AS BIBLIOTECAS DIGITAIS E A
DIVERSIDADE DAS
NECESSIDADES DOS USUÁRIOS
Maria Irene da Fonseca e Sá
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ
RIO DE JANEIRO – BRASIL
[email protected]
AS BIBLIOTECAS DIGITAIS
E A DIVERSIDADE DAS
NECESSIDADES DOS USUÁRIOS
Acesso à Literatura Científica
“Nosso
modelo
dinâmico
de
criação
do
conhecimento está ancorado no pressuposto crítico
de que o conhecimento humano é criado e
expandido através da interação social entre o
conhecimento tácito e o conhecimento explicito.”
(NONAKA; TAKEUCHI, 1997)
. EXPLICITAÇÃO – Comunicação Científica
. DISPONIBILIZAÇÃO – Mecanismos e veículos
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Comunicação Científica
Século XVII - Periódicos: canais preferenciais
para a certificação do conhecimento científico e
confirmação da autoria da descoberta científica.
Editoras: Processo da publicação dos artigos e
alto custo de manutenção das coleções
atualizadas.
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Comunicação Científica
Questionamentos sobre o sistema atual de publicação
Objetivo: Pesquisas financiadas estejam amplamente
acessíveis
Cenário: Globalização e evoluções tecnológicas (TICs)
Solução: Acesso aberto/livre
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Bibliotecas Digitais
Responsabilidade da instituição no estabelecimento
de normas e padrões para sistematizar a atividade
do arquivamento de documentos, formando
coleções de documentos digitais.
Foco:
. Visibilidade da produção científica
. Velocidade na disponibilização
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Biblioteca Digital
Nova Biblioteca - amplo uso das TICs
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Biblioteca sem paredes
Biblioteca em rede
Biblioteca lógica
Biblioteca virtual
Biblioteca eletrônica
Centro nervoso de informações
Centro de gerenciamento de informações
Biblioteca digital
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Biblioteca Digital
“Uma primeira visão da biblioteca inovadora é a que
persegue a eterna utopia do acesso universal ao
conhecimento humano. O desejo de ter todas as
bibliotecas disponíveis no próprio computador é
ainda hoje muito difundido na sociedade, e é um
desejo que retoma antigos mitos da humanidade,
como o da biblioteca de Alexandria ou o da
enciclopédia universal” (TAMMARO; SALARELLI,
2008).
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Biblioteca Digital
“[...]o conceito de “biblioteca digital” não é
simplesmente o equivalente ao de uma coleção
digitalizada dotada de instrumentos de gestão de
informação. É, antes, um ambiente que reúne
coleções, serviços e pessoas para apoiar todo o
ciclo vital de criação, disseminação, uso e
preservação de dados, informação e conhecimento”
( Workshop on Distributed Knowledge Work
Environments: Digital Libraries. Santa Fe. EUA,
1997).
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Biblioteca Digital
Três componentes:

As coleções

Os serviços de acesso

Os usuários do serviço
Objetivo: propiciar ao usuário com necessidades
distintas o acesso a diferentes funcionalidades.
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Biblioteca Digital
Bases de Dados X Depósitos de Dados




Gestão (administrativa, gerencial, econômica e
preservação);
Todos os atores envolvidos;
Integração (Interfaces apropriadas);
Coleções heterogêneas distribuídas em rede;
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Biblioteca Digital
Preservação Digital
Degradação dos bits devido a condições hostis de armazenamento
efeitos das condições ambientais – efeitos físicos,
químicos, magnéticos – sobre as mídias.
Exemplo: flutuação de temperatura e umidade.
Obsolescência tecnológica
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



obsolescência da mídia
obsolescência de formatos
dependência a softwares incompatíveis ou descontinuados
dependência a ambientes de softwares obsoletos – S.O. I/O drivers, etc.
dependência a hardwares obsoletos
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Biblioteca Digital
Preservação Física
Foco nas mídias e na sua renovação
Preservação Lógica
Foco nos formatos e dependência de hardware e
software que mantenham legíveis e interpretáveis a
cadeia de bits
Preservação intelectual
Foco no conteúdo intelectual e na sua autenticidade
e integridade
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Biblioteca Digital
Arquitetura de bibliotecas digitais
Conteúdo e formação de coleções digitais
Metadados
Nomes e identificadores persistentes
Copyright e gestão de direitos autorais
Preservação digital
Organização do conhecimento
Usabilidade, interfaces
Segurança da informação
Descoberta de recursos na web
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Biblioteca Digital
“Bibliotecas digitais são organizações que fornecem os
recursos, inclusive o pessoal especializado para selecionar,
estruturar, oferecer acesso intelectual, interpretar,
distribuir, preservar a integridade e garantir a permanência
no tempo de coleções de obras digitais, de modo que
estejam acessíveis, pronta e economicamente, para serem
usadas por uma comunidade determinada ou por um
conjunto de comunidades.” (Digital Library Federation).
PESSOAL ESPECIALIZADO
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Biblioteca Digital
Elementos essenciais:



O usuário – a biblioteca precisa conhecer as
necessidades específicas e as diversas atividades
Os conteúdos – objetos digitais, organizados e
estruturados nas coleções digitais e distribuídos em
redes
Os serviços de acesso – interfaces/serviços
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Biblioteca Digital
“Parte-se do princípio de que a biblioteca digital reforça a idéia
de um sistema de informação capaz de identificar, localizar,
buscar e colocar à disposição de seus usuários a informação
sem a necessidade da manutenção do acervo interno. Isso
tudo, com o apoio da conexão com bases de dados, redes
eletrônicas de comunicação e bibliotecas depositárias,
situadas localmente ou no exterior e que dispõe de acervo
digital ou digitalizado [...]” (Souza, 2008).
BIBLIOTECAS DIGITAIS = REDES DE COOPERAÇÃO
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Biblioteca Digital
PROPÓSITOS E OBJETIVOS: para quê? para quem?





Qual a função da biblioteca digital?
Quais são os perfis de usuários?
Que tipo de organização de base de dados será
implantada?
Que necessidades efetivas de serviços serão
atendidas?
Que tecnologias/softwares serão utilizados?
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Bibliotecas Digitais
Exigem políticas públicas/institucionais que:
Prescrevam
normas
e
padrões
de
representação, indexação, classificação e
recuperação da informação armazenada
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Bibliotecas Digitais
Processo:




Identificação das necessidades e requisitos de
informação.
Classificação e armazenamento de
informação/tratamento e apresentação de
informação: recuperação de informação e acesso.
Desenvolvimento de produtos e serviços de
informação.
Distribuição e disseminação de informação.
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Padrões e Normas, Protocolos e Modelos

Interoperabilidade
“a capacidade de tipos diferentes de computadores, redes, sistemas operativos e
aplicações trabalharem em conjunto com eficácia , sem comunicação prévia, de
forma a trocarem informações de uma maneira útil e com significado.” (Dublin
Core Metadata Initiative).
Silva e Tomaél (2008):
Nível Político: “[...]articulação consenso e representatividade em torno da filosofia de
Open Archives [...]”
Nível Semântico: “[...] a interoperabilidade supõe o uso generalizado de instrumentos
comuns de descrição temática, como os conjuntos de metadados.”
Nível Técnico: “[...] a interoperabilidade inclui as tecnologias abertas, padrões e
protocolos de aceitação ampla.”
Motivação para fomentar novas e profundas discussões sobre a aplicação de
padrões internacionais na construção de bibliotecas digitais.
Bibliotecas Digitais Institucionais: padrões e
políticas públicas para prover visibilidade da
produção científica
Recuperação da Informação
“Como prover um futuro usuário com informação útil? Ou em termos
contemporâneos: como prover usuários com acesso eficaz na
interação com a informação e permitir-lhes o uso da informação com
eficácia? E para atingir estes objetivos:
Como organizar informações intelectualmente?
Como especificar a pesquisa e interação intelectual?
Que sistemas e técnicas usar para esses processos?” (SARACEVIC,
1995)
Rowley (2002):
“Todos os sistemas de recuperação da informação podem ser
compreendidos como se fossem formados por três etapas:
. indexação
. armazenamento
. recuperação.”
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Diversidade das Necessidades dos usuários
Araújo Júnior (2007):
“Não existe estratégia de busca a não ser a partir das necessidades de
informação dos usuários [...]”
Tammaro e Salarelli (2008):
“[...] a biblioteca digital vai ao encontro de comunidades específicas e é vista
como apoio a atividades precisas; a mesma biblioteca digital pode ser
diferente para grupos diferentes.”
“Uma questão-chave no desenvolvimento da biblioteca digital é, de fato,
conseguir conservar a diversidade, que responde a necessidades individuais
precisas e ao mesmo tempo permitir o compartilhamento da informação em
âmbito universal entre disciplinas e instituições.”
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Diversidade das Necessidades dos
usuários
“Numa biblioteca digital existem pelo menos três motivos pelos quais as
relações tradicionais das bibliotecas com os usuários devem ser
revistas e renovadas.” (TAMMARO; SALARELLI, 2008)



O usuário pode ser também criador de recursos digitais.
Comunidades de usuários da biblioteca digital manipulam e reutilizam
os recursos digitais, criando novos recursos digitais.
Bibliotecas digitais representam um considerável investimento em
dinheiro.
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Diversidade das Necessidades dos
usuários
A mesma biblioteca digital pode ser diferente
para grupos de usuários diferentes
Diversidade – Necessidades individuais
Compartilhamento da informação
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Biblioteca Digital
Benefícios:

Informação entregue diretamente aos usuários: em qualquer lugar e
qualquer hora.

Melhoramento da pesquisa: pesquisas integradas/serviços em
rede/personalização das interfaces.

Melhor colaboração: compartilhamento dos mesmos recursos
digitais/cooperação.

Atualização das informações: inclusão facilitada de novos recursos
digitais.

Melhor uso das informações: ampliação do número de usuários
potenciais/ reutilização dos recursos digitais/ personalização dos
recursos com relação a diferentes perfis de usuários.

Diminui o fosso digital: diminui os limites tradicionais das bibliotecas
em matéria de tempo, espaço e cultura
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NECESSIDADES DOS USUÁRIOS
Biblioteca Universal pensada por
Otlet:
“Aquela sonhada como um repositório do saber
mundial e formada pelos princípios de “totalidade,
simultaneidade,
gratuidade,
voluntariedade,
universalidade e mundialidade.” (Ferreira Jr, 2006)
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