“Amazônia e o direito de comunicar”
17 a 22 de outubro de 2011 - Belém/PA
Meta-pesquisa dos TCC’s do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do
Pará1
Suzana Cunha LOPES2
Maria Ataide MALCHER3
Universidade Federal do Pará, Belém, PA
Resumo
A Comunicação como campo científico vive crises de identidade e, por vezes, transgride a
ordem hegemônica estabelecida pelas ciências mais consolidadas. No cerne dessa discussão,
estão questões epistemológicas e relações de poder de uma jovem ingressante no campo
científico. Nesse contexto amplo, analisamos um lócus particular, o Curso de Comunicação
Social da UFPA, que, ao longo de sua história, revela diversos esforços a fim de formar um
habitus científico que o legitime na Academia. Neste artigo, apresentaremos uma parte da
pesquisa realizada no âmbito do nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), focando na
análise de um objeto empírico: os Trabalhos de Conclusão de Curso defendidos no período de
1991 a 2009, tomados como indicadores da trajetória de desenvolvimento da pesquisa
científica ao longo da história do curso em questão.
Palavras-chave: Campo científico; Comunicação; Curso de Comunicação Social da UFPA;
Trabalhos de Conclusão de Curso.
Introdução
Oitenta anos se passaram desde os primeiros registros de esforços para compreender
cientificamente a comunicação, mas a área ainda vive as crises típicas de um campo de estudo
adolescente, em formação, que mal saiu da infância e já almeja a maioridade.
O ambiente desse conflito é o campo científico, conceituado por Bourdieu (1983)
como um campo social específico, que possui dinâmicas próprias de trocas, de acumulação de
capitais (valores simbólicos), de lutas entre dominantes e dominados. Nessa dura realidade do
cotidiano científico, a jovem Comunicação enfrenta os dilemas da busca por legitimação
científica: não sabe se reproduz paradigmas e métodos já consolidados para, assim, conseguir
ser bem vista pelas ciências ortodoxas, ou se adota uma atitude heterodoxa, desvencilhando-se
das amarras de uma ciência caduca para revolucionar o modo de ser e de fazer ciência.
1
Trabalho apresentado nR,6HPLQiULR5HJLRQDOGD ALAIC%DFLD$PD]{QLFD.
Graduada em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestranda do
Programa de Pós-Graduação “Comunicação, Cultura e Amazônia” da UFPA, bolsista Capes, email:
[email protected].
3
Orientadora do Trabalho. Professora da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e
coordenadora do Programa de Pós-Graduação “Comunicação, Cultura e Amazônia” da UFPA, email:
[email protected].
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Estamos vivendo um momento interessante da história da Ciência, em que vemos o
discurso progressista que constituiu a Ciência Moderna ser questionado, assim como a própria
razão científica, que nasceu para substituir os mitos teológicos e acabou se tornando um novo
mito (BOURDIEU, 1983).
Nesse sentido que Bourdieu (1983), Morin (2007) e Souza (2009), dentre outros
teóricos, como cientistas sociais que são, desenvolvem o exercício da auto-reflexão científica
e denunciam a não neutralidade da Ciência. Morin (2007) aponta o fenômeno do
autoconhecimento como uma tendência e necessidade da Ciência de conhecer o mundo, mas
também de voltar os olhos para autocompreender-se. Seria o caso, então, da criação de uma
“metaciência”, uma ciência das ciências, que fosse capaz de refletir sobre o desenvolvimento
e o futuro do conhecimento científico.
Esse contexto torna cada vez mais urgente para o campo da Comunicação a
empreitada nada fácil de auto-reflexão e autocrítica. Ainda mais quando nos deparamos com
uma série de problemáticas históricas que, justamente pela falta de auto-reflexão,
acumularam-se gerando as várias crises pelas quais a adolescente Comunicação ainda passa.
Nesse contexto, Navarro (2007) lança-nos, então, o conceito interessante de metapesquisa:
O conceito meta-pesquisa refere-se à pesquisa sobre a pesquisa; mas se considerarmos
que, como toda ciência social, a pesquisa da comunicação está determinada por uma
“dupla hermenêutica” (Giddens, 1984), uma vez que encerra uma interpretação de
interpretações, abre-se uma dupla possibilidade: considerar a meta-pesquisa como
pesquisa de terceiro grau (interpretação de interpretações de interpretações), ou bem,
considerar a pesquisa da comunicação como uma prática social de comunicação
institucioalizada, equiparável com outras práticas sociais de comunicação. Nesse
sentido, a meta-pesquisa da comunicação é também pesquisa da comunicação, e do
mesmo modo que na “semiótica de segunda ordem” ou semiótica da ciência de Klaus
Bruhn Jensen (1995), ou na “sociologia da sociologia” de Bourdieu (1988), exige o
uso dos melhores recursos de uma ciência para a análise de si mesma (NAVARRO,
2007, p. 166).
No sentido de contribuir para o autoconhecimento da Comunicação, colocamo-nos o
desafio de compreender um lócus particular onde vemos se refletirem os embates científicos
gerais de nosso campo: o Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Pará
(UFPA). Em 2011, o curso completa 35 anos e durante boa parte dessa história foi o único a
formar os jornalistas e publicitários e, mais do que isso, os comunicadores, no Estado do Pará.
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O curso foi fundado em 1976, em um contexto de criação de graduações em
Comunicação no Brasil que se voltou para atender a interesses políticos e mercadológicos
(MARQUES DE MELO, 2003). Mas o ingresso dos estudos comunicacionais nas
Universidades, com o passar do tempo, irá delinear-se para além do ensino técnico, buscando
cada vez mais acumular capitais e formar habitus científicos, ambos movimentos essenciais
para sua sobrevivência na Academia, um espaço da Modernidade privilegiado para a criação e
reprodução do conhecimento científico.
Nossa pesquisa, no âmbito de nosso Trabalho de Conclusão de Curso4, teve o objetivo
de compreender quais os esforços empreendidos pelo Curso de Comunicação Social da UFPA
no sentido de acumular capitais e formar um habitus científico. Metalinguisticamente,
tomamos um tipo de objeto histórico empírico, em particular, a saber, os Trabalhos de
Conclusão de Curso (TCC’s) dos alunos de graduação, para aprofundarmos nossa reflexão
sobre a Comunicação como um todo.
Neste artigo, apresentaremos parte da pesquisa realizada referente às análises
quantitativas e qualitativas sobre o universo de 400 TCC’s que à época da pesquisa estavam
disponíveis para consulta no Curso de Comunicação Social da UFPA.
Trabalhos de Conclusão de Curso
A escolha dos TCC’s como objeto empírico de pesquisa justifica-se por quatro fatores.
Primeiro, pela representatividade desses trabalhos na vida acadêmica dos estudantes. Como o
principal esforço de investigação e experimentação na graduação, o TCC possui grande carga
simbólica, que pode ser revestida de sentimentos de conquista, superação, as “chaves de ouro”
com que se fecha a porta de uma etapa da vida. E quando se tem maior apreço à pesquisa
científica, o TCC se torna um verdadeiro processo de amadurecimento e descoberta.
Segundo, se o TCC significa o fim de um processo, também pode significar apenas o
começo de uma empreitada científica. Assim, podemos considerá-lo também como uma
importante atividade de iniciação científica. Como afirmam Malcher e Paula (2008, p. 8),
esses trabalhos “se configuram como primeiros esforços de um pesquisador iniciante”.
Em terceiro lugar, os TCC’s são produtos culturais e científicos, logo, são produtos
também históricos (BOURDIEU, 1998; MORIN, 2007; SANTOS, 2009), revelam o contexto
4
O TCC intitulou-se “Os dilemas da adolescente Comunicação: identificando os esforços para a formação de um habitus
científico no curso de Comunicação Social da UFPA” e foi defendido no dia 17 de dezembro de 2010.
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em que foram produzidos. Nesse sentido, os trabalhos podem refletir de que forma a
Comunicação era compreendida em cada período do curso da UFPA.
Por fim, o quarto fator que levamos em consideração na escolha dos TCC’s como
objetos empíricos de pesquisa foi o fato de que os trabalhos são uma das poucas – se não
única – produção regular do aluno de graduação no curso. Ainda que a maneira como os
estudantes e os professores os viam tenha se modificado ao longo dos anos, ainda que as
normas para produção e apresentação dos trabalhos tenham sofrido alterações com o passar do
tempo, sempre, anualmente, os alunos concluintes produziam seus TCC’s.
Desde a fundação da graduação em Comunicação Social na UFPA, em 1976, esteve
incluída, na grade curricular do curso, a elaboração e entrega do TCC, como prerrogativa para
o recebimento do diploma de bacharel em Comunicação Social. Entretanto, nem sempre o
trabalho foi exigido com o rigor científico que ele pressupõe. Uma evidência dessa falta de
rigor é a ausência dos trabalhos das primeiras turmas do curso, nos arquivos da faculdade. Só
há registros de trabalhos de 1991 em diante, havendo muita variação na quantidade de TCC’s
entre os anos da década de 1990.
No início, o TCC era uma atividade isolada, de apenas 60h. Na primeira reformulação
curricular do curso, registrada pela Resolução nº 1.706/1988, do então Conselho Superior de
Ensino e Pesquisa da Universidade (Consep), concebe-se nova dinâmica a esse trabalho,
incorporando-o a duas atividades que já faziam parte do currículo anterior: o estágio
supervisionado, que passou a se chamar Projetos Experimentais I, e a disciplina Projeto
Experimental, que passou a ser chamada de Projetos Experimentais II. As duas disciplinas
eram ministradas separadamente para os alunos de Jornalismo e Publicidade e Propagada, nos
dois últimos semestres do curso, e totalizavam 330 horas. A defesa pública dos trabalhos não
era obrigatória.
Esse sistema reconfigura-se em 2002, quando é implementada a segunda reforma do
Projeto Pedagógico do Curso, aprovada pela Resolução n. 3.057/2003 do Consep. Baseado
nas Diretrizes de 2001 do MEC para os Cursos de Comunicação Social, o novo currículo
explicita o formato do TCC. A atividade, então, volta a chamar-se oficialmente Trabalho de
Conclusão de Curso, que, conforme consta no artigo 7º da referida Resolução, “está
configurado na forma de trabalho experimental e deve ser supervisionado por um professor,
no último semestre do curso, com uma carga horária de 315 horas” (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARÁ, 2003, p. 3).
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A Resolução n. 01/2003, da Coordenadoria do Curso de Comunicação Social, fixou
diversas orientações para a elaboração dos TCC’s. Destacaremos algumas: 1) a defesa pública
do trabalho diante de uma banca examinadora composta pelo professor orientador e mais dois
convidados (Art. 6º); 2) a delimitação do conceito mínimo (R - Regular) para a aprovação do
trabalho (Art. 7º); a natureza do projeto, que pode ser teórico – na forma de monografia – ou
teórico-prático – na forma de um produto experimental acompanhado de fundamentação
teórica – (Art. 8º); e a individualização do trabalho, abrindo-se a possibilidade de ser, no
máximo, de dupla (quando o trabalho for teórico) ou em grupo de três autores (quando for
teórico-prático), desde que haja aprovação do professor orientador.
Essas normas já eram obrigatoriedades na Universidade Federal do Pará, instituídas
pela Resolução n. 2.515/1997, do Consep. A reformulação curricular do curso, em 2002,
portanto, atendeu a uma exigência institucional. Mas também significou um esforço de tornar
o trabalho mais rigoroso (metodologicamente) e, portanto, passou a exigir do aluno maiores
investimentos intelectuais. A partir daí, também o próprio Curso iniciou um projeto de
organização e catalogação dos trabalhos, resultando na instalação da atual Sala de Leitura,
local disponibilizado a alunos e professores para a consulta de livros e TCC’s.
Em
2006,
uma
nova
Resolução
(COORDENADORIA
DO
CURSO
DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UFPA, 2006) acrescenta orientações sobre o TCC. Tornouse obrigatório cursar seminários em semestres anteriores ao TCC como prerrogativa para
fazê-lo no último semestre. Assim, em caráter experimental, começou a ser ofertada a
disciplina Seminário de TCC, no sétimo semestre do curso, para que os alunos produzissem
os projetos de pesquisa que seriam executados no semestre seguinte de conclusão. Os
seminários constituíam-se em várias turmas, cada uma conduzida por um professor. Tentavase sempre ofertar a maior variedade de linhas de pesquisa (representadas pelos professores)
para que o interesse de pesquisa do estudante fosse contemplado.
A partir desse documento, dentre outras novidades, institui-se também que o aluno
deve entregar a versão final do trabalho (após as possíveis alterações sugeridas pela banca
examinadora, na defesa) em duas versões: uma impressa e encadernada em capa dura e outra
em CD (antes só era necessária a versão impressa).
Hoje o Projeto Pedagógico de 2002 está em processo de reformulação. Dentre as
propostas específicas para os TCC’s estão: 1) efetivar a elaboração do TCC ao longo de dois
semestres, nos moldes do que hoje já se faz (Seminário de TCC + TCC), com a diferença de
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que a oferta será de TCC 1 (7º semestre) e TCC 2 (8º semestre), com 150h cada uma, e o
aluno deverá cursar ambas as disciplinas com o mesmo professor (orientador). Apesar da
carga horária menor do que a estabelecida pelo currículo em vigor, a proposta em trâmite tem
a finalidade de distribuir melhor o tempo necessário tanto para a elaboração do projeto quanto
para a execução da pesquisa e, assim, evitar que os trabalhos não sejam entregues no prazo.
Todas essas alterações regimentais da Universidade e do curso refletiram diretamente
nos TCC’s até hoje produzidos pelos alunos do Curso de Comunicação Social da UFPA. Mas
não só isso. A história das Ciências da Comunicação e da introdução dessa ciência na
Academia também influenciou na elaboração desses trabalhos. Foram essas prerrogativas que
nos instigaram a curiosidade de conhecer melhor o universo desses trabalhos e compreender,
com a ajuda deles, o percurso da Comunicação dentro da UFPA.
Elaboramos, assim, algumas hipóteses que nortearam nossa análise. A primeira delas
diz respeito à uma questão metodológica: assim como a Comunicação começa a ser
compreendida para além do instrumental, os TCC’s, ao longo do tempo, passam também por
um maior processo reflexivo, tornando-se mais teóricos do que puramente experimentais.
Nossa segunda hipótese está relacionada à problemática epistemológica sobre o objeto
de estudo da Comunicação (MARTINO, 2007). O empirismo e a bibliografia que
consultamos levam-nos a acreditar que, devido à falta de discussão sobre o objeto de estudo
da Comunicação, existe dificuldade por parte dos estudantes em construir objetos de pesquisa
a partir do olhar das Ciências da Comunicação.
Por fim, a terceira hipótese é de cunho político, no sentido simbólico “bourdieusiano”,
à medida que propõe que a história dos TCC’s é representativa dos esforços empreendidos
para a formação de um habitus científico no Curso de Comunicação Social da UFPA.
Essas hipóteses, apesar de centralizarem nossas análises, não nos impediram de
encontrar outras evidências teóricas, metodológicas, epistemológicas e políticas no trato com
os TCC’s. Relataremos a seguir o passo a passo desse processo de pesquisa e indicaremos
algumas leituras possíveis diante dos dados que sistematizamos. É preciso deixar claro que
podem ser feitas diversas análises a partir do material que coletamos e que o trabalho não
pretendeu dar conta de todas elas.
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Meta-análise dos TCC’s
A falta de regulamentação mais detalhada da produção dos TCC’s no Curso de
Comunicação Social da UFPA resultou no quadro que encontramos quando nos propomos a
utilizá-los como objetos empíricos de pesquisa. O armazenamento desses trabalhos é feito na
Sala de Leitura, espaço criado para receber professores e estudantes do curso interessados em
consultar livros da área de Comunicação e os TCC’s e monografias produzidos pelos alunos
da graduação e das especializações que o curso já ofertou5. Não há organização dos livros e
trabalhos. Quem pretende consultar qualquer material precisa descobrir em qual dos armários
e em qual prateleira está o objeto desejado.
Nessas condições, nossa primeira tarefa foi conhecer o acervo, fazer uma relação
digitalizada dos TCCs que nos desse noção do universo a ser pesquisado. Com a ajuda de
amigos do curso, registramos, em uma planilha, todos os TCC’s e monografias de
especialização que encontramos na sala. O cadastro considerou dados como ano, título,
autor(es), orientador(es) e habilitação6. Assim, pudemos ter uma visão geral de nossos objetos
empíricos.
A primeira constatação foi a de que só havia registro de trabalhos a partir do ano de
1991. Dessa forma, tivemos que analisar apenas o período mais recente do curso, de 1991 a
2009, ano anterior à apresentação do TCC que resultou neste artigo.
A segunda constatação foi a de que há grande variação quanto ao armazenamento dos
trabalhos ao longo desse período. Há poucos registros da primeira metade da década de 1990
e, à medida que se sucedem os anos, a quantidade de trabalhos disponíveis para consulta
aumenta. Dessa forma, não tivemos acesso a todos os trabalhos produzidos entre 1991 e 2009.
Em alguns casos, porque se perderam, em outros, porque sequer foram entregues as versões
finais para a secretaria do curso. Por essas constatações, devemos ressalvar que nossa análise
somente considerou o universo dos TCC’s que estão armazenados na Sala de Leitura.
Pensamos, a partir da catalogação que fizemos, em como poderíamos agrupar esses
trabalhos, a fim de obter amostras menores e representativas. Foi, então, que nos baseamos
em documentos e em entrevistas para identificar períodos da história do curso marcados por
acontecimentos que pudessem ter mudado, em alguma medida, a maneira como se concebia
ou se fazia o TCC no curso.
5
Atualmente, não existe ninguém para cuidar do funcionamento da sala. Para ter-se acesso ao acervo, é preciso solicitar a
chave à direção do curso.
6
Para posterior necessidade ou curiosidade, registramos também palavras-chave, data de defesa e conceito do trabalho,
quando havia essas informações.
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Delimitamos, assim, quatro períodos. O Período 1 (1991-1996) começa com os
primeiros trabalhos a que tivemos acesso e vai até o ano da primeira avaliação do curso pelo
MEC, que marcou o início de várias mudanças7. O Período 2 (1997-2001) é um estágio de
experimentação e nova formatação do curso, características da reação da comunidade
acadêmica diante da ameaça de fechamento do curso. Esse período preparou as bases para a
reformulação do Projeto Pedagógico em 2002, ano que marca o início do Período 3 que
delimitamos e que perdura até 2006, refletindo os impactos do novo currículo nos TCC’s. Por
fim, o Período 4 (2007-2009) demarca os anos recentes do curso e é representativo das
últimas dinâmicas por que o curso e a Comunicação como um todo têm passado.
Vejamos um resumo do universo dos TCC’s na Tabela 1, a seguir:
Tabela 1 - Universo quantitativo dos TCC's por período
Período
Quantidade
24
Período 1 (1991-1996)
132
Período 2 (1997-2001)
141
Período 3 (2002-2006)
92
Período 4 (2007-2009)
11
Sem ano
400
Total
Além dos períodos, sub-agrupamos os TCC’s por habilitação (Jornalismo ou
Publicidade e Propaganda ou ambas) e separamos os trabalhos feitos pelos alunos de uma
edição do curso ofertada em Parauapebas, município do interior do Pará, de 2005 a 2008. Para
fins de análise, incluímos os TCC’s de Parauapebas no Período 4 (já que foram defendidos em
2008 e 2009) e excluímos os TCC’s sem identificação de ano, por não indicarem o contexto
em que foram produzidos. Assim, nosso universo de análise é formado por 389 trabalhos,
sendo 248 de Jornalismo, 111 de Publicidade e Propaganda, 1 de ambas habilitações, 7 de
Parauapebas e 22 sem identificação de habilitação8, como mostra o Gráfico 1:
7
À época (1996), o curso quase foi descredenciado pelo Ministério da Educação, exigindo o desenvolvimento de diversas
iniciativas para a melhoria da graduação.
8
Incluímos no universo os TCC’s sem identificação de habilitação porque não nos causou prejuízo em termos de análises
temáticas e sobre os procedimentos metodológicos utilizados nos trabalhos. Como eles estavam datados, a análise deles pode
ser feita contextualmente, ainda que não pudesse ser feita no âmbito das habilitações.
8
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Gráfico 1 - Universo dos TCC's por Habilitação e por Período
Como podemos perceber, a disponibilidade de trabalhos aumenta com o passar dos
períodos. Isso não quer dizer que a produção aumentou, já que o curso sempre teve a mesma
entrada e saída de alunos. O fato de termos mais registros de trabalhos nos últimos anos
reflete a maior preocupação do curso em incentivar a produção de bons trabalhos que possam
servir de referencial (ficar disponíveis para consulta). Além da maior formalização e
institucionalização que o TCC recebeu com o passar do tempo. A maior quantidade de
trabalhos de Jornalismo se deve ao fato de que sempre houve mais alunos dessa habilitação do
que de Publicidade e Propaganda.
Outro dado inicial interessante é que de todos os trabalhos registrados apenas um teve
sua produção feita por uma dupla mista, ou seja, por um aluno de Jornalismo em parceria com
um aluno de Publicidade e Propaganda. Essa ausência de trabalhos conjuntos deve-se à
própria estrutura administrativa do curso, que separa os alunos em habilitações e dificulta a
realização de trabalhos por duplas mistas9. Além disso, essa é uma problemática maior da área
da Comunicação, compartimentada em habilitações e profissões que, em um primeiro
momento, isolam-se. Esse sistema começa a ser questionado quando tanto o mercado como a
Academia veem-se diante da necessidade de uma Comunicação Integrada.
A fim de verificar as hipóteses iniciais que formulamos, utilizamos a técnica da análise
de conteúdo categorial (FONSECA JR., 2009) para caracterizarmos os trabalhos.
Estabelecemos, assim, duas categorizações: uma de cunho temático e outra de cunho
9
Para que um trabalho seja realizado por uma dupla mista é necessária a aprovação da proposta pelo Conselho do Curso.
9
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metodológico. Lemos os resumos10 dos TCC’s de nosso universo e os classificamos em
temáticas baseadas nas Divisões Temáticas (DT’s) dos grupos de pesquisa da Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), a mais antiga e principal
comunidade científica da Comunicação no Brasil. As temáticas, portanto, que utilizamos para
categorizar os TCC’s totalizam oito: Jornalismo; Publicidade e Propaganda; Relações
Públicas e Comunicação Organizacional; Comunicação Audiovisual; Multimídia; Interfaces
Comunicacionais; Comunicação, Espaço e Cidadania; e Estudos Interdisciplinares11.
No caso das categorias de procedimentos metodológicos, fizemos nossa própria
demarcação, de acordo com o que íamos identificando como técnicas nos TCC’s. Dessa
forma, classificamos os trabalhos a partir de 9 técnicas diferentes: Discussão teórica, Análise
de produto midiático, Análise comparativa, Estudo de caso, Proposta/Produto experimental,
Pesquisa exploratória, Pesquisa-ação, Pesquisa de recepção/usos, Pesquisa de opinião12.
Além da análise geral sobre o universo dos TCC’s, que certamente já nos fornece um
panorama conceitual-metodológico significativo, montamos um corpus composto por 8
trabalhos para uma análise mais aprofundada13. Sorteamos 2 trabalhos (1 de Jornalismo e 1 de
Publicidade e Propaganda)14 de cada Período e, a partir de um formulário, fizemos a análise
de conteúdo dos itens resumo, introdução (inclui procedimentos metodológicos, aporte
teórico, objetivos, dentre outros itens de uma pesquisa) e referências bibliográficas. Nossas
hipóteses sobre o desenvolvimento dos TCC’s, que apontamos no início deste capítulo,
nortearam essa análise mais qualitativa.
Feitas as devidas ressalvas metodológicas, iniciemos a apresentação dos dados e das
análises de nossa pesquisa com a caracterização do universo dos trabalhos a partir das
temáticas e dos procedimentos metodológicos utilizados, como mostramos nos Gráficos 2 e 3:
10
Na ausência de resumo (como aconteceu muito nos Períodos 1, 2 e 3, devido à falta de normalização dos trabalhos dessa
época), lemos a introdução ou a apresentação do TCC.
11
Ao nos apropriarmos da classificação da Intercom não nos damos por convencidos de que esta divisão já dê conta de
mostrar todos os resultados que poderíamos obter. Afinal, são DT’s bastante amplas, que deixam abertura para que diversos
sub-temas e abordagens encaixem-se em várias delas ao mesmo tempo. Não excluímos a possibilidade de um trabalho poder
pertencer a mais de uma categoria temática; isso não raro aconteceu. Contudo, nesses casos, identificamos a temática em
maior evidência, a que se destacava mais, e a escolhemos para caracterizar o trabalho.
12
Ressaltamos que muitos trabalhos utilizaram mais de uma das técnicas de pesquisa categorizadas aqui e, que, quando isso
ocorreu, fizemos a classificação identificando a técnica central dos trabalhos. Nem sempre, encontramos a explicitação da
técnica escrita pelos próprios autores e, portanto, incluímos os trabalhos nas categorias que, na nossa percepção, mais os
caracterizaram.
13
Vale ressalvar que não foi utilizada nenhuma técnica estatística para a montagem do corpus. Com isso não podemos
afirmar que os 8 trabalhos selecionados são numericamente representativos. Contudo, em termos qualitativos, verificamos
que eles refletem as tendências gerais que a análise quantitativa do universo dos TCC’s revelou.
14
Não entraram para o sorteio os TCC’s sem identificação da habilitação, já que um critério para o sorteio dos trabalhos era
que fosse um de Jornalismo e um de PP de cada Período.
10
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Gráfico 2 - Temáticas abordadas pelo universo dos TCC's
Gráfico 3 - Procedimentos metodológicos utilizados no universo dos TCC's
Por meio dessas porcentagens, podemos ver que a maioria dos trabalhos de conclusão
já produzidos pelo curso privilegiou temáticas próprias das duas habilitações e,
majoritariamente, o audiovisual, ainda que os equipamentos e laboratórios oferecidos não
sejam os mais adequados. O interesse pela linguagem em áudio e vídeo é demonstrativo do
poder difusor que os veículos de Rádio e TV possuem na sociedade.
Em termos de técnicas de pesquisa, percebemos a materialização do caráter
instrumental que os cursos de Comunicação impregnaram em seu ensino, sendo o curso da
UFPA reflexo dessa visão mecanicista da comunicação. A maioria dos trabalhos propõe ou
executa um projeto experimental, principalmente, nos dois primeiros Períodos. Verificamos,
11
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por outro lado, o destaque que a discussão teórica ganhou no curso, em especial, no Período 4.
Ainda as propostas experimentais mais recentes vêm balizadas por discussões teóricas.
Quando tomamos as habilitações em separado, temos como temáticas mais recorrentes
dos TCC’s de Jornalismo a Comunicação Audiovisual (32%), o Jornalismo (25%) e os
Estudos Interdisciplinares (13%); e as técnicas mais utilizadas são Propostas/produtos
experimentais (24%), Discussão teórica (20%) e Estudo de caso (17%). Os trabalhos de
Publicidade e Propaganda, por sua vez, priorizaram a própria área de PP (69%), a
Comunicação Audiovisual (9%) e a Multimídia (6%); e dentre os procedimentos
metodológicos preferidos estão a Proposta/produção experimental (36%), a Discussão teórica
(32%) e a Análise de produtos midiáticos (11%).
Esses números gerais já nos dão uma visão do perfil dos trabalhos de conclusão do
Curso de Comunicação Social da UFPA, mas não revelam o desenvolvimento gradual de cada
uma dessas temáticas e técnicas. Por isso, houve a necessidade de analisarmos os subperíodos, que revelaram-se mais representativos quanto aos impactos do contexto local,
nacional e global da Comunicação sobre a produção científica do curso. Devido ao espaço
limitado deste artigo, apresentaremos apenas as análises das hipóteses levando em
consideração os sub-períodos.
A primeira hipótese, de cunho metodológico (os TCC’s, ao longo do tempo, tornam-se
mais teóricos do que puramente experimentais) foi confirmada. Nos períodos 1 e 2, devido ao
próprio formato exigido para os TCC’s e ao contexto geral de pesquisa em Comunicação,
percebe-se um experimentalismo puramente técnico. A partir do Período 3, após as mudanças
curriculares e regimentais sobre o TCC, os trabalhos começam a ser mais densos e no Período
4, mais atual, já se percebe a análise teórica predominante.
A segunda hipótese, de caráter epistemológico (existe dificuldade por parte dos
estudantes em construir objetos de pesquisa a partir do olhar da comunicação) é, em parte,
constatada. No Período 1, existe um olhar da comunicação como suporte técnico,
centralizando as análises a partir dos meios ou tendo-os como fim, mas caracterizando-os na
área. No Período 2, registra-se a recorrência de referências bibliográficas de outras áreas
(como Sociologia, Psicologia e Antropologia), fazendo-nos questionar se as abordagens eram
de fato a partir de um olhar particular da Comunicação ou se eram trabalhos sociológicos,
psicológicos e antropológicos. Nos Períodos 3 e 4, assume-se a interdisciplinaridade como
fundamento dos estudos da Comunicação, ainda que de forma acrítica.
12
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Por fim, também se confirma a terceira hipótese, política: os TCC’s são
representativos dos esforços para a formação de um habitus científico no curso de
Comunicação Social da UFPA. Percebe-se que o desenvolvimento da história do TCC no
curso é influenciado pelos primeiros currículos mecanicistas, passando pelas reformas
curriculares, mudanças teórico-metodológicas na área em geral e chega à exigência de um
aprofundamento reflexivo, resultado do atual contexto da pesquisa em Comunicação.
Considerações finais
Por meio das análises que fizemos dentro de cada período específico, pudemos
perceber, de forma quantitativa e qualitativa, importantes movimentações no Curso de
Comunicação Social da UFPA que se refletiram na produção acadêmica dos Trabalhos de
Conclusão de Curso.
O amadurecimento teórico dos trabalhos, a concepção mais ampla da área da
Comunicação para além das habilitações e o esforço para aliar teoria e prática são indicadores
não só das transformações locais por que o curso passou como também da configuração geral
das Ciências da Comunicação.
Assim, com os TCC’s pudemos fazer análises sobre a história da Comunicação na
UFPA, ao passo que identificamos algumas problemáticas gerais do campo da Comunicação,
como, por exemplo, a questão da interdisciplinaridade e a dificuldade dos pesquisadores de
nossa área em construir objetos de estudo a partir de um olhar próprio da Comunicação.
As reflexões locais que fizemos, portanto, levaram-nos a perceber um contexto mais
amplo em que figura a Comunicação como campo científico adolescente em busca de
amadurecimento. Nesse sentido, o Curso de Comunicação Social da UFPA também pode ser
considerado um adolescente, apesar de já possuir trinta e cinco anos. Vivemos um momento
de auto-reflexão e de uma grande necessidade de seguir por caminhos mais densos do ponto
de vista do objetivo universitário de produção de conhecimento.
Referências
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<http://www.ufpa.br/sege/boletim_interno/downloads/resolucoes/consepe/2003/Microsoft%20Word%
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