Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife RELATÓRIO 1º. ENCONTRO ESTADUAL DOS IMPACTADOS E IMPACTADAS DOS GRANDES PROJETOS DO CAPITAL E DO ESTADO Afogados da ingazeira/PE, 17,18 e 19 de Abril de 2011 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Durante o conselho de 2010, da CPT NE II, as equipes de Pernambuco (Pajeú, Agreste, Mata Sul e Mata Norte) construíram um cenário Estadual das principais frentes de luta e resistência no estado. Foi constatado que na medida em que avançam os projetos do grande capital como: Transposição do rio São Francisco, Ferrovia Transnordestina, Porto de SUAPE, instalação de empresas Mineradoras, desenvolvimento da Fruticultura irrigada, construção de açudes e o avanço da política de incentivo aos agrocombustíveis, avançam também os impactos negativos nas comunidades camponesas. No entanto constatou-se também que a maioria das comunidades reage e re-existem a essas obras. Para compreender melhor esses tencionamentos e conflitos pela terra/território, as equipes de CPT em Pernambuco decidiram realizar um encontro com representantes de comunidades impactadas e entidades convidadas como a Associação dos Geógrafos Brasileiros-seção Recife. O encontro teve inicio na noite de 17 de abril de 2011 no município de Afogados da Ingazeira – sertão do Pajeu/Pernambuco. Inicialmente ocorreu a apresentação dos participantes e de suas respectivas entidades com o objetivo de esclarecer as propostas do evento. Foram suscitados questionamentos como: o que se quer com esse encontro? Qual seu objetivo principal? Como entender os conflitos que estão acontecendo na atualidade com os grandes projetos? 1 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife Na seqüência, na manhã do dia 18 ocorreu a divisão dos grupos de trabalho para a realização das Visitas nas áreas das grandes obras onde as comunidades estão sendo impactadas. Os participantes foram divididos em: Grupo de Trabalho que visitou a Ferrovia Transnordestina no município de Serra Talhada; Grupo que visitou as obras da Transposição no município de Sertânia e um terceiro Grupo de Trabalho que visitou a comunidade Santa Rosa que está sofrendo pressão de um grupo econômico privado para instalação de uma Mineradora, no município de Afogados da Ingazeiras. Ao longo do dia os três grupos se debruçaram na intenção de analisar como os camponeses da região estão sofrendo com os impactos das obras: Transposição, Transnordestina e Mineração. TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO, eixo leste, lote 12 Sertânia – PE Um dos Grupos de Trabalho visitou o eixo leste, lote 12 da Transposição na altura do Sítio Maxixe e comunidade Caldeirão, próximos da entrada do município de Sertânia, este lote seguirá até Monteiro no Estado da Paraíba. As empresas do consórcio responsáveis pela construção do canal neste lote são: Queiroz Galvão, OAS, Barbosa e Melo e COESA. No momento da visita as obras estavam paralisadas e abandonadas, dessas quatro construtoras a única que ainda permanece no local é a Queiroz Galvão, encontramos várias máquinas dessa construtora estacionada na Agrovila. De acordo com relatos, no início da obra havia na região cerca de 350 funcionários, os mesmos de regiões distantes e também de Pernambuco. Atualmente só restaram 11 trabalhadores que são os vigilantes que se revezam em turnos. Os demais foram demitidos, pois como já mencionado a obra encontra-se paralisada desde o dia 21 de dezembro de 2010, quando houve 2 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife um acidente fatal com morte de três trabalhadores e alguns feridos. O acidente foi provocado em decorrência das explosões com dinamite para abrir o canal no cristalino. Em conversa com os vigilantes, notamos que existe um ambiente de desconfiança sobre a continuidade da obra. Segundo o senhor José, 32 anos, vigilante, “disseram pra gente que com o início da obra haveria melhoramento, emprego para o povo”. Verificamos que isto não aconteceu, o salário é de 595 reais, fora hora extra. Observamos no decorrer da visita danos ambientais de proporções significativas, área de caatinga devastada, cerca de 100 metros de cada lado do canal, ao longo de mais de 300 quilômetros. Margeando o canal no sentido PE-PB encontramos no caminho o senhor Francisco José da Silva, agricultor, 67 anos, conhecido como seu Chico. O mesmo recebeu uma indenização de R$ 5.000 para desocupar sua casa onde viveu desde que nasceu. Ele mencionou que: “o dinheiro mal deu pra construir outra casa” na outra margem do canal, num terreno de parentes. O consórcio que assumiu o compromisso do pagamento de alugueis de outros agricultores atraso quatro meses e só voltou a pagar porque alguns desses agricultores entraram na justiça. Onde seu Chico morava havia uma cisterna intacta que não tem nenhum funcionamento ou serventia, pois a casa foi destruída, encontramos o mesmo pegando água de uma poça de água de coloração avermelhada. A propaganda intensa do Governo referente à Transposição “Água que vai matar a sede do povo da região do semi-árido” nos faz pensar o quanto é contraditório e desumano o discurso desenvolvimentista que o governo Dilma faz questão de divulgar, pois o que foi visto em campo materializa a incoerência da obra pública. As cisternas estão sendo abandonadas, nas localidades onde passam os canais e assim perpetuando a falta de água para os camponeses sertanejos. Foi visto que muitos trechos da obra, que ainda 3 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife nem sequer terminaram, já precisam de reparos e novos investimentos para que haja continuidade. Próximo ao lote 12 foi construído uma Agrovila, as casas são boas, mas estão desocupadas. Encontramos um recruta do exército, o mesmo não permitiu a nossa entrada. No decorrer do percurso observamos que os impactados por essa parte do projeto de transposição não tem informações precisas, havendo uma dificuldade de comunicação e apoio aos deslocados. Ainda dentro do mesmo tema foi exposto por moradores sobre o andamento da transposição na altura do assentamento Serra Negra situado no município de Floresta. O assentamento Serra Negra foi criado em 1989, está bem estruturado, com boas residências e cisternas. As obras da transposição que fazem parte do lote nove cortam 5 km do assentamento. O canal obrigou a destruição de três casas. Além disso, um posto de saúde, que tem mais de 600 famílias cadastradas, foi destruído pelas obras. O governo federal liberou apenas 12 mil reais para o posto de saúde e 16 mil reais para a construção das três residências, o que inviabilizou a reconstrução das edificações. Ressaltando que o Assentamento é composto por 800 famílias indígenas pipipã e 64 famílias assentadas. Com toda essa transformação as famílias do assentamento Serra Negra se mobilizaram e paralisaram as obras do lote, não permitindo assim o desmatamento dos cem metros da caatinga até que reparassem a questão das edificações demolidas, as regularizações fundiárias e o atendimento no Posto Saúde da Família. No relato de seu Manuel, morador de Serra Negra, o mesmo menciona que a Serra que denomina o assentamento é a primeira reserva biológica criada no Brasil em 1950. Também é uma área que as comunidades indígenas do Nordeste vão ao menos uma vez por ano para praticar seus rituais e cultos. O canal da transposição cortará a reserva Biológica. Podemos assim, apontar 4 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife alguns problemas gerais tais como: baixo valor das indenizações da obra no eixo principal do canal; Remoção da unidade de saúde entre outros elementos como abandono no desenvolvimento de projetos sociais. MINERAÇÃO, Comunidade Santa Rosa, Carnaíba/PE A Mineradora está localizada no Vale do Pajeú, atingindo quatro municípios na região entre eles: Flores, Quixaba, Solidão e Carnaíba. Pode-se dizer que outros municípios serão impactados indiretamente na região com o andamento dessas obras de extração mineral. A comunidade de Santa Rosa localizada no município de Carnaíba é formada por 140 famílias e foi visitada pelo segundo Grupo de Trabalho. O projeto de mineração já passou pela fase da pesquisa e sondagem experimental para comprovar a viabilidade econômica do empreendimento capitalista e agora as obras estão em processo de instalação – construção do canteiro de obras. A comunidade não sabe que minério foi encontrado, mas suspeita-se de calcário. Segundo informações haverá a instalação de uma Fábrica de cimento em Afogados da Ingazeira, município vizinho. Os moradores de Santa Rosa afirmam que as grandes propriedades serão indenizadas e as pequenas ganharão casas, mas o que se percebe é uma articulação de chefes políticos locais com representantes do capital privado. Há falta de informação por parte dos potenciais atingidos. Outro ponto preocupante é que muitos moradores antigos não possuem a documentação que comprova a posse da terra, o que prejudicará certamente o camponês, que pode perder sua terra por não possuir o título. Nesta mesma região da possível localização da mineradora, há cinco anos, o grupo Industrial João Santos, produtor do Cimento Nassau, e considerado um dos três mais importantes conglomerados do Nordeste, 5 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife comprou 16 contas, ou seja, menos que um hectare por sete mil reais informando que seria para criação de avestruz. Todavia a criação de avestruz não progrediu e o que temos são possibilidades concretas de instalação de um grande projeto de mineração na caatinga. Por outro lado chama atenção a comunidade de Santa Rosa, que até o presente momento encontra-se a margem de qualquer discussão sobre a instalação desse empreendimento e com seu futuro nas mãos de interesses externos e do capital privado. A desarticulação é evidente, pois em nossa rápida visita poucos foram os moradores que estavam dispostos e abertos a conversar sobre o assunto, somente poucos idosos que tiveram a coragem de expressar a indignação diante dos fatos. Essa apatia, em parte pode ser compreendida pelo medo que é evidente nos olhares de estranheza e desconfiança dos moradores entre as cortinas de seus casebres. Repentinamente de uma hora para outra são informadas que terão que sair de suas casas, e ao menos sabem para onde vão, como vão e o que fazer. Gerações e gerações dessas comunidades de sertanejos estão sendo deslocados e desterritorializados de seus costumes e modos de vida, nesse processo desenvolvimentista Brasileiro. É possível mensurar economicamente toda uma vida? Um modo de geografar o território? A relação com a natureza, sua cultura, suas raízes? FERROVIA TRANSNORDESTINA, Assentamento Malhada de Pedra, Serra Talhada/PE O terceiro Grupo de Trabalho visitou o assentamento Malhada de Pedra, localizado no município de Serra Talhada, onde moram 26 famílias. O assentamento foi criado em 2002 e ainda hoje tem problemas com 6 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife abastecimento de água e com a contaminação de um rio pelo lixão da cidade situado nas proximidades. A obra da Ferrovia transnordestina teve inicio no assentamento em agosto de 2010, corta uma área de 700 metros. Uma as principais dificuldades da comunidade é que a obra provocou a divisão literal da comunidade em duas, não há acesso de um lado para outro. Cada família recebeu R$ 313,00 de indenização. A empresa orientou as famílias na indenização, e sem informação jurídica acerca de seus direitos territoriais essas famílias aceitaram. Segundo relato, foi dito que se fosse aberto um processo judicial contra o valor irrisório das indenizações, as mesmas demorariam cerca de 10 á 15 anos para receber alguma coisa. Reflexões sobre a relação: Estado – Capital No terceiro dia foi proposto: analise e reflexão sobre as áreas visitadas e alguns encaminhamentos gerais sobre formas de luta e resistência. Há grande dificuldade de resistência e organização política das comunidades e das populações que sofrem com as obras presentes nos espaços sertanejos. Torna-se fundamental por parte dos movimentos sociais e entidades comprometidas na mudança do curso das grandes obras reestruturadoras do capital, a organização de matérias para denunciar os impactos das obras nas comunidades que foram visitadas. Por outro lado, discursando em favor do desenvolvimento da Região e da melhoria de vida da população e utilizando estratégias de marketing e de alienação tais como: a atração de empregos, melhoria na qualidade de vida e saúde, educação, lazer dentre outras, o Estado assume o papel ambíguo de mediador. A mediação ocorre entre esses grandes projetos e sua expressão física no território, subsidiando e abraçando os investimentos econômicos e 7 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife todos os pacotes que reforcem sua lógica de desenvolvimento. Assim, o Estado se mantém cada vez mais indiferente e insensível a realidade social e as verdadeiras demandas da população do sertão. Mostrando sua face real onde procura servir ao capital e suas necessidades, provocando danos irreparáveis nas relações de sociabilidade, na identidade social e nas territorialidades pré-existentes no lugar. A tomada de decisão da burocracia estatal é priorizar o velho modelo de crescimento e permanecer submissa as necessidades de expansão territorial do capital tanto no meio rural quanto no urbano. As relações entre Estado e Capital se inserem no âmbito global reafirmando o processo de homogeneização que também se expressa no nível local e regional, atuando como ideologicamente como pensamento único. Ou seja, absolvendo a presença do Estado nas diversas escalas para fins de disseminação das relações capitalista excludentes no desenvolvimento desigual no território. Esses processos provocam a desterritorialização dos camponeses, e povos tradicionais da caatinga os quais são obrigados a mudar de rotina e de vida. Ocorre a destruição de suas raízes, suas territorialidades e usurpação de suas terras em função da implantação de projetos que só intencionam atender a demanda de grandes grupos empresariais que por sua vez consolidam o projeto agroexportador brasileiro. Nesse contexto o grande capital associado à alta tecnologia avança sobre territórios considerados anteriormente como inóspitos e sem interesse econômico nesta relação Capital/Estado, transformando-se em campo de disputas desiguais e violentas por território e seus recursos naturais. 8 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife Contextualizando Pernambuco Pernambuco é um dos Estados que se mostra bastante alinhado com as políticas do crescimento encaradas como desenvolvimento e em sintonia direta com o Governo Federal. Nesta lógica o governo estadual de Eduardo Campos se credencia como um braço forte desse sistema no Nordeste brasileiro. Com isso, esses grandes projetos de parceria público-privada têm no estado um porto seguro para suas implementações, que vem como um rolo compressor e viés autoritário passando por cima e destruído todos os “obstáculos” a modernização sejam eles naturais ou políticos. Esse processo cria uma nova configuração espacial no estado, fragmentando-o em um quebra-cabeça onde as junções são os recortes territoriais da transposição, da transnordestina, dentre outros grandes projetos. O que também acaba instigando algumas questões: como ocorrerá a comunicação entre estas regiões do grande capital? Será que essa configuração criará mais exclusão? Certamente que sim, pois os muros e cercas continuam separando as comunidades. Então estes projetos servirão e beneficiarão quais grupos? Talvez a resposta seja encontrada a partir da rede que vem sendo estruturada como, por exemplo: mineradoras, empresas multinacionais, empresários da cana-de-açúcar, das uvas e vinhos do Sertão. Lembramos que esses são projetos de “integração” do modelo agroexportador brasileiro. Esse modelo reforça a idéia do slogan do Governo Estadual “Desenvolvimento do Litoral ao Sertão” Como vimos, esses projetos não foram para pessoas e sim para os grandes produtores/investidores/empresários de âmbito nacional, regional e até multinacional que integram uma extensa rede de desenvolvimento, ou melhor, 9 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife de rede de desterritorialização ou rede desterritorializadora, em função do avanço acelerado do capital sobre território dos verdadeiros donos da terra. Grandes projetos e seus impactados Observamos que os grandes projetos capitalistas deixam através dos seus trilhos de ferro, canais sem água e perfurações minerais um rastro de devastação socioambiental. Os impactos sobre os biomas são enormes e incalculáveis, mas não são maiores que os impactos sobre as pessoas que ainda acreditam nas vantagens e promessas de crescimento. No final acabam perdendo territórios em troca de tão pouco e mesmos sem que haja cooptação, eles são obrigados a aceitar condições de compensação desumanas, além do que essa matemática imperfeita resulta na soma cruel da desterritorialização. Os camponeses e pescadores são dependentes direto da natureza para sua própria existência, ambiente esse que vem sofrendo impactos irreversíveis. Daí uma questão que incomoda: Como quantificar gerações e gerações que vivem e fazem da sua terra (ambiente) seu espaço de vivência de construção de suas relações homemhomem e homem-terra? Como vimos e ouvimos nos relatos de alguns impactados, há uma resistência a esse processo, porém faltam meios para que os mesmos possam permanecer, ou seja, por mais que não queiram deixar suas terras as pressões são tão fortes que acabam cedendo. Assim, essas pessoas que falam tanto das suas raízes, gerações e etnias, vão perdendo o pouco que conquistaram em troca de lugar na periferia das cidades. A exclusão ocorre do litoral ao sertão. 10 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife É hora de agir e precisamos pensar de que modo interferir e qual maneira de atuação enquanto entidade junto aos movimentos sociais na construção de estratégias para uma resistência eficaz e mais integrada. A realidade por trás da propaganda No site do Ministério da Integração Nacional há uma parte dedicada à transposição do Rio São Francisco o trecho refere-se aos benefícios em relação ao abastecimento de água de Pernambuco: O abastecimento seguro para 113 municípios (2,9 milhões de pessoas em 2025) do Sertão (bacias do Brígida, Terra Nova, Pajeú e Moxotó) e do Agreste, através da disponibilidade hídrica proporcionada diretamente pelos Eixos Norte e Leste, pelos seus ramais (Ramal de Entre Montes e Ramal do Agreste), pelos Açudes Entre Montes e Poço da Cruz, pelos leitos de rios perenizados, em associação com uma rede de adutoras que poderá ser conectada aos canais do Projeto de Integração. Podemos então identificar uma de tantas contradições do projeto, que tem como prazo final o ano de 2025: a exploração eleitoral em cima do tema. Outro ponto de reflexão: será que esse abastecimento seguro é capaz de suprir a demanda do agronegócio e de toda essa população ao mesmo tempo, tendo em vista a maior facilidade de escoamento da produção através da Ferrovia Transnordestina, principalmente na região de Salgueiro, onde as duas obras se cruzam. A Transnordestina, por sua vez, foi concebida para ligar os dois maiores portos do Nordeste Pecém/CE e Suape/PE. Suape já vem criando de forma 11 Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Recife criminosa uma desterritorialização forçada de camponeses e pescadores do litoral pernambucano além de uma devastação de grandes proporções nos manguezais. É um grande exemplo de des-envolvimento de comunidades. Ou seja, há uma construção da desinformação e de exclusão de pessoas e grupos sociais tradicionalmente estabelecidos no território de vida. É preciso avançar tanto nos espaços das tomadas de decisão quanto na construção da contrainformação e Associação dos Geógrafos Brasileiros tem muito a colaborar no âmbito das seções locais e de sua diretoria executiva nacional. Relatores e participantes Associados da AGB – seção Recife: Claudio Ubiratan, Luann Ribeiro, Plácido Júnior e Renata Ataíde. Recife, abril de 2011. 12