ALBERT CAMUS
Albert Camus (1913 —1960) foi um escritor e filósofo
nascido na Argélia. Na sua terra natal viveu sob o signo da
guerra, fome e miséria, elementos que, aliados ao sol,
formam alguns dos pilares que orientaram o
desenvolvimento do pensamento do escritor
FAMÍLIA
Filho de um francês e de uma descendente espanhola. Seu
pai morreu em 1914 na batalha do Marne durante Primeira
Guerra Mundial. Sua mãe então foi obrigada a mudar para a
cidade de Argel, para a casa de sua avó materna, no famoso
bairro operário de Belcourt
INFÂNCIA
A sua infância pobre, é marcada por uma felicidade ligada à
natureza, que ele volta a narrar em o "Avesso e o Direito".
Mas também em toda a sua obra. Na casa, moravam além
do próprio Camus, seu irmão que era um pouco mais velho,
sua mãe, sua avó e um tio, um pouco surdo e tanoeiro.
No começo o fato de Albert Camus seguir para a escola
secundária, não foi muito bem vista pois o próprio Camus
diz que no começo foi difícil para ele essa decisão, pois ele
sabia que a família precisava da renda do seu trabalho. E
que ele deveria ter uma profissão cedo, e que trouxesse
frutos, como a profissão de seu tio.
No fundo Camus também gostava do ambiente da oficina
onde seu tio trabalhava. Há um conto que escrito por ele
que tem como cenário a oficina, e no qual a camaradagem
entre os trabalhadores é exaltada.
Durante o segundo grau, Albert quase abandonou os
estudos devido aos problemas financeiros da família. Foi
neste ponto que um outro professor foi fundamental para
que o ganhador do prêmio Nobel de 1957 seguisse
estudando e se graduasse em filosofia: Jean Grenier.
Ambos os professores ganham livros dedicados à eles. Jean
Grenier por exemplo tem "O Homem Revoltado" dedicado a
ele. A tese de doutoramento de Albert Camus, assim como
a de Hannah Arendt, foi sobre Santo Agostinho
Neste momento, o absurdo da existência se manifestou
mais uma vez na vida de Camus. Após completar o
doutoramento e estar apto a lecionar, uma forte crise de
tuberculose se abateu sobre ele nesta época. Ele era
tuberculoso havia já algum tempo.
A tuberculose lhe deu a real
dimensão da possibilidade
cotidiana de morrer, o que é
fundamental
no
desenvolvimento de sua obra
filosófica
/literária.
A
tuberculose também o impediu
de continuar a praticar um
esporte que tanto amava e lhe
ensinou tanto: Camus era o
goleiro da seleção universitária.
Conta-se que um bom goleiro.
E seu amor para com o futebol seguiu-o durante toda a
vida. E uma das coisas que mais o impressionou quando da
sua visita ao Brasil em 1949 foi o amor do brasileiro pelo
futebol. Conta-se que uma das primeiras coisas que Albert
Camus fez ao pisar no Brasil foi pedir para que o levassem
para assistir a uma partida de futebol. Um pedido bastante
incomum para um palestrante.
Sob estas diretrizes, não é sem sentido que sua obra
(filosófica e literária) tenha o absurdo como estandarte. À
grosso modo, seus livros testemunham as angústias de seu
tempo e os dilemas e conflitos já observados por escritores
que o precederam, tal como Franz Kafka, Dostoiévski.
Esta proximidade entre Camus e estes dois autores evidencia uma
cadeia que se estende até os dias atuais, indica a fonte de um
movimento heterogêneo - abrange arte, teatro, literatura, filosofia -,
que por conveniência poderemos identificar como a estética do
absurdo. Alguns ilustres filiados a este movimento cujo foco é o
absurdo são eles: Samuel Beckett e Eugène Ionesco
Albert conhece Sartre em 1942 e tornam-se bons amigos. Conheceramse devido ao livro "O Estrangeiro" sobre o qual Sartre escreveu
elogiosamente, dizendo que o autor seria uma pessoa que ele gostaria
de conhecer. Um dia em uma festa em que os dois estavam, Camus se
apresentou ao Sartre, dizendo-se o autor do livro. A amizade durou até
1952, quando a publicação de "O Homem Revoltado" provocou um
desentendimento público entre Sartre e Camus.
Camus morreu em 1960 vítima de um acidente de automóvel. Em sua
maleta estava contido o manuscrito de "O Primeiro Homem", um
romance autobiográfico. Por uma ironia do destino, nas notas ao
texto ele escreve que aquele romance deveria terminar inacabado. Ao
receber a noticia da morte de seu filho Catherine Hélène Camus
apenas pode dizer: "Jovem demais." Coincidentemente ela também
morre no ano de 1960.
Amor
Política
Ética
PRINCIPAIS
INTERESSES
Humanidade
Justiça
PRINCIPAIS PENSAMENTOS DE CAMUS
Para “capturar o sentimento do absurdo” (expressão usada por
Camus), o ser precisa invocar outros sentimentos. Esses sentimentos
variam do desconforto ao pessimismo até a angustia e o desespero.
Quanto mais o homem buscar a vida, mais se deparará com o
absurdo. O cultivo desse sentimento pela vida e sua trágica
experi6encia com a morte acidental de sua noiva, levaram Camus, ao
escrever sua obra “O Avesso e o Direito”, declarar seu inconformismo
em “face da impotência humana contra a morte, a velhice e a
escuridão”.
Albert Camus presenciou em seu tempo o fracasso do
progresso, da liberdade, da ciência, da democracia. Isto
influenciou suas obras que foram muitas e variadas que vão
desde romances, passando por peças de teatro e artigos
em revistas e jornais.
Características das Obras de Camus:
Três características podem ser observadas em suas obras: A
vida humana é fundamentada em incoerência, confusa,
sem as diferenças tradicionais entre o bem e o mal, o certo
e o errado. Em segundo lugar pode-se observar a fidelidade
dos fatos, refletir a vida absurda e concreta do homem. E
por fim, a ênfase na responsabilidade humana.
Para se compreender melhor, de uma maneira geral sobre as obras de
Camus, Barreto afirma:
“A obra de Albert Camus insere-se neste mundo. Seus personagens partem
em busca de um mundo novo, formado por valores novos, criados pela
absurda experiência humana. Talvez um dos pontos mais interessantes da
personalidade de Camus tenha sido essa dependência entre a obra e a vida
do escritor. A sua vida intelectual nasce de suas primeiras experiências,
sentindo-se em algumas de suas obras, principalmente nas primeiras, a
necessidade de escrever aquilo que realmente estava sendo vivido e
pensado. Todas as categorias intelectuais progressivamente definidas por
Camus, sendo as duas mais importantes o absurdo e a revolta, foram
elaboradas em conseqüência das experiências que ia acumulando. Dele não
se pode dizer que foi um escritor com um universo independente e próprio.
Tendo uma alta capacidade criadora ele escreveu uma obra imersa no real e
no concreto”.
Algumas Obras de Camus:
•“L’Envers et l’Endroit” (O Avesso e o Direito), (1935)
•O Estrangeiro (1940)
•A peste
•O Mito de Sísifo (1943)
•O Homem Revoltado
Algumas Obras no Teatro:
Calígula
Os justos
O Mal-entendido
O Estado de Sítio
REFERÊNCIAS
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ATENÇÃO
Parte deste material foi coletado na internet e não foi possível
identificar a autoria. Este material se destina para fins de estudo e
não se encontra completamente atualizado.
FIM
• _________________Obrigado pela atenção!!
•
Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553
•
Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da
Conquista
•
Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado.
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Bacharel em Teologia
•
Especialista em Direito Educacional - FTC
•
Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA
•
Mestrando em Filosofia - UFSC
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