SANTAS E SANTOS, NO ANO DA SANTIDADE (11) Pe. Joaquim Leite São João Diogo, ou San Juan Diego, diz alguma coisa? Provavelmente muito pouco. Mas diz muito ao continente americano. Foi o primeiro santo índio saído do povo azteca. São João Paulo II canonizou‐o em 2002. É celebrado a 9 deste mês. Nasceu no México e lá viveu os seus setenta e quatro anos entre 1474 e 1548. Quando chegaram os primeiros missionários espanhóis, a sua mulher e ele foram dos primeiros indígenas a abraçar a Fé cristã. Um dia, tendo ele já 57 anos e viúvo, quando se dirigia à missão dos franciscanos, foi surpreendido por uma Senhora do Céu que disse ser a Mãe do verdadeiro Deus. Era 9 de Dezembro de 1531. Chamou‐lhe Juanito e falou‐lhe na sua língua azteca. Os conquistadores, mal chegaram, proibiram de imediato aos indígenas de falar a sua língua materna e castigavam cruelmente aqueles que não acatassem a ordem. Este foi o primeiro massacre que atingiu profundamente a alma daquele povo. Foram cinco as aparições. A Senhora do Céu era morena e graciosa como as mulheres índias. Muito afável no trato, pediu a Juan que fosse ter com o bispo para que uma capela fosse ali construída. O bispo pediu um sinal. A mandado da Senhora, Juan foi colher flores a uma parte deserta da montanha, era Dezembro, e levou‐as ao bispo. Quando abriu o seu poncho, as flores caíram e, no poncho, feito de tilma, um tecido de fibra de cacto, estava impressa a imagem da Senhora do Céu. O bispo acreditou, guardou a imagem e a capela foi construída. A dita imagem é hoje venerada na basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, na cidade do México. Tem sido um quebra‐cabeças para os cientistas. Segundo sérias análises, o tecido teria a duração máxima de 20 anos. Já lá vão 484 e está em perfeito estado de conservação. Mas o que mais intriga os cientistas, incluindo técnicos da NAZA, é que os olhos da Senhora fotografados e analisados com as técnicas mais sofisticadas refletem o encontro de Juan com o bispo. San Juan Diego, por causa das flores milagrosas do seu poncho, foi declarado padroeiro dos floristas. 
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Santas e Santos n.º 11