216
DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA ASSOCIADO À INOCULAÇÃO DE
Azospirillum brasilense VIA FOLIAR NA CULTURA DO SORGO
João Henrique Oliveira Cornacini1 e Charline Zaratin Alves2
1
Aluno de graduação em Agronomia, UFMS, Rodovia MS-306, km 105, 79560-000, Chapadão do Sul, MS. Email: [email protected]
2
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, Departamento de Agronomia, Campus de Chapadão do
Sul. Rodovia MS-306, km 105, 79560-000, Chapadão do Sul, MS. E-mail: [email protected]
RESUMO: A cultura do sorgo tem sido utilizada como base alimentar de milhões de pessoas,
além de ser utilizado na alimentação animal. A adubação nitrogenada é um dos fatores
limitantes para boa produção do grão, e também pode interferir na qualidade fisiológica de
sementes, necessitando de mais estudos sobre o tema. Com isso, o presente trabalho teve
como objetivo avaliar doses de nitrogênio em cobertura associado à inoculação de
Azospirillum brasilense via foliar na produção e qualidade fisiológica de sementes de sorgo.
O experimento foi instalado no Câmpus Experimental da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, Câmpus de Chapadão do Sul – CPCS/UFMS e as avaliações foram realizadas
no Laboratório de Tecnologia de Sementes. Os tratamentos consistiram em quatro doses de
nitrogênio em cobertura (0, 30, 60 e 90 kg ha-1) e a presença ou ausência do Azospirillum
aplicados via foliar. Concluiu-se que as doses de nitrogênio não influenciaram na
produtividade do sorgo, porém as doses intermediárias reduziram a porcentagem de
sementes germinadas na primeira contagem, bem como no teste de germinação. A inoculação
de Azospirillum brasilense via foliar não incrementou a produtividade, porém houve
beneficio na germinação e vigor das sementes de sorgo, principalmente na ausência de
adubação nitrogenada.
PALAVRAS-CHAVE: Fixação biológica de nitrogênio, bactérias diazotróficas, Sorghum
bicolor L.
NITROGEN DOSES IN COVERING ASSOCIATED TO INOCULATION OF
Azospirillum brasilense FOLIAR IN CULTURE SORGHUM
ABSTRACT: The sorghum crop has been used as a staple food of millions of people, besides
being used in animal feed. Nitrogen fertilization is one of the limiting factors for good grain
production, and can also interfere with the physiological seed quality, requiring further
studies on the subject. Thus, this study aimed to evaluate doses of nitrogen in coverage
associated with Azospirillum brasilense inoculation foliar production and physiological
quality of sorghum seeds. The experiment was conducted at the Campus Experimental and the
Federal University of Mato Grosso do Sul, Campus of Chapadão do Sul- CPCS / UFMS and
evaluations were carried out at the Seed Technology Laboratory. The treatments consisted of
four doses of nitrogen in (0, 30, 60 and 90 kg ha-1) and the presence or absence of
Azospirillum applied to the leaves. It was concluded that the nitrogen levels did not influence
the productivity of sorghum, but the intermediate doses reduced the percentage of germinated
seeds in the first count and the germination test. Inoculation of Azospirillum brasilense foliar
did not increase productivity, but there was benefit in germination and vigor of sorghum
seeds, especially in the absence of nitrogen fertilization.
KEYWORDS: Biological nitrogen fixation, diazotrophic bacteria, Sorghum bicolor L.
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
217
INTRODUÇÃO
O sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench.) destaca-se como o quinto cereal de maior
produção no mundo (Faostat, 2010) e o quarto no ranking de produção brasileiro (Ibge, 2010).
Por sua versatilidade e facilidade de produção, este tem sido utilizado como base alimentar de
milhões de pessoas, principalmente na África e Ásia chegando a suprir cerca de 70% da
ingestão calórica diária (Dicko et al., 2006; Taylor et al., 2006). Nos demais países, o cereal
tem sido utilizado basicamente na alimentação animal (Itavo et al., 2009; Menezes et al.,
2009), no entanto apresenta potencial para ser explorado também na alimentação humana
(Schober et al., 2007; Ferreira et al., 2009).
A produtividade média de sorgo no Brasil ainda é considerada baixa, em torno de
2.587 kg.ha-1 de grãos (Ibge, 2010). Dentre os principais fatores responsáveis pela baixa
produtividade nas áreas destinadas à produção dessas plantas destacam-se as precipitações
irregulares, a fertilidade do solo e as baixas aplicações de fertilizantes (Aguiar et al., 2007).
Na cultura do sorgo, o acúmulo de nitrogênio (N) ocorre quase linearmente até a
maturação, sendo o elemento que mais frequentemente limita sua produtividade. Todavia, a
resposta de uma cultura a doses crescentes desse elemento depende de vários fatores que
interferem na disponibilidade às plantas, e entre os principais, destacam-se os edafoclimáticos
como textura do solo e regime de chuvas, e os fatores genéticos inerentes a cada cultivar, os
quais determinam sua capacidade de resposta à adubação (Magalhães et al., 2000; Silva e
Lovato, 2008).
Na natureza, alguns microrganismos diazotróficos, incluindo as rizobactérias,
apresentam a capacidade de reduzir o nitrogênio molecular (N2) atmosférico à amônia
(Dobereiner, 1990) através do processo de fixação biológica de N (Silva et al., 2004).
As rizobactérias são consideradas promotoras do crescimento de plantas, pelos
benefícios que podem causar no metabolismo vegetal (Burdman et al., 2000). Esses
microrganismos são encontrados na natureza na forma de vida livre ou em associação com
plantas, e estão em geral amplamente distribuídas no solo (Didonet et al., 2000). Sua
utilização em práticas agrícolas está se tornando relevante nos últimos anos, visto que a
adubação nitrogenada representa uma parcela importante dos custos de produção de culturas
não-leguminosas. Dentre os microrganismos fixadores de N podem ser citados os gêneros
Rhizobium, Frankia, Burkholderia, Azotobacter, Herbaspirillum, Acetobacter e Azospirillum.
(Didonet et al., 2000).
Na literatura existem vários trabalhos confirmando que as bactérias do gênero
Azospirillum produzem fitohormônios que estimulam o crescimento das raízes de diversas
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
218
espécies de plantas. Tien et al. (1979) verificaram que os componentes responsáveis pelo
estímulo do crescimento de raízes liberados por Azopirillum brasilense eram o ácido indolacético (AIA), giberilinas e citocininas.
Em trabalho desenvolvido por Saikia et al. (2007), plantas inoculadas com
Azospirillum apresentaram maiores taxa de fotossíntese e condutância estomática, resultando
em maior rendimento de grãos em comparação com plantas não inoculadas, assim como o
teor de nutrientes nos grãos foi maior em plantas inoculadas.
Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar doses de nitrogênio em
cobertura associado à inoculação foliar de Azospirillum brasilense na produtividade de grãos
e qualidade fisiológica das sementes de sorgo.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi implantado em fevereiro de 2014, no Câmpus Experimental da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Chapadão do Sul – CPCS/UFMS,
estando situado a 905 m de altitude nas coordenadas geográficas 18º47'39" Sul e longitude
52º37'22" Oeste. O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho
Distroférrico argiloso (Embrapa, 2006). As temperaturas médias mensais e pluviosidade
mensal do ano agrícola de instalação do experimento encontra-se na Figura 1.
Figura 1 - Temperatura média mensal e pluviosidade mensal no período de agosto de 2013 a
agosto de 2014.
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
219
Antes da instalação do experimento e do manejo do solo foram realizadas amostragens
na área da implantação do experimento na camada de 0 - 20 cm. As amostras foram
encaminhadas ao Laboratório de Solos para as devidas análises. Na Tabela 1 encontram-se os
resultados da análise química da área experimental.
Tabela 1 - Resultado da análise de solo da área experimental
pH
Ca
Mg
Al
H + Al
K
P (mel)
CaCl2 cmolc.dm-3 (meq.100cm)-3
mg.dm-3 (ppm)
4,80
2,00
0,30
0,34
5,80
60,00 5,80
CTC
V(%)
cmolc.dm-3 %
8,40
30,90
A calagem foi realizada utilizando-se 200 kg ha-1 de calcário dolomítico, que foram
distribuídos e incorporados na área experimental 30 dias antes da semeadura. O preparo do
solo foi realizado com arações e gradagens de modo a permitir boa drenagem e bom
desenvolvimento do sistema radicular.
A variedade escolhida para o experimento, de acordo com a região, foi a 1G100 e os
tratamentos consistiram de quatro doses de nitrogênio na forma de sulfato de amônio (0, 30,
60 e 90 kg ka-1), que foram aplicados em cobertura e, na presença e ausência do inoculante
Masterfix Gramineas®, com as estirpes AbV5 e AbV6 de A. brasilense (2x108 células viáveis
mL-1), na dose de 200 mL ha-1 aplicado via foliar.
As parcelas experimentais foram constituídas de cinco linhas de seis metros de
comprimento, no espaçamento de 0,9 m entre linhas, sendo consideradas como área útil, as
três linhas centrais, desprezando-se 0,5 m de cada extremidade. A semeadura foi realizada
com auxilio de uma matraca para a demarcação das covas, sendo espaçadas 0,2 m entre
plantas. De inicio foram colocadas duas sementes por cova, e posteriormente foi realizado o
desbaste para o ajuste da densidade populacional.
A adubação nitrogenada em cobertura e a inoculação via foliar da bactéria foram
realizadas aos 25 dias após a semeadura, sendo que as plantas encontravam-se no estádio
fenológico V2. O nitrogênio, de acordo com a dose, foi aplicado na linha de semeadura em
cobertura, sendo realizada apenas uma aplicação. A inoculação da bactéria foi realizada via
foliar com auxílio de um pulverizador costal com vazão de 500 L.ha-1.
A colheita se deu quando os grãos estavam no estádio farináceo duro e foi realizada
quando a cultura estava com aproximadamente 120 dias após a semeadura (DAS), sendo
realizada manualmente com o auxilio de uma faca para o corte nas panículas, as quais foram
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
220
pesadas para determinar a produtividade de grãos (kg ha-1), sendo feita a correção para 13%
de umidade.
A massa de 1000 sementes foi avaliada utilizando-se oito repetições de 100 sementes,
as quais foram pesadas em balança de precisão 0,0001g, de acordo com Brasil (2009). Para o
teste de germinação utilizou-se quatro repetições de 50 sementes por tratamento, distribuídas
sobre uma folha de papel germitest, previamente umedecidas com quantidade de água
equivalente a 2,5 vezes o peso do substrato (Brasil, 2009), sendo mantidas em germinador a
25ºC. As avaliações foram realizadas aos cinco e oito dias após a semeadura (Brasil, 2009). A
primeira contagem de germinação foi realizada juntamente com o teste de germinação,
computando-se a porcentagem média de plântulas normais, obtidas aos cinco dias após a
semeadura (Brasil, 2009).
Para a emergência de plântulas foram utilizadas bandejas de poliestireno expandido
de 128 células contendo substrato comercial Plantmax®, as quais foram mantidas em casa de
vegetação e receberam irrigações diárias (três vezes ao dia). A avaliação da emergência das
plântulas foi efetuada aos 10 dias após a semeadura, mediante a contagem do número de
plântulas normais emergidas. Para este teste, foram utilizadas repetições de 25 sementes
(Brasil, 2009). O índice de velocidade de emergência foi calculado pela fórmula de Maguire
(1962) onde foram realizadas avaliações diárias a partir da semeadura, computando-se o
número de plântulas emersas até a estabilização do estande.
No teste de condutividade elétrica, foram utilizadas quatro repetições de 25 sementes
que foram pesadas em balança analítica de 0,0001 g, sendo colocadas para embeber em copos
plásticos contendo 75 mL de água destilada e mantidos em germinador durante 24 horas a 20
ºC. As leituras da condutividade elétrica foram realizadas em condutivímetro DIGIMED DM31, e os valores médios obtidos, expressos em µS cm-1 g-1 de semente (Brasil, 2009).
O teste de envelhecimento acelerado foi conduzido utilizando-se caixas plásticas
transparentes (11,5 X 11,5 X 3,5 cm) como compartimentos individuais (mini-câmaras),
conhecido como método do gerbox, possuindo em seu interior suportes para apoio de uma
tela metálica. Na superfície de cada uma dessas, foram distribuídas em camada única, 5,0 g de
sementes. Para o controle da umidade relativa do ar no interior das caixas, foram colocados 40
mL de água destilada. As caixas foram tampadas e mantidas em câmaras durante 72 horas a
41 ºC. Decorrido este período, as sementes foram submetidas ao teste de germinação,
conforme metodologia descrita acima, sendo a avaliação realizada aos quatro dias após a
semeadura (Marcos Filho, 1999).
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
221
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, num esquema fatorial
4 x 2 (doses de nitrogênio x presença ou ausência do inoculante), com quatro repetições para
cada tratamento. Os resultados foram submetidos ao teste F da análise de variância,
comparando-se as médias dos tratamentos com A. brasilense pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. As médias de doses de nitrogênio em cobertura foram submetidas à análise de
regressão, ajustando-se modelos de equações significativas pelo teste F.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos para produtividade de sorgo em função das
doses de nitrogênio em cobertura associada à ausência e presença da inoculação foliar de A.
brasilense. Com relação à produtividade, não houve diferença significativa entre as doses de
nitrogênio e a aplicação foliar de A. brasilense.
Tabela 2 – Produtividade (kg ha-1) de sementes de sorgo em função das doses de nitrogênio
associada a ausência e presença da aplicação foliar de A. brasilense. Chapadão do Sul, MS,
2014
Doses de N (D)
Produtividade
(kg ha-1)
(kg ha-1)
0
1970,85
30
1764,54
60
2097,53
90
2367,90
Azospirillum (A)
Ausência
1917,37a
Presença
2183,05a
F(D)
1,34ns
F(A)
1,48ns
F(DxA)
0,13ns
CV(%)
30,07
*Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ns –
dados não significativos
Os resultados do presente trabalho corroboram com os dados de Rodrigues Filho et al.
(2006) os quais não constataram diferenças sobre o potencial produtivo de híbridos de sorgo
forrageiro ao utilizar doses crescentes de nitrogênio (50, 75, 100 kg ha-1), aplicados em
cobertura. Já Von Pinho et al. (2009) estudando a aplicação de nitrogênio em cobertura no
milho, que também é uma gramínea, obtiveram incrementos significativos para produtividade
de grãos.
Com relação a aplicação foliar de A. brasilense, não foi observado diferença na
produtividade (Tabela 2). Resultados observados por Didonet et al. (2000) concordam com os
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
222
obtidos no presente trabalho, em que o uso da bactéria não influenciou significativamente a
produtividade de trigo. Da mesma maneira, Reis Junior et al. (1998) e Godoy et al. (2011)
também não encontraram diferença no rendimento de grãos de milho, com e sem inoculação
dessa bactéria.
Na Tabela 3 são apresentados os dados de massa de 1000 sementes, primeira
contagem de germinação, germinação, emergência, índice de velocidade de emergência,
condutividade elétrica e envelhecimento acelerado em função das doses de nitrogênio
associada à ausência e presença da aplicação foliar de A. brasilense.
Tabela 3 - Massa de 1000 sementes, primeira contagem de germinação, germinação,
emergência, índice de velocidade de emergência, condutividade elétrica e envelhecimento
acelerado em função das doses de nitrogênio associada à ausência e presença da aplicação
foliar de A. brasilense. Chapadão do Sul, MS, 2014
Doses de N (D) M1000
(kg ha-1)
(g)
0
38,29
30
35,55
60
34,54
90
32,55
Azospirillum (A)
Ausência
34,69b
Presença
35,77a
F(D)
23,76*
F(A)
4,86*
F(D*A)
1,21ns
CV (%)
3,94
PCG
(%)
73,50
74,75
68,00
88,00
GERM
(%)
88,00
82,75
79,25
92,50
EMERG.
(%)
74,50
79,00
77,50
77,00
IVE
10,44
11,20
11,31
10,81
76,25
75,87
16,04*
0,03ns
6,98*
7,87
84,37
86,87
9,28*
1,71ns
7,44*
6,32
71,00 b
83,00 a
0,38ns
15,78*
2,43ns
11,10
10,80 b
11,80 a
1,05ns
20,09*
2,01ns
9,95
CE
EA
(µS.cm g )
(%)
13,87
85,0
14,49
83,75
15,66
88,0
15,06
90,5
-1 -1
14,58 a
14,96 a
1,33ns
0,32ns
1,32ns
8,98
85,00
88,62
3,62*
5,16*
4,70*
5,20
*Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ns –
dados não significativos
A aplicação em cobertura de nitrogênio proporcionou diferença entre as doses para a
massa de 1000 sementes (Tabela 3), sendo que quando não foi realizada a adubação
nitrogenada, a massa de 1000 sementes foi maior e à medida que se aumentou a dose de
nitrogênio houve uma diminuição nesse valor (Figura 2A).
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
223
Figura 2 - Massa de 1000 sementes (A), primeira contagem de germinação (PCG) (B),
germinação (C) e envelhecimento acelerado (D) em função de doses de adubação nitrogenada
em cobertura na presença ou ausência de A. brasilense inoculada via foliar.
Segundo Marshall et al. (1992), a massa de sementes, normalmente, ou não sofre
modificação, ou é reduzida pelo acréscimo na adubação nitrogenada; entretanto, discordando
dessa afirmação, Diniz (1996) verificaram que a aplicação de 30 kg ha-1 de N em cobertura
aumentou a massa de 1000 sementes, em relação à testemunha.
A aplicação foliar da bactéria incrementou a massa de 1000 sementes; entretanto, em
trabalho realizado por Mendes et al. (2011), não foi encontrada diferenças entre os
tratamentos com a inoculação via semente de Azospirillum brasilense para a massa de 1000
sementes de trigo.
Houve interação significativa entre adubação nitrogenada e a inoculação de A.
brasilense para primeira contagem de germinação e porcentagem de germinação (Tabela 3).
Na primeira contagem, as maiores porcentagens de sementes germinadas foram observadas na
maior dose de nitrogênio utilizada, porém nessa dose não houve diferença na primeira
contagem de germinação para a ausência e presença da inoculação (Tabela 4).
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
224
Tabela 4 – Desdobramento da interação entre as doses de nitrogênio em cobertura associada a
ausência e presença da aplicação foliar do A. brasiliense na primeira contagem de germinação
(PCG), germinação e envelhecimento acelerado (EA) de sementes de sorgo
Doses de Nitrogênio (kg ha-1)
Inoculação
0
30
60
90
PCG (%)
Ausência
66,50b
79,50a
72,50a
86,50a
Presença
80,50a
70,00b
63,50b
89,60a
Germinação (%)
Ausência
79,50b
86,50a
80,00b
91,50a
Presença
96,50a
79,00a
78,50a
93,50a
EA (%)
Ausência
79,50b
84,50a
84,00b
92,00a
Presença
90,50a
83,00a
92,00a
89,00a
*Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ns –
dados não significativos
Nas doses de 30 e 60 kg ha-1 de N observou-se que a aplicação foliar de A. brasilense
aumentou a porcentagem de sementes germinadas no quinto dia após a semeadura (Tabela 4)
o que indica um aumento de vigor das sementes na presença da inoculação foliar dessa
bactéria. Todavia, houve benefício no vigor das sementes com a aplicação foliar de A.
brasilense quando não foi aplicado nitrogênio via solo; fato que pode ser explicado devido o
Azospirillum ser capaz de sintetizar um importante hormônio, uma auxina, o ácido 3indolacético (AIA), além de outros compostos indólicos (Crozier et al., 1988).
Quando não se inoculou a bactéria via foliar não houve diferença entre as doses de N
testadas; porém, quando foi utilizado Azospirillum foliar houve uma tendência de diminuição
da primeira contagem até a dose de 42 kg ha-1 de N, seguido de um aumento até a maior dose
testada (Figura 2B).
Na ausência da adubação nitrogenada, a germinação foi favorecida com a inoculação
do Azospirillum (Tabela 4). Quando se inoculou A. brasilense houve diferença entre as doses
de N, com os dados se ajustando a uma equação quadrática, no qual a testemunha apresentou
maiores valores, reduzindo a germinação até a dose de 50 kg ha-1 seguido de um aumento na
germinação até a máxima dose testada (Figura 2C).
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
225
As médias de emergência e IVE encontram-se na Tabela 3, na qual verificou-se que
não houve interação significativa entre as doses de nitrogênio e aplicação de Azospirillum.
Para os mesmos testes não houve diferença entre as doses de nitrogênio. Em girassol, Sader
(1987) verificou que os níveis de N não influenciaram o índice de velocidade de emergência e
a emergência; entretanto em trabalho realizado por Imolesi et al. (2001), foi observado
diferença significativa no índice de velocidade de emergência em função da aplicação de
doses de 0, 40, 80, e 120 kg ha-1 de nitrogênio, onde a maior dose proporcionou um maior
IVE em milho doce.
Em relação aos resultados referentes a inoculação de Azospirillum verificou-se que a
presença da inoculação foliar da bactéria aumentou a porcentagem de plântulas emergidas e o
IVE, corroborando com os resultados de germinação, em que se verifica também uma
melhoria no vigor das sementes pela presença da inoculação dos Azospirillum. Araújo et al.
(2010) também constataram que a inoculação com as bactérias diazotróficas aumentaram a
velocidade de emergência de sementes de arroz.
No teste de condutividade elétrica (Tabela 3) não foi verificada diferença significativa
entre os tratamentos. Em trabalho realizado por Araujo et al. (2014), o vigor determinado pelo
teste de condutividade elétrica não foi afetado pela adubação nitrogenada no milho. Os
resultados deste trabalho são similares com os trabalhos de Crusciol et al. (2003) e Farinelli et
al. (2006), os quais não observaram diferenças significativas em relação ao efeito do N no
teste de condutividade elétrica em sementes de feijão. No envelhecimento acelerado, quando
não houve a aplicação do nitrogênio, os valores foram menores, seguindo de um aumento
gradativo até a máxima dose testada (Figura 2D). Farinelli et al. (2006) observaram
incrementos no vigor avaliados pelo envelhecimento acelerado promovido pela adubação
nitrogenada de cobertura no feijoeiro.
Nas doses de 0 e 60 kg.ha-1 de nitrogênio a presença da bactéria proporcionou
incremento na germinação de sementes após o teste de envelhecimento acelerado (Tabela 4).
Entretanto em trabalho realizado por Araujo et al. (2014), o vigor determinado pelo de
envelhecimento acelerado, não foi afetado pela inoculação com bactérias diazotróficas.
Quando não foi utilizado o Azospirillum, os dados se ajustaram a uma equação do
primeiro grau (Figura 2D) para o teste de envelhecimento acelerado. Quando não houve a
aplicação do nitrogênio, os valores deste parâmetro foram menores, seguindo de um aumento
gradativo até a máxima dose testada. Farinelli et al. (2006) observaram incrementos no vigor
avaliados pelo envelhecimento acelerado promovido pela adubação nitrogenada de cobertura
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
226
no feijoeiro. Quando foi realizada a aplicação foliar da bactéria, as doses de nitrogênio se
ajustaram a uma equação de terceiro grau. (y = -4,75x³ + 36,75x² - 84,5x + 143).
Algumas pesquisas em trigo têm sugerido que a inoculação com bactérias
diazotróficas não substitui o adubo nitrogenado, porém, pode promover melhor absorção e
utilização do N disponível (Saubidet et al., 2002). Quadros (2009) observou que a inoculação
a campo apresentou indícios de que juntamente com a adição de dose de 50 kg ha-1 na base,
apresenta desempenho equivalente à aplicação de 130 kg ha-1 de N quanto ao rendimento de
grãos para dois híbridos de milho. Didonet et al. (1996) observaram que a produção de grãos
de trigo inoculado com A. brasilense, e complementado com 15 kg ha-1 de N não diferiu
estatisticamente da obtida no tratamento controle com 45 kg ha-1 de N.
Como relatado por Hungria et al. (2010) apesar de muitos experimentos com
fertilização nitrogenada conduzirem para produtividades superiores quando comparado ao uso
da inoculação de bactérias diazotróficas como o A. brasilense, isto não reduz o potencial de
seu uso. Nesse sentido, a inoculação de A. brasilense e a integração lavoura-pecuária podem
contribuir para economia de fertilizante nitrogenado, assim como melhorar a eficiência de uso
dos recursos disponíveis com a intensificação do uso da terra, porém desenvolvendo-se um
sistema de produção baseado em um conceito de agricultura sustentável.
CONCLUSÕES
As doses de nitrogênio não influenciaram na produtividade do sorgo, porém as doses
intermediárias reduziram a porcentagem de sementes germinadas na primeira conta de
germinação, bem como no teste de germinação.
A inoculação de Azospirillum brasilense via foliar não incrementou a produtividade,
porém houve beneficio na germinação e vigor das sementes de sorgo, principalmente na
ausência de adubação nitrogenada.
REFERÊNCIAS
AGUIAR L.M.S; MORAES, A.V.C.; GUIMARÃES, D.P. Cultivo do sorgo. Embrapa
Milho e Sorgo. Sistemas de Produção, 2 ISSN 1679-012X. Versão Eletrônica - 3ª edição.
2007. Disponível em: <http:// www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/sorgo/clima.html.>Acesso
em: 20 out. 2014.
ARAUJO, A.E.S.; ROSSETO, C.A.V.; BALDANI, V.L.D.; BALDANI, J.I. Germinação e
vigor de sementes de arroz inoculadas com bactérias diazotróficas. Ciência e
Agrotecnologia, v.34, n.4, p.932-939, 2010.
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
227
ARAUJO, E.O.: VITORINO, A.C.T.A.; MERCANTE, F.M.; NUNES, D.P.; SCALON,
S.P.Q. Qualidade de sementes de milho em resposta à adubação nitrogenada e à inoculação
com bactérias diazotróficas. Agrária, v.9, n.2, p.159-165, 2014.
BRASIL. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: Mapa/ACS, 2009.
BURDMAN, S.; OKON, Y.; JURKEVITCH, E. Surface characteristics of Azospirillum
brasilense in relation to cell aggregation and attachment to plant roots. Critical Reviews in
Microbiology, v.26, p.91-110, 2000.
CROZIER, A.; ARRUDA, P.; JASMIM, J.M.; MONTEIRO, A.M.; SANDBERG, G.
Analysis of indole-3-acetic acid and related indóis in culture medium from Azospirillum
lipoferum and Azospirillum brasilense. Applied and Environmental Microbiology, v.54,
n.1, p.2833-2837, 1988.
CRUSCIOL, C.A.C.; LIMA, E.D.; ANDREOTTI, M.; NAKAGAWA, J.; LEMOS, L.B.;
MARUBAYASHI, O.M. Efeito do nitrogênio sobre a qualidade fisiológica, produtividade e
características de sementes de feijão. Revista Brasileira de Sementes, v.25, n.1, p.108-115,
2003.
DICKO, M.H.; GRUPPEN, H.; TRAORÉ, A.S.; VORAGEN, A.G.J.; BERKEL, W.J.H.
Sorghum grain as human food in Africa: relevance of content of starch and amylase activities.
Afr. J. Biotechnol., v.5, n.5, p.384-395, 2006.
DIDONET, A.D.; RODRIGUES, O.; KENNER, M.H. Acúmulo de nitrogênio e de massa
seca em plantas de trigo inoculadas com Azospirillum brasilense. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v.31, n.9, p.645-651, 1996.
DIDONET, A.D.; LIMA, O.S.; CANDATEN, A.A.; RODRIGUES, O. Realocação de
nitrogênio e de biomassa para os grãos em trigo submetidos à inoculação de Azospirillum.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.35, n.2, p.401-411, 2000.
DINIZ, A. R. Resposta da cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) à aplicação de
nitrogênio (cobertura e semeadura) e de molibdênio foliar. In: REUNIÃO NACIONAL DE
PESQUISA DE FEIJÃO, 5., 1996, Goiânia. Anais... Goiânia: Embrapa-CNPAF, 1996. p.7375.
DOBEREINER, J. Avanços recentes na pesquisa em fixação de nitrogênio no Brasil. Artigos
Assinados Estudos Avançados, v.4, n.8, p.144-152, 1990.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro
nacional de pesquisa de solos (Rio de Janeiro, RJ). Sistema brasileiro de classificação de
solos. Brasília: 2006. 169p.
FERREIRA, S.R.M.; LUPARELLI, P C.; SCHIEFERDECKER, M.E.M.; VILELA, R.M.
Cookies sem glúten a partir da farinha de sorgo. Archivos Latinoamericanos de Nutricion,
v.59, n.4, p. 47-52, 2009.
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
228
GODOY, J.C.S; WATANABE, S.H.; FIORI C.C.L.; GUARIDO, R.C. Produtividade de
milho em resposta a doses de nitrogênio com e sem inoculação das sementescom Azospirillum
brasilense. Campo Digital, v.6, n.1, p.26-30, 2011.
HUNGRIA, M.; CAMPO, R.J.; SOUZA, E.M.S.; PEDROSA, F.O. Inoculation with selected
strains of Azospirillum brasilense and A. lipoferum improves yields of maize and wheat in
Brazil. Plant and Soil, Netherlands, v.331, n.1/2, p.413-425, 2010.
IBGE. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Rio de Janeiro, 2010. Disponivel
em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa_201001_5.shtm>
. Acesso em: 15/10/2014.
IMOLESI, A.S.; VON PINHO, E.V.R.; PINHO, R.G.V.; VIEIRA, M.G.G.C.; CORRÊA,
R.S.B. Influência da adubação nitrogenada na qualidade fisiológica das sementes de milho.
Ciência e Agrotecnologia, v.25, n.5, p.1119-1126, 2001.
MAGALHÃES, P.C.; DURAES, F.O.M.; SCHAFFERT, R.E. Fisiologia da planta de sorgo.
Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2000. 46 p. (Circular Técnica, 3).
MAGUIRE, J.D. Speed of germination – aid in selection aid evolution for seedling emergence
and vigor. Crop Science, Madison, v.2, n.2, p.176-177, 1962.
MARCOS FILHO, J. Testes de vigor: importância e utilização. In: KRZYZANOWSKI, F.C.;
VIEIRA, R.D.; FRANÇA-NETO, J.B. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes.
Londrina: ABRATES, 1999. p.1.1-1.21.
MARSHALL, H.G.; McDANIEL, M.E.; CREGGER, L.M. Cultural practices for growing oat
in the United States. In: MARSHALL, H.G.; SORRELLS, M.E. (eds.). Oat Science and
technology. Madison: ASA/CSSA/SSSA, 1992. p.191-221. (Agronomy, 33).
MENDES, M.C. ROSARIO, J.G. FARIA, M.F. ZOCHE, J.C. WALTER, A.L. Avaliação da
eficiência agronômica de Azospirillum brasilense na cultura do trigo e os efeitos na qualidade
de farinha. Revista Brasileira de Tecnologia Aplicada as Ciências Agrárias, Guarapuava,
v.4, n.3, p.95-110, 2011.
MENEZES, L.F.G.; SEGABINAZZI, L.R.; BRONDANI, I.L.; RESTLE, J.; ARBOITTE,
M.Z.; KUSS, F.; PACHECO, P.S.; ROSA, J.R.P. Silagem de milho e grão de sorgo como
suplementos para vacas de descarte terminadas em pastagem cultivada de estação fria. Arq.
Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte, v.61, n.1, p. 67-72, 2009.
QUADROS, P.D. Inoculação de Azospirillum spp. em sementes de genótipos de milho
cultivados no Rio Grande do Sul. 2009. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
REIS JÚNIOR, F.B.; DÖBEREINER, J.; BALDANI, V.L.D.; REIS, V.M.; MACHADO,
A.T. Seleção de genótipos de milho e arroz mais eficientes quanto ao ganho de N através
de fixação biológica de N2. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 1998. 24p.
RODRIGUES FILHO, O.; FRANÇA, F.S.; OLIVEIRA, R.P.; OLIVEIRA, E.R.; ROSA, B.;
SOARES, T.V.; MELLO, S.Q.S. Produção e composição bromatológica de quatro híbridos de
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
229
sorgo forrageiro (Sorghum bicolor (L) Moench) submetidos a três doses de nitrogênio.
Ciência Animal Brasileira, v.7, n.1, p. 125-129, 2006.
SADER, R. Efeitos da adubação nitrogenada na qualidade de sementes de girassol. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE SEMENTES, 5., 1987, Gramado-RS. Resumos... Brasília:
ABRATES, 1987. p.2.
SAIKIA, S.P.; JAIN, V.; KHETRAPAL, S.; ARAVIND, S. Dinitrogen fixation activity of
Azospirillum brasilense in maize (Zea mays). Current Science, v.93, n.9, p.1296-1300, 2007.
SAUBIDET, M. I.; FATTA, N.; BARNEIX, A. J. The effect of inoculation with Azospirillum
brasilense on growth and nitrogen utilization by wheat plants. Plant and Soil, Netherlands,
v.245, n.2, p.215-222, 2002.
SCHOBER, T.J.; BEAN, S.R. ; BOYLE, D.L. Gluten-Free Sorghum Bread Improved by
Sourdough Fermentation: Biochemical, Rheological, and Microstructural Background. J.
Agric. Food Chem.,v.55, n.1, p.5137-5146, 2007.
SILVA, P.C.S.; LOVATO, C. Análise de crescimento e rendimento em sorgo granífero em
diferentes manejos com nitrogênio. Revista da FZVA, Uruguaiana, v.15, n.1, p.15-33, 2008.
SILVA, A.A.O.; FELIPE, T.A.; BACH, E.E. Ação do Azopirillum brasilense no
desenvolvimento das plantas de trigo (variedade IAC-24) e cevada (variedade CEV 95033).
Conscientiae Saúde, v.3, n.2, p.29-35, 2004.
TAYLOR, J.R.N.; SCHOBER, T.J.; BEAN, S.R. Novel food and non-food uses for sorghum
and millets. Journal of Cereal Science, v.44, n.1, p.252-271, 2006.
TIEN, T.M.; GASKINS, M.H.; HUBBELL, D.H. Plant growth substances produced by
Azospirillum brasilense and their effect on the growth of pearl millet (Pennisetum
americanum L.). Applied and Environmental Microbiology, v.37, n.2, p.1016-1024, 1979.
VON PINHO, R.G.; CANEDO RIVERA, A.A.; BRITO, A.H.; LIMA, T.G. Avaliação
agronômica do cultivo de milho em diferentes níveis de investimento. Ciência e
agrotecnologia, v.33, n.1, p.39-46, 2009.
Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.3, n.2, p.216-229, 2014.
Download

Baixar arquivo