1. Monitoramento estratégico e desempenho 1.1 Implantação da estratégia A implantação de uma estratégia corresponde normalmente a um novo produto/serviço, cliente ou tecnologia exige alterações internas na empresa, como por exemplo: estrutura organizacional e sistemas de informação. O gestor precisa estar atento para evitar problemas quanto aos resultados apresentados pela nova estratégia. Podemos considerar que, quando uma empresa está confusa, ou mesmo com falta de estratégia, é possível que esteja com um problema: portanto, deve analisar o seu coeficiente estratégico respondendo a algumas perguntas básicas como: ­ A orientação do negócio da empresa foi determinada de forma consciente? ­ Os elementos da alta administração têm a mesma visão e o mesmo nível de conhecimento do futuro rumo estratégico da empresa? ­ A estratégica é clara? ­ A declaração de estratégia é levada em consideração para as escolhas dos futuros produtos e mercados? ­ A futura estratégia é claramente determinante daquilo que se planeja e inclui no orçamento? ­ As suposições formuladas sobre o ambiente são usadas para a fixação de uma estratégia? ­ As unidades organizacionais da empresa têm estratégias claras e evidentes? Essas estratégias apóiam a estratégia global? ­ O desempenho geral da empresa e de suas unidades organizacionais é revisto levando em consideração tanto sua realização estratégica como seus resultados operacionais? Podemos considerar que quanto mais numerosas forem as perguntas as quais a empresa respondeu “não”, ou as quais não pôde responder “sim” com firmeza, maiores serão os problemas estratégicos da empresa. O gestor pode considerar alguns aspectos quando está desenvolvendo estratégias numa empresa. Exemplo: ­ A estratégia de uma empresa deve identificar­se com aqueles na empresa que devem conhecê­la. Se a estratégia não for escrita, deverá ser claramente divulgada através de outros meios de comunicação; ­ A estratégia deve ser consciente com o ambiente da empresa;
­ A estratégia deve ser consciente com os pontos fortes internos, objetivos, políticas, recursos e valores pessoais dos colaboradores; ­ A estratégia deve equilibrar o risco mínimo com máximo potencial de lucros, consistente com os recursos e objetivos da empresa. Uma empresa com poucos recursos pode aceitar menor risco de que uma com maior capacidade de sofre uma perda; ­ O desenvolvimento de uma estratégia deverá remontar o processo de uma análise, do objetivo e incorporar o processo a aplicação de criatividade e imaginação; ­ Os gestores devem compreender os diferentes processos de desenvolvimento da estratégia e saber quando e como aplicar cada técnica; ­ A estratégia deve ter uma ocasião propícia e não ser ilimitada no tempo; ­ As estratégias podem ser formuladas no período de planejamento anual e em outras ocasiões; ­ As melhores estratégias são aquelas traçadas para se ajustarem a determinada situação; ­ Quanto maior for a empresa, mais estratégias terá de desenvolver. Quando o gestor implementa uma estratégia, ele precisa estar atento a cinco pontos: a) Antes de formular estratégias ambiciosas, deve estar consciente de que não haverá sobrecarga funcional. Isto é, evidente porque o uso de medidas para evitar esforços desnecessários nas ligações entre o plano estratégico e os atuais sistemas operacionais é sempre preferível a ter de fazer correções após o fato. b) Controlar as ondas de choque da estratégia. Os gestores podem evitar alguns problemas de separação, isolando partes da empresa contra as ondas de choque da estratégia, sempre que um novo curso estratégico é exigido. c) Dedicar atenção pessoal a importantes questões de integração. d) Não desfazer a sua equipe de planejamento estratégico até que tenha identificado as ações que são seguidas do começo ao fim pelo nível hierárquico seguinte. e) Comunicar­se de cima para baixo e não apenas de baixo para cima. Isto porque as decisões estratégicas afetam todas as unidades organizacionais da empresa. 1.2 Avaliação da estratégica A avaliação da estratégia é a fase na qual o gestor verifica se a estratégia, que foi implementada, está alcançando os objetivos e desafios da empresa aos quais ela estava relacionada. No entanto, uma estratégia não deve ser avaliada apenas após a sua implementação, mas também para a sua escolha. Os aspectos que o executivo deve analisar são: a) A estratégia deve está consistente com os aspectos internos da empresa. Ela deve estar de acordo com a cultura e o clima organizacional, pois só assim será aceita e apoiada no seu desenvolvimento. b) A estratégia deve estar consistente com os aspectos externos da empresa. Ela deve estar de acordo com as condições e aspectos do ambiente da empresa, que sejam referentes às condições atuais ou às condições futuras, através de um processo de transformação contínua. c) A estratégia deve estar adequada a missão, aos objetivos, metas e desafios da empresa. d) A estratégia deve estar adequada aos recursos existentes e disponíveis na empresa. Exemplo: capital, equipamentos, pessoal, tecnologia, etc.
e) A estratégia deve estar adequada ao grau de risco que o executivo julga adequado. Esse grau de risco adequado está relacionado aos recursos da empresa, quanto maior a quantidade de recursos da empresa, maiores são os riscos que ela pode aceitar. f) A estratégia deve estar adequada ao período de tempo considerado para que os objetivos e desafios sejam alcançados. O executivo deve estar atento ao fato de que quanto mais distante no tempo estiverem os objetivos e desafios considerados, maior o número de mudanças que poderão ocorrer, tanto internas quanto externas da empresa. As estratégias consideradas devem ter grande flexibilidade. g) A estratégia deve estar adequada às expectativas dos dirigentes da empresa. 2. Estratégia X Políticas na empresa Quando consideramos a ligação das estratégias e políticas da empresa, podemos analisar variáveis que têm grandes influências no estabelecimento das estratégias. Normalmente as variáveis são analisadas de maneira interligada. São elas: ­ Política de produto/serviço: o gestor deve analisar aspectos como marca, design, características e composição do produto. Esta análise a ser realizada de forma integrada, deve ser efetuada considerando a atuação dos principais competidores. ­ Política de distribuição: maneira como o produto/serviço chega ao consumidor final e como o canal de distribuição influencia a compra. ­ Política de promoção: o gestor pode verificar como a compra é influenciada pelo fabricante/distribuidor. ­ Política de preço: devem ser analisados os seguintes aspectos: a empresa vai manter preços mais baixos, mais altos ou iguais aos principais concorrentes, qual a velocidade e freqüência de alteração de preços e qual a participação de cada tipo de cliente no faturamento. ­ Política de clientes: o executivo deve analisar os mercados e sua segmentação e os tipos e características dos clientes e consumidores. ­ Política de competitividade: análise das vantagens dos produtos/serviços em relação aos dos principais competidores. Para o melhor tratamento das vantagens competitivas, o executivo deve alocar recursos e esforços em ponto fortes e não em pontos fracos. ­ Política financeira: o executivo deve analisar a composição de capital próprio e de terceiros, como obter financiamento. ­ Política de investimento: pode ser verificado onde alocar os maiores recursos. ­ Política de recursos humanos: analisar a capacitação interna, a motivação dos colaboradores e a adequação profissional. ­ Política de atuação social: o gestor pode analisar a relação do funcionário com o grupo e vice­ versa. Deve analisar também a cultura e o clima organizacional. 3. Posicionamento da estratégia O que vem primeiro: a estratégia ou a política? Devemos considerar que a estratégia deve ser determinada antes que a política. A ação ­ caminho ou maneira que deve ser desenvolvida para o alcance dos resultados esperados ­ a ser estabelecida sem as restrições dos parâmetros ou orientações para as tomadas de decisão. Para fortalecer o aspecto intuitivo e criativo do planejamento estratégico, devemos considerar: ­ trabalhar com objetivos não quantificados e sem prazos de realização, no momento inicial, para em seguida, estabelecer os desafios quantificados e com prazos de realização;
­ trabalhar com estratégias que não tenham as restrições estabelecidas pelas políticas. Em síntese, considerando o exposto julgaremos válido o seguinte processo: 1) 2) 3) 4) Estabelecer as estratégias; Estabelecer as políticas; Rever as estratégias, com base nas políticas; Rever as políticas, com base nas novas estratégias. A estratégia vai informar “o que” vai ser feito para se chegar à situação desejada (objetivos e desafios). O projeto vai explicar “o como” atuar e operacionalizar as ações para realizar a decisão estratégica. Logo, são nos processos que o gestor vai alocar e administrar os recursos necessários à ação estratégica. Resumidamente apresentamos as formas de classificar as estratégias, bem como seus tipos. E, finalmente, a forma de estabelecer e avaliar as estratégias, incluindo em suas situações alternativas. Provavelmente as estratégias correspondem ao item mais importante do planejamento estratégico das empresas, pois é através delas que o gestor pode mudar o caminho da empresa.
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