Banda Café Brasil mostra
a sua versatilidade sonora
Curso desperta novo
olhar para a cidade
Grupo fará show em Porto Alegre, em setembro. P. 5
Fotografia digital é tema. P. 3
Alternativo
Registro da aluna
Ester Serra feito no
curso que foi
aprovado pelo
Programa Mais
Cultura nas Escolas,
do Governo Federal
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O ESTADO DO MARANHÃO · SÃO LUÍS, 31 de agosto de 2014 - domingo
Uma viagem à Rússia
Companhia
Barrica vai
representar o
Brasil no
International
Folklore Festival
Golden Ring, que
acontece na
Rússia; grupo
apresentará três
espetáculos que
destacam a
cultura do
Maranhão
Carla Melo
Do Alternativo
C
erca de 30 pessoas, entre
bailarinos, músicos, cantores e produtores da
Companhia Barrica, embarcam
nesta terça-feira para a Rússia,
onde vão representar o Brasil no
IX International Folklore Festival Golden Ring. Naquele país,
eles apresentarão três espetáculos, sendo dois autorais – o
Boizinho Barrica e o Bicho Terra – e outro representativo da
cultura popular maranhense.
A viagem foi a convite da
State Russian House Of Folk
Arts, órgão do Ministério da
Cultura da Federação Russa. O
grupo viajará com Régis Bastian, presidente da Federação
Brasileira de Artes Populares
(FEBRARP), entidade que respaldou o convite aos maranhenses. “Para nós foi um orgulho porque, entre muitos outros grupos, fomos escolhidos
para representar o Brasil em
um evento que reúne uma
grande diversidade cultural do
mundo todo”, diz o diretor artístico da Companhia Barrica,
José Pereira Godão.
Na Rússia, os maranhenses
se apresentarão nas cidades de
Moscou e Vladimir. Esta segunda é uma cidade histórica, que
já foi capital da Rússia. Por lá,
os russos poderão conhecer
um pouco sobre a rica cultura
popular do Maranhão por
meio de apresentações de
tambor de crioula, bumba
Divulgação
A Companhia Barrica é a única representante do Brasil no evento que acontecerá na Rússia; espetáculos exaltam a cultura maranhense
meu boi, dança do coco, cacuriá, quadrilhas, blocos tradicionais, tribos de índio, baralho, batucadas e sambas.
Do festival, participarão ainda representantes de países como Tailândia, Espanha, Peru,
República Tcheca, Costa Rica e
Indonésia. “O festival será também uma forma de intercâmbio, pois em alguns dias vamos
apenas assistir às apresentações dos grupos locais, para conhecermos mais sobre eles e
também sobre outros países
que estarão representados”, observa Godão.
O diretor artístico do Barrica frisa que é um orgulho levar
dois espetáculos autorais e um
terceiro que privilegia manifestações como tambor de crioula e bumba meu boi nos sotaques de orquestra, matraca,
baixada e zabumba. “Levamos
na bagagem um repertório
próprio que são expressados
com o Boizinho Barrica e o Bicho Terra, inclusive com figurinos e músicas específicos e
ainda um recorte da cultura
popular maranhense que é coletiva e é o que nos inspira”, salienta Godão.
Para as apresentações, eles
levam na bagagem 90 indumentárias que contemplam coreiras do tambor de crioula, caboclos de pena, rajados, índias
tapuias e cazumbas além dos
figurinos tradicionais do Barrica e do Bicho Terra.
Para montar os espetáculos,
os bailarinos encararam uma
dura rotina de ensaios. “É mui-
to difícil fazer estas adaptações,
pois precisamos fazer com 30
bailarinos o que fazemos com
90. Esta redução deve ser bem
pensada, para que não haja
prejuízo estético ou artístico”,
ressalta o diretor.
Celebração – Godão explica
que a viagem integra o projeto
de 30 anos da Companhia Barrica, que foi aprovado pela Lei
de Incentivo Estadual, com patrocínio da Cemar. “Inscrevemos o projeto ano passado para marcar as três décadas da
companhia e que contempla,
além desta viagem, outras
ações”.
A primeira parte do projeto
aconteceu em junho, quando
o grupo percorreu, levando o
espetáculo junino, cidades do
interior do estado e também
municípios da Ilha, como São
José de Ribamar e Paço do Lumiar.
O encerramento do projeto
acontecerá no fim do ano,
quando o Barrica gravará o
DVD Amor bom pra todo mundo. De acordo com Godão, o
lançamento será no Teatro Arthur Azevedo e o registro audiovisual conterá, entre outras,
cenas captadas nesta viagem.
Esta é a 15ª viagem internacional do grupo e a primeira à
Rússia. O bailado da Companhia Barrica, com seus ritmos,
indumentárias, melodias e
composições musicais, já representou o Brasil em diversas exposições mundiais. Expo América (1992, na Argenti-
na), Expo Taejon (1993, na Coreia do Sul), Expo Lisboa
(1998, em Portugal), Expo
Hannover (2000, na Alemanha) e Expo Xangai (2010, China) são alguns exemplos. México, Canadá, Grécia, França,
Emirados Árabes, Estados
Unidos, Itália e Japão também
fazem parte da lista de países
nos quais a companhia já levou seu trabalho.
Dono de um vasto repertório de danças e músicas
inspiradas nas festas tradicionais do Maranhão, o grupo já foi agraciado com a
Ordem do Mérito Cultural
do Brasil, pelo Ministério da
Cultura do Brasil.
“
Esta é a mais
ousada viagem
internacional
que faremos,
dados a
quantidade de
figurinos e o
elenco que
estamos
levando com a
intenção de
apresentar
nosso trabalho
e também a
cultura popular
maranhense,
que é o que
nos inspira”
José Pereira Godão, diretor
artístico da Companhia Barrica
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