosa, de modo que as fêmeas estejam prontas para
a desova no início da enchente;
• O aparecimento de larvas e juvenis acontece imediatamente
depois da subida da água.
WOOTTON (1990) cita que dentre outros gatilhos usados pelos
peixes para assegurar um momento correto para sua
propagação, está incluída a percepção de variações sutis na
temperatura e no fotoperíodo.
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4.1 Liberação de hormônios
Espécies migradoras
Dourado
(Salminus brasiliensis)
• os estímulos ambientais são captados pelos reprodutores
através de seus órgãos sensoriais (visão, olfato,
vomeronasal ou olfativo etc.);
– alterações no sistema reprodutivo, com inputs a núcleos
cerebrais específicos envolvendo elementos do sistema
hipotálamo, hipófise e gônadas (ovários e testículos).
– O hipotálamo é uma região específica do cérebro que,
entre outros neurohormônios, secreta o hormônio
liberador das gonadotropinas e a dopamina, que
influenciarão na liberação de gonadotropinas da
glândula hipófise.
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– Esta glândula por sua vez
produzirá vários hormônios que
atuarão sobre os ovários e testículos
que liberarão os produtos sexuais
na água (Venturieri &
Bernadino,1999).
Juvenil de piabanha
(Brycon insignis)
– Neste momento, e nestas condições
ideais, machos e fêmeas formam
imensos cardumes, nadando lado a
lado, de uma única vez, liberando
seus produtos sexuais e ocorrendo a
fecundação no meio liquido.
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4.2 Liberação de hormônios – Espécies
migradoras
ovário
ovócitos
Curimatã (Prochilodus lineatus) .
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