Contabilidade
de Custos
Razões da Contabilidade de Custos
 Determinação do lucro: empregando
dados originários dos registros convencionais
contábeis, ou processando-os de maneira
diferente, tornando-os mais úteis à administração;
 Controle das operações: e demais recursos
produtivos como os estoques, com a manutenção
de padrões e orçamentos, comparações entre
previsto e realizado;
 Tomada de decisões: o que envolve produção
(o que, quanto, como e quando fabricar);
formações de preços, escolha entre fabricação
própria ou terceirizada.
Contabilidade financeira
•
•
•
•
•
•
Obrigatória
Sujeita às normas e imposições legais
Altamente normatizada e padronizada
Posterior auditoria
Atende à vontade do Leão
Regras próprias
•
•
•
•
Foco na decisão
Não está sujeita às restrições e imposições legais
Mais dinâmica e ágil
Específica para cada negócio
Contabilidade gerencial
Instrumentos da
Contabilidade Gerencial
Informação
Gestor
• Atende a ambas
Análise dos custos
– Financeira
– Gerencial
• Cuidado com a mistura dos focos
Feedback
– Uso da contabilidade financeira no processo de tomada de decisões
– Uso da contabilidade gerencial para registro e impostos
Etapa 1
Obter informação
Custo histórico
Outra informação
Etapa 2
Fazer predições
Predições específicas
Etapa 3
Escolher alternativas
Etapa 4 Implementar a decisão
Etapa 5
Avaliar desempenho
Processo de decisão
de cinco etapas
Níveis de Planejamento
Planejamento
Estratégico
Planejamento
Tático
Orçamento
de Capital
Planejamento
Operacional
Objetivos
Gerais do
Orçamento
Orçamento
Operacional
Orçamento
Financeiro
Planejamento Financeiro
Contábil
Financeiro
Fluxo de Caixa
Vendas
Ingressos
Produção
Desembolsos
Compras
Mão-de-Obra
CIFs
Impostos
Variáveis
Fixos
De Capital
Investimentos
Planejamento e controle
Correções e revisões de planos e ações
Processo de gestão
Planejamento
Aumento de rentabilidade
por meio de crescimento
de produtos e marketing
melhorado
Controle
Ações
-Expansão de número de
entradas em 20%
-Aumento de propagandas
em 50%
Avaliação
-Porcentagem de aumento
de novas entradas
-Porcentagem de aumento
em propagandas
-Porcentagem de aumento
em receitas
Sistema de contabilidade interno
Orçamentos, relatórios
especiais
-Pesquisas com clientes
-Análise dos competidores
-Análise dos impactos/custos
de propagandas
-Orçamentos de propagandas/ receitas
Sistema de contabilidade
financeira
-Documentos-fonte como
notas fiscais, faturas das
agências de propagandas, fita
de cupom fiscal
-Receitas reais/despesas com
propaganda de razões gerais
e subsidiários
Relatórios de desempenho
-Relatórios de novas entradas
-Receitas reais versus orçadas
-Despesas de propaganda
reais versus orçadas
Outros sistemas de
informação
Pesquisas com
clientes
Análise dos
competidores
Impacto de
propagandas
Relatório de
novos itens
Por quê estudar os Custos ?
Atender necessidades gerenciais de três tipos :
informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas
atividades da entidade
auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações
informações para a tomada de decisões
Após Revolução Industrial : necessidade de maiores e mais precisas informações,
que permitissem uma tomada de decisão correta.
Antes: praticamente não existia, já que as operações resumiam basicamente em
comercialização de mercadorias, os estoques eram registrados e avaliados pelo seu
custo real de aquisição.
Revolução Industrial : registrar os custos que capacitavam o administrador a
avaliar estoques, determinar mais corretamente resultados e levantar balanços.
I Guerra e crise de 29 : necessidades de melhorias nos controles.
II Guerra : maior necessidade de eficiência/eficácia; aumento da competição.
Terminologia contábil
Algumas das terminologias mais usuais :
gastos : sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um
produto ou serviço qualquer
investimento : gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a futuros períodos
custos : gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens
ou serviços
despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção
de receitas
desembolso : pagamento do bem ou serviço
perda : bem ou serviços consumidos de forma anormal
Custos ≠ Gastos
Gastos: valor dos bens e/ou serviços adquiridos pela empresa
(englobam as ineficiências do sistema produtivo)
Custos: valores dos bens e/ou serviços consumidos eficientemente
na produção de outros bens e/ou serviços
Sistemas de Custeio
• Enfatizam-se os sistemas de custeio, surgindo o conceito de custo-meta ou custoalvo
• Sistemas de custeio:
– Métodos de Custeio (alocação dos custos)
– Princípios de Custeio (variabilidade dos custos)
• custeio por absorção total
• custeio por absorção ideal
• custeio variável
•
Custeio Variável:
Princípios de Custeio
–
–
–
–
custos fixos não devem ser inseridos no custo dos produtos ou serviços ofertados,
apenas os custos variáveis incidem na elaboração do produto
custos fixos são tratados como despesas do período
pode ser utilizado para decisões a curto prazo, visto que, em períodos curtos de tempo, não se
elimina os custos fixos
– também denominado custeio direto ou marginal: representa o acréscimo de custo total que
ocorre quando se aumenta a quantidade de bens produzida em uma unidade (ou a redução de
custo total após a redução em uma unidade na quantidade produzida). Pela Lei dos
Rendimentos Marginais Decrescentes, os Custos Marginais são crescentes à medida que se vão
produzindo mais unidades do bem pois, a partir de certo ponto, para conseguir mais uma
unidade produzida é necessário acrescentar cada vez mais unidades do fator produtivo.
• Custeio por Absorção Ideal:
– custos fixos e variáveis devem ser alocados aos produtos, exceto os relacionados às perdas
– custo do produto independente do volume produzido
– gastos incorridos não contemplados são mensurados em forma de perdas (ociosidade,
ineficiência, retrabalho, refugo)
– também denominado de Absorção Parcial
. Custeio por Absorção Total:
- custos fixos e variáveis devem ser repassados aos produtos, inclusive as perdas
Nova Abordagem dos Princípios de Custeio
• Dois novos conceitos:
– Custeio Variável Parcial:
• deriva do custeio variável, onde há incorporação dos custos das perdas
normais provenientes de quebras, sobras, refugos e retrabalhos
considerados
– Custeio por Absorção Parcial:
• deriva do custeio por absorção ideal, diferenciando-se deste pelo fato de
englobar as perdas normais, sejam elas de refugos, ociosidade, quebras
e/ou sobras
• considera que o custo do produto é independente do volume produzido,
porém tem acoplado a sua produção uma perda normal pré-estabelecida
• os outros gastos podem ser explicados pelas perdas anormais
Nova Abordagem dos
Princípios de Custeio
Custeio
Variável
Parcial
Absorção
Ideal
+ perdas normais
+ custos fixos
+ perdas normais
Custeio
Variável
+ custos fixos
Absorção
Parcial
+ perdas
anormais
Absorção
Total
Esquema Básico de Contabilidade de Custos
Aplicação do Custeio por Absorção
1o Passo: Separar custos e despesas
2o Passo: Apropriar os custos diretos aos produtos
3o Passo: Ratear os custos indiretos
Exemplo: A empresa Q produz 3 produtos: A, B e C e levantou os seguintes custos em
determinado período:
Custos e Despesas da empresa Q no período t
Comissão de vendedores
Salários de fábrica
Matéria-Prima consumida
Salários de administração
Depreciação na fábrica
Seguros na fábrica
Despesas financeiras
Honorários da diretoria
Materiais Diversos-fábrica
Energia Elétrica-fábrica
Manutenção-fábrica
Despesas de entrega
Correios,telefone
Material de consumo
Total gastos
$80.000,00
$120.000,00
$350.000,00
$90.000,00
$60.000,00
$10.000,00
$50.000,00
$40.000,00
$15.000,00
$85.000,00
$70.000,00
$45.000,00
$5.000,00
$5.000,00
$1.025.000,00
Custeio Baseado em Atividades
• Sistema de custeio por atividades
– Custos são transferidos de acordo com atividades executadas
Problemas dos custeios tradicionais
• Basicamente de dois tipos
– redução da MOD
– aumentos de CIFs
Rateios
Ineficientes
Incentivos ao ABC
• o avanço tecnológico e a crescente complexidade dos sistemas de produção o
que tem ocasionado um aumento absoluto e relativo constante dos custos
indiretos, em detrimento à redução dos custos com mão-de-obra;
• o crescimento da diversidade de produtos e modelos fabricados na mesma
planta, o que requer uma melhoria da precisão dos critérios de custeio.
Exemplo de Custeio por Atividades
Almoxarifado
No. de Lotes
Processados
20
Manutenção
Horas de
Manutenção
30
Produção
Horas de Produção
50
800
1200
170
90
Algodão
80
60
Linho
Direcionadores de Custos
􀂄 Direcionador é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. Como as
atividades exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador
é a verdadeira causa dos custos.
􀂄 Portanto, o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e,
conseqüentemente, da existência de seus custos.
Exemplo hipotético
• Dados da empresa:
–
–
–
–
–
Produção de um único produto A
consumo de 5 kg de matéria-prima Y
tempo de produção de 0,7 horas.
Preço do Kg da matéria-prima de R$ 10,00
Perdas normais admitidas:
• 10% de refugos
• 5% de quebras
• 5% de sobras.
– Capacidade de produção: 200 horas/mês
– Ociosidade normal: 20 horas
– Custo fixo da empresa: R$ 10.000,00/mês
Exemplo hipotético
• Dados da produção dos meses de março e abril:
Março
Produtos bons (unidade)
Refugos (unidade)
Horas de trabalho efetivo (horas)
Matéria-prima consumida (kg)
Sobra de matéria-prima (kg)
Abril
150
162
20
18
160
170
1.000
1.000
80
50
• Volume de perdas normais e anormais:
Março Abril
Produção total
170 180
Produção boa
150 162
Refugos normais
17
18
Refugos anormais
3
0
Consumo total de matéria-prima
1000 1000
Consumo produção boa + refugos
850 900
Sobras normais
50
50
Sobras anormais
30
0
Quebras normais
50
50
Quebras anormais
20
0
Exemplo hipotético
• Utilização relativa do tempo :
Cálculos dos custos
Março Abril
Tempo produção boa
105 113,4
Tempo refugos
14 12,6
Tempo produção total
119 126
Tempo utilizado
160 170
Ociosidade normal
20
20
Ociosidade anormal
20
10
Ineficiência
41
44
Variável R$ 50,00
Custeio
Fixo
Variável
Total
R$ 0,00
R$ 50,00
Variável R$ 61,73
Custeio
Variável Fixo
Parcial
Total
R$ 0,00
R$ 61,73
Comentários
O custo variável é calculado pela
soma de todos os custos diretos,
como a matéria prima, para
produzir uma unidade do Produto.
Custo variável = 10,00 reais x 5
quilos
O custo variável é calculado a
partir da matéria-prima utilizada e
àquela que será perdida caso
ocorram as perdas normais
previstas., ou seja, deve-se
englobar 5% de quebras, 5% de
sobras e 10% de refugos. Assim
temos que:
Custo variável =
[(5 quilos x 10,00 reais) x 1/ (1 –
5% – 5%)]x[1/(1-10%)]
Cálculos dos custos
Comentários
Variável
Custeio por
Absorção Fixo
Ideal
Total
Variável
Custeio por
Absorção Fixo
Parcial
Total
R$ 50,00
R$ 35,00
A parte variável é igual ao Custeio Variável calculado
acima:
Custo variável = 10,00 reais x 5 quilos
O custo fixo unitário é estabelecido pelo custo referente ao
tempo de produção de uma unidade do produto, caso fosse
utilizada toda a capacidade de produção. Assim temos:
Custo fixo = (10.000,00 reais/200 hs) x 0,7 h
R$ 85,00
Da mesma, forma que o custo variável do custeio variável
R$ 61,73 parcial engloba as perdas normais. Assim, temos que:
Custo variável = [(5 Kg x R$10,00) x 1/ (1 – 5% –
5%)]x[1/(1-10%)]
R$ 43,21 Para os custos fixos deve-se incorporar os custos
referentes à ociosidade normal e ao custo fixo incorporado
nos refugos normais. Assim:
R$ 104,94 Custo fixo = [10.000,00 reais/(200 -20 hs)] x 0,7 x[1/(110%)]
Cálculos dos custos
Comentários
Variável R$ 66,67
Março Fixo
Custeio
por
Absorção
Total
Total
R$ 66,67
R$ 133,33
Variável R$ 61,73
Abril
Fixo
R$ 61,73
Total
R$ 123,46
Como este princípio utiliza o conceito de
gastos e não custos para cada mês se
obtém um valor diferente. Assim temos
que
Custo variável = consumo matéria-prima
do período/ produtos bons do período
Custo fixo = gastos fixos x tempo de
produçao de uma unidade/tempo de
produção boa
Assim em março temos:
Custo Variável = 1.000 quilos x 10,00
reais / 150 produtos bons
Custo Fixo = 10.000,00 reais / 150
produtos bons
Em abril temos:
Custo Variável = 1.000 quilos x 10,00
reais / 162 produtos bons
Custo Fixo = 10.000,00 reais / 162
produtos bons
Análise
• Hipótese 1:
Custeio Variável
R$ 50,00
Custeio Variável Parcial
R$ 61,73
Custeio por Absorção Ideal
R$ 85,00
Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94
Custeio por Absorção Total
(Março)
Custeio por Absorção Total
(Abril)
R$ 133,33
R$ 123,46
– o mercado está disposto a pagar
R$ 140,00 pelo Produto A
• Análise:
– Não é preciso se preocupar muito,
visto que o mercado absorveria as
ineficiências da linha de produção
e a empresa conseguiria se manter
a um preço competitivo
Análise
• Hipótese 2:
Custeio Variável
R$ 50,00
Custeio Variável Parcial
R$ 61,73
Custeio por Absorção Ideal
R$ 85,00
Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94
Custeio por Absorção Total
(Março)
Custeio por Absorção Total
(Abril)
R$ 133,33
R$ 123,46
– mercado está disposto a pagar
R$110,00 pelo Produto A
• Análise:
– se a linha produtiva continuar
com as mesmas perdas
anormais, a empresa não
conseguirá se manter no
mercado. Será preciso, então,
criar uma forma de eliminar
as perdas anormais
Análise
• Hipótese 3:
Custeio Variável
R$ 50,00
Custeio Variável Parcial
R$ 61,73
Custeio por Absorção Ideal
R$ 85,00
Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94
Custeio por Absorção Total
(Março)
Custeio por Absorção Total
(Abril)
R$ 133,33
R$ 123,46
– o mercado está disposto a
pagar
R$95,00
pelo
Produto A
• Análise:
– a empresa deverá repensar
não apenas as perdas
anormais, mas também as
suas perdas normais, visto
que este preço está abaixo
do custeio parcial. Assim, o
processo produtivo deverá
ser modificado de tal forma
que os padrões de perdas
normais mudem
Análise
• Hipótese 4:
Custeio Variável
R$ 50,00
Custeio Variável Parcial
R$ 61,73
Custeio por Absorção Ideal
R$ 85,00
Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94
Custeio por Absorção Total
(Março)
Custeio por Absorção Total
(Abril)
R$ 133,33
R$ 123,46
– o mercado está disposto a
pagar R$75,00 pelo Produto
A
• Análise:
– a curto prazo a empresa
poderá se manter no
mercado, visto que o
mercado está disposto a
pagar mais do que o
variável parcial, ou seja, o
mercado paga pelos custos
variáveis das perdas
normais
Análise
• Hipótese 5:
Custeio Variável
R$ 50,00
Custeio Variável Parcial
R$ 61,73
Custeio por Absorção Ideal
R$ 85,00
Custeio por Absorção Parcial R$ 104,94
Custeio por Absorção Total
(Março)
Custeio por Absorção Total
(Abril)
R$ 133,33
R$ 123,46
– o mercado está disposto a
pagar R$55,00 pelo
Produto A
• Análise:
– a curto prazo a empresa
poderá se manter no
mercado, se os padrões
de normalidade forem
modificados, visto que o
mercado não está
pagando pelas perdas
normais do período
analisado
Conclusões
• A diferenciação de perdas normais e anormais se faz
necessária à medida que o grau de dificuldade no combate
e eliminação das perdas inerentes aos processos de
produção é maior do que o das perdas anormais
• Quanto maior o nível de detalhamento das informações
mais embasado estará o processo de tomada de decisão
• Os princípios de custeio aqui apresentados não são
excludentes, e, na maioria das avaliações devem ser
utilizados de forma combinada
Definição genérica de custos
Demonstrativo de
Resultado do Exercício
Balanço Patrimonial
Custos
Produtos ou
Serviços
Elaborados
Consumo associado
à elaboração do
produto ou serviço
Despesas
Consumo
associado
ao período
Investimentos
Gastos
Fluxo dos Custos
Balanço Patrimonial
Custos
Diretos
Indiretos
Demonstrativo de
Resultado do Exercício
(+) Receitas
Estoques
Materiais Diretos
Produtos em Elaboração
Produtos Acabados
(-) Custos do DRE
CMV
CPV
CSP
(-) Despesas
(=) Resultado
Classificação dos Gastos
MD
MOD
CIF
Materiais Diretos
Matéria-Prima
Embalagem
Mão-de-Obra Direta
Mensurada e identificada de forma direta
Custos Indiretos
Custos que não são
MD nem MOD
Custo de transformação
Custo primário ou direto
Custo total, contábil ou fabril
Gastos totais ou custo integral
Despesas
Gastos não
associados
à produção
Classificações : Unidade
• Diretos : diretamente incluídos no cálculo dos produtos;
materiais diretos e mão de obra direta; perfeitamente
mensuráveis de maneira objetiva.
• Indiretos : necessitam de aproximações, rateio
• Primários : apenas incluem a matéria prima e a mão-de-obra
direta.
• De transformação : Igualmente denominados custos de
conversão ou custos de agregação. Consistem no esforço
agregado pela empresa na obtenção do produto. Exemplos :
mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação.
Classificações : Volume
Valor
$
•
•
•
•
Fixos
Variáveis
Semi-fixos
Semi-variáveis
Quantidade
Produzida
Custos Fixos
Exemplo : Aluguel
Valor
$
Quantidade
Produzida
Custos Semivariáveis
Exemplo : Copiadora
Valor
$
Quantidade
Produzida
Custos Variáveis
Exemplo : Mat Diretos
Valor
$
Quantidade
Produzida
Custos Semifixos
Exemplo : Conta de Água
Classificações : Controle
• Controláveis : quando podem ser controlados
por uma pessoa, dentro de uma escala
hierárquica pré-definida. O responsável poderá
ser cobrada de eventuais desvios não previstos.
• Não controláveis : quando fogem ao controle
do responsável pelo departamento. Por
exemplo, rateio do aluguel. Em uma escala
hierárquica superior todos os custos são
controláveis.
Classificações : Decisões Especiais
• Incrementais : também denominados diferenciais ou marginais,
incorridos adicionalmente em função de uma decisão tomada.
• De oportunidade : benefício relegado em decorrência da escolha
de uma outra alternativa.
• Evitáveis : custos que serão eliminados se a empresa deixar de
executar alguma atividade.
• Inevitáveis : independente da decisão a ser tomada, os custos
continuariam existindo.
• Empatados : também denominados sunk costs ou custos
afundados. Por já terem sido incorridos e sacramentados no
passado, não devem influir em decisões para o futuro por serem
irrelevantes.
Classificações : Base Monetária
• Históricos : custos em valores originais da época em que
ocorreu a compra, de acordo com a Nota Fiscal.
• Históricos corrigidos : custos acrescidos de correção
monetária, trazidos para o valor monetário atual.
• Correntes : também denominados custos de reposição.
Custo necessário para repor um item no total.
• Estimados : custos previstos para o futuro.
• Custo padrão : custo estimado com maior eficiência,
valor ideal a ser alcançado.
Custos diretos
Exemplo: Papel em que a
revista Sports Illustrated
é impressa.
OBJETO DE CUSTO
Exemplo: A revista
Sports Illustrated
Custos indiretos
Exemplo: Custo do aluguel
do prédio da Time-Warner
para editores seniores de
suas revistas.
Custos diretos
Departamento de manutenção
Departamento de pessoal
Departamento de montagem
Departamento de acabamento
$ 40 000
$ 20 600
$ 75 000
$ 55 000
Suponha que os custos do departamento de manutenção sejam alocados
igualmente entre os departamentos de produção.
Quanto é alocado para cada departamento?
Exemplo de custos
diretos e custos
indiretos
Manutenção
$ 40 000
Custos diretos
de montagem
$ 75 000
Custos diretos
de acabamento
$ 55 000
$ 20 000
$ 20 000
Exemplo de padrões de comportamento de custos
A Bicicletas Praianas compra guidões
a $ 52 cada para suas bicicletas.
Qual será o custo total de guidões
se mil bicicletas forem montadas?
1 000 unidades × $ 52 = $ 52 000
Qual será o custo total de guidões se
3 500 bicicletas forem montadas?
3 500 unidades × $ 52 = $ 182 000
A Bicicletas Praianas incorreu em $94,5 mil
em dado ano, devido ao aluguel da fábrica.
Esse é um exemplo de custos fixos com
relação ao número de bicicletas montadas.
Que será o custo (fixo) de aluguel por bicicleta se a Bicicletas montar mil unidades?
$ 94 500 ÷ 1 000 = $ 94,50
Qual será o custo (fixo) de aluguel por bicicleta se a Bicicletas montar 3 500 unidades?
$ 94 500 ÷ 3 500 = $ 27
O direcionador de custos variáveis é o nível ou volume de atividade cuja
mudança causa outras proporcionais nos custos (variáveis).
O número de bicicletas montadas é um
direcionador de custos do custo de guidões.
Suponha que os custos fixos (aluguel) sejam $ 94,5 mil
para o ano e que eles se mantenham iguais por uma certa
faixa de volume (mil a 5 mil bicicletas).
1 000 a 5 000 bicicletas é a faixa relevante.
Material Direto
O material direto, ou, simplesmente, MD, é formado pelas matériasprimas, embalagens, componentes adquiridos prontos e outros
materiais utilizados no processo de fabricação.
Três problemas básicos de MD
• a) avaliação : qual o montante a atribuir quando várias
unidades são compradas por preços diferentes, como
contabilizar sucatas; etc.
• b) controle : como distribuir as funções de compra, pedido,
recepção e uso, como organizar o "kardex" de controle, como
inspecionar para verificar o efetivo consumo;
• c) programação : quanto comprar, como comprar, fixação de
lotes econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos
de segurança, etc.
Avaliação de MD
• Sistema de inventário periódico : quando a empresa não mantém um
controle contínuo dos estoques.
Consumo de material direto = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final
• Sistema de inventário permanente : existe o controle contínuo da
movimentação do estoque
Critérios de avaliação
• UEPS : último a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, LIFO,
last in, first out. (legislação fiscal brasileira não permite)
• PEPS : primeiro a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, FIFO,
first in, first out.
• Custo Médio Ponderado : pode ser móvel ou fixo. O custo a
ser contabilizado representa uma média dos custos de
aquisição.
Classificação ABC
• Itens A : elevado valor relativo e que, portanto,
merecem um controle mais rigoroso que os demais.
• Itens B : valores não são tão representativos como os
estoques dos itens A, mas representam, também, uma
elevada aplicação de recursos.
• Itens C : representam estoques que são bastante
números em termos de itens, porém pouco
representativos em termos de valor.
Conceito de MOD
• Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente
sobre o produto em elaboração, "desde que seja
possível a mensuração do tempo despendido e a
identificação de quem executou o trabalho, sem
necessidade de qualquer apropriação indireta ou
rateio".
Cálculos da MOD
• Número de horas à disposição por ano
Número de dias por ano
(-) Repousos semanais remunerados
(-) Férias
(-) Feriados (em média)
(=) Número máximo de dias à disposição
(x) Jornada diária
(=) Número máximo de horas à disposição
365
-48
-30
-12
275
7,3333
2.016,67
Cálculos da MOD - Subtotais
a) Salários
Número máximo de horas à disposição
Valor da hora trabalhada
Total de salários
d) Adicional constitucional de férias
2.016,67
100
201.666,67
b) Repousos semanais remunerados
Número de repousos em dias
Jornada diária
Número de repousos em horas
Valor da hora trabalhada
Total de repousos semanais remunerados
33,33%
22.000,00
7.333,33
e) 13o Salário
48
7,3333
352
100
35.200,00
c) Férias
Férias em dias
Jornada diária
Férias em horas
Valor da hora trabalhada
Total de férias
Percentual constitucional
Total de férias
Total de adicional de férias
13o em dias
Jornada diária
13o em horas
Valor da hora trabalhada
Total de férias
30
7,3333
220
100
22.000,00
f) Feriados
30
7,3333
220
100
22.000,00
Feriados em dias
Jornada diária
13o em horas
Valor da hora trabalhada
Total de feriados
12
7,3333
88
100
8.800,00
Cálculos da MOD - Contribuições
Contribuições percentuais
Previdência Social
Fundo de Garantia
Seguro - acidentes de trabalho
Salário - educação
SESI ou SESC
SENAI ou SENAC
INCRA
SEBRAE
20,00%
8,00%
3,00%
2,50%
1,50%
1,00%
0,20%
0,60%
Total
36,80%
Cálculos da MOD - Resumo
Subtotal
a) Salários
b) Repousos semanais remunerados
c) Férias
d) Adicional constitucional de férias
e) 13o Salário
f) Feriados
Subtotal
Acréscimo legal outras contribuições
Total com contribuições
Número de horas trabalhadas por ano
Total Geral por hora
$
201.666,67
35.200,00
22.000,00
7.333,33
22.000,00
8.800,00
297.000,00
36,80%
406.296,00
2.016,67
201,47
Custos Indiretos de Fabricação
São os gastos identificados com a função de produção ou elaboração do
serviço a ser comercializado e que, como o próprio nome já revela, não
podem ser associados diretamente a um produto ou serviço específico.
Exemplo : algumas despesas de depreciação, salários de supervisores de
diferentes linhas de produção, etc.
• Rateio : extremamente problemático.
– Custeio Direto : não rateia nada
– RKW ou ABC estratégico :
rateia tudo
Exercício
• Determine o custo total dos produtos A, B e C apresentados a seguir:
Matéria-Prima
Mão-de-Obra
Energia Elétrica
Depreciação
Seguros
Materiais Diversos
Manutenção
Total
Produto A
75.000
22.000
18.000
Diretos
Produto B
135.000
47.000
20.000
Produto C
140.000
21.000
7.000
115.000
202.000
168.000
Indiretos
30.000
40.000
60.000
10.000
15.000
70.000
225.000
Total
350.000
120.000
85.000
60.000
10.000
15.000
70.000
710.000
Solução do Exercício
Usando custos diretos como base de rateio
Diretos
Produto A
Produto B
Produto C
Total
$
115.000
202.000
168.000
485.000
Indiretos
%
23,7%
41,6%
34,6%
100,0%
$
53.351
93.711
77.938
225.000
Total
%
23,7%
41,6%
34,6%
100,0%
168.351
295.711
245.938
710.000
Solução do Exercício
Usando mão de obra direta como base de rateio
Produto A
Produto B
Produto C
Total
Mão de Obra Direta
$
%
22.000
24,4%
47.000
52,2%
21.000
23,3%
90.000
100,0%
Diretos
Produto A
Produto B
Produto C
Total
$
115.000
202.000
168.000
485.000
Indiretos
$
55.000
117.500
52.500
225.000
%
24,4%
52,2%
23,3%
100,0%
Indiretos
%
23,7%
41,6%
34,6%
100,0%
$
55.000
117.500
52.500
225.000
Total
%
24,4%
52,2%
23,3%
100,0%
170.000
319.500
220.500
710.000
Custos por Departamentos
Vantagens dos Departamentos
• Reduzir arbitrariedade dos rateios
• Aumentar níveis de controle
Antes dos departamentos
Depois dos departamentos
CC1
Fábrica
Produtos
A
A
B
B
C
C
CC2
CC3
CC4
Exercícios
•
A companhia Verde e Rosa Ltda. estuda a possibilidade de distribuir alguns
Custos Indiretos de Fabricação entre seus três departamentos : Industrial;
Programação e Controle e Embalagem. Utilizando as informações
apresentadas a seguir, determine os custos a serem alocados a cada
departamento. Quais seriam os lançamentos contábeis sugeridos? O
Conta
Critério
de rateio
$
critérios de rateio estão na segunda
tabela.
Seguros
Depreciação de máquinas e móveis
Encargos Sociais
Gastos com manutenção
Aluguel
Total
Departamento
Industrial
Programação e Controle
Embalagem
Total do imobilizado do departamento
Valor das máquinas e móveis do depto
Gastos com folha do departamento
Diretamente ao departamento industrial
Área ocupada pelo departamento
Total
Imobilizado ($)
650.000,00
80.000,00
310.000,00
Máquinas e
Móveis ($)
1.600.000,00
180.000,00
40.000,00
8.200,00
64.800,00
39.500,00
5.600,00
7.600,00
125.700,00
Folha de
Área ocupada
Pagamento ($)
(m)
280.000,00
80.000,00
90.000,00
17.000
500
1.800
Custos por Processos
Sistemas de acumulação de custos
• Podem ser de alguns tipos principais, não excludentes :
–
–
–
–
–
Por ordem de produção
De modo contínuo ou processo
Pela responsabilidade
Previsionais
Acumulação : três critérios :
• custo por absorção
• custo direto ou variável
• ABC
Características
Característica Analisada
Desenvolvimento do
produto
Contratação do
fornecimento
Produção por Ordem
Específica
Produção por Processo
Especificação do cliente
Especificação do fabricante
Seleção subjetiva
(concorrência)
Seleção objetiva (amostra)
Produção
Limitada pelo cliente
Planejada pelo fabricante
Dimensão da produção
Número de peças contratadas
Número de peças do período
Mercado
Poucos compradores
Muitos compradores
Vendas
Procura do cliente
Procura do cliente ou oferta do
fabricante
Produto
Sob medida
Seriado
Necessidade do produto
Específica do cliente
Global do mercado
Local de produção
Na fábrica ou no campo
Na fábrica
Estoque de matéria prima
Temporário e específico
Permanente, geral para vários
produtos
Estoque de produtos
Indesejável
Necessário
Prazos de produção
Geralmente, médios ou longos
Geralmente, curtos
Outras Características
Característica
Analisada
Produção por Ordem
Específica
Produção por
Processo
Acumulação dos
custos
MAT, MOD e CIF por
ordem de produção
Por departamento e, em
seguida, aos produtos
Apuração dos
custos unitários
Custo específico por
ordem de produção ou
lote de produtos
Requisição de
materiais
Indica-se o número de
ordem de produção
Custo médio por
unidade produzida no
período
Indica-se o
departamento e/ou
código do produto
Início e término da
Período de apuração produção ou abertura e
dos custos finais
fechamento da ordem
de produção
Início e término do
período contábil
Compara custo médio
em diferentes períodos
para conhecer as
causas das variações
Custo unitário
Subsídio para preços
em atividades futuras
Forma de
custeamento
Predeterminada ou real Padrão ou real
Racionalização no
tempo
Menor
Maior
Exercícios
• A Indústria de Roupas Bonita e Bela produz um único produto : calças jeans
masculinas. Seus departamentos industriais são direcionados às atividades de
corte, costura e acabamento. Todos os produtos elaborados passam pelos três
departamentos, nesta ordem. Apenas no setor de acabamento não são
incorporados materiais diretos aos produtos. Com base nos números fornecidos
a seguir, estime os custos totais e unitários por departamento e o custo unitário
de cada produto comercializado. Sabe-se que os estoques iniciais e finais são
nulos e que no período analisado foram iniciadas e completadas 1500 unidades.
Corte
Materiais diretos
MOD
CIFs aplicados
45.000,00
60.000,00
36.000,00
Costura
60.000,00
24.000,00
30.000,00
Acabamento
45.000,00
54.000,00
Custos por Ordem de Produção
No sistema de custos por ordem de produção (ou encomenda) os custos são
acumulados em folhas (ou registros eletrônicos) denominados Ordens de
Produção ou Ordens de Fabricação. A soma das Ordens de Produção em Aberto
representa o Estoque de Produtos em Processo. Quando os produtos ou serviços
são completados, as Ordens são encerradas e os custos são transferidos para o
estoque de produtos acabados ou CPV, a depender da situação.
Exercícios
•
A Gráfica Traços e Rabiscos Ltda. apresentou os dados seguintes, referentes a sua
produção no mês de maio de 19X3. Com base nestes números, contabilize os lançamentos
e apure o custo da empresa. Os custos indiretos de fabricação no período foram iguais a
$4.000,00. A empresa costuma empregar a MOD como critério de rateio destes custos.
Registros do almoxarifado : requisições de materiais diretos.
Data
Requisição
OP
Quantidade Custo Unitário
12/Mai
1208/X3
563/X3
90
3,5
17/Mai
1209/X3
564/X3
210
3,6
Registros de utilização de MOD.
Data
OP
Quantidade
14/Mai
563/X3
300
21/Mai
564/X3
800
Custo Unitário
6,2
6,2
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