NASCIDOS VIVOS DE MÃES SEM CONSULTAS NO PRÉ-NATAL
A Diretoria de Informação e Análise da Situação de Saúde tem como principal objetivo a análise contínua da situação de
saúde da população, nos mais variados níveis de desagregação, subsidiando os gestores do Sistema Único de Saúde
(SUS) para a tomada de decisão, com vistas ao planejamento e à organização das ações e serviços de saúde.
No presente boletim, o tema abordado são os nascidos vivos, cujas mães não foram submetidas às consultas no prénatal. Foram analisados os dados da base estadual do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), cujos
nascimentos ocorreram no ano de 2014, entre mulheres residentes em Alagoas.
Os dados foram tabulados no software Tabwin, versão 3.6b.
Até o presente momento, há 48.611 nascidos vivos
(NV), dos quais, 1.781 (3,6%) são filhos de mulheres que
não foram submetidas às consultas de pré-natal.
Quando analisadas as idades dessas mães, observase que 52,8% são mulheres jovens, com idades até 24 anos
(Figura 01), entretanto, em 26,0% dos casos (463 NV), a
situação ocorre entre adolescentes (10 a 19 anos), com
maior frequência entre garotas de 15 a 19 anos,
concentrando 90,9% de tais casos (421 NV). É sabido que a
idade materna precoce está diretamente associada, entre
outros fatores, ao início tardio e ao menor número de
consultas no pré-natal.
Quase a totalidade desses nascimentos ocorreu em
ambiente hospitalar (1.759 casos; 98,7%), e verifica-se uma
frequência levemente maior de parto vaginal entre tais
casos (54,0%).
Figura 01 – Frequência de nascidos vivos de mães sem consulta no prénatal, segundo faixas etárias maternas. Alagoas, 2014.
30,0
Frequência (%)
25,0
20,0
15,0
5,0
Alagoas
Considerando que o componente pré-natal é de
responsabilidade municipal, cujas ações assistenciais
devem ser executadas pela Atenção Primária à Saúde
(APS), é de extrema importância a caracterização dos
casos segundo município de residência das mães. Assim,
verifica-se que, proporcionalmente, há uma maior
concentração de casos nas 6ª e 7ª Regiões de Saúde,
destacando-se: Coité do Nóia (11,0%), Penedo (10,9%),
Taquarana (10,7%), Girau do Ponciano (10,5%) e
Maribondo (10,4%) (Figura 02). Jacuípe e Porto de Pedras
se destacam positivamente por inexistir NV filho de mãe
sem consulta de pré-natal.
Figura 02 – Frequência de nascidos vivos de mães sem consulta no prénatal, segundo município de residência materna. Alagoas, 2014.
10,0
0,0
Arapiraca; Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes (244;
17,4%), em Maceió; e Santa Casa de Misericórdia de
Penedo (193; 13,7%), em Penedo. Tal fato tem extrema
relevância, pois pode ser reflexo de inconsistências no
preenchimento da variável em questão, na Declaração de
Nascido Vivo (DNV), o que apontaria para a necessidade
de treinamentos específicos junto aos profissionais de tais
serviços hospitalares. Um outro dado que reforça a
necessidade de qualificar o preenchimento da DNV em tais
estabelecimentos, é que os mesmos respondem por 25,8%
de todos os nascimentos.
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
2,4
23,6
26,8
22,9
14,7
7,6
2,0
0,1
Faixas etárias
Fonte: SINASC/DIASS/SUVISA/SESAU. Dados sujeitos à revisão.
Para 1.725 NV, o parto ocorreu em território alagoano,
porém, apenas três municípios concentram 81,4% (1.404
NV) dos casos: Arapiraca (757; 43,9%), Maceió (454;
26,3%) e Penedo (193; 11,2%). Verifica-se ainda que
apenas quatro hospitais respondem por 81,0% dos casos:
Casa de Saúde e Maternidade N. Sra. de Fátima (541;
38,5%) e Hospital Regional de Arapiraca (159; 11,3%), em
A
Fonte: SINASC/DIASS/SUVISA/SESAU. Dados sujeitos à revisão.
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