Sociedade Brasileira de Química (SBQ)
Estudo do comportamento do herbicida Atrazina em amostras de solo
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Maristela F. Amadori (PQ), *, Caio C. Rebouças (PG) , Patricio G. Peralta-Zamora (PQ) , Marco T.
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2
Grassi (PQ) , Gilberto Abate (PQ) [email protected]
1
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Pato Branco, Av. Elisa Colla Padoan,
01- Via do Conhecimento, km01, CEP 85503-390, CP 571, Pato Branco-PR, Brasil.
2
UFPR - Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico, Departamento de Química, Rua Francisco
Hieráclito dos Santos, 100, CEP 81531-990, CP 19081, Curitiba-PR, Brasil.
Palavras Chave: Atrazina, Desetil-atrazina, Desisopropil-atrazina, Latossolo.
Introdução
A atrazina (AT) é um herbicida, largamente utilizado
no controle da pré e pós-emergência de plantas
1
daninhas, nas mais diversas culturas , podendo
atingir águas superficiais e subterrâneas. O objetivo
do presente estudo foi investigar possíveis
alterações nos teores de AT e a formação dos
produtos de degradação - desetil-atrazina (DIA) e
desisopropil-atrazina (DIA), durante 180 dias na
presença de Latossolo Vermelho (LV) originário da
cultura de milho (Pato Branco-PR). Amostras de 2,0
g de LV, previamente fortificadas com AT (2500 μg
-1
kg ), foram mantidas sob condições controladas em
o
sistema fechado na ausência de luz (4 C) e aberto
2
(temperatura ambiente), com posterior extração e
quantificação dos compostos por cromatografia em
fase líquida de alta eficiência (HPLC).
atividade biológica. Apesar disso, elevados teores
-1
de AT, entre 954 e 1175 μg kg foram verificados
após 180 dias. Para o sistema aberto, uma grande
diminuição foi constatada, com teores de AT entre
-1
86 e 187 μg kg após 180 dias. Isso sugere que
além do efeito da temperatura, pode haver a
influência de processos de volatilização ou de
fotodegradação, em decorrência da incidência de luz
solar indireta. Apesar disso, os teores de DEA
formados, são relativamente baixos (Figura 2).
Resultados e Discussão
A Figura 1 mostra os resultados obtidos para os
sistemas controlados fechado e aberto.
Figura 2. Resultados médios (n=3) do teor de DEA nas amostras
de LV, para as profundidades de 0-10, 10-30 e 30-50 cm, sob
sistema controlado aberto.
Os valores encontrados de DEA foram inferiores à
-1
de 130 µg kg , não sendo mais possível determinar
o teor após 120 dias. Um perfil similar foi verificado
para DIA, bem como para esses dois produtos de
degradação, sob sistema controlado fechado.
Conclusões
Mesmo sob condições controladas, com a
diminuição no teor de AT, os teores de DEA e DIA
são muito baixos, sugerindo que pode estar
formando outros produtos de degradação, ou
mesmo a mineralização da AT. Aparentemente não
houve influência da profundidade do solo no
processo, de acordo com os perfis de redução do
teor de AT e de evolução de DEA e DIA que foram
observados.
Agradecimentos
Figura 1. Resultados médios (n=3) do teor de AT nas amostras
de LV, para as profundidades de 0-10, 10-30 e 30-50 cm, sob
sistema controlado fechado (superior) e aberto (inferior).
Fortificação de 2500 μg kg-1.
Houve uma considerável diminuição no teor de AT,
para as três profundidades. Para o sistema fechado,
pode-se inferir que não houve volatilização, porém
pode ter ocorrido decomposição em função da
36a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
UFPR, UTFPR-Pato Branco, CAPES, CNPq.
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1
Arias-Estévez, M.; López-Periago, E.; Martínez-Carballo, S-G.;Mejuto,
J-C; García-Rio, L. Agric. Ecosyst. Environ., 2008, 123, 247.
2
Amadori, M.F.; Cordeiro, G.A.; Rebouças, C.C; Peralta-Zamora, P.G.;
Grassi, M.T.; Abate, G. J. Braz. Chem. Soc., 2013, in press.
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AMB021