Logística Internacional I
Faculdades Atlântico Sul
Pedro Calisto Luppi Monteiro
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Logística Internacional
GESTÃO DE MATERIAIS
Fluxo de Materiais. Fluxo de Informações. Gestão
de Estoque.
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Gestão de Materiais
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Fluxos Logísticos
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As configurações dos fluxos logísticos são modificadas de
acordo com o tamanho da empresa. Cada organização
apresentará uma diferente formatação no andamento desses
fluxos. Determinadas empresas podem ter um excelente
fluxo de material, porem o fluxo de informações e financeiro
pode não acompanhar este. O ideal é que haja uma harmonia
entre os fluxos para garantir agilidade no processo como um
todo.
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EMPRESA
fornecedor
suprimento
produção
distribuição
cliente
Fluxo de informação
Fluxo de materiais
Fluxo Financeiro
Fluxo Logísticos
Fonte: Antonio Novais
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Fluxo de Materiais
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Algumas empresas têm tendência para constituírem
estoques acima das necessidade reais. É comum encontrar
grandes pilhas de materiais em armazém e grandes
“buffers” entre as operações de transformação.
Este procedimento evita a necessidade de uma relação mais
próxima com os fornecedores ou entre as diversas operações
internas. Por outro lado, a manutenção de materiais
imobilizados em estoque não lhes acrescenta qualquer valor,
mas gera um custo adicional.
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O grande objetivo da logística, com já dito, é obter um fluxo
contínuo de materiais desde os fornecedores até aos
clientes, passando pelas operações de transformação
necessárias.
Este fluxo deve funcionar de forma a evitar atrasos e custos
desnecessários. Uma das características fundamentais das
fábricas é o movimento.
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Uma fábrica é um centro de atividade com uma dinâmica
própria. Caminhões de diversos tipos, carros e outros
veículos chegam constantemente com matéria-prima e
partem com produto acabado ou semi-acabado.
Existem muitas pessoas e equipamentos envolvidos nas
atividades de movimentação dentro da fábrica. Os materiais
são deslocados ao longo do processo produtivo, de operação
em operação.
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Os inputs de uma operação são transformados em outputs
que, por sua vez, são os inputs da operação seguinte.
Obviamente, o objetivo da fábrica será o de acrescentar valor
aos inputs, de forma a obter um output final vendável. A
movimentação de materiais dentro e fora da fábrica é descrita
de uma forma detalhada a seguir:
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No início da cadeia logística, temos as atividades de
suprimento, recepção de materiais e planejamento e controle
do tráfego de chegada.
No interior da fábrica, temos atividades de planejamento e
controle da produção e dos estoques e a movimentação de
materiais.
Finalmente, teremos as atividades de embalagem, expedição
e armazenagem.
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Atividades que dão suporte ao fluxo de materiais:
Suprimentos
Tráfego de entrada
Recepção
Controle de estoques
Controle da produção
“Estocagem” na fábrica
Movimentação de materiais
Embalagem e expedição
Tráfego de saída
Armazenagem
Distribuição
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SUPRIMENTOS
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Suprimentos é uma das atividades logísticas de maior
responsabilidade. Suprimentos contatam com as empresas ou
entidades externas que fornecem os serviços, matéria-prima,
componentes e outros materiais necessários ao
funcionamento da fábrica.
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Quanto mais complexo for o sistema de produção, maior
será o nível de exigências aos fornecedores.
Consequentemente, Suprimentos é responsável por
elevados gastos em dinheiro. Normalmente, numa empresa
industrial, as compras representam mais de 50% do custo
das vendas, o que torna o Suprimento uma atividade vital da
empresa.
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Como vimos, o impacto dos suprimentos nos resultados da
empresa são de tal ordem que uma boa gestão pode permitir
resultados excelentes e uma má gestão pode colocar a
empresa numa situação muito difícil.
Algumas atividades e responsabilidades do setor de
Suprimentos:
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 Identificar, avaliar e selecionar fontes de fornecimento de
matéria-prima, serviços, componentes e outros materiais
necessários à empresa. Por vezes não existem, em
determinados mercados, fornecedores para alguns
produtos, pelo que se torna necessário ajudar a desenvolver
uma solução de fornecimento para esses produto. Muitas
vezes incentiva-se o nascimento de pequenas empresas.
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 Assegurar boas relações de trabalho com os
fornecedores. Nesta matéria, são pontos vitais a qualidade,
os prazos de entrega, os pagamentos, as trocas e as
devoluções.
 Procurar novos materiais e novos fornecedores com
melhores produtos, para avaliar a possibilidade de os utilizar
na empresa.
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 Adquirir os produtos necessários, de acordo com os
requisitos de qualidade e ao melhor preço. Proceder às
atividades de negociação necessárias ao processo de
aquisição. O melhor preço nem sempre representa o menor
investimento. Os produtos têm também de ser avaliados
pelo seu período de vida útil, adequação ao uso e custos de
manutenção.
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 Incentivar e cooperar em programas conjuntos
(fornecedores + empresa) de redução de custos, análise de
valor, estudos de make-or-buy, estudos de mercado e
planejamento a longo prazo.
 Trabalhar no sentido de manter uma comunicação efetiva
com os departamentos da empresa, com os fornecedores e
com potenciais fontes de fornecimento.
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Informar a gestão da empresa dos custos envolvidos no
processo de compra e seleção de fornecedores e das
alterações de mercado que possam afetar os resultados da
empresa ou a sua estratégia de desenvolvimento.
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ENCOMENDA
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Pedido de encomenda
A gestão de estoques analisa as necessidades,
verifica alternativas, alterações no produto e prazo
de entrega
Suprimentos selecionam fornecedores, obtêm
preços e negociam
Os suprimentos preparam a ordem de compra
Obtêm as assinaturas necessárias
Enviam a nota de encomenda
VENDA
(Fornecedor)
O fornecedor recebe a encomenda
O fornecedor fabrica ou retira do armazém os
produtos encomendados
O fornecedor expede a encomenda
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RECEPÇÃO
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Recepção
Inspeção
A gestão de estoques recebe, dá entrada da
mercadoria no sistema e informa os
departamentos que solicitaram os produtos
Para conseguir atingir o objetivo da logística, é necessário ter
fornecedores confiáveis. Os programas de entregas passaram a ter uma
importância vital no sistema, uma vez que as empresas industriais estão a
diminuir os seus estoques.
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RELAÇÕES COM OS FORNECEDORES
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No passado, muitas empresas consideraram os suprimentos
como uma área da empresa que se limitava a enviar
mensagens aos fornecedores e a processar os documentos
necessários aos contatos.
A linha de orientação dos suprimentos consistia na obtenção
de um grande número de fornecedores, que eram
consultados cada vez que se fazia uma compra. Esta prática
levava a que um fornecedor só conseguisse realizar uma
venda esporadicamente.
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Esta orientação não traz benefícios de longo prazo para
nenhuma das partes. Um fornecedor que recebe uma
encomenda ocasional de um determinado produto não irá
com certeza investir em melhor equipamento de fabricação
desse produto.
Atualmente, muitas empresas tiram benefícios de contratos a
longo prazo com um número reduzido de fornecedores. A
orientação atual dos suprimentos consiste na obtenção de
um conjunto reduzido de fornecedores que tenham
preenchido uma série de requisitos e com os quais são
celebrados contratos de longo prazo.
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REDUÇÃO DO NÚMERO DE FORNECEDORES
As empresas estão reduzindo o número de fornecedores
para cada referência. Existem já alguns casos de fornecedor
único para uma determinado produto. Apontam-se três
razões principais para a redução do número de
fornecedores:
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1. O desenvolvimento da empresa fornecedora exige
grandes investimentos, o que só é possível se o
volume de vendas o justifica.
2. Só é possível estabelecer uma relação de trabalho
próxima se o número de fornecedores for reduzido.
3. Assegura que os fornecedores envolvidos no sistema
são premiados com encomendas significativas.
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ENVOLVIMENTO DOS FORNECEDORES
A relação de paternalismo estabelecida entre a empresa
industrial e os seus fornecedores leva a que alguns deles
participem desde o início na concepção dos produtos a
adquirir.
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As empresas industriais se beneficiam do know-how dos
fornecedores para a concepção dos seus produtos. Os
técnicos do fornecedor participam na equipe de projetos do
cliente durante a concepção de um novo produto.
Mais de 70% do custo de produção é definido durante a fase
de concepção. Esta cooperação pode reduzir custos e reduzir
o tempo de desenvolvimento do novo produto, na medida em
que o fornecedor pode planejar a produção dos materiais
respectivos ainda antes do produto estar totalmente
concebido.
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Fluxo de Materiais
Cadeia de Abastecimento Internacional
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O fluxo de material de uma cadeia de abastecimento
internacional é completamente diferenciado de um fluxo
realizado em operações dentro do país. O transit time (tempo
de viagem) e a finalização do ciclo material facilmente
podem atingir meses de acordo com o modal utilizado.
Produtos adaptados ou modificados, diferentes embalagens,
largas distâncias, programação de embarques, aduana, etc.,
são alguns dos fatores que podem estender o ciclo de
atividades logísticas.
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Atividades Primárias
CICLO CRÍTICO DE
ATIVIDADES LOGÍSTICAS
RELAÇÃO ENTRE AS TRÊS ATIVIDADES PRIMÁRIAS PARA ATENDER O CLIENTE
TEMPO REQUERIDO PARA UM CLIENTE RECEBER UM PEDIDO
DEPENDE DO TEMPO NECESSÁRIO PARA ENTREGAR O PEDIDO
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Atividades Primárias
CLIENTE
PROCESSAMENTO DOS PEDIDOS
ESTOQUE
TRANSPORTE
CICLO CRÍTICO
Fonte:Ronald Ballou
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Fluxos Materiais
Além dessas barreiras operacionais, um dos grandes
desafios para atuar num ambiente globalizado reside no
gerenciamento de estoque.
Normalmente, por tratar-se de movimentações maiores, os
processos de exportação/importação estão relacionados ao
movimento de grandes quantidades, fato que está
intimamente relacionado ao custo/frete e, sobretudo, ao longo
tempo para completar toda cadeia, ou seja, fluxo material do
exportador até o importador.
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Fluxos Materiais
Este cenário e a sua respectiva complexidade está muito
relacionada ao transporte marítimo, pois esse modal
atualmente assume posição de destaque nas cargas
transportadas internacionalmente, e como é sabido, nesse
tipo de modal o fator tempo é um agravante ao complexo
gerenciamento de estoques.
Num cenário nacional a gestão correta de estoques a fim de
minimizar tempo e custo é uma das atividades conflitantes
dentro de uma cadeia de abastecimento, essa realidade é
ampliada em um cenário internacional
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Fluxos Materiais
Ao analisarmos esses fluxos percebemos que a grande
dificuldade é administrar com exatidão esses fluxos
materiais. São inúmeros fatores que impossibilitam
atualmente que as empresas possam trabalhar com dados e
informações precisas, pois o elo desta cadeia, ou seja, o
transporte internacional, ainda apresenta uma série de
problemas em suas diferentes formas.
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Fluxos Materiais
Como exemplo clássico disso, o comércio internacional entre
países centrais, que demandam por navios modernos e uma
considerável quantidade de equipamentos, fazendo que em
países periféricos muitas vezes a falta de contêineres ou
outro equipamento especial seja algo presente nas operações
de transporte.
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Fluxos Materiais
Devido o crescimento do comércio mundial nos últimos anos,
os fluxos materiais, principalmente de países periféricos para
centrais, sofrem uma considerável desvantagem na escassez
de equipamentos, acarretando uma falta de competitividade
dos produtos, pois o não-cumprimento de contratos e
fornecimentos seja ele pela falta de mercadoria ou por
problemas logísticos, denigre a imagem do exportador.
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Fluxos Materiais
Frente aos novos processos gerenciais e exigência dos
consumidores, percebe-se nas cadeias um fluxo material
reverso, ou seja, casos de devoluções ou problema técnicos
das mercadorias. Esta condição estará cada vez mais
presentes nas Cadeias de Abastecimento.
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Fluxo Financeiro
O fluxo financeiro é repassado do cliente para as empresas e
fornecedores que integram toda a cadeia. O consumidor final
da Cadeia é o ponto crucial e o início da movimentação desse
fluxo.
Importante é diminuir os intervalos da cadeia e encurtar o
fluxo material da mesma, pois assim o fluxo financeiro será
mais rápido, permitindo que todos os elos da cadeia possam
diminuir tempo com distribuição, compras, etc.
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Fluxo Financeiro
Uma boa gestão do fluxo financeiro da Cadeia pode equilibrar
os fluxos de caixa de todos os integrantes, isto é, o
gerenciamento logístico eficiente pode equilibrar as finanças
e auxiliar a saúde organizacional, permitindo que a mesma
tenha um benefício com o equilíbrio entre suas despesas e
receitas.
Para uma boa gestão financeira no que tange o comércio
internacional, é muito importante conhecer os benefícios à
exportação com linhas de créditos e financiamentos a
menores taxas de juros, assim como ferramentas de
antecipação de câmbio que podem auxiliar os fluxos
financeiros numa cadeia exportadora.
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Fluxo Reverso
Os processos de devoluções de mercadorias ou uma simples
inversão nos demais fluxos podem chamar Logística invertida
ou reversa. Grande parte das empresas não está preparada
fisicamente, administrativamente e psicologicamente para
adotar essa postura caso seja necessário.
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Fluxo Reverso
Recalls, falhas de processos, mercadorias com avarias,
dentre outros problemas, tornou-se algo mais visível nesse
novo panorama de gestão, pois demonstra um
comprometimento das empresas com seus clientes, caso as
expectativas desse não sejam atingidas.
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Fluxo Reverso
Em operações internacionais esse modelo reveste-se de
problemas. Aspectos mercadológicos são misturados com
problemas culturais, legislações específicas de consumo,
legislação aduaneira, valores de frete reverso, etc. Conquistar
clientes no exterior é na verdade algo muito lento e difícil,
realizar operações reversas em âmbito internacional é ainda
mais complexo, pois além da dificuldade de movimentação
física ainda existe aspectos relacionados a estratégias de
marketing e diferente legislação.
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Fluxo Reverso
A dificuldade de se medir a demanda reversa faz com que a
eficácia desse processo seja dificultado, principalmente no
que tange aos aspectos físicos como: armazenagem desses
produtos e frete de retorno.
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Ao falamos de insumos importados não se pode perder de
vista ser inconcebível considerar pequenos lotes chegando a
todo momento. Existem regimes aduaneiros especiais de
armazenagem na importação, de forma que, embora a
mercadoria já esteja fisicamente em território nacional, tem
um tratamento fiscal de carga em transito, até a sua liberação
alfandegária e nacionalização. Esse sistema facilita o acesso
do consignatário a sua mercadoria, liberando-a em pequenos
lotes, conforme as necessidades operacionais.
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Logística Internacional Unidade III