O Estado na Folia faz recorte
do melhor do Pré-Carnaval
Bandida faz última prévia
antes do Reinado de Momo
Festas e animação por toda São Luís. P. 3
Argumento é uma das atrações da folia. P. 3
Alternativo
Integrantes
do grupo
Argumento
prometem
animar
festa no
Novo
Trapiche
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O ESTADO DO MARANHAO · SAO LUIS, 12 de fevereiro de 2012 - domingo
Cia. Barrica
encantará
a Sapucaí
O
tempo é
de Carnaval,
mas no ateliê
de costura da
Cia. Barrica, localizado no
bairro Madre
Deus, a folia
momesca divide espaço com as
festas de São João. Democraticamente, indumentárias do
boizinho se mesclam às do Bicho Terra em uma composição
multicolorida que tem como finalidade a participação da Cia
no desfile da Beija-Flor e também o Carnaval maranhense. A
Cia. Barrica é um dos grupos de
cultura popular que marcarão
presença, ao lado dos bois de
Morros, Axixá, Nina Rodrigues
e Santa Fé, além de Maioba e
Maracanã, na festa da agremiação fluminense.
A Cia. Barrica vai se apresentar no setor quatro e vestirá a
fantasia Vem brincar nesse arriá. Composta por 60 integrantes, sendo 40 mulheres e 20 homens, a Cia. vem com figurino
característico, os bailarinos estarão trajados de bailarinas e
baiantes, indumentárias usadas pelo grupo durante o São
João e também de coureiras,
para representar o tambor de
crioula.
O diretor da Cia., José Pereira Godão, explica que as fantasias foram propostas pela Beija-Flor, mas que isto não significa uma descaracterização das
manifestações locais. “Não se
trata de uma estilização da cultura popular, mas uma tradução dela”, explica Godão.
Neste mesmo setor desfilarão Maioba e Maracanã, que representarão os caboclos de pena com a fantasia Batalhão pesado e Batalhão de ouro, respectivamente; o boi de Santa Fé
levará para a avenida os cazumbás, os rajados e os índios, vestidos com duas fantasias: Quero ver o cazumbá e Diamante
Com indumentárias
exclusivas e em meio à folia
do Bicho Terra, grupo
madridivino prepara-se para
representar a cultura
maranhense no desfile da
Escola de Samba Beija-Flor
brasileiro. O Boi de Morros fará
a alegoria com índias e índios.
Já Axixá terá a fanatasia A vibração das toadas, enquanto Nina
Rodrigues sairá de A sensualidade orquestrada.
Além dos grupos folclóricos,
vão se apresentar ainda neste
espaço o puxador Neguinho da
Beija-Flor, com a fantasia O
amo cantador, a bateria, que
vem vestida de O sotaque colorido. Comporão a bateria o grupo Mariocas, comandado pelos
gêmeos Rômulo e Ramon, que
inserirão pandeirões na batucada da escola. A rainha de bateria, passistas, Pai Francisco e
Mãe Catirina também estão no
setor quatro.
A religiosidade maranhense
será representada por um grupo do terreiro de Iemanjá, fundado pelo babalorixá Jorge Itaci, que levará para a avenida
uma representação do Tambor
de Mina.
Passeio – De acordo com Godão, o Barrica fará, durante o
desfile, um recorte das principais manifestações que têm seu
ápice no período junino. Danças como cacuriá, tambor de
crioula, quadrilha e outras manifestações serão retratadas pelo grupo, que, originalmente,
faz este recorte durante suas
apresentações. “Vamos fazer
um recorte dos bailados e dos
diversos sotaques que se vê nos
arraiais no mês de junho”, diz.
Como em São Luís, o Carnaval também vai estar a todo vapor, os integrantes do Barrica
garantem que comparecerão
à festa. A fim de dar conta das
duas festas, o grupo madridivino viaja no Domingo Gordo
para o Rio e, lá chegando, segue direto para a Marquês de
Sapucaí. “O desfile começa à
1h30 da madrugada de segunda e, assim que terminar, pegamos o avião de volta para
São Luís”, afirma Godão, garantindo que a agenda do grupo carnavalesco Bicho Terra
não será, em hipótese alguma,
prejudicada.
A exemplo de anos passados, este ano o Bicho Terra
apresenta aos maranhenses um
novo personagem. Trata-se do
Bicho Maranhaguara, nascido
da inspiração de Godão como
forma de celebrar os 400 anos
de São Luís.
O personagem, que ganha
hoje as ruas da cidade, representa os três povos que deram
origem aos maranhenses. “O
europeu, o índio e o africano
formaram nosso povo e o
personagem remete a esta
mistura e a nossa própria história, que não foi feita apenas
de glórias ou de festa, mas de
conflitos também”, diz Godão. O personagem, segundo
o diretor da Cia. Barrica, foi
uma forma divertida e leve de
tratar do tema da fundação
da cidade.
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