INTRODUÇÃO À ECONOMIA
 Diariamente nos deparamos
econômicas, tais como:
com
questões
• Aumentos de preços;
• Períodos de crises econômicas ou de crescimento;
• Desemprego;
• Diferenças salariais;
• Crises no balanço de pagamentos;
• Valorização ou desvalorização a taxa de câmbio;
• Ociosidade em alguns setores de atividade;
• Comportamento das taxas de juros
• Déficit governamental;
• Elevação de impostos e tarifas públicas;
Motivos pelos quais devemos estudar economia
• necessidade de se conhecer os assuntos econômicos
nas sociedades modernas;
• necessidade de obter conhecimentos teóricos;
• proporcionar um conjunto de conhecimentos que nos
ajudará a formar opiniões a
respeito dos grandes
problemas econômicos do nosso tempo.
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de
analisar os problemas econômicos e formular soluções
para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade
de vida.
Conceito de Economia
• A palavra economia deriva do grego oikonomia (de oikos, casa;
nómos, lei), que significa a administração de uma casa, ou do
Estado.
• Economia “é uma ciência social que estuda a administração dos
recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos”
(Paul Samuelson).
• Economia “é uma ciência que cuida da melhor administração
dos recursos escassos disponíveis para satisfazer as
necessidades humanas”.
• Economia é a “ciência social que estuda como o indivíduo e a
sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos
escassos na produção de bens e serviços de modo a distribuílos entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de
satisfazer as necessidades humanas”. (Vasconcelos e Garcia)
 Essa definição contém vários conceitos importantes
que são a base e o objeto do estudo da Ciência
Econômica
• Escolha
• Escassez
• Necessidades
• Recursos
• Produção
• Distribuição
O problema da escassez: recursos limitados,
contrapondo-se a necessidades humanas ilimitadas
Questão central do estudo de Economia: Como
alocar recursos produtivo limitados para satisfazer
todas as necessidades da população?
 Sistema econômico
Definição: é a forma política, social e econômica
pela qual está organizada uma sociedade.
Os elementos básicos de um sistema econômico
são:
• Estoques de recursos produtivos ou fatores de
produção;
• Complexo de unidades de produção;
• Conjunto de instituições políticas, jurídicas,
econômicas e sociais: que são a base da
organização da sociedade.
 Os
sistemas
classificados em:
econômicos
• Sistema capitalista
• Sistema socialista
• Sistema de concorrência
liberalismo.
• Sistema de economia mista
pura.
podem
A
filosofia
Os problemas econômicos fundamentais
- O que e quanto produzir?
- Como produzir?
- Para quem produzir?
ser
do
Curva de possibilidade de produção (ou curva de
transformação)
A curva (ou fronteira) de possibilidade de produção
é um conceito teórico com o qual se ilustra como questão
da escassez impõe um limite à capacidade produtiva de
uma sociedade que terá de fazer escolhas entre
alternativas de produção. Ela representa um importante
fato: uma economia no pleno emprego precisa sempre,
ao produzir um bem desistir de produzir um tanto de
outro bem.
CPP – é a fronteira máxima que a economia pode
produzir, dados os recursos produtivos limitados.
ALTERNATIVA DE PRODUÇÃO
POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO ENTRE DOIS BENS
Alternativa de Produção
Máquinas (milhares)
Alimentos (toneladas)
A
B
C
D
E
25
20
15
10
0
0
30
50
60
70
CURVA (OU FRONTEIRA) DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO /
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Obs: Se os custos de oportunidades fossem constantes, a
CPP seria uma reta, se fossem decrescentes, a CPP seria
convexa em relação à origem.
DESLOCAMENTO DA CURVA DE POSSIBILIDADES
DE PRODUÇÃO
(a)Deslocamentos positivos decorrentes da
expansão ou melhoria dos recursos
disponíveis – situação normal
(b)
Decorrentes
da
diminuição
ou
desqualificação dos recursos disponíveis –
situação anormal.
Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários.
FLUXO REAL DA ECONOMIA
Mercado de bens e serviços
Demanda
Oferta
Família
Empresas
Oferta
Demanda
Mercado de fatores de produção
FLUXO MONETÁRIO DA ECONOMIA
Pagamento dos bens e serviços
Empresas
Família
Remuneração dos fatores de produção
Unindo os fluxos real e monetário da economia temos o chamado
fluxo circular de renda.
MERCADO DE BENS E SERVIÇOS
(onde se formam os preços dos bens)
Demanda de
bens e serviços
Oferta de bens e
serviços
(demanda de
calçados, alimentos
serviços de
transporte etc.)
O quê e quanto produzir
COMO CONSUMIDORES DE
BENS E SERVIÇOS
FAMÍLIA
COMO VENDEDORES DE
BENS E SERVIÇOS
Como produzir
COMO PROPRIETÁRIOS
DOS FATORES DE
PRODUÇÃO
Oferta dos
serviços de
produção
(Mão-de-obra,
terra, capital)
(oferta de calçados,
alimentos, serviços
de transportes etc.)
Empresas
COMO COMPRADORES E
FATORES DE PRODUÇÃO
Para quem produzir
MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
(onde se formam os preços dos fatores)
Fluxo monetário
Fluxo real (bens e serviços )
Demanda de
serviços dos
fatores de
produção
(Mão-de-obra,
terra, capital)
Alguns Conceitos Econômicos Básicos:
•Necessidades Humanas Básicas é a sensação da falta de
alguma coisa aliada ao desejo de satisfazê-la.
•Necessidades econômicas: bens não gratuitos.
•Necessidades não econômicas: bens livres ou bens gratuitos
Bens e serviços
Bem é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias
necessidades humanas.
Os bens são classificados quanto à raridade, em bens livres e bens
econômicos.
Os bens livres são aqueles que existem em quantidade ilimitadas e
podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano. Não
possui preço. Ex: luz solar, ar, mar etc.
 Bens econômicos são relativamente escassos e supõem a ocorrência de
esforço humano na sua obtenção. Esses têm preço.
 Quanto à natureza os bens econômicos são classificados em dois grupos:
bens materiais e bens imateriais ou serviços.
 Quanto ao destino, os bens materiais classificam-se em: Bens de Capital,
Bens de Consumo, Bens de Intermediários.
 Os Bens de Capital: são aqueles utilizados na fabricação de outros bens,
mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo.
Ex.:máquinas,equipamentos,instalações, computadores, edifícios etc.
 Os Bens de Consumo: são aqueles que se destinam diretamente ao
atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade,
podem ser classificados como duráveis (geladeiras, fogões, automóveis) ou
como não – duráveis (alimentos, produtos de limpeza etc).
 Os Bens de Intermediários: são aqueles que são transformados ou
agregados na produção de outros bens e que são consumidos
totalmente
no
processo
produtivo
(matérias-primas,
fertilizantes,borracha, vidro,componentes etc).
 Os Bens Finais: são aqueles que já passaram por todos os
processos de transformações possíveis, significando que estão
acabados. Ex: Bens de Consumo e Bens de Capital.
 Os bens podem ser classificados ainda em Bens Privados e Bens
Públicos.
Bens Privados são produzidos e possuídos privativamente. Ex.
Automóvel, rádio, aparelho de televisão etc.
 Bens Públicos referem-se ao conjunto de bens gerais fornecidos pelo
setor público. Ex: educação, justiça, segurança, transporte, etc.
• Os Fatores de Produção ou recursos produtivos da
economia são constituídos pelos recursos humanos
(trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e
tecnologia.
Cada fator de produção corresponde uma remuneração:
Fator de Produção
Tipo de Remuneração
Trabalho
Salário
Capital
Juro
Terra
Aluguel
Tecnologia
Royalty
Capacidade empresarial
Lucro
Agentes econômicos
• As famílias (ou unidades familiares)
• As empresas (ou unidades produtivas)
• O governo
Os grandes setores da economia
• setor primário (agropecuário, extrativismo e pesca)
• setor secundário (indústria) e
• setor terciário (serviço, comércio)
 Argumentos
normativos.
positivos
versus
argumentos
A Economia é uma ciência social e utiliza fundamentalmente
uma análise positiva, que deverá explicar os fatos da realidade.
Os argumentos positivos estão contidos na análise que não
envolvem juízo de valor, estando esta estritamente limitada a
argumentos descritivos, ou medições científicas, ou seja, procuram
entender e
explicar os fenômenos econômicos como eles
realmente são. Esta análise se refere a proposições básicas do tipo:
“se A, então B”.
Ex.: Se o preço da carne bovina aumentar em relação a todos
os outros preços, então a quantidade que as pessoas irão
comprar de carne cairá. É uma análise do que é.
Argumentos normativos: é uma análise que
contém, explícita ou implicitamente, um juízo de valor
sobre alguma medida econômica. Dizem respeito ao
que “deveria ser”.
Ex.: “O preço da gasolina não deve subir” expressamos uma opinião ou juízo de valor, ou seja, se
é uma coisa boa ou má.
A Economia Positiva ajudará a escolher o
instrumento de política econômica mais adequada.
Ex.: Melhoria na distribuição de renda do país
(aumentar salários, combater a inflação, criar
empregos, etc).
Inter-relação da Economia com outras áreas do
conhecimento:
Embora a Economia tenha seu núcleo de análise e seu
objeto bem definido, ela tem inter-relação com outras ciências.
Economia, Física e Biologia:
A construção do núcleo científico inicial da economia deu-se
a partir das chamadas concepção organicistas (biológicas) e
mecanicistas (físicas). A predominância da concepção
humanista atualmente.
Economia, Matemática e Estatística:
A Matemática e a Estatística são usadas como ferramentas
para estabelecer relações entre variáveis econômicas.
Inter-relação da Economia com outras áreas do
conhecimento:
Embora a Economia tenha seu núcleo de análise e seu
objeto bem definido, ela tem inter-relação com outras ciências.
Economia, Física e Biologia:
A construção do núcleo científico inicial da economia deu-se
a partir das chamadas concepção organicistas (biológicas) e
mecanicistas (físicas). A predominância da concepção
humanista atualmente.
Economia, Matemática e Estatística:
A Matemática e a Estatística são usadas como ferramentas
para estabelecer relações entre variáveis econômicas.
O consumo nacional está diretamente relacionado
com a renda nacional.
C = f(RN) e _C_ > 0
RN
Como as relações econômicas não são exatas, mas
probabilísticas, recorre-se à Estatística.
Em Economia tratamos de leis probabilísticas. Por
exemplo, C = f(RN).
Economia e Política
A Economia e Política são áreas muito
interligadas, tornando-se difícil estabelecer uma
relação de causalidade (causa e efeito) entre elas.
A política fixa as instituições sobre as quais se
desenvolverão as atividades econômicas. Nesse
sentido, a atividade econômica se subordina à estrutura
e ao regime político do país (se é um regime
democrático, ou autoritário).
Economia e História:
A pesquisa histórica é extremamente útil e
necessária para a Economia, pois ela facilita a
compreensão do presente e ajuda nas previsões para o
futuro com base nos fatos do passado. As guerras e
revoluções, por exemplo, alteraram o comportamento e
a evolução da Economia. Mas os fatos econômicos
afetam o desenrolar da História.
Economia e Geografia
A Geografia nos permite avaliar fatores úteis à análise
econômica, como as condições geoeconômicas dos
mercados, a concentração espacial dos fatores produtivos,
a localização de empresas e a composição setorial da
atividade econômica.
Economia, Moral, Justiça e Filosofia.
Na pré-economia, antes da Revolução Industrial do século
XVIII, que corresponde ao período da Idade Média, a atividade
econômica era vista como parte integrante da Filosofia, Moral e
Ética. A Economia era orientada por princípios morais e de
justiça. O princípio da lei da usura, o conceito de preço justo
(discutidos entre os filósofos, como São Tomás de Aquino).
Divisão do Estudo Econômico
A análise econômica, para fins metodológicos e didáticos, é
normalmente dividida em quatro áreas de estudo:
a)Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços
Estuda a formação de preços em mercado específicos, ou seja,
como consumidores e empresas interagem no mercado, e como
decidem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos
simultaneamente.
b)Macroeconomia
Estuda a determinação e o comportamento dos grandes
agregados nacionais, como o PIB, o investimento agregado, a
poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros.
c)Economia Internacional
Estuda as relações econômicas entre residentes e não
residentes do país os quais envolvem transações com bens e
serviços e transações financeiras.
d) Desenvolvimento Econômico
Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da
coletividade ao longo do tempo.
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA
Pressupostos básicos da análise microeconômica
A hipótese coeteris paribus
Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese
de que “tudo o mais permanece constante”.
QD = f (Preço e Renda)
Supondo que a renda permaneça constante (coeteris paribus)
QD = f (Preço)
 Papel dos preços relativos
Na análise microeconômica, são mais relevantes os preços
relativos, isto é, os preços dos bens em relação aos
demais, do que os preços absolutos (isolados) das
mercadorias.
 Objetivos da empresa
Princípio da Racionalidade
O empresário sempre busca a maximização do lucro total,
otimizando a utilização dos recursos de dispõe.
As correntes alternativas: aumento na participação nas
vendas do mercado, ou maximização da margem sobre os
custos de produção independente da demanda de
mercado.
Aplicações da análise microeconômica
A análise microeconômica, ou Teoria dos Preços, como parte da
Ciência Econômica, preocupa-se em explicar como se determina o
preço dos bens e serviços, bem como dos fatores de produção.
Para as empresas, a análise microeconômica pode subsidiar decisões:
• Políticas de preços da empresa.
• Previsão de demanda e faturamento.
• Previsão de custos de produção.
• Decisões ótimas de produção (escolha da melhor alternativa de
produção, isto é, da melhor combinação de fatores de produção).
• Avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custobenefício da compra de equipamentos, ampliação de empresa, etc).
• Política de propaganda e publicidade (como as preferências dos
consumidores podem afetar a procura do produto.
• Localização da empresa.
• Diferenciação de mercados (possibilidades de preços diferenciados,
em diferentes mercados consumidores do mesmo produto).
Em relação da política econômica, a microeconomia
pode contribuir na análise e tomada de decisões das
seguintes questões:
• Avaliação de produtos de investimentos públicos.
• Efeitos de impostos sobre mercados específicos.
• Política de subsídios (nos preços de produtos como trigo e leite,
ou na compra de insumos como máquina, fertilizantes etc).
• Fixação de preços mínimos na agricultura.
• Controle de preços
• Política Salarial
• Políticas de tarifas públicas. (água, luz, etc.).
• Leis antistruste (controle de lucros de monopólios e oligopólios)
• Fixação do salário mínimo
São decisões necessárias ao planejamento estratégico das
empresas e á política e programação econômica do setor
público.
• Divisão do estudo microeconômico
A teoria Microeconômica consiste nos seguintes tópicos:
• Análise da demanda
A Teoria da Demanda ou procura de uma mercadoria ou serviço divide-se
em Teoria do Consumidor (demanda individual) e Teoria da
Demanda de Mercado.
• Análise da Oferta
A teoria da oferta de um bem ou serviço também subdivide-se em oferta
da forma individual e oferta de mercado. Dentro da análise da oferta
da firma são abordadas a Teoria da Produção, que analisa as relações
entre quantidades físicas entre o produto e os fatores de produção e a
Teoria dos Custos de Produção, que incorpora, além das quantidades
físicas, os preços dos insumos.
Análise das estruturas de mercado
A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o
preço e quantidade de equilíbrio de um dado bem e serviço.
Na análise das estruturas de mercado avaliam-se os efeitos da
oferta e da demanda, tanto no mercado de bens e serviços quanto no
mercado de fatores da produção.
As estruturas do mercado de bens e serviços são:
•
•
•
•
Concorrência perfeita
Concorrência imperfeita ou monopolista
Monopólio
Oligopólio
As estruturas do mercado de fatores de produção são:
•
•
•
•
Concorrência perfeita
Concorrência imperfeita
Monopsônio
Oligopsônio
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