A PRÁTICA DE PROJETO DE PRODUTOS NO CURSO DE
DESENHO INDUSTRIAL
Natã Morais de Oliveira1
Universidade Federal da Paraíba¹
Centro de Ciências e Tecnologia,
Departamento de Desenho Industrial.
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Resumo. Os Cursos de Desenho Industrial com habilitação de desenvolvimento de produtos têm em
suas estruturas curriculares um conjunto de disciplinas de projeto, constituindo-se em uma linha
mestra para qual os saberes adquiridos nas demais disciplinas do curso convergem Desde a
inserção do design industrial no Brasil na década de 60, discute-se uma uniformização coerente
para estas disciplinas voltadas para formação projetual do aluno. O presente artigo apresenta uma
proposta incorporada ao Projeto Político Pedagógico do Curso de Desenho Industrial da UFPB e
tem como base a teoria construtivista focalizando o processo de assimilação e acomodação em que
o aluno parte de uma prática de projeto de baixa complexidade para uma prática de maior
complexidade sob o ponto de vista da metodologia projetual.
Palavras-chave: Projeto de produtos; Design Industrial; Diretrizes Curriculares.
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1.
INTRODUÇÃO
Os cursos de Design Industrial com habilitação em desenvolvimento de produtos têm em suas estruturas
curriculares um conjunto de disciplinas definidas como desenvolvimento de projeto de produto, que constitui uma linha
mestra em que os saberes adquiridos nas demais disciplinas do curso convergem para este conjunto de disciplinas que
define a habilitação e à prática profissional do aluno.
A partir da discussão dos currículos plenos dos cursos de Desenho Industrial na década de setenta, essas
disciplinas tiveram diversas configurações na busca de um encadeamento lógico no processo de assimilação do
processo projetual. Várias alternativas foram implantadas e testadas, sem que fosse possível se chegar a um consenso a
respeito do processo projetual. Dentre as alternativas, buscou-se focalizar o processo projetual em que partindo de um
projeto simples, com emprego de métodos e técnicas simplificadas se pudesse chegar a projetos complexos
empregando-se todos os recursos metodológicos e técnicas para desenvolvimento de um produto. A dificuldade na
aplicação desta alternativa consiste em definir em que situação de projeto de produto existe uma complexidade
metodológica, uma vez que esta complexidade é definida em função dos resultados a serem alcançados e dos objetivos
do projeto. Outra alternativa consiste em escolher temáticas de projeto com base na complexidade de produtos, onde
partindo de produtos de baixa complexidade se pudesse chegar ao desenvolvimento de produtos de alta complexidade.
A dificuldade na aplicação desta alternativa consiste em definir o que é um produto de alta complexidade ou o que é um
produto de baixa complexidade antes de analisá-lo e concebê-lo. Munari [1] distingue complexidade daquilo que é
complexo e o que é complicado. Para ele, um produto é complexo se contém um grande número de elementos
reagrupáveis, mas em poucas classes, enquanto que um produto complicado é aquele em que os elementos que o
compõem pertencem a numerosas classes diferentes. A complexidade ou complicação de um produto é definida em
função da tecnologia e das soluções adotadas a partir da definição dos requisitos do projeto.
Outro problema observado em relação à prática projetual diz respeito à falta de uniformidade na orientação dos
diferentes projetos, cabendo a cada professor definir seu próprio método de orientação, estratégia e complexidade do
projeto. Assim, pode correr de um orientador de disciplina de projeto um adotar uma estratégia complexa ou um
produto complicado ou complexo e I orientador de projeto III adotar uma estratégia simples ou adotar um produto de
baixa complexidade.
O presente artigo apresenta uma proposta alternativa de estratégia de prática projetual ao Projeto Político
Pedagógico do Curso de Desenho Industrial da UFPB, tendo como base a teoria construtivista focalizada no processo de
assimilação e acomodação do processo projetual, com base na metodologia de projeto de produtos.
2.
TEORIA DA APRENDIZAGEM COGNITIVA
A teoria da aprendizagem aqui adotada tem como referência os estudos da teoria cognitiva em diversos autores,
realizados por Silva, V. [2]. Segundo a autora, a teoria cognitiva aborda o estudo da mente e da inteligência em termos
de representações mentais e dos processos centrais do sujeito, ambos dificilmente observáveis. Nesse sentido, o
conhecimento consiste em integrar e processar as informações.
Segundo Wadsworth apud Ref. [2], Piaget define inteligência como processo de adaptação que tem como
característica o equilíbrio entre o organismo e o meio, resultando no processo de assimilação e acomodação como motor
da aprendizagem. O processo de assimilação consiste na incorporação quantitativa de elementos vindos do meio para
suas estruturas mentais existentes para formar o desenvolvimento intelectual. O processo de acomodação consiste em
mudanças qualitativas na estrutura intelectual do sujeito pelas quais ele se adapta ao meio. Ele cria novas estruturas ou
altera as já existentes em função de novas situações. A assimilação e a acomodação justificam a adaptação do sujeito ao
meio. As estruturas do conhecimento são esquemas que se tornam complexos conforme o efeito combinado dos
mecanismos da assimilação e acomodação.
Ainda segundo Ref. [2], Piaget define o desenvolvimento da inteligência como um processo contínuo, com
mudanças no desenvolvimento intelectual de forma gradativa e que as estruturas cognitivas são construídas ou
modificados também de forma gradual. O desenvolvimento das estruturas mentais é um processo coerente de sucessivas
mudanças qualitativas das estruturas cognitivas e a estrutura e a mudança lógica são resultantes da estrutura precedente.
Para Wadsworth, continua a autora, “o desenvolvimento da inteligência acontece desde o nascimento até a fase adulta.
As estruturas da inteligência e os esquemas cognitivos estão em constante desenvolvimento à medida que o sujeito age
de forma espontânea sobre o meio e assimila e acomoda arranjos de estímulos do meio ambiente”. Este autor considera
quatro fatores relacionados ao desenvolvimento cognitivo, que são a maturação, a interação social, a experiência ativa e
a equilíbrio. A equilibração, segundo Piaget, é o mecanismo auto-regulador que assegura a interação do sujeito ao meio
ambiente, passando do desequilíbrio para o equilíbrio, cujos instrumentos são a assimilação e a acomodação.
2.1.
Processo de aprendizagem
Conforme Mizukami apud Ref. [2], a concepção piagetiana de aprendizagem consiste em assimilar o objeto a
esquemas mentais. O aprendizado depende da esquematização presente, do estágio e da forma do relacionamento atual
com o meio. Assim, a aprendizagem ocorre através de pesquisa feita pelo aluno, onde este aprende a partir de tentativas
e erros e a partir de suas próprias descobertas, fazendo-o compreender o objetivo principal do ensino como processos e
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não como produtos da aprendizagem. A aprendizagem somente ocorre a partir do momento em que o aluno elabora seu
próprio conhecimento.
Na prática projetual esse processo interacionista pode ser observado como uma prática natural de assimilação e
acomodação como um processo de maturação contínua, na atividade de interação social, experiência ativa e numa
sucessão de equilibração da atividade de projeto. No ensino de projeto de produto, a concepção cognitivista pode
contribuir na formulação do modelo mental do processo de desenvolvimento de projeto de produto, a partir da
assimilação e acomodação de práticas e experiências projetuais.
3.
PROJETO
O Design industrial é uma atividade que tem como linha de ação o desenvolvimento de projeto. Em linhas
gerais, projeto pode ser entendido como um conjunto de atividades interdisciplinares e interdependentes, finitas e não
repetitivas, dirigidas a um determinado objetivo com prazos e custos definidos.
Conforme Maximiano [4], projetos são empreendimentos que apresentam as seguintes características:
1.
2.
3.
4.
Projetos são empreendimentos finitos que têm objetivos claramente definidos em função de um problema,
oportunidade ou interesse de uma pessoa ou organização;
Projetos em geral envolvem relação entre projetista e clientes ou usuários;
Projetos são rotineiramente singulares, isto é, não há dois projetos iguais;
Projetos são administrados através de técnicas específicas que possibilitam transformar idéias em resultados.
Além da caracterização apresentada por Maximiano, podemos definir mais duas características distintas de
projeto, quais sejam, projeto para produto, voltado para aplicação prática e projeto de pesquisa, voltado para
investigação.
O projeto de produto parte do princípio de que o design industrial como parte integrante de um processo
produtivo deve ser visto dentro de uma mentalidade voltada para mercado. Projetar um produto sob a ótica
mercadológica significa entender a função do design industrial em todo o processo de seu projeto, considerando as
funções do produto para todos os públicos envolvidos desde o usuário final, o varejista, o atacadista e, principalmente, o
produto, dentro de uma visão empresarial, buscando compatibilidade entre custos de produção e poder aquisitivo não só
do comprador final, mas dos canais e distribuição adequados ao segmento do público visado, Ref. [5].
O projeto de pesquisa parte do princípio da investigação científica no sentido de procurar respostas para
indagações propostas. Conforme define Gil apud Silva, E; Menezes [6], pesquisa é um processo formal e sistemático de
desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas
mediante emprego de procedimentos científicos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem uma
informação para solucioná-la, Ref. [6]. Bonsiepe [7], define que a atividade projetual se distingue da atividade de
pesquisa pelos resultados alcançados, embora ambas tenham como objetivo a solução de problemas. Para o autor, o
resultado da pesquisa se expressa através de conhecimentos obtidos pela ação da análise, descrição, observação,
verificação e explicação. Já os projetos têm como resultados produtos, estruturas, sistemas objetuais ou sistemas não
objetuais.
A diferença dos enfoques projetuais reside no método e nos resultados a serem alcançados. Neste caso será
abordado apenas o projeto de produto.
No desenvolvimento de projeto de produtos são utilizadas metodologias específicas definidas por diversos
autores como Bonsiepe, Archer, Christopher Alexander, entre outros, que consistem numa série de fases utilizando
métodos e técnicas para solução de um problema. No geral, as metodologias dividem-se em cinco fases conforme pode
ser visto a figura 1.
NECESSIDADE
PROBLEMATIZAÇÃO
ANÁLISE
DEFINIÇÃO DO
PROBLEMA
PRODUTO
PROJETO
ANTEPROJETO
Figura 1 – Diagrama da macroestrutura do processo projetual.
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Este método projetual parte do princípio de que cabe ao designer identificar a necessidade, estruturar o
problema, levantar e analisar todos os dados e a partir desta análise definir o problema. Este método, adotado pela
maioria dos professores, causa problemas no andamento do projeto, pois os alunos não sabem o que projetar de forma
clara e objetiva por boa parte do período letivo. Essas três primeiras fases acabam sendo mais enfatizadas em relação às
demais fases do projeto, fazendo com que os alunos dediquem pouca atenção às fases mais importantes do projeto que
são as fases de anteprojeto (geração) e projeto. Na prática e dentro de um contexto industrial e mercadolólgico, a
identificação e formulação da necessidade e do problema fica a cargo do pessoal de marketing ou da alta gerência das
empresas. Assim, no ensino de projeto, o método deveria partir já de necessidade e um problema bem definidos, sendo
as informações e análises trabalhadas a partir deste problema. Desta forma, a fase de informações e análise deve vir
logo após a definição do problema, permitindo que o processo de solução já possa ser vislumbrado a partir das
informações e das diretirizes do projeto. A ênfase neste caso, deve se dar ao processo de solução do problema, devendo
o aluno trabalhar mais as fases de anteprojeto e projeto. Desta forma podemos entender o processo de projeto num
sentido mais restrito, como uma ação de identificar, estruturar e solucionar o problema através de produtos.
O método aqui proposto tem como ênfase a solução de problema composto por seis fases, conforme pode ser
observado na figura 2. Os quadros mais escuros representam as a fases mais importantes no processo de ensino de
projeto.
NECESSIDADE
CONTEXTO
DEFINIÇÃO DO
PROBLEMA
PRODUTO
PROJETO
INFORMAÇÕES
E ANÁLISES
ANTEPROJETO
DIRETRIZES
Figura 2 – Diagrama da macroestrutura do processo projetual com ênfase na solução do problema.
4.
PROPOSTA DE SISTEMATIZAÇÃO DE ENCADEAMENTO DE DISCIPLINAS DE PROJETO.
O ensino de projeto de produto do curso de Desenho Industrial da UFPB é estruturado em quatro disciplinas de
projeto, sendo três de formação e uma de vivência prática. A proposta de encadeamento das diciplinas tem como base a
estrutura do processo projetual apresentada na figura 2, com ênfase na solução de problemas através da geração de
produtos. O processo de aprendizagem terá como base a teoria cognitiva em que o aluno assimilará e acomodará o
processo de projeto partindo de problemas e geração de solução para esses problemas, num processo de equilibração,
passando para níveis mais complexos do processo projetual, chegando a vivenciar todas as fases da metodologia de
projeto, desde a identificação de uma necessidade, definição de um problema a partir de um contexto, levantamento e
análise de dados, formulação das diretrizes, desenvolvimento de anteprojeto, projeto detalhado e todo processo de
documentação técnica.
O ponto de partida, portanto, será a apresentação de um problema bem definido apresentado pelo professor ou
definido em conjunto pelo o professor e o aluno, em que este último deverá desenvolver uma solução em forma de
produto. O resultado final no processo de aprendizagem de projeto de produto será a formação de profissionais
maduros, capazes de desenvolverem projetos de produtos de forma autônoma.
Disciplina de projeto e produto I – esta disciplina terá como objetivo treinar o aluno na concepção e
argumentação de conceitos estéticos-formais e aplicação de materiais e tecnologia. A definição dos problemas, os
objetivos, os dados e as diretrizes do projeto serão fornecidos pelo professor, para que o aluno dedique-se apenas aos
conceitos do projeto.
O aluno chegará até ao desenvolvimento de conceitos do problema proposto, de acordo com o objetivo
apresentado, utilizando todos os recursos de documentação técnica de descrição das soluções e meios de representação
bidimensional (esboços, desenho de apresentação, desenho técnico, perspectiva cônica ou paralela e rendering) e meios
de representação tridimensional (sketch models e modelo de volume).
O professor aplicará quatro exercícios apresentados com base na situação inicial e situação final de problemas
desenvolvido por Ref. [7]. Para o autor, um problema pode ser considerado como uma situação de estimulação adversa,
de falta de privação ou de conflito. Os problemas podem ser classificados em problemas bem definidos, problemas mal
definidos, problemas bem estruturados e problemas mal estruturados. Um problema está bem definido quando variáveis
que o compõem são fechadas. Ao contrário, um problema está mal estruturado quando as variáveis são abertas. Assim
seriam abordadas quatro situações temáticas de projetos conforme o tipo de problema:
1)
Problema da situação 1 - com situação inicial bem definida e situação final mal definida;
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2)
3)
4)
Problema da situação 2 - com situação inicial bem definida e situação final bem definida;
Problema da situação 3 - com situação inicial mal definida e situação final mal definida
Problema da situação 4 - com situação inicial mal definida e situação final bem definida.
Disciplina de projeto e produto II –a disciplina de projeto de produto II terá como objetivo treinar o aluno na
estruturação de um problema fornecido pelo professor, e no planejamento operacional de projeto e na geração de
conceitos estéticos-formais, emprego de materiais e processos de fabricação. A definição do problema e os dados do
projeto serão fornecidos pelo professor, para que o aluno defina os objetivos e o planejamento operacional.
O aluno deverá analisar os dados referentes ao problema e definir as diretrizes de projeto e a partir das
diretrizes, desenvolver e detalhar a solução do problema proposto através de um produto, desenvolvendo o
detalhamento técnico de especificação de materiais e processos de fabricação, utilizando todos os recursos de
documentação técnica (memorial descritivo), recursos de meios de representação bidimensional (esboços, desenhos
esquemáticos, desenho de apresentação, desenho técnico detalhado, perspectiva cônica ou paralela e rendering) e
através de modelos tridimensionais (skecth models, modelos de volume e modelos de apresentação).
O professor apresentará uma temática no início do período, abordando a necessidade e o problema bem
definido, assim como os dados do projeto, para que os alunos definam os objetivos e o planejamento operacional ainda
no início do período letivo.
Disciplina de projeto e produto III – a disciplina terá como objetivo treinar o aluno na identificação de uma
necessidade, formulação de problema, definição de objetivos e planejamento operacional para desenvolvimento de
projeto de produtos. O professor apresentará uma temática no início do período letivo, orientando os alunos para que
estes não percam muito tempo na formulação do problema e elaboração do planejamento operacional. O papel do
professor nesta disciplina consiste em conduzir o processo projetual e orientar o aluno na solução do problema
proposto.
O aluno deverá chegar até ao projeto executivo de acordo com o planejamento operacional e os objetivos
traçados, utilizando todos os recursos de documentação técnica (memorial descritivo completo), recursos de meios de
representação bidimensional (esboços, desenhos esquemáticos, perspectivas cônicas ou paralelas, rendering, carta de
processo, etc.) e meios de representação tridimensionais (skecth models, modelos de volume e protótipos).
Disciplina de projeto profissional - esta disciplina terá como objetivo treinar o aluno na identificação de uma
necessidade e formulação de problema no mundo real, principalmente num contexto empresarial, sob a orientação de
um professor, de modo a que este defina os objetivos e o planejamento operacional para desenvolvimento de projeto de
produto em função de interesses externos ao mundo acadêmico. O papel do professor consiste em intermediar,
coordenar e orientar o processo de interação vivenciado na prática projetual proposta.
O aluno deverá chegar até ao projeto executivo de acordo com o planejamento operacional e os objetivos
traçados, utilizando todos os recursos de documentação técnica (memorial descritivo completo), recursos de meios de
representação bidimensional (esboços, desenhos esquemáticos, perspectivas cônicas ou paralelas, rendering, carta de
processo, etc.) e meios de representação tridimensionais (skecth models, modelos de volume e protótipos). O aluno será
orientado a adotar uma postura profissional perante a empresa, pautada na ética e no respeito mútuo aluno/empresa.
5)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das observações apresentadas no presente texto, pode-se observar que a prática projetual naturalmente
tem uma certa afinidade com o processo de aprendizagem cognitiva. Na prática projetual, pode-se observar que o
amadurecimento profissional ocorre quase sempre pelo processo de assimilação e acomodação. Este preceito pode ser
aplicado no processo de aprendizado de projeto e assim antecipar o amadurecimento ainda na vida acadêmica do aluno,
de forma orientada.
A proposta aqui apresentada mostra-se mais eficiente que as práticas usuais, tendo em vista que a alternativa
proposta apresenta maior uniformidade quanto às distorções temáticas ou processos projetuais.
O processo de projeto baseado na concepção do produto mostra-se coerente tendo em vista que a atividade
projetual deve partir sempre de um problema bem definido e a partir deste levantar-se as informações. Assim, na
disciplina de projeto pode ser dada maior ênfase na fase de concepção de produto a partir de um problema bem definido
que na fase de coleta de dados para definição de design brief, enfatizada atualmente no curso.
6)
REFERÊNCIAS
[1]
[2]
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem às coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1981.
TEIXEIRA, Valdete Teixeira. Módulos pedagógicos para um ambiente hipermídia de aprendizagem.
Florianópolis: UFSC, 2000. Dissertação de Mestrado (Pós-Graduação em Engenharia de Produção)
CT/Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, 2000.
BARROSO, Eduardo. Gestão de design. Campina Grande: PPDI, 1994.
MAXIMIANO, Antônio C. A. Administração de projetos: como transformar idéias em resultados. São Paulo:
Atlas, 1997.
FILHO, Nelson Acar. Marketing no desenvolvimento de novos produtos: o papel do desenhista industrial. São
Paulo: FIESP/CIESP-Detec, 1997.
[3]
[4]
[5]
DTC - 77
[6]
[7]
SILVA, Edna Lúcia da; ESTERA, Muszakat Menezes. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.
Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2000.
BONSIEPE, Gui. Teoría y práctica del diseño industrial: elementos para una manualistica crítica. Barcelona:
Gustavo Gili, 1978.
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