A origem da Terra
Carlos Eduardo Paulino
Alexandre Menossi Mendonça
A
solidificação
diferenciada
da
superfície
da
Terra
ocorreu
principalmente em razão da diversidade dos elementos químicos, que tem
pontos de fusão (temperatura em que uma substância muda de estado, no
caso do sólido para o líquido) diferentes. Assim sendo enquanto algumas
partes estavam sólidas outras ainda estavam fundidas, é dessa maneira que se
formam imensos pedaços da crosta sólida (chamadas de placas tectônicas),
que embora encaixados, se movimentarão sobre a camada de magma logo
abaixo da superfície. Portanto, bem no início da Terra se formam as Placas
Tectônicas que não, necessariamente, tinham o formato atual, no entanto, as
mesmas passaram a se deslocar sobre a camada de magma logo abaixo (hoje
chamada Astenosfera), graças ao interior quente, sobretudo o núcleo muito
quente, que formava correntes de convecção (deslocamento da matéria devido
ao calor, assim leitor que você consegue ferver o leite pela manhã) que forçava
as placas verticalmente, como as mesmas estavam sólidas e eram espessas,
dificilmente as correntes do interior conseguiam extravasar, normalmente elas
escorriam para as bordas, forçando a saída, dessa forma deslocavam as
placas (esse movimento ocorre até hoje, por isso, nos afastamos da África
cerca de 2 cm por ano)
Acontece que quando o magma extravasava nas bordas das placas,
junto com o material derretido, conhecido por lava (chamamos magma o
material derretido, somente, quando, no interior da Terra, quando o mesmo
extravasa a superfície passa a chamar-se lava), a temperatura desse material
era tão alta que muitos de seus componentes tornavam-se gases (por isso,
quando se vê uma erupção vulcânica, além do material sólido – piroclástico,
pastoso – magma, se vê muitos gases, inclusive no borbulhar da lava), logo a
Terra começou a produzir gases em volume muito grande, e muitos desses
gases ficaram presos por ação da gravidade, logo ganhamos uma Atmosfera,
bem diferente da atual, mas era uma esfera de gases.
A tênue atmosfera primitiva era formada por gases bastante leves e
simples, como o hidrogênio (dois átomos de hidrogênio), o hélio (um único
átomo do elemento, trata-se um gás nobre, portanto, raramente se mistura), o
vapor d’água (um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio), o metano (um
átomo de carbono e quatro átomos de hidrogênio) e a amônia (um átomo de
nitrogênio e três átomos de hidrogênio), além de outros, bem mais raros.
Portanto, antes que avancemos com os gases, é importante dizer que as
correntes de convecção (hoje Plumas) do interior do planeta, além de serem
responsáveis pelo deslocamento das placas, também deformavam a Crosta,
quando as mesmas não encontravam muita resistência. Dessa forma, essa
força endógena, começou a modelar a superfície da Terra, ou seja, aparece o
relevo (modelado aparente da superfície terrestre, como as planícies, os
planaltos e as montanhas). Aliás, muitas vezes a Crosta não suportava a
pressão exercida pela corrente de convecção e a rompia, permitindo que o
magma extrudisse (lava). Surgem os vulcões.
Bem, por hoje, é só. Avançamos bastante no artigo de hoje, com as
placas tectônicas, as correntes de convecção, a atmosfera primitiva, o relevo e
os vulcões. Até o próximo.
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