Capítulo 5
Relação de custo-volume-lucro
domingo, 3 de maio de 2015
11:27
→ A análise custo-volume-lucro se concentra em verificar como os lucros são afetados pelos cinco fatores a seguir:
○ Preço de venda
○ Volume de vendas
○ Custos variáveis por unidade
○ Total de custos fixos
○ Mix de produtos vendidos
→ Aplicação da análise CVL: tomada de decisão sobre que produtos oferecer, quais preços cobrar, qual estratégia de marketing
usar e qual estrutura de custo manter.
→ A análise baseia-se na demonstração de resultados com margem de contribuição.
○ Se a margem de contribuição não for suficiente para cobrir as despesas fixas, então ocorrerá prejuízo no período.
+ VENDAS
- DESPESAS VARIÁVEIS
= MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (é o montante disponível para cobrir as despesas fixas e, então, gerar os lucros do período)
- DESPESAS FIXAS
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
→ Ponto de equilíbrio: nível de vendas para o qual o lucro é zero.
○ Uma vez alcançado o ponto de equilíbrio, a receita operacional aumentará no valor da margem de contribuição por
unidade para cada unidade adicional vendida.
○ Se vendas = 0, então o prejuízo da empresa = despesas fixas.
○ Cada unidade vendida reduz o prejuízo ou resultado no valor da margem de contribuição por unidade.
○ Alcançado o ponto de equilíbrio, cada unidade adicional vendida aumentará o lucro da empresa no valor da margem de
contribuição por unidade
LUCRO ESTIMADO DE QUALQUER VOLUME DE VENDAS ACIMA DO PONTO DE EQUILÍBRIO =
VENDAS UNITÁRIAS ACIMA DO PONTO DE EQUILÍBRIO X MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POR UNIDADE
EFEITO DE UM AUMENTO PLANEJADO NAS VENDAS SOBRE OS LUCROS =
AUMENTO EM VENDAS UNITÁRIAS X MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POR UNIDADE
LUCRO = [(PREÇO X QUANTIDADE) - (DESPESAS VARIÁVEIS X QUANTIDADE] - DESPESAS FIXAS
OU
LUCRO = (MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POR UNIDADE X QUANTIDADE) - DESPESAS FIXAS
OU
LUCRO = (ÍNDICE MC X VENDAS) - DESPESAS FIXAS
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POR UNIDADE = PREÇO POR UNIDADE - DESPESAS VARIÁVEIS POR UNIDADE
Página 1 de Custos
→ Índice de Margem de Contribuição permite calcular variações na margem de contribuição e na receita operacional líquida
resultantes de variações nos volumes de venda.
○ Representa a margem de contribuição como um percentual das vendas.
ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
VENDAS
VARIAÇÃO NA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = ÍNDICE MC X VARIAÇÃO NAS VENDAS
ÍNDICE DE DESPESAS VARIÁVEIS = 1 - ÍNDICE MC
OU
ÍNDICE DE DESPESAS VARIÁVEIS = DESPESAS VARIÁVEIS
VENDAS
→ Análise do lucro-alvo: estimativa do volume de vendas necessário para se alcançar determinado lucro.
○ Método da Equação
LUCRO = MC UNITÁRIA X QUANTIDADE - DESPESAS FIXAS
○ Método da Fórmula
VENDAS UNITÁRIAS PARA ALCANÇAR O LUCRO-ALVO = LUCRO-ALVO + DESPESAS FIXAS
MC UNITÁRIA
○ Em termos monetários
LUCRO = ÍNDICE MC X VENDAS - DESPESAS FIXAS
OU
LUCRO = LUCRO-ALVO + DESPESAS FIXAS
ÍNDICE MC
→ Margem de Segurança: montante de vendas orçado ou eficaz além das vendas no ponto de equilíbrio.
MARGEM DE SEGURANÇA = TOTAL DE VENDAS (ORÇADAS OU EFETIVAS) - VENDAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO
% MARGEM DE SEGURANÇA =
MARGEM DE SEGURANÇA
.
TOTAL DE VENDAS (ORÇADAS OU EFETIVAS)
→ Alavancagem operacional: medida do grau de sensibilidade da receita operacional líquida a determinada variação percentual
nas vendas.
○ Grau de alavancagem operacional: medida, para determinado nível de vendas, de quanto uma mudança percentual nas
vendas afetará os lucros. O GAO tem uma relação direta com a margem de contribuição, assim numa empresa em que
predominem na estrutura de custos os custos fixos, a relação entre lucros e aumento nas vendas é mais forte.
GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
○ Quantas vezes mais rápido a receita operacional cresce/diminui do que as vendas?
VARIAÇÃO PERCENTUAL NA RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA = GAO X VARIAÇÃO PERCENTUAL NAS VENDAS
Página 2 de Custos
○ A estrutura de custos é responsável pelas diferenças na alavancagem operacional.
 Comparando duas organizações, sendo as receitas e despesas totais iguais, então aquela com a maior proporção
de custos fixos em sua estrutura terá a maior alavancagem operacional.
○ O grau de alavancagem operacional não é uma constante: ele é mais alto em níveis de vendas próximos ao ponto de
equilíbrio e diminui quando as vendas e os lucros aumentam.
○ Riscos de ter um alto grau de alavancagem quando da queda da demanda:
 Ter de cortar níveis de produção e absorver grandes quantidades de custos de capacidade ociosa
 Continuar a produzir grandes volumes de produtos apesar da queda da demanda, inundando o mercado com
oferta excessiva e forçando a queda dos preço.
○ Utilização do grau de alavancagem para estimar o impacto de variações percentuais nas vendas sobre os lucros, sem a
necessidade de preparar demonstrações de resultado detalhadas:
 Se o GAO é W, então um aumento de Z% nas vendas representaria um aumento de WxZ% nos lucros.
→ Estruturação de comissões de vendas:
○ As comissões baseadas em vendas podem levar a lucros mais baixos.
○ Para eliminar conflitos, as comissões podem ser baseadas na margem de contribuição em vez de no preço de venda,
assim os vendedores desejarão vender o mix de produtos que maximiza a margem de contribuição.
 Contanto que os custos fixos não sejam afetados pelo mix de vendas, maximizar a margem de contribuição
também maximizará o lucro da empresa, pois, maximizando sua própria remuneração, os vendedores também
maximizarão o lucro da empresa.
→ Mix de vendas: proporções relativas em que os produtos de uma empresa são vendidos.
○ Calculado expressando-se as vendas de cada produto como um percentual das vendas totais.
○ A análise do ponto de equilíbrio depende do mix de produtos da empresa, assim, estabelece -se como premissa que o
mix não mudará durante o período em que se analisará o ponto de equilíbrio. Caso o mix se altere, essa situação deverá
ser considerada explicitamente em qualquer cálculo de CVL.
→ Premissas da análise CVL (estabelecidas porque sua aproximação traz resultados considerados suficientemente bons):
○ O preço de venda é constante, isso é, o preço de um produto ou serviço não mudará com variações no volume.
○ Os custos são lineares e podem ser precisamente decompostos em elementos fixos e variáveis. O elemento variável é
constante por unidade e o elemento fixo é constante no total para todo o intervalo relevante.
○ Em empresas com múltiplos produtos, o mix de vendas é constante.
○ Em empresas manufatureiras, os estoques não mudam. O número de unidades produzidas é igual ao número de
unidades vendidas.
Página 3 de Custos
Capítulo 6
Custeio Variável e Relatórios Segmentados: ferramentas de
gerenciamento
segunda-feira, 11 de maio de 2015
18:52
→ Diferença básica entre os métodos de custeio: cada um calcula os custos fixos indiretos de produção
de uma maneira diferente.
→ Custeio variável: método de custeio que inclui apenas os custos variáveis de produção (custos de
materiais diretos, de mão de obra direta, e custos variáveis indiretos de produção) no custo unitário
de produto.
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA DE CADA PERÍODO =
(UNIDADES VENDIDAS x MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO POR UNIDADE) - CUSTOS FIXOS TOTAIS
○ Também chamado de custeio direto ou custeio marginal.
○ Inclui apenas os custos de produção que variam com o nível de atividade.
○ Custos fixos indiretos são tratados como custos do período, assim como as despesas
administrativas e de vendas.
○ Consequência: o custo de uma unidade de produto no estoque ou nos custos de produtos
vendidos não contém nenhum custo geral de produção que seja fixo.
○ Demonstração de resultados:
MATERIAIS DIRETOS
+ MÃO DE OBRA DIRETA
+ CUSTOS VARIÁVES INDIRETOS DE PRODUÇÃO
= CUSTO UNITÁRIO DE PRODUTO PELO MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL
→ Custeio por absorção: método de custeio que inclui todos os custos de produção (materiais diretos,
mão de obra direta, custos fixos indiretos de produção e custos variáveis) no custo unitário de
produto.
○ Também chamado de método do custo total.
○ Trata todos os custos de produção como custos de produto, independentemente de serem
variáveis ou fixos.
○ Aloca uma porção dos custos fixos a cada unidade de produto, juntamente com os custos de
produção variáveis.
○ Custos indiretos de produção incluídos como parte dos custos de estoques de produção em
andamento.
 Concluídas as unidades, os custos são transferidos para os produtos finais.
 Apenas quando as unidades são vendidas os custos indiretos de produção chegam à
demonstração de resultados como parte dos custos dos produtos vendidos.
○ Como aumentar a receita operacional líquida sem aumentar o volume de vendas no método
por absorção? Aumentando o nível de produção, assim aloca-se maior parcela de custo fixo
aos estoques.
 Problema: aumento do estoque, ocasionando a diminuição do caixa, por causa do
descasamento entre despesas e receitas, impactando negativamente o fluxo de caixa.
Esse resultado não guarda relação com a perspectiva financeira.
○ Demonstração de resultados:
CUSTO UNITÁRIO DE PRODUTO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO =
MATERIAIS DIRETOS + MÃO DE OBRA DIRETA + CUSTOS VARIÁVEIS INDIRETOS DE PRODUÇÃO +
(CUSTOS FIXOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO / QUANTIDADE DE UNIDADES PRODUZIDAS ATÉ
AQUELE MÊS)
→ Observação: despesas de vendas e despesas administrativas nunca são tratadas como custos de
produto e sempre são imputadas ao período em que são incorridas.
Página 4 de Custos
produto e sempre são imputadas ao período em que são incorridas.
→ Vantagens do custeio variável e da abordagem da margem de contribuição:
1) Possibilitar um análise CVL: como as demonstrações de resultados pelo custeio variável
classificam os custos como fixos e variáveis, é muito mais fácil usar esse formato de
demonstração de resultados para realizar a análise CVL do que tentar usar o formato de
custeio por absorção, que mistura custos fixos com custos variáveis.
a. Além disso, a receita operacional líquida aferida através do custeio por absorção.
2) Explicar variações na receita operacional líquida: como o número de unidades produzidas não
afeta a receita operacional líquida no custeio variável, esta é diretamente proporcional ao
nível de vendas, permanecendo constantes todos os outros fatores.
a. Para evitar erros ao utilizar o custeio por absorção, os leitores de demonstrações
contábeis devem atentar a variações nos níveis de estoque.
3) Suporte à tomada de decisões: o método do custeio variável identifica de maneira correta os
custos variáveis adicionais que serão incorridos para produzir uma unidade a mais, além de
enfatizar o impacto dos custos fixos sobre os lucros.
a. Pelo método de custeio variável ressalta-se que todo o montante de custos de produção
fixos tem de ser coberto para a empresa ser de fato lucrativa.
4) Aplicação à teoria das restrições: as demonstrações de resultado elaboradas pelo custeio
elaborado tratam os custos de mão de obra direta como custos fixos de produção lançados no
período em que são incorridos para adaptação da empresa à TOC.
a. Compromisso das empresas em garantir aos trabalhadores um mínimo de horas
remuneradas.
b. A mão de obra direta em si não é a restrição, então contratar mais trabalhadores sem
mexer em outros fatores não necessariamente aumentaria a produção.
c. TOC enfatiza a melhoria contínua, e para que os funcionários se sintam encorajados, não
devem ser tratados como descartáveis, por isso, as organizações que adotam TOC
evitam demissões desnecessárias.
→ Demonstrações de resultados segmentadas e a abordagem da margem de contribuição.
○ Conceitos:
 Segmento: qualquer parte de uma organização sobre a qual os gerentes procuram ter
dados de custo, receitas ou lucros.
 Custo fixo rastreável: custo fixo que é incorrido em virtude da existência de determinado
segmento de negócios e que seria eliminado se o segmento também o fosse.
 Custo fixo comum: custo fixo que dá suporte a mais de um segmento de negócios, mas
Página 5 de Custos
 Custo fixo comum: custo fixo que dá suporte a mais de um segmento de negócios, mas
que não é rastreável integral ou parcialmente a nenhum segmento específico.
 Mesmo se um segmento fosse totalmente eliminado, não haveria nenhuma
mudança em um verdadeiro custo fixo comum.
 Margem por segmento: margem de contribuição de um segmento menos seus custos
fixos rastreáveis.
 Representa a margem disponível depois de um segmento incluir todos os seus
custos rastreáveis próprios.
 É a melhor medida da lucratividade de um segmento a longo prazo pois inclui
apenas os custos originados em determinado segmento.
□ Um segmento que não cobre seus próprios custos provavelmente deveria
ser descontinuado, a menos que isso tenha importantes efeitos colaterais
sobre outros segmentos.
○ Para preparar uma demonstração de resultados segmentada, as despesas variáveis são
deduzidas das vendas, gerando a margem de contribuição do segmento.
 Aplicação da margem de contribuição: o que acontece com os lucros quando a venda
muda (ceteris paribus)?
 Útil em decisões que envolvem usos temporários de capacidade
○ Observação: os custos fixos que são rastreáveis a um segmento podem ser custo comum de
outro segmento.
○ Erros comuns:
 Omissão de custos
 Métodos inapropriados para atribuir custos rastreáveis aos segmentos
 Deixar de atribuir custos diretamente
 Base de alocação inapropriada
 Dividir custos comuns arbitrariamente entre os segmentos, onerando-os indevidamente
→ Demonstrações de resultados - Perspectiva dos Relatórios Externos
○ Em geral, para a apresentação de relatórios externos, exige-se a utilização do custeio por
absorção.
 Boa parte dos contadores acredita que seja um método melhor para manter maior
correspondência entre custos e receitas.
 Os defensores do custeio por absorção afirmam que os custos têm que ser atribuídos a
produtos a fim de fazer corresponder adequadamente os custos de produzir unidades
de produtos às suas receitas quando eles são vendidos.
 A partir dessa perspectiva, os custos fixos são tão essenciais para a manufatura
quanto os custos variáveis.
 Os defensores do custeio variável dizem que os custos fixos de produção não são de fato
os custos de nenhuma unidade de produto em particular, mas serão incorridos mesmo
que nada seja produzido durante o período e não se alterarão independentemente do
nível de produção.
 Assim, pelo princípio da competência, os custos fixos de produção devem ser
lançados no período corrente.
Página 6 de Custos
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Prova 2 - Capítulos 5 e 6