BANCO CENTRAL EUROPEU BOLETIM MENSAL
1212014
PT
0112014
0212014
0312014
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1112014
BOLETIM MENSAL
D E Z E M B RO
A edição de dezembro de 2014 será a última do Boletim Mensal do BCE, sendo substituída por um Boletim Económico.
O novo Boletim será publicado, de acordo com a mudança anunciada para janeiro de 2015, com um intervalo
de seis semanas, entre as reuniões de política monetária do Conselho do BCE, duas semanas após cada reunião.
BOLETIM MENSAL
D E Z E M B R O 2014
Em 2014, todas as
publicações do BCE
apresentam um
motivo retirado da
nota de €20.
© Banco Central Europeu, 2014
Morada
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Este Boletim foi preparado sob a responsabilidade da
Comissão Executiva do BCE. As traduções são elaboradas
e publicadas pelos bancos centrais nacionais.
Todos os direitos reservados. A reprodução para fins
pedagógicos e não comerciais é permitida, desde que
a fonte esteja identificada.
A data de fecho das estatísticas incluídas nesta publicação
foi 3 de dezembro de 2014.
ISSN 1725-3012 (online)
Execução Gráfica
Casa d'Imagem
ÍNDICE
EDITORIAL
5
EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA
9
1 Conjuntura externa da área do euro
9
2 Evolução monetária e financeira
Caixa 1
Caixa 2
28
Condições de liquidez e operações de política monetária
no período de 13 de agosto a 11 de novembro de 2014
35
3 Preços e custos
Caixa 3
Efeitos indiretos da evolução dos preços do petróleo
sobre a inflação da área do euro
4 Produto, procura e mercado de trabalho
Caixa 4
Fraqueza atual do investimento da área do euro em comparação
com anteriores crises
5 Evolução orçamental
Caixa 5
Caixa 6
21
Evolução recente da balança financeira da balança de pagamentos
da área do euro
56
58
67
70
82
Novos indicadores estatísticos sobre os títulos de dívida pública
e respetiva utilização na análise e supervisão orçamentais
83
Revisão dos projetos de planos orçamentais para 2015
89
ARTIGO
Projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do euro
elaboradas por especialistas do Eurosistema
93
ESTATÍSTICAS DA ÁREA DO EURO
E1
ANEXOS
Cronologia das medidas de política monetária do Eurosistema
I
O sistema TARGET (“Transferências Automáticas Transeuropeias de Liquidações
pelos Valores Brutos em Tempo Real”)
V
Publicações produzidas pelo Banco Central Europeu
Glossário
VII
IX
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
3
ABREVIATURAS
PAÍSES
BE
BG
CZ
DK
DE
EE
IE
GR
ES
FR
HR
IT
CY
LV
LT
Bélgica
Bulgária
República Checa
Dinamarca
Alemanha
Estónia
Irlanda
Grécia
Espanha
França
Croácia
Itália
Chipre
Letónia
Lituânia
OUTRAS
BCE
BdP
BCN
BIS
CD
c.i.f.
CTCI 4.ª Rev.
CUTCE
CUTIT
EUR
FMI
f.o.b.
HWWI
IFM
IHPC
IME
IPC
IPP
MBP5
NACE
OCDE
OIT
PIB
SEBC
SEC 95
TCE
UE
UEM
Banco Central Europeu
balança de pagamentos
banco central nacional
Bank for International Settlements (Banco de Pagamentos Internacionais)
certificado de depósito
cost, insurance and freight at the importer’s border (custo, seguro e frete)
Classificação Tipo do Comércio Internacional (4.ª revisão)
custos unitários do trabalho no conjunto da economia
custos unitários do trabalho na indústria transformadora
euro
Fundo Monetário Internacional
free on board at the exporter’s border (franco a bordo)
Instituto de Economia Internacional de Hamburgo
instituição financeira monetária
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor
Instituto Monetário Europeu
Índice de Preços no Consumidor
Índice de Preços no Produtor
Manual da Balança de Pagamentos do FMI (5.ª edição)
nomenclatura estatística das atividades económicas na União Europeia
Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos
Organização Internacional do Trabalho
produto interno bruto
Sistema Europeu de Bancos Centrais
Sistema Europeu de Contas 1995
taxa de câmbio efetiva
União Europeia
União Económica e Monetária
LU
HU
MT
NL
AT
PL
PT
RO
SI
SK
FI
SE
UK
JP
EUA
Luxemburgo
Hungria
Malta
Países Baixos
Áustria
Polónia
Portugal
Roménia
Eslovénia
Eslováquia
Finlândia
Suécia
Reino Unido
Japão
Estados Unidos
De acordo com a prática corrente na União Europeia, a listagem dos países da UE constantes no
presente Boletim é feita segundo a ordem alfabética dos nomes dos países nas línguas nacionais.
4
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EDITORIAL
Com base nas suas análises económica e monetária regulares e em conformidade com as suas indicações
sobre a orientação futura da política monetária (forward guidance), o Conselho do BCE decidiu, na
reunião de 4 de dezembro de 2014, manter as taxas de juro diretoras do BCE inalteradas. Relativamente
às medidas de política monetária não convencionais, o Eurosistema iniciou a aquisição de covered
bonds (obrigações hipotecárias e obrigações sobre o setor público) e de instrumentos de dívida
titularizados. Os programas de aquisição terão uma duração de, pelo menos, dois anos. A segunda
operação de refinanciamento de prazo alargado direcionada será realizada em breve, seguindo-se mais
seis até junho de 2016. No seu conjunto, as medidas terão um impacto considerável no balanço do
Eurosistema, pretendendo-se que este evolua no sentido das dimensões registadas no início de 2012.
Nos próximos meses, as medidas deverão tornar a orientação da política monetária globalmente menos
restritiva, apoiar as indicações do Conselho do BCE sobre a evolução futura das taxas de juro diretoras
do BCE e reforçar o facto de, entre as principais economias avançadas, existirem diferenças significativas
e crescentes no ciclo de política monetária. Contudo, as últimas projeções macroeconómicas para a
área do euro indicam uma inflação menor, acompanhada de um crescimento real do PIB mais fraco e
de uma dinâmica monetária comedida.
Neste contexto, no início do próximo ano, o Conselho do BCE reavaliará o estímulo monetário
conseguido, a expansão do balanço e as perspetivas de evolução dos preços. Avaliará também o impacto
mais alargado da evolução recente dos preços do petróleo nas tendências da inflação a médio prazo na
área do euro. Caso seja necessário dar nova resposta aos riscos de um período demasiado prolongado
de inflação baixa, o Conselho do BCE permanece unânime no compromisso de, no âmbito do seu
mandato, utilizar instrumentos não convencionais adicionais. Tal implicaria alterar, no início do próximo
ano, a dimensão, o ritmo e a composição das medidas. Atendendo ao pedido do Conselho do BCE, os
especialistas do BCE e os comités do Eurosistema pertinentes intensificaram os preparativos técnicos
para as medidas adicionais, as quais, se necessário, poderão ser implementadas atempadamente. Todas
as medidas de política monetária visam assegurar um ancorar firme das expetativas de inflação a médio
e longo prazo, em consonância com o objetivo do Conselho do BCE de manter as taxas de inflação
abaixo, mas próximo, de 2%, e contribuir para o regresso das taxas de inflação a esse nível.
No que se refere à análise económica, o PIB real da área do euro registou uma subida de 0.2%, em
termos trimestrais em cadeia, no terceiro trimestre do corrente ano. Tal está em conformidade com
indicações anteriores de um enfraquecimento do dinamismo de crescimento da área do euro, o que
conduziu a uma revisão em baixa das perspetivas para o crescimento real do PIB da área do euro, nas
previsões mais recentes. Os últimos dados e resultados de inquéritos até novembro confirmam o cenário
de um perfil de crescimento mais fraco no período que se avizinha. Simultaneamente, mantêm-se as
perspetivas de uma recuperação económica modesta. Por um lado, a procura interna deverá ser apoiada
pelas medidas de política monetária, pela melhoria em curso das condições financeiras, pelos progressos
alcançados em termos de consolidação orçamental e de reformas estruturais, assim como pelos preços
significativamente mais baixos dos produtos energéticos, que apoiam o rendimento disponível real.
Acresce que a procura de exportações deverá beneficiar da retoma mundial. Por outro lado, é provável
que a recuperação continue a ser travada pelo desemprego elevado, pela considerável capacidade
produtiva não utilizada e pelos ajustamentos de balanço necessários nos setores público e privado.
Estes elementos encontram-se refletidos nas projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a
área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema, segundo as quais o PIB real anual aumentará
0.8% em 2014, 1.0% em 2015 e 1.5% em 2016. Em comparação com as projeções macroeconómicas
de setembro de 2014 dos especialistas do BCE, as projeções para o crescimento real do PIB foram
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
5
revistas substancialmente em baixa. As projeções relativas tanto à procura interna como às exportações
líquidas foram objeto de uma revisão em sentido descendente.
Os riscos em torno das perspetivas económicas para a área do euro apresentam-se do lado descendente.
Mais especificamente, o fraco dinamismo de crescimento da área do euro, aliado a riscos geopolíticos
elevados, tem potencial para reduzir a confiança e, em especial, o investimento privado. Além disso,
os progressos insuficientes em termos de reformas estruturais nos países da área do euro constituem
um importante risco em sentido descendente para as perspetivas económicas.
De acordo com a estimativa provisória do Eurostat, na área do euro, a inflação homóloga medida pelo
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) situou-se em 0.3% em novembro de 2014, face
a 0.4% em outubro. Em comparação com o mês anterior, tal reflete sobretudo uma queda mais forte
da inflação dos preços dos produtos energéticos e um aumento homólogo um pouco menor dos preços
dos serviços. Tendo em consideração o atual contexto de taxas de inflação muito baixas, será importante
avaliar o impacto mais alargado da recente evolução dos preços do petróleo nas tendências da inflação
a médio prazo e evitar repercussões nas expetativas de inflação e na formação dos salários.
No contexto da recente evolução dos preços do petróleo, é essencial recordar que as previsões e projeções
assentam em pressupostos técnicos relativos, em especial, aos preços do petróleo e às taxas de câmbio.
Com base na informação disponível em meados de novembro, no momento em que foram finalizadas
as projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do euro dos especialistas do Eurosistema,
a previsão era de que a inflação homóloga medida pelo IHPC fosse de 0.5% em 2014, 0.7% em 2015
e 1.3% em 2016. Em comparação com as projeções macroeconómicas de setembro de 2014 dos
especialistas do BCE, os valores foram revistos significativamente em baixa. As revisões refletem
sobretudo preços do petróleo em euros mais baixos e o impacto da revisão em sentido descendente das
perspetivas para o crescimento, mas ainda não incorporam a queda dos preços do petróleo nas últimas
semanas, ocorrida após a data de fecho da informação para as projeções. Nos próximos meses, as taxas
homólogas da inflação medida pelo IHPC poderão registar novos movimentos descendentes, em virtude
da recente descida adicional dos preços do petróleo.
O Conselho do BCE continuará a acompanhar atentamente os riscos para as perspetivas de evolução
dos preços no médio prazo. Neste contexto, centrar-se-á, em particular, nas possíveis repercussões da
menor dinâmica de crescimento, dos desenvolvimentos geopolíticos, da evolução da taxa de câmbio e
dos preços dos produtos energéticos, bem como da transmissão das medidas de política monetária.
Estará especialmente atento ao impacto mais alargado da evolução recente dos preços do petróleo nas
tendências da inflação a médio prazo na área do euro.
No que respeita à análise monetária, os dados referentes a outubro de 2014 apoiam a avaliação de um
crescimento subjacente comedido do agregado monetário largo (M3), cuja taxa de crescimento homóloga
se situou em 2.5% em outubro, mantendo-se inalterada face a setembro. O crescimento homólogo do
M3 continua a ser apoiado pelas suas componentes mais líquidas, tendo o agregado monetário estreito
M1 registado uma taxa de crescimento homóloga de 6.2% em outubro.
A taxa de variação homóloga dos empréstimos às sociedades não financeiras (corrigida de vendas e
titularização de empréstimos) situou-se em -1.6% em outubro, o que compara com -1.8% em setembro
e revela uma recuperação gradual relativamente ao valor mínimo de -3.2% observado em fevereiro. Em
média, nos últimos meses, os reembolsos líquidos apresentaram uma moderação face aos valores
historicamente elevados verificados há um ano. Os empréstimos às sociedades não financeiras continuam
a refletir a relação desfasada com o ciclo económico, o risco de crédito, fatores associados à oferta de
6
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EDITORIAL
crédito e o ajustamento em curso dos balanços dos setores financeiro e não financeiro. A taxa de
crescimento homóloga dos empréstimos às famílias (corrigida de vendas e titularização de empréstimos)
situou-se em 0.6% em outubro, face a 0.5% em setembro. As medidas de política monetária aplicadas
e a conclusão da avaliação completa realizada pelo BCE deverão apoiar uma estabilização adicional
dos fluxos de crédito.
Resumindo, o cruzamento dos resultados da análise económica com os sinais fornecidos pela análise
monetária corrobora a necessidade de o Conselho do BCE acompanhar atentamente os riscos para as
perspetivas de evolução dos preços no médio prazo e de estar preparado para, se necessário, conferir
uma orientação acomodatícia adicional à política monetária.
A política monetária visa a manutenção da estabilidade de preços a médio prazo e a sua orientação
acomodatícia contribui para apoiar a atividade económica. No entanto, a fim de reforçar o investimento,
impulsionar a criação de emprego e aumentar o crescimento da produtividade, é necessário o contributo
decisivo de outras áreas de política. Em particular, a implementação determinada de reformas nos
mercados de trabalho e do produto, bem como as iniciativas destinadas a melhorar o enquadramento
empresarial, precisam de ganhar dinamismo em vários países. É crucial que as reformas estruturais
sejam aplicadas de forma credível e eficaz, uma vez que tal aumentará as expetativas de rendimentos
mais elevados e encorajará as empresas a expandir o investimento, permitindo acelerar a recuperação
económica. As políticas orçamentais devem apoiar a retoma, assegurando simultaneamente a
sustentabilidade da dívida, em consonância com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, que permanece
a âncora da confiança. Todos os países devem fazer uso da margem disponível para a consecução de
políticas orçamentais com uma composição mais favorável ao crescimento. O plano de investimento
para a Europa, anunciado pela Comissão Europeia em 26 de novembro de 2014, também apoiará a
retoma.
A edição de dezembro de 2014 do Boletim Mensal inclui um artigo, intitulado “Projeções macroeconómicas
de dezembro de 2014 para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema”.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
7
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA
Conjuntura
externa da
área do euro
I CONJUNTURA EXTERNA DA ÁREA DO EURO
A economia mundial prossegue gradualmente na sua trajetória de recuperação. Após um crescimento
muito moderado no início do ano, o dinamismo em algumas economias avançadas tem registado um
reforço, suportado pela redução de fatores adversos e por políticas acomodatícias. Contudo, a divergência
das perspetivas económicas entre e dentro das regiões tem aumentado, refletindo de forma crescente
fatores mais estruturais do que cíclicos, que têm influência sobre a confiança, a evolução do mercado
financeiro e as políticas económicas. Os indicadores mais recentes com base em inquéritos apontam
para algum abrandamento do dinamismo de crescimento no quarto trimestre. Os riscos geopolíticos
na Ucrânia/Rússia e no Médio Oriente permanecem elevados, embora, até agora, com repercussões
limitadas na atividade mundial e nos preços dos produtos energéticos. O comércio mundial continuou
fraco face ao investimento moderado em muitos países, mas recuperou no terceiro trimestre, embora
a partir de níveis baixos. A inflação mundial diminuiu nos últimos meses, em grande parte, devido à
queda acentuada dos preços do petróleo. As pressões inflacionistas deverão permanecer baixas num
contexto de excesso de capacidade produtiva e queda dos preços das matérias-primas.
1.1 ATIVIDADE ECONÓMICA E COMÉRCIO A NÍVEL MUNDIAL
A recuperação mundial permanece gradual e desigual. Após um crescimento mundial bastante volátil
e moderado na primeira metade do ano, a atividade registou um fortalecimento na segunda metade,
apoiada sobretudo pela consolidação dos fundamentos em algumas das principais economias avançadas,
apesar de sinais de algum abrandamento do dinamismo económico no quarto trimestre. Para além do
curto prazo, a atividade mundial deverá melhorar de forma gradual, mas de acordo com as expectativas,
a recuperação ainda continuará modesta. A combinação de desequilíbrios económicos acumulados,
impedimentos estruturais, incerteza política e económica e, em vários países, condições financeiras
restritivas pesam sobre as perspetivas de crescimento a médio prazo. Riscos geopolíticos relacionados
com o conflito na Ucrânia e tensões em alguns países produtores de petróleo continuam elevados, mas
o seu impacto sobre os preços do petróleo, a atividade a nível mundial e a inflação tem sido fraco até
agora, atuando sobretudo através do canal da confiança. As estimativas provisórias mostram que a
Quadro 1 Crescimento do PIB real em economias selecionadas
Taxas de crescimento homólogas
G201)
G20 excluindo a área do euro1)
Estados Unidos
Japão
Reino Unido
Dinamarca
Suécia
Suíça
Brasil
China
Índia
Rússia 2)
Turquia
Polónia
República Checa
Hungria
Taxas de crescimento trimestrais
2012
2013
2014
T1
2014
T2
2014
T3
2014
T1
2014
T2
2014
T3
2.9
3.7
3.0
3.7
3.5
4.0
3.3
3.8
3.1
3.8
0.6
0.7
0.7
0.8
1.0
1.1
2.3
1.5
0.7
-0.4
1.3
1.1
2.2
1.5
1.7
0.4
1.6
1.9
1.9
2.6
2.9
1.3
1.8
2.4
2.6
-0.1
3.2
0.0
1.9
1.6
2.4
-1.1
3.0
1.9
-0.5
1.6
0.7
0.6
-0.1
0.4
1.1
-1.9
0.9
-0.3
0.2
0.3
1.0
-0.4
0.7
0.6
1.0
7.7
4.9
3.4
2.1
2.5
7.7
4.7
1.3
4.1
1.9
7.4
6.1
0.9
4.7
-0.9
7.5
5.8
0.8
2.1
-0.2
7.3
6.0
0.7
-
-0.2
1.5
2.0
0.1
1.8
-0.6
2.0
0.8
0.2
-0.5
0.1
1.9
2.0
-
2.1
-0.9
-1.7
1.6
-0.9
1.2
3.5
2.9
3.3
3.3
2.7
3.7
-
1.1
0.8
1.1
0.6
0.0
0.8
-
Fontes: Dados nacionais, BIS, Eurostat e cálculos do BCE.
1) O valor referente ao terceiro trimestre de 2014 é uma estimativa baseada nos dados disponíveis mais recentes.
2) O valor referente ao terceiro trimestre de 2014 para a Rússia, corrigido de sazonalidade, não se encontra disponível.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
9
atividade económica nos países do G20 (excluindo a área do euro) cresceu 1.1% em termos trimestrais
em cadeia no terceiro trimestre de 2014, num contexto de divergências contínuas entre países (ver
Quadro 1). O crescimento ficou mais forte nos Estados Unidos e continuou robusto no Reino Unido,
suportado pela sólida procura interna. Pelo contrário, o PIB contraiu-se no Japão pelo segundo trimestre
consecutivo, levando a medidas adicionais de menor restritividade quantitativa por parte do Banco do
Japão. Na China, a atividade registou uma ligeira moderação, principalmente devido ao enfraquecimento
do investimento. No que respeita a outras economias de mercados emergentes, nos últimos trimestres,
o Brasil registou baixo crescimento e elevada inflação, enquanto na Rússia o crescimento tem sido
prejudicado, em parte, devido a condições financeiras mais restritivas e sanções internacionais. Pelo
contrário, na Índia, a economia tem vindo a recuperar.
Os indicadores de sentimento a nível mundial mais recentes apontam para um dinamismo positivo, mas
ligeiramente mais fraco no quarto trimestre. O Índice de Gestores de Compras (IGC) compósito do
produto excluindo a área do euro manteve-se globalmente inalterado em novembro num nível ligeiramente
inferior quer à sua média de longo prazo quer ao seu valor no terceiro trimestre, devido a uma queda
bastante significativa no setor da indústria transformadora (ver Gráfico 1). A evolução foi diferente entre
os países, com melhorias assinaláveis no IGC compósito para o Reino Unido, Japão e Índia, mas quedas
para os Estados Unidos, China e Rússia. Em termos prospetivos, a componente novas encomendas do
IGC mundial compósito abrandou ligeiramente, sugerindo uma recuperação mais gradual na atividade
mundial em novembro. Ao mesmo tempo, os indicadores avançados compósitos da OCDE, destinados
a prever pontos de viragem para a atividade económica em relação à tendência, apontaram para perspetivas
mistas entre as principais economias em setembro, caraterizadas pelo enfraquecimento do crescimento
no Japão, crescimento estável nos Estados Unidos, Brasil e China, algum abrandamento no ritmo de
crescimento no Reino Unido, apesar dos seus níveis elevados, e melhoria do dinamismo do crescimento
Gráfico 1 IGC mundial (excluindo a área
do euro)
Gráfico 2 Indicador avançado compósito
e produção industrial
(dados mensais corrigidos de sazonalidade)
(escala da esquerda: média do índice normalizada=100; escala da
direita: taxas de variação (%) trimestrais em cadeia)
indicador avançado compósito (escala da esquerda)
produção industrial (escala da direita)
IGC do produto: global
IGC do produto: indústria transformadora
IGC do produto: serviços
65
65
60
60
4
103
3
102
2
1
55
55
101
50
50
100
0
99
-1
45
45
98
-2
40
40
97
-3
35
35
96
-4
95
-5
30
30
94
-6
25
25
93
-7
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Markit.
10
104
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
Fontes: OCDE e cálculos do BCE.
Notas: O indicador avançado compósito refere-se aos países da
OCDE e ao Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia e África do
Sul. A linha horizontal em 100 representa a tendência da atividade
económica. A produção industrial refere-se ao mesmo exemplo,
excluindo a Indonésia.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Conjuntura
externa da
área do euro
na Índia (ver Gráfico 2). Entretanto, o indicador do
clima económico mundial do Ifo (Ifo World
Economic Climate) para o quarto trimestre de 2014
caiu significativamente, atingindo o seu nível mais
baixo desde o terceiro trimestre de 2013.
Gráfico 3 Crescimento das importações
(variação (%) trimestral em cadeia, dados trimestrais)
economia mundial
economias avançadas
mercados emergentes
3.5
3.5
O comércio mundial recupera de forma gradual de
níveis baixos, embora permaneça bastante fraco.
3.0
3.0
Após um aumento no início de 2014, o dinamismo
2.5
2.5
do comércio mundial perdeu algum vigor no segundo
2.0
2.0
trimestre do ano, tendo recuperado com bastante
1.5
1.5
força no terceiro trimestre. De acordo com dados
1.0
1.0
do gabinete de análise económica dos Países Baixos
0.5
0.5
(o CPB Netherlands Bureau for Economic Policy
0.0
0.0
Analysis), o volume das importações de bens a nível
-0.5
-0.5
mundial aumentou 2.1%, em comparação com o
terceiro trimestre. A recuperação foi generalizada
-1.0
-1.0
Mar.
Set.
Mar.
Set.
Mar.
Set.
Mar.
nas economias avançadas e de mercados emergentes,
2011
2012
2013
2014
sendo os Estados Unidos a principal exceção,
Fonte: Cálculos do BCE.
com o comércio de mercadorias a enfraquecer
significativamente. Por outro lado, registaram-se
melhorias acentuadas no Japão, nos países emergentes da Ásia e América Latina. Contudo, o IGC relativo
às novas encomendas de exportações do setor da indústria transformadora diminuiu ligeiramente em
novembro, apontando para alguma moderação do dinamismo do comércio mundial na parte final do ano.
Globalmente, as origens da fraqueza subjacente ao comércio mundial mudaram de forma gradual dos
países avançados para as economias de mercados emergentes (ver Gráfico 3). A alteração do crescimento
do comércio resultou de um abrandamento assinalável nos países emergentes da Ásia, América Latina,
Rússia e Europa Central e de Leste devido a fatores adversos específicos de cada país.
Numa perspetiva a mais longo prazo, a fraca resposta do comércio mundial à recuperação gradual a
nível mundial é um aspeto importante. A elasticidade do comércio mundial, medida pela taxa de
crescimento média das importações dividida pela taxa de crescimento média do PIB caiu de 1.7 antes
da crise financeira mundial (entre 1990 e 2007) para apenas 1.0 desde 2011. Esta evolução pode ser
explicada, em parte, por um crescimento do investimento invulgarmente moderado, que é tipicamente
uma componente da procura altamente intensiva em comércio, em diversas economias mundiais chave.
Globalmente, as projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 elaboradas por especialistas do
Eurosistema (ver o artigo na presente edição do Boletim Mensal) preveem apenas um fortalecimento
moderado do crescimento económico mundial. Enquanto algumas das principais economias avançadas
beneficiam da diminuição de fatores adversos e políticas acomodatícias, desafios estruturais crescentes
e condições financeiras mais restritivas restringem as perspetivas de crescimento para as economias de
mercados emergentes. De acordo com as expetativas, a recuperação do crescimento do comércio mundial
será também muito gradual e, no médio prazo, a elasticidade do comércio em relação à atividade
continuará a ser inferior à sua média de longo prazo.
O balanço dos riscos para as perspetivas mundiais continua enviesado no sentido descendente. Riscos
geopolíticos elevados, bem como a evolução dos mercados financeiros a nível mundial e das economias
de mercados emergentes, poderão potencialmente afetar de forma negativa as condições económicas.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
11
1.2 EVOLUÇÃO DOS PREÇOS A NÍVEL MUNDIAL
A inflação mundial registou uma moderação desde junho, após um ligeiro aumento no início do corrente
ano, tendo a inflação global dos preços no consumidor na área da OCDE estabilizado em 1.7%, em
termos homólogos, em outubro. A moderação da inflação deveu-se sobretudo a um ligeiro contributo
negativo da componente dos produtos energéticos, compensado pelo aumento dos preços dos produtos
alimentares. Excluindo os produtos alimentares e os produtos energéticos, a inflação homóloga medida
pelo IPC nos países da OCDE também permaneceu estável em 1.8% em outubro (ver Quadro 2). Nas
economias avançadas, a inflação medida pelos preços no consumidor desceu no Japão, manteve-se
estável nos Estados Unidos e aumentou no Reino Unido. A evolução também foi diferente entre as
economias de mercados emergentes, tendo a inflação homóloga medida pelos preços no consumidor
descido na Índia, permanecido globalmente inalterada na China e no Brasil e aumentado na Rússia.
Em termos prospetivos, a inflação deverá continuar baixa, numa conjuntura de absorção muito lenta
da capacidade produtiva disponível e de fragilidade dos preços das matérias-primas.
As perspetivas para a inflação mundial estão fortemente influenciadas pela evolução dos preços das
matérias-primas, em particular, dos preços do petróleo. Desde o início de julho de 2014, os preços do
petróleo têm seguido um trajetória descendente, atingindo níveis de cerca de USD 84 por barril em média
no corrente trimestre. Os preços do petróleo bruto Brent situaram-se em USD 71 por barril em 3 de
dezembro de 2014, ou seja, cerca de 35% abaixo do seu nível um ano antes (ver Gráfico 4). Esta descida
dos preços do petróleo reflete níveis da oferta de petróleo que excederam os da procura. Apesar dos
conflitos na Líbia e no Iraque, a OPEP produziu acima do objetivo oficial para o grupo, enquanto a
produção de petróleo por parte de países não pertencentes à OPEP aumentou, na sequência da exploração
de óleo de xisto nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a procura de petróleo permaneceu fraca, em
parte, devido a um abrandamento no setor industrial chinês. Em termos prospetivos, o mercado de futuros
de petróleo espera preços do petróleo ligeiramente mais altos no médio prazo, sendo os contratos de
futuros de petróleo Brent que se vencem em dezembro de 2015 transacionados a USD 76 por barril.
Quadro 2 Evolução dos preços em economias selecionadas
(taxas de variação homólogas (%))
2012
OCDE
2014
Maio
2014
Jun.
2014
Jul.
2014
Ago.
2014
Set.
2014
Out.
2.3
1.6
2.1
2.1
1.9
1.8
1.7
1.7
2.1
0.0
2.8
2.4
0.9
-0.7
1.5
0.4
2.6
0.5
0.4
-0.2
2.1
3.7
1.5
0.3
0.1
0.3
2.1
3.6
1.9
0.4
0.5
0.1
2.0
3.4
1.6
0.5
0.4
0.0
1.7
3.3
1.5
0.3
0.2
0.0
1.7
3.2
1.2
0.3
0.0
-0.1
1.7
2.9
1.3
0.3
0.3
0.0
Brasil
China
Índia
Rússia
Turquia
5.4
2.6
9.7
5.1
8.9
6.2
2.6
10.1
6.8
7.5
6.4
2.5
8.3
7.6
9.7
6.5
2.3
7.5
7.8
9.2
6.5
2.3
8.0
7.4
9.3
6.5
2.0
7.7
7.6
9.5
6.7
1.6
6.5
8.0
8.9
6.6
1.6
5.5
8.3
9.0
Polónia
República Checa
Hungria
3.7
3.5
5.7
0.8
1.4
1.7
0.3
0.5
0.0
0.3
0.0
-0.1
0.0
0.6
0.5
-0.1
0.7
0.3
-0.2
0.8
-0.5
-0.3
0.7
-0.3
Por memória:
OCDE excluindo produtos alimentares
e energéticos
1.8
1.6
1.9
1.9
1.9
1.9
1.8
1.8
Estados Unidos
Japão
Reino Unido
Dinamarca
Suécia
Suíça
Fontes: OCDE, dados nacionais, BIS, Eurostat e cálculos do BCE.
12
2013
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Conjuntura
externa da
área do euro
A evolução dos preços das matérias -primas
não -energéticas tem registado uma tendência
ligeiramente ascendente desde o início do quarto
trimestre, após uma descida em setembro. Desde o
início de outubro, os preços dos produtos não-energéticos subiram 2%, refletindo um aumento
de 8% nos preços dos cereais e de 2% nos dos
metais. O tempo invulgarmente frio nos Estados
Unidos, bem como o atual conflito entre dois
importantes fornecedores de cereais, a Ucrânia e a
Rússia, que está a afetar as atividades quer de
plantação quer de comercialização, levaram a um
aumento recente dos preços dos cereais. Em
comparação com o mesmo período em 2013, o
índice de preços das matérias-primas não-energéticas,
em termos agregados (denominados em USD),
situa -se atualmente cerca de 8% mais baixo,
devido sobretudo a preços de cereais reduzidos,
impulsionados por colheitas recorde nos Estados
Unidos.
Gráfico 4 Principais desenvolvimentos
nos preços das matérias-primas
petróleo bruto Brent (USD/barril; escala da esquerda)
matérias-primas não energéticas
(USD; índice: 2010 = 100; escala da direita)
180
140
160
130
140
120
120
110
100
100
80
90
60
80
40
70
20
60
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Fontes: Bloomberg e HWWI.
1.3 EVOLUÇÃO EM ECONOMIAS SELECIONADAS
ESTADOS UNIDOS
Nos Estados Unidos, a atividade económica ganhou dinamismo nos últimos trimestres, após significativa
volatilidade dos dados no início do ano. Na sequência da forte recuperação do crescimento económico
no segundo trimestre, foi mantido um sólido crescimento no terceiro trimestre de 2014. De acordo
com a segunda estimativa do departamento de análise económica dos Estados Unidos (o Bureau of
Economic Analysis), o PIB real aumentou a uma taxa anualizada de 3.9% (1.0% em termos trimestrais
em cadeia), suportado pela procura quer interna quer externa. O comércio líquido deu um forte
contributo positivo para o crescimento, no contexto de um forte aumento das exportações e de uma
descida das importações. Entretanto, a despesa de consumo pessoal e o investimento fixo privado
deram igualmente um contributo positivo para o crescimento, confirmando fundamentos económicos
robustos.
Os indicadores de alta frequência disponíveis sugerem que a economia norte-americana deverá manter
o seu dinamismo de crescimento positivo no último trimestre de 2014, embora o crescimento do PIB
real possa abrandar ligeiramente em comparação com os dois trimestres anteriores. O consumo privado
é suportado por efeitos de riqueza positivos, contínuas melhorias nas condições do mercado de trabalho
que levam a um crescimento mais elevado no rendimento disponível, níveis altos de sentimento dos
consumidores e, desde o último Verão, descida significativa nos preços da gasolina. As perspetivas
de curto prazo para a atividade das empresas também permanecem favoráveis, devido aos níveis
elevados do sentimento empresarial. No que respeita ao mercado da habitação, os dados recentes estão
em linha com a continuação da recuperação moderada, como indicado por um aumento das vendas
de casa, construção de novas habitações e licenças de construção ao longo dos últimos meses. Entretanto,
os preços da habitação mantêm o seu dinamismo ascendente, embora ultimamente, a taxa de crescimento
tenha vindo a abrandar ligeiramente, enquanto o rácio dos preços da habitação em relação às rendas
regressou a níveis próximo das médias históricas. Analisando o comércio, o reforço esperado da
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
13
procura interna, em particular, nas componentes da despesa intensivas em importações, como o
investimento, também deveria levar a uma recuperação das importações no último trimestre de 2014.
O dinamismo do crescimento das exportações, pelo contrário, deverá ser afetado pela recente apreciação
do dólar dos Estados Unidos.
Em termos prospetivos, espera-se que a recuperação da economia norte-americana continue com
crescimento acima da tendência, sustentada pela continuação da melhoria dos mercados de trabalho
e da habitação, condições financeiras acomodatícias, e do desvanecimento de fatores adversos resultantes
do ajustamento dos balanços das famílias e da política orçamental.
A inflação registou uma moderação após o recente pico atingido em maio e estabilizou ao longo dos
últimos três meses. A inflação homóloga global medida pelo IPC situou-se em 1.7% em outubro,
baixando 0.5 pontos percentuais desde maio. Esta evolução reflete predominantemente o desaparecimento
de fatores temporários, incluindo uma acentuada queda dos custos dos produtos energéticos (de 3.4%,
em termos homólogos, em maio para -1.6%, em termos homólogos, em outubro), bem como a
estabilização da inflação dos preços dos serviços. Pelo contrário, a inflação dos preços dos produtos
alimentares e da habitação aumentou ligeiramente ao longo dos últimos cinco meses. A inflação
homóloga medida pelo IPC excluindo produtos alimentares e produtos energéticos permaneceu
globalmente estável nos últimos meses, situando-se em 1.8% em outubro. Em termos prospetivos, a
inflação deverá aumentar de forma gradual, apoiada pela redução lenta da folga no mercado de trabalho,
embora a recente apreciação do dólar dos Estados Unidos e as descidas dos preços do petróleo tenham
um impacto de moderação sobre a inflação no curto prazo.
No contexto de perspetivas económicas geralmente melhores, na reunião de 28-29 de outubro de 2014,
o Comité de Operações de Mercado Aberto do Sistema de Reserva Federal (Federal Open Market
Committee – FOMC) anunciou a decisão de pôr termo ao programa de compra de ativos no final de
outubro. O FOMC reafirmou que, na determinação da duração da manutenção num intervalo entre
0% e 1/4% do objetivo da taxa dos fundos federais, “tomará em consideração um conjunto alargado
de informação, incluindo medidas das condições do mercado de trabalho, indicadores de pressões
inflacionistas e de expetativas de inflação, e dados sobre a evolução financeira”.
JAPÃO
No Japão, a atividade económica ficou aquém do esperado no terceiro trimestre, na sequência da forte
contração no segundo trimestre. De acordo com a primeira estimativa preliminar do Gabinete do
Conselho de Ministros, o PIB real teve uma contração inesperada de 0.4% no terceiro trimestre, após
uma queda de 1.9% no segundo trimestre, associada ao reequilíbrio da atividade após o aumento do
imposto sobre o consumo em 1 de abril de 2014. A contração do produto no terceiro trimestre resultou
principalmente das existências, bem como de uma redução do investimento quer residencial quer
não-residencial. O consumo privado voltou a crescer durante o terceiro trimestre, mas manteve-se
moderado, enquanto as exportações recuperaram, após a fragilidade que tinha prevalecido desde a
segunda metade de 2013. Como as importações também aumentaram, o comércio líquido deu apenas
um contributo menor para o crescimento.
Em termos prospetivos, de acordo com as expetativas, o crescimento deverá registar uma retoma
durante o quarto trimestre. Os dados observados mais recentes sobre a construção de novas habitações
sugerem que o investimento residencial começou a ganhar dinamismo, recuperando parte da queda
observada no terceiro trimestre. A produção industrial expandiu-se 0.2%, em termos mensais em
cadeia, em outubro, de acordo com dados preliminares e o IGC da produção na indústria transformadora
aumentou para 52.7.
14
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Conjuntura
externa da
área do euro
Em termos da evolução dos preços, a inflação medida pelo IPC tem registado uma tendência descendente
desde maio de 2014, atingindo 2.9%, em termos homólogos, em outubro, uma vez que se dissipou o
impacto da anterior depreciação do iene e os preços dos produtos energéticos continuaram a cair.
Embora a queda dos preços dos produtos energéticos deva dar um impulso ao rendimento disponível
no médio prazo, a curto prazo pode atenuar a tendência ascendente dos preços e das expetativas de
inflação que o Japão tem registado desde o lançamento do “Abenomics”. Por último, de acordo com
as estimativas, o IPC excluindo os efeitos diretos do aumento do imposto sobre o consumo situar-se-á
em cerca de 1%, segundo os valores mais recentes do Banco do Japão.
Na última reunião sobre política monetária realizada em 19 de novembro de 2014, o Banco do Japão
optou por deixar inalteradas as principais orientações de política. Tal decorreu da sua decisão de
expandir o seu Programa de Abrandamento Quantitativo e Qualitativo em outubro, acelerando o ritmo
anual de crescimento da base monetária para cerca de JPY 80,000 mil milhões (anteriormente, cerca
de JPY 60,000-70,000 mil milhões). A decisão foi tomada para antecipar riscos em sentido descendente
para os preços, resultantes da fraca procura após o aumento do imposto sobre o consumo e da queda
significativa dos preços do petróleo.
REINO UNIDO
No Reino Unido, o ritmo da atividade económica manteve-se robusto nos três primeiros trimestres de
2014. O crescimento foi impulsionado pela forte procura interna, em particular o consumo privado e
o investimento em habitação, por sua vez apoiado por uma descida da incerteza macroeconómica e
condições de crédito relativamente menos restritivas. O mercado de trabalho continuou a fortalecer-se
e a taxa de desemprego desceu para um mínimo de 6.0%, que não era registado há cinco anos, nos três
meses até setembro, face a mais de 7% um ano antes. Numa análise prospetiva, os dados com elevada
frequência e os inquéritos de expetativas sugerem que o crescimento económico permanecerá robusto
no curto prazo, muito embora o ritmo de expansão se possa moderar ligeiramente, em comparação com
os três primeiros trimestres de 2014. A médio prazo, a necessidade de ajustamentos dos balanços nos
setores privado e público continuará a pesar sobre a atividade económica.
A inflação manteve-se abaixo do objetivo do Bank of England de 2% ao longo de 2014. A inflação
homóloga medida pelo IPC aumentou marginalmente para 1.3% em outubro, sobretudo em virtude dos
efeitos de base positivos dos preços dos transportes. A inflação dos preços no consumidor, excluindo
produtos alimentares e produtos energéticos, manteve-se em torno de 1.5% em outubro. Em termos
globais, as pressões inflacionistas deverão manter-se moderadas e espera-se que a taxa de inflação
registe uma nova descida no curto prazo, refletindo quedas nos preços dos produtos energéticos e das
importações.
Na reunião de 4 de dezembro de 2014, o Comité de Política Monetária do Bank of England manteve
a taxa diretora em 0.5% e a dimensão do seu programa de aquisições de ativos em GBP 375 mil
milhões.
OUTRAS ECONOMIAS EUROPEIAS
Na Suécia, o PIB real aumentou 0.3% em termos trimestrais em cadeia, no terceiro trimestre de 2014,
face a 0.5% no trimestre anterior. Na Dinamarca, a atividade económica acelerou de 0.1% em termos
trimestrais em cadeia no segundo trimestre de 2014 para 0.5% no terceiro trimestre. Em ambos os
países, a atividade económica foi principalmente apoiada pela procura interna. Em termos prospetivos,
o crescimento do PIB real deverá ganhar dinamismo nos dois países. Analisando a evolução dos preços,
a inflação medida pelo IHPC manteve-se globalmente moderada ao longo dos últimos meses, situando-se em 0.3% em outubro, tanto na Dinamarca como na Suécia. Na Suíça, a atividade perdeu algum
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
15
do seu dinamismo desde o início de 2014, devido à procura interna mais fraca e a exportações
moderadas, enquanto a inflação se manteve em torno de zero. Numa análise prospetiva, espera-se que
o PIB cresça apenas modestamente, num contexto de abrandamento do consumo privado, do aumento
gradual do investimento e do enfraquecimento das condições da procura externa. Porém, o crescente
rendimento disponível, as baixas taxas de juro e a imigração deverão continuar a apoiar as perspetivas
de crescimento a médio prazo.
Nos maiores Estados-Membros da UE da Europa Central e de Leste, a atividade económica continuou
a expandir-se a diferentes ritmos no terceiro trimestre de 2014, após um crescimento robusto global
no primeiro semestre do ano. O crescimento no terceiro trimestre foi particularmente forte na Roménia,
onde o PIB real se expandiu a uma taxa trimestral de 1.9%, após uma contração de 0.3% no segundo
trimestre. A atividade económica permaneceu vigorosa também na Polónia, onde a taxa de variação
trimestral do PIB real acelerou para 0.9% no terceiro trimestre, face a 0.7% no segundo trimestre.
O crescimento do PIB real na República Checa acelerou também para uma taxa trimestral de 0.4%
no terceiro trimestre, face a 0.2% no segundo. Na Hungria, por seu lado, o crescimento do PIB real
continuou a desacelerar, abrandando para 0.5% no terceiro trimestre, depois de atingir 0.8% no trimestre
anterior. Em termos prospetivos, a atividade económica na Europa Central e de Leste deverá manter-se relativamente robusta, apoiada pelo fortalecimento gradual da procura interna. Pelo contrário,
prevê-se que a atividade de exportação registe um enfraquecimento, refletindo a menor procura por
parte dos principais parceiros comerciais da região e perturbações no comércio devido às tensões
geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia. A inflação homóloga medida pelo IHPC na região da Europa
Central e de Leste permanece em geral moderada. Embora tenha acelerado ligeiramente nos últimos
meses na República Checa e na Roménia, mantém-se próximo dos seus mínimos históricos – em torno
de zero – na Polónia e na Hungria. Esta evolução reflete uma queda nos preços dos produtos alimentares
e energéticos, traduzindo principalmente desenvolvimentos a nível mundial e pressões relativamente
moderadas dos custos internos.
Na Turquia, após um crescimento robusto ao longo do último ano, a atividade económica registou
uma contração de 0.5% em termos trimestrais no segundo trimestre de 2014, impulsionada por um
enfraquecimento generalizado a todas as componentes. Até ao final do ano, indicadores avançados e
de elevada frequência apontam para um ritmo de crescimento moderado. Do lado positivo, o dinamismo
da produção industrial e das vendas a retalho melhorou recentemente, à medida que o relaxamento
da orientação da política monetária desde maio se reflete na economia. Do lado negativo, as condições
financeiras externas deterioraram-se, enquanto a procura externa enfraqueceu, refletindo um crescimento
moderado na UE, um agravamento das tensões no Iraque e uma procura mais fraca da Rússia. Além
disso, a inflação continuou elevada, enfraquecendo assim o poder de compra das famílias.
Na Rússia, o crescimento económico manteve-se anémico em 2014. O PIB real cresceu apenas 0.2%
em termos trimestrais em cadeia no segundo trimestre de 2014, impulsionado por uma descida notória
do consumo privado. A escalada do conflito com a Ucrânia, que levou a uma maior restritividade das
condições financeiras, restrições de financiamento e ao comércio, aceleração das pressões inflacionistas
e maior incerteza, afetou o crescimento na segunda metade do ano. A recente queda dos preços do
petróleo contribui com novas pressões sobre a economia, que se encontra já restringida por substancial
rigidez estrutural, com implicações potencialmente negativas para o investimento em projetos
relacionados com o setor da energia. A inflação de preços no consumidor continuou a aumentar,
atingindo 8.3% em termos homólogos em outubro, situando-se consideravelmente acima do objetivo
do banco central de 4% (com um intervalo de tolerância de ±1.5 pontos percentuais). Esta evolução
refletiu a acentuada depreciação do rublo e a subida dos preços dos produtos alimentares, levando o
16
BCE
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Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Conjuntura
externa da
área do euro
banco central a aumentar de novo a restritividade da orientação de política monetária através de uma
série de subidas da principal taxa de juro ao longo do ano, até 9.5% em novembro de 2014 (+400
pontos base desde o início do ano).
ECONOMIAS EMERGENTES DA ÁSIA
A diminuição gradual do crescimento do PIB na China registada desde o final de 2013 prosseguiu no
terceiro trimestre. O consumo e o comércio foram os principais impulsionadores do crescimento,
enquanto o contributo do investimento enfraqueceu, refletindo principalmente um abrandamento do
investimento na habitação e uma moderação do crescimento do crédito. O mercado da habitação na
China, embora registe ainda uma deterioração, mostra sinais preliminares de estabilização. O ritmo
de descida quer da atividade no mercado da habitação quer dos preços diminuiu no início do quarto
trimestre, após a promulgação de várias medidas acomodatícias pelas autoridades centrais e locais
nos últimos meses, tais como uma redução das restrições em termos de reservas mínimas obrigatórias
e aquisições. Além disso, a urbanização em curso e o forte crescimento do rendimento continuam a
prestar apoio.
As pressões sobre os preços ao nível do conjunto da economia encontram-se numa trajetória descendente,
oscilando próximo dos mínimos históricos de dois anos e meio, e refletem a fraca procura e o excesso
de capacidade das indústrias pesadas. Em particular, a inflação medida pelo IPP situa-se em território
negativo desde há 32 meses, o período mais longo desde 1997. Em linha com a baixa inflação, o banco
central da China reduziu as suas taxas de referência activas e passivas em 21 de novembro de 2014,
pela primeira vez desde julho de 2012. Acompanhando o objetivo das autoridades de limitar o aumento
da alavancagem ao nível de toda a economia, os fluxos de crédito continuaram a registar uma moderação,
devido em particular a uma supervisão mais rigorosa da atividade bancária paralela. Refletindo
possivelmente este aumento da dívida, o crédito mal parado tem aumentado de forma constante desde
2012, disparando no terceiro trimestre do presente ano. Cerca de 1% do crédito mal parado, porém,
atinge ainda níveis extremamente baixos em termos históricos.
No que se refere a outras economias emergentes da Ásia, a recuperação económica continua a ser
gradual, após um período de crescimento moderado, uma vez que o abrandamento da economia chinesa
nos últimos meses afetou particularmente vários países na região orientados para a exportação.
Na Índia, a confiança mantém-se elevada desde a eleição do novo governo e os mercados bolsistas
continuam a crescer. O sentimento económico favorável está em linha com o crescimento do PIB de
6% em termos homólogos (a preços de mercado) no terceiro trimestre de 2014. Na qualidade de grande
importador líquido de matérias-primas, a Índia beneficia das quedas nos preços das matérias-primas,
enquanto as exportações impulsionadas pelos serviços são menos afetadas pelo atual enfraquecimento
da procura mundial de bens transformados. A inflação tem também diminuído acentuadamente ao
longo do ano, em resultado de uma queda dos preços dos produtos alimentares e energéticos e de uma
política orçamental e monetária restritiva.
Na Indonésia, a melhoria do sentimento económico relacionada com a eleição do novo presidente não
teve ainda reflexo num melhor desempenho económico, e o crescimento do PIB manteve-se fraco no
terceiro trimestre de 2014, em 1.2% em termos trimestrais em cadeia, devido principalmente a condições
de procura externa pouco dinâmica. Após uma acentuada descida nos oito primeiros meses do ano, a
inflação acelerou, no contexto do recente corte nos subsídios aos combustíveis pelo novo governo.
Em resposta ao aumento dos preços dos combustíveis, o banco central da Indonésia decidiu aumentar
a sua taxa diretora em 25 pontos base para 7.75%. Na Coreia do Sul, o crescimento do PIB melhorou
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
17
ligeiramente no terceiro trimestre de 2014 (0.9% em termos trimestrais em cadeia), uma vez que o
consumo beneficiou de medidas de estímulo monetário e orçamental. Porém, a procura moderada da
China, juntamente com um iene japonês fraco, tiveram um impacto sobre as exportações coreanas,
que se contraíram no terceiro trimestre, gerando incerteza quanto à recuperação impulsionada pelas
exportações na Coreia. Uma vez que a inflação de preços no consumidor se mantém baixa, o banco
central da Coreia decidiu reduzir de novo as taxas de juro em 25 pontos base em outubro.
AMÉRICA LATINA
O abrandamento do crescimento na América Latina prosseguiu na segunda metade do ano, enquanto
as tendências divergentes na região se tornaram mais pronunciadas. Esta evolução reflete principalmente
um substancial enfraquecimento interno, parcialmente associado aos preços das matérias-primas mais
baixos e aos custos de produção mais elevados, mas também a desequilíbrios consideráveis em algumas
economias importantes.
O Brasil enfrenta um quadro de baixo crescimento e elevada inflação. Após dois trimestres de
crescimento negativo, o PIB real expandiu-se apenas 0.1% em termos trimestrais em cadeia no terceiro
trimestre de 2014, apoiado pelo consumo e investimento públicos, enquanto o consumo privado
continuou a deteriorar-se. A orientação da política monetária substancialmente mais restritiva, a menor
procura externa, a fraca confiança e as incertezas de política afetaram o crescimento. Ao mesmo tempo,
as pressões inflacionistas intensificaram-se nos últimos meses, excedendo o limite superior de 6.5%
do objetivo de inflação, impulsionadas em larga medida por uma depreciação da taxa de câmbio.
Juntamente com as expetativas de elevada inflação, isso levou o banco central a aumentar de novo a
taxa de juro da política monetária para 11.25% em outubro (+25 pontos base).
A Argentina encontra-se atualmente numa face recessiva. De acordo com o indicador mensal de
atividade económica, o produto real desceu -0.2% em termos homólogos em setembro de 2014.
Significativos desequilíbrios internos, inflação elevada e uma posição orçamental fraca estão a prejudicar
o crescimento. A menor procura por parte do Brasil, um dos principais parceiros comerciais da
Argentina, e a maior incerteza após o incumprimento técnico, no final de outubro, no que respeita às
suas obrigações estrangeiras, colocaram um ónus adicional sobre a economia.
Pelo contrário, no México, a atividade está a recuperar de um acentuado abrandamento em 2013,
beneficiando simultaneamente de uma procura mais forte dos EUA, de uma política orçamental
expansionista e de taxas de juro baixas. O crescimento do PIB situou-se em 0.5% em termos trimestrais
em cadeia no terceiro trimestre, o que compara com 1% no trimestre anterior. A perda de dinamismo
esteve principalmente associada a um enfraquecimento nos sectores da indústria e dos serviços,
enquanto a produção agrícola melhorou. Contudo, o governo está a intensificar esforços no sentido
de implementar o pacote de medidas estruturais substanciais introduzido em 2013, que se destinam a
estimular o crescimento nos próximos anos. A inflação homóloga dos preços no consumidor recuperou
nos últimos meses, atingindo 4.3% em outubro de 2014, principalmente impulsionada pelos preços
dos produtos agrícolas e energéticos.
1.4 TAXAS DE CÂMBIO
Entre o início de setembro e 3 de dezembro de 2014, o euro registou uma depreciação face às moedas
da maior parte dos principais parceiros comerciais da área do euro. Os movimentos cambiais estiveram
amplamente associados à evolução das expetativas quanto à política monetária futura, bem como a
18
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Conjuntura
externa da
área do euro
ajustamentos nas expetativas de mercado quanto
às perspetivas económicas na área do euro face a
outras grandes economias. Em 3 de dezembro de
2014, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro,
medida face às moedas de 20 dos principais
parceiros comerciais da área do euro, situava-se
1.8% abaixo do seu nível no início de setembro e
3.9% abaixo do seu nível um ano antes (ver
Gráfico 5 e Quadro 3).
Gráfico 5 Taxas de câmbio efetivas
nominais do euro, do dólar dos Estados
Unidos e do iene do Japão
(dados diários; índice: T1 1999 = 100)
euro
dólar dos Estados Unidos
iene do Japão
140
140
130
130
120
120
Contudo, o movimento geral descendente da taxa
de câmbio efetiva do euro ao longo do período em
110
110
análise oculta alguns padrões divergentes da taxa
de câmbio bilateral do euro face às moedas não
100
100
pertencentes à UE. Em termos bilaterais, desde o
início de setembro, o euro enfraqueceu face ao
90
90
dólar dos Estados Unidos (6.1%) e, em muito menor
dimensão, face à libra esterlina. Pelo contrário,
80
80
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
apreciou-se consideravelmente face ao iene do
Japão (7.5%), após o anúncio da expansão do
Fonte: BCE.
Notas: A taxa de câmbio efetiva nominal do euro é calculada face
programa de abrandamento monetário quantitativo
às moedas de 20 dos mais importantes parceiros comerciais da
área do euro. As taxas de câmbio efetivas nominais do dólar dos
e qualitativo (quantitative and qualitative monetary
Estados Unidos e do iene do Japão são calculadas face às moedas
easing programme) pelo banco central do Japão
de 39 dos mais importantes parceiros comerciais dos Estados
Unidos e do Japão.
no final de outubro. Durante aquele período, o euro
registou também uma apreciação face à maioria
das moedas dos países exportadores de matérias-primas e a várias moedas das economias de mercado
emergentes da Ásia, com a assinalável exceção do renminbi da China, face ao qual registou uma
depreciação de 6.1%. Entretanto, desde o início de setembro, o euro fortaleceu-se 33.5% face ao rublo
da Rússia.
Quadro 3 Evolução da taxa de câmbio do euro
(dados diários; unidades monetárias por euro; variações em percentagem)
Peso na taxa de
câmbio efetiva do
euro (TCE-20)
TCE-20
Renminbi da China
Dólar dos Estados Unidos
Libra esterlina
Iene do Japão
Franco suíço
Zlóti da Polónia
Coroa checa
Coroa sueca
Won sul-coreano
Forint da Hungria
Coroa dinamarquesa
Novo leu da Roménia
Kuna da Croácia
18.7
16.8
14.8
7.2
6.4
6.2
5.0
4.7
3.9
3.2
2.6
2.0
0.6
Variação da taxa de câmbio do euro
em 3 de dezembro de 2014 face a
1 de setembro de 2014
3 de dezembro de 2013
-1.8
-6.1
-6.1
-0.5
7.5
-0.3
-1.2
-0.4
0.9
3.3
-2.4
-0.1
0.7
0.8
-3.9
-8.4
-9.2
-4.9
5.7
-2.1
-1.0
0.6
4.6
-4.6
1.3
-0.2
-0.8
0.5
Fonte: BCE.
Nota: A taxa de câmbio efetiva nominal é calculada face às moedas de 20 dos parceiros comerciais mais importantes da área do euro.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
19
No que se refere às moedas dos outros Estados-Membros da UE, a taxa de câmbio do euro
registou um fortalecimento ao longo dos últimos
três meses face à coroa sueca (0.9%), à kuna da
Croácia (0.8%) e ao leu da Roménia (0.7%), mas
enfraqueceu face ao forint da Hungria (2.4%) e
ao zloty da Polónia (1.2%). O litas da Lituânia e
a coroa dinamarquesa, que participam no MTC II,
mantiveram-se globalmente estáveis face ao euro,
sendo transacionados às respetivas taxas centrais
ou próximo destas.
No que respeita aos indicadores de competitividade
internacional de preços e custos da área do euro,
em novembro de 2014, a taxa de câmbio efetiva
real do euro, com base nos preços no consumidor,
situava -se 4.0% abaixo do seu nível um ano
antes (ver Gráfico 6). Esta descida reflete quer a
depreciação da taxa de câmbio efetiva nominal,
quer a inflação dos preços no consumidor
ligeiramente mais baixa na área do euro face aos
seus principais parceiros comerciais.
20
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
Gráfico 6 Taxas de câmbio efetivas reais
do euro
(dados mensais/trimestrais; índice: T1 1999 = 100)
deflacionada pelo IPC
deflacionada pelos CUTCE
deflacionada pelo PIB
deflacionada pelo IPP
115
115
110
110
105
105
100
100
95
95
90
90
85
85
80
80
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
Fonte: BCE.
Notas: As taxas de câmbio efetivas reais do euro são calculadas
face às moedas de 20 dos mais importantes parceiros comerciais da
área do euro. As séries são deflacionadas pelo Índice de Preços no
Consumidor (IPC), pelos custos unitários do trabalho no conjunto
da economia (CUTCE), pelo deflator do Produto Interno Bruto
(PIB) e pelo Índice de Preços no Produtor (IPP), respetivamente.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
2 EVOLUÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA
2.1 MOEDA E CRÉDITO DE IFM
A informação disponível para o terceiro trimestre e outubro de 2014 confirma a continuação de um
crescimento da moeda e de uma dinâmica do crédito moderados num contexto caraterizado por
inflação baixa. Ao mesmo tempo, o crescimento do M3 recuperou ligeiramente, após o nível mínimo
observado em abril. Além disso, confirmaram-se os sinais de um ponto de viragem na dinâmica dos
empréstimos no segundo trimestre (particularmente no que diz respeito aos empréstimos a sociedades
não financeiras). Neste contexto, a diminuição da incerteza no seguimento da conclusão da avaliação
completa do BCE e as mais recentes medidas de política monetária deverão apoiar os incentivos dos
bancos para conceder empréstimos, bem como a transmissão de condições favoráveis de financiamento
bancário às condições de concessão de crédito. No que respeita às outras contrapartidas do M3, a
criação de moeda na área do euro foi apoiada no terceiro trimestre e em outubro por uma nova
descida das responsabilidades financeiras a mais longo prazo e uma redução do impacto moderador
da contração do crédito. A acumulação pelas IFM de disponibilidades líquidas sobre o exterior
continuou a ser a principal fonte de criação de moeda na área do euro em termos anuais, embora o
ritmo dessa acumulação tenha diminuído. As contrações nos principais ativos das IFM voltaram a
fortalecer-se em outubro, motivadas sobretudo por contrações mais fortes em países que não se
encontram sob pressão.
A taxa de crescimento homóloga do M3 continuou a recuperar, situando-se em 2.5% em outubro, o
que compara com 2.0% no terceiro trimestre e 1.1% no segundo trimestre (ver Gráfico 7 e Quadro 4).
A evolução do crescimento homólogo do M3 refletiu a continuação da preferência dos detentores de
moeda por liquidez monetária, na presença de taxas de juro muito baixas. Os níveis bastante baixos de
remuneração dos ativos monetários mostraram que os detentores de moeda continuaram a preferir os
depósitos à ordem a outros depósitos contidos no M3, apoiando o crescimento anual robusto observado
no M1. Ao mesmo tempo, considerações relativas
ao risco e rendimento podem ter levado os
Gráfico 7 Crescimento do M3
investidores, na procura de rendibilidade, a mudar
parte dos seus ativos monetários para instrumentos
menos líquidos fora do M3 com níveis mais
(variações em percentagem; dados corrigidos de efeitos de
sazonalidade e de calendário)
elevados de remuneração, tais como fundos de
M3 (taxa de crescimento homóloga)
investimento.
Os empréstimos às administrações públicas
voltaram a descer no terceiro trimestre, mas a uma
taxa mais lenta. De igual modo, os empréstimos
ao setor privado não financeiro continuaram a
apresentar uma dinâmica moderada tanto no
terceiro trimestre como em outubro, mas a sua taxa
de contração voltou a descer. Isto dá um maior
suporte à avaliação de que a dinâmica dos
empréstimos atingiu um ponto de viragem no
segundo trimestre, particularmente nos empréstimos
às sociedades não financeiras. Esta inflexão seria
consistente com o histórico relacionamento de
avanço e atraso entre os empréstimos setoriais de
IFM e o ciclo económico. Além disso, é de esperar
que o crédito ao setor privado beneficiasse da
redução da incerteza após a conclusão da recente
M3 (média móvel de 3 meses centrada da taxa
de crescimento homóloga)
M3 (taxa de crescimento a 6 meses anualizada)
14
14
12
12
10
10
8
8
6
6
4
4
2
2
0
0
-2
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
-2
Fonte: BCE.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
21
Quadro 4 Quadro síntese de variáveis monetárias
(os valores trimestrais são médias; dados corrigidos de efeitos de sazonalidade e de calendário)
Saldos em
percentagem do
M3 1)
M1
Circulação monetária
Depósitos à ordem
M2 - M1 (= outros depósitos de curto prazo)
Depósitos com prazo acordado até 2 anos
Depósitos reembolsáveis com pré-aviso até 3 meses
M2
M3 - M2 (= instrumentos negociáveis)
M3
Crédito a residentes na área do euro
Crédito às administrações públicas
Empréstimos às administrações públicas
Crédito ao setor privado
Empréstimos ao setor privado
Empréstimos ao setor privado corrigidos de vendas
e titularização 2)
Responsabilidades financeiras a mais longo prazo
(excluindo capital e reservas)
56.7
9.4
47.3
37.1
16.0
21.0
93.8
6.2
100.0
Taxas de crescimento homólogas
2013
T4
2014
T1
2014
T2
2014
T3
2014
Set.
2014
Out.
6.4
4.1
6.9
-1.2
-6.3
3.3
3.1
-17.1
1.5
6.0
6.0
6.0
-2.4
-6.8
1.4
2.4
-13.1
1.2
5.3
5.6
5.2
-2.1
-5.4
0.7
2.1
-12.4
1.1
5.8
5.7
5.8
-1.7
-4.3
0.3
2.6
-6.8
2.0
6.2
6.0
6.2
-1.6
-3.9
0.3
3.0
-4.4
2.5
6.2
5.6
6.3
-2.1
-4.9
0.2
2.7
-1.0
2.5
-1.2
0.1
-6.7
-1.6
-2.2
-1.9
-0.2
-4.0
-2.3
-2.3
-2.3
-1.3
-2.6
-2.5
-1.9
-1.9
-1.5
-1.0
-2.0
-1.5
-1.6
-0.5
-0.7
-1.9
-1.2
-1.3
-0.1
-1.3
-1.7
-1.1
-1.8
-2.0
-1.5
-0.9
-0.6
-0.5
-3.6
-3.4
-3.4
-3.4
-3.7
-4.8
Fonte: BCE.
1) No final do último mês disponível. Os valores podem não corresponder à soma das parcelas devido a arredondamentos.
2) Corrigidos do desreconhecimento de empréstimos no balanço estatístico das IFM devido à sua venda ou titularização.
avaliação completa do BCE bem como a implementação das medidas de política monetária não
convencionais anunciadas em junho e setembro. Estas últimas incluem, em particular, operações de
refinanciamento de prazo alargado direcionadas (ORPA direcionadas), o programa de aquisição de
instrumentos de dívida titularizados e o terceiro programa de compra de obrigações hipotecárias. Estas
medidas têm como objetivo melhorar as condições de financiamento dos bancos e a sua capacidade
para conceder crédito, mas irão necessitar de um certo tempo para se repercutirem nos volumes de
crédito. De igual modo, o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito de outubro de 2014 dá mais
indicações de uma viragem na dinâmica dos empréstimos, com os bancos a reportar melhorias graduais
das condições de crédito para as empresas e famílias da área do euro, bem como uma recuperação da
procura de empréstimos.
A acumulação pelas IFM de disponibilidades líquidas sobre o exterior continuou a ser a principal fonte
de criação de moeda na área do euro no terceiro trimestre e em outubro, embora o ritmo dessa acumulação
tenha diminuído. Nos 12 meses até outubro, as disponibilidades líquidas sobre o exterior do setor das
IFM da área do euro registaram um aumento de €306 mil milhões, face a um pico de €413 mil milhões
nos 12 meses até julho. A redução das responsabilidades financeiras a mais longo prazo (excluindo
capital e reservas) também continuou a apoiar a criação de moeda no terceiro trimestre e fortaleceu-se
de novo em outubro. Em contraste, os bancos continuaram a aumentar o respetivo capital no terceiro
trimestre e em outubro, o que conduziu a novas entradas de capital e reservas.
As contrações das principais disponibilidades das IFM voltaram a intensificar -se em outubro.
Especificamente, as principais disponibilidades das IFM diminuíram €119 mil milhões no período de
três meses até outubro, face a uma diminuição de €21 mil milhões nos três meses anteriores. Esta
contração mais forte foi motivada sobretudo por maiores descidas nos países que não se encontram sob
pressão. Analisando os vários tipos de disponibilidades, a contração das principais disponibilidades
refletiu sobretudo uma diminuição considerável do crédito interbancário e uma redução do crédito
22
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
bancário ao setor privado, o que foi parcialmente
compensado por aumentos do crédito às
administrações públicas.
Gráfico 8 Principais componentes do M3
(taxas de variação homólogas (%); dados corrigidos de efeitos de
sazonalidade e de calendário)
No seu conjunto, a evolução monetária no período
até outubro confirmou a fragilidade global da
dinâmica monetária e de crédito num contexto
caraterizado por inflação baixa, tendo havido sinais
de um ponto de viragem desde o segundo trimestre
de 2014.
M1
outros depósitos de curto prazo
instrumentos negociáveis
25
25
20
20
15
15
10
10
PRINCIPAIS COMPONENTES DO M3
5
5
O crescimento homólogo do M3 no terceiro
0
0
trimestre e em outubro continuou a ser motivado
sobretudo pela evolução do M1. Os níveis de
-5
-5
remuneração muito reduzidos dos ativos monetários
-10
-10
continuaram a mostrar uma preferência dos
-15
-15
detentores de moeda por depósitos à ordem ao
-20
-20
invés de outros depósitos contidos no M3.
2004
2006
2008
2010
2012
2014
A mudança em curso para depósitos à ordem sugere
Fonte: BCE.
que a evidência pontual das taxas negativas
cobradas aos grandes depósitos de empresas ainda
não levou os clientes a movimentar montantes significativos de fundos para depósitos a prazos muito
curtos. Por conseguinte, o agregado monetário estreito (M1) foi a única componente a dar um contributo
positivo para o crescimento homólogo do M3 (ver Gráfico 8). O contributo negativo dos outros depósitos
de curto prazo (ou seja, M2 menos M1) estabilizou no terceiro trimestre, antes de se tornar mais negativo
em outubro. Em contraste, o contributo negativo dos instrumentos negociáveis (i.e. M3 menos M2)
continuou a moderar-se.
Analisando as componentes individuais do M3, a taxa de crescimento homóloga do M1 registou um
novo aumento numa base trimestral, situando-se em 5.8% no terceiro trimestre e 6.2% em outubro,
face a 5.3% no segundo trimestre (ver Quadro 4). Isto refletiu um aumento dos depósitos à ordem, que
no terceiro trimestre se ficou a dever sobretudo aos depósitos de famílias (e, em menor grau, de
sociedades não financeiras). Em outubro, os intermediários financeiros não monetários, à exceção das
sociedades de seguros e fundos de pensões (ou seja, OIF) também contribuíram para essas entradas.
Entretanto, a taxa de crescimento homóloga da moeda em circulação manteve-se globalmente estável
em 5.7% no terceiro trimestre, face a 5.6% no segundo trimestre e situando-se em 5.6% em outubro.
O crescimento dos outros depósitos de curto prazo enfraqueceu, com taxas de crescimento homólogas
negativas de -1.7% e -2.1% registadas no terceiro trimestre e em outubro, respetivamente, enquanto a
taxa de crescimento homóloga dos instrumentos negociáveis continuou a tornar-se menos negativa,
subindo de -12.4% no segundo trimestre para -6.8% no terceiro trimestre e -1.0% em outubro.
No que respeita aos outros depósitos de curto prazo, as saídas de depósitos de curto prazo (ou seja,
depósitos com prazo acordado até 2 anos) aumentaram de novo em outubro, com a taxa de crescimento
homóloga desses depósitos a situar-se em -4.9% (face a -4.3% no terceiro trimestre e -5.4% no segundo).
A taxa de crescimento homóloga dos depósitos de poupança de curto prazo (ou seja, depósitos com
pré-aviso até 3 meses) registou uma nova descida, situando-se em 0.2% em outubro e 0.3% no terceiro
trimestre (face a 0.7% no segundo trimestre). Estes desenvolvimentos globais continuaram a ser
amplamente motivados pelos rendimentos excecionalmente baixos relativamente a outras formas de
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
23
investimento com prazos mais longos, embora os
níveis de remuneração muito reduzidos dos ativos
monetários tenham mostrado uma preferência dos
detentores de moeda por depósitos à ordem ao
invés de outros depósitos contidos no M3
(particularmente em outubro).
Gráfico 9 Depósitos de curto prazo e
acordos de reporte
(taxas de variação homólogas (%); dados corrigidos de efeitos de
sazonalidade e de calendário)
sociedades não financeiras
famílias
intermediários financeiros
total
No que respeita à evolução dos instrumentos
35
35
negociáveis, a taxa de variação homóloga dos
30
30
acordos de recompra situou-se em 4.6% no terceiro
25
25
trimestre, o que compara com -5.8% no segundo
20
20
trimestre, antes de aumentar novamente, para
15
15
10.2% em outubro. A taxa de variação homóloga
10
10
das ações/unidades de participação em fundos do
5
5
mercado monetário também aumentou de forma
acentuada, situando -se em -4.8% no terceiro
0
0
trimestre, face a -9.2% no segundo trimestre, antes
-5
-5
de se tornar positiva, situando-se em 1.0% em
-10
-10
2004
2006
2008
2010
2012
2014
outubro. Pelo contrário, a taxa de variação homóloga
das detenções por parte do setor detentor de moeda
Fonte: BCE.
Nota: Setor das IFM excluindo o Eurosistema.
de títulos de dívida de curto prazo das IFM (ou
seja, títulos de dívida com prazo original até 2
anos) manteve-se fortemente negativa, situando-se em -26.6% no terceiro trimestre e -21.8% em outubro,
face a -30.7% no segundo trimestre. Considerações relativas ao risco e rendimento e maiores preferências
por liquidez deverão ter levado os investidores a reduzir a respetiva reafetação de fundos do M3 para
ativos com níveis mais elevados de remuneração. Não obstante, os níveis de remuneração dos instrumentos
negociáveis incluídos no M3 ainda permanecem baixos, sugerindo que a procura de rendibilidade por
parte dos investidores continua a ser um fator impulsionador importante, embora menos do que em
trimestres anteriores. Ao mesmo tempo, os incentivos regulamentares no contexto de Basileia III
continuam a encorajar os bancos a aumentar o financiamento baseado nos depósitos, contribuindo para
uma fraca emissão de títulos de dívida das IFM. Da mesma forma, os fundos de prazo alargado obtidos
através da ORPA direcionada de setembro terão sido utilizados, em parte, para substituir estas fontes
de financiamento bancário.
A taxa de crescimento homóloga do total dos depósitos do M3 – que incluem depósitos de curto prazo
e acordos de reporte – subiu para 2.3% no terceiro trimestre, face a 1.7% no segundo trimestre, antes
de aumentar novamente para 2.5% em outubro (ver Gráfico 9). As famílias continuaram a dar o maior
contributo para aquela taxa de crescimento, embora a taxa de crescimento homóloga dos depósitos do
M3 detidos pelas famílias tenha permanecido moderada face aos padrões históricos (situando-se em
2.1% em outubro). Em contraste, a taxa de crescimento homóloga dos depósitos do M3 detidos por
sociedades não financeiras desceu para 4.8% em outubro, face a 5.9% no segundo e terceiro trimestres
(embora permanecendo a um nível elevado). Quer as famílias quer as sociedades não financeiras
continuaram a reafetar fundos nos depósitos do M3, movimentando-os para depósitos à ordem – a
componente mais líquida dos depósitos do M3. Tal refletiu provavelmente tanto uma preferência geral
por maior liquidez num contexto de baixas taxas de juro e potencial incerteza por parte das empresas
relativamente ao seu acesso a financiamento (em particular devido a requisitos regulamentares no
contexto de Basileia III relativos a linhas de crédito). Em outubro, pelo contrário, a qualidade do
aumento mensal nos depósitos do M3 foi diferente da observada em meses anteriores, uma vez que
teve origem sobretudo em aumentos dos depósitos detidos por intermediários financeiros não monetários,
24
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
enquanto a evolução dos depósitos do M3 das famílias e sociedades não financeiras refletiram
principalmente reafetações no M3 sob a forma de mudanças para componentes mais líquidas.
PRINCIPAIS CONTRAPARTIDAS DO M3
No que respeita às contrapartidas do M3, as saídas mais robustas observadas nas responsabilidades
financeiras a mais longo prazo contribuíram para o crescimento do M3 no terceiro trimestre e em
outubro, tal como a redução do impacto moderador das contrações do crédito. Paralelamente, o apoio
dado ao crescimento do agregado monetário largo por fontes externas de criação de moeda diminuiu
no período em análise.
A taxa de variação homóloga do crédito das IFM às administrações públicas continuou a descer no
terceiro trimestre (situando-se em -1.5%, face a -1.3% no segundo trimestre), mas depois recuperou,
situando-se em -0.1% em outubro (ver Quadro 4).
Entretanto, a taxa de crescimento homóloga do crédito de IFM ao setor privado continuou a recuperar
de forma gradual, situando-se em -1.7% em outubro, face a -2.0% no terceiro trimestre e -2.5% no
segundo trimestre. Analisando as suas componentes, a taxa de variação homóloga dos títulos exceto
ações permaneceu fortemente negativa, situando-se em -8.0% em outubro, face a -7.8% no terceiro
trimestre e -8.1% no segundo trimestre. A taxa de crescimento homóloga de ações e outras participações
aumentou para 2.5% em outubro, face a 2.1% no terceiro trimestre e 0.1% no segundo trimestre. Quando
corrigida de vendas e titularização de empréstimos, a taxa de variação homóloga dos empréstimos ao
setor privado aumentou para -0.5% em outubro, o que compara com -0.9% no terceiro trimestre e -1.5%
no segundo. Numa perspetiva setorial, a taxa de crescimento homóloga dos empréstimos às famílias
voltou a aumentar ligeiramente no terceiro trimestre e em outubro, permanecendo assim moderadamente
positiva, enquanto as taxas de crescimento homólogas dos empréstimos a sociedades não financeiras
e dos empréstimos a intermediários financeiros não monetários se mantiveram em terreno negativo
(embora também tenham aumentado). A evolução nos três setores foi generalizada aos países da área
do euro.
A taxa de crescimento homóloga dos empréstimos de IFM às famílias (corrigida da venda e titularização
de empréstimos) manteve-se globalmente estável nos últimos trimestres (embora tenha aumentado
marginalmente), situando-se em 0.6% em outubro, em comparação com 0.5% no terceiro trimestre e
0.4% no segundo. O total dos fluxos para o crédito ao consumo e outros empréstimos às famílias
permaneceu globalmente inalterado no terceiro trimestre e em outubro. Em contraste, o crédito para
aquisição de habitação deu um contributo positivo no terceiro trimestre e em outubro. Tal é consistente
com as indicações do inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito e a evolução dos preços da
habitação, que sugerem um reforço gradual do mercado dos empréstimos à habitação.
A taxa de variação homóloga dos empréstimos de IFM às sociedades não financeiras (corrigida de
vendas e titularização de empréstimos) voltou a recuperar (embora permanecendo em terreno negativo),
situando-se em -1.6% em outubro, o que compara com -2.1% no terceiro trimestre e -2.7% no segundo.
Tal refletiu um novo aumento do contributo dos empréstimos com prazos curtos. De uma perspetiva a
mais longo prazo, a evolução observada nos empréstimos às sociedades não financeiras em outubro é
consistente com a avaliação de que houve um ponto de viragem no dinamismo anual destes empréstimos
no segundo trimestre de 2014, ao mesmo tempo mostrando uma estabilização dos fluxos mensais em
valores reduzidos mas negativos (particularmente nos países sob pressão).
De um modo mais geral, fatores de oferta e de procura continuam a pesar sobre os empréstimos bancários
da área do euro, embora com uma heterogeneidade significativa entre países. A fragmentação dos
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
25
Gráfico 10 M3 e responsabilidades
financeiras a mais longo prazo das IFM
Gráfico 11 Contrapartidas do M3
(taxas de variação homólogas (%); dados corrigidos de efeitos
de sazonalidade e de calendário)
(fluxos anuais; EUR mil milhões; dados corrigidos de efeitos de
sazonalidade e de calendário)
M3
responsabilidades financeiras a mais longo prazo
(excluindo capital e reservas)
crédito ao setor privado (1)
crédito às administrações públicas (2)
disponibilidades líquidas sobre o exterior (3)
responsabilidades financeiras a mais longo prazo
(excluindo capital e reservas) (4)
outras contrapartidas (incluindo capital e reservas) (5)
M3
14
14
12
12
10
10
8
8
6
6
4
4
2
2
0
0
-2
-2
-4
-4
-6
-6
-8
-8
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: BCE.
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
-200
-400
-600
-800
1600
1400
1200
1 000
800
600
400
200
0
-200
-400
-600
-800
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: BCE.
Notas: O M3 é apresentado apenas como referência (M3 = 1+2+3-4+5).
As responsabilidades financeiras a mais longo prazo (excluindo capital
e reservas) são apresentadas com um sinal contrário, uma vez que
são responsabilidades do setor das IFM.
mercados financeiros a nível nacional continua a contribuir para os elevados custos dos empréstimos
registados pelos setores não financeiros de alguns países, atenuando assim os gastos do setor privado
e as despesas de capital. Além disso, as necessidades de desalavancagem do setor privado podem
também estar a enfraquecer a procura de crédito em vários países. Por último, no contexto de acesso
limitado a financiamento bancário em alguns países, as empresas têm recorrido cada vez mais a fontes
de financiamento alternativas – como fundos gerados internamente e, para as sociedades não financeiras
de maior dimensão, o acesso direto aos mercados de capitais (ver Secção 2.6).
Quanto às outras contrapartidas do M3, a taxa de variação homóloga das responsabilidades financeiras
a mais longo prazo das IFM (excluindo capital e reservas) voltou a descer, situando-se em -4.8% em
outubro, face a -3.4% no segundo e terceiro trimestres (ver Gráfico 10). Essa contração em curso nas
responsabilidades financeiras a mais longo prazo das IFM dá um apoio adicional ao crescimento do
M3, particularmente no que concerne a mudanças de depósitos de mais longo prazo para depósitos à
ordem. Paralelamente, essa redução dos títulos de dívida de mais longo prazo de IFM reflete as menores
necessidades de financiamento dos bancos num contexto de desalavancagem, bem como incentivos
para mudar para fundos de mais longo prazo do Eurosistema através das ORPA direcionadas.
As disponibilidades líquidas sobre o exterior das IFM registaram entradas mais moderadas de €28 mil
milhões no terceiro trimestre e €10 mil milhões em outubro (ver Gráfico 11). Estas menores entradas
– que seguiram uma série de entradas avultadas desde meados de 2012 – reduziram o apoio dado ao
crescimento monetário. A posição das disponibilidades líquidas sobre o exterior das IFM da área do
euro capta os fluxos de capital do setor detentor de moeda, quando estes são canalizados através das
IFM, bem como transferências de ativos emitidos pelo setor detentor de moeda. Assim, estes fluxos
26
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
refletiram o enfraquecimento da preferência dos investidores por ativos da área do euro, como é
confirmado por inquéritos a investidores efetuados nos últimos meses. (Para pormenores sobre a evolução
recente da balança de pagamentos da área do euro, ver Caixa 1.)
AVALIAÇÃO GLOBAL DAS CONDIÇÕES DE LIQUIDEZ MONETÁRIA
A fraca evolução observada no M3 entre o final de dezembro de 2013 e outubro de 2014 resultou, no
geral, em novas descidas da liquidez monetária acumulada na área do euro antes da crise financeira,
embora apontando para alguns aumentos da liquidez monetária real nos últimos meses (ver Gráficos
12 e 13). Alguns indicadores de liquidez monetária acompanhados pelo BCE sugerem que o excesso
de liquidez acumulada antes da crise foi reduzido de forma significativa. As condições de liquidez
monetária na área do euro parecem estar mais equilibradas atualmente do que no passado. No entanto,
é de relembrar que estes indicadores devem ser interpretados com cautela, uma vez que a avaliação das
detenções de moeda de equilíbrio se encontra rodeada de considerável incerteza.
Em termos globais, o crescimento subjacente da moeda e do crédito recuperou no terceiro trimestre,
mas manteve-se fraco. O crescimento do agregado monetário largo reforçou-se desde a primavera,
apoiado pela continuação da preferência de liquidez monetária, descidas mais fortes nas responsabilidades
financeiras a mais longo prazo e uma redução do impacto moderador das contrações do crédito.
O crescimento moderado do crédito ao setor privado continuou a refletir fatores de procura tanto cíclicos
como estruturais, bem como condições de oferta restritivas em alguns países. Não obstante, os dados
para o período até outubro confirmam um ponto de viragem no segundo trimestre, particularmente no
que diz respeito aos empréstimos a sociedades não financeiras. De uma perspetiva a médio prazo, uma
Gráfico 12 Estimativas do desvio
m o n e t á r i o n o m i n a l 1)
Gráfico 13 Estimativas do desvio
m o n e t á r i o r e a l 1)
(em percentagem do stock de M3; dados corrigidos de efeitos
de sazonalidade e de calendário; dezembro de 1998 = 0)
(em percentagem do stock de M3 real; dados corrigidos de efeitos
de sazonalidade e de calendário; dezembro de 1998 = 0)
desvio monetário real com base no M3 oficial
desvio monetário real com base no M3 corrigido
do impacto estimado dos ajustamentos de carteira 2)
desvio monetário nominal com base no M3 oficial
desvio monetário nominal com base no M3 corrigido
do impacto estimado dos ajustamentos de carteira 2)
30
30
25
25
25
25
20
20
20
20
15
15
15
15
10
10
10
10
5
5
5
5
0
0
0
2000
0
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Fonte: BCE.
1) O desvio monetário nominal é definido como a diferença entre
o nível observado do M3 e o nível do M3 que teria resultado do
crescimento constante do M3 de acordo com o seu valor de referência
de 41∕2 % desde dezembro de 1998 (considerado o período de base).
2) As estimativas da magnitude dos ajustamentos de carteira no M3
são construídas utilizando a abordagem geral discutida na Secção 4
do artigo intitulado “Análise monetária em tempo real”, na edição
de outubro de 2004 do Boletim Mensal do BCE.
-5
2000
-5
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Fonte: BCE.
1) O desvio monetário real é definido como a diferença entre o nível
observado do M3 deflacionado pelo IHPC e o nível deflacionado
do M3 que teria resultado do crescimento constante do M3 nominal
de acordo com o valor de referência de 41∕2 % e da inflação medida
pelo IHPC em conformidade com a definição de estabilidade de
preços do BCE, tomando dezembro de 1998 como o período de base.
2) As estimativas da magnitude dos ajustamentos de carteira no M3
são construídas utilizando a abordagem geral discutida na Secção 4
do artigo intitulado “Análise monetária em tempo real”, na edição
de outubro de 2004 do Boletim Mensal do BCE.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
27
condição prévia essencial para uma recuperação sustentada do crédito ao setor privado é a reposição
da capacidade de assunção de riscos por parte dos bancos e o regresso da procura de crédito bancário
por parte do setor privado. Esta recuperação será facilitada pela redução da incerteza no seguimento
da conclusão da avaliação completa do BCE e as mais recentes medidas de política monetária cujo
objetivo é apoiar os incentivos dos bancos para conceder empréstimos, bem como a transmissão de
condições favoráveis de financiamento bancário às condições de concessão de crédito ao setor privado.
Caixa 1
EVOLUÇÃO RECENTE DA BALANÇA FINANCEIRA DA BALANÇA DE PAGAMENTOS
DA ÁREA DO EURO
A presente caixa analisa a evolução da balança financeira da balança de pagamentos da área do
euro até ao terceiro trimestre de 2014. Os dados subjacentes foram compilados em conformidade
com as novas orientações introduzidas na sexta edição do Manual da Balança de Pagamentos e da
Posição de Investimento Internacional do FMI (MBP6). Em outubro de 2014, o BCE iniciou a
publicação de dados, em conformidade com o MBP6, relativos à balança de pagamentos e à posição
de investimento internacional da área do euro, para o período a partir de janeiro de 20131. Nos três
Principais rubricas da balança financeira da balança de pagamentos da área do euro
(EUR mil milhões; dados não corrigidos de sazonalidade)
Valores acumulados de 3 meses
2014
2014
Junho
Setembro
Ativo Passivo Saldo
Ativo Passivo Saldo
Balança financeira 1)
Investimento direto
e de carteira, em conjunto
Investimento direto
Investimento de carteira
Ações e unidades de
participação em fundos
de investimento
Títulos de dívida
De longo prazo
De curto prazo
Outro investimento
Derivados não financeiros
Ativos de reserva
Do qual: IFM
Investimento direto
Investimento de carteira
Ações e unidades de
participação em fundos
de investimento
Títulos de dívida
Outro investimento
82.8
Valores acumulados de 9 meses
2013
2014
Setembro
Setembro
Ativo Passivo Saldo
Ativo Passivo Saldo
37.5
283.3
202.4
127.7
-24.9
152.6
162.6
-29.1
191.7
-34.9
4.2
-39.1
136.1
43.3
92.8
83.7
24.2
59.5
52.4
19.1
33.3
510.8
303.7
207.2
462.1
281.7
180.4
48.7
21.9
26.8
341.7
27.2
314.5
342.6
-34.9
377.5
-1.0
62.0
-63.0
65.0
87.5
71.5
16.0
47.7
110.4
81.3
60.8
20.4
-54.0
-45.3
6.3
10.7
-4.4
101.7
15.6
14.1
78.7
53.5
25.2
11.1
63.1
-3.7
16.6
-20.3
28.2
-49.0
82.3
36.8
45.5
-17.2
3.4
124.9
82.3
74.6
7.7
-6.0
128.1
52.3
-0.2
52.5
-215.1
-3.2
30.0
74.8
-44.8
209.1
21.1
97.3
217.2
163.4
53.8
299.0
235.8
141.7
137.8
3.9
121.8
-138.5
75.5
25.7
49.8
177.2
24.9
0.3
-1.2
4.4
1.3
4.3
9.5
2.3
29.6
2.1
-20.1
3.6
39.7
1.1
38.7
2.5
1.0
-2.0
-19.6
6.1
-33.7
-8.1
14.0
13.7
39.4
1.9
95.7
11.8
-56.3
-6.2
15.7
58.1
20.3
9.3
-22.5
-26.5
6.4
80.6
8.3
31.4
11.1
20.5
18.2
43.0
-12.2
13.2
-31.9
35.5
-55.1
-51.6
-12.2
-21.5
-197.9
47.7
-33.7
146.4
-12.9
52.3
213.1
55.5
40.1
91.5
-68.5
12.2
121.6
Fonte: BCE.
Nota: Os valores podem não corresponder à soma das parcelas devido a arredondamentos.
1) Os valores positivos dos fluxos de ativos (passivos) referem-se a aquisições por residentes na área do euro (não residentes na área do euro)
de instrumentos financeiros emitidos por não residentes na área do euro (residentes na área do euro). O saldo corresponde aos fluxos de ativos
menos os fluxos de passivos.
1 Para mais pormenores, ver http://www.ecb.europa.eu/stats/external/bpm6/html/index.en.html.
28
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
primeiros trimestres de 2014, o excedente da balança corrente da área do euro refletiu-se em saídas
financeiras líquidas agregadas de cerca de €200 mil milhões. Estas saídas deveram-se em grande
medida a saídas líquidas de outro investimento (principalmente depósitos e empréstimos), no
montante de €177 mil milhões, e a saídas líquidas de derivados financeiros, no valor de €25 mil
milhões, tendo o saldo conjunto do investimento direto e de carteira situando-se próximo de zero
(ver quadro).
O saldo do investimento direto e de carteira passou de saídas líquidas de €49 mil milhões, nos
primeiros três trimestres de 2013, para uma entrada líquida de €1000 milhões, no período homólogo
de 2014. Tal foi impulsionado por fluxos de investimento de carteira que passaram de saídas líquidas
no valor de €27 mil milhões para entradas líquidas no montante de €63 mil milhões. Nos primeiros
três trimestres de 2014, os investidores estrangeiros mostraram um forte interesse em ações e unidades
de participação em fundos de investimento da área do euro, sendo as aquisições líquidas de €236 mil
milhões, face a €128 mil milhões no mesmo período em 2013. Simultaneamente, o investimento
dos residentes na área do euro em ações e unidades de participação em fundos de investimento
estrangeiros desceu de €125 mil milhões para €97 mil milhões. A atividade de investimento
transfronteiras da área do euro em títulos de dívida aumentou substancialmente, tanto no lado do
ativo como do passivo. Os investidores da área do euro expandiram as suas aquisições líquidas de
instrumentos de dívida estrangeiros de €82 mil milhões nos primeiros três trimestres de 2013 para
€217 mil milhões no período homólogo de 2014, tendo as aquisições líquidas de títulos de dívida
da área do euro por investidores estrangeiros subido de €52 mil milhões para €142 mil milhões,
impulsionadas por aquisições líquidas de títulos
Investimento direto e de carteira
de dívida de longo prazo da área do euro.
As saídas líquidas de outro investimento
diminuíram de €209 mil milhões nos primeiros
três trimestres de 2013 para €177 mil milhões no
mesmo período de 2014. A direção dos fluxos
mudou, tanto no lado do ativo como do passivo,
indicando que as instituições financeiras
monetárias (IMF) estrangeiras e da área do euro
interromperam o repatriamento de, respetivamente,
detenções estrangeiras e da área do euro de
outro investimento e, ao invés, expandiram
substancialmente as suas posições transfronteiras.
Tal aponta para a continuação de uma normalização
gradual das transações transfronteiras das IFM da
área do euro. Nos primeiros três trimestres de
2014, o aumento registado na posição das
disponibilidades líquidas sobre o exterior das IFM
da área do euro teve um impacto positivo na
liquidez da área do euro e refletiu-se, em parte,
na evolução do agregado monetário largo M3.
Como se constata na apresentação monetária da
balança de pagamentos, o aumento registado na
posição das disponibilidades líquidas sobre o
exterior das IFM durante este período, resultou
sobretudo de transações do setor não monetário
(EUR mil milhões; somas de 3 meses de fluxos líquidos)
ações e unidades de participação em fundos
de investimento
títulos de dívida de longo prazo
títulos de dívida de curto prazo
investimento direto
total
150
150
100
100
50
50
0
0
-50
-50
-100
-100
-150
-150
Mar. Maio Jul. Set. Nov. Jan. Mar. Maio Jul. Set.
2013
2014
Fonte: BCE.
Nota: Os fluxos líquidos referem -se a fluxos de ativos menos
fluxos de passivos.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
29
relacionadas com o excedente da balança corrente da área do euro, tendo as entradas líquidas de
investimento de carteira do sector não monetário se situado próximo do equilíbrio.
O saldo conjunto do investimento direto e de carteira registou saídas líquidas de €52 mil milhões
no terceiro trimestre de 2014, em comparação com entradas líquidas de €35 mil milhões no trimestre
anterior (ver gráfico). Esta variação deveu-se à passagem para saídas líquidas no investimento de
carteira e a um aumento das saídas líquidas no investimento direto. No investimento de carteira, as
entradas líquidas de ações e unidades de participação em fundos de investimento aumentaram
ligeiramente de €45 mil milhões para €49 mil milhões. Contudo, tanto os investidores da área do
euro como os investidores estrangeiros reduziram as suas aquisições líquidas transfronteiras de
títulos de participação no capital no terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, as saídas líquidas de títulos
de dívida aumentaram consideravelmente, situando-se em €82 mil milhões (face a €6 mil milhões
no segundo trimestre), dado os investidores estrangeiros se terem tornado vendedores líquidos de
títulos de dívida de curto prazo da área do euro, tendo abrandado substancialmente o ritmo das suas
aquisições líquidas de instrumentos de dívida de longo prazo. Os investidores da área do euro
aumentaram as suas aquisições líquidas de títulos de dívida de curto prazo no estrangeiro, passando
este de €16 mil milhões para €25 mil milhões, reduzindo paralelamente as suas aquisições líquidas
de instrumentos de dívida de longo prazo, de €72 mil milhões para €54 mil milhões. As resultantes
saídas líquidas de instrumentos de dívida de curto prazo refletem, possivelmente, uma descida das
taxas de rendibilidade no mercado monetário da área do euro.
No terceiro trimestre de 2014, os não residentes na área do euro aumentaram as suas aquisições
líquidas de ações e títulos de dívida emitidos por IFM da área do euro para €39 mil milhões, enquanto
as IFM da área do euro aumentaram as suas aquisições líquidas de títulos estrangeiros, fornecendo
indícios adicionais de uma normalização gradual no setor das IFM da área do euro. Outros fluxos
de investimento passaram para entradas líquidas no terceiro trimestre, visto as IFM da área do euro
terem abrandado o ritmo de expansão de detenções no estrangeiro e os investidores estrangeiros
terem aumentado as suas detenções de depósitos e empréstimos junto de IFM da área do euro.
2.2 INVESTIMENTO FINANCEIRO DOS SETORES NÃO FINANCEIROS E INVESTIDORES
INSTITUCIONAIS
A taxa de crescimento homóloga do investimento financeiro dos setores não financeiros aumentou
ligeiramente no segundo trimestre de 2014. As condições económicas frágeis e a evolução moderada
do rendimento disponível explicam, em parte, o crescimento fraco do investimento financeiro. A taxa
de crescimento homóloga do investimento financeiro pelas sociedades de seguros e fundos de pensões
aumentou no segundo trimestre de 2014. No terceiro trimestre, os fundos de investimento continuaram
a registar entradas consideráveis, particularmente no mercado de obrigações.
SETORES NÃO FINANCEIROS
No segundo trimestre de 2014 (o trimestre mais recente para o qual existem dados disponíveis das
contas integradas da área do euro), a taxa de crescimento homóloga do investimento financeiro total
dos setores não financeiros aumentou ligeiramente para 1.6%, face a 1.5% no primeiro trimestre do
ano (ver Quadro 5). As fracas condições económicas e a evolução moderada do rendimento disponível
explicam, em parte, o crescimento fraco do investimento financeiro. Uma desagregação por instrumento
financeiro mostra que a taxa de crescimento homóloga do investimento em títulos de dívida (excluindo
derivados financeiros) diminuiu ligeiramente no segundo trimestre.
30
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
Quadro 5 Investimento financeiro dos setores não financeiros da área do euro
Investimento financeiro
Numerário e depósitos
Títulos de dívida, excluindo
derivados financeiros
dos quais: de curto prazo
dos quais: de longo prazo
Ações e outras participações, excluindo
participações em fundos de investimento
das quais: ações cotadas
das quais: ações não cotadas
e outras participações
Participações em fundos de investimento
Provisões técnicas de seguros
Outros2)
Saldo em
percentagem
dos ativos
financeiro s 1)
2011
T4
2012
T1
2012
T2
2012
T3
2012
T4
2013
T1
2013
T2
2013
T3
2013
T4
2014
T1
2014
T2
100
24
2.4
3.1
2.4
4.1
2.3
3.5
2.4
3.6
2.3
3.5
2.3
2.6
2.0
2.9
1.9
2.9
1.5
2.4
1.5
2.7
1.6
2.8
5
0
4
2.8
14.6
1.5
1.1
13.6
-0.3
0.9
15.5
-0.8
-0.4
15.0
-2.1
-5.4 -7.8 -10.0 -10.8 -10.0
-7.4 -15.6 -20.8 -25.2 -17.7
-5.2 -6.8 -8.5 -8.9 -9.1
-8.0
-8.3
-7.9
-8.5
-6.0
-8.7
30
6
3.4
2.1
3.5
2.8
3.0
3.4
2.8
0.9
2.1
0.5
2.3
0.3
1.6
2.0
1.5
2.1
0.8
1.8
0.3
1.2
0.4
-0.9
25
4
16
21
3.8
-9.0
2.1
2.8
3.7
-6.6
1.8
1.5
3.0
-5.6
1.9
2.2
3.2
-3.1
2.0
2.4
2.4
0.3
2.4
3.5
2.7
1.8
2.6
4.2
1.5
3.4
2.7
3.9
1.4
3.6
2.8
3.3
0.6
2.7
2.8
2.9
0.1
1.9
2.8
2.8
0.7
3.5
2.9
3.0
1.6
2.8
3.0
2.8
3.5
2.5
2.4
2.0
1.0
1.0
1.6
Taxas de crescimento homólogas
M3 3)
Fonte: BCE.
1) No final do último trimestre disponível. Os valores podem não corresponder à soma das parcelas devido a arredondamentos.
2) Outros ativos financeiros incluem empréstimos e outros débitos, os quais por sua vez incluem o crédito comercial concedido por sociedades
não financeiras.
3) Fim de trimestre. O agregado monetário M3 inclui instrumentos monetários detidos pelo setor não monetário da área do euro (isto é, os
setores não financeiros e intermediários financeiros não monetários) em IFM e administrações centrais da área do euro.
Uma desagregação por setor (ver Gráfico 14) revela que a taxa de crescimento homóloga do investimento
das famílias e das sociedades não financeiras em ativos financeiros enfraqueceu no segundo trimestre,
enquanto a taxa de crescimento homóloga do investimento financeiro do setor das administrações
públicas voltou a aumentar. As Secções 2.6 e 2.7 apresentam informações pormenorizadas sobre a
Gráfico 14 Investimento financeiro dos
setores não financeiros
Gráfico 15 Investimento financeiro
de sociedades de seguros e fundos
de pensões
(taxas de variação homólogas (%); contributos em pontos percentuais)
(taxas de variação homólogas (%); contributos em pontos percentuais)
administrações públicas
sociedades não financeiras
famílias
setores não financeiros
títulos de dívida, excluindo derivados financeiros
ações cotadas
ações não cotadas e outras participações
participações em fundos de investimento
outros1)
total de ativos financeiros
6
6
9
9
8
8
7
7
6
6
5
5
3
4
4
2
3
3
2
2
1
1
5
5
4
4
3
2
1
1
0
-1
2004
Fonte: BCE.
0
-1
2006
2008
2010
2012
2014
0
0
-1
-1
-2
2004
-2
2006
2008
2010
2012
2014
Fonte: BCE.
1) Inclui empréstimos, depósitos, provisões técnicas de seguros
e outros débitos.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
31
evolução dos fluxos financeiros e dos balanços do
setor privado não financeiro.
INVESTIDORES INSTITUCIONAIS
A taxa de crescimento homóloga do investimento
financeiro por sociedades de seguros e fundos de
pensões aumentou para 3.6% no segundo trimestre
de 2014, face a 3.0% no trimestre anterior (ver
Gráfico 15). A desagregação por instrumento
financeiro revela que esta taxa de crescimento
homóloga positiva foi principalmente impulsionada
pelo investimento em títulos de dívida e
participações em fundos de investimento.
Gráfico 16 Fluxos anuais líquidos para
fundos do mercado monetário e de
investimento
(EUR mil milhões)
fundos do mercado monetário
fundos de ações1)
fundos de obrigações1)
fundos mistos1)
outros fundos1), 2)
300
300
250
250
200
200
150
150
100
100
50
50
Os dados relativos aos fundos de investimento, que
0
0
já se encontram disponíveis para o terceiro trimestre
-50
-50
de 2014, revelam entradas trimestrais de €173 mil
milhões em fundos de investimento da área do euro
-100
-100
exceto fundos do mercado monetário. Estas
-150
-150
entradas foram €25 mil milhões mais baixas do
-200
-200
que no trimestre anterior. A desagregação das
2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
transações por tipo de investimento mostra que as
Fontes: BCE e EFAMA.
1) Antes do primeiro trimestre de 2009, as estimativas dos fluxos
entradas em fundos de obrigações totalizaram €73
trimestrais são calculadas a partir de estatísticas de fundos de investimento
não harmonizadas preparadas pelo BCE, cálculos do BCE com base
mil milhões, ou seja, quase €17 mil milhões
em dados nacionais fornecidos pela EFAMA, e estimativas do BCE.
2) Inclui fundos imobiliários, fundos de cobertura e fundos não
superiores às do trimestre anterior, justificando
classificados noutra parte.
assim a maioria das entradas trimestrais totais em
fundos da área do euro no terceiro trimestre.
As entradas de fundos de ações e mistos situaram -se em €25 mil milhões e €54 mil milhões,
respetivamente, com os fundos do mercado monetário a registarem entradas moderadas no valor de
€14 mil milhões no terceiro trimestre (ver Gráfico 16).
2.3 TAXAS DE JURO DO MERCADO MONETÁRIO
As taxas de juro do mercado monetário diminuíram um pouco mais, em termos globais, entre o
final de agosto e o início de dezembro de 2014, após as decisões do Conselho do BCE em setembro,
tendo essas descidas sido interrompidas apenas temporariamente pela volatilidade registada por
volta do final do mês. Entretanto, o excesso de liquidez diminuiu, visto que a redução das operações
de mercado aberto foi apenas parcialmente compensada pela absorção ligeiramente reduzida por
fatores autónomos.
As taxas de juro do mercado monetário sem garantia desceram, no global, entre o final de agosto e o
início de dezembro de 2014, com a EURIBOR a 1, 3, 6 e 12 meses a cair 5, 8, 9 e 11 pontos base,
respetivamente, situando-se em 0.02%, 0.08%, 0.18% e 0.33% em 3 de dezembro. As maiores descidas
das taxas de juro do mercado monetário sem garantia seguiram-se à reunião do Conselho do BCE de
4 de setembro, quando foi tomada uma decisão de redução da taxa de juro diretora do BCE e de aquisição
de ativos do setor privado não financeiro. No seguimento destas descidas, as taxas de juro do mercado
monetário sem garantia exibiram muito pouca volatilidade durante o período em análise remanescente
(ver Gráfico 17). O diferencial entre a EURIBOR a 12 meses e a 1 mês – um indicador da inclinação
32
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
Gráfico 17 Taxas de juro do mercado
monetário
Gráfico 18 EUREPO, EURIBOR e
overnight index swap a 3 meses
(percentagens por ano; diferencial em pontos percentuais;
dados diários)
(percentagens por ano; dados diários)
EURIBOR a 1 mês (escala da esquerda)
EURIBOR a 3 meses (escala da esquerda)
EURIBOR a 12 meses (escala da esquerda)
diferencial entre a EURIBOR a 12 meses
e a 1 mês (escala da direita)
2.50
EUREPO a 3 meses
índice de swaps overnight a 3 meses
EURIBOR a 3 meses
1.50
2.0
2.0
1.5
1.5
1.0
1.0
0.5
0.5
0.0
0.0
2.25
2.00
1.75
1.25
1.00
1.50
1.25
0.75
1.00
0.75
0.50
0.50
0.25
0.25
0.00
0.00
Jul. Nov. Mar. Jul. Nov. Mar. Jul. Nov. Mar. Jul. Nov.
2011
2012
2013
2014
-0.5
Maio Nov.
2011
Fontes: BCE e Thomson Reuters.
Fontes: BCE, Bloomberg e Thomson Reuters.
-0.5
Maio Nov.
2012
Maio Nov.
2013
Maio Nov.
2014
da curva de rendimentos do mercado monetário – estreitou-se ligeiramente no período em análise,
situando-se em redor de 31 pontos base em 3 de dezembro.
As taxas de juro implícitas nos preços dos contratos de futuros sobre a EURIBOR a 3 meses, com
vencimento em dezembro de 2014 e março, junho e setembro de 2015, também diminuíram igualmente
face aos níveis observados no final de agosto, caindo cerca de 4-6 pontos base, para aproximadamente
0.08% para todos os prazos em 3 de dezembro (ver Gráfico 19). A incerteza no mercado, medida pela
volatilidade implícita derivada das opções de curto prazo nos contratos de futuros sobre a EURIBOR a
3 meses, diminuiu ligeiramente no seguimento das decisões tomadas pelo Conselho do BCE em 4 de
setembro, mas regressou aos níveis observados no final de agosto na parte final do período em análise
(ver Gráfico 20). A taxa de swap da EONIA a 3 meses foi ligeiramente negativa durante a maior parte
do período, sendo que as maiores descidas se registaram após a reunião do Conselho do BCE. Tornou-se ligeiramente positiva em outubro devido a uma redução do excesso de liquidez, mas posteriormente
tornou-se de novo ligeiramente negativo, situando-se pouco abaixo de zero e 3 de dezembro. Deste
modo, o diferencial entre a EURIBOR a 3 meses e a taxa de swap da EONIA a 3 meses situou-se em 8
pontos base em 3 de dezembro, 8 pontos base abaixo do nível observado antes de 4 de setembro (ver
Gráfico 18).
A EONIA flutuou numa banda estreita em torno de zero durante o período de análise, tendo sido afetada
pelos níveis prevalecentes de excesso de liquidez. As descidas no excesso de liquidez foram observadas
em setembro e outubro, originando pequenos aumentos na EONIA. Estes pequenos aumentos foram
posteriormente invertidos quando o excesso de liquidez começou a aumentar novamente, com a EONIA
a tornar-se se novo ligeiramente negativa (ver Gráfico 21). Observaram-se subidas acentuadas da EONIA
devido à crescente procura de liquidez em torno do final do mês.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
33
Gráfico 19 Taxas de juro a 3 meses e
taxas de futuros na área do euro
Gráfico 20 Volatilidades implícitas com
vencimentos constantes derivadas das opções
sobre contratos de futuros da EURIBOR a 3 meses
(percentagens por ano; dados diários)
(percentagens por ano; dados diários)
EURIBOR a 3 meses
taxas de futuros em 29 de agosto de 2014
taxas de futuros em 3 de dezembro de 2014
vencimento constante de 3 meses
vencimento constante de 6 meses
vencimento constante de 9 meses
vencimento constante de 12 meses
2.00
2.00
1.75
1.75
1.50
1.50
1.25
1.25
1.00
1.00
0.75
0.75
0.50
0.50
0.25
0.25
0.30
0.30
0.25
0.25
0.20
0.20
0.15
0.15
0.10
0.10
0.05
0.05
0.00
0.00
Jul. Jan. Jul. Jan. Jul. Jan. Jul. Jan. Jul.
2011
2012
2013
2014
2015
0.00
Jul. Jan. Jul. Jan. Jul. Jan. Jul. Jan. Jul.
2010
2011
2012
2013
2014
0.00
Fonte: Thomson Reuters.
Nota: Contratos de futuros a 3 meses que se vencem no final do presente
trimestre e dos três trimestres seguintes, como cotados na Liffe.
Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.
Notas: A medida é calculada em duas fases. Em primeiro lugar,
as volatilidades implícitas calculadas a partir das opções sobre
contratos de futuros da EURIBOR a 3 meses são convertidas
expressando -as em termos de preços logaritmizados, em vez
de taxas de rendibilidade logaritmizadas. Em segundo lugar, as
volatilidades implícitas daí resultantes, que têm uma data constante
até ao vencimento, são transformadas em dados com um período
constante até ao vencimento.
O BCE continuou a ceder liquidez através de
operações de refinanciamento com prazos de 1
semana e 3 meses. Todas estas operações foram
realizadas sob a forma de procedimentos de leilão
de taxa fixa com colocação total. Além do mais,
em 18 de setembro, o BCE realizou a sua primeira
operação de refinanciamento de prazo alargado
direcionada (ORPA direcionada), na qual foram
colocados €82.6 mil milhões (ver também a
Caixa 2).
O período entre o início do nono período de
manutenção do ano (ou seja, 10 de setembro) e 3
de dezembro caraterizou-se por uma descida do
excesso de liquidez, devido sobretudo a uma redução
das operações de mercado aberto. A diminuição das
operações de mercado aberto ficou a dever-se
sobretudo à continuação do reembolso antecipado
das operações de refinanciamento de prazo alargado
(ORPA) com prazo de 3 anos e foi apenas
parcialmente compensada pela primeira ORPA
direcionada e a absorção ligeiramente reduzida por
fatores autónomos. O excesso de liquidez flutuou
entre €70.9 mil milhões e €159.1 mil milhões,
34
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
Gráfico 21 Taxas de juro do BCE e taxa
de juro overnight
(percentagens por ano; dados diários)
taxa fixa das operações principais de refinanciamento
taxa da facilidade permanente de depósito
taxa de juro overnight (EONIA)
taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez
2.5
2.5
2.0
2.0
1.5
1.5
1.0
1.0
0.5
0.5
0.0
0.0
-0.5
Jul.
-0.5
Jan.
2011
Jul.
2012
Jan.
Fontes: BCE e Thomson Reuters.
Jul.
2013
Jan.
Jul.
2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
situando-se num valor médio de €111.3 mil milhões no período em análise (face a €130.9 mil milhões
nos três períodos de manutenção anteriores). Em 3 de dezembro, o excesso de liquidez situava-se em
€115.7 mil milhões. O recurso diário à facilidade permanente de depósito foi, em média, de €27.7 mil
milhões, enquanto as detenções em conta corrente que ultrapassavam as reservas mínimas se situaram,
em média, em €83.8 mil milhões e o recurso à facilidade permanente de cedência de liquidez foi, em
média, de €0.2 mil milhões. Até à data, as contrapartes reembolsaram voluntariamente €719.8 mil milhões
dos €1018.7 mil milhões obtidos através das duas ORPA com prazo de 3 anos.
C a i x a 20
CONDIÇÕES DE LIQUIDEZ E OPERAÇÕES DE POLÍTICA MONETÁRIA NO PERÍODO
DE 13 DE AGOSTO A 11 DE NOVEMBRO DE 2014
A presente caixa descreve as operações de política monetária do BCE durante os períodos de
manutenção de reservas findos em 9 de setembro, 7 de outubro e 11 de novembro de 2014 – o oitavo,
nono e décimo períodos de manutenção do ano.
Em 4 de setembro de 2014, o BCE reduziu a taxa de juro das operações principais de refinanciamento
em 10 pontos base para 0.05%, a partir da operação liquidada no início do nono período de manutenção,
ou seja, em 10 de setembro. As taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da
facilidade permanente de depósito foram também reduzidas em 10 pontos base, para 0.30% e -0.20%,
respetivamente. Além disso, em 4 de setembro, o Conselho do BCE lançou o terceiro programa de
aquisição de covered bonds (obrigações hipotecárias e obrigações sobre o setor público) e o programa
de aquisição de instrumentos de dívida titularizados. Em 2 de outubro de 2014, decidiu sobre os
principais pormenores operacionais destes programas, estabelecendo que a compra de covered bonds
teria início na segunda quinzena de outubro e a compra de instrumentos de dívida titularizados
começaria no quarto trimestre de 2014.
No período em análise, as operações principais de refinanciamento (OPR) continuaram a ser
realizadas sob a forma de procedimentos de leilão de taxa fixa com colocação total. O mesmo
procedimento continuou também a ser utilizado nas operações de refinanciamento de prazo alargado
(ORPA) com prazo de três meses. A taxa de juro aplicada a cada ORPA foi fixada à média das
taxas das OPR durante o prazo da ORPA correspondente. Em 18 de setembro, foi realizada a
primeira de uma série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (ORPA
direcionadas). Estas operações são conduzidas sob a forma de procedimentos de leilão de taxa fixa
com colocação total. A taxa de juro das ORPA direcionadas é fixada, ao longo do período de
duração de cada operação, à taxa de juro das OPR prevalecente à data de contração do empréstimo,
acrescida de um spread fixo de 10 pontos base.
Necessidades de liquidez
No período em análise, as necessidades de liquidez diárias agregadas do sistema bancário – definidas
como a soma de fatores autónomos e reservas mínimas – cifraram-se, em média, em €579.6 mil milhões,
ou seja, menos €33.3 mil milhões do que a média diária no período em análise precedente (o período
de 14 de maio a 12 de Agosto de 2014)1. Os fatores autónomos registaram uma descida significativa,
1 Todas as comparações são efetuadas face ao período anterior, salvo indicação em contrário.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
35
de €34.3 mil milhões, situando-se, em média, em €474.1 mil milhões, enquanto as reservas mínimas
apresentaram um ligeiro aumento, de €0.9 mil milhões, situando -se, em média, em €105.4 mil milhões
(ver o quadro).
Situação de liquidez no Eurosistema
13 de ago. a
11 de nov.
14 de maio a
12 de ago.
Décimo
período de
manutenção
Nono
período de
manutenção
Oitavo
período de
manutenção
Passivo – necessidades de liquidez (médias; EUR mil milhões)
Fatores autónomos de liquidez
Notas em circulação
Depósitos das administrações públicas
Outros fatores autónomos
1 561.4
972.3
73.8
515.3
(+3.2)
(+12.7)
(-29.9)
(+20.4)
1 558.2
959.6
103.7
494.9
1 577.2
973.6
76.1
527.5
(+17.1)
(+2.3)
(-2.3)
(+17.2)
1 560.1
971.3
78.4
510.4
(+17.2)
(-0.5)
(+12.2)
(+5.5)
1 542.9
971.8
66.2
504.9
(-17.3)
(+4.1)
(-26.2)
(+4.8)
Instrumentos de política monetária
Contas correntes
Reservas mínimas
Facilidade permanente de depósito
Operações ocasionais de regularização
de absorção de liquidez
196.3
105.4
27.1
(-9.6)
(+0.9)
(+1.6)
205.9
104.5
25.5
188.3
105.7
31.0
(-4.4)
(+0.4)
(+6.7)
192.6
105.3
24.3
(-17.5)
(+0.1)
(-1.0)
210.1
105.2
25.2
(-0.1)
(+1.5)
(+0.6)
0.0
(+0.0)
0.0
(+0.0)
Fatores autónomos de liquidez
Disponibilidades líquidas sobre
o exterior
Ativos líquidos denominados em euros
Instrumentos de política monetária
Operações de mercado aberto
Liquidez cedida através de operações
de leilão
OPR
Operações de refinanciamento
de prazo especial
ORPA com prazo de 3 meses
ORPA com prazo de 3 anos
ORPA direcionadas
Carteiras definitivas
Primeiro programa de aquisição
de covered bonds
Segundo programa de aquisição
de covered bonds
Terceiro programa de aquisição
de covered bonds
Programa dos mercados de títulos
de dívida
Programa de aquisição de
instrumentos de dívida titularizados
Facilidade permanente de cedência
de liquidez
0.0
(-47.1)
47.1
0.0
(+0.0)
Ativo – cedência de liquidez (médias; EUR mil milhões)
1 087.5
(+37.4)
1 050.2
1 095.4
(+10.1)
1 085.3
(+5.4)
1 079.9
(+8.3)
554.6
532.9
(+12.7)
(+24.7)
541.9
508.2
562.0
533.5
(+9.9)
(+0.3)
552.1
533.2
(+4.3)
(+1.2)
547.8
532.0
(+0.2)
(+8.1)
697.4
(-42.2)
739.6
701.1
(+9.3)
691.8
(-6.6)
698.4
(-25.1)
502.7
102.3
(-28.4)
(-18.6)
531.1
121.0
507.7
95.2
(+10.5)
(-3.7)
497.1
98.9
(-4.9)
(-15.8)
502.1
114.7
(-19.2)
(+8.1)
0.0
25.8
330.1
44.5
194.7
(-13.0)
(-7.6)
(-80.8)
(+44.5)
(-13.8)
13.0
33.4
410.8
0.0
208.5
0.0
26.3
303.6
82.6
193.4
(+0.0)
(+1.6)
(-28.6)
(+41.3)
(-1.3)
0.0
24.7
332.2
41.3
194.7
(+0.0)
(-1.7)
(-28.8)
(+41.3)
(-1.7)
0.0
26.4
361.0
0.0
196.3
(+0.0)
(-5.7)
(-21.6)
(+0.0)
(-5.8)
31.9
(-3.1)
35.0
30.9
(-1.3)
32.2
(-0.7)
32.9
(-0.5)
13.6
(-0.5)
14.1
13.4
(-0.3)
13.6
(-0.2)
13.8
(-0.1)
1.1
(+1.1)
0.0
2.8
(+2.8)
0.0
(+0.0)
0.0
(+0.0)
148.1
(-11.3)
159.4
146.3
(-2.5)
148.8
(-0.8)
149.6
(-5.2)
0.0
(+0.0)
0.0
0.0
(+0.0)
0.0
(+0.0)
0.0
(+0.0)
0.2
(+0.0)
0.2
0.3
(+0.1)
0.2
(+0.0)
0.2
(-0.1)
Outras informações com base em liquidez (médias; EUR mil milhões)
Necessidades de liquidez agregadas
Fatores autónomos
Liquidez excedentária
Reembolso das ORPA com prazo
de 3 anos1)
579.6
474.1
117.8
(-33.3)
(-34.3)
(-9.0)
612.9
508.3
126.8
587.7
482.0
113.3
(+7.2)
(+6.9)
(+1.9)
580.5
475.1
111.4
(+12.0)
(+11.9)
(-18.6)
568.5
463.2
130.0
(-25.4)
(-25.7)
(+0.4)
75.2
(-10.0)
85.2
23.5
(-16.4)
39.9
(+28.0)
11.9
(-23.6)
Evolução das taxas de juro (percentagens)
OPR
Facilidade permanente de cedência
de liquidez
Facilidade permanente de depósito
Média da EONIA
0.08
(-0.10)
0.18
0.05
(+0.00)
0.05
(-0.10)
0.15
(+0.00)
0.33
-0.17
0.002
(-0.18)
(-0.10)
(-0.099)
0.51
-0.07
0.101
0.30
-0.20
-0.003
(+0.00)
(+0.00)
(+0.002)
0.30
-0.20
-0.005
(-0.10)
(-0.10)
(-0.021)
0.40
-0.10
0.016
(+0.00)
(+0.00)
(-0.022)
Fonte: BCE.
Nota: Uma vez que todos os valores no quadro são arredondados, em alguns casos o valor indicado como a alteração relativa ao período anterior
não representa a diferença entre os valores arredondados apresentados para os dois períodos (€0.1 mil milhões).
1) No caso dos reembolsos das ORPA com prazo de 3 anos, é indicado o total em mil milhões de euros e não a média.
36
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
A variação na média dos fatores autónomos deveu-se ao efeito combinado de variações em diversas
componentes individuais. Entre os fatores de cedência de liquidez, os ativos líquidos denominados
em euros aumentaram €24.7 mil milhões, situando-se, em média, em €532.9 mil milhões, tendo
aumentado €30.3 mil milhões no período anterior, o que refletiu, entre outros aspetos, uma diminuição
dos depósitos denominados em euros de instituições oficiais estrangeiras junto do Eurosistema.
A introdução de uma taxa de juro negativa aplicável à facilidade permanente de depósito e a nova
descida das taxas de juro em setembro levaram algumas instituições oficiais estrangeiras a reduzir
novamente as respetivas detenções de numerário junto de bancos centrais do Eurosistema.
Entre os fatores de absorção de liquidez, as notas em circulação aumentaram €12.7 mil milhões,
situando-se, em média, em €972.3 mil milhões. O ritmo do aumento abrandou face ao período em
análise precedente, devido, em parte, à menor procura sazonal de notas após as atividades turísticas
no período do verão. Os depósitos das administrações públicas registaram uma diminuição de €29.9 mil
milhões, situando-se, em média, em €73.8 mil milhões. Uma vez que a introdução de uma taxa de
juro negativa aplicável à facilidade permanente de depósito também afetou os depósitos das
administrações públicas junto do Eurosistema, os tesouros nacionais procuraram cada vez mais investir
a respetiva liquidez excedentária a taxas de juro positivas no mercado, embora nem sempre tenham
atingido este objetivo.
A volatilidade dos fatores autónomos diminuiu um pouco, ainda que partindo de níveis relativamente
elevados. As estimativas semanais, publicadas com o anúncio das OPR, oscilaram entre €451.7 mil
milhões e €500.9 mil milhões, em comparação com €451.7 mil milhões e €532.1 mil milhões no
período anterior. Esta volatilidade deveu-se principalmente a flutuações em outros fatores autónomos
e depósitos das administrações públicas. A tradicional volatilidade dos depósitos das administrações
públicas devido a ciclos de impostos foi agravada pelas tentativas acima mencionadas por parte dos
tesouros e dos clientes dos serviços de gestão de reservas do Eurosistema de investir mais detenções
no mercado.
As previsões semanais dos fatores autónomos mostraram um erro absoluto médio de €4.8 mil milhões,
o que representa uma descida face ao erro absoluto médio de €6.7 mil milhões no período em análise
precedente. Embora o erro de previsão médio tenha diminuído, o intervalo dos erros das previsões
semanais aumentou, situando-se entre -€6.6 mil milhões e €16.2 mil milhões. Tanto a diminuição do
erro absoluto médio como o aumento do intervalo ficaram a dever-se sobretudo às previsões de
depósitos das administrações públicas, que apresentaram um erro absoluto médio de €4.9 mil milhões.
Ainda que a precisão das previsões de depósitos das administrações públicas tenha, em média,
aumentado, continuou a ser difícil prever as atividades de investimento dos tesouros num enquadramento
em que as taxas de curto prazo do mercado monetário foram frequentemente negativas, em particular
após o BCE ter reduzido de novo as taxas de juro em setembro. Outros fatores autónomos também
contribuíram, tendo-se registado um erro absoluto médio de €3.0 mil milhões2.
Cedência de liquidez
O montante médio de liquidez cedida através de operações de mercado aberto diminuiu €42.2 mil
milhões, passando para €697.4 mil milhões, no período em análise. Esta diminuição resultou do efeito
2 A soma dos erros de previsão médios para cada componente dos fatores autónomos não corresponde ao erro de previsão médio para o total
dos fatores autónomos, dado que alguns fatores autónomos são compensados (por exemplo, variações em componentes relacionadas com
a reavaliação trimestral do balanço).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
37
combinado dos reembolsos da liquidez obtida nas ORPA com prazo de 3 anos e de uma descida do
recurso médio à liquidez cedida nas OPR, a qual foi parcialmente compensada por um aumento da
cedência de liquidez através da primeira ORPA direcionada. A liquidez cedida mediante operações
de leilão cifrou-se, em média, em €502.7 mil milhões, o que representa uma descida de €28.4 mil
milhões face ao período em análise anterior.
O montante médio de liquidez cedida através das OPR semanais diminuiu €18.6 mil milhões, passando
para €102.3 mil milhões, uma vez que algumas contrapartes deslocaram, em parte, a obtenção de
financiamento das OPR para a ORPA direcionada. O montante semanal colocado permaneceu volátil,
flutuando entre um valor máximo de €131.8 mil milhões em 26 de agosto e um valor mínimo de
€82.5 mil milhões em 14 de outubro, com os bancos a ajustarem a respetiva procura em consonância
com a evolução das condições de liquidez e do mercado monetário.
Os reembolsos da liquidez obtida nas ORPA com prazo de 3 anos continuaram a ser efetuados a um
ritmo médio de €5.8 mil milhões por semana, o qual foi ligeiramente mais lento do que no período
precedente (€6.3 mil milhões). No final do período em análise, os reembolsos totais tinham atingido
€697.0 mil milhões, correspondendo a 70% do montante total obtido e 133% da injeção de liquidez
líquida inicial. Os reembolsos semanais continuaram a flutuar, tendo-se registado um valor máximo
de liquidação de €19.9 mil milhões em 24 de setembro, dado que algumas contrapartes optaram por
obter financiamento através da primeira ORPA direcionada.
As carteiras definitivas diminuíram, em média, €13.8 mil milhões, principalmente devido ao vencimento
de obrigações de dívida pública na carteira do programa dos mercados de títulos de dívida. As compras
de covered bonds ao abrigo do terceiro programa de aquisição de covered bonds (CBPP3) tiveram
início em 20 de outubro, ou seja, apenas já perto do final do período em análise. Em média, no período
em análise, as compras de covered bonds proporcionaram liquidez no montante de 1.1 mil milhões
e o montante liquidado no contexto do CBPP3 no final do período em análise ascendeu a €7.4 mil
milhões.
Liquidez excedentária
A liquidez excedentária diminuiu €9 mil milhões, situando-se, em média, em €117.8 mil milhões
no período em análise, o que compara com €126.8 mil milhões no período em análise precedente.
As detenções diárias em conta corrente que ultrapassam as reservas mínimas diminuíram €10.5 mil
milhões, situando-se, em média, em €90.9 mil milhões, enquanto a utilização da facilidade
permanente de depósito aumentou, em média, €1.6 mil milhões, passando para €27.1 mil milhões.
Após uma descida constante desde o início de 2013, a liquidez excedentária tem flutuado em torno
de um nível de aproximadamente €120 mil milhões desde março de 2014. No nono período de
manutenção de 2014, apresentou um nível ligeiramente inferior, situando -se, em média, em
€111.4 mil milhões – o nível mais baixo desde a liquidação da primeira ORPA com prazo de 3
anos no final de 2011. A liquidez excedentária flutuou de forma significativa, em especial no
nono período de manutenção, principalmente impulsionada pela volatilidade dos fatores autónomos
e pelas flutuações dos montantes colocados nas OPR. No nono período de manutenção, o valor
mínimo de depósitos das administrações públicas coincidiu com um elevado recurso à liquidez
cedida através das OPR, relacionado com o fim do trimestre, o que resultou num valor máximo
de liquidez excedentária de €159 mil milhões. Por vezes, a liquidez excedentária baixou
temporariamente para menos de €100 mil milhões, tendo registado um valor mínimo de €77 mil
milhões em 23 de setembro.
38
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
No que respeita à distribuição da liquidez excedentária no período em análise, verifica-se que as
contrapartes detiveram, em média, 23% da liquidez excedentária na facilidade permanente de depósito
e 77% como reservas excedentárias. Uma vez que as reservas excedentárias (ou seja, as detenções
médias em conta corrente que ultrapassam as reservas mínimas) também estão sujeitas à taxa de
juro negativa aplicada à facilidade permanente de depósito desde junho, as contrapartes deverão
permanecer indiferentes quanto à forma de detenção da liquidez excedentária. Contudo, os aspetos
técnicos e operacionais podem tornar as detenções em conta corrente mais convenientes para algumas
contrapartes, ao passo que outras podem preferir a utilização da facilidade permanente de depósito
devido a aspetos operacionais e regulamentares. No decurso do período em análise, a percentagem
de liquidez excedentária detida na facilidade permanente de depósito aumentou de 19% para 27%,
devido quer a uma maior utilização média da facilidade permanente de depósito quer a uma diminuição
das detenções em conta corrente.
Evolução das taxas de juro
A EONIA situou-se, em média, em 1.6 pontos base no oitavo período de manutenção, antes da
redução das taxas de juro do BCE (que teve efeitos a partir de 10 de setembro), o que compara com
10.1 pontos base nos três períodos de manutenção anteriores. A EONIA flutuou entre um máximo
de 10.1 pontos base em 13 de agosto e um mínimo de -0.4 pontos base em 28 de agosto, refletindo
flutuações na liquidez excedentária. Após a redução das taxas de juro aplicáveis às OPR, à facilidade
permanente de depósito e à facilidade permanente de cedência de liquidez, a EONIA registou, pela
primeira vez, um valor médio negativo no nono período de manutenção (-0.5 pontos base) e no
décimo período de manutenção (-0.3 pontos base), tendo atingido um novo mínimo, de -4.5 pontos
base, em 3 de outubro. A volatilidade foi muito limitada: à exceção de picos de fim de mês, a EONIA
permaneceu numa banda relativamente estreita, flutuando entre 2.2 pontos base em 24 de setembro
e -4.5 pontos base em 3 de outubro.
2.4 MERCADOS OBRIGACIONISTAS
Entre o final de agosto e o início de dezembro de 2014, as taxas de rendibilidade das obrigações de
dívida pública de longo prazo da área do euro com notação AAA diminuíram, após a divulgação de
alguns dados económicos fracos relativamente à área do euro e uma incerteza generalizada no mercado
quanto às perspetivas de crescimento mundial. As taxas de rendibilidade das obrigações de dívida
pública de longo prazo dos Estados Unidos e do Japão registaram uma menor redução, no contexto de
alguma volatilidade. As taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública de longo prazo nos
países da área do euro sob pressão aumentaram em meados de outubro, refletindo quer a incerteza
quanto às perspetivas de crescimento mundial quer notícias específica de alguns países, mas os aumentos
foram posteriormente invertidos na maior parte dos países. A incerteza por parte dos investidores quanto
à evolução do mercado obrigacionista no curto prazo flutuou amplamente ao longo do período em
análise, originando uma ligeira descida na área do euro e um aumento nos Estados Unidos e no Japão.
Entre o final de agosto e 3 de dezembro de 2014, as taxas de rendibilidade das obrigações de dívida
pública a 10 anos com notação AAA da área do euro desceram cerca de 16 pontos base, para 0.9% (ver
Gráfico 22). Ao longo do mesmo período, as taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública a
10 anos nos Estados Unidos e no Japão registaram uma menor descida, situando-se em torno de 2.3%
e 0.4%, respetivamente, em 3 de dezembro. As taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública
de mais curto prazo da área do euro com notação AAA mantiveram-se globalmente inalteradas em níveis
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
39
Gráfico 22 Taxas de rendibilidade
das obrigações de dívida pública
de longo prazo
Gráfico 23 Volatilidade implícita no
mercado das obrigações de dívida
pública
(percentagens por ano; dados diários)
(percentagens por ano; médias móveis de 5 dias de dados diários)
área do euro (escala da esquerda)
Estados Unidos (escala da esquerda)
Japão (escala da direita)
área do euro
Estados Unidos
Japão
3.2
2.4
3.0
2.2
2.8
2.0
2.6
1.8
2.4
1.6
2.2
1.4
2.0
1.2
1.8
1.0
1.6
0.8
1.4
0.6
1.2
0.4
1.0
0.2
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
0.0
0.8
Jan. Mar.Maio Jul. Set. Nov. Jan. Mar. Maio Jul. Set. Nov.
2013
2014
0
0
Jan. Mar. Maio Jul. Set. Nov. Jan. Mar. Maio Jul. Set. Nov.
2013
2014
Fontes: EuroMTS, BCE, Bloomberg e Thomson Reuters.
Notas: As taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública
de longo prazo referem-se a obrigações a 10 anos ou à maturidade
disponível mais próxima. A taxa de rendibilidade das obrigações da
área do euro tem por base os dados do BCE relativos a obrigações
com notação AAA, as quais incluem obrigações da Áustria, Finlândia,
Alemanha e Países Baixos.
Fonte: Bloomberg.
Notas: A volatilidade implícita no mercado das obrigações de
dívida pública é uma medida da incerteza quanto à evolução a curto
prazo (até 3 meses) dos preços das obrigações de dívida pública a
10 anos da Alemanha e Estados Unidos. Baseia-se nos valores de
mercado dos contratos de opções transacionados relacionados com as
referidas obrigações. A Bloomberg utiliza a volatibilidade implícita
das opções, quer de compra quer de venda, para as quais os preços
correntes dos ativos subjacentes estão próximos dos respectivos
preços de exercício “closest to at-the-money”, recorrendo a futuros
com maturidades de cerca de um mês.
ligeiramente negativos, levando a inclinação da estrutura de prazos, medida pelo desvio entre a taxa de
rendibilidade a 10 anos e a 2 anos, a cair cerca de 15 pontos base ao longo do período de análise.
As taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo com notação AAA na área do euro aumentaram
ligeiramente na primeira parte de setembro. Este aumento foi imediatamente invertido no seguimento
de alguns dados económicos fracos para a área do euro, e durante o período remanescente as taxas de
rendibilidade das obrigações de longo prazo com notação AAA apresentaram uma tendência ligeiramente
descendente. As maiores descidas destas taxas de rendibilidade das obrigações ocorreram em meados
de outubro, após uma nova divulgação de dados económicos fracos e notícias específicas de alguns
países, bem como preocupações generalizadas nos mercados quanto ao crescimento mundial. Em contraste,
as taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo em países sob pressão da área do euro aumentaram
após estes eventos, mas os aumentos tinham já sido invertidos na maior parte dos países afetados no
final do período em análise.
As taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo nos Estados Unidos aumentaram na primeira
parte do período em análise após uma melhoria generalizada dos dados económicos e algumas
expetativas de mercado quanto a um maior ritmo de aumento da restritividade da política monetária
nos Estados Unidos. Posteriormente, as taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo dos
Estados Unidos diminuíram entre meados de setembro e meados de outubro, com as maiores descidas
a ocorrerem em meados de outubro. Estas descidas registaram-se num contexto de preocupações nos
mercados quanto ao crescimento mundial e expetativas de mercado quanto a um menor ritmo de
40
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
aumento da restritividade da política monetária. Na parte final do período em análise, as taxas de
rendibilidade das obrigações de longo prazo dos Estados Unidos começaram a aumentar novamente
no seguimento da publicação de alguns dados económicos positivos nos Estados Unidos, tendo
terminado posteriormente o período em níveis apenas ligeiramente abaixo dos observados no final de
agosto. As decisões tomadas pelo Comité de Operações de Mercado Aberto do Sistema de Reserva
Federal (Federal Open Market Committee – FOMC), primeiro no sentido de uma nova redução do
ritmo de aquisição de ativos em USD 10 mil milhões em setembro e, posteriormente, de interromper
as suas compras de ativos em outubro, haviam sido antecipadas pelo mercado e não tiveram um efeito
significativo sobre as taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo nos Estados Unidos.
As taxas de rendibilidade das obrigações de longo prazo no Japão diminuíram ligeiramente durante
o período em análise. A decisão do Banco de Japão de 31 de outubro de expandir consideravelmente
a sua política de redução da restritividade monetária teve apenas um impacto ligeiramente descendente
sobre as taxas de rendibilidade de longo prazo no Japão, embora a decisão não fosse antecipada pela
maior parte dos participantes no mercado.
A incerteza dos investidores quanto à evolução a curto prazo dos mercados obrigacionistas, medida
pela volatilidade implícita extraída das opções sobre obrigações de curto prazo, revelou grandes
flutuações ao longo do período em análise quer na área do euro quer nos Estados Unidos, sendo que
o maior aumento foi registado em meados de outubro, refletindo as já referidas preocupações nos
mercados quanto ao crescimento mundial (ver Gráfico 23). Em termos globais, porém, a volatilidade
implícita nos mercados obrigacionistas da área do euro situou-se abaixo dos seus níveis de final de
agosto no início de dezembro, situando-se em redor de 3.9%. Em contraste, a volatilidade implícita
nos Estados Unidos terminou o período num nível mais elevado, situando-se em redor de 4.9% em 3
de dezembro. A volatilidade implícita também aumentou no Japão, sendo registados aumentos no final
Gráfico 24 Taxas de rendibilidade das
obrigações indexadas à inflação de
cupão zero para a área do euro
Gráfico 25 Taxas de inflação implícitas
de cupão zero e taxas de swap
indexadas à inflação para a área do euro
(percentagens por ano; médias móveis de 5 dias de dados diários;
dados corrigidos de sazonalidade)
(percentagens por ano; médias móveis de 5 dias de dados diários;
dados corrigidos de sazonalidade)
taxa de inflação implícita a prazo a 5 anos
com uma antecedência de 5 anos
taxa de swap indexada à inflação a prazo a 5 anos
com uma antecedência de 5 anos
taxa de rendibilidade das obrigações indexadas à inflação
a prazo a 5 anos com uma antecedência de 5 anos
taxa de rendibilidade das obrigações indexadas
à inflação à vista a 5 anos
taxa de rendibilidade das obrigações indexadas
à inflação à vista a 10 anos
2.0
2.0
2.8
2.8
1.5
1.5
2.6
2.6
1.0
1.0
2.4
2.4
0.5
0.5
2.2
2.2
0.0
0.0
-0.5
-0.5
2.0
2.0
-1.0
-1.0
1.8
1.8
-1.5
-1.5
Jan. Mar.Maio Jul. Set. Nov. Jan. Mar. Maio Jul. Set. Nov.
2013
2014
1.6
Jan.
1.6
Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.
Nota: As taxas reais são calculadas como uma média ponderada
pelo PIB de taxas reais individuais para a França e a Alemanha.
Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.
Nota: As taxas de inflação implícitas são calculadas como uma média
ponderada pelo PIB de taxas implícitas estimadas separadamente
para a França e a Alemanha.
Abr.
Jul. Out.
2013
Jan.
Abr. Jul.
2014
Out.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
41
de outubro, quando o Banco do Japão anunciou uma expansão considerável da sua orientação de
abrandamento monetário, e novos aumentos na sequência da divulgação de valores negativos do PIB
real para o terceiro trimestre de 2014.
As taxas de rendibilidade reais das obrigações da área do euro, medidas pelas taxas de rendibilidade
das obrigações de dívida pública indexadas à inflação, aumentaram durante o período em análise.
As taxas de rendibilidade reais das obrigações a 5 anos e 10 anos aumentaram aproximadamente
0.12% e 0.03%, situando-se em níveis em torno de -0.55% e -0.29%, respetivamente. A taxa de juro
real de longo prazo implícita nos contratos a prazo aumentou nos primeiros dias de setembro, refletindo
um ligeiro aumento das taxas de juro nominais de longo prazo implícita nos contratos a prazo.
Posteriormente, o aumento foi invertido, o que levou, no conjunto do período, a que a taxa de juro
real de longo prazo implícita nos contratos a prazo diminuísse cerca de 0.05%, situando-se em redor
de -0.04% (ver Gráfico 24).
Os indicadores dos mercados financeiros das expetativas de inflação a longo prazo, calculados como
o diferencial entre as obrigações nominais e indexadas à inflação correspondentes, diminuíram ao
longo do período em análise. Em 3 de dezembro, as taxas de inflação implícitas situaram-se em redor
de 0.7% num horizonte de 5 anos e em redor de 1.2% num horizonte de 10 anos. A taxa de inflação
implícita a prazo a 5 anos com uma antecedência de 5 anos também diminuiu ligeiramente durante o
período em análise, situando-se em redor de 1.7% em 3 de dezembro (ver Gráfico 25). As taxas de
inflação implícitas a prazo de longo prazo, menos voláteis, calculadas com base em swaps indexados
à inflação, também diminuíram ligeiramente, situando-se em torno de 1.8% no final do período.
Atualmente, os participantes no mercado consideram que o risco de uma taxa de inflação superior a
2% é relativamente menor e, consequentemente,
o preço de mercado do risco de inflação, como
Gráfico 26 Taxas de juro overnight
implícitas nas taxas a prazo para a área
incluído nos indicadores com base no mercado
do euro
das expetativas de inflação de longo prazo, é muito
(percentagens por ano; dados diários)
reduzido de um ponto de vista histórico. Além do
3 de dezembro de 2014
mais, o recente aumento da oferta de obrigações
29 de agosto de 2014
indexadas à inflação da área do euro acresceu à
4.5
4.5
pressão em sentido descendente sobre as medidas
4.0
4.0
com base no mercado das expetativas de inflação.
3.5
3.5
As medidas com base em inquéritos das expetativas
3.0
3.0
de inflação para um horizonte de 6 a 10 anos
2.5
2.5
apontam atualmente para uma taxa de inflação de
2.0
2.0
1.9%.
Entre o final de agosto e 3 de dezembro, a estrutura
de prazos das taxas de juro overnight implícitas
nos contratos a prazo na área do euro permaneceram
globalmente inalteradas nos prazos mais curtos,
deslocando-se em sentido descendente nos prazos
médios a mais longos (ver Gráfico 26). Mais
especificamente, as taxas de juro a prazo implícitas
de mais longo prazo desceram cerca de 25 pontos
percentuais nos prazos com cerca de 10 anos de
antecedência, o que levou a inclinação da curva de
rendimentos implícita nos contratos a prazo a
reduzir-se substancialmente durante este período.
42
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
1.5
1.5
1.0
1.0
0.5
0.5
0.0
0.0
-0.5
2014
2016
2018
2020
2022
-0.5
2024
Fontes: BCE, EuroMTS (dados subjacentes) e Fitch Ratings
(notações de crédito).
Notas: A curva de rendimentos implícita nas taxas a prazo, calculada
a partir da estrutura dos prazos das taxas de juro observadas no
mercado, reflete as expetativas de mercado para os níveis futuros
das taxas de juro de curto prazo. O método utilizado para calcular
estas curvas está descrito na secção Euro area yield curve do sítio
do BCE. Os dados utilizados na estimativa correspondem às taxas
de rendibilidade das obrigações de dívida pública da área do euro
com notação AAA.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
Os diferenciais das taxas de rendibilidade das obrigações (face ao índice Merrill Lynch de obrigações
de dívida pública com notação AAA da UEM) para as sociedades não financeiras desceram para as
obrigações com notação elevada, embora permanecendo globalmente inalterados paras as obrigações
de menor notação em 3 de dezembro face aos níveis prevalecentes no final de agosto. Os diferenciais
das taxas de rendibilidade das obrigações de sociedades financeiras também diminuíram para as
obrigações com notação elevada, embora permanecendo globalmente inalterados para as obrigações
com menor notação. Os diferenciais das taxas de rendibilidade para as obrigações de sociedades
financeiras e não financeiras com menor notação evidenciaram alguma volatilidade durante este período,
sendo que os maiores aumentos se registaram em meados de outubro.
2.5 MERCADOS ACIONISTAS
Entre o final de agosto e o início de dezembro de 2014, os preços das ações registaram movimentos
voláteis, influenciados por alguns dados económicos contraditórios nas várias áreas económicas e a
incerteza generalizada nos mercados quanto ao crescimento mundial. Os preços das ações na área do
euro aumentaram, no geral, devido a uma recuperação na parte final do período em análise. Os preços
das ações nos Estados Unidos também registaram ganhos líquidos, sustentados pela divulgação de
dados económicos positivos nos Estados Unidos. Os preços das ações no Japão aumentaram
acentuadamente no seguimento da decisão do Banco do Japão de expandir consideravelmente a sua
orientação de abrandamento monetário.
Os preços das ações na área do euro, medidos pelo índice alargado Dow Jones EURO STOXX,
aumentaram cerca de 3% entre o final de agosto e 3 de dezembro. Os preços das ações nos Estados
Unidos, medidos pelo índice Standard & Poor’s 500, aumentaram cerca de 4%, enquanto os preços das
ações no Japão, medidos pelo índice Nikkei 225, aumentaram significativamente, em cerca de 15%
(ver Gráfico 27).
A evolução dos mercados acionistas da área do
euro caraterizou-se por dois períodos diferentes.
Os preços das ações da área do euro evidenciaram
uma tendência descendente prolongada a partir do
início de setembro. As maiores descidas foram
registadas em meados de outubro, num contexto
de divulgação de dados económicos dececionantes
para a área do euro, notícias específicas de alguns
países e preocupações generalizadas nos mercados
quando ao crescimento mundial, sendo que os
preços das ações da área do euro atingiram o seu
nível mais baixo desde setembro de 2013.
Posteriormente, num contexto de descida da
incerteza nos mercados financeiros, os preços das
ações aumentaram para níveis bem acima dos
prevalecentes no final de agosto.
O desempenho dos preços das ações nos diferentes
setores económicos da área do euro foi variado
durante o período em análise (ver Quadro 6), com
os setores das telecomunicações e de bens de
Gráfico 27 Índices de cotações de
ações
(índice: 1 de janeiro de 2013 = 100; dados diários)
área do euro
Estados Unidos
Japão (escala da direita)
150
200
140
180
130
160
140
120
120
110
100
100
80
90
60
Jan. Mar.Maio Jul. Set. Nov. Jan. Mar. MaioJul. Set. Nov.
2013
2014
Fonte: Thomson Reuters.
Nota: Os índices utilizados são o índice Dow Jones EURO STOXX
alargado para a área do euro, o índice Standard & Poor’s 500 para
os Estados Unidos e o índice Nikkei 225 para o Japão.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
43
Quadro 6 Variações de preços nos índices do setor económico Dow Jones EURO STOXX
(percentagens de preços em fim de período)
EURO Matérias- Serviços
Bens Petróleo Finan- Saúde Industrial Tecno- Telecomu- Serviços
STOXX
-primas
de
de
e gás ceiro
logia nicações básicos
consumo consumo
Percentagem do setor na capitalização do mercado (dados em fim de período)
100.0
9.7
6.9
16.9
5.8
23.9
5.5
14.9
5.2
4.9
6.3
Variações de preços (dados em fim de período)
10.1
4.7
T3 2013
7.3
9.5
T4 2013
10.4
8.2
T1 2014
0.9
3.6
T2 2014
-1.3
-3.4
T3 2014
-3.1
-1.0
Out. 2014
0.8
1.7
Nov. 2014
2.7
4.1
29 ago. 2014 – 3 dez. 2014
18.9
12.5
18.1
-3.6
2.3
-5.2
-1.7
1.7
-4.5
6.0
4.5
2.8
12.0
4.0
6.9
-0.2
12.0
7.5
9.5
-0.9
-4.7
-7.4
-3.2
1.9
14.4
7.2
6.3
-1.5
4.8
-0.3
9.3
3.2
16.8
6.8
10.0
6.7
-2.5
5.1
10.1
13.3
9.6
4.3
18.2
4.6
-0.3
1.2
5.9
2.4
8.2
7.1
9.4
-2.0
-3.3
-5.4
3.9
5.7
6.5
3.4
5.3
2.6
-5.6
-2.2
4.2
6.8
7.3
0.9
6.1
9.1
-5.0
-5.8
-15.4
-12.2
Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.
consumo a apresentarem os maiores aumentos. Em contraste, o setor petrolífero e do gás bem como o
setor da saúde registaram as maiores descidas. No seguimento do anúncio por parte do BCE dos
resultados da avaliação completa dos balanços de bancos significativos da área do euro em 26 de
outubro, os preços das ações do setor financeiro na área do euro começaram por diminuir, sendo
observadas grandes quedas ao nível das empresas. Nos dias que se seguiram ao anúncio a maior parte
destas descidas inverteram-se, mas os preços das ações do setor financeiro, em geral, caíram ligeiramente
ao longo do período em análise.
Os preços das ações nos Estados Unidos diminuíram durante a primeira parte do período em análise. À
semelhança da área do euro, as maiores descidas foram registadas em meados de outubro no seguimento
da divulgação de alguns dados económicos contraditórios e preocupações generalizadas nos mercados
quanto ao crescimento mundial. Na parte final do período em análise, os preços das ações nos Estados
Unidos registaram uma recuperação significativa, terminando o período muito acima dos níveis
prevalecentes no final de agosto. Este aumento seguiu-se a uma melhoria generalizada dos dados
económicos, por exemplo, dados positivos para o crescimento do PIB real e condições do mercado de
trabalho nos Estados Unidos. O desempenho setorial dos preços das ações nos Estados Unidos foi positivo
na maior parte dos setores, sendo os maiores aumentos registados nos setores da saúde e dos serviços
básicos. As maiores descidas foram observadas no setor petrolífero e do gás e no setor das telecomunicações.
Os preços das ações no Japão registaram os maiores avanços entre as três áreas económicas ao longo
do período em análise, aumentando aproximadamente 15%. Em linha com a evolução na área do euro
e nos Estados Unidos, os preços das ações no Japão diminuíram durante outubro devido a preocupações
quanto ao crescimento mundial. Registaram posteriormente uma recuperação substancial no seguimento
da decisão do Banco do Japão em 31 de outubro de expandir a sua orientação de abrandamento monetário.
No final do período em análise, os preços das ações japonesas registaram uma descida temporária após
a divulgação de valores negativos do crescimento do PIB real para o terceiro trimestre de 2014 e o
anúncio de novas eleições gerais, embora tenham recuperado rapidamente, terminando o período em
análise muito acima dos níveis prevalecentes no final de agosto.
A incerteza dos mercados acionistas, medida pela volatilidade implícita, aumentou na área do euro,
nos Estados Unidos e no Japão. Na área do euro e nos Estados Unidos, a incerteza dos mercados
44
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
acionistas aumentou acentuadamente em meados de outubro no seguimento de descidas significativas
dos preços das ações em ambos os lados do Atlântico, e refletindo a maior incerteza nos mercados
quanto ao crescimento mundial. Posteriormente, em certa medida, este aumento inverteu-se, mas, não
obstante esta inversão, a incerteza dos mercados acionistas na área do euro e nos Estados Unidos
aumentou no conjunto do período em análise, situando-se em redor de 16% e 11%, respetivamente,
em 3 de dezembro (ver Gráfico 28). A incerteza dos mercados acionistas no Japão também aumentou
significativamente em meados de outubro, mas, por oposição à evolução nas outras duas áreas
económicas, continuou a aumentar, terminando o período em análise num nível substancialmente mais
elevado, de 22%.
Os dados disponíveis relativos aos lucros das sociedades financeiras e não financeiras da área do euro,
incluídas no índice Dow Jones EURO STOXX, mostram que os lucros verificados, calculados ao longo
dos 12 meses anteriores, passaram de uma descida de aproximadamente 3% no final de agosto para
um aumento de cerca de 2% no final de novembro de 2014. Em novembro, os participantes no mercado
esperavam um crescimento de 16% dos lucros por ação das empresas para os doze meses seguintes.
Os participantes no mercado previam um crescimento a longo prazo (5 anos) dos lucros por ação em
torno de 12% por ano (ver Gráfico 29).
Gráfico 28 Volatilidade implícita no
mercado bolsista
Gráfico 29 Crescimento esperado dos lucros
das empresas por ação nos Estados Unidos e
na área do euro
(percentagens por ano; médias móveis de 5 dias de dados diários)
(percentagens por ano; dados mensais)
área do euro – curto prazo 1)
área do euro – longo prazo 2)
Estados Unidos – curto prazo 1)
Estados Unidos – longo prazo 2)
área do euro
Estados Unidos
Japão
45
45
36
36
40
40
30
30
35
35
24
24
30
30
18
18
25
25
12
12
20
20
15
15
6
6
10
10
0
0
5
5
Jan. Mar. Maio Jul. Set. Nov. Jan. Mar. Maio Jul. Set. Nov.
2013
2014
Fonte: Bloomberg.
Notas: A série sobre a volatilidade implícita reflete o desvio padrão
esperado das variações em percentagem dos preços das ações ao
longo de um período até três meses, como implícito nos preços de
opções de índices de cotações de ações. Os índices de ações a que as
volatilidades implícitas se referem são o Dow Jones EURO STOXX
50 para a área do euro, o Standard & Poor’s 500 para os Estados
Unidos e o Nikkei 225 para o Japão.
-6
-6
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.
Notas: O crescimento dos lucros esperados refere-se ao índice Dow
Jones EURO STOXX para a área do euro e ao índice Standard &
Poor’s 500 para os Estados Unidos.
1) “Curto prazo” refere-se às expetativas de lucros por parte dos
analistas com 12 meses de antecedência (taxas de crescimento
homólogas).
2) “Longo prazo” refere-se às expetativas de lucros por parte dos
analistas com 3 a 5 anos de antecedência (taxas de crescimento
homólogas).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
45
2.6 FLUXOS FINANCEIROS E POSIÇÃO FINANCEIRA DAS SOCIEDADES NÃO FINANCEIRAS
Entre julho e outubro de 2014, o custo real do financiamento das sociedades não financeiras na área
do euro diminuiu ligeiramente, refletindo uma descida do custo real dos títulos de participação e dos
empréstimos bancários de curto prazo, que mais do que compensaram um aumento do custo real da
dívida baseada no mercado e dos empéstimos bancários de longo prazo. No terceiro trimestre de 2014,
os critérios de concessão de crédito a sociedades não financeiras foram menos restritivos em termos
líquidos. Esta foi a segunda vez desde o segundo trimestre de 2007 que se observou uma menor
restritividade em termos líquidos dos critérios aplicados à concessão de crédito. Estima-se que o fluxo
global do financiamento externo das sociedades não financeiras tenha estabilizado no outono, embora
tenha permanecido fraco. Este enfraquecimento reflete uma descida quer dos reembolsos líquidos de
empréstimos de IFM a sociedades não financeiras, quer da emissão líquida de títulos pelas empresas.
CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO
Entre julho e outubro de 2014, o custo real do financiamento externo das sociedades não financeiras
da área do euro – calculado ponderando os custos de diferentes tipos de financiamento com base nos
respetivos saldos, corrigidos de efeitos de
Gráfico 30 Custo real do financiamento
valorização – diminuiu ligeiramente, 4 pontos base,
externo das sociedades não financeiras
situando-se em 3.5% em outubro de 2014 (ver
da área do euro
Gráfico 30). A evolução do índice global refletiu
(percentagens por ano; dados mensais)
uma redução de 12 pontos base do custo real dos
custo global do financiamento
títulos de participação e de 8 pontos base das taxas
taxas ativas de curto prazo reais das IFM
taxas ativas de longo prazo reais das IFM
ativas de curto prazo. O custo real da dívida de
custo real da dívida baseada no mercado
custo real das ações cotadas
mercado e as taxas ativas de longo prazo
aumentaram 12 e 11 pontos base, respetivamente.
9
9
Os dados disponíveis para novembro de 2014
8
8
sugerem que os custos reais quer dos títulos de
participação quer da dívida do mercado registaram
7
7
uma descida.
Analisando mais pormenorizadamente as
componentes do financiamento externo, no período
entre julho e outubro de 2014, as taxas de juro
nominais aplicadas pelas IFM em empréstimos a
sociedades não financeiras diminuíram. A descida
foi ligeiramente mais pronunciada no caso dos
empréstimos de longo prazo (ou seja, empréstimos
com fixação inicial de taxa superior a 5 anos),
cujas taxas desceram 35 pontos base no período
em análise. Por seu lado, as taxas de juro nominais
aplicadas a novos empréstimos de pequeno
montante (até €1 milhão) com períodos de fixação
inicial de taxa mais curtos registaram uma descida
de 31 pontos base, ao passo que as dos empréstimos
avultados (superiores a € 1 milhão) desceram 18
pontos base (ver Quadro 7). No mesmo período,
os diferenciais entre as taxas ativas dos empréstimos
de pequenos montantes e as dos empréstimos de
46
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
0
1999
0
2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
Fontes: BCE, Thomson Reuters, Merrill Lynch e previsões da
Consensus Economics.
Notas: O custo real do financiamento externo das sociedades não
financeiras é calculado como uma média ponderada do custo dos
empréstimos bancários, do custo dos títulos de dívida e do custo das
ações, baseado nos respetivos saldos e deflacionado pelas expetativas
de inflação (ver a Caixa 4 da edição de março de 2005 do Boletim
Mensal do BCE). A introdução de estatísticas harmonizadas de
taxas de juro das IFM no início de 2003 levou a uma quebra nas
séries estatísticas. Os dados a partir de junho de 2010 poderão não
ser totalmente comparáveis com os dados anteriores a essa data
devido a alterações metodológicas resultantes da aplicação dos
Regulamentos BCE/2008/32 e BCE/2009/7 (que altera o Regulamento
BCE/2001/18).
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
Quadro 7 Taxas de juro das IFM relativas a novos empréstimos a sociedades não
financeiras
(percentagens por ano; pontos base)
Variações em pontos base
até outubro de 2014 1)
Taxas de juro das IFM relativas a empréstimos
Descobertos bancários de sociedades não financeiras
Empréstimos até ao valor de €1 milhão
a sociedades não financeiras
com taxa variável e fixação inicial de taxa até 1 ano
com fixação inicial de taxa superior a 5 anos
Empréstimos acima do valor de €1 milhão
a sociedades não financeiras
com taxa variável e fixação inicial de taxa até 1 ano
com fixação inicial de taxa superior a 5 anos
Por memória
Taxa de juro a 3 meses do mercado monetário
Taxa de rendibilidade das obrigações de dívida pública a 2 anos
Taxa de rendibilidade das obrigações de dívida pública a 7 anos
T3
2013
T4
2013
T1
2014
T2
2014
Set.
2014
Out.
2014
Jul.
2013
Jul.
2014
Set.
2014
3.86
3.79
3.78
3.71
3.52
3.42
-42
-17
-10
3.75
3.26
3.78
3.27
3.78
3.29
3.59
3.11
3.31
2.84
3.29
2.82
-56
-45
-31
-24
-2
-2
2.15
3.06
2.29
2.96
2.25
2.98
2.09
2.71
1.89
2.40
1.81
2.43
-41
-63
-18
-35
-8
3
0.23
0.22
1.42
0.29
0.25
1.58
0.31
0.17
1.21
0.21 0.08 0.09
0.02 -0.10 -0.08
0.87 0.57 0.51
-14
-26
-83
-12
-9
-29
1
2
-6
Fonte: BCE.
Nota: As taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública referem-se a taxas de rendibilidade de obrigações da área do euro com base
nos dados do BCE relativos a obrigações com notação AAA (com base na notação da Fitch), as quais atualmente incluem obrigações da
Áustria, Finlândia, França, Alemanha e Países Baixos.
1) Os valores podem não corresponder à soma das parcelas devido a arredondamentos.
montantes avultados diminuíram 12 pontos base para os empréstimos com períodos mais curtos de
fixação inicial de taxa e aumentaram 12 pontos base para os empréstimos com um período de fixação
inicial de taxa superior a 5 anos.
Entre julho e outubro de 2014, as taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública da área do
euro e as taxas do mercado monetário regiaram também uma redução. Em virtude das menores descidas
das taxas do mercado monetário, os diferenciais entre as taxas ativas de curto prazo dos empréstimos
de pequenos montantes e as dos empréstimos de montantes avultados e a EURIBOR a três meses
reduziram-se 19 e 7 pontos base, respetivamente. O diferencial entre as taxas ativas de longo prazo
aplicadas aos empréstimos de montantes avultados e a taxa de rendibilidade das obrigações de dívida
pública a 7 anos com notação AAA reduziu-se 7 pontos base, enquanto o diferencial entre as taxas
ativas de longo prazo para os empréstimos de pequenos montantes e as taxas de mercado de obrigações
soberanas aumentou 5 pontos base.
No que respeita à evidência com base em inquéritos relativamente à oferta e procura de empréstimos
bancários a sociedades não financeiras da área do euro, o inquérito aos bancos sobre o mercado de
crédito de outubro de 2014 relativo ao terceiro trimestre de 2014 mostrou que os critérios de concessão
de crédito a sociedades não financeiras foram menos restritivos em termos líquidos pela segunda vez
desde o segundo trimestre de 2007 (-2% dos bancos indicaram uma maior restritividade dos critérios
aplicados à concessão de crédito, em comparação com -3% no trimestre anterior).
Os fatores relacionados com o custo dos fundos e as restrições dos balanços dos bancos continuaram a
contribuir ligeiramente para uma menor restritividade líquida dos critérios aplicados à concessão de
empréstimos a empresas no terceiro trimestre de 2014. Mais especificamente, isso foi principalmente
impulsionado pela continuação do reforço das posições de liquidez dos bancos da área do euro e pela
atual melhoria no acesso dos bancos ao financiamento no mercado, enquanto a posição de capital dos
bancos teve um impacto marginalmente restritivo. Pelo contrário, as perceções de risco pelos bancos no
que se refere às perspetivas comerciais das empresas e a incerteza macroeconómica tiveram um impacto
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
47
líquido ligeiramente mais restritivo (2%, face a -3%)
sobre os critérios aplicados à concessão de
empréstimos às empresas no terceiro trimestre, após
um impacto líquido ligeiramente menos restritivo
nos dois trimestres anteriores, o que foi consistente
com a modesta recuperação económica. Isto refletiu
deteriorações nas anteriores expectativas mais
favoráveis dos bancos no que se refere às perspetivas
macroeconómicas e específicas das empresas. Além
disso, a avaliação dos bancos do risco das garantias
exigidas teve um impacto marginal de maior
restritividade sobre os critérios aplicados à concessão
de crédito. Para mais pormenores, ver a caixa
intitulada “The results of the euro area bank lending
survey for the third quarter of 2014” na edição de
Novembro de 2014 do Boletim Mensal do BCE.
Relativamente às condições de financiamento no
mercado, entre julho e outubro de 2014, a evolução
do custo da dívida de mercado das sociedades não
financeiras variou entre as várias categorias de
notação de obrigações de empresas. Os diferenciais
entre as obrigações com notações mais elevadas,
tais como as obrigações de empresas com notação
A e AA e as taxas de rendibilidade das obrigações
de dívida pública com notação AAA registaram
uma diminuição marginal, enquanto os diferenciais
nas obrigações com notações mais baixas (“taxas
de rendibilidade elevadas”) se alargaram 38 pontos
base (ver Gráfico 31). Dados mais recentes sobre
financiamento com base no mercado indicam que
os diferenciais das obrigações com notações mais
baixas diminuíram em novembro de 2014.
FLUXOS FINANCEIROS
A taxa de variação homóloga nos lucros por ação
das sociedades não financeiras da área do euro
aumentou entre julho e outubro de 2014.
Especificamente, a taxa de variação homóloga dos
lucros por ação das empresas cotadas da área do
euro era de -0.7% em outubro de 2014, face a -4.8%
em julho de 2014 (ver Gráfico 32). Em termos
prospetivos, com base em indicadores extraídos de
fontes do mercado, os participantes no mercado
preveem que a variação dos lucros por ação regresse
a terreno positivo no quarto trimestre deste ano.
Gráfico 31 Diferenciais de obrigações de
sociedades não financeiras
(pontos base; médias mensais)
obrigações não financeiras denominadas em euros
com notação AA (escala da esquerda)
obrigações não financeiras denominadas em euros
com notação A (escala da esquerda)
obrigações não financeiras denominadas em euros
com notação BBB (escala da esquerda)
obrigações não financeiras denominadas em euros
de elevada notação (escala da direita)
600
2400
500
2000
400
1600
300
1200
200
800
100
400
0
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
0
Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.
Nota: Os diferenciais de obrigações são calculados face às taxas de
rendibilidade das obrigações de dívida pública com notação AAA.
Gráfico 32 Ganhos por ação das sociedades
não financeiras cotadas da área do euro
(taxas de variação homólogas (%); dados mensais)
efetivos
esperados
50
50
40
40
30
30
20
20
10
10
0
0
-10
-10
-20
-20
-30
-30
-40
-40
-50
O fluxo global do financiamento externo das
sociedades não financeiras estabilizou no outono,
48
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
-50
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
após um período de contração. Esta melhoria
reflete uma descida quer dos reembolsos líquidos
de empréstimos de IFM a sociedades não
financeiras quer da emissão líquida de títulos pelas
empresas (ver Gráfico 33). Contudo, o nível de
financiamento externo das sociedades não
financeiras permanece fraco, refletindo a fragilidade
da economia, a continuação das necessidades de
desalavancagem das empresas em alguns países,
detenções de numerário historicamente elevadas,
bem como algumas restrições persistentes na oferta
de financiamento, mais especificamente no caso
das pequenas e médias empresas (PME).
Gráfico 33 Financiamento externo
desagregado por instrumento das sociedades
não financeiras
(taxas de variação homólogas (%))
empréstimos das IFM
ações cotadas
títulos de dívida
35
35
30
30
25
25
20
20
15
15
10
10
Corrigida da venda e titularização de empréstimos,
5
5
a taxa de crescimento homóloga dos empréstimos
0
0
de IFM a sociedades não financeiras situou-se em
-2.1% no terceiro trimestre de 2014, face a -2.7%
-5
-5
1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
no trimestre anterior. Em Outubro de 2014, a taxa
de crescimento homóloga aumentou de novo para
Fonte: BCE.
Nota: As ações cotadas são denominadas em euros.
-1.6%. A taxa de crescimento homóloga dos títulos
de dívida emitidos diminuiu para 6.7% no terceiro
trimestre de 2014, face a 8.6% no trimestre anterior, enquanto a taxa de crescimento das ações cotadas
se manteve inalterada em níveis moderados (ver Quadro 8).
Quadro 8 Financiamento das sociedades não financeiras
(variações em percentagem; fim de trimestre)
Taxas de crescimento homólogas
2013
T3
2013
T4
2014
T1
2014
T2
2014
T3
Empréstimos das IFM
Até 1 ano
Entre 1 e 5 anos
Superiores a 5 anos
-3.6
-3.1
-5.6
-3.2
-3.0
-4.0
-5.6
-1.7
-3.1
-4.9
-5.0
-1.6
-2.3
-2.8
-3.3
-1.8
-2.0
-1.4
-3.3
-1.9
Títulos de dívida emitidos
A curto prazo
A longo prazo, dos quais1):
Taxa fixa
Taxa variável
10.0
0.5
11.0
11.1
11.3
8.1
-9.0
9.7
9.3
12.6
7.8
-9.1
9.5
8.9
14.9
8.6
-11.3
10.5
10.1
12.7
6.7
-10.0
8.2
8.1
8.7
0.1
0.2
0.6
0.6
0.6
0.9
-1.2
1.2
1.0
-1.9
1.2
0.7
-2.1
1.1
0.5
-2.0
1.2
0.5
-1.3
1.4
Ações cotadas emitidas
Por memória 2)
Financiamento total
Empréstimos a sociedades não financeiras
Provisões técnicas de seguros 3)
Fontes: BCE, Eurostat e cálculos do BCE.
Notas: Os dados deste quadro (à exceção das rubricas por memória) são apresentados nas estatísticas monetárias e bancárias e nas estatísticas
de emissões de títulos. Podem surgir pequenas diferenças relativamente aos dados reportados nas estatísticas das contas financeiras, devido
principalmente a diferenças nos métodos de avaliação. Os dados relativos a empréstimos de IFM não são corrigidos de vendas e titularização.
1) A soma dos dados relativos à taxa fixa e à taxa variável pode não corresponder ao total dos títulos de dívida de longo prazo, porque os
títulos de dívida de longo prazo de cupão zero, que incluem efeitos de valorização, não são apresentados neste quadro.
2) Os dados apresentados são obtidos de contas trimestrais europeias por setor. O financiamento total das sociedades não financeiras inclui
empréstimos, títulos de dívida emitidos, ações e outras participações emitidas, provisões técnicas de seguros, outros créditos e derivados financeiros.
3) Inclui provisões de fundos de pensões.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
49
A redução da necessidade de emitir dívida das empresas foi em parte uma consequência da melhoria
das condições de concessão de crédito e de amplos amortecedores em numerário. Contudo, a fraca
procura de empréstimos e a recente evolução da emissão de dívida das empresas foram também
impulsionadas pelo enquadramento económico fraco. Além disso, em termos absolutos, a emissão de
dívida mantém-se concentrada em alguns países, sendo que, na maioria dos casos, o acesso aos mercados
de obrigações é limitado às empresas de grande dimensão com notações elevadas. As PME são tipicamente
demasiado pequenas para absorver os custos fixos associados à emissão de dívida no mercado financeiro.
Em consequência, são significativamente mais dependentes de financiamento bancário do que as
empresas de grande dimensão, sendo por conseguinte desproporcionadamente afetadas pela atual
contração do crédito bancário.
No terceiro trimestre de 2014, a contração mais forte dos empréstimos de IFM a sociedades não
financeiras verificou-se no caso dos empréstimos de médio prazo, ou seja, com um período de fixação
da taxa de juro superior a 1 ano e até 5 anos. Face ao trimestre anterior, o ritmo de contração registou
uma moderação no caso dos empréstimos de curto prazo (isto é, com um período de fixação de taxa
de juto até 1 ano), tendo aumentado ligeiramente no caso dos empréstimos de longo prazo (isto é, com
um período de fixação da taxa de juro superior a 5 anos). A emissão de títulos de dívida por sociedades
não financeiras apresentou-se enviesada no sentido de instrumentos com prazos mais longos desde
2007. Esta evolução prosseguiu em setembro de 2014, com a percentagem de instrumentos de dívida
de longo prazo emitidos por sociedades não financeiras a aumentar para 93% (face a 84% em 2007).
G r á f i c o 3 4 Crescimento dos empréstimos e
fatores que contribuem para a procura de
empréstimos por parte das sociedades não financeiras
Gráfico 35 Poupança, financiamento e
investimento das sociedades não
financeiras
(taxas de variação homólogas (%); percentagens líquidas)
(totais móveis de 4 trimestres; percentagens do valor acrescentado
bruto)
poupança bruta e transferências líquidas de capital
emissão de ações cotadas
formação bruta de capital
aquisição líquida de ações
financiamento por dívida
emissão de ações não cotadas
aquisição líquida de ativos financeiros excluindo ações
outros
desvio de financiamento (escala da direita)
investimento fixo (escala da direita)
existências e fundos de maneio (escala da direita)
fusões e aquisições e reestruturação
empresarial (escala da direita)
reestruturação da dívida (escala da direita)
financiamento interno (escala da direita)
empréstimos a sociedades não financeiras
(escala da esquerda)
3.0
30
2.0
20
60
9
40
6
20
3
0
0
-20
-3
-40
-6
10
1.0
0
0.0
-10
-1.0
-20
-2.0
-30
-3.0
-40
-50
-4.0
T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2
2011
2012
2013
2014
Fonte: BCE.
Notas: As percentagens líquidas referem-se à diferença entre a
percentagem de bancos que reporta que um determinado fator contribuiu
para um aumento da procura e a percentagem que reporta que um
determinado fator contribuiu para uma diminuição. As variáveis
apresentadas à direita são percentagens líquidas.
50
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
-9
-60
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
Fonte: Contas da área do euro.
Notas: O financiamento por dívida inclui empréstimos, títulos de
dívida e provisões de fundos de pensões. Outros inclui derivados
financeiros, outros débitos/créditos e ajustamentos. Os empréstimos
entre empresas são compensados. O desvio de financiamento
corresponde à posição de financiamento /endividamento líquido, que
diz respeito, em termos gerais, à diferença entre a poupança bruta e
a formação bruta de capital.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
O inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito de outubro de 2014 mostrou que a procura líquida
de empréstimos por parte das sociedades não financeiras (ou seja, a diferença entre a soma das
percentagens de bancos que reportaram um aumento e as percentagens de bancos que reportaram uma
descida da procura) voltou a recuperar no terceiro trimestre de 2014 (6%, face a 4% no trimestre
anterior). As necessidades de financiamento relacionadas com a restruturação da dívida e com as fusões
e aquisições deram os principais contributos positivos para a procura de empréstimos pelas empresas
no terceiro trimestre. O investimento fixo contribuiu de novo negativamente para a evolução da procura
(ver Gráfico 34). Os bancos da área do euro esperam um novo aumento líquido da procura de empréstimos
às empresas no quarto trimestre de 2014.
O excedente de financiamento das (ou financiamento líquido pelas) sociedades não financeiras – ou
seja, a diferença entre os fundos gerados internamente (poupança bruta) e a formação bruta de capital,
em relação ao valor acrescentado bruto por elas gerado – desceu marginalmente para 0.9% no segundo
trimestre de 2014, face a 1.0% no trimestre anterior (ver Gráfico 35). A descida do excedente de
financiamento manifestou-se principalmente numa diminuição das aquisições líquidas de ações.
POSIÇÃO FINANCEIRA
De acordo com dados das contas integradas da área do euro, o rácio da dívida das sociedades não
financeiras em relação ao PIB subiu de 81.9% no primeiro trimestre de 2014 para 82.4% no segundo
trimestre de 2014. Assim, foi interrompida a tendência de descidas graduais observada ao longo dos
últimos dois anos. Em termos gerais, o ritmo de ajustamento dos balanços das sociedades não financeiras
face aos picos registados no auge da crise financeira abrandou portanto de novo, em parte devido à
fragilidade persistente da recuperação económica. No segundo trimestre de 2014, o rácio da dívida em
relação ao total dos ativos diminuiu ligeiramente, de 27.8% para 27.7% (ver Gráfico 36). Como resultado,
Gráfico 36 Rácios da dívida das
sociedades não financeiras
Gráfico 37 Encargos das sociedades não
financeiras com juros
(percentagens)
(totais móveis de 4 trimestres; percentagem do excedente
de exploração bruto)
rácio da dívida consolidada em relação ao PIB
(escala da esquerda)
rácio da dívida consolidada em relação ao total
do ativo (escala da direita)
encargos com juros brutos (escala da esquerda)
encargos com juros líquidos (escala da direita)
90
34
21
85
32
19
11
10
9
80
30
17
75
28
15
8
7
6
70
26
13
65
24
11
5
4
3
60
2000
22
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Fontes: BCE, Eurostat e cálculos do BCE.
Nota: Os dados sobre a dívida foram retirados das contas trimestrais
europeias por setor e incluem empréstimos (excluindo empréstimos
entre empresas), títulos de dívida emitidos e provisões de fundos
de pensões.
2
9
20032004200520062007200820092010201120122013
Fonte: BCE.
Nota: Os encargos com juros líquidos correspondem à diferença
entre os encargos com juros e as receitas de juros de sociedades não
financeiras, em relação ao excedente de exploração bruto.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
51
a sustentabilidade da dívida das sociedades não financeiras continuou a melhorar: os respetivos encargos
brutos com o pagamento de juros – em relação ao excedente de exploração bruto – desceram para 9.9%,
face a 10.2% no primeiro trimestre de 2014. Em termos líquidos, os encargos com o pagamento de
juros das sociedades não financeiras desceram para 2.8% no segundo trimestre de 2014, ou seja, 0.1
pontos percentuais abaixo do valor observado no trimestre anterior e aproximadamente um terço do
pico registado no último trimestre de 2008 (ver Gráfico 37).
2.7 FLUXOS FINANCEIROS E POSIÇÃO FINANCEIRA DO SETOR DAS FAMÍLIAS
No terceiro trimestre de 2014, as condições de financiamento das famílias da área do euro caraterizaram-se pela descida das taxas ativas bancárias, embora se tenha continuado a observar heterogeneidade
entre países e instrumentos. Contudo, a evolução dos volumes de endividamento das famílias manteve-se moderada, refletindo diversos fatores. Estes incluíram a dinâmica lenta do rendimento disponível
das famílias, níveis elevados de desemprego, a fragilidade dos mercados da habitação, a necessidade
de corrigir excessos passados em termos da acumulação de dívida e a incerteza quanto às perspetivas
económicas. Não obstante, as estimativas para o terceiro trimestre de 2014 sugerem que a taxa de
crescimento homóloga do total dos empréstimos às famílias aumentou marginalmente nesse trimestre,
enquanto se estima que o rácio da dívida das famílias em relação ao rendimento disponível bruto tenha
estabilizado.
CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO
Os custos de financiamento das famílias da área do euro diminuíram no terceiro trimestre de 2014 e
continuaram a variar dependendo do tipo e do prazo do empréstimo e do país de origem. Analisando as
componentes individuais, as taxas de juro dos empréstimos para aquisição de habitação diminuíram
relativamente aos níveis registados no segundo
trimestre (ver Gráfico 38). No que respeita à
Gráfico 38 Taxas de juro das IFM sobre
empréstimos a famílias para aquisição
desagregação dos custos de financiamento hipotecário
de habitação
por prazo, as taxas de juro dos empréstimos de curto
(percentagens por ano; excluindo encargos; taxas das novas
e médio prazo (ou seja, empréstimos com taxa
operações)
variável ou uma fixação inicial de taxa até 1 ano e
com taxa variável ou prazo de fixação inicial
de taxa até 1 ano
empréstimos com fixação inicial de taxa entre 1 e 5
com prazo de fixação inicial superior
anos) diminuíram 5 pontos base. As taxas de juro
a 1 e inferior a 5 anos
com prazo de fixação inicial de taxa superior a
dos empréstimos de mais longo prazo com fixação
5 anos e inferior a 10 anos
com prazo de fixação inicial de taxa superior a 10 anos
inicial de taxa entre 5 e 10 anos e superior a 10 anos
6
6
desceram 10 pontos base e 4 pontos base,
respetivamente, relativamente aos níveis registados
no segundo trimestre. Observaram-se outras descidas
5
5
em todos os prazos em outubro de 2014.
No que se refere a novos empréstimos ao consumo,
as taxas de juro dos empréstimos de curto prazo
(ou seja, empréstimos com fixação inicial de taxa
até 1 ano), dos empréstimos de médio prazo (ou
seja, empréstimos com fixação inicial de taxa entre
1 e 5 anos) e dos empréstimos de longo prazo (ou
seja, empréstimos com fixação inicial de taxa
superior a 5 anos) desceram no terceiro trimestre.
52
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
4
4
3
3
2
2
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: BCE.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
De acordo com o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito de outubro de 2014, no terceiro
trimestre, os bancos da área do euro reportaram uma menor restritividade líquida dos critérios de concessão
de empréstimos às famílias para aquisição de habitação (uma menor restritividade líquida de -2%, face
a -4% no trimestre anterior). Pressões competitivas contribuíram para a menor restritividade líquida dos
critérios de concessão de crédito, com o ressurgimento de preocupações relacionadas com o risco a ter
um ligeiro efeito contrário. O inquérito sugere que os critérios aplicados à concessão de crédito ao
consumo e a outros empréstimos a famílias também foram menos restritivos em termos líquidos no
terceiro trimestre (-7%, face a -2% no trimestre anterior). Essa menor restritividade líquida adicional da
concessão de crédito ao consumo e outros empréstimos às famílias a nível da área do euro refletiu
descidas nos custos de financiamento dos bancos e restrições do balanço, bem como algumas pressões
competitivas, embora tenha ocultado um ligeiro ressurgimento de preocupações relacionadas com o
risco. Para mais pormenores, ver a caixa intitulada “The results of the euro area bank lending survey
for the third quarter of 2014” na edição de novembro de 2014 do Boletim Mensal do BCE.
FLUXOS DE FINANCIAMENTO
Tendo atingido um mínimo histórico no trimestre anterior, a taxa de crescimento homóloga do total
dos empréstimos às famílias foi ligeiramente menos negativa no terceiro trimestre de 2014, situando-se
em -0.5%, face a -0.6% no trimestre anterior. O ligeiro aumento da taxa de crescimento homóloga
nesse trimestre ficou a dever-se a um contributo menos negativo dos empréstimos de IFM para aquisição
de habitação (ver Gráfico 39).
Gráfico 39 Total de empréstimos
concedidos a famílias
Gráfico 40 Investimento financeiro das
famílias
(taxas de variação homólogas (%); contributos em pontos
percentuais; fim de trimestre)
(taxas de variação homólogas (%); contributos em pontos percentuais)
empréstimos de IFM ao consumo
empréstimos de IFM para aquisição de habitação
outros empréstimos de IFM
total de empréstimos de IFM
total de empréstimos
numerário e depósitos
títulos de dívida, excluindo derivados financeiros
ações e outras participações
provisões técnicas de seguros
outros 1)
total de ativos financeiros
10
10
9
9
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
0
0
-1
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
-1
2014
Fonte: BCE.
Notas: O total de empréstimos inclui empréstimos a famílias
concedidos por todos os setores institucionais, incluindo o resto do
mundo. Para o terceiro trimestre de 2014, o total de empréstimos
a famílias foi estimado com base em transações apresentadas em
estatísticas monetárias e bancárias. Para mais informações sobre
as diferenças em termos do cálculo de taxas de crescimento entre
os empréstimos de IFM e o total de empréstimos, ver as respetivas
Notas Técnicas. Os dados relativos a empréstimos de IFM não são
corrigidos de vendas ou titularização.
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
0
0
-1
-1
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Fontes: BCE e Eurostat.
1) Inclui empréstimos e outros débitos.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
53
A taxa de crescimento homóloga do total dos empréstimos de IFM às famílias corrigida da venda e
titularização de empréstimos também aumentou ligeiramente, situando-se em 0.5% no terceiro trimestre,
face a 0.4% no segundo trimestre, continuando assim a tendência ascendente moderada observada desde
o início do ano. Voltou depois a aumentar, para 0.6% em outubro. Desagregando os empréstimos de IFM
por objetivo, a taxa de crescimento homóloga dos empréstimos concedidos por IFM para aquisição de
habitação (não corrigida da venda e titularização de empréstimos) tornou-se negativa, situando-se em
-0.1% no terceiro trimestre, face a 0.2% no trimestre anterior, caindo depois para -0.2% em outubro.
O crédito ao consumo continuou a diminuir no terceiro trimestre, embora a um menor ritmo, com a
respetiva taxa de crescimento homóloga a situar-se em -1.5%, o que compara com -2.0% no segundo
trimestre. Em outubro, a taxa de crescimento homóloga do crédito ao consumo foi de 0.1%. A taxa de
crescimento homóloga de outros empréstimos (que inclui empréstimos a empresas não constituídas em
sociedade) tornou-se ligeiramente menos negativa, situando-se em -1.5% no terceiro trimestre, face a
-1.7% no trimestre anterior, caindo depois para -1.8% em outubro.
A evolução persistentemente comedida do crédito às famílias reflete diversos fatores, incluindo a
dinâmica lenta do rendimento disponível das famílias, níveis elevados de desemprego, a fragilidade
dos mercados da habitação, a necessidade de corrigir excessos passados em termos da acumulação de
dívida e a incerteza quanto às perspetivas económicas. A prazo, o inquérito aos bancos sobre o mercado
de crédito indica que os bancos esperam um aumento líquido da procura em todas as categorias de
empréstimo no quarto trimestre.
No lado do ativo do balanço do setor das famílias da área do euro, a taxa de crescimento homóloga do
investimento financeiro total das famílias situou-se
em 1.7% no segundo trimestre de 2014 (face a 1.6%
Gráfico 41 Dívida e pagamentos de juros
das famílias
no trimestre anterior; ver Gráfico 40). Tal resultou
de um menor desinvestimento em títulos de dívida
(percentagens)
(excluindo derivados financeiros), com a taxa de
encargos com pagamentos de juros em percentagem
crescimento homóloga desse investimento a situardo rendimento disponível bruto (escala da direita)
-se em -10% no segundo trimestre. Ao mesmo
rácio da dívida das famílias em relação ao rendimento
disponível bruto (escala da esquerda)
tempo, a taxa de crescimento homóloga do
rácio da dívida das famílias em relação ao PIB
(escala da esquerda)
investimento em numerário e depósitos manteve-se
4.5
estável em 2.4% no segundo trimestre, enquanto a 110
taxa de crescimento homóloga das participações
100
4.0
em fundos de investimento desceu para 1.7%, de
2.0% no trimestre anterior. Em termos globais, o
90
3.5
atual processo de desalavancagem, os níveis
80
3.0
elevados de desemprego e a fragilidade do ciclo
económico (que obstam ao crescimento do
70
2.5
rendimento disponível e forçam as famílias a gastar
as suas poupanças) são os principais fatores que
60
2.0
explicam o período prolongado de fraco crescimento
50
1.5
observado nos ativos financeiros das famílias desde
meados de 2010.
40
1.0
2002
POSIÇÃO FINANCEIRA
O endividamento das famílias permanece num nível
elevado na área do euro. Especificamente, o rácio
da dívida das famílias em relação ao rendimento
disponível bruto nominal estabilizou em 96.5% no
54
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Fontes: BCE e Eurostat.
Notas: A dívida das famílias inclui o total de empréstimos a famílias
concedidos por todos os setores institucionais, incluindo o resto do
mundo. Os pagamentos de juros não incluem os custos financeiros
totais pagos pelas famílias, dado que excluem as comissões de
serviços financeiros. Os dados relativos ao último trimestre foram
parcialmente estimados.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
monetária e
financeira
segundo trimestre de 2014. O rácio da dívida das famílias em relação ao PIB também estabilizou,
situando-se em 61.4% no segundo trimestre. Entretanto, os encargos com o pagamento de juros do
setor das famílias voltaram a diminuir, situando-se em 1.6% do rendimento disponível total, ou seja,
um mínimo histórico (ver Gráfico 41). As estimativas para o terceiro trimestre de 2014 indicam que o
endividamento das famílias se manteve inalterado nesse trimestre, enquanto os encargos com o pagamento
de juros do setor das famílias voltaram a descer de forma marginal.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
55
3 PREÇOS E CUSTOS
De acordo com a estimativa provisória do Eurostat, a inflação homóloga medida pelo IHPC da área
do euro situou-se em 0.3% em novembro de 2014, após 0.4% em outubro. Face ao mês anterior, tal
refletiu principalmente uma queda homóloga mais acentuada dos preços dos produtos energéticos e
um aumento anual ligeiramente mais baixo dos preços dos serviços. Com base na informação disponível
em meados de novembro, altura em que foram finalizadas as projeções macroeconómicas de dezembro
de 2014 para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema, projetava-se uma inflação
homóloga medida pelo IHPC de 0.5% em 2014, 0.7% em 2015 e 1.3% em 2016. Comparativamente
às projeções macroeconómicas de setembro de 2014 elaboradas por especialistas do BCE, estas
projeções foram revistas significativamente em baixa, em particular em 2015. Estas revisões refletem
principalmente uma diminuição dos preços do petróleo em euros e o impacto das perspetivas para o
crescimento revistas em baixa, embora ainda não incorporem a queda dos preços do petróleo observada
nas últimas semanas, após a data de fecho das projeções.
Os riscos para as perspetivas de evolução dos preços no médio prazo serão acompanhados de perto,
em particular no que refere às possíveis repercussões da atenuação da dinâmica de crescimento,
evolução geopolítica, evolução cambial e dos preços dos produtos energéticos, bem como à transmissão
das medidas de política monetária. Será dada particular atenção ao impacto global da recente evolução
dos preços do petróleo nas tendências de médio prazo da inflação na área do euro.
3.1 PREÇOS NO CONSUMIDOR
A tendência em sentido descendente da inflação medida pelo IHPC da área do euro, que teve início no
final de 2011, foi impulsionada sobretudo por desenvolvimentos a nível mundial, como, por exemplo,
a evolução dos preços das matérias-primas e cambial, tendo-se manifestado sobretudo em menores
contributos da componente energética do IHPC, mas também da componente dos produtos alimentares.
Em 2014, a evolução dos preços das matérias-primas continuou a ter um impacto em sentido descendente
sobre a inflação, embora parcialmente atenuado pela depreciação da taxa de câmbio do euro. Na atual
conjuntura, as taxas de inflação global mais reduzidas, associadas a uma descida dos preços das
matérias-primas, deverão impulsionar a atividade económica, aumentando o rendimento disponível real
das famílias e empresas.
Quadro 9 Evolução de preços
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
IHPC e suas componentes 1)
Índice global
Produtos energéticos
Produtos alimentares
Produtos alimentares não transformados
Produtos alimentares transformados
Produtos industriais não energéticos
Serviços
Outros indicadores de preços
Preços da produção industrial
Preços do petróleo (EUR por barril)
Preços das matérias-primas não energéticas
2012
2013
2014
Jun.
2014
Jul.
2014
Ago.
2014
Set.
2014
Out.
2014
Nov.
2.5
7.6
3.1
3.0
3.1
1.2
1.8
1.4
0.6
2.7
3.5
2.2
0.6
1.4
0.5
0.1
-0.2
-2.8
1.4
-0.1
1.3
0.4
-1.0
-0.3
-2.6
1.1
0.0
1.3
0.4
-2.0
-0.3
-2.4
1.0
0.3
1.3
0.3
-2.3
0.3
-0.9
1.0
0.2
1.1
0.4
-2.0
0.5
0.0
0.8
-0.1
1.2
0.3
-2.5
0.5
0.0
0.8
0.0
1.1
2.8
86.6
-5.2
-0.2
81.7
-8.0
-0.9
82.3
-4.2
-1.3
79.9
-4.8
-1.4
77.6
-4.2
-1.4
76.4
-4.6
-1.3
69.5
-2.7
.
64.1
.
Fontes: Eurostat, BCE e cálculos do BCE com base em dados da Thomson Reuters.
1) A inflação medida pelo IHPC e respetivas componentes em novembro de 2014 referem-se a estimativas provisórias do Eurostat.
56
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Preços
e custos
Em contraste com a inflação global, a inflação subjacente, medida pelo IHPC excluindo produtos
energéticos e alimentares, permaneceu baixa, mas globalmente estável, em 2014. Contudo, a diminuição
dos preços das matérias-primas e dos produtos energéticos tipicamente também exerce uma pressão no
sentido descendente sobre a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares,
uma vez que os menores custos dos fatores de produção são repercutidos na cadeia de preços (ver Caixa 3).
No que respeita aos dados mais recentes, de acordo com a estimativa provisória do Eurostat, a inflação
global medida pelo IHPC situou-se em 0.3% em novembro de 2014, após 0.4% em outubro (ver Quadro
9). Ao mesmo tempo, a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares
situou-se em 0.7% em novembro, mantendo-se inalterada, face ao mês anterior.
Analisando em maior pormenor as principais componentes do IHPC (ver Gráfico 42), a estimativa
provisória do Eurostat para novembro mostra que a inflação dos preços dos produtos energéticos
diminuiu 0.5 pontos percentuais, situando-se em -2.5%. A inflação dos preços dos produtos energéticos
foi negativa em quase todos os meses de 2014, sobretudo devido à diminuição dos preços do petróleo
em euros. Após registar um valor máximo em meados de junho, o preço do petróleo bruto denominado
em euros desceu cerca de 25%. A diminuição dos preços do gás também deu um contributo negativo
para a inflação dos preços dos produtos energéticos em 2014, refletindo, entre outros, fatores relacionados
com as condições meteorológicas e o facto de as instalações de armazenamento de gás da Europa
estarem quase cheias1.
A taxa de variação homóloga da componente relativa ao total dos produtos alimentares, que inclui os
preços dos produtos alimentares transformados e não transformados, situou-se em 0.5% em novembro,
inalterada face ao mês anterior. Os preços dos produtos alimentares permaneceram moderados em 2014,
parcialmente devido a fatores relacionados com as condições meteorológicas. O inverno relativamente
ameno no início de 2014, em comparação com o ano anterior, fez descer os preços dos produtos
alimentares não transformados (principalmente as rubricas frutos e produtos hortícolas) durante a
Gráfico 42 Desagregação da inflação medida pelo IHPC: principais componentes
(taxas de variação homólogas (%); dados mensais)
IHPC total excluindo produtos energéticos e
produtos alimentares
produtos industriais não energéticos
serviços
IHPC total (escala da esquerda)
produtos alimentares (escala da esquerda)
produtos energéticos (escala da direita)
7
35
6
30
5
25
4
20
3
15
2
10
1
5
0
0
-1
-5
-2
-10
-3
-15
2004
2006
2008
2010
2012
2014
4
4
3
3
2
2
1
1
0
0
-1
-1
2004
2006
2008
2010
2012
2014
Fonte: Eurostat.
1 Ver também a caixa intitulada “Developments in consumer gas prices in the euro area”, na edição de outubro de 2014 do Boletim Mensal do
BCE.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
57
primeira metade do ano. Contudo, desde junho, o impacto relacionado com as condições meteorológicas
tem vindo a atenuar-se, com a taxa de variação homóloga dos preços dos produtos alimentares não
transformados a aumentar gradualmente do mínimo de -2.8% em junho para cerca de zero em novembro.
A inflação dos preços dos produtos alimentares transformados também caiu em 2014, tendo-se situado
em 0.8% em novembro. Grande parte da queda reflete provavelmente a descida dos preços das matérias-primas internacionais e os preços dos produtos agrícolas no produtor na Europa.
No seu conjunto, as restantes duas componentes do IHPC, ou seja, a inflação dos preços dos produtos
industriais não energéticos e a inflação dos preços dos serviços, permaneceram baixas, embora
globalmente estáveis em 2014. Os níveis reduzidos da inflação dos preços dos produtos industriais não
energéticos e dos preços dos serviços refletem uma procura dos consumidores relativamente fraca, o
reduzido poder das empresas em termos de fixação de preços, uma modesta evolução dos salários e os
efeitos desfasados da apreciação do euro até maio. De acordo com os dados mais recentes, a inflação
dos produtos industriais não energéticos aumentou ligeiramente para 0.0% em novembro, enquanto a
inflação dos serviços caiu ligeiramente para 1.1%. A variação das taxas de crescimento homólogas
mensais destas duas componentes pode ser atribuída a efeitos de sazonalidade, como a calendarização
dos períodos de saldos no caso do vestuário ou a alteração de destinos turísticos de verão para destinos
de inverno no caso das férias organizadas.
Caixa 3
EFEITOS INDIRETOS DA EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO PETRÓLEO SOBRE A INFLAÇÃO DA
ÁREA DO EURO
Após um aumento acentuado entre o início de
2009 e 2011, os preços do petróleo oscilaram em
torno de um nível globalmente estável de USD
110 por barril entre o início de 2012 e meados de
2014. Devido à apreciação do euro face ao dólar,
os preços do petróleo denominados em euros
movimentaram-se em sentido descendente ao
longo desse período. Desde meados de 2014, os
preços do petróleo diminuíram acentuadamente,
situando-se em torno de USD 70 por barril no
final de novembro, com a descida da taxa de
câmbio USD/EUR a amortecer, em certa medida,
o impacto em termos de euros (ver Gráfico A).
Gráfico A Evolução dos preços do
petróleo e taxa de câmbio USD/EUR
(EUR, USD; dados diários)
petróleo bruto Brent (USD/barril; escala da esquerda)
petróleo bruto Brent (EUR/barril; escala da esquerda)
taxa de câmbio USD/EUR (escala da direita)
130
120
1.55
1.50
110
100
1.45
90
1.40
80
70
1.35
60
1.30
50
1.25
Por via da componente energética do IHPC, a
40
evolução dos preços do petróleo esteve na origem
1.20
30
2009
2010
2011
2012
2013
2014
de uma parte substancial da descida da inflação
Fontes: Bloomberg e cálculos do BCE.
global medida pelo IHPC desde o final de 20111.
Numa fase inicial, tal refletiu efeitos de base à
medida que o impacto em sentido ascendente de anteriores aumentos dos preços do petróleo era
excluído da comparação homóloga. Posteriormente, refletiu a descida gradual dos preços do petróleo
1 Para uma discussão mais pormenorizada, ver a caixa intitulada “O papel dos fatores mundiais na recente evolução da inflação na área do
euro”, na edição de junho de 2014 do Boletim Mensal do BCE.
58
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Preços
e custos
denominados em euros. Porém, a evolução dos preços do petróleo também terá tido um impacto
mais geral sobre as componentes não energéticas do IHPC. A presente caixa aborda os efeitos
indiretos da evolução dos preços do petróleo sobre a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos
energéticos e produtos alimentares.
A noção de efeitos indiretos
Em contraste com os efeitos diretos sobre a inflação medida pelo IHPC das variações dos preços
do petróleo por via do seu efeito sobre os preços no consumidor dos produtos energéticos, os efeitos
indiretos referem-se ao impacto das variações dos preços do petróleo por via dos custos de produção.
Estes efeitos indiretos são bastante óbvios no caso de alguns serviços de transporte, como, por
exemplo, a aviação, na qual os combustíveis são um importante fator de custo. Porém, há alguma
probabilidade de também estarem presentes no caso dos bens e serviços de consumo produzidos
com um nível relativamente elevado de petróleo e, mais em geral, intensidade energética, como,
por exemplo, alguns produtos farmacêuticos e alguns materiais utilizados na manutenção e reparação
da habitação. Além do mais, dado o papel importante das importações como fatores de produção
nos processos de produção interna ou como bens de consumo final, as variações dos preços do
petróleo podem também ter efeitos indiretos sobre a inflação da área do euro caso originem variações
dos preços do produto nas economias dos parceiros comerciais. O Gráfico B mostra o co-movimento
amplo entre os preços do petróleo e os preços no produtor. Quer os preços no produtor dos parceiros
comerciais da área do euro, que modelam os preços da importações da área do euro, quer os preços
no produtor de produtores da área do euro para a economia interna tendem a seguir de forma algo
desfasada a evolução dos preços do petróleo.
Avaliação do papel quantitativo dos efeitos indiretos
Em virtude da sua própria natureza, é difícil identificar precisamente nos dados os efeitos indiretos
sobre a inflação dos preços no consumidor, sendo que a sua quantificação se encontra rodeada por
alguma incerteza. Tal deve-se à sua natureza mais prolongada, bem como ao facto de os custos do
Gráfico B Evolução dos preços do petróleo e preços no produtor
(taxas de variação homólogas (%); dados mensais)
índice dos preços no produtor para a área do euro
petróleo bruto Brent (EUR/barril; escala da direita)
índice dos preços no produtor para parceiros
comerciais da área do euro 1)
petróleo bruto Brent (USD/barril; escala da direita)
15
100
15
100
12
80
12
80
9
60
9
60
6
40
6
40
3
20
3
20
0
0
0
0
-3
-20
-3
-20
-6
-40
-6
-40
-60
-9
-9
2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
-60
2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
Fontes: Bloomberg, Eurostat, OCDE e cálculos do BCE.
1) Implícito na taxa de câmbio efetiva real do euro (taxa de câmbio nominal face a 20 parceiros comerciais deflacionada pelos preços no
produtor relativos).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
59
petróleo ou de fatores de produção relacionados
com o petróleo constituírem apenas um dos fatores
na tomada de decisões de fixação de preços por
parte das empresas e de outras questões tais como
considerações estratégicas face a concorrentes ou
à posição cíclica da economia poderem igualmente
dar um contributo. À incerteza acresce ainda a
possibilidade de os efeitos indiretos dos preços
do petróleo poderem ser obscurecidos por fatores
compensatórios ou amplificadores, como, por
exemplo, a evolução das taxas de câmbio ou do
crescimento económico mundial.
G r á f i c o C Impacto estimado da evolução dos preços
do petróleo bruto sobre a inflação medida pelo IHPC
excluindo produtos alimentares e produtos energéticos
(taxas de variação homólogas (%) e contributos; dados trimestrais)
impacto estimado dos preços do petróleo
impacto de outros fatores
IHPC excluindo produtos alimentares
e produtos energéticos
1.8
1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.2
1.8
1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.2
De acordo com um estudo elaborado por
especialistas do Eurosistema em 2010 baseado
2011
2012
2013
2014
em modelos macroeconómicos, nos atuais níveis
Fonte: Cálculos do BCE com base em modelos macroeconómicos
de preços do petróleo de USD 60-80 por barril,
do Eurosistema – ver a nota 2.
aproximadamente dois terços do impacto dos
preços do petróleo sobre a inflação dos preços no
consumidor teria origem em efeitos diretos sobre a componente energética do IHPC, enquanto cerca
de um terço dever-se-ia aos efeitos sobre a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos2.
Mais especificamente, estimava-se que uma variação de 10% nos preços do petróleo originaria um
impacto de 0.4 pontos percentuais por via dos efeitos diretos sobre a componente energética – a
maioria do qual se processaria de modo relativamente rápido – e um impacto de aproximadamente
0.2 pontos percentuais por via de outras componentes do IHPC ao longo de um período até três anos.
Neste contexto, um exercício contrafactual com base nessas elasticidades sugere que os preços do
petróleo representaram aproximadamente 0.6 pontos percentuais da descida de 0.9 pontos percentuais
na inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e produtos alimentares desde o final
de 2011 (ver Gráfico C). Tal reflete sobretudo o desvanecimento do impacto ascendente associado
à subida dos preços do petróleo até essa data. Dado que o impacto deste exercício é estimado com
base no IHPC excluindo produtos alimentares e produtos energéticos, exclui os efeitos diretos sobre
a componente energética.
Uma forma mais orientada para os dados de aferir a presença de efeitos indiretos consiste em focar as
rubricas do IHPC excluindo produtos energéticos e produtos alimentares com maior probabilidade de
serem afetadas pela evolução dos preços do petróleo. Tendo por base o conjunto de rubricas disponíveis,
estas são selecionadas através de regressões simples de variações trimestrais em cadeia da rubrica
individual do IHPC num termo autorregressivo e desfasamentos relevantes das variações nos preços do
petróleo. O Gráfico D ilustra a evolução do agregado do IHPC que abrange as rubricas para as quais
2 Ver o artigo intitulado “Oil prices – their determinants and impact on euro area inflation and the macroeconomy”, na edição de agosto de
2010 do Boletim Mensal do BCE. Dado o papel importante desempenhado pelos impostos sobre o consumo na inflação dos produtos
energéticos, o impacto de uma determinada variação dos preços do petróleo sobre a inflação dos produtos energéticos é maior se o preço
do petróleo aumenta. Assim os preços do petróleo mais elevados (baixos) tendem a aumentar (diminuir) a importância relativa dos efeitos
diretos para o impacto global. Foram utilizadas três abordagens complementares para estimar o impacto dos efeitos indiretos e de segunda
ordem: i) análise do quadro fatores-resultados, ii) um modelo de vetores autorregressivos estruturais, e iii) modelos macroeconómicos
utilizados pelo Eurosistema. Na prática, foi difícil destrinçar os efeitos indiretos dos efeitos de segunda ordem, mas o impacto dos efeitos
de segunda ordem parecem ter-se atenuado ao longo do tempo, provavelmente refletindo alterações no comportamento de fixação de salários
(menos indexação automática de salários) e o ancorar das expetativas de inflação através da política monetária.
60
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Preços
e custos
surgiram impactos desfasados significativos dos
preços do petróleo3. Estas rubricas têm um peso de
aproximadamente 10% no IHPC excluindo produtos
energéticos e produtos alimentares. Porém, dada a
sua maior amplitude, contribuíram cerca de 25%
para a descida da inflação medida pelo IHPC
excluindo produtos energéticos e produtos
alimentares nos últimos dois anos.
G r á f i c o D Evolução dos preços do petróleo, IHPC
excluindo produtos alimentares e produtos energéticos
e componentes do IHPC selecionadas
(taxas de variação homólogas (%); dados mensais)
IHPC excluindo produtos energéticos
e produtos alimentares
rubricas do IHPC selecionadas1)
petróleo bruto Brent (EUR/barril; escala da direita)
5.0
75
4.5
50
Em termos globais, para além dos efeitos diretos 4.0
descendentes bastante significativos e 3.5
25
imediatamente visíveis das recentes descida dos 3.0
preços do petróleo sobre a componente energética 2.5
do IHPC, é razoável esperar igualmente impactos 2.0
0
descendentes sobre outras componentes do IHPC 1.5
através de efeitos indiretos. A magnitude e o 1.0
-25
momento exatos de concretização destes efeitos
0.5
são, no geral, incertos. À semelhança dos efeitos
diretos, porém, os efeitos indiretos sobre a taxa 0.0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 -50
de variação homóloga dos preços deveriam, em
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
1) Estas componentes do IHPC são muito sensíveis aos movimentos
princípio, ser temporários e estar relacionados
nos preços do petróleo. Para uma explicação mais pormenorizada,
com o período de ajustamento à variação dos
ver a nota 3.
preços do petróleo. Deste modo, não deverão
influenciar a inflação numa base sustentada. No entanto, é importante que essa evolução temporária
não se reflita nas expetativas de inflação a mais longo prazo nem tenha um impacto mais duradouro
sobre o comportamento de fixação de salários e preços por via dos efeitos de segunda ordem.
3 Na componente de bens industriais não energéticos, estas rubricas selecionadas incluem: i) bens de uso doméstico não duradouros (056100),
ii) materiais para a manutenção e reparação das habitações (043100), iii) animais de estimação e produtos correlacionados (0934_5), iv)
peças e acessórios para equipamento para transporte pessoal (072100) e v) Materiais para vestuário (031100). Na componente de serviços,
incluem sobretudo serviços relacionados com transportes, em particular: i) outros serviços de transportes adquiridos (073600), ii) transportes
rodoviários de passageiros (073200), iii) outros serviços relacionados com a habitação n.e. (044400), iv) transportes de passageiros por mar
e vias interiores navegáveis (073400), v) transportes aéreos de passageiros (073300), e vi) férias organizadas (096000). Estas rubricas foram
escolhidas com base na sua ligação com os movimentos nos preços do petróleo. Foi estimado um modelo com desfasamentos distribuídos
e autorregressivos relativamente simples (e parcial) para cada uma das 93 subcomponentes i pormenorizadas do IHPC em cada país da área
qoq
qoq
: PETRÓLEO qoq
do euro c ao longo do período de amostragem entre 2000 e 2014, IHPCi ,qoq
c ,t = f ( IHPCi ,c ,t -1 , PETRÓLEO t
t - 4 ) , em que o IHPC denota
a taxa de variação trimestral em cadeia (qoq) da componente i do IHPC corrigida de sazonalidade no país c no momento t, e PETRÓLEO
denota a taxa de variação trimestral em cadeia (qoq) dos preços do petróleo (denominados em euros) no momento t. Devido aos
co-movimentos entre os preços das matérias-primas, é possível que esta metodologia também capte os impactos de outros preços das
matérias-primas, como, por exemplo, as matérias-primas alimentares e industriais.
3.2 PREÇOS DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
A acumulação de pressões para os preços no consumidor dos produtos industriais não energéticos
estabilizou em níveis baixos em 2014, refletindo uma procura fraca e a evolução contida dos preços
das matérias-primas energéticas e não energéticas. A componente dos bens de consumo não alimentares
do IPP é um indicador avançado bastante bom da inflação dos preços dos produtos industriais não
energéticos. Desde o início de 2013, a taxa de variação homóloga desta componente tem flutuado em
torno de níveis ligeiramente acima de zero. Os preços no produtor de bens intermédios, bem como os
preços em euros do petróleo bruto e de outras matérias-primas, sugerem uma evolução igualmente
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
61
moderada nas fases mais iniciais da cadeia dos preços no produtor. Se os padrões históricos se
confirmarem, a estabilização da inflação dos preços no produtor em 2014 seria consistente com a
estabilização, ou um ligeiro aumento, dos preços dos produtos industriais não energéticos no futuro.
Os dados mais recentes indicam que, em outubro, a inflação dos preços da produção industrial, excluindo
construção, permaneceu em terreno negativo (-1.3%, após -1.4% em setembro), enquanto a taxa de
variação homóloga dos preços no produtor dos bens de consumo não alimentares permaneceu inalterada
em 0.2% (ver Quadro 9 e Gráfico 43).
Em contraste com os bens de consumo não alimentares, a acumulação de pressões para os preços no
consumidor dos produtos alimentares diminuiu ligeiramente em 2014. Nas fases mais avançadas da
cadeia de preços, a taxa de variação homóloga dos preços no produtor dos produtos alimentares no
consumidor tem vindo a diminuir gradualmente, tendo permanecido em terreno negativo desde julho.
Nas fases mais iniciais, as informações sobre a acumulação de pressões é algo contraditória. Por um
lado, a taxa de variação homóloga dos preços dos produtos agrícolas no produtor na área do euro tem
continuado a descer (registando uma taxa de crescimento homóloga negativa de 9.6% em outubro), por
outro, os preços internacionais das matérias-primas alimentares em euros recuperaram nos últimos
meses.
Numa perspetiva setorial, a evidência com base em resultados de inquéritos também confirma uma
acumulação moderada de pressões. De acordo com o Índice dos Gestores de Compras (IGC), os índices
para os preços dos fatores de produção nos setores da indústria transformadora e dos serviços diminuíram
gradualmente ao longo de 2014, enquanto os índices de preços de venda permaneceram globalmente
estáveis (ver Gráfico 44). Os quatro índices situam-se abaixo das suas médias de longo prazo e, à
exceção do índice de preços dos fatores de produção para os serviços, situam-se ligeiramente abaixo
da referência de 50 que sinaliza um aumento dos preços. As expetativas dos preços de venda do inquérito
Gráfico 43 Desagregação dos preços da
produção industrial
Gráfico 44 Inquéritos sobre os preços no
produtor dos fatores de produção e do
produto
(taxas de variação homólogas (%); dados mensais)
(índices de difusão; dados mensais)
indústria transformadora; preços
dos fatores de produção
indústria transformadora; preços cobrados
serviços; preços dos fatores de produção
serviços; preços cobrados
total da indústria excluindo construção
(escala da esquerda)
bens intermédios (escala da esquerda)
bens de investimento (escala da esquerda)
bens de consumo (escala da esquerda)
produtos energéticos (escala da direita)
90
80
80
10
70
70
5
60
60
50
50
40
40
30
30
25
8
20
6
15
4
2
0
0
-2
-5
-4
-10
-6
-15
-8
-20
-25
-10
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
62
90
10
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
20
20
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Markit.
Nota: Um valor do índice superior a 50 indica um aumento dos preços,
enquanto um valor inferior a 50 indica uma descida.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Preços
e custos
às empresas da Comissão Europeia para o total da
indústria (excluindo construção) e o setor dos
serviços também continuaram a oscilar em níveis
abaixo das respetivas médias de longo prazo. Em
resultado, os dados de inquéritos recentes não
sugerem quaisquer alterações significativas nas
perspetivas de inflação baixa nos próximos meses.
Gráfico 45 Indicadores selecionados
dos custos do trabalho
(taxas de variação homólogas (%); dados trimestrais)
remuneração por empregado
remuneração por hora
salários negociados
3.3 INDICADORES DOS CUSTOS
DO TRABALHO
4.5
4.5
4.0
4.0
3.5
3.5
3.0
3.0
A evolução dos custos do trabalho abrandou
2.5
2.5
ligeiramente em 2014, face aos dois anos anteriores,
2.0
2.0
durante os quais as pressões salariais permaneceram
1.5
1.5
relativamente estáveis, embora baixas (ver
Quadro 10 e Gráfico 45). O padrão de crescimento
1.0
1.0
dos salários ao nível da área do euro continua a
0.5
0.5
ocultar divergências substanciais na evolução
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
salarial entre países. Em vários países, a pressão
Fontes: Eurostat, dados nacionais e cálculos do BCE.
sobre os custos globalmente moderada, resultante
dos salários, reflete não só uma fraca procura de
trabalho, mas também o impacto de reformas estruturais destinadas a remover a rigidez a fim de
promover a competitividade.
Entre o primeiro trimestre de 2012 e o primeiro trimestre de 2014, a taxa de variação homóloga da
remuneração por empregado oscilou num intervalo estreito próximo de 2% (com exceção do quarto
trimestre de 2012, altura em que os salários do setor público sofreram uma redução em alguns países
no contexto de medidas de consolidação orçamental). No segundo trimestre de 2014, a taxa de variação
homóloga da remuneração por empregado abrandou ligeiramente, para 1.3% face a 1.7% no trimestre
anterior, principalmente devido a um menor contributo do setor industrial incluindo construção (ver
Gráfico 46). O crescimento dos salários medido pela remuneração por hora aumentou para 1.4% no
segundo trimestre de 2014, em comparação com 1.2% no trimestre anterior. A divergência entre estes
dois indicadores reflete uma diminuição da taxa de crescimento homóloga das horas trabalhadas por
pessoa empregada. Os salários negociados na área do euro cresceram a uma taxa homóloga de 1.9%
no segundo trimestre e 1.7% no terceiro trimestre. O aumento da taxa de crescimento homóloga dos
Quadro 10 Indicadores dos custos do trabalho
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
Salários negociados
Remuneração por empregado
Remuneração por hora
Por memória:
Produtividade do trabalho
Custos unitários do trabalho
2012
2013
2013
T3
2013
T4
2014
T1
2014
T2
2014
T3
2.2
1.7
2.7
1.8
1.7
2.2
1.7
1.8
2.0
1.7
2.0
2.0
1.9
1.7
1.2
1.9
1.3
1.4
1.7
.
.
-0.2
1.9
0.3
1.4
0.4
1.4
0.8
1.2
1.0
0.7
0.4
0.9
.
.
Fontes: Eurostat, dados nacionais e cálculos do BCE.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
63
Gráfico 46 Evolução dos custos do trabalho, por setor
(taxas de variação homólogas (%); dados trimestrais)
indústria excluindo construção (RPE)
construção (RPE)
serviços mercantis (RPE)
serviços não mercantis (RPE)
indústria excluindo construção (RPH)
construção (RPH)
serviços mercantis (RPH)
serviços não mercantis (RPH)
7
7
7
7
6
6
6
6
5
5
5
5
4
4
4
4
3
3
3
3
2
2
2
2
1
1
1
1
0
0
0
0
-1
-1
-1
-1
-2
-2
-2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
-2
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Fontes: Eurostat, dados nacionais e cálculos do BCE.
Notas: RPE corresponde a “remuneração por empregado” e RPH a “remuneração por hora”. “Serviços não mercantis” abrange instituições
públicas e privadas sem fins lucrativos em áreas como administração pública, educação ou saúde (aproximados pela soma das Secções O a Q
da desagregação da NACE Rev. 2). “Serviços mercantis” são definidos como a diferença restante em relação ao total dos serviços (Secções
G a U da desagregação da NACE Rev. 2).
salários negociados em relação à remuneração por empregado sugere a existência de um desvio salarial
negativo na área do euro até à data em 2014.
Até meados de 2014, a taxa de crescimento homóloga dos custos unitários do trabalho seguiu uma
tendência no sentido descendente, principalmente em resultado de uma retoma da produtividade do
trabalho e de um enfraquecimento do crescimento dos salários. Os dados mais recentes mostram que
a taxa de crescimento homóloga dos custos unitários do trabalho aumentou ligeiramente para 0.9% no
segundo trimestre de 2014, uma vez que o crescimento da produtividade mais fraco mais do que
compensou uma nova moderação do crescimento dos salários.
3.4 EVOLUÇÃO DOS LUCROS DAS EMPRESAS
Em linha com o abrandamento da atividade económica, a recuperação modesta dos lucros (medidos
em termos do excedente de exploração bruto) observada desde o início de 2013 abrandou
significativamente no segundo trimestre de 2014, para um crescimento homólogo de 1.1% face a
2.3% no trimestre anterior (ver Gráfico 47). Este abrandamento reflete um crescimento do PIB real
mais fraco e um abrandamento ainda mais forte da taxa de crescimento dos lucros por unidade de
produto. De uma perspetiva setorial, reflete um menor crescimento dos lucros no setor industrial e
no setor dos serviços mercantis. A taxa de crescimento homóloga entrou mesmo em terreno negativo
no setor industrial, mais cíclico. A moderação do crescimento do valor acrescentado e, em particular,
a redução dos lucros unitários resultante da fraca conjuntura económica implicaram uma diminuição
homóloga dos lucros no setor industrial, para 0.7% no segundo trimestre, face a 1.1% no primeiro
trimestre (ver Gráfico 48). No setor dos serviços mercantis, onde os lucros registaram uma recuperação
64
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Preços
e custos
Gráfico 47 Desagregação do crescimento
dos lucros em produto e lucro por
unidade produzida na área do euro
Gráfico 48 Evolução dos lucros na área
do euro por ramo principal de atividade
(taxas de variação homólogas (%); dados trimestrais)
(taxas de variação homólogas (%); dados trimestrais)
conjunto da economia
indústria
serviços mercantis
produto (crescimento do PIB)
lucro por unidade produzida
lucros (excedente operacional bruto)
10
10
20
20
8
8
15
15
6
6
10
10
4
4
5
5
0
0
2
2
0
0
-2
-2
-5
-5
-4
-4
-10
-10
-6
-6
-8
-8
-15
-15
-10
-20
-20
-12
2014
-25
-10
-12
2002
2004
2006
2008
2010
2012
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
2002
2004
2006
2008
2010
2012
-25
2014
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
mais significativa do que no setor industrial ao longo dos últimos dois anos, o crescimento dos
lucros abrandou no segundo trimestre de 2014, para 1.3% face a taxas em torno de 2.0% no trimestre
anterior.
3.5 PERSPETIVAS PARA A INFLAÇÃO
As taxas de inflação permanecem num nível reduzido há um período de tempo considerável. Com base
na informação disponível em meados de novembro, altura em que foram finalizadas as projeções
macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema,
esperava-se que a inflação homóloga medida pelo IHPC se situasse em 0.5% em 2014 e 0.7% em 2015.
Antecipava-se uma recuperação modesta para 1.3% em 2016, refletindo uma nova recuperação da
atividade económica.
No que respeita às principais componentes do IHPC, de acordo com as perspetivas incluídas nas
projeções dos especialistas, a inflação dos preços dos produtos energéticos deveria permanecer em
terreno claramente negativo nos primeiros três trimestres de 2015, após as fortes quedas dos preços do
petróleo registadas nos últimos meses. Dada a pressuposta ligeira inclinação ascendente da curva dos
futuros do preço do petróleo, a inflação dos preços dos produtos energéticos deveria passar a ser
ligeiramente positiva o mais tardar após um ano, altura em que a recente quebra dos preços do petróleo
sairá do cálculo da taxa homóloga.
No seguimento de choques favoráveis na oferta de produtos alimentares em 2014, os quais atenuaram
os preços, esperava-se que a inflação dos produtos alimentares não transformados recuperasse na primeira
metade de 2015 e estabilizasse em torno da respetiva média histórica na segunda metade do ano. Partindo
do pressuposto de que a oferta dos produtos alimentares não transformados registaria uma normalização,
esperava-se que os efeitos de base no sentido ascendente suportassem a continuação de uma tendência
em sentido ascendente das taxas de variação homólogas observadas nos últimos meses.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
65
Projetava-se que a inflação dos preços dos produtos alimentares transformados voltasse a diminuir nos
próximos meses, devido à transmissão das recentes descidas dos preços dos produtos agrícolas no
produtor na Europa. Partindo do pressuposto de que haveria um aumento dos preços das matérias-primas
e efeitos de base ascendentes, a referida inflação deveria recuperar gradualmente ao longo de 2015.
Esperava-se que a inflação dos preços dos produtos industriais não energéticos permanecesse moderada
nos próximos meses, antes de recuperar gradualmente no segundo trimestre de 2015, suportada pela
transmissão da taxa de câmbio do euro mais baixa e pelas melhorias na procura por parte dos consumidores
em alguns países. Esperava-se que a taxa de variação média anual em 2015 se situasse ligeiramente
abaixo da média de longo prazo de 0.7%.
Projetava-se que a inflação dos preços dos serviços permanecesse em níveis moderados, antes de
aumentar no final de 2015. A recuperação antecipada da inflação dos preços dos serviços refletia
aumentos esperados do crescimento dos salários, acompanhados de uma recuperação gradual da atividade
económica.
Os riscos para as perspetivas de evolução dos preços no médio prazo serão acompanhados de perto,
em particular no que refere às possíveis repercussões da atenuação da dinâmica de crescimento, evolução
geopolítica, evolução cambial e dos preços dos produtos energéticos, bem como à transmissão das
medidas de política monetária. Devido às novas descidas dos preços do petróleo nas últimas semanas,
as taxas de inflação homólogas medidas pelo IHPC poderão registar novos movimentos no sentido
descendente nas próximas semanas. Será dada particular atenção ao impacto global da recente evolução
dos preços do petróleo nas tendências de médio prazo da inflação na área do euro.
66
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
4 PRODUTO, PROCURA E MERCADO DE TRABALHO
O PIB real na área do euro aumentou 0.2%, em termos trimestrais em cadeia, no terceiro trimestre
deste ano, em linha com indicações anteriores de um enfraquecimento do dinamismo de crescimento
da área do euro, conduzindo a uma revisão em baixa das perspetivas de crescimento do PIB real da
área do euro nas previsões mais recentes. Os dados mais recentes e a evidência fornecida pelos
inquéritos disponíveis até novembro confirmam este cenário de um perfil de crescimento mais fraco
no futuro próximo. Paralelamente, mantêm-se as perspetivas de uma recuperação económica modesta.
Por um lado, a procura interna deverá ser sustentada pelas medidas de política monetária, pela
melhoria contínua das condições financeiras, pelos progressos alcançados em termos de consolidação
orçamental e reformas estruturais, e por preços dos produtos energéticos significativamente mais
baixos que suportam o rendimento disponível real. Além do mais, a procura de exportações deverá
beneficiar da retoma a nível mundial. Por outro lado, é provável que a retoma continue a ser travada
pelo elevado desemprego, o alto grau de capacidade produtiva não utilizada, e os ajustamentos de
balanço necessários nos setores público e privado.
Estes elementos estão refletidos nas projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do
euro elaboradas por especialistas do Eurosistema, segundo as quais o PIB real anual deverá aumentar
0.8% em 2014, 1.0% em 2015 e 1.5% em 2016. Comparando com as projeções macroeconómicas de
setembro de 2014 elaboradas por especialistas do BCE, as projeções para o crescimento do PIB real
foram revistas substancialmente em baixa. Foram revistas em baixa as projeções da procura interna
e das exportações líquidas. Os riscos que rodeiam as perspetivas económicas para a área do euro
encontram-se do lado descendente.
4.1 PIB REAL E COMPONENTES
DA PROCURA
De acordo com a estimativa provisória do Eurostat,
o PIB real aumentou 0.2%, em termos trimestrais
em cadeia, no terceiro trimestre de 2014 (ver Gráfico
49), o sexto trimestre consecutivo de crescimento
positivo, embora moderado. O produto aumentou
no terceiro trimestre na maioria dos países de grande
dimensão da área do euro. Embora não se encontrasse
disponível uma desagregação da despesa à data de
fecho da informação deste Boletim Mensal, os dados
disponíveis dos países e os indicadores de curto
prazo sugerem que o consumo privado voltou a
fortalecer-se e deu um contributo positivo para o
crescimento, enquanto o investimento registou uma
descida, dando, assim, um contributo negativo.
O comércio líquido deu um contributo globalmente
neutro para o crescimento, visto que as exportações
poderão ter beneficiado da recuperação do comércio
mundial em paralelo com a depreciação da taxa de
câmbio do euro. Em termos de valor acrescentado,
um contributo positivo do setor dos serviços terá
aparentemente sido parcialmente contrabalançado
por um contributo negativo do setor da indústria
incluindo a construção.
G r á f i c o 4 9 Crescimento do PIB real e
contributos, IGC compósito do produto e
sentimento económico
(taxa de crescimento trimestral em cadeia, contributos trimestrais em
pontos percentuais, índices; dados corrigidos de sazonalidade)
procura interna – excluindo existências
(escala da esquerda)
variação de existências (escala da esquerda)
exportações líquidas (escala da esquerda)
crescimento do PIB total (escala da esquerda)
IGC compósito do produto (escala da direita)
ESI – Indicador de Sentimento Económico1)
(escala da direita)
0.6
56
0.4
54
0.2
52
0.0
50
-0.2
48
-0.4
46
T3
T4
2013
T1
T2
T3
T4
2014
Fontes: Eurostat, Markit, Inquéritos da Comissão Europeia às
Empresas e Consumidores e cálculos do BCE.
Nota: A última observação para o crescimento do PIB total refere-se
a uma estimativa provisória do Eurostat.
1) O ESI é normalizado com a média e o desvio padrão do IGC ao
longo do período ilustrado no gráfico.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
67
O crescimento do produto no terceiro trimestre aumentou em comparação com o trimestre anterior,
mas refletiu, em certa medida, fatores temporários e técnicos relacionados com a data tardia das férias
escolares em algumas zonas da Europa, a qual teve um efeito atenuante sobre o crescimento. Um outro
fator atenuante foram as tensões geopolíticas, em particular a situação na Ucrânia e na Rússia. A atividade
comercial foi diretamente afetada por cancelamentos de encomendas, bem como pelo efeito de contágio
do sentimento mais desfavorável e da crescente incerteza.
Os resultados de inquéritos em outubro e novembro evidenciaram uma evolução bastante diversificada.
Embora o Indicador de Sentimento Económico da Comissão Europeia se tenha situado, em média, num
nível semelhante ao do terceiro trimestre, o Índice de Gestores de Compras (IGC) compósito do produto
diminuiu face ao trimestre anterior. No entanto, os níveis de ambos os indicadores mantêm-se em linha
com um crescimento positivo, embora moderado, no último trimestre deste ano. Espera -se que o
crescimento seja sustentado pela orientação acomodatícia da política monetária e pelos progressos
alcançados em termos de consolidação orçamental e reformas estruturais. Além do mais, também se
prevê que a redução dos preços das matérias-primas e a depreciação da taxa de câmbio do euro apoiem
o crescimento através de ganhos de rendimento disponível e do aumento da procura de exportações.
Porém, o crescimento deverá continuar a ser atenuado pelo elevado desemprego, pelo alto grau de
capacidade produtiva não utilizada, e pelos ajustamentos de balanço necessários nos setores público e
privado (ver o artigo intitulado “Projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do euro
elaboradas por especialistas do Eurosistema”).
CONSUMO PRIVADO
O consumo privado aumentou 0.3% no segundo trimestre de 2014, prosseguindo assim o padrão de
crescimento moderado que começara no segundo trimestre de 2013. Esta subida refletiu um aumento
do consumo de bens de retalho e da aquisição de automóveis. Paralelamente, o consumo de serviços
deu um contributo globalmente neutro para as despesas de consumo. A evolução recente dos indicadores
de curto prazo e inquéritos é, no geral, consistente com uma continuação do crescimento positivo das
despesas das famílias no segundo semestre deste ano.
Numa análise um pouco mais de longo prazo, a melhoria da dinâmica subjacente do consumo privado
que teve início no segundo trimestre de 2013 refletiu, em grande medida, a evolução do rendimento
disponível real. O rendimento agregado, que, durante um período prolongado, foi adversamente afetado
por uma diminuição do emprego, beneficia cada vez mais da estabilização e ligeira melhoria das condições
nos mercados de trabalho, bem como de uma moderação do impacto da restrição orçamental. Além
disso, os rendimentos reais têm sido apoiados por uma inflação baixa, que, por sua vez, reflete em grande
medida a diminuição dos preços dos produtos energéticos. Mais recentemente, porém, o crescimento do
rendimento disponível nominal anual das famílias desacelerou, de 2.5% no quarto trimestre de 2013
para 0.8% no segundo trimestre deste ano. Esta descida pode ser amplamente explicada por um menor
contributo para o crescimento do rendimento por parte dos trabalhadores por conta própria. A redução
das transferências líquidas, refletindo em parte o funcionamento do sistema fiscal e de benefícios,
contribuiu igualmente para o menor crescimento do rendimento. Num contexto de fraca dinâmica dos
preços, o crescimento do rendimento real manteve-se estável no segundo trimestre deste ano face ao
mesmo período um ano antes, reduzindo-se 0.3 pontos percentuais face ao trimestre anterior e 1.6% face
ao último trimestre do ano passado. Com o crescimento do consumo nominal a aumentar novamente e
a ultrapassar o crescimento do rendimento, o rácio de poupança das famílias diminuiu 0.2 pontos
percentuais no segundo trimestre para 12.9%, continuando assim a flutuar em redor de um valor reduzido.
No que respeita à dinâmica de curto prazo das despesas de consumo, tanto dados concretos como
indicativos sugerem, no conjunto, a continuação do crescimento no terceiro trimestre, enquanto as
68
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
perspetivas para o quarto trimestre são mais
Gráfico 50 Vendas a retalho, IGC no
setor retalhista e medidas de confiança
variadas. Embora as vendas a retalho tenham
aumentado 0.1%, em termos trimestrais em cadeia,
(dados mensais)
no terceiro trimestre, e 0.4%, em termos mensais
vendas a retalho totais 1) (escala da esquerda)
em cadeia, em outubro, situaram-se ainda assim
confiança dos consumidores 2) (escala da direita)
confiança no comércio a retalho 2) (escala da direita)
nesse mês 0.1% abaixo do seu resultado no terceiro
IGC 3) para as vendas efetivas face ao mês anterior
trimestre. Embora o IGC para as vendas a retalho
(escala da direita)
também tenha aumentado entre setembro e outubro,
40
4
manteve-se abaixo do limiar de crescimento de
30
3
50. Paralelamente, o indicador da Comissão
20
2
Europeia relativo à confiança no setor retalhista
situou-se ligeiramente acima da sua média de longo
10
1
prazo em outubro e novembro, mais ou menos num
0
0
nível semelhante ao do trimestre anterior. Além
-10
-1
do mais, os novos registos de automóveis de
-20
-2
passageiros aumentaram quase 0.4%, em termos
trimestrais em cadeia, no terceiro trimestre e
-30
-3
novamente, em termos mensais em cadeia, em
-40
-4
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
outubro, para se situar mais de 2% acima do nível
médio relativamente ao terceiro trimestre,
Fontes: Eurostat, Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e
Consumidores, Markit e cálculos do BCE.
assinalando assim um início positivo do quarto
1) Taxas de variação homólogas (%); médias móveis de 3 meses;
dados corrigidos de dias úteis; inclui combustíveis.
trimestre. Por último, a confiança dos consumidores
2) Saldos de respostas extremas; dados corrigidos de sazonalidade
da área do euro, que apresenta uma orientação
e da média.
3) Índice de Gestores de Compras; desvios de um valor de índice
razoavelmente boa da evolução tendencial das
de 50.
despesas das famílias, diminuiu entre outubro e
novembro, retomando assim a sua tendência
descendente que começara em maio deste ano (ver Gráfico 50). A diminuição da confiança dos
consumidores verificada ao longo dos últimos seis meses reflete a avaliação das famílias das perspetivas
de desemprego e da situação económica geral. As avaliações relativas à posição financeira e às poupanças
futuras deterioraram-se apenas ligeiramente. A evolução nos diferentes países tem sido bastante
diversificada, mas todos os países de maior dimensão da área do euro registaram uma descida no
sentimento dos consumidores face a maio.
INVESTIMENTO
O crescimento da formação bruta de capital fixo foi interrompido no segundo trimestre de 2014 após
quatro trimestres consecutivos. Consequentemente, o rácio do investimento real total em relação ao
PIB regressou ao seu nível mais baixo desde o início da crise (ver também a Caixa 4). O investimento
total caiu 0.9%, em termos trimestrais em cadeia, no segundo trimestre. Embora não esteja disponível
uma desagregação do investimento com uma periodicidade trimestral, os dados da produção sugerem
que quer o investimento noutros setores exceto construção quer o investimento em construção também
registaram uma descida. A queda do investimento em construção terá sido causada por uma descida da
construção de edifícios para habitação e engenharia civil, refletindo um efeito compensatório da atividade
mais forte do que o habitual no primeiro trimestre, a qual foi suportada por condições meteorológicas
favoráveis em vários países da área do euro.
No terceiro trimestre, a fragilidade do investimento total terá continuado, manifestando-se através de
um aumento muito modesto da produção de bens de investimento num contexto em que a utilização
da capacidade produtiva no setor da indústria transformadora permaneceu abaixo da sua média de longo
prazo. Paralelamente, a produção no setor da construção diminuiu novamente.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
69
No que respeita ao quarto trimestre de 2014, os indicadores disponíveis apontam para uma recuperação
muito modesta do investimento, mais especificamente em resultado do investimento noutros setores
exceto construção. Estas perspetivas são sustentadas por um crescimento reduzido, lucros crescentes
e um acesso ligeiramente mais favorável ao financiamento, de acordo com o inquérito aos bancos sobre
o mercado de crédito realizado pelo BCE em outubro. No entanto, a retoma do investimento deverá
ser modesta, devido à continuação do processo de desalavancagem das empresas e à capacidade produtiva
disponível remanescente, visto que a taxa de utilização da capacidade produtiva no setor da indústria
transformadora deverá permanecer abaixo da sua média de longo prazo no quarto trimestre de 2014.
Além do mais, a confiança na indústria manteve-se modesta e as expetativas relativas à produção no
setor dos bens de investimento diminuíram, em média, em outubro e novembro em comparação com
o terceiro trimestre do ano. Relativamente ao final de 2014 e ao início de 2015, os principais inquéritos
à construção continuam a indicar uma atividade de construção fraca ou decrescente visto que o IGC
para o produto no setor da construção e da habitação e o indicador de confiança da Comissão Europeia
para o setor da construção permanecem claramente abaixo das respetivas médias de longo prazo. Dados
recentes sobre licenças de construção e encomendas no setor da construção em alguns países de grande
dimensão da área do euro também evidenciam uma ligeira diminuição. A continuação de ajustamentos
nos mercados da habitação em muitos países da área do euro e os stocks de edifícios subaproveitados
deverão continuar a restringir a atividade no setor.
No médio prazo, espera-se uma melhoria gradual do investimento total, em resultado da melhoria da
procura, da rendibilidade, do rendimento das famílias, das melhores condições de financiamento e da
menor contenção orçamental. De acordo com o inquérito bianual ao investimento realizado pela Comissão
Europeia e publicado em novembro, o investimento na indústria deverá crescer 3% em 2015, o que
compara com 2% em 2014.
Caixa 4
FRAQUEZA ATUAL DO INVESTIMENTO DA ÁREA DO EURO EM COMPARAÇÃO COM
ANTERIORES CRISES
A fraqueza atual do investimento da área do euro é pronunciada em termos históricos. A presente
caixa compara as tendências do investimento – bem como de algumas variáveis macroeconómicas
relacionadas – com o observado em crises “financeiras” e “sistémicas” anteriores1. De um modo geral,
a recuperação do investimento até à data é consideravelmente mais fraca do que em crises financeiras
precedentes, revelando, porém uma maior semelhança com o constatado após crises sistémicas.
Comparação com crises financeiras e sistémicas anteriores
O nível de investimento real na área do euro (representado no Gráfico A pela linha pequena ponteada
vermelha) é presentemente muito inferior ao nível geral registado após recessões “médias”, bem como
1 O conjunto de crises financeiras referidas na presente caixa abrange 11 crises associadas a tensões no setor bancário durante as décadas
de 1980 e 1990, como, por exemplo, as crises bancárias na Grã-Bretanha (1973), na Grécia e Itália (1992) e no Japão (1996). Em
comparação, as crises sistémicas envolvem cinco crises financeiras de grande dimensão registadas em Espanha (1977), na Noruega (1987),
na Finlândia (1991), na Suécia (1991) e no Japão (1992). Ver Reinhart, C.M. e Rogoff, K.S., “Is the 2007 US Sub-prime Financial Crisis
So Different? An International Historical Comparison”, The American Economic Review, Vol. 98, n.º 2, maio de 2008. Note-se que o termo
“ciclo médio” se refere a todas as outras recessões verificadas nos países da OCDE desde 1970, ou seja, as não associadas a crises
financeiras ou sistémicas. Além disso, impõe-se alguma cautela, na medida em que as crises sistémicas representam uma amostra muito
reduzida de crises e foram influenciadas por fatores especiais, tais como alterações de políticas-chave relacionadas com a liberalização
financeira ou o afrouxamento da regulamentação prudencial.
70
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
após um grande número de anteriores crises
financeiras não sistémicas mundiais. A diminuição
total do investimento durante o recente período de
crise é, contudo, globalmente comparável ao
decréscimo médio verificado em crises sistémicas.
Por seu turno, o padrão da recuperação em curso
é bastante diferente, devido ao caráter de recessão
dupla da crise. Embora o investimento tenha,
inicialmente, diminuído de forma mais acentuada
do que em crises sistémicas anteriores, a primeira
queda para um valor mínimo foi menos profunda
do que numa crise sistémica típica. Além disso,
após o valor mínimo registado em 2010, o
investimento começou a recuperar a um ritmo
análogo ao observado após recessões normais. No
entanto, em menos de dois anos, o progresso foi
interrompido pelo despoletar da crise da dívida
soberana, altura em que o nível de investimento
registou nova contração. Desde então, são poucos
os sinais de recuperação (Gráfico A). Por
conseguinte, o investimento situa-se presentemente
cerca de 20% abaixo do seu nível em 2008.
Gráfico A Tendências do investimento
real após episódios de crise
(índice)
intervalo interquartil
ciclo médio
crises financeiras
crises sistémicas
área do euro (atual)
140
140
130
130
120
120
110
110
100
100
90
90
80
80
70
T-16
T-8
T
T+8
T+16
T+24
70
T+32
Fontes: OCDE, Eurostat e cálculos do BCE.
Nota: “T” representa o valor máximo de crescimento do PIB em
cada período pré-crise. O último pico foi registado no primeiro
trimestre de 2008.
Fatores coincidentes com a fraqueza atual do investimento
Em comparação com crises financeiras e sistémicas anteriores, a recuperação lenta do investimento
observada durante a crise mais recente coincidiu com um conjunto de condições económicas únicas.
Em primeiro lugar, o investimento público – incluindo o investimento em infraestruturas – apresentou-se
fraco, devido à consolidação orçamental e à necessidade de desalavancagem do setor público. Após o
início da Grande Recessão, o rácio da dívida pública em relação ao PIB situava-se em níveis superiores
a 90% na área do euro, o que é muito superior ao observado, em média, antes de crises anteriores (Gráfico B).
Tal restringiu a já limitada margem de manobra orçamental para estimular o investimento, induzindo, ao
invés, os governos a procederem a uma consolidação das finanças públicas relativamente cedo.
Em segundo lugar, tal como em crises sistémicas anteriores, o investimento residencial registou
uma contração significativa, mas praticamente não se verifica ainda qualquer sinal de recuperação
(Gráfico C). Importa destacar que o nível inicial adotado como referencial, ou seja, o valor máximo
de crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2008, reflete o investimento residencial anterior
à crise, insustentavelmente elevado em vários países da área do euro. Além disso, a expetativa é
de que o ajustamento em curso do investimento residencial persista durante algum tempo, exercendo
uma pressão em sentido descendente sobre o investimento global.
Em terceiro lugar, a dinâmica fraca do investimento empresarial durante a crise da dívida soberana
poderá estar parcialmente associada à evolução das exportações 2. Na sequência de uma crise mundial
2 Para uma análise mais pormenorizada dos fatores subjacentes à diminuição do investimento empresarial, consultar a caixa intitulada
“Factors behind the fall and recovery in business investment”, publicada na edição de abril de 2014 do Boletim Mensal do BCE.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
71
Gráfico B Dívida pública após episódios
de crise
Gráfico C Nível do investimento
residencial real após episódios de crise
(em percentagem do PIB)
(índice)
intervalo interquartil
ciclo médio
crises financeiras
crises sistémicas
área do euro (atual)
intervalo interquartil
ciclo médio
crises financeiras
crises sistémicas
área do euro (atual)
110
110
140
140
100
100
130
130
90
90
120
120
80
80
110
110
70
70
100
100
60
60
50
50
90
90
40
40
80
80
30
30
70
70
20
60
T-16
20
T-8
T
T+8
T+16
T+24
T+32
Fontes: OCDE e cálculos do BCE.
Nota: “T” representa o valor máximo de crescimento do PIB em
cada período pré-crise. O último pico foi registado no primeiro
trimestre de 2008.
T-8
T
T+8
T+16
T+24
60
T+32
Fontes: OCDE, Eurostat e cálculos do BCE.
Notas: “T” representa o valor máximo de crescimento do PIB em
cada período pré-crise. O último pico foi registado no primeiro
trimestre de 2008. Para crises anteriores, a informação relativa ao
investimento residencial provém da base de dados da OCDE. Para
a crise mais recente, são usados os dados relativos ao investimento
residencial na área do euro, compilados pelo Eurostat.
sincronizada, as exportações diminuíram de forma significativa em 2008, tendo posteriormente
registado uma recuperação mais gradual do que a observada em recessões normais (Gráfico D).
No geral, as crises financeiras e sistémicas precedentes foram mais circunscritas em termos
geográficos, tendo o relativamente intato crescimento mundial criado a base para uma recuperação
impulsionada pelas importações mais firme.
Por último, a elevada incerteza, incluindo a incerteza acerca das políticas económicas futuras dos
governos nacionais, é um fator importante que refreia o investimento empresarial no contexto atual.
Inquéritos sobre a incerteza em termos de políticas3 nas cinco maiores economias europeias revelam
que a incerteza aumentou desde o início da crise, permanecendo, em geral, num nível muito mais
elevado do que antes da crise. Todavia, em virtude da escassez de dados, não é possível comparar
o presente grau de incerteza com o de anteriores recessões.
Para uma perspetiva da crise ainda mais alargada temporalmente, a evolução recente pode também
ser comparada com as crises mais severas dos tempos modernos, designadamente a Grande Depressão
da década de 1930. A informação sobre o investimento neste período é parca. Contudo, no caso
dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido, pode afirmar-se que a diminuição do
investimento durante a crise atual é aparentemente muito menos pronunciada do que a registada
na Grande Depressão (Gráfico E). Existem muitas explicações e teorias para tal. Por exemplo,
3 Por exemplo, o Economic Policy Uncertainty Index, compilado por N. Bloom et al. e disponível na Internet (http://www.policyuncertainty.
com/).
72
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
Gráfico D Nível das exportações após
episódios de crise
Gráfico E Investimento durante a Grande
Depressão, numa seleção de países
(índice)
(índice)
intervalo interquartil
ciclo médio
crises financeiras
crises sistémicas
área do euro (atual)
Alemanha
Reino Unido
Estados Unidos
construção nos Estados Unidos
área do euro (crise atual)
150
150
140
140
130
130
120
120
110
110
100
100
90
90
80
80
T-8
T
T+8
T+16
T+24
T+32
Fontes: OCDE, Eurostat e cálculos do BCE.
Nota: “T” representa o valor máximo de crescimento do PIB em
cada período pré-crise. O último pico foi registado no primeiro
trimestre de 2008.
120
120
100
100
80
80
60
60
40
40
20
20
0
0
1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934
(2008) (2009) (2010) (2011) (2012) (2013) (2014)
Fontes: Berringer, C., Sozialpolitik in der Weltwirtschaftskrise
DieArbeitslosenversicherungspolitikin Deutschland und
Großbritannien im Vergleich 1928-1934, Duncker & Humblot
(1966) e departamento de análise económica dos Estados Unidos
(US Bureau of Economic Analysis).
Notas: Para a Alemanha e o Reino Unido, o investimento é
apresentado a preços correntes, em virtude de não estarem disponíveis
dados sobre o investimento real. Para os Estados Unidos, o
investimento é igual a 100 em 1929. O crescimento do investimento
da área do euro em 2014 é obtido mediante a extrapolação de dados
relativos aos dois primeiros trimestres do ano.
durante a Grande Depressão, verificaram-se várias falências de bancos que tiveram um impacto
mais grave no financiamento do investimento, assim como uma grande queda da bolsa nos Estados
Unidos. Argumenta-se que o Sistema de Reserva Federal não combateu o efeito contracionista do
colapso dos bancos e que a restritividade da sua política monetária contribuiu para a profundidade
da crise4. Comparativamente, a política monetária seguida pelos principais bancos centrais desde
2008 tem sido muito acomodatícia.
Conclusão
A diminuição substancial do investimento da área do euro é generalizada entre as componentes do
investimento. O investimento público diminuiu em resultado da margem de manobra orçamental
muito limitada. No que respeita ao investimento residencial, praticamente não se verificam sinais
de uma recuperação e espera-se que o processo de ajustamento em curso no mercado da habitação
continue a apresentar-se como um fator limitativo importante. Acresce que o baixo investimento
empresarial observado coincide com um desempenho excecionalmente fraco das exportações e uma
incerteza elevada quanto às políticas governamentais futuras, entre outros aspetos.
4 Ver, por exemplo, Friedman, F. e Schwartz, A. J., A Monetary History of the United States 1867-1960, Princeton University Press,
Princeton, 1963.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
73
Em termos prospetivos, atendendo a um contexto de crescimento modesto do produto e de necessidade
de desalavancagem adicional dos setores público e privado, é provável que a recuperação do
investimento permaneça comedida no curto prazo5. As tensões geopolíticas acrescidas representam
igualmente um risco em sentido descendente. Além disso, a recuperação do investimento depende
da introdução de reformas estruturais decisivas que i) impulsionem o produto, ii) gerem procura de
capital físico e iii) reduzam a rigidez dos mercados de trabalho e do produto, melhorando assim as
perspetivas de negócio na área do euro e criando as condições para uma recuperação económica mais
forte.
5 Ver o artigo intitulado “Projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE”, nesta
edição do Boletim Mensal do BCE.
CONSUMO PÚBLICO
Prevê-se que o consumo público tenha continuado a crescer a um ritmo lento no terceiro trimestre,
dando um pequeno contributo positivo para a procura interna. No que se refere às tendências
subjacentes nas suas principais componentes individuais, a remuneração dos funcionários públicos,
que representa quase metade do consumo público total, terá continuado a expandir-se apenas
marginalmente. Além disso, o crescimento das transferências sociais em espécie, que incluem
rubricas como as despesas de saúde, parece ter permanecido estável nos últimos trimestres. Em
termos prospetivos, prevê-se que o contributo do consumo público para a procura interna permaneça
limitado nos próximos trimestres devido à continuação da necessidade de uma maior consolidação
orçamental em vários países (ver Secção 5).
Gráfico 51 Existências da área do euro
a) Perceção dos níveis de existências
(saldos de respostas extremas; corrigidos de sazonalidade,
não corrigidos de dias úteis)
b) Variação de existências: perceção e contributos
para o crescimento do PIB
(variação dos índices de difusão; pontos percentuais)
contas nacionais (escala da esquerda)
variação do IGC (escala da direita)
indústria transformadora - produtos acabados
(escala da esquerda)
setor retalhista (escala da direita)
25
25
20
20
15
15
10
4
0.6
3
0.4
2
0.2
1
0.0
0
-0.2
-1
-0.4
-2
-0.6
-3
-0.8
-4
-1.0
-5
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
10
5
5
0
0
-5
-5
20042005200620072008200920102011201220132014
Fonte: Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores.
74
0.8
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
Fontes: Markit, Eurostat e cálculos do BCE.
Notas: Contas nacionais: contributo da variação de existências para o
crescimento trimestral do PIB real. IGC: média da variação absoluta
das existências de fatores de produção e produtos acabados no setor
da indústria transformadora.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
EXISTÊNCIAS
O contributo médio da variação de existências ao longo dos últimos cinco trimestres, ou seja, durante
a fase mais recente de crescimento reduzido, situou-se próximo de zero. Esta evolução está globalmente
em linha com a que seria de esperar tendo em conta o padrão de crescimento lento evidente na área
do euro. Recentes inquéritos da Comissão Europeia (disponíveis até novembro) indicam que as
existências nos setores da indústria transformadora (produtos acabados) e retalhista são avaliadas
pelas empresas como ainda bastante reduzidas nos terceiro e quarto trimestres, em comparação com
as médias históricas, não obstante os aumentos registados ao longo de 2014 (ver Gráfico 51, painel
a). Deste modo, não obstante alguma volatilidade, é possível, no geral, uma reconstituição neutra ou
modesta no final de 2014 à medida que a economia recupera. Além do mais, os dados do IGC recentes
(disponíveis até meados de novembro), em particular relativamente a variações de fatores de produção
e produtos acabados no setor da indústria transformadora, sugerem que as existências podem dar um
contributo globalmente neutro ou ligeiramente positivo para o crescimento do PIB real nos dois
últimos trimestres do ano (ver Gráfico 51, painel b).
COMÉRCIO EXTERNO
No seguimento de uma evolução volátil do comércio nos últimos trimestres, o comércio líquido deu um
pequeno contributo positivo para o crescimento trimestral do PIB no segundo trimestre deste ano.
As exportações de bens e serviços da área do euro aumentaram 1.3%, em termos trimestrais em cadeia
(ver Gráfico 52), no contexto de fortes exportações para os Estados Unidos e a Ásia (incluindo a China),
enquanto as exportações para países europeus não pertencentes à área do euro e para a América Latina se
reduziram. Paralelamente, as importações da área do euro também aumentaram 1.3% no segundo trimestre,
impulsionadas sobretudo por importações da China e de países europeus não pertencentes à área do euro.
Os indicadores de inquéritos disponíveis apontam para um crescimento moderado das exportações da
área do euro no terceiro trimestre, com sinais mais contraditórios relativamente ao último trimestre
deste ano. O IGC para as novas encomendas de exportação registou uma deterioração, em média, no
terceiro trimestre, mas manteve-se acima quer do
Gráfico 52 Contributo das importações
limiar de expansão de 50 quer do seu nível médio
reais, das exportações e do comércio
de longo prazo. A descida global continuou no
líquido para o crescimento do PIB
quarto trimestre, com o índice a situar-se, em
(variações trimestrais em cadeia (%); pontos percentuais)
média, em 50.7 em outubro e novembro, ou seja,
comércio líquido (escala da direita)
exportações (escala da esquerda)
ligeiramente abaixo da média de longo prazo.
importações (escala da esquerda)
Entretanto, o indicador da Comissão Europeia
1.0
10
relativo a carteiras de encomendas de exportação
0.8
8
permaneceu estável no terceiro trimestre, tendo
0.6
6
aumentado posteriormente em outubro e novembro.
Ambos os indicadores se situam em níveis
0.4
4
consistentes com um crescimento moderado das
0.2
2
exportações no curto prazo, o que também é
0.0
0
apoiado pela melhoria muito gradual da atividade
-0.2
-2
mundial e pela depreciação da taxa de câmbio do
euro. As importações da área do euro também
-0.4
-4
deverão crescer no curto prazo, embora a um ritmo
-0.6
-6
moderado, globalmente em linha com a expansão
-0.8
-8
moderada da procura interna. Em termos globais,
esta evolução aponta para contributos globalmente -10 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014-1.0
neutros do comércio líquido para o crescimento
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
trimestral do PIB no futuro próximo.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
75
4.2 PRODUTO SETORIAL
Analisando o lado da produção das contas nacionais, o valor acrescentado total real manteve -se
globalmente inalterado no segundo trimestre de 2014, após quatro trimestres de crescimento trimestral
entre 0.2% e 0.3%. Embora o setor da construção tenha dado um contributo negativo, o valor acrescentado
da indústria excluindo a construção e dos serviços deu um contributo positivo para o crescimento.
Em termos do nível de atividade, permanecem assim grandes diferenças entre setores. O valor acrescentado
real no setor dos serviços situou-se num máximo histórico no segundo trimestre de 2014, enquanto o
valor acrescentado real no setor da construção foi de apenas cerca de três quartos do seu pico registado
no início de 2008. Ao mesmo tempo, o valor acrescentado no setor da indústria excluindo a construção
situou-se 6% abaixo do valor máximo registado antes da crise. Indicadores disponíveis sugerem que o
valor acrescentado total aumentou moderadamente no terceiro trimestre de 2014, podendo ser novamente
seguido de baixo crescimento no quarto trimestre.
INDÚSTRIA EXCLUINDO A CONSTRUÇÃO
O valor acrescentado no setor da indústria excluindo a construção aumentou 0.2%, em termos trimestrais
em cadeia, no segundo trimestre de 2014. Ao mesmo tempo, a produção manteve-se inalterada, em
termos trimestrais em cadeia, nesse trimestre e desceu 0.4% no terceiro trimestre (ver Gráfico 53).
Também no terceiro trimestre, a produção trimestral de bens de investimento e produtos energéticos
cresceu, enquanto a de bens intermédios e de consumo diminuiu. Em comparação com dados observados,
os resultados dos inquéritos quer da Comissão Europeia quer do IGC apontavam para um abrandamento
Gráfico 53 Crescimento da produção
industrial e contributos
Gráfico 54 Produção industrial,
confiança na indústria e IGC para a
produção na indústria transformadora
(taxa de crescimento e contributos em pontos percentuais; dados
mensais; corrigidos de sazonalidade)
(dados mensais; corrigidos de sazonalidade)
produção industrial 1) (escala da esquerda)
confiança na indústria 2) (escala da direita)
IGC 3) para a produção na indústria transformadora
(escala da direita)
bens de investimento
bens de consumo
bens intermédios
produtos energéticos
total (excluindo construção)
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
-11
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
-11
20042005200620072008200920102011201220132014
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
Nota: Os dados apresentados são calculados como médias móveis
de 3 meses face à média correspondente 3 meses antes.
76
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
4
16
2
8
0
0
-2
-8
-4
-16
-6
-24
-8
-32
-10
-40
-12
-48
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fontes: Eurostat, Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e
Consumidores, Markit e cálculos do BCE.
Nota: Os dados dos inquéritos referem-se à indústria transformadora.
1) Taxas de variação (%) trimestrais em cadeia.
2) Saldos de respostas extremas.
3) Índice de Gestores de Compras; desvios de um valor de índice de 50.
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
no crescimento da atividade nesse trimestre. Estas indicações incluíam uma ligeira deterioração na
tendência da produção observada nos últimos meses, como indicado pelo inquérito da Comissão Europeia
às empresas, bem como uma descida do IGC para a produção na indústria transformadora que, no
entanto, permaneceu acima do limiar de não crescimento de 50.
Numa análise prospetiva, os indicadores de curto prazo sinalizam fraco crescimento da atividade no
sector industrial no quarto trimestre. O indicador do BCE relativo às novas encomendas no sector da
indústria excluindo equipamento de transporte pesado, que é menos influenciado por encomendas em
grande escala do que o indicador do total de novas encomendas, aumentou 0.2%, em termos trimestrais
em cadeia, no terceiro trimestre do ano. Este aumento foi principalmente impulsionado por novas
encomendas efetuadas por países não pertencentes à área do euro, que registaram um novo máximo.
Os dados dos inquéritos da Comissão Europeia indicam que, em outubro e novembro de 2014, o nível
da carteira de encomendas melhorou ligeiramente em comparação com o terceiro trimestre. Ao longo
do mesmo período, o IGC para as novas encomendas caiu para um valor abaixo do limiar de referência
de não crescimento de 50, embora o IGC para a produção na indústria transformadora tenha permanecido
num nível semelhante ao observado no terceiro trimestre (ver Gráfico 54). Além disso, nos dois primeiros
meses do quarto trimestre, as expetativas da Comissão Europeia relativamente à produção nos próximos
meses situavam-se num nível semelhante ao trimestre anterior.
CONSTRUÇÃO
O valor acrescentado no setor da construção diminuiu 1.6%, em termos trimestrais em cadeia, no segundo
trimestre de 2014. Este resultado estava em linha com a descida da produção na construção no mesmo
trimestre, de 1.1%, e foi influenciado por um efeito de compensação após uma produção invulgarmente
forte na construção no primeiro trimestre, impulsionada por condições climatéricas muito amenas em
vários países da área do euro. No terceiro trimestre de 2014, o índice de produção na construção voltou
a cair 0.6%, em termos trimestrais em cadeia. Outros indicadores de curto prazo também registaram
uma deterioração em comparação com os respetivos resultados no segundo trimestre, apontando para
um certo enfraquecimento global no setor da construção. Por exemplo, os indicadores do IGC para a
produção e as novas encomendas continuaram a apresentar níveis inferiores a 50, em linha com uma
contração na atividade. Dada a melhoria no rendimento das famílias e nas condições de financiamento,
na melhor das hipóteses, pode ser esperada uma ligeira melhoria da atividade na construção no final de
2014 e no início de 2015. Ao mesmo tempo, a melhoria deverá permanecer moderada, uma vez que os
últimos valores de indicadores baseados em inquéritos (o IGC até outubro e os indicadores da Comissão
Europeia relativos à confiança e às novas encomendas no setor da construção até novembro) continuaram
muito abaixo das suas médias históricas. Além disso, os indicadores disponíveis sobre as licenças de
construção, encomendas no setor da construção e início da construção de nova habitação nos maiores
países da área do euro, que são indicativos da atividade esperada no setor da construção nos próximos
meses, sinalizam uma redução global na construção.
SERVIÇOS
O valor acrescentado real no setor dos serviços expandiu-se 0.1% no segundo trimestre, ou seja, o
quinto trimestre consecutivo de crescimento. A evolução diversificada a nível sub -setorial explica
esta ligeira expansão. O valor acrescentado nos serviços não mercantis desceu no mesmo trimestre,
enquanto o dos serviços mercantis subiu. Dentro dos serviços mercantis, foi registado um aumento
nas atividades imobiliárias, de consultoria, de empresas e serviços de apoio, e nos serviços de
comércio, transportes, alojamento e restauração, enquanto os outros serviços mercantis diminuíram.
O nível de atividade, medido pelo valor acrescentado real, situou-se ligeiramente acima de anteriores
níveis máximos registados no terceiro trimestre de 2011 e no primeiro trimestre de 2008. Os inquéritos
apontam para uma nova expansão do valor acrescentado no setor dos serviços no terceiro trimestre
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
77
deste ano. O IGC para a atividade económica no setor dos serviços no terceiro trimestre situou -se
num nível semelhante ao do trimestre anterior. Da mesma forma, o indicador da Comissão Europeia
relativo à confiança no setor dos serviços permaneceu praticamente inalterado, mantendo os níveis
observados no início do ano.
Numa perspetiva a mais longo prazo, a expansão no setor dos serviços deverá continuar no quarto
trimestre. No período de três meses terminado em outubro, a proporção de empresas de serviços
para as quais a procura insuficiente constituía um limite à sua atividade empresarial aumentou
ligeiramente, mas ao mesmo tempo a utilização da capacidade produtiva no setor dos serviços
aumentou para o seu nível mais alto desde o final de 2011. As restrições financeiras reportadas
aumentaram ligeiramente, mas permaneceram próximo da sua média de longo prazo. Além disso,
com base em dados de inquéritos disponíveis para os dois primeiros meses do quarto trimestre, o
valor acrescentado no setor dos serviços deverá continuar a crescer, se bem que provavelmente a
um ritmo mais lento. O IGC para a atividade económica no setor dos serviços voltou a cair nos dois
primeiros meses do quarto trimestre em comparação com o trimestre anterior, mas o seu nível médio
de 51.7 indica a continuação da expansão da atividade no setor dos serviços. Ao mesmo tempo, o
indicador da Comissão Europeia relativo à confiança nos serviços melhorou nos dois primeiros
meses do quarto trimestre em comparação com o terceiro trimestre, mas manteve -se abaixo da sua
média de longo prazo e dos níveis registados no início de 2011. A confiança estava elevada em
termos comparativos e situava -se muito acima da sua média de longo prazo no que respeita a
armazenagem e atividades auxiliares dos transportes. O indicador relativo à confiança nos serviços
financeiros, que não se encontra incluído no indicador relativo à confiança nos serviços, registou
uma deterioração ao longo do mesmo período. A procura esperada nos meses seguintes melhorou
ligeiramente nos dois primeiros meses do quarto trimestre, em comparação com o trimestre anterior,
de acordo com o inquérito da Comissão Europeia ao setor dos serviços, mas permaneceu abaixo da
sua média de longo prazo e dos níveis observados no final de 2010 e na primeira metade de 2011.
O IGC para a atividade económica no futuro (num período de 12 meses) voltou a descer nos dois
primeiros meses do quarto trimestre, mantendo-se assim abaixo da sua média de longo prazo. Esta
evolução está em linha com novo crescimento no futuro, mas a ritmo lento.
4.3 MERCADO DE TRABALHO
O mercado de trabalho da área do euro tem melhorado desde a primavera de 2013. Num contexto de
baixo crescimento económico desde o segundo trimestre de 2013, tal sugere que tem havido alguma
melhoria na capacidade de resposta dos mercados de trabalho à evolução cíclica. O desemprego tem
registado descidas trimestrais em cadeia sucessivas, embora modestas desde meados de 2013 e até ao
final desse ano o crescimento trimestral do emprego tinha regressado a níveis positivos. Embora a
evolução continue a ser diversificada entre países, existe uma tendência geral de melhoria.
O número de indivíduos empregados na área do euro aumentou 0.2% em termos trimestrais em cadeia,
no segundo trimestre de 2014, após uma evolução moderada no primeiro trimestre (ver Quadro 11).
O aumento observado no segundo trimestre representa o maior aumento trimestral desde o primeiro
trimestre de 2008, refletindo de forma generalizada a inversão da estagnação do crescimento do emprego
ocorrida no primeiro trimestre de 2014. Mais, provavelmente, também representa maior sensibilidade
do emprego à evolução económica, à medida que aumenta a flexibilidade no mercado de trabalho, por
exemplo, através do uso acrescido de contratos de trabalho temporários, contratos a tempo parcial ou
emprego por conta própria. As horas trabalhadas também aumentaram 0.2%, em termos trimestrais em
cadeia, no segundo trimestre, após terem permanecido estáveis no primeiro trimestre do ano.
78
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
Quadro 11 Crescimento do emprego
(variações em percentagem face ao período anterior; dados corrigidos de sazonalidade)
Pessoas
Taxas homólogas
2012
Conjunto da economia
do qual:
Agricultura e pescas
Indústria
Excluindo construção
Construção
Serviços
Comércio e transportes
Informação e comunicação
Atividades financeiras e
de seguros
Atividades imobiliárias
Serviços profissionais
Administração pública
Outros serviços1)
2013
Horas
Taxas trimestrais
Taxas homólogas
2013
2014
2014
T4
T1
T2
2012
2013
Taxas trimestrais
2013
2014
2014
T3
T1
T2
-0.5
-0.8
0.1
0.0
0.2
-1.5
-1.2
0.1
0.0
0.2
-1.6
-1.9
-0.8
-4.6
0.0
-0.5
0.8
-1.4
-2.3
-1.3
-4.5
-0.3
-0.7
0.2
-0.5
-0.1
0.0
-0.6
0.2
0.2
0.7
-0.5
-0.2
0.2
-1.0
0.1
-0.1
0.2
0.4
0.3
0.4
-0.1
0.2
0.5
0.3
-2.9
-3.4
-2.1
-6.3
-0.8
-1.6
0.4
-0.5
-2.5
-1.3
-5.3
-0.8
-1.3
0.3
0.6
-0.4
-0.1
-1.0
0.2
0.0
0.8
-1.0
-0.2
0.0
-0.6
0.1
0.1
0.0
-0.6
0.1
0.2
-0.2
0.2
0.5
0.6
-0.4
-0.1
0.5
-0.1
0.6
-1.1
-1.3
0.2
-0.2
-0.2
-0.1
-0.5
0.2
0.3
-0.1
-0.1
1.3
0.3
0.2
0.2
-0.8
0.1
0.6
-0.1
0.2
-0.6
-1.2
-0.2
-0.4
-0.4
-1.4
-2.2
-0.5
-0.5
-0.7
0.1
-0.8
0.1
0.6
-0.6
-0.1
1.3
0.4
-0.1
0.5
-0.8
-0.3
0.5
0.0
-0.3
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
1) Inclui também serviços prestados às famílias, atividades artísticas e atividades dos organismos extraterritoriais.
Subjacente ao crescimento modesto do emprego na área do euro, em termos agregados, permanecem
acentuadas diferenças entre países, embora em menor escala do que ao longo de 2013, mostrando
atualmente a maior parte das economias da área do euro um crescimento do emprego sustentado, se
bem que moderado, em termos trimestrais em cadeia, em 2014. A nível setorial, o emprego na área do
euro cresceu no segundo trimestre de 2014 quer na indústria (excluindo a construção) quer nos serviços,
0.4% e 0.2%, respetivamente, em termos trimestrais em cadeia, enquanto o emprego na construção
diminuiu 0.1% numa base trimestral.
Gráfico 55 Crescimento do emprego e expetativas de emprego
(taxas de variação homólogas (%); saldos de respostas extremas; dados corrigidos de sazonalidade)
crescimento do emprego na indústria (excluindo a
construção; escala da esquerda)
expetativas de emprego na indústria transformadora
(escala da direita)
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
expetativas de emprego na construção
expetativas de emprego no comércio a retalho
expetativas de emprego no setor dos serviços
25
20
15
10
5
0
-5
-10
-15
-20
-25
-30
-35
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
25
25
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
-5
-5
-10
-10
-15
-15
-20
-20
-25
-25
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 20132014
Fontes: Eurostat e Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores.
Nota: Os saldos de respostas extremas são corrigidos da média.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
79
Gráfico 56 Produtividade do trabalho
por pessoa empregada
Gráfico 57 Desemprego
(taxas de variação homólogas (%))
(dados mensais; corrigidos de sazonalidade)
variação mensal em milhares (escala da esquerda)
% da população ativa (escala da direita)
conjunto da economia (escala da esquerda)
indústria (excluindo a construção; escala da direita)
serviços (escala da esquerda)
800
12.5
700
12.0
10
600
11.5
8
500
11.0
400
10.5
2
300
10.0
0
200
9.5
100
9.0
-6
0
8.5
-8
-100
8.0
-200
7.5
8
16
7
14
6
12
5
4
3
6
2
4
1
0
-1
-2
-2
-4
-3
-4
-5
-10
-6
-12
-7
-14
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
7.0
-300
2004 2005 20062007 200820092010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Eurostat.
Os resultados do inquérito sobre a evolução do emprego no terceiro trimestre e no início do quarto
trimestre de 2014 sugerem alguma moderação no crescimento do emprego (ver Gráfico 55). Os
indicadores prospetivos também apontam para uma nova estabilização da evolução do emprego nos
próximos trimestres.
A produtividade do trabalho por indivíduo empregado abrandou para 0.4%, em termos homólogos, no
segundo trimestre de 2014, em comparação com um valor robusto de 1.0% no primeiro trimestre (ver
Gráfico 56). A produtividade por hora trabalhada recuperou ligeiramente, para 0.5% em termos
homólogos, tendo-se situado em 0.4% no primeiro trimestre. A evolução recente do crescimento da
produtividade na área do euro reflete amplamente a recuperação cíclica do crescimento homólogo do
produto, iniciada no último trimestre de 2013, enquanto o abrandamento no segundo trimestre também
reflete o crescimento mais forte do emprego observado nesse trimestre.
A taxa de desemprego na área do euro continuou a cair, após ter atingido um pico de 12.0% no segundo
trimestre de 2013, cerca de 0.1 ponto percentual por trimestre, para uma média de 11.5% no terceiro
trimestre de 2014 (ver Gráfico 57). A taxa de desemprego continuou estável neste nível entre agosto e
outubro, o que sugere que as reduções no desemprego podem estar a abrandar ligeiramente. Embora
as reduções recentes pareçam ter sido globalmente partilhadas por grupo etário e sexo, as taxas de
desemprego continuam a divergir de forma acentuada entre as economias da área do euro. No futuro,
apesar de alguma volatilidade mensal, a taxa de desemprego deverá voltar a cair de forma moderada
nos próximos trimestres.
80
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Produto,
procura e
mercado de
trabalho
4.4 PERSPETIVAS PARA A ATIVIDADE ECONÓMICA
Os dados e a evidência dos inquéritos mais recentes até novembro confirmam um quadro de perfil de
crescimento mais fraco no futuro próximo. Ao mesmo tempo, mantêm-se as perspetivas de modesta
recuperação económica. Por um lado, a procura interna deverá ser apoiada pelas medidas de política
monetária, pela melhoria em curso nas condições financeiras, pelos progressos alcançados em termos
de consolidação orçamental e de reformas estruturais, assim como pelos preços significativamente mais
baixos dos produtos energéticos, que apoiam o rendimento disponível real. Acresce que a procura de
exportações deverá beneficiar da recuperação mundial. Por outro lado, a recuperação deverá continuar
a ser atenuada pelo elevado desemprego, pela considerável capacidade produtiva não utilizada e pelos
necessários ajustamentos de balanço nos setores público e privado.
Estes elementos encontram-se refletidos nas projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a
área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema, segundo as quais o PIB real anual aumentará
0.8% em 2014, 1.0% em 2015 e 1.5% em 2016. Comparativamente às projeções macroeconómicas de
setembro de 2014 elaboradas por especialistas do BCE, o crescimento do PIB real foi substancialmente
revisto em baixa. Foram efetuadas revisões em baixa às projeções quer da procura interna quer das
exportações líquidas (ver o artigo intitulado “Projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para
a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema”).
Os riscos que rodeiam as perspetivas económicas para a área do euro encontram-se do lado descendente.
Em particular, o fraco dinamismo do crescimento na área do euro, aliado a elevados riscos geopolíticos,
pode potencialmente atenuar a confiança e especialmente o investimento privado. Para além disso, os
progressos insuficientes nas reformas estruturais em países da área do euro constituem um importante
risco em sentido descendente para as perspetivas económicas.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
81
5 EVOLUÇÃO ORÇAMENTAL
De acordo com as projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 elaboradas por especialistas do
Eurosistema, o défice orçamental da área do euro deverá continuar a diminuir em 2015 e 2016,
sobretudo devido à recuperação económica esperada na área do euro. Projeta-se que o rácio da dívida
pública da área do euro atinja um pico em 2014. Contudo, espera-se que o ajustamento orçamental
estrutural praticamente estagne, apesar de novos compromissos por parte de vários países ao abrigo
do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Em termos prospetivos, os países devem procurar
cumprir os seus compromissos, tendo em consideração a flexibilidade existente no âmbito do PEC.
EVOLUÇÃO E PROJEÇÕES ORÇAMENTAIS
Nas notificações do outono de 2014 do procedimento relativo aos défices excessivos, os dados validados
de 2013 para a área do euro (incluindo a Lituânia) apontam para um défice público de 2.9% do PIB,
face a 3.6% em 2012 (ver Quadro 12)1. A melhoria resultou sobretudo de aumentos de impostos, os
quais conduziram a receitas mais elevadas em relação ao PIB, enquanto o rácio da despesa permaneceu
globalmente constante. As alterações devido à transição para o Sistema Europeu de Contas 2010
(SEC 2010) foram reduzidas no conjunto da área do euro, tendo resultado numa diminuição de 0.1
pontos percentuais do défice em 2013. No entanto, o impacto da transição tem sido mais substancial
para alguns países da área do euro 2.
A dívida pública da área do euro situou-se em 90.8% do PIB em 2013, 1.9 pontos percentuais mais
alta que em 2012 (ver Quadro 12). Pode-se atribuir o aumento da dívida pública à continuação do
impacto adverso do diferencial crescimento – taxas de juro, embora a despesa com juros tenha diminuído
devido à descida das taxas de juro (a Caixa 5 apresenta uma panorâmica da Base de Dados de Informação
Centralizada sobre Títulos (Centralised Securities Database – CSDB) do BCE, a qual permite a
construção de indicadores estatísticos relativos a títulos de dívida pública, tais como as taxas de
rendibilidade nominais médias). Além disso, foram limitados os contributos do défice primário e do
ajustamento stock-fluxos para o aumento da dívida. Em resultado da transição para o SEC 2010, o rácio
Quadro 12 Evolução orçamental na área do euro
(percentagens do PIB)
2012
a. Receita total
b. Despesa total
da qual:
c. Despesas com juros
d. Despesa primária (b-c)
Saldo orçamental (a-b)
Saldo orçamental primário (a-d)
Saldo orçamental corrigido do ciclo
Saldo orçamental estrutural
Dívida bruta
Por memória: PIB real
(variações em percentagem)
2013
2014
2015
2016
45.8
49.4
46.5
49.4
46.7
49.3
46.7
49.0
46.4
48.5
3.0
46.4
-3.6
-0.6
-2.5
-2.1
88.9
2.8
46.6
-2.9
-0.1
-1.3
-1.2
90.8
2.7
46.6
-2.6
0.1
-1.1
-1.1
94.5
2.7
46.4
-2.4
0.3
-1.1
-1.1
94.8
2.6
45.9
-2.1
0.5
-1.4
-1.3
93.8
-0.7
-0.5
0.8
1.1
1.7
Fontes: Eurostat, Previsões Económicas Europeias do outono de 2014, elaboradas pela Comissão Europeia e cálculos do BCE.
Nota: Os dados referem-se ao setor das administrações públicas da área do euro. Os valores de 2014 a 2016 são previsões e podem não
corresponder à soma das parcelas devido a arredondamentos.
1 O agregado da área do euro utilizado nesta secção inclui a Lituânia, em linha com a composição utilizada para as projeções macroeconómicas
da área do euro (ver Quadro 2 do artigo intitulado “Projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do euro elaboradas por
especialistas do Eurosistema” nesta edição do Boletim Mensal do BCE).
2 Ver a caixa intitulada “The impact of the European System of Accounts 2010 on euro area macroeconomic statistics”, na edição de novembro
de 2014 do Boletim Mensal do BCE.
82
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
orçamental
da dívida para 2013 regista uma diminuição de 1.6 pontos percentuais, refletindo, em grande medida,
uma revisão em alta do PIB no denominador.
Em termos prospetivos, as projeções macroeconómicas elaboradas pelos especialistas do Eurosistema
apontam para uma diminuição do défice orçamental público da área do euro nos próximos dois anos,
principalmente devido à melhoria cíclica gradual esperada, enquanto o ritmo do ajustamento orçamental
estrutural deverá praticamente estagnar3. O rácio do défice em relação ao PIB deverá descer para 2.6%
do PIB em 2014, voltando a cair ligeiramente para 2.5% em 2015 e 2.2% em 2016. Este perfil encontra-se globalmente em linha com as previsões económicas do outono de 2014 da Comissão Europeia (ver
Quadro 12). A Comissão espera que a redução do défice orçamental seja totalmente conduzida pela
despesa. Ao longo de todo o horizonte de projeção, prevê-se que o rácio da despesa em relação ao PIB
diminua 0.9 pontos percentuais face a 2013, atingindo 48.5% em 2016, enquanto a receita deverá
evoluir globalmente em linha com o PIB.
As projeções macroeconómicas elaboradas por especialistas do Eurosistema preveem que a dívida
pública da área do euro atinja um pico em 2014. De acordo com as previsões do outono de 2014 da
Comissão Europeia, espera-se que o rácio da dívida em relação ao PIB aumente para 94.5% em 2014
e para 94.8% em 2015 – devido ao impacto de aumento da dívida do ajustamento stock-fluxos e da
ainda elevada despesa com juros – e que diminua gradualmente em 2016 para 93.8%4. A queda do
rácio da dívida explica-se principalmente pelo aumento esperado do excedente primário e pelo impacto
de diminuição da dívida do diferencial crescimento – taxas de juro.
3 Ver o artigo intitulado "Projeções macroeconómicas de dezembro de 2014 para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema",
nesta edição do Boletim Mensal do BCE.
4 O nível do rácio da dívida é mais elevado nas previsões da Comissão Europeia do que nas projeções macroeconómicas dos especialistas do
Eurosistema. Enquanto a primeira publica dados sobre a dívida numa base não consolidada, as projeções do Eurosistema ajustam o agregado
da área do euro de empréstimos intergovernamentais, em linha com a prática do Eurostat.
Caixa 5
NOVOS INDICADORES ESTATÍSTICOS SOBRE OS TÍTULOS DE DÍVIDA PÚBLICA E
RESPETIVA UTILIZAÇÃO NA ANÁLISE E SUPERVISÃO ORÇAMENTAIS
A presente caixa apresenta uma breve panorâmica das potenciais utilizações dos novos indicadores
estatísticos sobre os títulos de dívida pública desenvolvidos com base na informação contida na
Base de Dados de Informação Centralizada sobre Títulos (Centralised Securities Database – CSDB)
do BCE. Os indicadores incluem títulos por liquidar, emissão, amortizações, serviço da dívida em
conjunto com a taxa de juro associada (taxa de rendibilidade nominal), desagregados por prazo
original e residual, moeda e tipo de taxa de cupão para a área do euro e os países individuais. Os
indicadores foram publicados pela primeira vez na secção Euro area statistics do Boletim Mensal
(Quadros 6.4 e 6.5) em novembro de 2014 e estão disponíveis no serviço de divulgação de estatísticas
online do BCE, o Statistical Data Warehouse, em relatórios de dados específicos1.
A Base de Dados de Informação Centralizada sobre Títulos
A CSDB foi criada em 2009 como um sistema multifuncional; foi desenvolvida pelo BCE e é gerida
conjuntamente pelos membros do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). O sistema obtém
1 Ver Debt securities issuance and service by EU governments na secção Reports do Statistical Data Warehouse (http://sdw.ecb.europa.eu).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
83
dados de fornecedores de dados comerciais e outras fontes (por via de membros do SEBC) e pode
ser acedida por utilizadores no SEBC. Faz uso dos conhecimentos especializados disponíveis no
SEBC para melhorar a qualidade dos dados2.
A CSDB contém atualmente informação sobre mais de 6 milhões de títulos de dívida não vencidos,
participações no capital e ações/unidades de participação em fundos de investimento. A informação
armazenada numa base título a título inclui dados de referência sobre títulos (por exemplo, saldos,
datas de emissão e vencimento, informação sobre cupões e dividendos, e classificações estatísticas),
bem como informação sobre emitentes e preços associados (de mercado, estimados ou padrão).
Foram também alcançados progressos na disponibilização de informação sobre notações (do título,
emitente, garante ou programa de emissão) através da plataforma CSDB.
Exemplos de indicadores estatísticos: serviço da dívida e taxa de rendibilidade nominal
média
A CSDB permite a construção de novos indicadores sobre títulos de dívida pública que fornecem
informação sobre o nível esperado do serviço da dívida (incluindo pagamentos de capital e juros)
e a taxa de juro associada que o devedor promete pagar aos detentores de dívida por unidade temporal
G r á f i c o A Serviço da dívida dos títulos de
dívida pública da área do euro com vencimento
entre novembro de 2014 e outubro de 2015
Gráfico B Taxas de rendibilidade
nominais dos títulos de dívida pública
da área do euro
(em percentagem do PIB; EUR mil milhões)
(percentagens por ano)
eixo dos y: em percentagem do PIB
eixo dos x: emitidos entre novembro de 2013 e outubro de 2014
eixo dos y: por liquidar no final de outubro de 2014
25
20
15
10
5
Área do euro
30
5.0
25
4.5
5.0
20
4.0
1 2 3 4 5
1 IT
2 FR
3 ES
4 BE
5 PT
6 DE
7 GR
8 MT
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
9 NL
10 SI
11 AT
12 CY
Fontes: CSDB e cálculos do BCE.
CY
SI
PT
4.0
ES
15
3.5
AT
10
SK
LV
IT BE
3.5
GR
Área do euro 3.0
3.0
FR
5
2.5
0
2.0
0.0
LU
DE
0
4.5
IE
MT
0.5
NL
Área do euro
30
€378.3 m.m.
€472.7 m.m.
€209.4 m.m.
€77.3 m.m.
€29.9 m.m.
€1701.2 m.m.
€375.4 m.m.
€22.7 m.m.
€0.9 m.m.
€72.6 m.m.
€3.4 m.m.
€29.1 m.m.
€1.3 m.m.
€5.2 m.m.
€13.2 m.m.
€9.2 m.m.
€0.6 m.m.
pagamento de juros até 1 ano
pagamento de capital superior a 3 meses
pagamento de capital até 3 meses
1.0
FI
2.5
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
2.0
5.0
13 SK
14 FI
15 IE
16 LV
Fontes: CSDB e cálculos do BCE.
Nota: As linhas a ponteado mostram a variação face a um ano antes
por país e as setas indicam a direção da variação no sentido do
último ponto dos dados.
2 De acordo com a Orientação do Banco Central Europeu de 26 de setembro de 2012 relativa ao quadro de referência para a gestão da
qualidade da Base de Dados de Informação Centralizada sobre Títulos (BCE/2012/21).
84
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
orçamental
(taxa de rendibilidade nominal média), desagregada por prazo original e remanescente, moeda e tipo
de taxa de cupão. No final de outubro de 2014, cinco países da área do euro (Bélgica, Espanha,
França, Itália e Portugal) previam que o respetivo serviço da dívida a liquidar entre novembro de
2014 e outubro de 2015 seria superior, em percentagem do PIB, ao da média da área do euro (17.2%
do PIB) (ver Gráfico A). Entre novembro de 2013 e outubro de 2014 todos os países da área do euro
à exceção de Chipre e Eslováquia conseguiram emitir novos títulos de dívida pública com taxas de
rendibilidade nominais médias mais baixas do que as do respetivo saldo total de títulos de dívida.
Tal contribuiu para reduzir as taxas de rendibilidade nominais médias do saldo total de títulos de
dívida para um nível inferior ao seu nível um ano antes para todos os países da área do euro à
exceção de Chipre (ver Gráfico B)3.
Uso analítico
A CSDB foi amplamente utilizada pelo BCE durante as crises como fonte de informações
pormenorizadas sobre as necessidades de financiamento dos países abrangidos pelo Programa de
Ajustamento Económico da UE/FMI. Além do mais, a base de dados é uma fonte de informação
indispensável para o Financial Stability Review (Relatório de Estabilidade Financeira) do BCE4,
bem como para as previsões orçamentais no contexto das projeções macroeconómicas para a área
do euro elaboradas por especialistas do BCE. Para além da disponibilidade de dados muito
pormenorizados, a atualidade da informação da CSDB possibilita uma análise rápida da evolução
e tendências dos mercados financeiros5.
Dado que os títulos de dívida representam cerca de 80% da dívida pública na área do euro, a CSDB
pode ajudar a ajustar a previsão das necessidades de financiamento dos soberanos, quer no curto
prazo (para assinalar riscos de liquidez soberana) e no médio prazo (para identificar potenciais picos
de amortização das obrigações soberanas). Os riscos de liquidez e de sustentabilidade da dívida
soberana são importantes não apenas para a supervisão orçamental como também para o
acompanhamento da estabilidade financeira. Necessidades de financiamento elevadas dos soberanos
podem ter efeitos de evicção sobre agentes noutros setores, sejam eles instituições ou sociedades
financeiras. Paralelamente, exposições em larga escala das instituições financeiras aos soberanos
com riscos de sustentabilidade significativos podem apontar para vulnerabilidades destas instituições.
Deste modo, informações pormenorizadas sobre os ricos associados aos soberanos podem refletir-se
em matrizes de vulnerabilidade para outros setores, em particular, o setor financeiro.
3 A taxa de rendibilidade nominal (expressa em percentagem por ano) inclui a taxa de cupão (ou seja, a taxa de juro expressa numa obrigação
aquando da emissão) e qualquer diferença entre o preço de amortização expresso à data de vencimento e o preço de emissão (ou seja, um
desconto ou prémio). A taxa de rendibilidade nominal média ponderada pelos saldos de cada título de dívida individual pode ser calculada
para os títulos de dívida emitidos durante os 12 meses anteriores, o que é útil para comparar com a taxa de rendibilidade nominal média
para o saldo total dos títulos de dívida para determinar se a nova emissão se tornou mais ou menos cara. A taxa de rendibilidade nominal
média do total dos títulos de dívida é afetada por: a) a taxa de rendibilidade nominal média dos novos títulos de dívida pública, b) as
anteriores taxas de rendibilidade nominais médias dos títulos de dívida pública vencidos, e c) variações das taxas de juro do saldo atual dos
títulos de dívida pública (por exemplo, taxas de cupão variável). A taxa de rendibilidade nominal média dos novos títulos de dívida pública
emitidos durante os 12 meses anteriores pode ser afetada não apenas por várias forças de mercado (por exemplo, procura de emissões, risco
de incumprimento por parte do emitente, e taxas de juro do mercado atuais e estimadas) mas também por opções feitas pelo emitente, como,
por exemplo, a seleção do prazo (tipicamente, os prazos mais longos oferecem taxas de rendibilidade nominais mais elevadas) e volumes
de emissão.
4 Ver a edição mais recente do Financial Stability Review do BCE, de novembro de 2014. (Estão disponíveis todas as edições no sítio do
BCE, em http://www.ecb.europa.eu/pub/fsr/html/index.en.html).
5 O sistema processa informação numa base diária e disponibiliza dados de fim de mês com um desfasamento de aproximadamente 1 ou 2
semanas, o que significa que os utilizadores têm acesso aos dados muito mais rapidamente do que a outras estatísticas agregadas.
BCE
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Dezembro 2014
85
EVOLUÇÃO E PLANOS ORÇAMENTAIS EM PAÍSES SELECIONADOS
Encontram-se abaixo descritos a evolução e os planos orçamentais recentes dos quatro países de maior
dimensão da área do euro e de países selecionados atualmente sujeitos a, ou que terminaram recentemente,
um programa de ajustamento da UE/FMI.
Na Alemanha, o projeto de plano orçamental mantém os objetivos do governo no âmbito da atualização
de 2014 do programa de estabilidade globalmente inalterados. Prevê um orçamento equilibrado em
termos nominais e um excedente estrutural de 0.5% do PIB em 2015. Contudo, o projeto de plano
orçamental não tem em linha de conta as últimas projeções governamentais com o crescimento do PIB
revisto em baixa, nem as últimas previsões oficiais relativas às receitas fiscais, as quais preveem quebras
de 0.25% do PIB nas receitas em 2015 (face às anteriores previsões de maio de 2014). No entanto,
espera-se que a Alemanha ultrapasse o seu objetivo orçamental de médio prazo (OMP), ou seja, um
défice estrutural de 0.5% do PIB em 2015. O governo prevê uma redução substancial do rácio da dívida
ao longo dos próximos anos, indo além dos requisitos do “travão ao endividamento” nacional (debt
brake) e do referencial de redução da dívida constante do PEC.
Em França, registou-se um considerável abrandamento dos novos objetivos globais do governo para o
défice, estabelecidos no projeto de plano orçamental, face aos da atualização do programa de estabilidade
(4.4% do PIB, em vez de 3.6% em 2014, e 4.3% do PIB, em vez de 2.8%, em 2015). O projeto de
plano orçamental prevê uma correção do défice excessivo apenas em 2017, em contraste com o prazo
de 2015 do PDE, o que implica insuficiências substanciais na consolidação no período do PDE de 2013
a 2015. O défice nominal planeado para 2015 não só ultrapassará substancialmente o objetivo do
PDE (em 1.5 pontos percentuais), como o desvio de consolidação estrutural será muito significativo
(1.5 pontos percentuais no período do PDE de 2013 a 2015). Em 27 de outubro, França anunciou
medidas de consolidação adicionais para 2015 (um esforço estrutural adicional de cerca de 0.2% do
PIB segundo o governo). Contudo, estes esforços adicionais não são suficientes para dar resposta ao
desvio de consolidação, pelo que França se encontra em risco de incumprimento dos requisitos do PEC.
Em Itália, o projeto de plano orçamental prevê um objetivo para o défice de 2.6% do PIB em 2015,
aquém do objetivo de 1.8% do PIB estabelecido na atualização de 2014 do programa de estabilidade.
O projeto de lei orçamental prevê, inter alia, a redução das contribuições para a segurança social para
novos trabalhadores, a descida do imposto local sobre as empresas (IRAP) e a transferência, agora
permanente, na forma de um incentivo fiscal, para trabalhadores com rendimentos baixos, inicialmente
introduzida temporariamente em abril de 2014. Estas medidas expansionistas serão parcialmente
compensadas por uma redução da despesa pública, em particular ao nível subnacional da administração.
Em termos gerais, o projeto de lei orçamental implicaria um aumento de 0.4% do PIB nas necessidades
de financiamento líquido em 2015. Além disso, os planos governamentais apontam para um adiamento
do prazo do OMP para 2017 (ou seja, com dois anos de atraso em relação à recomendação do Conselho
ECOFIN no seu Parecer publicado em julho de 2014) e para um desvio da norma da dívida. Em termos
prospetivos, é importante garantir o cumprimento na íntegra dos requisitos do PEC e da norma da
dívida, a fim de não pôr em causa a sustentabilidade orçamental e manter a confiança nos mercados.
Em Espanha, o défice agregado dos setores da administração central, regional e da segurança social
(excluindo o apoio às instituições financeiras) no período de janeiro a setembro de 2014 situou-se em
4.1% do PIB anual, face a 4.6% no mesmo período em 2013. Com base nos resultados até à data, parece
provável que o rácio do défice em relação ao PIB para este ano se situe perto do objetivo de 5.5%
estabelecido na atualização do programa de estabilidade e confirmado no projeto de plano orçamental
de outubro. De acordo com este último, o rácio do défice deverá situar-se em 4.2% em 2015 e 2.8%
em 2016, em linha com os compromissos no âmbito do PDE de Espanha. No entanto, as previsões do
86
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
orçamental
plano orçamental têm por base o pressuposto de que as receitas registarão uma recuperação relativamente
significativa e de que prosseguirá a reforma da despesa.
Em Chipre, os dados orçamentais numa base de liquidações para os primeiros nove meses de 2014 apresentam
um forte crescimento homólogo das receitas do IVA e das receitas do imposto sobre o rendimento das
pessoas coletivas, bem como a continuação de uma execução orçamental prudente. Estes dados encontram-se em linha com as previsões do outono de 2014 da Comissão Europeia, que projetam um pequeno
excedente primário em Chipre em 2014, estando o país em linha com a correção do seu défice excessivo
(para um valor inferior ao valor de referência de 3%) dois anos antes do prazo de 2016 do PDE.
Na Irlanda, o projeto de plano orçamental aponta para um défice de 3.7% do PIB em 2014, situando-se
1.1% do PIB abaixo do objetivo estabelecido na atualização do programa de estabilidade. Apesar da
adoção de medidas expansionistas no valor de €1000 milhões (0.5% do PIB), o projeto de plano orçamental
tem por objetivo a redução do défice para 2.7% do PIB em 2015, graças à continuação de condições
económicas favoráveis e à redução da despesa com juros, em parte devido ao reembolso antecipado do
empréstimo concedido pelo FMI. Este objetivo é consistente com a saída do PDE no prazo de 2015.
A médio prazo, o projeto de plano orçamental prevê uma melhoria gradual do défice em linha com o
alcance do OMP em 2018, em resultado da continuação do crescimento e de um perfil constante da
despesa primária. Contudo, serão necessárias medidas adicionais a fim de tornar realista o objetivo para
o perfil da despesa. Nas suas previsões económicas do outono de 2014, a Comissão Europeia prevê um
défice de 2.9% do PIB em 2015 e um ligeiro agravamento para 3.0% do PIB em 2016.
Em Portugal, o novo objetivo global do governo para o défice em 2014, definido no projeto de plano
orçamental, encontra-se substancialmente acima da atualização do programa de estabilidade (4.8% do
PIB em vez de 4.0%), principalmente devido a despesas extraordinárias mais elevadas. Para 2015, o
objetivo estabelecido no projeto de plano orçamental também se encontra ligeiramente acima da
atualização do programa de estabilidade e do objetivo do PDE (2.7% do PIB em vez de 2.5%). O projeto
de plano orçamental contém um conjunto de medidas de consolidação discricionárias que ascendem a
0.7% do PIB, algumas das quais são pontuais ou poderão estar sujeitas a riscos de implementação.
Além disso, as projeções governamentais têm por base pressupostos otimistas relativamente ao impacto
orçamental da evolução macroeconómica e ao combate à fraude e evasão fiscais. Nas suas previsões
do outono de 2014, a Comissão Europeia projeta um défice orçamental de 3.3% do PIB em 2015.
DESAFIOS DE POLÍTICA ORÇAMENTAL
O ritmo da consolidação orçamental, medido pela variação do saldo orçamental estrutural, abrandou
substancialmente desde 2013, o que implica o risco de incumprimento dos compromissos assumidos
ao abrigo do PEC para um conjunto de países. As insuficiências esperadas não estão relacionadas com
a recuperação económica mais lenta do que o esperado, mas antes refletem insuficientes esforços
estruturais num conjunto de países, o que também é evidente nos projetos de planos orçamentais que
os países tiveram de apresentar em meados de outubro de 2014. Alguns países anunciaram medidas
adicionais após a Comissão Europeia lhes ter solicitado informações adicionais e especificações. No
seu parecer publicado em 28 de novembro, a Comissão Europeia não considerou que qualquer dos
projetos de planos orçamentais estivesse em incumprimento particularmente grave dos requisitos do
PEC, em cujo caso solicitaria um projeto de plano orçamental revisto5. Contudo, a Comissão considerou
que os projetos de planos orçamentais de sete países se encontravam em “risco de incumprimento” do
PEC (ver Caixa 6).
5 Ver os pareceres da Comissão Europeia publicados em 28 de novembro de 2014 (http://ec.europa.eu/economy_finance/economic_governance/
sgp/budgetary_plans/index_en.htm).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
87
Embora sejam indispensáveis esforços orçamentais adicionais em alguns países para que cumpram os
requisitos, as políticas orçamentais podem, no âmbito do PEC, ser utilizadas para apoiar a frágil
recuperação económica na área do euro. Contudo, a margem orçamental para apoio ao crescimento é
relativamente limitada e restrita a apenas alguns países. Além disso, são incerto e provavelmente
reduzidos os efeitos de repercussão positivos sobre outros países de políticas orçamentais potencialmente
mais expansionistas em alguns países, no âmbito do quadro regulamentar do PEC.
Em 26 de novembro, a fim de impulsionar o crescimento económico na Europa, a Comissão Europeia
apresentou um “plano de investimento para a Europa” que procura mobilizar projetos de investimento
no montante de €315 mil milhões ao longo de um período de três anos. Neste contexto, será criado um
novo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos para cobrir os principais riscos de novos projetos
de investimento. De acordo com a Comissão, o novo fundo deverá provocar um efeito multiplicador
de cerca de 15 ao atrair investidores privados. O fundo será garantido através de fundos públicos do
orçamento da UE e do Banco Europeu de Investimento, ascendendo a €21 mil milhões. O fundo
financiará principalmente projetos de investimento favoráveis ao crescimento nos domínios das redes
de energia, transportes e banda larga, enquanto um quarto dos fundos disponíveis deverão ser canalizados
para PME. Embora esta iniciativa possa melhorar as perspetivas de crescimento na Europa, é essencial
que os esforços de promoção do investimento público se baseiem na cuidadosa identificação de projetos
cruciais com um impacto favorável ao crescimento após uma sólida análise da relação custo-benefício.
Devem ser intensificados os esforços de promoção de reformas estruturais e a consolidação orçamental
deve ser encetada de uma forma favorável ao crescimento. Nos países em que o ajustamento orçamental
exige novos cortes na despesa pública, deve ser promovida uma redefinição de prioridades no âmbito
da despesa pública no sentido de rubricas que suportem principalmente o crescimento potencial, tais
como o investimento público. Os esforços de reforma do lado da receita devem procurar lidar com o
efeito de distorção da tributação e com a evasão fiscal. No que se refere à redução da carga fiscal, o
Eurogrupo anunciou numa declaração que tenciona acordar um conjunto de princípios comuns que
deverão conduzir futuras reformas fiscais6.
É necessário proceder a uma revisão obrigatória do quadro de governação da UE (pacote de seis atos
legislativos (o six pack) e pacote de dois atos legislativos (o two pack)) até ao final de 2014. Em 28 de
novembro, a Comissão Europeia publicou uma breve análise, na qual considerou que o quadro de
governação reformado é eficiente no fortalecimento da supervisão orçamental7. Anunciou igualmente
uma discussão sobre possíveis áreas de melhoria em 2015. Embora se acolha com agrado um quadro
de governação reforçado a fim de aumentar a disciplina orçamental, o quadro tem-se tornado cada vez
mais complexo, o que torna mais difícil a implementação consistente dos regulamentos. É igualmente
possível introduzir melhorias na interligação dos vários elementos dos regulamentos, especialmente
nas vertentes preventiva e corretiva do PEC no que se refere ao objetivo de médio prazo e ao referencial
da dívida. Além disso, para a credibilidade do PEC, é indispensável aumentar a transparência no que
se refere à aplicação do quadro e garantir a sua implementação na íntegra, o que significa igualmente
que todos os dados subjacentes às decisões no âmbito do PEC devem ser publicados.
6 Ver a declaração do Eurogrupo publicada em 8 de julho de 2014 (http://www.eurozone.europa.eu/media/539623/20140707-eurogroup-statement-on-reducing-tax-wedge-on-labour.pdf).
7 Ver a análise da Comissão publicada em 28 de novembro (http://ec.europa.eu/economy_finance/economic_governance/documents/com(2014)905_
en.pdf).
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BCE
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EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
orçamental
Caixa 6
REVISÃO DOS PROJETOS DE PLANOS ORÇAMENTAIS PARA 2015
Em 28 de novembro, a Comissão Europeia divulgou os seus pareceres sobre os projetos de planos
orçamentais para 2015 dos países da UE que não se encontram ao abrigo de um programa de
assistência financeira. Os pareceres contêm uma avaliação do grau em que os planos dos governos,
como se define nos projetos de planos orçamentais, cumprem os requisitos do Pacto de Estabilidade
e Crescimento (PEC) e seguem as orientações do Conselho Europeu contidas nas recomendações
específicas de cada país adoptadas em 8 de julho1.
Nos seus pareceres sobre os projetos de planos orçamentais, a Comissão avalia que, entre os 16
países que participaram no exercício de revisão, os projetos de 5 países estão “conforme” as
disposições do PEC (ou seja, os da Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Países Baixos e Eslováquia).
Pelo contrário, considera que os planos orçamentais de 4 países estão apenas “globalmente conformes”
(ou seja, Estónia, Letónia, Eslovénia e Finlândia), enquanto os planos orçamentais de 7 países, na
opinião da Comissão, incorrem em “risco de incumprimento” do PEC. Este último grupo inclui
Espanha, França, Malta e Portugal, que são ainda objecto de procedimentos relativos aos défices
excessivos, bem como Itália, Bélgica e Áustria, que saíram de procedimentos relativos aos défices
excessivos em 2012 (Itália) e 2013 (Bélgica e Áustria). A Comissão apela aos 11 países cujos planos
não cumprem ainda na íntegra as recomendações que tomem as medidas necessárias para assegurar
que os seus orçamentos estejam conforme ao PEC.
Os pareceres da Comissão refletem assim as expetativas de que o esforço estrutural em 2015 possa
não cumprir os compromissos ao abrigo do PEC em muitos países da área do euro. Por um lado,
isso deve-se à falta de progressos no sentido dos objetivos orçamentais de médio prazo dos países,
à luz da vertente preventiva do Pacto. Por outro lado, diz respeito a esforços estruturais insuficientes
à luz da sua vertente corretiva, o procedimento relativo aos défices excessivos. Nomeadamente, com
base nas previsões do outono de 2014 da Comissão, os países ao abrigo da vertente preventiva apenas
aumentarão ligeiramente a restritividade da sua orientação orçamental, em 0.2 pontos percentuais
do PIB,2 em termos de progressos no sentido dos seus objetivos de médio prazo, enquanto os países
objeto de um procedimento relativo a défices excessivos, em média, não registam quaisquer progressos
em termos de consolidação estrutural, apesar dos esforços relativamente mais fortes necessários
para alcançar posições orçamentais sustentáveis. Por último, os países que cumprem na íntegra o
PEC e que parcialmente excedem os seus objetivos orçamentais tencionam abrandar ligeiramente,
em média, em 0.1 pontos percentuais do PIB, a restritividade da sua orientação orçamental em 2015.
Quanto à França, que a Comissão avalia como não tendo tomado medidas efetivas ao abrigo do
respetivo procedimento relativo aos défices excessivos em 2014 e que, nos termos do seu projeto
de plano orçamental, já não planeia cumprir o prazo de 2015 do procedimento relativo aos défices
excessivos, e quanto à Itália e à Bélgica, cujos projetos de planos orçamentais apontam para o não
1 Ver também a caixa intitulada “Recomendações específicas de cada país relativas às políticas orçamentais no âmbito do Semestre Europeu
de 2014” na edição de setembro de 2014 do Boletim Mensal. As recomendações específicas de cada país relativas às políticas orçamentais,
no âmbito do Semestre Europeu de 2014, solicitam a 9 dos 16 países da área do euro que reforcem as suas estratégias orçamentais em 2014.
Mais especificamente, foi solicitado a estes países que tomassem medidas adicionais a fim de fazer face ao risco de não cumprimento do
PEC.
2 Relativamente aos dois países sujeitos à vertente preventiva (Bélgica e Itália), a norma da dívida é atualmente a restrição vinculativa. Para
ambos os países, a Comissão decidirá, na primavera de 2015, sobre a necessidade de abrir um procedimento relativo aos défices excessivos
com base na dívida.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
89
Projetos de planos orçamentais para 2015
Parecer da Comissão relativo ao
cumprimento do PEC por parte dos
projetos de planos orçamentais para 2015
(Compromisso do PEC)
Esforços estruturais realizados 2015
(Previsões do outono de 2014 da
Comissão Europeia)
Compromisso em termos de esforços
estruturais ao abrigo do PEC 2015
(pontos percentuais)
“Conforme”
Alemanha (vertente preventiva)
-0.1
Luxemburgo (vertente preventiva)
-0.7
0.0 (no OMP)
0.0 (no OMP)
Países Baixos (vertente preventiva)
-0.3
0.0 (no OMP)
Eslováquia (vertente preventiva)
0.8
0.6
Irlanda (prazo de 2015 do PDE)
0.4
1.9
“Globalmente conforme”
Estónia (vertente preventiva)
0.1
0.5
Letónia (vertente preventiva)
-0.2
-0.4 1)
Eslovénia (prazo de 2015 do PDE)
0.3
0.5
Finlândia (vertente preventiva)
0.0
0.1
Bélgica (vertente preventiva)
0.4
0.7 (norma da dívida)
Itália (vertente preventiva)
0.1
2.5 (norma da dívida)
“Risco de incumprimento”
Malta (prazo de 2014 do PDE)
Áustria (vertente preventiva)
Espanha (prazo de 2016 do PDE)
França (prazo de 2015 do PDE)
Portugal (prazo de 2015 do PDE)
-0.2
0.6
0.1
0.6
-0.2
0.8
0.1
0.8
-0.3
0.5
Fontes: Projetos de planos orçamentais para 2015 (http://ec.europa.eu/economy_finance/economic_governance/sgp/budgetary_plans/
index_en.htm) e previsões do outono de 2014 da Comissão Europeia.
1) Redução do requisito de ajustamento com base na cláusula da reforma das pensões e investimento.
cumprimento da norma da dívida, a Comissão avaliará as suas posições no que se refere às obrigações
ao abrigo do PEC no início de Março de 2015, à luz da finalização das leis orçamentais e das
esperadas especificações dos programas de reforma estrutural anunciados pelos governos dos países.
Em França, se o Conselho confirmar a sua atual avaliação de não cumprimento do Pacto, tal poderia
acabar por levar a uma intensificação do procedimento relativo aos défices excessivos do país,
incluindo possíveis sanções. Quanto à Bélgica e Itália, a Comissão, se confirmar a sua avaliação de
incumprimento da norma da dívida, terá de preparar subsequentemente um relatório, nos termos do
n.º 3 do artigo 126.º do Tratado, que pode conduzir a um procedimento relativo aos défices excessivos
com base na dívida, a não ser que sejam apresentados fatores atenuantes que justifiquem o não
cumprimento do referencial da dívida.
Além disso, a Comissão avalia a composição das finanças públicas ao nível dos países como
inadequada. Salienta que, embora as recentes iniciativas para reduzir a carga fiscal sobre o trabalho
tenham sido na direção certa, no sentido da necessária composição das finanças públicas mais
favorável ao crescimento, tem havido muito poucos ou nenhuns progressos para tornar a composição
da despesa mais favorável ao crescimento.
Embora as reformas estruturais tenham atualmente uma importância vital para melhorar o potencial
de crescimento económico, se essas reformas fossem consideradas na avaliação do cumprimento do
PEC, tal teria de ser feito em total cumprimento com as disposições existentes do Pacto. Ao abrigo
da vertente preventiva, os custos orçamentais mensuráveis das reformas estruturais com um efeito
90
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
EVOLUÇÃO
ECONÓMICA
E MONETÁRIA
Evolução
orçamental
positivo sobre a sustentabilidade a longo prazo podem ser tidos em conta. Ao abrigo da vertente
corretiva, as reformas estruturais podem desempenhar um papel como um chamado fator relevante,
quando é tomada uma decisão sobre a prorrogação dos prazos, o que apenas poderá ser possível se
forem cumpridas as duas condições prévias de ação efetiva e desenvolvimentos macroeconómicos
adversos.
Em 8 de dezembro, o Eurogrupo convidou os Estados-Membros cujos projetos de planos orçamentais
estão globalmente conforme as disposições do PEC a assegurar o cumprimento destas disposições,
no contexto do processo orçamental nacional, e acolheu favoravelmente o seu compromisso de tomar
medidas compensatórias, quando for caso disso. Além disso, o Eurogrupo solicitou aos Estados-Membros cujos projetos correm o risco de não cumprimento das regras da vertente preventiva que
tomassem, atempadamente, medidas adicionais a fim de fazer face aos riscos relativos à convergência
adequada no sentido dos seus objetivos orçamentais de médio prazo e respeitassem a norma da
dívida. Por seu lado, os países ao abrigo da vertente corretiva do PEC deverão assegurar a correção
atempada dos seus défices excessivos, a posterior convergência adequada no sentido dos seus
objetivos de médio prazo e o respeito pela norma da dívida. Com este objetivo, Malta, Áustria,
Bélgica, Itália, França, Portugal e Espanha comprometeram-se a tomar as medidas necessárias para
colmatar as lacunas identificadas pela Comissão, assegurando assim o cumprimento do PEC.
É importante que a revisão dos projetos de planos orçamentais seja seguida de forma estruturada,
o que requer a implementação plena e consistente dos quadros existentes de governação orçamental
e macroeconómica da área do euro.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
91
ARTIGO
PROJEÇÕES MACROECONÓMICAS DE DEZEMBRO
DE 2014 PARA A ÁREA DO EURO ELABORADAS
POR ESPECIALISTAS DO EUROSISTEMA 1
A atividade revelou-se mais fraca do que o esperado no início do ano, devido sobretudo a um crescimento
inesperadamente comedido do investimento e das exportações. De acordo com as projeções, a atual
fase de crescimento modesto prolongar-se-á a 2015. Contudo, vários fatores externos e internos favoráveis,
incluindo a orientação muito acomodatícia da política monetária na área do euro – reforçada pelas
medidas convencionais e não convencionais adotadas em junho e setembro de 2014 –, deverão assumir
o primeiro plano em 2015, esperando-se que, subsequentemente, o crescimento real do produto interno
bruto (PIB) adquira um ritmo um pouco mais acelerado. Projeta-se que o PIB real aumente 0.8% em
2014, 1.0% em 2015 e 1.5% em 2016. Dado que estas taxas excedem cada vez mais o crescimento
potencial estimado, o desvio do produto diminuirá lentamente ao longo do horizonte de projeção, mas
continuará a ser negativo em 2016. As perspetivas relativas ao crescimento real do PIB foram objeto
de revisões em baixa substanciais, em relação às projeções publicadas na edição de setembro de 2014
do Boletim Mensal.1
No que respeita à inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) na área
do euro, projeta-se que permaneça baixa no curto prazo, subindo apenas de forma gradual durante o
horizonte de projeção, e que se situe, em média, em 0.5% em 2014, 0.7% em 2015 e 1.3% em 2016.
A recente queda dos preços do petróleo atenuou significativamente as perspetivas para a inflação no
curto prazo. No entanto, espera-se que a redução gradual do desvio negativo do produto e as crescentes
pressões externas sobre os preços, reforçadas pela taxa de câmbio do euro mais baixa, apoiem um
aumento da inflação medida pelo IHPC no decurso do horizonte de projeção. A margem disponível
remanescente na economia impedirá, porém, uma subida forte da inflação. Em comparação com as
projeções publicadas na edição de setembro de 2014 do Boletim Mensal, as perspetivas para a inflação
medida pelo IHPC foram objeto de uma revisão em baixa significativa.
O presente artigo sintetiza as projeções macroeconómicas para a área do euro relativas ao período
de 2014 a 2016. Projeções para um período com um horizonte tão alargado estão sujeitas a uma
incerteza muito elevada2, facto que é necessário ter em conta na sua interpretação. Importa, ainda,
salientar que as recentes medidas de política monetária não convencionais foram tomadas em
consideração neste exercício de projeção, apenas se já afetaram as variáveis financeiras, não tendo
sido incorporados outros canais de transmissão. Por conseguinte, é muito provável que a projeção de
referência subestime o impacto dos pacotes de medidas de política monetária.
ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL
De acordo com as projeções, a recuperação mundial continuará a ganhar força, embora de modo gradual,
e o crescimento real do PIB mundial (excluindo a área do euro) registará um aumento ao longo do
horizonte de projeção, passando de 3.6% em 2014 para 4.2% em 2016. Espera-se, contudo, que a retoma
permaneça desigual entre regiões. Após uma atividade bastante fraca no início de 2014, o dinamismo
de crescimento em algumas economias avançadas não pertencentes à área do euro tem vindo, em geral,
a ganhar firmeza. Em contraste, o dinamismo do crescimento nos mercados emergentes permaneceu
globalmente comedido, com alguma divergência entre regiões. Para além do curto prazo, a atividade
mundial deverá registar um fortalecimento gradual, mas continua a esperar-se que a recuperação
permaneça modesta. Enquanto algumas das principais economias avançadas beneficiam de uma
diminuição dos fatores adversos, os crescentes desafios estruturais e a maior restritividade das condições
1 As projeções macroeconómicas dos especialistas do Eurosistema fazem parte do material preparado para o Conselho do BCE, no sentido de
este avaliar a evolução da economia e os riscos para a estabilidade de preços. É fornecida informação sobre os procedimentos e as técnicas
utilizados no documento do BCE intitulado “A guide to Eurosystem staff macroeconomic projection exercises” (Guia das projeções macroeconómicas
elaboradas por especialistas do Eurosistema), de junho de 2001, disponível no sítio do BCE. A data de fecho da informação mais recente incluída
neste exercício foi 20 de novembro de 2014.
2 Ver o artigo intitulado “An assessment of Eurosystem staff macroeconomic projections”, na edição de maio de 2013 do Boletim Mensal.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
93
Quadro 1 Enquadramento internacional
(variação anual, em percentagem)
Dezembro de 2014
PIB real mundial
(excluindo a área do euro)
Comércio mundial
(excluindo a área do euro)1)
Procura externa da área do euro2)
Setembro de 2014
Revisões desde setembro de 2014
2013
2014
2015
2016
2014
2015
2016
2014
2015
2016
3.7
3.6
4.0
4.2
3.7
4.2
4.3
-0.1
-0.1
-0.1
3.4
2.9
2.7
2.3
3.9
3.4
5.2
4.9
3.9
3.5
5.5
5.0
5.9
5.6
-1.2
-1.2
-1.6
-1.6
-0.7
-0.6
Nota: As revisões são calculadas a partir de valores não arredondados.
1) Calculado como uma média ponderada das importações.
2) Calculada como uma média ponderada das importações dos parceiros comerciais da área do euro.
financeiras tornam improvável que as economias emergentes regressem às taxas de crescimento registadas
antes da crise.
O dinamismo do comércio mundial permaneceu fraco no primeiro semestre do ano. Todavia, espera-se
que o crescimento do comércio mundial (excluindo a área do euro) tenha atingido um valor mínimo
no segundo trimestre, projetando-se que registe um aumento ao longo do horizonte de projeção, passando
de 2.7% em 2014 para 5.2% em 2016. A expetativa é de que, no final do horizonte de projeção, a
elasticidade do comércio mundial em relação à atividade continue a ser inferior à observada antes da
crise. Como se espera que o ritmo de expansão da procura de importações pelos principais parceiros
comerciais da área do euro seja mais lento do que o da procura por parte do resto do mundo, projeta-se que o crescimento da procura externa da área do euro seja algo mais fraco do que o do comércio
mundial (ver Quadro 1).
Em comparação com as projeções macroeconómicas publicadas na edição de setembro de 2014 do
Boletim Mensal, as perspetivas quanto ao crescimento mundial foram revistas ligeiramente em sentido
descendente, tendo as perspetivas referentes à procura externa da área do euro sido objeto de uma
revisão em baixa mais significativa. As revisões das perspetivas relativas à procura externa da área do
euro refletem resultados inferiores e uma revisão em baixa (para próximo do seu nível de longo prazo)
da trajetória de aumento da elasticidade do comércio mundial em relação à atividade, a fim de ter em
conta anteriores erros de previsão.
Caixa 1
PRESSUPOSTOS TÉCNICOS SOBRE TAXAS DE JURO, TAXAS DE CÂMBIO,
PREÇOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS E POLÍTICAS ORÇAMENTAIS
Os pressupostos técnicos relativos às taxas de juro e aos preços das matérias-primas têm por base
as expetativas do mercado, com uma data de fecho da informação de 13 de novembro de 2014. As
taxas de curto prazo referem-se à taxa EURIBOR a três meses, sendo as expetativas do mercado
determinadas a partir das taxas dos contratos de futuros. Seguindo esta metodologia, obtém-se para
estas taxas de juro de curto prazo um nível médio de 0.2% em 2014 e de 0.1% em 2015 e 2016. As
expetativas do mercado quanto às taxas de rendibilidade nominais das obrigações de dívida pública
a 10 anos na área do euro implicam um nível médio de 2.0% em 2014, 1.8% em 2015 e 2.1% em
94
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ARTIGO
Pressupostos técnicos
(percentagem por ano; em USD/barril; variação anual, em percentagem)
Dezembro de 2014
EURIBOR a três meses
Taxas de rendibilidade das
obrigações de dívida pública
a 10 anos
Preço do petróleo
Preços das matérias-primas não
energéticas, em dólares
dos Estados Unidos
Taxa de câmbio USD/EUR
Taxa de câmbio efetiva (TCE20)
nominal do euro
Setembro de 2014
Revisões desde setembro
de 2014 1)
2013
2014
2015
2016
2014
2015
2016
2014
2015
2016
0.2
0.2
0.1
0.1
0.2
0.2
0.3
0.0
-0.1
-0.1
2.9
108.8
2.0
101.2
1.8
85.6
2.1
88.5
2.3
107.4
2.2
105.3
2.5
102.7
-0.2
-5.7
-0.4
-18.8
-0.4
-13.8
-5.0
1.33
-6.3
1.33
-4.8
1.25
3.8
1.25
-4.8
1.36
0.1
1.34
4.4
1.34
-1.5
-1.9
-4.9
-6.7
-0.6
-6.7
3.8
0.5
-2.8
0.0
1.4
-0.8
0.0
-0.9
-2.0
0.0
Projeções macroeconómicas
de dezembro de 2014
para a área do euro
elaboradas por especialistas
do Eurosistema
Nota: As revisões são calculadas a partir de valores não arredondados.
1) As revisões são expressas como “percentagens” para os níveis, “diferenças” para as taxas de crescimento e “pontos percentuais” para as
taxas de juro e as taxas de rendibilidade das obrigações.
20161. Refletindo a trajetória das taxas de juro do mercado a prazo e a transmissão gradual das
alterações nas taxas do mercado às taxas ativas, espera-se que as taxas ativas bancárias compósitas
aplicadas aos empréstimos ao setor privado não financeiro da área do euro apresentem uma ligeira
diminuição em 2014 e 2015, registando posteriormente uma subida modesta no decurso de 2016.
Em relação aos preços das matérias-primas, com base na trajetória implícita nos mercados de futuros
na quinzena finda na data de fecho da informação de 13 de novembro, pressupõe-se que o preço do
barril de petróleo bruto Brent desça de USD 102.6 no terceiro trimestre de 2014, para USD 85.6 em
2015, antes de subir para USD 88.5 em 2016. Em termos dos preços em dólares dos Estados Unidos
das matérias-primas não energéticas, pressupõe-se que diminuam substancialmente em 2014 e 2015,
aumentando depois em 20162.
Relativamente às taxas de câmbio bilaterais, parte-se do pressuposto de que, ao longo do horizonte
de projeção, permanecerão inalteradas nos níveis médios prevalecentes no período de duas semanas
findo em 13 de novembro de 2014, a data de fecho da informação. Tal implica uma taxa de câmbio
USD/EUR de 1.33 em 2014 e de 1.25 em 2015 e 2016.
Os pressupostos orçamentais refletem a execução orçamental em 2014, informação incluída nas leis
orçamentais planeadas ou já aprovadas para 2015, nos projetos de planos orçamentais apresentados
no quadro do Semestre Europeu e nos planos orçamentais nacionais de médio prazo que estavam
1 O pressuposto relativo às taxas de rendibilidade nominais das obrigações de dívida pública a 10 anos da área do euro tem por base a média
ponderada das taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública a 10 anos de referência dos países, ponderada em função dos valores
anuais do PIB e alargada pela trajetória a prazo obtida a partir da taxa de cupão do BCE que torna o preço da obrigação igual ao valor
nominal (par yield) a 10 anos de todas as obrigações da área do euro, sendo a discrepância inicial entre as duas séries mantida constante
ao longo do horizonte de projeção. Quanto aos diferenciais entre as taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública específicas dos
países e a média da área do euro correspondente, pressupõe-se que permaneçam constantes durante o horizonte de projeção.
2 Os pressupostos referentes aos preços do petróleo e das matérias-primas alimentares baseiam-se nos preços dos futuros até ao final do
horizonte de projeção. No que respeita aos preços de outras matérias-primas não energéticas e não alimentares, pressupõe-se que sigam
os futuros até ao quarto trimestre de 2015, evoluindo subsequentemente em consonância com a atividade económica mundial. Os preços
(em euros) dos produtos agrícolas no produtor na União Europeia, utilizados para a previsão dos preços no consumidor dos produtos
alimentares, são projetados partindo de um modelo econométrico que tem em conta a evolução dos preços internacionais das matérias-primas
alimentares.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
95
disponíveis em 20 de novembro de 2014. Incluem todas as medidas de política já aprovadas pelos
parlamentos nacionais ou definidas em suficiente pormenor pelos governos e que provavelmente
serão aprovadas no âmbito do processo legislativo. De um modo geral, a informação sobre a execução
orçamental em 2014 e as medidas orçamentais programadas para 2015 denotam uma política
orçamental discricionária praticamente neutra a nível da área do euro. As medidas de consolidação
orçamental em alguns países são globalmente compensadas por cortes nos impostos diretos em
vários países e por aumentos da despesa.
Em comparação com a edição de setembro de 2014 do Boletim Mensal, as alterações em termos de
pressupostos técnicos incluem preços do petróleo e das matérias-primas não energéticas em dólares
dos Estados Unidos consideravelmente mais reduzidos, uma depreciação da taxa de câmbio efetiva
do euro e taxas de juro de curto e de longo prazo mais baixas na área do euro.
PROJEÇÕES PARA O CRESCIMENTO REAL DO PIB
A evolução económica recente não confirmou a recuperação que era esperada no início do ano.
No segundo e terceiro trimestres de 2014, o crescimento real do PIB apresentou-se apenas modesto,
na sequência do desvanecimento dos fatores temporários que impulsionaram a atividade no primeiro
trimestre. A atividade mais fraca do que o antecipado verificou-se no contexto de uma evolução comedida
do comércio mundial, de preocupações crescentes (possivelmente alimentadas pela paragem do processo
de reforma económica em alguns países) com as perspetivas de crescimento interno, de tensões
geopolíticas persistentes e de uma recuperação mais anémica do que o estimado do investimento
residencial em alguns países.
Segundo as projeções, o crescimento real do PIB permanecerá fraco no curto prazo. O impacto dos
fatores adversos que dificultaram o crescimento na parte inicial do ano continuará a pesar sobre o
crescimento nos próximos trimestres. Tal é evidenciado pelos indicadores de confiança das empresas
e dos consumidores, os quais enfraqueceram desde a primavera e cujos níveis apontam agora para uma
continuação da atividade, que será, porém, apenas modesta no curto prazo. Em especial, espera-se que
a atividade de investimento privado permaneça comedida até inícios de 2015.
Não obstante, diversos fundamentos mantêm-se positivos e apoiam o esperado aumento em 2015 e nos
anos seguintes. A procura interna deverá beneficiar da orientação acomodatícia da política monetária
e do melhor funcionamento do mecanismo de transmissão da política monetária (reforçado pelas recentes
medidas convencionais e não convencionais adotadas pelo BCE), bem como de uma orientação orçamental
globalmente neutra, após anos de intensificação substancial da restritividade orçamental, e de alguma
melhoria das condições de concessão de crédito. Além disso, o consumo privado deverá beneficiar de
um aumento do rendimento disponível real, decorrente, em particular, do impacto favorável da descida
dos preços das matérias-primas, assim como do crescimento cada vez maior, embora modesto, dos
salários e do emprego e, no contexto de uma melhoria do crescimento dos lucros, do aumento de outros
rendimentos pessoais (incluindo lucros distribuídos). Acresce que, ao longo do horizonte de projeção,
a atividade geral será crescentemente apoiada pelo efeito favorável sobre as exportações de um pressuposto
fortalecimento gradual da procura externa, graças ao reforço adicional proporcionado pela depreciação
do euro.
Contudo, projeta-se que a recuperação permaneça fraca em relação aos padrões históricos, na medida
em que diversos fatores continuam a atenuar o crescimento no médio prazo. Espera -se que o remanescente
96
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ARTIGO
ajustamento de balanços necessário nos setores público e privado diminua só de forma gradual no
horizonte de projeção. Além disso, a restrição do consumo privado decorrente das elevadas taxas de
desemprego em alguns países deverá diminuir apenas gradualmente, enquanto a ampla capacidade
disponível em certos países continuará a refrear as despesas de investimento. Em termos de médias
anuais, projeta-se que o crescimento real do PIB se situe em 0.8% em 2014, 1.0% em 2015 e 1.5% em
2016.
Projeções macroeconómicas
de dezembro de 2014
para a área do euro
elaboradas por especialistas
do Eurosistema
Analisando mais pormenorizadamente as componentes da procura, as despesas de consumo privado
mantêm o seu dinamismo moderado durante o horizonte de projeção, em virtude da melhoria do
rendimento disponível real. Após diversos anos de fraqueza pronunciada, o rendimento disponível real
acelerará, graças a rendimentos do trabalho mais fortes (refletindo o aumento do emprego e um
crescimento ligeiramente mais elevado dos salários), a uma contribuição crescente de outros rendimentos
pessoais (sobretudo relacionados com lucros) e a preços das matérias-primas baixos. O maior património
líquido das famílias e os menores custos de financiamento também apoiarão o consumo privado.
No que respeita ao rácio de poupança, espera-se que se mantenha estável, permanecendo em níveis
historicamente baixos. Tal reflete efeitos opostos. Por um lado, as taxas de juro muito baixas e a
diminuição gradual do desemprego exercerão um impacto descendente. Por outro lado, verificar-se-ão
efeitos em sentido ascendente, dado o aumento do rendimento disponível em alguns países reduzir a
necessidade de utilização de poupanças para cobrir despesas de consumo. O enfraquecimento observado
na confiança dos consumidores poderá reforçar a poupança por motivos de precaução. Além disso, em
alguns países, as pressões de desalavancagem das famílias permanecem elevadas, o que está a exercer
efeitos adicionais em sentido ascendente sobre o rácio de poupança.
As perspetivas para o investimento residencial mantêm-se comedidas. O investimento residencial deverá
ganhar algum dinamismo no decurso de 2015, com a recuperação da atividade, num enquadramento
de taxas hipotecárias baixas e melhores condições de concessão de crédito, e com o desvanecimento
gradual das necessidades de ajustamento do mercado da habitação. Todavia, em alguns países, o
ajustamento do mercado da habitação e/ou o crescimento ainda fraco do rendimento disponível real
continuam a refrear a atividade de construção para fins de habitação. Além disso, em alguns países, o
impacto favorável das taxas hipotecárias historicamente baixas parece ser mais fraco do que o antes
esperado.
Diversos fatores deverão apoiar o investimento empresarial, designadamente o projetado fortalecimento
gradual da procura interna e externa, o nível muito baixo das taxas de juro, a necessidade de modernizar
o stock de capital após vários anos de investimento fraco, uma melhoria das condições de concessão
de crédito e um ligeiro robustecimento das margens de lucro face à retoma da atividade. Além disso,
espera-se que os fatores adversos decorrentes da desalavancagem necessária no setor empresarial deixem
gradualmente de se fazer sentir, na sequência do decréscimo do rácio da dívida pública em relação ao
PIB nos últimos anos. No entanto, os níveis de dívida mantêm-se elevados e, por conseguinte, as
necessidades de desalavancagem poderão continuar a travar o crescimento.
Estima-se que o crescimento do investimento empresarial permaneça bastante reduzido no curto prazo.
Não obstante os fatores favoráveis referidos, a confiança das empresas diminuiu recentemente. O
impacto de alguns fatores adversos parece estar a pesar fortemente sobre o investimento empresarial,
em particular as condições de financiamento ainda desfavoráveis, ainda que a melhorar, em alguns
países, as preocupações acerca do ritmo lento das reformas estruturais em determinados países e a
persistência de tensões geopolíticas. Além disso, a incerteza no que respeita às perspetivas para a
procura pesa sobre o investimento empresarial.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
97
De acordo com as projeções, a procura externa da área do euro subirá moderadamente com a retoma
da atividade mundial. As exportações extra-área do euro aumentarão de forma moderada no segundo
semestre de 2014, em geral a par da procura externa. As exportações ganharão dinamismo no decurso
de 2015, espelhando o fortalecimento gradual da procura externa e o impacto favorável da recente
depreciação do euro. A expetativa é de que as quotas de mercado das exportações permaneçam
globalmente inalteradas no horizonte de projeção. As importações extra -área do euro aumentarão apenas
moderadamente durante o horizonte de projeção, refletindo o crescimento fraco da procura na área do
euro e a taxa de câmbio do euro mais baixa. Projeta-se que o contributo das exportações líquidas para
o crescimento real do PIB seja positivo, embora modesto, na parte final do horizonte de projeção.
O excedente da balança corrente aumentará ao longo do horizonte de projeção, atingindo 2.4% do PIB
em 2016.
O crescimento do emprego registou recentemente uma melhoria comparativamente rápida e forte.
A recuperação do emprego teve início já em meados de 2013, tendo inicialmente sido em termos de
horas trabalhadas, mas depois também em termos de indivíduos. No segundo trimestre de 2014, o
número de empregados apresentava uma subida de 0.4% em termos homólogos, o que compara com
um crescimento real do PIB de 0.8%. Esta recuperação relativamente célere parece refletir o impacto
em sentido ascendente da anterior moderação dos salários e, provavelmente, os efeitos positivos das
recentes reformas do mercado de trabalho. Estas reformas – por exemplo, mediante uma maior
descentralização das negociações salariais, uma menor proteção do emprego e acordos de trabalho mais
flexíveis – parecem ter gerado uma resposta do emprego à evolução do produto comparativamente mais
veloz e mais robusta do que o historicamente observado, se bem que com algumas diferenças notáveis
entre países.
Em relação às condições no mercado de trabalho da área do euro, espera-se que melhorem modestamente
no horizonte de projeção. Estima-se que o número de empregados continue a registar uma recuperação
modesta no segundo semestre de 2014, projetando-se que mantenha, de um modo geral, esse dinamismo
ao longo do horizonte de projeção. A recuperação do emprego reflete a continuação de um padrão de
resposta comparativamente rápida e forte à expansão da atividade. A expetativa é de que a população
ativa aumente moderadamente, devido à imigração e em virtude de a melhoria gradual da situação no
mercado de trabalho estimular a participação de determinados segmentos da população. Quanto à taxa
de desemprego, espera-se que desça durante o horizonte de projeção, permanecendo, porém, muito
mais elevada do que antes da crise.
Em comparação com as projeções macroeconómicas publicadas na edição de setembro de 2014 do
Boletim Mensal, a projeção para o crescimento real do PIB no período de 2014 a 2016 foi revista em
baixa em 1.0 pontos percentuais. A revisão advém das perspetivas mais fracas no que se refere às
exportações, dado as perspetivas relativas à procura externa da área do euro terem sido revistas
significativamente em sentido descendente, refletindo resultados inferiores e uma revisão em baixa,
para próximo do seu valor de longo prazo, da trajetória de aumento da elasticidade do comércio mundial
em relação à atividade. A revisão em baixa do crescimento deve-se ainda a um investimento empresarial
mais fraco, atendendo ao recente decréscimo da confiança e às crescentes preocupações com as
perspetivas de crescimento interno. O investimento residencial foi também objeto de uma revisão em
baixa substancial, devido ao ajustamento mais forte ainda necessário nos mercados da habitação, em
alguns países, e ao facto de o impacto das taxas hipotecárias historicamente baixas parecer ter sido
sobrestimado nos anteriores exercícios de projeção. O consumo privado foi igualmente revisto em
sentido descendente, refletindo a revisão em baixa do crescimento da remuneração por trabalhador e
lucros distribuídos mais reduzidos do que o esperado, espelhando o enquadramento económico geral
mais fraco.
98
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ARTIGO
Quadro 2 Projeções macroeconómicas para a área do euro
1)
(variação anual, em percentagem)
Dezembro de 2014
2013
PIB real
3)
-0.4
Consumo privado
Consumo público
Formação bruta de capital fixo
Exportações 5)
Importações 5)
Emprego
Taxa de desemprego (em percentagem
da população activa)
11.9
IHPC
1.4
IHPC excluindo preços dos
produtos energéticos
IHPC excluindo preços dos
produtos energéticos e dos produtos
alimentares
IHPC excluindo preços dos
produtos energéticos, preços dos
produtos alimentares e alterações
dos impostos indiretos 6)
Custos unitários do trabalho
Remuneração por trabalhador
Produtividade do trabalho
Saldo orçamental das administrações
públicas (em percentagem do PIB)
Saldo orçamental estrutural
(em percentagem do PIB) 7)
Dívida bruta das administrações
públicas (em percentagem do PIB)
Saldo da balança corrente
(em percentagem do PIB)
-0.6
0.3
-2.5
2.2
1.3
-0.9
2014
2015
Setembro de 2014
2016
2014
2015
Revisões desde setembro
de 2014 2)
2016
0.8
1.0
1.5
0.9
1.6
1.9
[0.7 - 0.9]4) [0.4 - 1.6]4) [0.4 - 2.6]4) [0.7 - 1.1]4) [0.6 - 2.6]4) [0.6 - 3.2]4)
0.8
1.3
1.2
0.7
1.4
1.6
0.9
0.5
0.4
0.7
0.4
0.4
0.7
1.4
3.2
1.1
3.1
3.9
3.2
3.2
4.8
3.1
4.5
5.3
3.3
3.7
4.9
3.5
4.5
5.3
0.4
0.6
0.5
0.3
0.6
0.7
11.6
11.2
10.9
11.6
11.2
10.8
0.5
0.7
1.3
0.6
1.1
1.4
[0.5 - 0.5]4) [0.2 - 1.2]4) [0.6 - 2.0]4) [0.5 - 0.7]4) [0.5 - 1.7]4) [0.7 - 2.1]4)
2014
2015
2016
0.0
-0.6
-0.3
0.1
0.2
-0.5
0.0
-0.3
0.1
-0.2
0.0
-1.8
-1.3
-0.8
0.0
-0.4
-0.1
-0.7
-0.5
-0.3
-0.2
0.0
0.0
0.2
-0.1
-0.4
-0.1
1.4
0.8
1.1
1.3
0.8
1.3
1.6
0.0
-0.2
-0.2
1.1
0.8
1.0
1.3
0.9
1.2
1.5
0.0
-0.2
-0.2
1.0
1.3
1.7
0.4
0.7
1.1
1.6
0.5
1.0
1.1
1.5
0.4
1.3
0.8
1.8
1.0
0.8
1.0
1.6
0.6
1.2
0.8
1.8
1.0
1.5
1.1
2.2
1.1
0.0
0.1
0.0
-0.1
-0.2
0.4
-0.3
-0.6
-0.2
-0.3
-0.4
-0.1
-2.9
-2.6
-2.5
-2.2
-2.6
-2.4
-1.9
0.0
-0.1
-0.3
-2.3
-2.1
-2.1
-2.0
-2.0
-2.0
-1.9
-0.2
-0.1
-0.1
90.8
92.0
91.8
91.1
93.9
93.1
91.5
-1.9
-1.3
-0.4
2.0
2.1
2.2
2.4
2.3
2.3
2.4
-0.1
0.0
0.0
Projeções macroeconómicas
de dezembro de 2014
para a área do euro
elaboradas por especialistas
do Eurosistema
1) As projeções para 2015 e 2016 incluem a Lituânia. A variação média anual em percentagem para 2015 tem por base uma composição da
área do euro em 2014 que já inclui a Lituânia.
2) As revisões são calculadas a partir de valores não arredondados.
3) Dados corrigidos de dias úteis.
4) Os intervalos em torno das projeções baseiam-se nas diferenças entre resultados observados e projeções anteriores elaboradas ao longo
de diversos anos. A amplitude dos intervalos é igual ao dobro do valor absoluto médio dessas diferenças. O método utilizado no cálculo dos
intervalos, que envolve a correção de acontecimentos excecionais, encontra-se documentado na publicação do BCE intitulada “New procedure
for constructing Eurosystem and ECB staff projection ranges” (Novo procedimento para a construção de intervalos nas projeções elaboradas
pelos especialistas do Eurosistema e do BCE), de dezembro de 2009, disponibilizada no sítio do BCE.
5) Incluindo comércio intra-área do euro.
6) O subíndice tem por base estimativas do impacto efetivo dos impostos indiretos. Tal poderá diferir dos dados do Eurostat, que assentam no
pressuposto de uma transmissão integral e imediata dos efeitos fiscais ao IHPC.
7) Calculado como o saldo orçamental das administrações públicas líquido de efeitos transitórios do ciclo económico e de medidas temporárias
tomadas pelos governos (para informação sobre a abordagem do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), ver os Documentos de trabalho
n.º 77, de setembro de 2001, e n.º 579, de janeiro de 2007, da Série de Documentos de Trabalho do BCE). A projeção do saldo estrutural não é
obtida a partir de uma medida agregada do desvio do produto. De acordo com a metodologia do SEBC, as componentes cíclicas são calculadas
separadamente para as diferentes rubricas da receita e da despesa. Para mais pormenores, ver a caixa intitulada “Ajustamento cíclico do saldo
orçamental público”, na edição de março de 2012 do Boletim Mensal, e a caixa intitulada “O saldo estrutural como indicador da posição
orçamental subjacente”, na edição de setembro de 2014.
As medidas de política monetária não convencionais recentemente adotadas são tomadas em conta na
projeção de referência apenas através do seu efeito nos dados já observados e por via do seu impacto
nos pressupostos financeiros técnicos baseados no mercado, nomeadamente por meio das taxas de juro
do mercado, dos preços das ações e da taxa de câmbio. Assim, a projeção de referência poderá subestimar
o impacto favorável das recentes medidas de política monetária não convencionais, visto não serem
incluídos canais adicionais (ver Caixa 2).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
99
Caixa 2
INCLUSÃO DAS RECENTES MEDIDAS DE POLÍTICA MONETÁRIA NÃO CONVENCIONAIS
NAS PROJEÇÕES
Os pacotes de medidas de política monetária destinadas a aliviar as restrições ao crédito, anunciados
em 5 de junho e 4 de setembro de 2014, compreendiam um conjunto de medidas de política monetária
não convencionais, postas em prática através de operações de crédito, mais precisamente operações
de refinanciamento de prazo alargado direcionadas e transações definitivas ao abrigo, especificamente,
de um programa de aquisição de instrumentos de dívida titularizados e outro de aquisição de covered
bonds (obrigações hipotecárias e obrigações sobre o setor público).
O impacto destas medidas nas perspetivas relativas ao crescimento e à inflação reflete-se na projeção
de referência apenas se as medidas já afetaram as variáveis financeiras, designadamente as taxas de
juro, os preços das ações e a taxa de câmbio do euro. Em resultado desta abordagem técnica,
determinados canais adicionais potenciais não são captados na projeção de referência. Estes incluem,
por exemplo, o canal de transmissão direta, decorrente da mitigação dos custos de financiamento
dos bancos da área do euro graças às referidas medidas. Um segundo canal não contemplado na
projeção de referência é o do reequilíbrio de carteiras, que reflete o facto de as grandes injeções de
liquidez, associadas a cada uma das três medidas de política monetária, poderem reforçar os incentivos
dos investidores a reduzirem as respetivas detenções excedentárias de numerário, mediante a compra
de instrumentos financeiros alternativos, que não os adquiridos pelo banco central, elevando desse
modo o preço e, consequentemente, fazendo descer as taxas de rendibilidade dos mesmos.
Por conseguinte, em geral, é provável que a projeção de referência subestime o impacto dos pacotes
de medidas de política monetária, o que representa um risco em sentido ascendente para as projeções
de referência relativas ao crescimento e à inflação.
PROJEÇÕES RELATIVAS A PREÇOS E CUSTOS
De acordo com a estimativa preliminar do Eurostat, a inflação medida pelo IHPC global situou-se em
0.3% em novembro de 2014. A atual taxa de inflação baixa reflete os preços moderados dos produtos
energéticos resultantes das recentes descidas dos preços do petróleo bruto, a baixa inflação dos preços
dos produtos alimentares, bem como as tendências modestas dos preços dos produtos industriais não
energéticos e dos serviços.
No que respeita à inflação medida pelo IHPC, projeta -se que permaneça baixa no curto prazo.
Subsequentemente, espera-se que suba só de forma gradual até ao final do horizonte de projeção,
atingindo uma taxa de 1.4% no quarto trimestre de 2016. O aumento da inflação medida pelo IHPC
no decurso do horizonte de projeção deverá resultar da redução progressiva do desvio negativo do
produto e das crescentes pressões externas sobre os preços. Estas últimas refletem, em especial, uma
inversão das pressões, do sentido descendente para o sentido ascendente, decorrente dos preços das
matérias-primas e das repercussões da anterior depreciação da taxa de câmbio do euro.
A margem disponível na área do euro, a par da pressuposta evolução moderada dos preços das
matérias-primas, obstará a uma subida mais substancial da inflação na área do euro. Projeta-se que o
desvio negativo do produto diminua apenas parcialmente até 2016, denotando aumentos modestos dos
salários e das margens de lucro. De um modo geral, espera-se que a inflação medida pelo IHPC se
mantenha muito comedida, apresentando uma taxa média de 0.5% em 2014, 0.7% em 2015 e 1.3% em
100
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ARTIGO
2016. A inflação medida pelo IHPC excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares
deverá situar-se, em média, em 0.8% em 2014, 1.0% em 2015 e 1.3% em 2016.
As pressões externas sobre os preços atenuam, presentemente, as perspetivas para a inflação, mas a
expectativa é de que aumentem ao longo do horizonte de projeção, refletindo o projetado fortalecimento
da procura mundial, a taxa de câmbio do euro mais baixa e, em 2016, o esperado aumento dos preços das
matérias-primas. A evolução dos preços a nível externo contribuiu para as pressões descendentes sobre os
preços na área do euro, no passado recente. O ritmo lento do crescimento mundial, as descidas dos preços
das matérias-primas petrolíferas e não petrolíferas e a anterior apreciação do euro conduziram a quedas
dos preços das importações da área do euro em 2013 e 2014. Numa análise prospetiva, com o desvanecimento
gradual destes efeitos, espera-se que o deflator das importações extra-área do euro aumente em 2016.
Projeções macroeconómicas
de dezembro de 2014
para a área do euro
elaboradas por especialistas
do Eurosistema
Espera-se que as melhorias no mercado de trabalho e a diminuição da margem disponível na economia
desencadeiem aumentos moderados das pressões internas sobre os preços ao longo horizonte de projeção.
Quanto ao crescimento da remuneração por trabalhador, projeta-se que aumente ligeiramente durante o
horizonte de projeção, mas que permaneça baixo, em virtude dos processos de ajustamento em curso e da
moderação salarial em vários países da área do euro. O contexto de baixa inflação também contribui para
as perspetivas moderadas em termos de salários. A projeção é de que o crescimento dos custos unitários
do trabalho registará uma descida suave no horizonte de projeção. Tal reflete o facto de o pequeno aumento
do crescimento da remuneração por trabalhador ser mais do que compensado pelo crescimento mais forte
da produtividade. A evolução modesta dos custos unitários do trabalho constitui uma das principais fontes
das esperadas pressões baixas sobre os custos internos até ao final do horizonte de projeção.
Relativamente às margens de lucro (medidas como a diferença entre o deflator do PIB a custo de fatores
e o crescimento dos custos unitários do trabalho), espera-se que diminuam em 2014, estabilizem em
G r á f i c o 1 P r o j e ç õ e s m a c r o e c o n ó m i c a s 1)
(dados trimestrais)
PIB real da área do euro2)
(variação em termos trimestrais em cadeia, em percentagem)
IHPC da área do euro
(variação homóloga, em percentagem)
4.5
4.5
1.5
1.5
4.0
4.0
1.0
1.0
3.5
3.5
0.5
0.5
3.0
3.0
2.5
2.5
2.0
2.0
1.5
1.5
1.0
1.0
0.5
0.5
0.0
0.0
-0.5
-0.5
-1.0
-1.0
-1.5
-1.5
-2.0
-2.0
-2.5
-3.0
0.0
0.0
-2.5
-0.5
-0.5
-3.0
-0.1
-3.5
-0.1
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
-3.5
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1) Os intervalos em torno das principais projeções têm por base as diferenças entre resultados observados e projeções anteriores elaboradas
ao longo de diversos anos. A amplitude dos intervalos é igual ao dobro do valor absoluto médio dessas diferenças. O método utilizado no
cálculo dos intervalos, que envolve a correção de acontecimentos excecionais, encontra-se documentado na publicação do BCE intitulada
“New procedure for constructing Eurosystem and ECB staff projection ranges” (Novo procedimento para a construção de intervalos nas
projeções elaboradas pelos especialistas do Eurosistema e do BCE), de dezembro de 2009, disponibilizada no sítio do BCE.
2) Dados corrigidos de dias úteis.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
101
2015 e recuperem em 2016, devido ao fortalecimento da atividade económica e, em particular, a uma
moderação da evolução dos custos unitários do trabalho.
Em comparação com as projeções macroeconómicas publicadas na edição de setembro de 2014 do
Boletim Mensal, a projeção para a inflação medida pelo IHPC global foi objeto de uma revisão em
baixa de 0.1 pontos percentuais em 2014, 0.4 pontos percentuais em 2015 e 0.1 pontos percentuais em
2016. Tal reflete sobretudo preços do petróleo em euros mais baixos, algumas surpresas em sentido
descendente no que respeita aos recentes resultados das componentes não energéticas e o impacto das
perspetivas de crescimento revistas em baixa. Em 2016, este último fator será parcialmente compensado
por um efeito em sentido ascendente mais forte da inflação da componente de preços dos produtos
energéticos do IHPC, impulsionada por uma taxa de câmbio mais fraca e uma alteração dos futuros
dos preços do petróleo em sentido ascendente, face à projeção de setembro. A inflação medida pelo
IHPC excluindo os preços dos produtos alimentares e dos produtos energéticos foi igualmente revista
em baixa, refletindo a dinâmica mais fraca dos salários e das margens de lucro, bem como a transmissão
indireta da recente depreciação da taxa de câmbio.
PERSPETIVAS ORÇAMENTAIS
A orientação da política orçamental será, de um modo geral, neutra no horizonte de projeção. Espera-se que a orientação orçamental, medida como uma variação do saldo primário corrigido do ciclo, seja
ligeiramente expansionista em 2014 e 2015 e neutra em 2016, contrastando com o aumento significativo
da restritividade observado nos anos anteriores.
De acordo com as projeções, o rácio do défice público diminuirá de forma gradual ao longo do horizonte
de projeção. Esta diminuição será apoiada pela melhoria da posição cíclica da economia da área do
euro. O saldo orçamental estrutural apresentará apenas uma ligeira melhoria no decurso do horizonte
de projeção, espelhando uma política orçamental globalmente neutra. O rácio da dívida pública começará
a diminuir a partir de 2015, em virtude das recentes melhorias do saldo primário e de um diferencial
mais favorável entre a taxa de juro da dívida pública e o crescimento.
Em comparação com as projeções publicadas na edição de setembro de 2014 do Boletim Mensal, as
perspetivas para o défice e a dinâmica da dívida deterioraram-se um pouco, devido às perspetivas
macroeconómicas menos favoráveis e a um ligeiro abrandamento das políticas orçamentais discricionárias.
A revisão em baixa do rácio da dívida em relação ao PIB resulta sobretudo da implementação do novo
Sistema Europeu de Contas (SEC 2010).
Caixa 3
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
As projeções assentam fortemente em pressupostos técnicos acerca da evolução de determinadas
variáveis fundamentais. Dado que algumas dessas variáveis podem ter um impacto considerável nas
projeções para a área do euro, a sensibilidade das mesmas no que respeita a trajetórias alternativas
dos pressupostos implícitos pode ajudar na análise dos riscos em torno das projeções. Na presente
caixa, é abordada a incerteza quanto a três pressupostos subjacentes importantes e a sensibilidade
das projeções aos mesmos1.
1 Todas as simulações foram efetuadas com base no pressuposto de que não se verificarão alterações de política ou de quaisquer outras
variáveis relativas aos pressupostos técnicos e ao enquadramento internacional da área do euro.
102
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ARTIGO
1) Trajetória alternativa dos preços do petróleo
Os pressupostos relativos aos preços do petróleo nas atuais projeções dos especialistas do Eurosistema
baseiam-se nas expetativas do mercado medidas pelos preços dos futuros do petróleo. Na data de
fecho da informação, 13 de novembro, com base na trajetória dos preços do petróleo implícita nos
mercados de futuros na quinzena precedente, estimou-se que o preço do barril de petróleo bruto Brent
baixaria de USD 102.6 no terceiro trimestre de 2014 para USD 85.6 em 2015, aumentando depois
para USD 88.5 em 2016. Contudo, após a data de fecho da informação, os preços do petróleo e os
futuros dos mesmos registaram novas descidas, no contexto de uma oferta ampla e de uma procura
fraca de petróleo, em especial depois de a OPEP ter decidido, em 27 de novembro de 2014, manter
os níveis de produção atuais. Em 2 de dezembro de 2014, os preços dos futuros do petróleo implicavam
uma descida do preço do petróleo bruto Brent para USD 73.2 em 2015 e uma subida para USD 78.1
em 2016, ou seja, para níveis 14.5% e 11.7% inferiores aos implícitos na projeção de referência.
Projeções macroeconómicas
de dezembro de 2014
para a área do euro
elaboradas por especialistas
do Eurosistema
Com base em modelos macroeconómicos elaborados por especialistas do Eurosistema, estimou-se
que a trajetória alternativa dos preços do petróleo levaria a que a inflação medida pelo IHPC na área
do euro se situasse cerca de 0.4 pontos percentuais abaixo da projeção de referência em 2015 e
0.1 pontos percentuais abaixo da projeção de referência em 2016. Ao mesmo tempo, a trajetória
alternativa dos preços do petróleo apoiaria o crescimento real do PIB em cerca de 0.1 pontos
percentuais tanto em 2015 como em 2016.
2) Trajetória alternativa da taxa de câmbio
A projeção de referência tem como pressuposto que a taxa de câmbio efetiva do euro permanecerá
inalterada até ao final do horizonte. No entanto, pode verificar-se um enfraquecimento do euro em
virtude da deterioração das perspetivas de crescimento na área do euro, em comparação com a
economia dos Estados Unidos, e da expetativa de orientações de política monetária divergentes nas
duas economias, denotando a expetativa, por parte do mercado, de um período prolongado de taxas
de juro baixas na área do euro e de uma normalização mais rápida nos Estados Unidos. Foi determinada
uma trajetória alternativa da taxa de câmbio do euro, envolvendo uma depreciação mais forte, com
base no percentil 25 da distribuição assente nas densidades implícitas neutras em termos de risco
extraídas das opções, para a taxa de câmbio EUR/USD em 13 de novembro de 2014. Esta trajetória
implica uma depreciação gradual do euro face ao dólar dos Estados Unidos para uma taxa de câmbio
de 1.17 em 2016, a qual é 6.1% mais baixa do que o pressuposto de referência. Os pressupostos
correspondentes relativos à taxa de câmbio efetiva nominal do euro refletem regularidades históricas,
segundo as quais variações na taxa de câmbio EUR/USD espelham variações na taxa de câmbio
efetiva com uma elasticidade de cerca de 52%. Tal resulta numa divergência gradual da taxa de
câmbio efetiva do euro em relação à projeção de referência, atingindo um nível 3.2% mais baixo do
que a projeção de referência em 2016. Neste cenário, os resultados dos diversos modelos
macroeconómicos dos especialistas do Eurosistema apontam para um maior crescimento real do
PIB (0.1-0.3 pontos percentuais) e para uma inflação medida pelo IHPC mais elevada (0.1-0.4 pontos
percentuais) em 2015 e 2016.
3) Consolidação orçamental adicional
Como referido na Caixa 1, os pressupostos em termos de políticas orçamentais incluem todas as
medidas de política já aprovadas pelos parlamentos nacionais ou especificadas em suficiente pormenor
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
103
pelos governos e que provavelmente serão aprovadas no âmbito do processo legislativo. Para a
maioria dos países, as medidas incluídas na projeção de referência ficam aquém dos requisitos de
consolidação orçamental, ao abrigo das vertentes corretiva e preventiva do Pacto de Estabilidade e
Crescimento. O compromisso de cumprir estes requisitos encontra-se, em geral, refletido nos
programas de estabilidade para 2014 e nos documentos dos programas da União Europeia e do FMI.
Todavia, muitas vezes, as medidas subjacentes destinadas a alcançar esses objetivos não são referidas
ou não são suficientemente bem definidas. Por conseguinte, não são consideradas na projeção de
referência. Assim, é não só necessário, como também provável, que, até 2016, vários governos
adotem medidas no sentido de uma consolidação orçamental adicional, em comparação com as
incorporadas na projeção de referência.
Pressupostos subjacentes à análise de sensibilidade orçamental
A análise de sensibilidade orçamental toma como ponto de partida o “desvio orçamental” entre os
objetivos orçamentais dos países e as projeções orçamentais de referência. Para aferir a provável
consolidação orçamental adicional, consideram-se as condições e a informação, tanto em termos de
dimensão como de composição, específicas aos países. Mais precisamente, a informação específica
aos países visa captar as incertezas em torno dos objetivos orçamentais, a probabilidade de medidas
no sentido de uma consolidação orçamental adicional, com um impacto na procura agregada por
oposição a outros fatores de redução do défice, e os efeitos de retorno macroeconómicos associados.
Com base nesta abordagem, avalia-se serem prováveis, em 2015 e 2016, medidas de consolidação
orçamental suplementares com impacto na procura, elevando o valor acumulado da consolidação
orçamental adicional para cerca de 0.2% do PIB, no final de 2016. No que respeita à composição
das medidas orçamentais, a análise de sensibilidade procura incorporar os perfis nacionais e temporais
específicos dos esforços de consolidação adicional mais prováveis. No âmbito deste exercício, a
nível agregado da área do euro, a consolidação orçamental é avaliada como ligeiramente enviesada
para o lado da despesa do orçamento.
Impacto macroeconómico da consolidação orçamental adicional
O quadro a seguir resume os resultados da simulação do impacto do exercício de análise de
sensibilidade orçamental no crescimento real do PIB e na inflação medida pelo IHPC na área do
Impacto macroeconómico estimado da consolidação orçamental adicional no
crescimento do PIB e na inflação medida pelo IHPC, na área do euro
(em percentagem do PIB)
Objetivos orçamentais dos países1)
Projeções orçamentais de referência
Consolidação orçamental adicional
(em termos acumulados)2)
Efeitos da consolidação orçamental adicional
com impacto na procura (em pontos percentuais)3)
Crescimento real do PIB
Inflação medida pelo IHPC
2014
2015
2016
-2.7
-2.6
-2.2
-2.5
-1.7
-2.2
0.0
0.0
0.2
0.0
0.0
0.0
0.0
-0.1
0.0
1) Objetivos nominais, tal como especificados nos documentos mais recentes dos programas da União Europeia e do FMI para os países
relevantes; para os restantes países, tal como incluídos nos projetos de planos orçamentais ou nas leis orçamentais aprovadas para 2015 ou
nas atualizações de 2014 dos programas de estabilidade dos países.
2) Análise de sensibilidade assente em avaliações efetuadas por especialistas do Eurosistema.
3) Desvios face à projeção de referência, apresentados em pontos percentuais para o crescimento real do PIB e a inflação medida pelo IHPC
(em ambos os casos, em termos anuais). O impacto macroeconómico é simulado utilizando o NAWM.
104
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ARTIGO
euro, com base no novo modelo do BCE para o conjunto da área do euro (New Area-Wide Model
- NAWM)2.
O impacto da consolidação orçamental adicional no crescimento real do PIB é limitado em 2014 e
2015, mas estima-se que se situe em cerca de -0.1 pontos percentuais em 2016. A estimativa é de que
o efeito sobre a inflação medida pelo IHPC seja negligenciável no conjunto do horizonte de projeção.
Projeções macroeconómicas
de dezembro de 2014
para a área do euro
elaboradas por especialistas
do Eurosistema
A análise atual aponta, portanto, para riscos em sentido descendente modestos quanto à projeção de
referência relativa ao crescimento real do PIB em 2016, dado que não foram incluídas na projeção
de referência todas as medidas de consolidação orçamental pretendidas. Paralelamente, os riscos
existentes no que respeita à projeção para a inflação são negligenciáveis.
Importa destacar que esta análise de sensibilidade orçamental se centra apenas nos potenciais efeitos
de curto prazo de uma provável consolidação orçamental adicional. Embora mesmo medidas de
consolidação orçamental bem concebidas tenham frequentemente efeitos de curto prazo negativos
sobre o crescimento real do PIB, verificam-se efeitos positivos a mais longo prazo na atividade, os
quais não são evidentes no horizonte desta análise3. Consequentemente, os resultados da análise não
devem ser interpretados como colocando em causa a necessidade de, no horizonte de projeção, serem
envidados esforços no sentido de uma consolidação orçamental adicional. Com efeito, é preciso
intensificar os esforços de consolidação, a fim de restabelecer a solidez das finanças públicas na
área do euro. Sem uma consolidação adicional, existe o risco de a fixação do preço da dívida soberana
poder vir a ser adversamente afetada. Além disso, os efeitos sobre a confiança poderão ser negativos,
dificultando a recuperação económica.
2 Para uma descrição deste modelo, ver Christoffel, K., Coenen, G. e Warne, A., “The New Area-Wide Model of the euro area: a micro-founded open-economy model for forecasting and policy analysis”, Série de Documentos de Trabalho do BCE, n.º 944, outubro de 2008.
3 Para uma análise mais pormenorizada dos efeitos macroeconómicos da consolidação orçamental, ver o artigo intitulado “Fiscal multipliers
and the timing of consolidation”, na edição de abril de 2014 do Boletim Mensal.
Caixa 4
PREVISÕES DE OUTRAS INSTITUIÇÕES
Estão disponíveis várias previsões para a área do euro elaboradas por organizações internacionais e
instituições do setor privado. No entanto, essas previsões não são rigorosamente comparáveis entre
si ou com as projeções macroeconómicas elaboradas por especialistas do Eurosistema, dado que
foram concluídas em momentos distintos. Além disso, utilizam métodos diferentes (parcialmente
não especificados) de cálculo dos pressupostos relativos às variáveis orçamentais, financeiras e
externas, incluindo preços do petróleo e de outras matérias-primas. Por último, existem diferenças
nos métodos de correção de dias úteis utilizados nas diversas previsões (ver quadro a seguir).
As previsões atualmente disponíveis de outras instituições situam o crescimento real do PIB da área
do euro, em 2014, no mesmo valor que o apresentado nas projeções dos especialistas do Eurosistema.
As projeções para o crescimento real do PIB em 2015 e 2016 são semelhantes ou um pouco superiores
às avançadas pelos especialistas do Eurosistema. No que respeita à inflação média anual medida
pelo IHPC em 2014, os valores apresentados coincidem com os projetados pelos especialistas do
Eurosistema. As projeções da maioria das outras instituições apontam para uma inflação medida
pelo IHPC em 2015 ligeiramente mais elevada do que a projetada pelos especialistas do Eurosistema.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
105
Comparação de previsões para o crescimento real do PIB e para a inflação medida
pelo IHPC, na área do euro
(variação anual, em percentagem)
Data de
publicação
Crescimento do PIB
Inflação medida pelo IHPC
2014
2015
2016
2014
2015
2016
Projeções dos especialistas
do BCE
Dezembro de 2014
0.8
[0.7-0.9]
1.0
[0.4-1.6]
1.5
[0.4-2.6]
0.5
[0.5-0.5]
0.7
[0.2-1.2]
1.3
[0.6-2.0]
Comissão Europeia
OCDE
Barómetro da Zona Euro
Previsões da Consensus
Economics
Inquérito a Analistas
Profissionais
FMI
Novembro de 2014
Novembro de 2014
Novembro de 2014
0.8
0.8
0.8
1.1
1.1
1.2
1.7
1.7
1.6
0.5
0.5
0.5
0.8
0.6
0.9
1.5
1.0
1.3
Novembro de 2014
0.8
1.1
1.5
0.5
0.9
1.3
Novembro de 2014
Outubro de 2014
0.8
0.8
1.2
1.3
1.5
1.7
0.5
0.5
1.0
0.9
1.4
1.2
Fontes: Previsões Económicas Europeias do outono de 2014, elaboradas pela Comissão Europeia; World Economic Outlook, de outubro de
2014, do FMI; Economic Outlook, de novembro de 2014, da OCDE; Previsões da Consensus Economics; MJEconomics (Barómetro da Zona
Euro) e Inquérito a Analistas Profissionais, realizado pelo BCE.
Nota: As projeções macroeconómicas dos especialistas do Eurosistema e as previsões da OCDE apresentam taxas de crescimento anuais
corrigidas de dias úteis, ao passo que a Comissão Europeia e o FMI apresentam taxas de crescimento anuais não corrigidas de dias úteis por
ano. As outras previsões não especificam se foram ou não utilizados dados corrigidos de dias úteis.
Em 2016, a inflação medida pelo IHPC deverá situar-se, em média, entre 1.0% e 1.5%, de acordo
com outras projeções disponíveis, o que compara com 1.3%, segundo as projeções dos especialistas
do Eurosistema. Presentemente, todas as previsões disponíveis para 2015 e 2016 estão dentro dos
intervalos avançados nas projeções do Eurosistema, indicados no quadro.
106
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS DA ÁREA DO EURO
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 1
ÍNDICE 1
1
2
3
4
5
6
PA N O R Â M I C A G L O B A L DA Á R E A D O E U RO
Síntese de indicadores económicos da área do euro
E5
E S TAT Í S T I C A S D E P O L Í T I C A M O N E TÁ R I A
1.1 Situação financeira consolidada do Eurosistema
1.2 Taxas de juro diretoras do BCE
1.3 Operações de política monetária do Eurosistema efetuadas através de procedimentos de leilão
1.4 Estatísticas de reservas mínimas e de liquidez
E6
E7
E8
E9
M O E DA , B A N C O S E O U T R A S S O C I E DA D E S F I N A N C E I R A S
2.1 Balanço agregado das IFM da área do euro
2.2 Balanço consolidado das IFM da área do euro
2.3 Estatísticas monetárias
2.4 Empréstimos de IFM: desagregação
2.5 Depósitos em IFM: desagregação
2.6 Títulos detidos por IFM: desagregação
2.7 Desagregação por moedas de rubricas selecionadas do balanço das IFM
2.8 Balanço agregado dos fundos de investimento da área do euro
2.9 Títulos detidos por fundos de investimento desagregados por emitente de títulos
2.10 Balanço agregado das sociedades de titularização da área do euro
2.11 Balanço agregado das sociedades de seguros e fundos de pensões da área do euro
E10
E11
E12
E15
E17
E20
E21
E22
E23
E24
E25
C O N TA S DA Á R E A D O E U RO
3.1 Contas económicas e financeiras integradas por setor institucional
3.2 Famílias
3.3 Sociedades não financeiras
3.4 Sociedades financeiras
3.5 Famílias e sociedades não financeiras, indicadores de síntese
E26
E30
E31
E32
E33
M E R C A D O S F I N A N C E I RO S
4.1 Títulos exceto ações, por prazo original, residência do emitente e moeda
4.2 Títulos exceto ações emitidos por residentes na área do euro, por setor do emitente e tipo de instrumento
4.3 Taxas de crescimento dos títulos exceto ações emitidos por residentes na área do euro
4.4 Ações cotadas emitidas por residentes na área do euro
4.5 Taxas de juro das IFM dos depósitos e empréstimos denominados em euros de residentes na área do euro
4.6 Taxas de juro do mercado monetário
4.7 Curvas de rendimentos da área do euro
4.8 Índices bolsistas
E34
E35
E37
E39
E41
E43
E44
E45
P R E Ç O S , P RO D U TO, P RO C U R A E M E R C A D O S D E T R A B A L H O
5.1 IHPC, outros preços e custos
5.2 Produto e procura
5.3 Mercados de trabalho
E46
E49
E53
FINANÇAS PÚBLICAS
6.1 Receita, despesa e défice/excedente
6.2 Dívida
E55
E56
1 Para mais informações, contacte-nos em: [email protected]. Para séries mais longas e dados mais pormenorizados, ver o serviço de divulgação de estatísticas online do BCE,
o Statistical Data Warehouse, na secção Statistics do sítio do BCE (http://sdw.ecb.europa.eu).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 3
6.3
6.4
6.5
7
8
9
Ajustamento défice-dívida, principais ativos financeiros e dívida pública ao valor de mercado
Títulos de dívida pública
Evolução orçamental nos países da área do euro
E57
E58
E59
TRANSAÇÕES E POSIÇÕES EXTERNAS
7.1 Síntese da balança de pagamentos
7.2 Balança corrente e balança de capital
7.3 Balança financeira
7.4 Apresentação monetária da balança de pagamentos
7.5 Comércio de bens
E60
E61
E63
E69
E70
TA X A S D E C Â M B I O
8.1 Taxas de câmbio efetivas
8.2 Taxas de câmbio bilaterais
E72
E73
E VO L U Ç Ã O F O R A DA Á R E A D O E U RO
9.1 Evolução económica e financeira noutros Estados-Membros da UE
9.2 Evolução económica e financeira nos Estados Unidos e Japão
E74
E75
L I S TA D E G R Á F I C O S
E76
N OTA S T É C N I C A S
E77
N OTA S G E R A I S
E85
Desde o início de setembro de 2014, as estatísticas europeias estão em fase de transição por forma a acomodar normas
estatísticas atualizadas, a saber, o Sistema Europeu de Contas (SEC) 2010 e a 6.ª edição do Manual da Balança de
Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional do FMI (BPM6). Tal terá um impacto sobre muitos dos indicadores
macroeconómicos mais cruciais, tais como o PIB, a balança corrente, os défices públicos e indicadores da dívida setoriais.
A transição afetará o Capítulo 3, bem como os Capítulos 5 a 9 do presente anexo estatístico. Para mais pormenores sobre
as novas normas e respetiva aplicação aos vários domínios estatísticos, consultar o artigo intitulado “New international
standards in statistics – enhancements to methodology and data availability”, na edição de agosto de 2014 do Boletim
Mensal. O sítio do BCE disponibiliza igualmente explicações e documentação associada em http://www.ecb.europa.eu/stats/
acc/ESA2010/html/index.en.html relativamente ao SEC 2010 e http://www.ecb.europa.eu/stats/external/bpm6/html/index.
en.html relativamente ao BPM6. Para o SEC 2010, consultar também a informação disponibilizada no sítio do Eurostat
http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/esa_2010/introduction.
Sinais convencionais usados nos quadros
“-”
“.”
“…”
c.s.
“mil milhões”
n.c.s.
(p)
E 4
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
dados inexistentes/dados não aplicáveis
dados ainda não disponíveis
nulo ou irrelevante
corrigido de sazonalidade
10 9
não corrigido de sazonalidade
provisório
PANORÂMICA GLOBAL DA ÁREA DO EURO
Síntese de indicadores económicos da área do euro
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
1. Evolução monetária e taxas de juro
M2 2)
M3 2), 3)
M3 2), 3)
Média móvel
de 3 meses
(centrada)
Empréstimos de
IFM a residentes
na área do euro,
excluindo IFM e
administrações
públicas 2)
Títulos exceto
ações emitidos
em euros por
sociedades
do setor não
monetário 2)
Taxa de juro
a 3 meses
(EURIBOR; %
por ano; médias
do período)
Taxa à vista
a 10 anos
(% por ano;
fim de período)4)
1
4.0
7.0
6.4
6.0
5.3
5.8
5.4
5.6
5.9
6.2
6.2
.
2
3.1
4.0
3.1
2.4
2.1
2.6
2.4
2.5
2.7
3.0
2.7
.
3
2.9
2.4
1.5
1.2
1.1
2.0
1.6
1.8
2.0
2.5
2.5
.
4
1.5
1.8
2.1
2.3
.
.
5
-0.2
-1.5
-2.2
-2.3
-1.9
-1.5
-1.8
-1.6
-1.5
-1.2
-1.1
.
6
0.7
0.9
1.3
-1.3
-1.8
-0.8
-1.3
-0.3
-0.8
-1.3
.
.
7
0.57
0.22
0.24
0.30
0.30
0.16
0.24
0.21
0.19
0.10
0.08
0.08
8
1.72
2.24
2.24
1.82
1.44
1.06
1.44
1.34
1.03
1.06
0.96
0.80
M1
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
1)
2)
2. Preços, produto, procura e mercados de trabalho
IHPC 1)
Preços da
produção
industrial
Custos horários
do trabalho
PIB real
(c.s.)
Produção
industrial
excluindo
construção
Utilização da
capacidade
produtiva
na indústria
transformadora
(%)
Emprego
(c.s.)
Desemprego
(% da população
ativa; c.s.)
1
2.5
1.4
0.7
0.6
0.4
0.5
0.4
0.4
0.3
0.4
0.3
2
2.8
-0.2
-1.6
-1.1
-1.4
-0.9
-1.3
-1.4
-1.4
-1.3
.
3
2.0
1.4
0.6
1.2
.
-
4
-0.7
-0.5
1.0
0.8
0.8
-
5
-2.5
-0.7
1.3
1.0
0.6
0.3
1.6
-0.5
0.6
.
.
6
78.6
78.3
79.8
79.7
80.0
79.9
80.0
-
7
-0.5
-0.8
0.0
0.4
.
-
8
11.3
12.0
11.8
11.6
11.5
11.6
11.6
11.5
11.5
11.5
.
Taxa de câmbio efetiva
do euro: TCE-20 5)
(índice: 1999 T1 = 100)
Taxa de câmbio
USD/EUR
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
3. Estatísticas externas
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário)
Balança de pagamentos (transações líquidas)
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Balança corrente
e balança
de capital
Bens
1
.
218.4
89.4
40.8
48.7
83.7
22.8
33.5
18.6
31.7
.
.
2
132.3
206.4
57.2
43.4
60.4
53.9
21.1
23.6
9.8
20.5
.
.
Investimento
direto e
de carteira
em conjunto
3
.
39.2
-9.5
-18.5
-34.9
52.4
-2.9
-12.0
7.1
57.3
.
.
Ativos
de reserva
(posições em
fim de período)
4
689.4
542.1
542.1
570.6
583.1
597.0
583.1
585.1
594.1
597.0
585.9
.
Posição de
Dívida
investimento externa bruta
internacional (em % do PIB)
líquida
(em % do PIB)
5
.
-13.5
-13.5
-12.5
-10.7
.
-
6
.
114.2
114.2
116.0
116.8
.
-
Nominal
Real (IPC)
7
97.9
101.7
103.1
103.9
103.8
101.6
103.0
102.6
101.9
100.4
99.6
99.5
8
95.6
98.9
100.0
100.7
100.1
97.9
99.3
98.8
98.2
96.7
95.7
95.6
9
1.2848
1.3281
1.3610
1.3696
1.3711
1.3256
1.3592
1.3539
1.3316
1.2901
1.2673
1.2472
Fontes: BCE, Comissão Europeia (Eurostat e Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros) e Thomson Reuters.
Nota: Para mais informações sobre os dados, ver os quadros respetivos mais à frente nesta secção.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) As taxas de variação homólogas (%) dos dados mensais referem-se ao fim do mês, enquanto as dos dados trimestrais e anuais se referem à variação homóloga na média do
período. Para mais pormenores, ver as Notas Técnicas.
3) O M3 e respetivas componentes excluem as detenções por não residentes na área do euro de ações/unidades de participação em fundos do mercado monetário e títulos de dívida
com prazo até 2 anos.
4) Com base em curvas de rendimento das obrigações da administração central da área do euro com notação AAA. Para mais informações, ver Secção 4.7.
5) Para uma definição dos grupos de parceiros comerciais e outras informações, ver as Notas Gerais.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 5
1
ESTATÍSTICAS DE POLÍTICA MONETÁRIA
1.1 Situação financeira consolidada do Eurosistema
(EUR milhões)
1. Ativo
31 outubro 2014 7 novembro 2014 14 novembro 2014 21 novembro 2014 28 novembro 2014
Ouro e ouro a receber
Ativos sobre não residentes na área do euro em moeda estrangeira
Ativos sobre residentes na área do euro em moeda estrangeira
Ativos sobre não residentes na área do euro em euros
Crédito a instituições de crédito da área do euro em euros
Operações principais de refinanciamento
Operações de refinanciamento de prazo alargado
Operações ocasionais de regularização sob a forma de operações reversíveis
Operações estruturais sob a forma de operações reversíveis
Facilidade permanente de cedência de liquidez
Créditos relacionados com valores de cobertura adicionais
Outros ativos sobre instituições de crédito da área do euro em euros
Títulos de residentes na área do euro em euros
Títulos detidos para efeitos de política monetária
Outros títulos
Dívida das administrações públicas em euros
Outros ativos
Ativo total
334
262
27
22
527
118
408
1
59
557
192
364
26
233
532
933
904
340
627
152
472
0
0
003
0
831
088
933
154
727
088
2 052 070
334
261
28
22
502
98
404
57
560
195
364
26
235
532
379
077
148
816
189
622
0
0
4
0
694
547
562
985
727
817
2 029 737
334
263
28
22
496
98
398
56
563
198
364
26
237
532
159
020
608
721
421
190
0
0
110
0
042
038
048
989
727
308
2 028 156
334
264
28
19
498
102
396
60
563
198
364
26
236
532
449
064
702
964
587
240
0
0
3
133
956
441
964
477
727
330
2 033 165
334
264
28
18
513
114
398
58
570
204
366
26
238
530
250
764
668
786
304
800
0
0
682
0
112
243
161
082
727
812
2 053 892
2. Passivo
31 outubro 2014 7 novembro 2014 14 novembro 2014 21 novembro 2014 28 novembro 2014
Notas em circulação
Responsabilidades para com instituições de crédito da área do euro em euros
Depósitos à ordem (incluindo reservas obrigatórias)
Facilidade permanente de depósito
Depósitos a prazo
Operações ocasionais de regularização sob a forma de operações reversíveis
Depósitos relacionados com valores da cobertura adicionais
Outras responsabilidades para com instituições de crédito da área do euro em euros
Certificados de dívida emitidos
Responsabilidades para com outros residentes na área do euro em euros
Responsabilidades para com não residentes na área do euro em euros
Responsabilidades para com residentes na área do euro em moeda estrangeira
Responsabilidades para com não residentes na área do euro em moeda estrangeira
Atribuição de contrapartidas de direitos de saque especiais pelo FMI
Outras responsabilidades
Contas de reavaliação
Capital e reservas
Passivo total
Fonte: BCE.
E 6
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
975
250
211
38
4
93
39
1
6
55
215
315
95
233
027
585
415
0
0
27
781
0
070
122
346
282
494
866
537
313
2 052 070
977
225
183
42
4
93
40
1
5
55
215
315
95
197
181
130
032
0
0
19
400
0
738
476
290
343
494
768
537
313
2 029 737
976
212
187
25
4
103
39
1
6
55
216
315
95
902
688
042
627
0
0
19
521
0
366
659
115
682
494
880
537
313
2 028 156
975
197
175
22
4
120
41
1
6
55
219
315
95
135
579
536
023
0
0
19
751
0
757
140
119
850
494
491
537
313
2 033 165
981
244
208
35
4
92
39
1
6
55
219
315
94
008
076
255
817
0
0
4
720
0
300
859
113
288
494
484
537
013
2 053 892
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Estatísticas
de política
monetária
10 . 20 TS ua xmams adrey jbuarloa ndcier eot fo rpaasy m
d oe nBtCs E1 ) 2 )
(níveis
(EUR mil
emmilhões)
percentagens por ano; variações em pontos percentuais)
Com efeito a
partir de 1):
1999 4 Jan. 2)
22
9 Abr.
5 Nov.
2000 4 Fev.
17 Mar.
28 Abr.
9 Jun.
28 3)
1 Set.
6 Out.
2001 11 Maio
31 Ago.
18 Set.
9 Nov.
2002 6 Dez.
2003 7 Mar.
6 Jun.
2005 6 Dez.
2006 8 Mar.
15 Jun.
9 Ago.
11 Out.
13 Dez.
2007 14 Mar.
13 Jun.
2008 9 Jul.
8 Out.
9 4)
15 5)
12 Nov.
10 Dez.
2009 21 Jan.
11 Mar.
8 Abr.
13 Maio
2011 13 Abr.
13 Jul.
9 Nov.
14 Dez.
2012 11 Jul.
2013 8 Maio
13 Nov.
2014 11 Jun.
10 Set.
Facilidade permanente de depósito
Facilidade permanente de cedência
de liquidez
Operações principais de refinanciamento
Leilões de taxa fixa
Leilões de taxa
variável
Taxa fixa
Taxa mínima de
proposta
Nível
Variação
Nível
Nível
Variação
Nível
Variação
1
2.75
2.00
1.50
2.00
2.25
2.50
2.75
3.25
3.25
3.50
3.75
3.50
3.25
2.75
2.25
1.75
1.50
1.00
1.25
1.50
1.75
2.00
2.25
2.50
2.75
3.00
3.25
2.75
3.25
3.25
2.75
2.00
1.00
0.50
0.25
0.25
0.50
0.75
0.50
0.25
0.00
0.00
0.00
-0.10
-0.20
2
0.75
-0.75
-0.50
0.50
0.25
0.25
0.25
0.50
...
0.25
0.25
-0.25
-0.25
-0.50
-0.50
-0.50
-0.25
-0.50
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
-0.50
0.50
...
-0.50
-0.75
-1.00
-0.50
-0.25
...
0.25
0.25
-0.25
-0.25
-0.25
...
...
-0.10
-0.10
3
3.00
3.00
2.50
3.00
3.25
3.50
3.75
4.25
3.75
3.25
2.50
2.00
1.50
1.25
1.00
1.25
1.50
1.25
1.00
0.75
0.50
0.25
0.15
0.05
4
4.25
4.50
4.75
4.50
4.25
3.75
3.25
2.75
2.50
2.00
2.25
2.50
2.75
3.00
3.25
3.50
3.75
4.00
4.25
-
5
...
...
-0.50
0.50
0.25
0.25
0.25
0.50
...
0.25
0.25
-0.25
-0.25
-0.50
-0.50
-0.50
-0.25
-0.50
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
-0.50
-0.50
-0.75
-0.50
-0.50
-0.25
-0.25
0.25
0.25
-0.25
-0.25
-0.25
-0.25
-0.25
-0.10
-0.10
6
3.25
4.50
3.50
4.00
4.25
4.50
4.75
5.25
5.25
5.50
5.75
5.50
5.25
4.75
4.25
3.75
3.50
3.00
3.25
3.50
3.75
4.00
4.25
4.50
4.75
5.00
5.25
4.75
4.25
4.25
3.75
3.00
3.00
2.50
2.25
1.75
2.00
2.25
2.00
1.75
1.50
1.00
0.75
0.40
0.30
7
-1.25
1.25
-1.00
0.50
0.25
0.25
0.25
0.50
...
0.25
0.25
-0.25
-0.25
-0.50
-0.50
-0.50
-0.25
-0.50
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
-0.50
-0.50
...
-0.50
-0.75
...
-0.50
-0.25
-0.50
0.25
0.25
-0.25
-0.25
-0.25
-0.50
-0.25
-0.35
-0.10
Fonte: BCE.
1) De 1 de janeiro de 1999 a 9 de março de 2004, a data refere-se às facilidades permanentes de depósito e de cedência de liquidez. Nas operações principais de refinanciamento,
as alterações na taxa têm efeito a partir da primeira operação após a data indicada. A alteração de 18 de setembro de 2001 teve efeito no próprio dia. A partir de 10 de março de
2004, a data refere-se às facilidades permanentes de depósito e de cedência de liquidez e às operações principais de refinanciamento (alterações com efeito a partir da primeira
operação principal de financiamento subsequente à decisão do Conselho do BCE), salvo indicação em contrário.
2) Em 22 de dezembro de 1998, o BCE anunciou que, como medida excecional entre 4 e 21 de janeiro de 1999, seria aplicado um corredor estreito de 50 pontos base entre a taxa
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e a taxa de juro da facilidade permanente de depósito, com o objetivo de facilitar a transição dos participantes no
mercado para o novo sistema monetário.
3) Em 8 de junho de 2000, o BCE anunciou que, a partir da operação a ser liquidada em 28 de junho de 2000, as operações principais de refinanciamento do Eurosistema seriam
realizadas sob a forma de leilões de taxa variável. A taxa mínima de proposta refere-se à taxa de juro mínima à qual as contrapartes poderão apresentar as suas propostas.
4) A partir de 9 de outubro de 2008, o BCE reduziu o corredor para as facilidades permanentes de 200 para 100 pontos base em torno da taxa de juro das operações principais de
refinanciamento. O corredor para as facilidades permanentes foi de novo fixado em 200 pontos base em 21 de janeiro de 2009.
5) Em 8 de outubro de 2008, o BCE anunciou que, com início na operação a liquidar em 15 de outubro, as operações principais de refinanciamento semanais seriam realizadas
através de um procedimento de leilão de taxa fixa com colocação total à taxa de juro das operações principais de refinanciamento. Esta alteração sobrepôs-se à anterior decisão
(tomada no mesmo dia) de reduzir em 50 pontos base a taxa mínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamento realizadas sob a forma de leilões de taxa
variável.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 7
1 . 3 O p e r a ç õ e s d e p o l í t i c a m o n e t á r i a d o E u r o s i s t e m a e f e t u a d a s a t r a v é s d e p r o c e d i m e n t o s d e l e i l ã o 1) ,
2)
(EUR milhões; taxas de juro em percentagens por ano)
1. Operações principais de refinanciamento e de prazo alargado 3)
Data da
liquidação
Propostas
(montante)
Número de
participantes
Colocação
(montante)
2
3
1
2014 27
3
10
17
24
1
8
15
22
29
5
12
19
26
3
Ago.
Set.
131
111
110
105
90
89
84
82
92
118
98
98
102
114
98
Out.
Nov.
Dez.
762
199
702
689
307
075
212
518
918
152
189
421
588
304
046
135
124
144
138
135
131
139
132
144
187
152
151
148
175
153
131
111
110
105
90
89
84
82
92
118
98
98
102
114
98
762
199
702
689
307
075
212
518
918
152
189
421
588
304
046
Procedimentos de leilão de taxa variável
Procedimentos de
leilão de taxa fixa
Taxa fixa Taxa mínima de proposta Taxa marginal 4) Taxa média ponderada
4
Operações principais de refinanciamento
0.15
0.15
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
Pelo prazo de
(...) dias
5
6
7
8
-
-
-
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
-
-
-
35
90
28
91
28
91
91
91
1 463
84
91
91
Operações de refinanciamento de prazo alargado 5)
2014 9 Abr.
2 Maio
14
29
11 Jun.
26
31 Jul.
28 Ago.
24 Set.6)
25 7)
30 Out.7)
27 Nov.7)
28
13
32
10
9
10
6
7
82
10
10
18
023
193
335
949
970
386
786
244
602
971
161
348
35
97
54
89
44
84
91
72
255
90
102
96
28
13
32
10
9
10
6
7
82
10
10
18
023
193
335
949
970
386
786
244
602
971
161
348
0.25
0.19
0.25
0.16
0.15
0.13
0.10
0.06
0.15
.
.
.
2. Outras operações de leilão
Tipo de operação
Data da
liquidação
Propostas Número de Colocação Procedimentos
(montante) participantes (montante) de leilão de
taxa fixa
1
2014 12 Mar.
19
26
2 Abr.
9
16
23
30
7 Maio
14
21
28
4 Jun.
11
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
Constituição de depósitos a prazo
219
223
180
199
192
153
166
103
165
144
137
102
119
108
2
077
227
901
721
515
364
780
946
533
281
465
878
200
650
3
159
160
138
152
156
139
139
121
158
141
148
119
140
122
175
175
175
175
172
153
166
103
165
144
137
102
119
108
4
500
500
500
500
500
364
780
946
533
281
465
878
200
650
Procedimentos de leilão de taxa variável
Taxa fixa Taxa mínima Taxa máxima
de proposta de proposta
5
6
7
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.25
0.15
Taxa Taxa média
marginal 4) ponderada
8
9
0.23
0.21
0.22
0.21
0.25
0.22
0.23
0.21
0.24
0.22
0.25
0.23
0.25
0.23
0.25
0.24
0.25
0.23
0.25
0.24
0.25
0.24
0.25
0.25
0.25
0.24
0.15
0.13
Pelo
prazo de
(...) dias
10
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
Fonte: BCE.
1) Os montantes apresentados podem diferir ligeiramente dos apresentados na Secção 1.1, devido a operações colocadas mas não liquidadas.
2) Com efeitos a partir de abril de 2002, as operações designadas por split tender (ou seja, operações com um prazo de 1 semana, realizadas sob a forma de procedimentos de leilão
normais em paralelo com uma operação principal de refinanciamento) são classificadas como operações principais de refinanciamento.
3) Em 8 de junho de 2000, o BCE anunciou que, a partir da operação a ser liquidada em 28 de junho de 2000, as operações principais de refinanciamento do Eurosistema seriam
realizadas sob a forma de procedimentos de leilão de taxa variável. A taxa mínima de proposta refere-se à taxa de juro mínima à qual as contrapartes poderão apresentar as suas
propostas. Em 8 de outubro de 2008, o BCE anunciou que, com início na operação a liquidar em 15 de outubro de 2008, as operações principais de refinanciamento semanais seriam
realizadas através de um procedimento de leilão de taxa fixa com colocação total à taxa de juro das operações principais de refinanciamento. Em 4 de março de 2010, o BCE decidiu
retomar os procedimentos de leilão de taxa variável nas operações de refinanciamento regulares de prazo alargado com prazo de 3 meses, com início na operação a ser colocada em
28 de abril de 2010 e liquidada em 29 de abril de 2010.
4) Nas operações de cedência (absorção) de liquidez, a taxa marginal refere-se à taxa mais baixa (mais alta) à qual as propostas foram aceites.
5) Em relação às operações liquidadas em 22 de dezembro de 2011 e em 1 de março de 2012, ao fim de um ano, as contrapartes têm a opção de reembolsar qualquer parte da liquidez
que lhes tenha sido atribuída nestas operações, em qualquer dia que coincida com a data de liquidação de uma operação principal de refinanciamento.
6) Operação de refinanciamento de prazo alargada direcionada. Para mais informações, consultar Open market operations, na subsecção Instruments da secção Monetary policy do sítio
do BCE (http://www.ecb.europa.eu).
7) Nesta operação de refinanciamento de prazo alargado, a taxa à qual são satisfeitas todas as propostas é indexada à taxa mínima média de proposta aplicável às operações principais
de refinanciamento durante o período de vida da operação. As taxas de juro apresentadas para estas operações de refinanciamento de prazo alargado indexadas foram arredondadas
para duas casas decimais. Para pormenores relativamente ao método de cálculo, ver as Notas Técnicas.
E 8
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Estatísticas
de política
monetária
1.4 Estatísticas de reservas mínimas e de liquidez
(EUR mil milhões; médias do período de posições diárias, salvo indicação em contrário; taxas de juro em percentagens por ano)
1. Base de incidência das instituições de crédito sujeitas a reservas mínimas
Base de
incidência
em (fim de
período):
2010
2011
2012
2013
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Total
18
18
18
17
18
17
18
17
18
Responsabilidades sujeitas a um rácio de reserva positivo1)
Responsabilidades sujeitas a um rácio de reserva de 0%
Depósitos
à ordem, com prazo
acordado ou reembolsáveis
com pré-aviso até 2 anos
Titulos de dívida
com prazo acordado até 2 anos
2
962.6
790.9
971.7
811.6
002.9
022.5
030.9
055.1
135.5
3
644.3
687.7
637.5
518.8
543.9
546.3
550.1
561.8
555.6
1
948.1
970.0
564.7
847.1
077.2
990.3
038.7
417.3
100.5
9
9
9
9
10
10
10
10
10
Depósitos com
prazo acordado ou
reembolsáveis com
pré-aviso superior a
2 anos
2
2
2
2
2
2
2
1
2
Acordos
de reporte
4
683.3
781.2
583.9
447.1
356.2
342.3
326.6
654.3
305.8
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Títulos de dívida
com prazo acordado
superior a 2 anos
5
335.4
303.5
163.1
152.6
270.3
208.3
295.5
303.8
250.4
4
4
4
3
3
3
3
3
3
6
322.5
406.8
208.4
917.1
903.9
870.9
835.6
842.3
853.2
2. Manutenção de reservas mínimas
Período de
manutenção a
terminar em :
2010
2011
2012
2013
2014
8
12
9
7
11
9
Reservas mínimas
Depósitos à ordem das
instituições de crédito
Reservas excedentárias
Incumprimento
de reservas mínimas
Taxa de remuneração
das reservas mínimas
1
211.8
207.7
106.4
103.3
104.4
105.0
105.2
105.3
105.7
106.5
2
212.5
212.2
509.9
220.2
214.3
210.2
210.1
192.6
188.3
.
3
0.7
4.5
403.5
116.9
109.8
105.2
104.9
87.3
82.8
.
4
0.5
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
.
5
1.00
1.25
0.75
0.25
0.15
0.15
0.15
0.05
0.05
.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
3. Liquidez
Período de
manutenção a
terminar em :
2010
2011
2012
2013
2014 10
8
12
9
7
11
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Fatores de cedência de liquidez
Fatores de absorção de liquidez
Operações de política monetária do Eurosistema
Ativos
líquidos do
Eurosistema
em ouro
e moeda
estrangeira
Operações
principais
de refinanciamento
1
511.1
622.1
708.0
550.8
536.8
540.0
547.6
547.8
552.1
562.0
2
179.5
238.0
74.0
91.6
148.1
111.7
106.6
114.7
98.9
95.2
Operações Facilidade
Outras Facilidade
Outras
de refinan- permanente operações permanente operações
ciamento de cedência de cedência de depósito de absorção
de prazo de liquidez de liquidez2)
de liquidez3)
alargado
3
336.3
389.0
1 044.1
625.3
507.8
460.1
414.7
387.4
398.2
412.5
4
1.9
4.4
1.6
0.1
0.1
0.1
0.3
0.2
0.2
0.3
5
130.4
260.3
277.3
241.5
215.9
209.0
202.2
196.3
194.7
193.3
6
44.7
253.7
231.8
48.3
28.3
23.9
24.6
25.2
24.3
31.0
7
70.8
200.5
208.5
177.4
126.0
27.2
0.0
0.0
0.0
0.0
Notas Depósitos
em da adminiscirculação
tração
central no
Eurosistema
8
815.9
869.4
889.3
925.9
951.0
958.1
967.6
971.8
971.3
973.6
9
94.4
63.8
121.1
80.2
111.5
110.0
92.4
66.2
78.4
76.1
Depósitos à
ordem das
instituições
de crédito
Base
monetária
11
212.5
212.2
509.9
220.2
192.3
214.3
210.2
210.1
192.6
188.3
12
1 073.1
1 335.3
1 631.0
1 194.4
1 171.6
1 196.3
1 202.5
1 207.1
1 188.2
1 192.8
Outros
fatores
(líquido)
10
-79.1
-85.9
144.5
57.2
-0.4
-12.5
-23.6
-27.0
-22.5
-5.7
Fonte: BCE.
1) É aplicado um rácio de 1% a partir do período de manutenção que teve início em 18 de janeiro de 2012. É aplicado um rácio de 2% a todos os períodos de manutenção anteriores.
2) Inclui liquidez cedida ao abrigo dos programas de compra de covered bonds (obrigações hipotecárias e obrigações sobre o setor público) e do programa dos mercados de títulos
de dívida do Eurosistema.
3) Inclui liquidez absorvida em resultado de swaps cambiais do Eurosistema.
Para mais informações, consultar: http://www.ecb.europa.eu/mopo/liq/html/index.en.html
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 9
2
MOEDA, BANCOS E OUTRAS SOCIEDADES
FINANCEIRAS
2 . 1 B a l a n ç o a g r e g a d o d a s I F M d a á r e a d o e u r o 1)
(EUR mil milhões; saldos em fim de período)
1. Ativo
Total Empréstimos a residentes na área do euro Detenções de títulos exceto ações emitidos
por residentes na área do euro
Total AdminisOutros
trações residentes
públicas
na área
do euro
1
2
3
4
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
5 288.1
4 073.0
3 735.9
3 722.6
3 654.1
3 673.8
3 722.6
3 693.3
3 351.2
2 283.2
1 897.2
1 867.2
1 815.5
1 830.6
1 867.2
1 852.8
16.9
15.0
13.6
13.6
13.6
13.6
13.6
13.6
1.0
1.2
1.2
1.2
1.2
1.2
1.2
1.2
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
32 694.8
30 442.9
30 730.0
31 195.3
30 890.7
31 097.2
31 195.3
31 161.0
17 987.2
16 981.3
16 887.3
16 819.6
16 869.5
16 806.6
16 819.6
16 781.8
1 153.4
1 082.3
1 087.3
1 085.6
1 096.6
1 086.0
1 085.6
1 093.5
11 043.4
10 648.4
10 604.7
10 578.7
10 572.1
10 535.1
10 578.7
10 553.9
IFM
Total AdminisOutros
trações residentes
públicas
na área
do euro
5
6
7
8
Eurosistema
3 333.3
723.1
568.4
10.5
2 267.1
715.3
567.6
24.9
1 882.4
706.4
569.4
15.6
1 852.4
698.0
562.8
14.5
1 800.7
699.3
564.3
14.2
1 815.8
695.3
560.2
14.3
1 852.4
698.0
562.8
14.5
1 837.9
691.7
555.2
15.6
IFM excluindo o Eurosistema
5 790.4
4 901.8
1 627.0
1 423.3
5 250.6
4 673.4
1 694.3
1 335.8
5 195.3
4 693.0
1 808.5
1 302.7
5 155.4
4 673.3
1 840.3
1 283.1
5 200.9
4 673.1
1 800.5
1 307.0
5 185.5
4 680.4
1 831.1
1 295.9
5 155.4
4 673.3
1 840.3
1 283.1
5 134.4
4 652.2
1 867.6
1 272.7
Ações/ Detenções Disponiunidades de ações/ bilidades
de partioutras
sobre o
IFM
cipação
partici- exterior
em
pações
fundos do emitidas
mercado
por
monetá- residentes
rio 2)
na área
do euro
Ativos
fixos
Outros
ativos
9
10
11
12
13
14
144.2
122.8
121.3
120.6
120.7
120.9
120.6
120.9
-
23.4
25.0
27.0
26.7
26.5
26.7
26.7
26.6
799.9
632.4
675.0
688.3
680.3
686.1
688.3
678.7
8.3
8.3
8.1
8.1
8.1
8.1
8.1
8.2
382.3
408.7
422.3
434.2
424.5
426.9
434.2
435.4
1 851.6
1 643.3
1 581.8
1 549.8
1 565.6
1 553.4
1 549.8
1 511.8
66.8
58.1
45.4
44.1
43.3
47.1
44.1
43.5
1 227.8
1 232.5
1 236.7
1 239.3
1 238.1
1 236.3
1 239.3
1 231.7
4 045.7
3 854.3
4 076.4
4 300.7
4 173.0
4 190.1
4 300.7
4 289.5
214.7
210.6
203.2
204.0
203.5
203.5
204.0
204.8
4
3
3
3
3
3
3
3
250.9
432.7
588.1
914.2
690.2
933.1
914.2
957.7
2. Passivo
Total
Circulação
monetária
1
2
Depósitos de residentes na área do euro
Total
Administração
central
3
4
Ações/
unidades de
IFM participação
em fundos
do mercado
monetário 3)
Outras
administrações
públicas/
outros
residentes na
área do euro
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
5
4
3
3
3
3
3
3
288.1
073.0
735.9
722.6
654.1
673.8
722.6
693.3
938.2
982.4
986.1
998.3
996.3
998.1
998.3
1 002.2
3
2
1
1
1
1
1
1
062.2
004.3
652.4
596.9
564.8
566.2
596.9
579.7
81.4
62.3
101.1
51.0
98.2
63.8
51.0
52.9
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
32
30
30
31
30
31
31
31
694.8
442.9
730.0
195.3
890.7
097.2
195.3
161.0
-
17
16
16
16
16
16
16
16
195.3
646.2
725.3
648.7
716.1
695.9
648.7
624.0
IFM
169.6
152.5
214.9
189.6
194.6
182.7
189.6
181.7
5
Eurosistema
64.5
40.1
50.0
39.4
45.9
37.4
39.4
47.1
Títulos
de dívida
emitidos 4)
Capital
e reservas
Responsabilidades
para com o
exterior
Outros
passivos
6
7
8
9
10
11
916.4
901.9
501.4
506.4
420.7
465.0
506.4
479.7
-
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
536.6
406.3
459.4
479.6
464.4
473.8
479.6
469.1
298.7
202.2
148.7
143.0
136.4
140.7
143.0
133.8
452.5
477.8
489.2
504.8
492.1
495.0
504.8
508.7
excluindo o Eurosistema
10 870.4
6 155.3
10 940.5
5 553.1
10 984.5
5 525.9
11 025.3
5 433.8
10 986.7
5 534.8
11 036.7
5 476.5
11 025.3
5 433.8
11 038.0
5 404.3
534.7
462.9
437.6
458.5
452.3
459.8
458.5
472.5
2
1
1
1
1
1
1
1
4
4
4
4
4
4
4
4
848.9
352.6
236.3
197.4
210.5
195.7
197.4
121.9
2
2
2
2
2
2
2
2
344.0
398.6
455.1
490.1
462.9
479.5
490.1
479.4
3
3
3
3
3
3
3
3
494.8
106.7
226.1
434.4
301.6
309.5
434.4
431.1
Fonte: BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Montantes emitidos por residentes na área do euro. Montantes emitidos por não residentes na área do euro incluídos nas disponibilidades sobre o exterior.
3) Montantes detidos por residentes na área do euro.
4) Os montantes emitidos com prazo até 2 anos e detidos por não residentes na área do euro estão incluídos nas responsabilidades para com o exterior.
E 10
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
4
3
3
3
3
3
3
4
277.2
476.1
649.7
966.2
747.3
956.9
966.2
032.1
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2 . 2 B a l a n ç o c o n s o l i d a d o d a s I F M d a á r e a d o e u r o 1)
(EUR mil milhões; saldos em fim de período; transações durante o período)
1. Ativo
Total
Empréstimos a residentes
na área do euro
Detenções de títulos exceto ações
emitidos por residentes na área do euro
Total
Administrações
públicas
Outros
residentes
na área
do euro
1
2
3
4
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
26 251.1
24 647.4
25 130.8
25 682.3
25 303.0
25 536.4
25 682.3
25 696.2
12 214.6
11 746.8
11 706.8
11 679.0
11 683.4
11 635.8
11 679.0
11 662.2
1 170.3
1 097.3
1 100.9
1 099.2
1 110.1
1 099.5
1 099.2
1 107.1
11 044.3
10 649.6
10 605.9
10 579.8
10 573.3
10 536.3
10 579.8
10 555.1
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
90.5
-1 619.0
164.2
335.3
137.0
190.5
7.8
42.3
-35.3
-279.2
-19.6
-20.2
-14.6
-46.3
40.7
-8.8
-4.6
-73.7
-6.1
-3.7
7.5
-10.6
-0.6
6.9
-30.8
-205.4
-13.5
-16.5
-22.1
-35.7
41.3
-15.7
Total
5
Saldos
3 629.2
3 622.6
3 696.2
3 700.8
3 686.1
3 701.4
3 700.8
3 711.2
Transações
112.1
-26.6
-8.9
-16.8
-15.4
4.1
-5.4
14.3
Administrações
públicas
Outros
residentes
na área
do euro
6
7
Detenções
de ações/
outras
participações
emitidas por
outros
residentes
na área do
euro
8
Disponibilidades
sobre o
exterior
Ativos
fixos
Outros
ativos2)
9
10
11
2 195.4
2 261.8
2 377.9
2 403.2
2 364.8
2 391.3
2 403.2
2 422.8
1 433.8
1 360.8
1 318.3
1 297.7
1 321.3
1 310.1
1 297.7
1 288.3
767.0
792.1
805.5
804.2
805.7
802.7
804.2
800.3
4 845.6
4 486.8
4 751.3
4 989.0
4 853.3
4 876.2
4 989.0
4 968.1
222.9
218.9
211.3
212.2
211.5
211.6
212.2
213.0
4 571.8
3 780.2
3 959.6
4 297.1
4 063.1
4 308.6
4 297.1
4 341.4
183.0
46.1
2.6
7.7
-17.8
15.9
9.6
24.8
-70.9
-72.7
-11.5
-24.4
2.4
-11.8
-15.0
-10.5
38.6
14.1
5.3
0.8
4.0
-3.8
0.6
-0.7
-150.0
-80.8
68.3
37.9
61.2
-7.0
-16.3
-6.0
-14.0
-2.1
1.4
1.0
0.3
0.1
0.6
0.8
139.1
-1 244.5
117.7
332.6
101.6
243.4
-12.4
42.6
2. Passivo
Total
Circulação Depósitos da
Depósitos
monetária administração
de outras
central administrações
públicas/outros
residentes na
área do euro
1
2
3
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
26
24
25
25
25
25
25
25
251.1
647.4
130.8
682.3
303.0
536.4
682.3
696.2
876.8
921.2
935.3
947.0
944.7
946.8
947.0
950.6
251.0
214.8
315.9
240.6
292.8
246.4
240.6
234.6
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
90.5
-1 619.0
164.2
335.3
137.0
190.5
7.8
42.3
19.5
44.4
18.8
11.7
9.4
2.0
0.3
3.5
-5.1
-37.0
48.8
-75.6
-23.1
-46.4
-6.1
-6.1
4
10
10
11
11
11
11
11
11
934.9
980.7
034.4
064.7
032.6
074.1
064.7
085.1
180.5
162.2
35.9
11.6
-4.5
37.0
-20.9
19.1
Ações/
unidades de
participação
em fundos
do mercado
monetário 3)
Títulos
de dívida
emitidos 4)
Capital e
reservas
Responsabilidades para
com o
exterior
5
Saldos
467.9
404.8
392.2
414.4
409.0
412.6
414.4
429.1
Transações
-18.2
-46.6
-11.6
9.0
16.9
3.7
-11.6
14.8
6
7
8
2
2
2
2
2
2
2
2
853.2
586.5
533.2
526.9
524.2
521.4
526.9
489.2
-125.3
-199.2
-20.8
-26.1
-17.6
-3.5
-5.0
-31.1
2
2
2
2
2
2
2
2
396.4
339.4
456.4
507.9
468.4
493.0
507.9
490.4
156.0
78.1
17.1
46.7
15.2
9.7
21.8
0.8
3
3
3
3
3
3
3
3
793.4
308.9
374.8
577.4
438.0
450.2
577.4
564.9
-251.4
-441.6
-43.6
36.9
34.0
-5.0
8.0
-12.5
Outros Excedente de
passivos2)
responsabilidades
inter-IFM
sobre os ativos
inter-IFM
9
10
729.6
953.9
138.9
471.0
239.4
451.8
471.0
540.7
-52.1
-62.6
-50.3
-67.6
-46.1
-59.9
-67.6
-88.3
151.4
-1 187.6
135.2
331.9
102.9
204.9
24.1
78.6
-16.9
8.3
-15.6
-10.9
3.9
-12.1
-2.7
-25.0
4
3
4
4
4
4
4
4
Fonte: BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Em dezembro de 2010, foi alterada a prática de registo dos derivados num Estado-Membro, dando origem a um aumento nesta posição.
3) Montantes detidos por residentes na área do euro.
4) Os montantes emitidos com prazo até 2 anos e detidos por não residentes na área do euro estão incluídos nas responsabilidades para com o exterior.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 11
2 . 3 E s t a t í s t i c a s m o n e t á r i a s 1)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
1. Agregados monetários 2) e contrapartidas
M2
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
5
5
5
5
5
5
5
5
M3-M2
M1
M2-M1
1
2
107.5
391.9
559.3
693.8
606.2
657.0
693.8
746.6
3
3
3
3
3
3
3
3
884.8
814.4
802.2
784.0
801.0
792.0
784.0
757.2
8
9
9
9
9
9
9
9
3
4
992.3
206.3
361.5
477.8
407.2
449.0
477.8
503.8
788.7
624.3
602.5
610.5
607.8
606.9
610.5
630.2
Crédito às Crédito a outros residentes na área do euro 3) Disponibilidades
adminislíquidas
trações
Empréstimos
Empréstimos
sobre
o
públicas
corrigidos de vendas
e titularizações 5) exterior 4)
M3 ResponsabiMédia móvel
lidades
de 3 meses financeiras
(centrada) a mais longo
prazo
M3
5
9
9
9
10
10
10
10
10
780.9
830.6
964.0
088.3
015.0
055.9
088.3
134.0
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
309.5
291.7
68.3
125.7
46.6
48.9
30.3
50.3
78.9
-67.2
8.0
-21.9
-2.2
-9.8
-9.9
-26.9
388.5
224.5
76.3
103.8
44.3
39.1
20.4
23.3
-55.7
-123.6
0.7
3.7
5.4
-1.0
-0.7
19.6
332.8
100.9
77.0
107.5
49.7
38.1
19.7
42.9
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
6.4
5.7
5.4
6.2
5.6
5.9
6.2
6.2
2.1
-1.7
-1.8
-1.6
-1.8
-1.7
-1.6
-2.1
4.5
2.5
2.4
3.0
2.5
2.7
3.0
2.7
-6.6
-16.2
-8.8
-4.4
-7.0
-6.7
-4.4
-1.0
3.5
1.0
1.6
2.5
1.8
2.0
2.5
2.5
6
7
Saldos
7 570.1
7 304.4
7 294.6
7 331.6
7 298.8
7 317.2
7 331.6
7 270.5
Transações
-115.3
-89.5
-65.1
-2.6
-2.5
1.4
-1.5
-34.5
Taxas de crescimento
3.6
-1.5
1.2
-1.2
1.5
-1.6
2.3
-1.1
1.8
-1.3
2.1
-1.1
2.3
-1.1
.
-1.8
8
3
3
3
3
3
3
3
3
410.8
407.5
447.9
508.9
469.4
500.5
508.9
526.2
9
13
12
12
12
12
12
12
12
069.5
709.4
587.3
560.8
570.0
559.4
560.8
540.7
10
10
10
10
10
10
10
10
10
11
860.0
546.4
463.9
444.0
438.3
433.7
444.0
430.5
-
-69.1
-247.3
-47.9
-10.4
-15.1
-3.3
8.1
-4.4
-13.4
-221.1
7.9
-10.9
-16.4
-2.8
8.3
-3.3
99.4
359.2
83.8
27.9
35.5
-1.5
-6.0
9.9
5.8
-0.7
-2.5
-0.5
-1.8
-1.2
-0.5
-0.1
-0.8
-2.3
-2.3
-1.9
-2.0
-1.9
-1.9
-1.7
-0.6
-2.3
-1.8
-1.2
-1.6
-1.5
-1.2
-1.1
-0.1
-2.0
-1.1
-0.6
-1.0
-0.9
-0.6
-0.5
99.4
359.2
385.4
333.0
412.9
379.2
333.0
305.7
G 2 C o n t r a p a r t i d a s 1)
(taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade)
responsabilidades financeiras a mais longo prazo
crédito às administrações públicas
empréstimos a outros residentes na área do euro
M1
M3
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
2002
029.8
153.9
358.3
420.2
405.3
416.5
420.2
415.3
-100.6
-304.5
-50.6
-18.7
-3.6
-10.9
-4.3
-8.9
(taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade)
2000
1
1
1
1
1
1
1
1
184.9
-24.5
-27.6
41.5
15.1
20.5
5.9
21.4
G 1 A g r e g a d o s m o n e t á r i o s 1)
-5
12
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-5
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
-5
-5
-10
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-10
Fonte: BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Responsabilidades monetárias das IFM e da administração central (Correios, Tesouro, etc.) para com o setor não monetário residente na área do euro, excluindo a administração
central. Para a definição de M1, M2 e M3, ver Glossário.
3) Exclui operações de compra com acordo de revenda a contrapartes centrais a partir de junho de 2010; as transações e as taxas de crescimento são corrigidas deste efeito.
4) Os valores na secção “taxas de crescimento” são somas das transações durante os 12 meses que terminam no período indicado.
5) Correção do desreconhecimento de empréstimos no balanço das IFM devido à sua venda ou titularização.
E 12
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2 . 3 E s t a t í s t i c a s m o n e t á r i a s 1)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
2. Componentes dos agregados monetários e responsabilidades financeiras a mais longo prazo
Circulação
monetária
Depósitos
overnight
1
2
4
4
4
4
4
4
4
4
244.0
483.2
627.8
745.6
669.8
713.7
745.6
797.1
Depósitos
Depósitos
com prazo reembolsáveis
acordado
com
até 2 anos
pré-aviso
até 3 meses
3
1
1
1
1
1
1
1
1
803.3
691.2
671.0
647.4
669.4
657.9
647.4
624.6
Acordos de
Ações/
reporte 2) unidades de
participação
em fundos
do mercado
monetário
4
2
2
2
2
2
2
2
2
Títulos de
dívida com
prazo até
2 anos
6
7
081.5
123.2
131.2
136.6
131.7
134.2
136.6
132.5
5
Saldos
125.0
120.0
129.7
122.4
128.6
128.6
122.4
130.7
483.1
417.7
397.0
419.2
409.1
404.2
419.2
432.6
180.6
86.5
75.8
68.8
70.1
74.1
68.8
66.9
Transações
-16.9
-12.0
12.4
-8.2
-1.3
-0.2
-6.7
8.2
-20.2
-48.8
-6.0
8.9
12.2
-4.8
1.5
13.6
Taxas de crescimento
-11.6
-3.9
-9.5
-10.4
5.2
-8.2
9.7
-2.0
0.9
-4.0
5.9
-5.3
9.7
-2.0
10.2
1.0
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
863.4
908.8
931.5
948.2
936.3
943.3
948.2
949.5
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
20.0
45.3
6.7
16.7
4.8
7.0
4.9
1.3
289.5
246.3
61.6
109.1
41.8
41.9
25.4
49.0
-36.0
-111.1
2.2
-27.1
-2.6
-12.2
-12.2
-22.4
114.9
43.9
5.8
5.1
0.4
2.4
2.3
-4.5
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
2.4
5.2
5.6
6.0
5.6
5.8
6.0
5.6
7.3
5.8
5.4
6.2
5.6
5.9
6.2
6.3
-1.9
-6.2
-4.6
-3.9
-4.3
-4.2
-3.9
-4.9
5.9
2.1
0.5
0.3
0.2
0.4
0.3
0.2
G 3 C o m p o n e n t e s d o s a g r e g a d o s m o n e t á r i o s 1)
Títulos
Depósitos
de dívida reembolsáveis
com prazo
com
superior
pré-aviso
a 2 anos
superior
a 3 meses
Depósitos
com prazo
acordado
superior
a 2 anos
Capital e
reservas
10
11
8
9
680.8
506.3
455.1
457.0
453.3
448.4
457.0
420.4
106.0
91.5
90.1
92.4
90.7
91.9
92.4
91.8
-18.5
-62.8
-5.8
3.0
-5.5
4.0
4.5
-2.2
-106.4
-137.6
-15.8
-27.7
-10.6
-5.5
-11.6
-29.6
-10.2
-14.3
-1.0
2.3
0.6
1.1
0.6
-0.6
-156.3
-18.6
-54.7
-28.4
-10.2
-4.5
-13.7
-11.6
157.6
81.0
6.4
51.1
17.7
10.3
23.1
7.4
-9.9
-37.8
-25.8
-25.2
-28.7
-25.7
-25.2
-21.8
-3.8
-5.1
-3.2
-2.7
-2.6
-2.3
-2.7
-4.3
-8.8
-13.5
-6.8
-1.2
-5.1
-2.9
-1.2
-0.9
-6.1
-0.8
-3.9
-4.7
-4.2
-4.2
-4.7
-5.4
7.0
3.4
2.5
4.2
3.3
3.2
4.2
4.6
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
395.9
373.3
301.8
278.6
292.7
289.8
278.6
265.6
2
2
2
2
2
2
2
2
387.4
333.3
447.6
503.5
462.1
487.2
503.5
492.6
G4 Componentes das responsabilidades financeiras
a m a i s l o n g o p r a z o 1)
(taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade)
(taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade)
circulação monetária
depósitos overnight
depósitos com prazo acordado até 2 anos
depósitos reembolsáveis com pré-aviso até 3 meses
títulos de dívida com prazo superior a 2 anos
depósitos com prazo acordado superior a 2 anos
capital e reservas
60
60
20
20
40
40
15
15
10
10
20
20
5
5
0
0
0
0
-5
-5
-20
-40
-20
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-40
-10
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-10
Fonte: BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Exclui operações de reporte com contrapartes centrais a partir de junho de 2010; as transações e as taxas de crescimento são corrigidas deste efeito.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 13
2 . 3 E s t a t í s t i c a s m o n e t á r i a s 1)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
3. Empréstimos como contrapartida do M3
Sociedades de
seguros
e fundos de
pensões
Outros
intermediários
financeiros 2)
Total
Total
Total
Total
Até 1 ano
1
2
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
89.0
98.3
99.0
103.3
102.1
97.8
103.3
102.9
984.3
872.6
867.8
861.5
851.3
853.9
861.5
857.1
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
-2.0
9.6
-1.7
4.2
3.1
-4.3
5.5
-0.4
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
-2.2
10.8
4.8
8.5
7.0
0.3
8.5
5.8
Empréstimos
corrigidos
de vendas e
titularização 4)
4
3
4
4
4
4
4
4
4
4
544.6
354.1
306.1
284.5
293.9
290.6
284.5
273.5
-
14.5
-120.7
8.0
-5.2
-8.1
1.3
1.5
-4.9
-107.6
-132.8
-18.9
-17.5
-11.4
-3.4
-2.7
-2.9
-60.3
-127.5
-8.3
-19.3
-13.1
-3.1
-3.1
-3.3
1.5
-12.2
-6.0
-2.7
-4.9
-3.9
-2.7
-2.6
-2.3
-2.9
-2.3
-2.0
-2.3
-2.2
-2.0
-1.8
-1.3
-2.8
-2.2
-1.8
-2.2
-2.0
-1.8
-1.6
Superior Superior a
a 1 e até
5 anos
5 anos
5
6
Saldos
1 127.9
795.6
1 065.6
740.8
1 058.1
734.0
1 055.7
726.0
1 051.2
731.1
1 049.4
730.1
1 055.7
726.0
1 051.3
723.7
Transações
6.2
-51.4
-44.5
-44.5
3.3
5.9
-3.3
-6.5
-7.4
-1.8
-1.9
-1.2
6.0
-3.5
-2.7
-1.0
Taxas de crescimento
0.5
-6.0
-4.0
-5.6
-2.7
-3.3
-1.4
-3.3
-2.4
-3.6
-2.2
-3.6
-1.4
-3.3
-1.1
-3.4
G5 Empréstimos a outros intermediários financeiros e a sociedades
não financeiras 1) (taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade)
30
20
20
10
10
0
0
-10
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
242.3
221.4
191.0
194.6
191.0
191.5
194.6
196.9
-
602.0
573.5
570.3
567.1
571.1
566.8
567.1
568.7
-62.3
-43.7
-28.1
-7.7
-2.2
-0.3
-5.3
0.7
26.0
-3.5
-35.4
8.2
1.2
3.1
3.8
3.8
34.7
14.4
9.3
9.5
1.9
3.3
4.3
5.2
-2.3
-1.7
-1.9
-1.9
-1.9
-1.7
-1.9
-1.7
0.5
-0.1
-0.6
-0.5
-0.5
-0.5
-0.5
-0.4
0.7
0.3
0.6
0.5
0.5
0.5
0.5
0.6
621.0
547.8
514.1
502.8
511.5
511.0
502.8
498.5
5
5
5
5
5
5
5
5
Crédito à Outro
habitação crédito
11
12
823.6
851.5
835.3
844.1
836.6
843.6
844.1
848.1
816.7
796.4
785.4
783.4
783.3
781.2
783.4
780.1
-17.7
-18.0
-2.0
1.2
0.7
-1.2
1.7
1.8
48.8
27.6
-32.7
10.4
1.7
6.0
2.7
3.8
-5.1
-13.1
-0.7
-3.4
-1.2
-1.6
-0.6
-1.7
-2.8
-3.0
-1.4
-1.1
-1.6
-1.6
-1.1
0.1
1.3
0.7
-0.4
-0.1
-0.1
0.0
-0.1
-0.2
-0.6
-1.6
-1.4
-1.7
-1.4
-1.7
-1.7
-1.8
10
3
3
3
3
3
3
3
3
(taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade)
crédito ao consumo
crédito à habitação
outro crédito
30
-10
8
7
2
2
2
2
2
2
2
2
Crédito ao
consumo
Empréstimos
corrigidos
de vendas e
titularização 4)
9
G 6 E m p r é s t i m o s à s f a m í l i a s 1)
outros intermediários financeiros2)
sociedades não financeiras
-20
Famílias 3)
Sociedades não financeiras
-20
15
15
10
10
5
5
0
0
-5
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Exclui operações de compra com acordo de revenda a contrapartes centrais a partir de junho de 2010; as transações e as taxas de crescimento são corrigidas deste efeito.
3) Incluindo instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.
4) Correção do desreconhecimento de empréstimos no balanço das IFM devido à sua venda ou titularização.
E 14
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
-5
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2 . 4 E m p r é s t i m o s d e I F M : d e s a g r e g a ç ã o 1) ,
2)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados não corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
1. Empréstimos a intermediários financeiros e a sociedades não financeiras
Sociedades de seguros e fundos de pensões
Outros intermediários financeiros
Total Até 1 ano Superior a 1 Superior a
e até 5 anos
5 anos
Total
1
2
3
4
5
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.(p)
90.0
99.1
107.0
100.7
107.0
106.5
72.6
82.9
89.8
84.0
89.8
89.3
4.1
3.9
4.6
4.5
4.6
4.7
13.3
12.2
12.6
12.1
12.6
12.5
983.6
994.0
989.6
962.6
989.6
977.0
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.(p)
8.8
-0.2
7.8
-3.6
6.3
-0.5
8.8
0.9
6.8
-3.6
5.7
-0.6
-0.3
0.0
0.7
0.0
0.1
0.1
0.3
-1.1
0.3
-0.1
0.4
-0.1
-76.9
17.1
-3.4
-10.8
20.9
-13.1
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.(p)
10.7
4.6
8.6
0.6
8.6
6.0
13.7
5.2
9.4
-0.1
9.4
7.1
-7.0
5.5
32.9
28.5
32.9
30.5
2.2
0.3
-2.9
-3.2
-2.9
-7.4
-6.9
-5.7
-2.7
-3.6
-2.7
-1.9
Acordos de
revenda a
contrapartes
centrais
6
Saldos
122.1
119.0
121.7
116.9
121.7
121.1
Sociedades não financeiras
Até 1 ano Superior a 1 Superior
e até 5 anos a 5 anos
7
8
9
438.6
447.3
440.4
412.0
440.4
431.4
223.4
234.2
238.0
237.9
238.0
243.5
321.7
312.6
311.2
312.8
311.2
302.0
-55.6
8.3
1.1
-12.5
26.5
-11.5
3.6
13.6
1.8
2.5
-1.0
6.1
-24.9
-4.8
-6.3
-0.8
-4.7
-7.8
Taxas de crescimento
23.5
-10.5
-4.5
-11.7
-3.2
-7.7
-0.9
-10.2
-3.2
-7.7
2.1
-5.6
1.7
9.9
9.5
10.0
9.5
11.8
-7.1
-5.8
-3.3
-3.1
-3.3
-5.9
Transações
43.9
2.3
2.6
-4.1
4.7
-0.5
Total Até 1 ano Superior a 1 Superior a
e até 5 anos
5 anos
10
11
12
059.2
066.1
054.9
036.9
054.9
046.1
739.7
735.5
726.7
731.4
726.7
725.4
-133.2
-8.1
-26.9
-20.4
6.3
-5.9
-44.4
7.1
-12.1
-20.3
17.8
-7.1
-44.6
8.5
-7.4
-2.0
-4.1
0.0
-44.2
-23.7
-7.5
1.9
-7.3
1.2
-3.0
-2.3
-2.0
-2.2
-2.0
-1.8
-4.0
-2.8
-1.4
-2.2
-1.4
-1.1
-5.6
-3.3
-3.3
-3.5
-3.3
-3.3
-1.7
-1.8
-1.9
-1.7
-1.9
-1.7
4
4
4
4
4
4
345.0
316.1
285.1
282.1
285.1
271.2
1
1
1
1
1
1
13
2
2
2
2
2
2
546.1
514.5
503.5
513.8
503.5
499.7
2. Empréstimos às famílias 3)
Total
Crédito à habitação
Crédito ao consumo
Total
Até 1 ano Superior a 1 Superior a
e até 5 anos
5 anos
1
2
3
4
5
229.7
195.5
196.9
189.7
196.9
199.2
575.8
572.8
568.5
566.6
568.5
569.3
128.6
125.7
122.2
120.8
122.2
120.8
169.5
169.6
170.1
169.7
170.1
171.5
277.7
277.5
276.2
276.1
276.2
276.9
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.(p)
-4.2
-22.3
6.0
-0.8
7.9
3.8
-18.1
2.7
0.1
-3.0
3.2
0.9
-4.0
-1.0
-1.1
-1.4
2.1
-1.3
-6.8
4.3
0.9
-0.7
0.7
1.4
-7.3
-0.7
0.3
-0.9
0.5
0.9
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.(p)
-0.1
-0.6
-0.5
-0.5
-0.5
-0.4
-3.0
-1.5
-1.1
-1.6
-1.1
0.1
-2.9
-2.2
-3.1
-3.4
-3.1
-1.8
-3.9
0.2
1.3
0.6
1.3
3.3
-2.5
-2.1
-1.6
-2.1
-1.6
-1.0
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.(p)
5
5
5
5
5
5
Total Até 1 ano Superior a 1
e até 5 anos
6
3
3
3
3
3
3
7
Saldos
857.5
12.7
832.2
13.2
844.9
13.5
843.3
13.1
844.9
13.5
850.5
14.0
Transações
27.2
-1.4
-32.0
0.1
14.3
0.3
4.0
-0.1
3.7
0.4
5.5
0.0
Taxas de crescimento
0.7
-0.4
-0.2
0.0
-0.2
-0.2
-9.9
-5.2
5.7
2.2
5.7
4.1
Outro crédito
Superior
a 5 anos
8
55.4
54.6
54.9
55.0
54.9
55.0
9
3
3
3
3
3
3
Total
Empresas
individuais
10
11
Até 1 ano Superior a 1 Superior a
e até 5 anos
5 anos
12
13
14
789.3
764.4
776.4
775.2
776.4
781.5
796.5
790.5
783.6
779.9
783.6
779.5
408.6
399.8
399.7
398.3
399.7
397.4
136.5
141.0
135.0
131.7
135.0
132.3
76.4
75.6
74.3
74.4
74.3
74.8
583.6
573.9
574.2
573.8
574.2
572.3
-1.5
-0.2
0.1
0.1
-0.1
0.1
30.0
-31.9
13.8
4.0
3.4
5.3
-13.3
7.0
-8.3
-1.9
0.9
-2.6
-10.7
0.0
-2.0
-1.2
1.0
-1.9
-3.5
6.8
-6.1
-1.3
2.9
-1.9
-3.7
0.2
-0.6
-0.3
0.0
0.6
-6.1
0.0
-1.7
-0.2
-2.0
-1.2
-2.6
-2.8
-2.7
-3.0
-2.7
-2.6
0.8
-0.3
-0.1
0.0
-0.1
-0.2
-1.6
-1.4
-1.7
-1.7
-1.7
-1.8
-2.6
-1.3
-1.4
-1.2
-1.4
-1.5
-2.5
-0.5
-0.7
-1.5
-0.7
-1.1
-4.6
-2.6
-2.4
-3.4
-2.4
-1.7
-1.0
-1.4
-1.9
-1.5
-1.9
-2.0
Fonte: BCE.
1) Setor das IFM excluindo o Eurosistema; a classificação setorial tem por base o SEC 95.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
3) Incluindo instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 15
2 . 4 E m p r é s t i m o s d e I F M : d e s a g r e g a ç ã o 1) ,
2)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados não corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
3. Empréstimos às administrações públicas e a não residentes na área do euro
Administrações públicas
Total Administração
central
Não residentes na área do euro
Outras administrações públicas
Administração Administração
estadual
local
1
2
3
Total
Não-bancos
Bancos 3)
Fundos de
segurança
social
4
Total Administrações
públicas
5
Outros
6
7
8
9
10
2 868.2
2 726.0
2 726.0
2 864.4
2 933.4
3 064.5
1 906.7
1 788.0
1 788.0
1 904.3
1 957.6
2 021.0
961.5
937.9
937.9
960.1
975.8
1 041.3
60.7
56.5
56.5
58.4
57.7
63.4
900.7
881.5
881.5
901.7
918.1
978.0
-128.3
-72.7
-10.9
135.1
47.4
1.5
-100.8
-76.0
2.9
113.5
37.2
-28.2
-27.5
3.2
-13.9
21.6
10.2
27.5
-1.0
-2.1
-2.2
2.2
-1.0
3.7
-26.5
5.4
-11.7
19.4
11.2
23.8
-4.2
-2.6
-2.6
1.8
2.9
6.3
-4.9
-4.0
-4.0
3.5
4.2
7.0
-2.8
0.3
0.3
-1.3
0.4
4.8
-1.8
-3.6
-3.6
1.8
2.3
4.6
-2.8
0.6
0.6
-1.5
0.3
4.8
Saldos
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
1 153.4
1 082.3
1 082.3
1 092.9
1 087.3
1 085.6
341.8
279.6
279.6
289.2
295.2
294.9
221.6
213.7
213.7
213.5
207.4
204.9
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
-3.6
-72.2
-8.1
9.2
-4.7
-3.6
-4.1
-61.7
-5.4
8.5
6.2
-1.3
-4.9
-7.9
0.0
-0.3
-6.1
-2.5
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
-0.3
-6.3
-6.3
-3.0
-1.5
-0.7
-1.2
-18.1
-18.1
-7.6
1.4
2.8
-2.2
-3.6
-3.6
-1.7
-5.0
-4.2
565.9
560.7
560.7
562.0
556.1
552.8
24.1
28.3
28.3
28.2
28.5
32.9
Transações
2.9
2.4
-6.7
4.2
0.6
-3.3
1.1
-0.1
-5.1
0.3
-4.1
4.3
Taxas de crescimento
0.5
11.2
-1.2
17.2
-1.2
17.2
-1.4
8.5
-1.7
1.7
-1.3
4.1
G 7 E m p r é s t i m o s à s a d m i n i s t r a ç õ e s p ú b l i c a s 2)
G 8 E m p r é s t i m o s a n ã o r e s i d e n t e s n a á r e a d o e u r o 2)
(taxas de crescimento homólogas; dados não corrigidos de sazonalidade)
(taxas de crescimento homólogas; dados não corrigidos de sazonalidade)
bancos não residentes
não-bancos não residentes
administração central
outras administrações públicas
70
70
60
60
50
50
40
40
30
40
40
30
30
20
20
30
10
10
20
20
0
0
10
10
0
0
-10
-20
-10
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
-20
2014
-10
-10
-20
-20
-30
2000
2002
Fonte: BCE.
1) Setor das IFM excluindo o Eurosistema; a classificação setorial tem por base o SEC 95.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
3) “Bancos” é utilizado neste quadro para indicar instituições semelhantes às IFM residentes fora da área do euro.
E 16
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2004
2006
2008
2010
2012
-30
2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2 . 5 D e p ó s i t o s e m I F M : d e s a g r e g a ç ã o 1) ,
2)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
1. Depósitos de intermediários financeiros
Sociedades de seguros e fundos de pensões
Total Overnight
Com prazo
acordado
Outros intermediários financeiros
Total Overnight
Acordos de
reporte
Reembolsáveis
com pré-aviso
Até Superior
Até Superior
2 anos a 2 anos 3 meses a 3 meses
Com prazo
acordado
Acordos de reporte
Reembolsáveis
com pré-aviso
Até Superior
Até Superior
2 anos a 2 anos 3 meses a 3 meses
Com
contrapartes
centrais
14
15
8
9
10
11
12
13
020.0
861.3
796.8
798.8
790.8
793.6
798.8
820.3
410.1
424.7
442.0
461.5
435.1
430.4
461.5
465.0
236.6
221.4
212.9
229.0
214.3
224.0
229.0
226.8
1 021.0
942.5
871.2
852.9
865.6
863.7
852.9
842.8
13.6
16.4
16.5
17.0
16.6
16.6
17.0
16.6
0.3
0.5
0.2
0.4
0.2
0.4
0.4
0.4
338.6
255.7
254.0
238.0
259.0
258.7
238.0
268.8
260.8
183.8
171.2
163.6
169.6
171.9
163.6
183.1
-181.2
-55.2
-47.8
-3.8
-5.3
1.3
0.1
19.0
23.4
14.8
1.1
18.3
-4.8
-5.4
28.5
1.1
-49.5
-14.8
-2.4
15.8
1.1
9.6
5.1
-2.1
-166.0
-76.7
-44.7
-22.1
-6.6
-2.5
-13.0
-10.3
-2.0
3.0
-1.5
0.4
0.1
-0.1
0.4
-0.6
-0.3
0.3
-0.2
0.1
0.0
0.1
0.0
0.0
13.2
18.2
-0.1
-16.3
4.9
-0.4
-20.9
30.8
9.4
32.2
-5.8
-7.7
-1.6
2.2
-8.3
19.5
Taxas de crescimento
-32.1
-8.2
-7.3
-2.9
34.7
-10.9
56.6
-7.5
53.6
-8.0
82.6
-7.8
56.6
-7.5
45.1
-5.2
6.0
3.6
-3.0
3.6
0.3
-1.1
3.6
5.3
-17.3
-6.3
-7.7
-2.8
-8.1
-5.0
-2.8
0.3
-14.0
-7.5
-11.7
-11.7
-11.8
-11.2
-11.7
-12.4
-14.0
21.8
1.4
3.0
-1.5
2.0
3.0
-1.3
-
2.9
2.5
-20.5
-15.2
-8.3
-9.4
-15.2
-1.4
2.5
10.3
-23.8
-17.5
-9.8
-11.5
-17.5
-3.1
1
2
3
4
5
6
7
Saldos
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
691.4
653.6
654.5
648.8
661.7
658.1
648.8
643.9
106.5
96.1
109.3
110.2
114.6
111.0
110.2
110.5
81.4
76.5
75.4
71.0
75.5
76.8
71.0
71.7
484.4
462.8
449.5
444.2
447.2
445.9
444.2
438.6
6.4
7.0
8.1
8.4
8.1
8.0
8.4
8.3
0.2
0.1
0.1
0.2
0.1
0.2
0.2
0.2
12.5 2
11.0 1
12.1 1
14.9 1
16.2 1
16.2 1
14.9 1
14.5 1
Transações
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
-12.3
-36.0
-11.1
-6.4
7.0
-3.8
-9.6
-3.4
15.2
-9.2
-2.1
0.4
5.2
-3.7
-1.1
0.4
2.9
-5.3
-2.7
-4.4
0.1
1.3
-5.8
0.8
-27.6
-21.9
-6.5
-5.5
-2.4
-1.4
-1.8
-4.0
2.0
1.3
0.0
0.3
0.0
-0.1
0.4
0.0
0.0
-0.1
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
-4.7
-0.8
0.0
2.9
4.2
0.0
-1.2
-0.5
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
-1.7
-5.2
-3.6
-3.3
-3.3
-2.6
-3.3
-3.7
16.5
-8.8
4.8
2.8
4.9
6.4
2.8
4.0
3.8
-6.5
-4.0
-5.2
-6.8
-5.0
-5.2
-7.5
-5.4
-4.5
-6.3
-5.6
-5.9
-5.7
-5.6
-6.0
50.8
18.7
9.3
1.9
4.7
-2.2
1.9
4.2
G 9 Depósitos de sociedades de seguros e fundos de pensões 2)
G10 Depósitos de outros intermediários financeiros 2)
(taxas de crescimento homólogas)
(taxas de crescimento homólogas)
total dos depósitos
depósitos incluídos no M3 4)
total dos depósitos
depósitos incluídos no M3 3) 40
40
40
40
30
30
30
30
20
20
20
20
10
10
10
10
0
0
0
0
-10
-20
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-10
-10
-20
-20
-10
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-20
Fonte: BCE.
1) Setor das IFM excluindo o Eurosistema; a classificação setorial tem por base o SEC 95.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
3) Abrange depósitos nas colunas 2, 3, 5 e 7.
4) Abrange depósitos nas colunas 9, 10, 12 e 14.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 17
2 . 5 D e p ó s i t o s e m I F M : d e s a g r e g a ç ã o 1) ,
2)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
2. Depósitos de sociedades não financeiras e famílias
Famílias 3)
Sociedades não financeiras
Total Overnight Com prazo acordado
1
Até
2 anos
Superior
a 2 anos
3
4
2
Total Overnight Com prazo acordado
Acordos de
reporte
Reembolsáveis
com pré-aviso
Até Superior
3 meses a 3 meses
5
6
Até
2 anos
Superior
a 2 anos
9
10
11
346.2
521.5
615.1
638.7
623.9
644.1
638.7
654.2
979.1
877.4
855.7
842.7
852.5
847.5
842.7
834.9
747.8
806.7
807.8
802.0
804.8
803.1
802.0
801.9
224.6
148.4
54.5
-3.4
0.6
15.5
-19.4
0.8
90.2
176.8
77.6
21.8
8.3
20.0
-6.5
15.5
33.9
-100.1
-14.1
-14.2
-3.4
-5.2
-5.6
-7.8
3.8
2.4
2.1
2.2
2.1
2.2
2.2
2.0
4.0
7.5
6.9
7.2
7.0
7.3
7.2
7.0
3.6
-10.2
-8.0
-6.9
-7.6
-7.6
-6.9
-6.5
7
8
Acordos de
reporte
Reembolsáveis
com pré-aviso
Até Superior
3 meses a 3 meses
12
13
14
937.3
969.3
974.5
966.9
971.7
973.3
966.9
960.5
98.0
83.9
82.1
84.0
82.7
83.6
84.0
83.8
10.4
4.5
4.2
5.0
5.0
5.1
5.0
4.7
21.6
59.5
-6.0
-5.9
-3.0
-1.8
-1.1
-0.1
100.8
32.2
0.3
-7.8
-2.8
1.6
-6.6
-6.4
-9.5
-14.1
-1.7
1.9
0.6
0.9
0.4
-0.2
-12.3
-5.9
-1.5
0.8
0.8
0.0
-0.1
-0.3
3.0
8.0
5.0
2.4
4.0
3.2
2.4
1.4
5.5
1.7
0.3
0.2
0.1
0.2
0.2
0.2
-8.9
-14.4
-7.0
-1.2
-5.1
-2.8
-1.2
-0.9
-54.2
-57.0
-30.5
-20.9
-27.0
-23.4
-20.9
-18.6
Saldos
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
1
1
1
1
1
1
1
1
761.8
873.9
874.7
912.8
876.3
905.3
912.8
924.5
1
1
1
1
1
1
1
1
148.8
236.7
248.6
279.0
243.5
263.0
279.0
293.1
408.3
404.4
384.1
389.4
391.8
395.8
389.4
385.8
106.5
122.8
127.3
128.1
127.2
128.6
128.1
129.5
85.4
91.7
97.9
99.5
98.6
99.4
99.5
98.9
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
82.2
119.6
17.1
29.1
-0.9
26.9
3.2
11.5
99.6
92.4
31.7
24.9
-6.9
18.6
13.2
13.9
-35.5
-3.7
-17.0
3.3
7.2
3.5
-7.5
-3.4
12.9
17.8
0.9
-0.1
-0.1
0.6
-0.7
1.3
9.5
7.5
0.3
1.6
0.6
0.8
0.1
-0.8
2.0
10.9
1.8
16.5
2.0
14.9
2.1
14.6
2.0
13.2
2.1
16.3
2.1
14.6
2.1
15.1
Transações
0.0
-4.3
-0.1
5.7
0.1
1.1
0.2
-0.6
0.0
-1.8
0.2
3.1
0.0
-2.0
0.0
0.5
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
4.9
6.8
6.4
5.8
6.2
6.1
5.8
5.0
9.5
8.1
8.5
8.1
8.2
7.9
8.1
8.4
-8.0
-0.9
-1.8
-1.6
-0.7
-0.5
-1.6
-5.0
13.4
16.8
10.6
6.7
9.4
9.0
6.7
6.3
13.0
8.7
5.0
3.2
4.1
3.4
3.2
2.5
Taxas de crescimento
-1.4
-26.5
-3.7
52.4
26.4
40.3
28.5
46.1
23.0
27.0
31.0
33.9
28.5
46.1
23.5
16.5
6
6
6
6
6
6
6
6
118.9
263.3
339.4
339.3
340.7
356.8
339.3
340.1
2
2
2
2
2
2
2
2
G 1 1 D e p ó s i t o s d e s o c i e d a d e s n ã o f i n a n c e i r a s 2)
G12 Depósitos de famílias
(taxas de crescimento homólogas)
(taxas de crescimento homólogas)
total dos depósitos
depósitos incluídos no M3 4)
1
1
1
1
1
1
1
1
2)
total dos depósitos
depósitos incluídos no M3 5)
20
20
20
20
15
15
15
15
10
10
10
10
5
5
5
5
0
0
0
0
-5
-5
-5
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2000
2002
Fonte: BCE.
1) Setor das IFM excluindo o Eurosistema; a classificação setorial tem por base o SEC 95.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
3) Incluindo instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.
4) Abrange depósitos nas colunas 2, 3, 5 e 7.
5) Abrange depósitos nas colunas 9, 10, 12 e 14.
E 18
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-5
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2 . 5 D e p ó s i t o s e m I F M : d e s a g r e g a ç ã o 1) ,
2)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
3. Depósitos de administrações públicas e de não residentes na área do euro
Administrações públicas
Total Administração
central
Não residentes na área do euro
Outras administrações públicas
Administração Administração
estadual
local
1
2
3
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
447.9
441.0
441.0
488.0
534.0
515.1
169.6
152.5
152.5
181.0
214.9
189.6
62.8
64.1
64.1
73.1
72.5
80.1
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
-7.9
-8.0
-55.2
45.4
45.5
-19.0
-22.6
-17.9
-39.1
28.5
33.9
-25.6
-0.3
1.1
-6.6
9.0
-0.6
7.3
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
-1.4
-1.8
-1.8
-2.6
-2.7
3.3
-11.7
-10.5
-10.5
-13.5
-9.4
-1.5
10.3
1.8
1.8
9.0
2.3
12.9
Bancos 3)
Total
Não-bancos
5
Saldos
111.7
103.8
109.2
115.3
109.2
115.3
110.7
123.3
113.2
133.5
111.5
133.9
Transações
-0.4
15.5
-2.6
11.3
-4.5
-5.0
1.3
6.7
2.6
9.7
-1.7
1.0
Taxas de crescimento
-0.4
18.2
-2.3
10.8
-2.3
10.8
-1.2
9.0
-2.0
6.5
-2.0
10.2
Outros
Total
Administrações
públicas
7
8
9
10
016.8
626.0
626.0
667.7
659.2
698.2
878.6
893.8
893.8
927.2
922.7
1 003.3
39.8
29.8
29.8
33.8
31.2
33.5
838.7
864.0
864.0
893.4
891.5
969.8
-240.1
-324.7
-124.7
63.2
-29.7
43.3
-135.6
-355.1
-95.8
38.1
-18.9
-10.7
-104.5
30.4
-28.9
25.1
-10.8
52.3
-5.1
-8.8
-13.0
3.9
-2.7
1.6
-99.4
39.3
-15.9
21.2
-8.1
50.6
-7.5
-11.3
-11.3
-9.0
-7.8
-1.8
-6.2
-17.7
-17.7
-14.4
-10.9
-5.0
-10.7
3.4
3.4
2.8
-1.7
4.0
-11.9
-22.7
-22.7
-7.8
-11.0
-23.5
-10.6
4.6
4.6
3.2
-1.3
5.4
Fundos de
segurança
social
4
6
2
2
2
2
2
2
895.4
519.8
519.8
594.9
581.9
703.4
2
1
1
1
1
1
G 1 3 D e p ó s i t o s d e a d m i n i s t r a ç õ e s p ú b l i c a s e d e n ã o r e s i d e n t e s n a á r e a d o e u r o 2)
(taxas de crescimento homólogas)
administrações públicas
bancos não residentes
não-bancos não residentes
30
30
25
25
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
-5
-5
-10
-10
-15
-15
-20
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-20
Fonte: BCE.
1) Setor das IFM excluindo o Eurosistema; a classificação setorial tem por base o SEC 95.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
3) “Bancos” é utilizado neste quadro para indicar instituições semelhantes às IFM residentes fora da área do euro.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 19
2 . 6 T í t u l o s d e t i d o s p o r I F M : d e s a g r e g a ç ã o 1) ,
2)
(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
Títulos exceto ações
Total
IFM
1
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
5
5
5
5
5
5
5
5
774.7
472.0
523.8
585.3
513.7
536.0
585.3
564.4
1
1
1
1
1
1
1
1
Ações e outras participações
Administrações públicas
Outros residentes
na área do euro
Não
residentes
na área
do euro
Total
IFM
Setor
não
monetário
Não
residentes
na área
do euro
9
10
11
12
528.5
560.0
546.9
561.6
545.4
545.8
561.6
552.5
475.7
457.0
449.2
452.9
449.9
451.4
452.9
449.1
752.1
775.5
787.4
786.5
788.2
785.0
786.5
782.6
300.7
327.4
310.2
322.2
307.3
309.5
322.2
320.8
Euro
Outras
moedas
Euro
Outras
moedas
Euro
Outras
moedas
2
3
4
5
7
8
748.7
540.6
469.0
428.4
450.9
439.0
428.4
390.1
102.9
102.7
112.8
121.4
114.6
114.4
121.4
121.8
594.2
674.0
788.8
816.5
779.9
809.8
816.5
845.9
32.8
20.3
19.7
23.9
20.6
21.3
23.9
21.7
6
Saldos
1 399.6
1 307.1
1 270.2
1 249.9
1 275.4
1 264.3
1 249.9
1 238.6
23.6
28.7
32.5
33.3
31.7
31.6
33.3
34.1
872.8
798.6
830.8
912.0
840.6
855.7
912.0
912.2
10.5
-11.3
0.0
3.0
0.7
0.5
1.9
-2.1
Transações
-67.8
-92.9
-6.6
-22.2
5.0
-11.4
-15.8
-12.5
-4.0
5.9
2.4
-1.1
-1.3
-0.4
0.6
0.9
-45.2
-34.8
18.8
28.6
2.7
10.9
15.0
0.3
49.8
28.2
2.7
14.8
2.1
-1.7
14.4
-5.0
6.6
-12.4
-1.0
2.5
0.7
1.0
0.8
-3.1
37.9
13.4
5.3
1.1
4.4
-3.9
0.6
-0.7
5.3
27.2
-1.6
11.3
-2.9
1.2
13.0
-1.2
-14.6
25.2
19.9
6.7
10.4
9.8
6.7
10.9
-4.8
-4.0
2.2
5.8
2.9
4.5
5.8
6.1
3.3
1.8
-0.9
0.9
-0.8
0.8
0.9
0.8
1.3
-2.6
-2.9
0.7
-4.6
0.3
0.7
-0.4
5.2
1.8
0.5
1.8
2.6
2.5
1.8
2.4
1.8
9.2
-1.5
-1.0
-3.1
-2.5
-1.0
-1.4
1
1
1
1
1
1
1
1
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
83.1
-288.3
-8.5
-26.1
-22.8
6.6
-9.9
-15.9
-17.5
-220.3
-36.4
-47.4
-18.0
-13.5
-15.9
-36.0
16.0
-0.3
-3.4
-2.4
0.4
-1.0
-1.7
0.7
191.1
65.4
16.6
15.4
-12.4
21.6
6.2
32.7
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.(p)
1.5
-5.0
-5.3
-3.7
-4.8
-4.3
-3.7
-3.5
-1.0
-12.5
-11.4
-11.5
-11.8
-11.9
-11.5
-12.8
18.3
-0.4
-5.1
6.3
-6.6
-0.6
6.3
7.2
14.0
4.1
-1.3
2.3
0.1
1.2
2.3
3.4
Taxas de crescimento
47.7
-4.6
-35.2
-6.6
-33.2
-7.4
-25.4
-8.1
-30.5
-6.9
-34.6
-7.5
-25.4
-8.1
-30.9
-7.7
1
1
1
1
1
1
1
1
G 1 4 T í t u l o s d e t i d o s p o r I F M 2)
(taxas de crescimento homólogas)
títulos exceto ações
ações e outras participações
30
30
25
25
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
-5
-5
-10
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: BCE.
1) Setor das IFM excluindo o Eurosistema; a classificação setorial tem por base o SEC 95.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
E 20
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-10
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2 . 7 D e s a g r e g a ç ã o p o r m o e d a s d e r u b r i c a s s e l e c i o n a d a s d o b a l a n ç o d a s I F M 1),
2)
(percentagens do total; saldos em EUR mil milhões; fim de período)
1. Empréstimos, detenções de títulos exceto ações, e depósitos
IFM 3)
Todas
as moedas
(saldo)
2012
2013
2014 T2
T3
2012
2013
2014 T2
T3
2012
2013
2014 T2
T3
2012
2013
2014 T2
T3
2012
2013
2014 T2
T3
2012
2013
2014 T2
T3
(p)
(p)
(p)
(p)
Setor não monetário
Outras moedas
Todas
as moedas
(saldo)
Total
USD
JPY
1
2
3
4
5
5
5
5
5
790.4
250.6
195.3
155.4
-
-
-
1
1
1
2
906.7
788.0
957.6
021.0
47.3
41.0
38.5
37.1
52.7
59.0
61.5
62.9
31.9
38.7
40.1
42.0
1
1
1
1
851.6
643.3
581.8
549.8
94.4
93.7
92.9
92.2
5.6
6.3
7.1
7.8
2.7
2.6
2.8
3.2
434.0
421.9
432.5
487.1
54.9
52.4
52.6
50.9
45.1
47.6
47.4
49.1
19.8
20.2
21.2
23.2
6
5
5
5
155.3
553.1
525.9
433.8
93.8
93.4
92.8
92.2
6.2
6.6
7.2
7.8
3.9
4.2
4.6
5.0
2
1
1
1
016.8
626.0
659.2
698.2
58.3
51.3
49.5
47.8
41.7
48.7
50.5
52.2
27.7
33.1
35.4
36.2
(p)
(p)
Euro
4)
CHF
Euro
4)
Outras moedas
Total
GBP
6
7
8
Empréstimos
A residentes na área do euro
- 12 196.7
- 11 730.7
- 11 692.0
- 11 664.2
A não residentes na área do euro
1.9
3.5
10.1
961.5
1.8
3.4
9.5
937.9
2.7
3.9
9.3
975.8
3.0
3.3
9.3
1 041.3
Detenções de títulos exceto ações
Emitidos por residentes na área do euro
0.1
0.4
2.0
3 050.3
0.1
0.3
2.8
3 030.1
0.1
0.3
3.4
3 111.2
0.1
0.3
3.7
3 123.5
Emitidos por não residentes na área do euro
0.3
0.3
19.1
438.8
0.2
0.5
20.0
376.7
0.3
0.5
20.0
398.3
0.2
0.4
20.6
424.9
Depósitos
De residentes na área do euro
0.2
1.1
0.6 11 040.0
0.2
1.0
0.7 11 093.0
0.2
1.0
0.8 11 199.4
0.2
1.0
0.9 11 214.9
De não residentes na área do euro
1.6
1.0
7.3
878.6
1.7
1.5
7.8
893.8
2.0
1.6
7.4
922.7
2.5
1.6
7.6
1 003.3
USD
JPY
CHF
GBP
9
10
11
12
13
14
96.4
96.8
96.7
96.6
3.6
3.2
3.3
3.4
1.7
1.7
1.8
1.9
0.2
0.1
0.1
0.1
0.9
0.9
0.9
0.8
0.5
0.4
0.4
0.3
40.1
40.2
39.8
37.9
59.9
59.8
60.2
62.1
38.2
38.1
37.3
37.8
2.0
3.0
3.6
5.3
2.9
2.7
2.5
2.5
9.9
9.3
9.7
9.8
98.1
98.4
98.3
98.2
1.9
1.6
1.7
1.8
1.2
0.8
0.9
1.0
0.1
0.2
0.1
0.1
0.1
0.1
0.1
0.1
0.4
0.5
0.5
0.5
34.1
38.2
37.7
35.5
65.9
61.8
62.3
64.5
39.1
37.5
38.3
40.5
5.4
4.1
4.8
4.6
0.9
1.0
0.8
0.7
11.8
10.7
10.0
10.7
97.0
96.8
96.7
96.6
3.0
3.2
3.3
3.4
2.0
2.2
2.2
2.3
0.1
0.1
0.1
0.1
0.1
0.1
0.1
0.1
0.4
0.4
0.4
0.4
52.4
53.9
52.0
50.6
47.6
46.1
48.0
49.4
31.3
29.7
30.3
31.2
1.9
2.1
2.6
3.6
1.1
1.2
1.1
1.0
6.3
6.4
7.3
7.3
2. Títulos de dívida emitidos por IFM da área do euro
2012
2013
2014 T2
T3
(p)
Todas
as moedas
(saldo)
Euro 4)
1
068.0
582.7
493.7
465.2
2
81.8
81.0
79.6
78.2
5
4
4
4
Outras moedas
Total
3
18.2
19.0
20.4
21.8
USD
JPY
CHF
GBP
4
9.6
10.7
11.6
12.6
5
1.6
1.3
1.2
1.3
6
1.9
1.8
1.8
1.8
7
2.5
2.7
3.0
3.1
Fonte: BCE.
1) Setor das IFM excluindo o Eurosistema; a classificação setorial tem por base o SEC 95.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
3) Para os não residentes na área do euro, o termo “IFM” refere-se a instituições semelhantes às IFM da área do euro.
4) Incluindo rubricas expressas nas denominações nacionais do euro.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 21
2.8 B a l a n ç o a g r e g a d o d o s f u n d o s d e i n v e s t i m e n t o d a á r e a d o e u r o 1 )
(EUR mil milhões; saldos em fim de período: transações durante o período)
1. Ativo
Total
Depósitos
e direitos de crédito
de empréstimos
1
2014 Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set. (p)
8
8
8
8
8
9
9
2014 T1
T2
T3 (p)
Ativos não
financeiros
Títulos exceto
ações
Ações e outras
Unidades de
participações
participação
(excl. un. de part.
em fundos de
em fundos de
investimento/do
investimento/do mercado monetário
mercado monetário)
3
4
5
Saldos
260.7
2 417.8
1 181.9
309.9
2 439.7
1 195.8
385.4
2 531.0
1 229.3
416.9
2 565.0
1 250.8
454.4
2 580.5
1 269.1
527.5
2 646.8
1 294.9
542.9
2 662.9
1 307.9
2
365.9
498.2
719.0
758.5
871.2
072.1
155.0
573.0
583.7
588.4
580.0
600.1
617.1
594.3
257.8
208.1
245.2
39.8
5.4
13.3
Total
Empréstimos
e depósitos
recebidos
3
3
3
3
3
3
3
Transações
107.0
87.5
88.9
40.0
61.7
32.8
Outros ativos
(incl. derivados
financeiros)
6
21.7
35.6
30.4
7
258.6
259.8
260.8
262.3
263.2
264.4
266.9
673.8
709.3
724.3
683.5
703.9
721.4
780.1
2.6
3.5
2.9
46.7
14.4
76.9
2. Passivo
1
Unidades de participação em fundos de investimento emitidas
Total
Detidas por residentes na área do euro
3
2
Fundos de
investimento
5
4
Outros passivos
(incl. derivados
financeiros)
Detidas por
não residentes
na área do euro
6
7
982.7
017.3
090.9
128.4
148.8
207.8
185.5
643.3
678.8
694.7
658.9
682.2
705.4
774.9
51.5
78.9
49.2
61.7
20.0
54.6
Saldos
2014 Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set. (p)
8
8
8
8
8
9
9
2014 T1
T2
T3 (p)
365.9
498.2
719.0
758.5
871.2
072.1
155.0
190.2
197.3
192.1
179.2
181.6
190.6
197.2
257.8
208.1
245.2
23.4
-10.4
17.3
7
7
7
7
8
8
8
532.4
622.0
832.3
920.4
007.4
176.1
182.9
Transações
172.6
198.6
173.3
5
5
5
5
5
5
5
549.7
604.7
741.4
792.0
858.6
968.3
997.5
929.1
939.3
968.6
985.4
998.5
1 019.9
1 033.9
108.9
120.1
124.2
18.1
28.9
33.2
1
2
2
2
2
2
2
3. Unidades de participação em fundos de investimento emitidas desagregadas por política de investimento e tipo de fundo
Total
Fundos por política de investimento
Fundos
de obrigações
Fundos
de ações
Fundos
mistos
Fundos
imobiliários
2
3
4
5
Saldos
346.7
349.4
352.5
355.4
358.6
362.2
366.1
369.0
Transações
2.7
2.6
1.4
1.7
0.4
1.9
2.6
1
2014 Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set. (p)
2014 Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set. (p)
7
7
7
7
7
8
8
8
448.9
532.4
622.0
832.3
920.4
007.4
176.1
182.9
69.1
76.2
69.4
53.0
64.6
50.5
58.1
2
2
2
2
2
2
2
2
530.9
555.6
580.0
637.6
661.1
699.7
749.8
717.0
29.6
16.6
23.5
16.0
26.8
20.1
26.1
2
2
2
2
2
2
2
2
084.9
100.0
120.3
204.1
230.8
243.2
304.5
315.6
10.9
21.8
16.4
11.0
9.1
9.0
6.7
1
1
1
1
1
2
2
2
865.8
891.0
921.1
972.1
999.2
029.4
065.1
083.8
20.9
24.5
22.7
20.1
26.8
11.7
15.8
Fundos por tipo
Fundos de Outros fundos
cobertura
6
Fechados
8
9
10
346.6
429.4
518.2
727.2
814.1
900.3
068.0
073.2
102.3
103.0
103.8
105.1
106.3
107.1
108.1
109.7
855.3
835.5
836.5
839.2
824.4
846.8
856.9
921.7
69.2
75.4
69.3
53.0
64.5
50.5
57.6
-0.1
0.8
0.1
0.0
0.1
0.0
0.5
-19.6
0.8
-2.5
-16.5
16.7
7.9
-10.2
7
159.0
162.4
165.0
170.1
171.9
172.6
177.3
179.5
461.6
474.0
483.2
492.9
498.8
500.3
513.3
518.1
2.7
1.6
1.6
0.9
-1.5
0.8
2.0
2.3
9.1
3.8
3.4
3.0
7.1
4.9
Por memória:
Fundos do
mercado
monetário
Abertos
7
7
7
7
7
7
8
8
Fonte: BCE.
1) Exceto fundos do mercado monetário (que são apresentados sob a rubrica “Por memória”, na coluna 10 do Quadro 3 da presente secção). Para mais pormenores, ver as Notas Gerais.
E 22
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2.9 Títulos detidos por fundos de investimento 1) desagregados por emitente de títulos
(EUR mil milhões; saldos em fim de período: transações durante o período)
1. Títulos exceto ações
Total
Área do euro
Total
1
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
3
3
3
3
2014 T1
T2
T3 (p)
112.6
260.7
416.9
542.9
107.0
87.5
88.9
1
1
1
1
IFM Administrações
públicas
2
3
4
708.2
844.7
914.7
957.3
390.3
413.9
420.8
428.9
807.4
856.9
887.9
914.5
65.3
34.9
17.4
10.0
2.1
3.8
27.9
11.3
8.5
Outros
Sociedades de
Sociedades
intermediários seguros e fundos não financeiras
financeiros
de pensões
5
6
7
Saldos
264.5
10.4
235.5
299.5
12.0
262.3
321.2
11.4
273.5
321.5
12.2
280.1
Transações
12.5
0.8
14.2
14.1
0.7
6.9
-1.0
0.9
5.2
Resto do mundo
Estados-Membros Estados
da UE fora da Unidos
área do euro
8
9
10
1
1
1
1
Japão
11
404.4
415.9
502.2
585.6
346.6
395.2
398.4
417.0
548.2
529.5
564.0
597.4
13.7
14.4
15.2
16.7
43.9
52.6
71.5
15.3
-4.5
14.1
15.8
22.8
31.1
0.4
0.3
1.8
2. Ações e outras participações (exceto unidades de participação em fundos de investimento/do mercado monetário)
Total
Área do euro
Total
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
2
2
2
2
2014 T1
T2
T3 (p)
IFM Administrações
públicas
1
2
3
4
370.0
417.8
565.0
662.9
886.3
919.8
941.4
926.9
85.4
92.2
94.5
92.5
-
40.0
61.7
32.8
21.4
13.0
0.6
3.2
7.2
-3.2
-
Outros
Sociedades de
Sociedades
intermediários seguros e fundos não financeiras
financeiros
de pensões
5
6
7
Saldos
64.7
35.5
700.7
63.1
33.8
730.7
66.6
29.1
751.1
70.3
29.8
734.3
Transações
2.9
-0.5
15.9
2.1
-1.5
5.3
-1.0
0.2
4.6
Resto do mundo
Estados-Membros Estados
da UE fora da Unidos
área do euro
8
9
10
1
1
1
1
Japão
11
483.6
498.0
623.6
736.0
215.4
215.9
229.0
232.8
536.0
553.0
598.0
661.4
123.2
115.4
131.5
137.7
21.1
48.7
32.2
5.0
7.8
1.6
21.7
22.0
15.6
-0.2
5.5
-0.6
3. Unidades de participação em fundos de investimento/do mercado monetário
Total
Área do euro
Total
2013 T4
2014 T1
T2
T3 (p)
2014 T1
T2
T3 (p)
1
1
1
1
IFM 2) Administrações
públicas
1
2
3
4
117.9
181.9
250.8
307.9
971.2
1 017.4
1 077.6
1 127.6
85.1
88.4
92.1
93.7
-
21.7
35.6
30.4
19.8
30.8
35.1
1.8
1.9
1.8
-
Outros
Sociedades de
Sociedades
intermediários seguros e fundos não financeiras
2)
financeiros
de pensões
5
6
7
Saldos
886.1
929.1
985.4
1 033.9
Transações
18.1
28.9
33.2
-
Resto do mundo
Estados-Membros Estados
da UE fora da Unidos
área do euro
8
9
10
Japão
11
146.6
164.5
173.2
180.3
36.6
40.9
46.6
45.5
49.4
60.7
60.8
67.5
0.5
0.4
0.9
0.6
1.9
4.7
-4.7
1.3
2.9
-2.5
1.6
0.8
0.9
0.0
0.3
-0.3
Fonte: BCE.
1) Exceto fundos do mercado monetário. Para mais pormenores, ver as Notas Gerais.
2) As unidades de participação em fundos de investimento (exceto unidades de participação em fundos do mercado monetário) são emitidas por outros intermediários financeiros.
As unidades de participação em fundos do mercado monetário são emitidas por IFM.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 23
2.10 Balanço agregado das sociedades de titularização da área do euro
(EUR mil milhões; saldos em fim de período; transações durante o período)
1. Ativo
Total
Depósitos e
direitos de
crédito de
empréstimos
Empréstimos titularizados
Com origem na área do euro
Total
IFM
Mantêm-se
no balanço
da IFM 1)
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
1
1
1
1
1
1
2
964.4
919.4
887.1
865.9
846.4
264.4
252.6
254.8
238.3
237.6
-38.5
-45.8
-42.2
-17.4
-32.2
-6.4
-11.4
-10.5
-16.3
-4.8
3
1
1
1
1
1
4
5
330.3 1 033.1
295.4 1 011.2
258.6
976.9
252.3
975.7
235.3
961.5
449.6
442.6
430.4
421.9
421.3
-21.2
-34.3
-28.1
1.4
-17.3
-9.1
-21.6
-27.7
4.8
-13.0
Outros
intermediários
financeiros,
sociedades de
seguros e fundos
de pensões
6
Saldos
157.3
146.5
158.6
164.0
164.0
Transações
-5.3
-10.6
0.1
4.7
-0.8
-
Com
origem
fora da
área do
euro
Sociedades Administrações
não
públicas
financeiras
Títulos Outros ativos Ações e outras
exceto titularizados participações
ações
Outros
ativos
7
8
9
10
11
12
13
20.6
20.1
21.6
20.2
19.9
3.5
3.1
3.1
0.1
0.1
115.8
114.5
98.4
92.3
89.9
182.0
180.4
164.6
166.0
170.0
85.1
87.4
98.8
99.0
95.6
37.1
38.6
45.2
43.8
45.2
65.5
65.1
65.2
66.6
62.7
-4.3
-0.6
-0.3
-1.2
-0.6
0.0
-0.4
0.0
-0.4
0.0
-2.4
-1.1
-0.2
-6.6
-2.8
-11.6
-0.8
-2.4
0.5
-0.3
-1.5
2.3
-1.7
0.7
-3.5
0.5
1.2
0.1
-1.5
0.6
1.7
-2.8
0.5
-2.2
-6.8
2. Passivo
Total
Títulos de dívida emitidos
Empréstimos e
depósitos recebidos
1
Total
3
2
Até 2 anos
4
Capital e reservas
Outros passivos
6
7
527.3
482.7
394.8
393.3
374.2
29.3
29.3
28.3
27.2
27.5
226.7
228.6
238.5
237.7
238.4
-34.4
-44.3
-38.2
-1.3
-24.0
-0.6
0.5
0.5
-1.2
0.2
0.4
-0.6
3.2
1.8
-5.9
Superior a 2 anos
5
Saldos
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
1
1
1
1
1
964.4
919.4
887.1
865.9
846.4
125.0
117.9
142.6
128.1
129.2
-38.5
-45.8
-42.2
-17.4
-32.2
-3.8
-6.3
-1.5
-13.4
0.1
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
1
1
1
1
1
583.5
543.7
477.7
472.9
451.3
Transações
-34.5
-39.5
-44.5
-4.6
-26.6
56.2
61.0
82.9
79.7
77.1
1
1
1
1
1
0.0
4.8
-6.4
-3.2
-2.6
3. Detenções de empréstimos titularizados originados por IFM da área do euro e títulos exceto ações
Empréstimos titularizados originados por IFM da área do euro
Setor mutuante da área do euro
Total
Famílias
Títulos exceto ações
2)
Setor
mutuante
Sociedades
Outros Sociedades Administrações fora da área
não intermediários de seguros
públicas
do euro
financeiras
financeiros e fundos de
pensões
1
2
3
4
5
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
1 033.1
1 011.2
976.9
975.7
961.5
757.9
744.6
729.3
732.5
723.6
217.1
205.4
193.3
191.5
187.7
21.8
23.3
21.2
20.7
20.1
0.2
0.2
0.2
0.2
0.3
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
-9.1
-21.6
-27.7
4.8
-13.0
-2.1
-13.5
-15.4
3.3
-8.0
-8.6
-11.3
-8.8
-0.1
-3.7
0.8
1.6
-0.7
-0.5
-0.5
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
6
Saldos
5.7
5.5
5.4
5.4
4.6
Transações
0.1
-0.1
-0.1
0.0
-0.8
Total
Residentes na área do euro
Total
IFM
Não
residentes
Setor não monetário na área do
euro
Sociedades de
titularização
7
8
9
10
11
12
13
30.5
32.2
27.4
25.4
25.2
182.0
180.4
164.6
166.0
170.0
111.1
109.3
100.4
103.2
104.5
29.0
28.8
26.0
24.1
25.1
82.1
80.5
74.5
79.1
79.4
32.1
34.9
35.6
39.3
36.6
70.9
71.1
64.2
62.7
65.5
0.7
1.6
-2.7
2.1
0.0
-11.6
-0.8
-2.4
0.5
-0.3
-4.1
-1.5
-2.4
2.2
-0.7
-4.1
0.0
-0.5
-1.9
0.9
0.0
-1.5
-1.9
4.1
-1.6
-0.5
2.1
-1.2
3.5
-2.2
-7.5
0.7
0.1
-1.7
0.4
Fonte: BCE.
1) Empréstimos (ao setor não monetário) titularizados utilizando sociedades de titularização que se mantêm no balanço da respetiva IFM, ou seja, que não foram desreconhecidos.
O facto de os empréstimos serem ou não desreconhecidos do balanço da IFM depende das normas contabilísticas relevantes. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Exclui titularizações de empréstimos inter-IFM.
E 24
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Moeda,
bancos e
outras
sociedades
financeiras
2.11 Balanço agregado das sociedades de seguros e fundos de pensões da área do euro
(EUR mil milhões; saldos em fim de período)
1. Ativo
Total Numerário e
depósitos
2011 T3
T4
2012 T1
T2
T3
T4
2013 T1
T2
T3
T4
2014 T1
T2 (p)
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
1
148.0
158.9
444.1
467.3
679.4
768.2
957.0
899.6
992.7
080.7
328.8
592.8
Empréstimos
2
792.4
785.2
797.7
786.6
786.0
788.8
798.7
777.7
771.0
755.8
767.2
759.3
3
463.9
473.6
474.0
473.0
482.5
481.5
476.2
475.7
479.5
480.3
494.0
494.1
Títulos
exceto ações
Ações e outras
participações
4
764.6
725.1
867.8
879.9
992.5
040.8
109.1
101.9
118.9
187.5
272.0
375.9
5
788.2
793.1
806.5
801.9
819.6
817.9
835.5
832.9
854.1
874.7
889.2
935.3
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
Unidades de
participação
em fundos de
investimento
Unidades de
participação
em fundos
do mercado
monetário
Provisões para
prémios não
adquiridos e
provisões para
sinistros
Outros
débitos/
créditos e
derivados
financeiros
Ativos não
financeiros
6
581.3
615.9
712.4
716.7
796.4
837.7
913.6
906.2
980.7
021.8
096.5
197.4
7
88.9
91.2
102.9
106.7
108.1
109.5
114.6
100.0
95.8
83.0
98.8
99.2
8
255.5
253.5
258.1
261.4
263.1
261.7
283.5
283.1
283.6
282.1
287.4
291.5
9
264.7
271.1
276.3
292.0
281.9
279.0
275.0
269.9
256.1
240.5
267.8
283.6
10
148.4
150.1
148.4
149.1
149.3
151.4
150.8
152.2
152.9
155.0
155.9
156.4
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2. Detenções de títulos exceto ações
Total
2011 T3
T4
2012 T1
T2
T3
T4
2013 T1
T2
T3
T4
2014 T1
T2 (p)
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
Emitidos por não
residentes na área do euro
Emitidos por residentes na área do euro
1
764.6
725.1
867.8
879.9
992.5
040.8
109.1
101.9
118.9
187.5
272.0
375.9
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Total
IFM
2
346.9
303.1
418.0
411.5
500.3
535.6
617.4
600.3
606.6
656.4
726.1
810.2
3
635.0
635.5
667.7
675.3
705.8
690.3
722.6
703.5
702.0
676.3
674.6
688.6
Administrações
públicas
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
4
309.3
264.2
320.8
303.7
342.5
381.1
412.8
414.6
409.1
476.5
543.0
600.4
Outros Sociedades de seguros
e fundos de pensões
intermediários
financeiros
6
5
227.4
17.0
223.9
16.3
236.5
17.0
234.6
16.5
241.6
17.0
249.9
17.7
257.6
17.2
257.3
16.1
265.8
16.0
266.6
15.6
266.3
15.8
279.9
13.4
Sociedades não
financeiras
7
158.2
163.2
176.0
181.4
193.4
196.7
207.1
208.9
213.7
221.4
226.4
227.8
8
417.7
422.1
449.8
468.4
492.2
505.1
491.7
501.6
512.4
531.1
545.9
565.7
3. Passivo e património líquido
Passivo
Total
Títulos Ações e outras
Empréstimos
recebidos exceto ações participações
Património
líquido
Provisões técnicas de seguros
Total Participação líquida Participação líquida
das famílias nas
das famílias nos
provisões de fundos de pensões
seguros de vida
2011 T3
T4
2012 T1
T2
T3
T4
2013 T1
T2
T3
T4
2014 T1
T2 (p)
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
8
1
061.6
076.2
233.1
300.5
372.1
472.6
585.2
633.8
656.1
741.7
913.3
057.1
2
270.7
263.7
271.3
280.8
292.0
266.5
278.5
278.7
278.0
265.5
278.2
284.0
3
41.2
41.2
43.3
42.0
43.7
49.1
48.7
45.6
46.2
47.2
48.0
52.7
4
409.3
408.1
438.9
419.7
450.1
477.7
492.8
500.0
515.2
537.6
536.6
531.8
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
5
137.9
165.0
278.4
348.7
387.9
459.0
541.0
576.6
593.0
673.6
812.8
943.5
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
6
275.8
283.1
316.3
315.8
361.1
395.7
440.5
454.6
493.4
535.5
603.4
666.1
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
7
050.2
077.4
137.9
205.3
200.8
243.9
252.3
275.3
253.4
296.5
339.1
405.1
Provisões para
prémios não
adquiridos e
provisões para
sinistros
8
811.8
804.4
824.2
827.6
826.0
819.4
848.1
846.7
846.2
841.7
870.3
872.2
Outros
débitos/
créditos e
derivados
financeiros
9
202.4
198.2
201.1
209.3
198.4
220.2
224.2
232.8
223.7
217.9
237.7
245.2
10
86.4
82.7
211.0
166.8
307.3
295.6
371.7
265.8
336.6
338.9
415.5
535.7
Fonte: BCE.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 25
3
CONTAS DA ÁREA DO EURO
3.1 Contas económicas e financeiras integradas por setor institucional
(EUR mil milhões)
Empregos
Área
do euro
Famílias
Sociedades
não
financeiras
Sociedades Administrações
financeiras
públicas
Resto do
mundo
2014 T2
Conta externa
656
-85
Exportações de bens e serviços
Balança comercial 1)
Conta de exploração
Valor acrescentado bruto (a preços de base)
Impostos líquidos de subsídios aos produtos
Produto interno bruto (a preços de mercado)
Remuneração dos empregados
Outros impostos líquidos de subsídios à produção
Consumo de capital fixo
Excedente de exploração líquido e rendimento misto
1)
1 219
43
455
540
107
9
116
280
796
26
258
221
57
5
12
39
258
4
70
0
Conta de afetação dos rendimentos primários
Excedente de exploração líquido e rendimento misto
Remuneração dos empregados
Impostos líquidos de subsídios à produção
Rendimentos de propriedade
Juros
Outros rendimentos de propriedade
Rendimento nacional líquido 1)
8
859
295
564
2 045
27
25
2
1 733
444
47
398
2
315
151
164
55
73
73
0
256
141
51
89
323
463
492
242
60
65
116
2 012
254
463
1
75
37
55
13
0
17
29
10
438
58
1
39
1 526
19
-69
36
80
12
65
2
63
5
1
1
16
8
2
6
Conta de distribuição secundária do rendimento
Rendimento nacional líquido
Impostos correntes sobre o rendimento, património, etc.
Contribuições sociais
Prestações sociais, exceto transferências sociais em espécie
Outras transferências correntes
Prémios líquidos de seguros não vida
Indemnizações de seguros não vida
Outras
Rendimento disponível líquido 1)
57
492
Conta de utilização do rendimento
Rendimento disponível líquido
Despesa de consumo final
Despesa de consumo individual
Despesa de consumo coletivo
Ajustamento pela variação em direitos associados a pensões
Poupança líquida/conta externa corrente 1)
1 934
1 736
198
22
78
1 407
1 407
0
141
1
-69
21
42
528
330
198
0
-36
490
502
-11
138
137
1
272
285
-13
12
12
0
68
68
1
-1
35
7
28
47
1
-1
9
7
2
119
-21
0
1
0
0
-68
20
0
2
0
2
43
0
0
24
0
-43
Conta de capital
Poupança líquida/conta externa corrente
Formação bruta de capital
Formação bruta de capital fixo
Variação de existências e aquisições líquidas de cessões de objetos de valor
Consumo de capital fixo
Aquisições líquidas de cessões de ativos não financeiros não produzidos
Transferências de capital
Impostos de capital
Outras transferências de capital
Capacidade (+) / necessidade (-) de financiamento (da conta de capital) 1)
Discrepância estatística
Fontes: BCE e Eurostat.
1) Para pormenores relativamente ao cálculo dos saldos contabilísticos, ver as Notas Técnicas.
E 26
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
24
-47
0
1
5
0
5
-47
-1
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Contas da
área do euro
3.1 Contas económicas e financeiras integradas por setor institucional (cont.)
(EUR mil milhões)
Recursos
Área
do euro
Famílias
Sociedades
não
financeiras
Sociedades Administrações
financeiras
públicas
Resto do
mundo
2014 T2
Conta externa
Importações de bens e serviços
Balança comercial
571
Conta de exploração
Valor acrescentado bruto (a preços de base)
Impostos líquidos de subsídios aos produtos
Produto interno bruto (a preços de mercado)2)
Remuneração dos empregados
Outros impostos líquidos de subsídios à produção
Consumo de capital fixo
Excedente de exploração líquido e rendimento misto
2 257
253
2 510
511
1 300
112
333
540
1 223
294
847
295
553
280
1 223
221
39
0
257
43
214
225
35
191
331
209
121
294
34
8
27
2 045
327
462
491
207
65
60
82
1 733
2
55
1
491
95
18
59
13
38
57
9
4
78
65
12
1
0
20
2 012
1 526
-69
63
492
22
22
78
141
-69
42
-36
455
116
258
12
70
39
7
31
8
17
3
8
17
3
11
7
3
Conta de afetação dos rendimentos primários
Excedente de exploração líquido e rendimento misto
Remuneração dos empregados
Impostos líquidos de subsídios à produção
Rendimentos de propriedade
Juros
Outros rendimentos de propriedade
Rendimento nacional líquido
4
1
152
52
101
Conta de distribuição secundária do rendimento
Rendimento nacional líquido
Impostos correntes sobre o rendimento, património, etc.
Contribuições sociais
Prestações sociais, exceto transferências sociais em espécie
Outras transferências correntes
Prémios líquidos de seguros não vida
Indemnizações de seguros não vida
Outras
Rendimento disponível líquido
256
327
384
21
1
2
2
50
3
8
40
Conta de utilização do rendimento
Rendimento disponível líquido
Despesa de consumo final
Despesa de consumo individual
Despesa de consumo coletivo
Ajustamento pela variação em direitos associados a pensões
Poupança líquida/conta externa corrente
0
Conta de capital
Poupança líquida/conta externa corrente
Formação bruta de capital
Formação bruta de capital fixo
Variação de existências e aquisições líquidas de cessões de objetos de valor
Consumo de capital fixo
Aquisições líquidas de cessões de ativos não financeiros não produzidos
Transferências de capital
Impostos de capital
Outras transferências de capital
Capacidade (+) / necessidade (-) de financiamento (da conta de capital)
Discrepância estatística
-43
2
0
2
Fontes: BCE e Eurostat.
2) O produto interno bruto é igual ao valor acrescentado bruto de todos os setores domésticos mais impostos líquidos (ou seja, impostos líquidos de subsídios) sobre os produtos.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 27
3.1 Contas económicas e financeiras integradas por setor institucional (cont.)
(EUR mil milhões)
Ativos
Área
do euro
Famílias Sociedades
não
financeiras
2014 T2
IFM Fundos de
investimento
(exc. FMM)
OIF
SSFP
Administrações
públicas
Resto do
mundo
Conta de património inicial, ativos financeiros
Total de ativos financeiros
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
dos quais: créditos comerciais e adiantamentos
Património financeiro líquido
103 560
406
22 401
1 149
14 407
22 107
29 371
5 947
17 685
7 789
13 088
8 308
4 768
20 414
2 109
116
220
3 329
8 477
1 261
6 899
31 289
406
9 280
479
5 816
12 648
1 726
377
1 127
357
266
3 063
86
3 610
2 317
111
1 773
107
557
4 321
5 915
458
5 250
835
101
3 216
636
3 067
366
496
830
38
429
987
1 636
313
1 126
2 941
556
4 610
3 068
8 547
.
.
1 408
6 507
555
116
317
190
3 411
2 591
222
29
905
5
1 182
0
407
0
207
1
413
65
2 205
285
168
5
197
12
836
60
.
322
318
0
440
0
-61
-19
102
127
152
81
-40
134
48
202
41
61
137
73
0
-35
0
30
2
-18
-10
-3
-20
18
26
1
26
-184
0
-177
-22
-3
-2
-8
-9
3
6
16
98
5
93
57
2
-27
-2
23
67
-30
24
-63
-14
0
36
3
28
5
1
87
-7
4
36
12
1
9
117
0
-47
17
69
-5
73
.
.
110
49
89
17
45
42
24
3
-1
0
37
16
-2
0
28
0
33
0
-16
0
9
0
11
-1
22
7
1
0
2
0
5
0
.
11
-2
0
1 040
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
95
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
246
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
72
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
207
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
287
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
134
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
-1
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
181
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
105 040
415
22 382
1 135
14 712
22 328
30 173
6 209
17 912
20 695
18 146
8 199
13 416
8 503
4 904
20 712
7 288
39
1 089
101
5 031
858
2 689
2 113
112
209
3 355
8 698
1 310
7 064
31 177
415
9 126
459
5 860
12 623
1 727
373
1 132
365
291
3 201
90
3 855
2 491
116
1 754
103
605
4 485
6 035
488
5 271
822
101
3 309
642
3 173
380
501
915
30
439
1 032
1 652
309
1 139
2 912
588
4 700
3 075
8 670
.
.
1 485
6 565
582
119
324
199
3 460
2 631
222
34
933
6
1 249
0
396
0
275
1
431
66
2 292
288
170
5
204
11
825
61
.
406
308
0
5
7
6
2
20 466
17 852
7 217
42
1 106
100
4 938
855
2 675
739
023
696
842
Conta financeira, operações em ativos financeiros
Total das operações em ativos financeiros
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
dos quais: créditos comerciais e adiantamentos
Variações do património financeiro líquido devidas a operações
Conta de outras variações, ativos financeiros
Total de outras variações de ativos financeiros
das quais: Reavaliações 1)
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
Outras variações do património financeiro líquido
Conta de património final, ativos financeiros
Total de ativos financeiros
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
dos quais: créditos comerciais e adiantamentos
Património financeiro líquido
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos às reavaliações ainda não estão disponíveis.
E 28
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
6
7
6
2
052
098
798
888
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Contas da
área do euro
3.1 Contas económicas e financeiras integradas por setor institucional (cont.)
(EUR mil milhões)
Passivos
Área
do euro
Famílias Sociedades
não
financeiras
2014 T2
IFM Fundos de
investimento
(exc. FMM)
OIF
SSFP
Administrações
públicas
Resto do
mundo
Conta de património inicial, passivos
105 287
Total de passivos
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
dos quais: créditos comerciais e adiantamentos
Património financeiro líquido
Conta financeira, operações em passivos
6 807
27 247
31 089
7 941
12 598
8 015
11 590
18 361
2 753
640
1 270
3
7
124
7 537
0
5
116
3 062
3 574
5 592
477
5 115
1
62
335
558
158
399
284
642
7 446
2 426
32
0
32
2 649
326
2 980
3 799
7 384
.
.
22
1
16
21
30
5
16
692
379
037
376
534
692
467
8
7
5
2
-1
376
345
872
842
727
572
164
13 659
362
2 936
2 348
-9 395
843
50
927
40
200
7 532
1
267
0
-152
5
211
65
490
6 849
203
5
293
5
755
157
-6 822
394
36
96
-181
201
-7
64
185
163
17
0
0
-7
18
39
44
21
24
-12
25
-19
0
4
4
198
0
0
6
-4
4
-47
5
-52
0
4
4
-3
0
-3
0
-13
132
29
0
0
0
48
20
65
25
44
.
.
19
6
98
2
0
10
-48
-18
-1
44
2
-2
198
0
-5
0
1
0
34
-1
47
60
-1
0
-3
0
36
0
-47
.
0
-40
0
-46
-14
.
.
215
.
.
196
.
.
160
.
.
90
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
40
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
152
.
.
.
.
.
.
.
.
.
376
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
203
.
.
110
.
.
31
.
.
.
32
.
.
.
11
.
.
128
.
.
44
.
.
.
-153
.
.
.
-194
106 519
6 829
27 558
30 948
8 338
12 751
8 169
11 927
18 900
6 141
37
32
063
842
222
474
748
2 753
625
1 296
5
11
128
7 925
0
5
139
061
609
646
493
153
1
67
340
554
149
404
292
630
7 707
2 468
33
0
32
2 719
346
3 103
3 874
7 672
.
.
832
49
939
44
229
7 920
1
266
0
-139
5
254
66
665
7 007
193
5
334
5
793
156
-7 023
6 126
36
36
1
8
14
4
9
39
040
790
025
417
608
22 310
577
4 420
.
0
1 142
0
Total das operações em passivos
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
dos quais: créditos comerciais e adiantamentos
Variações do património financeiro líquido devidas a operações
-155
-22
106
97
181
50
-50
180
61
127
17
46
-155
-9
-48
Conta de outras variações, passivos
Total de outras variações de passivos
das quais: Reavaliações 1)
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
Outras variações do património financeiro líquido
838
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Conta de património final, passivos
Total de passivos
Ouro monetário e direitos de saque especiais (DSE)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito de curto prazo
Títulos de crédito de longo prazo
Empréstimos
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
(incl. participações em FMM)
Regimes de seguro e de pensões
Outros débitos e derivados financeiros
dos quais: créditos comerciais e adiantamentos
Património financeiro líquido
22
1
16
21
31
5
16
575
377
309
529
170
742
676
8
7
6
2
-1
752
504
002
888
479
37
577
169
13 867
1
8
14
4
9
364
2 980
2 384
-9 412
22 184
569
4 399
3
3
5
5
.
0
1 104
0
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos às reavaliações ainda não estão disponíveis.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 29
3.2 Famílias
(EUR mil milhões; fluxos acumulados de quatro trimestres; saldos em fim de período)
2010
2011
2012
2012 T32013 T2
2012 T42013 T3
2013 T12013 T4
2013 T22014 T1
2013 T32014 T2
4 570
1 488
191
128
736
869
1 718
1 812
71
6 153
5 367
72
859
429
35
644
1 109
4 672
1 530
212
147
758
901
1 766
1 837
70
6 267
5 512
73
828
440
7
-210
185
4 726
1 512
200
130
765
948
1 804
1 882
77
6 280
5 538
76
818
449
5
-142
232
4 738
1 522
186
116
746
965
1 819
1 903
77
6 273
5 535
76
814
452
6
-408
-40
4 751
1 528
180
110
754
972
1 827
1 913
76
6 294
5 551
78
821
453
2
-204
165
4 772
1 545
176
107
754
977
1 834
1 924
81
6 333
5 561
78
850
455
-3
-164
228
4 794
1 551
172
104
749
984
1 841
1 930
82
6 349
5 580
79
848
456
-4
253
640
4 818
1 554
170
102
744
990
1 851
1 938
83
6 362
5 602
80
841
459
-7
658
1 033
571
429
462
42
119
-50
-17
388
57
-23
104
95
9
.
177
114
147
580
440
363
126
118
-70
30
237
54
67
-1
47
-47
.
87
88
81
557
449
342
193
225
8
0
144
10
-91
95
56
39
32
32
11
23
543
452
378
165
218
65
-22
167
10
-137
148
53
95
116
-11
-17
-1
541
453
349
132
189
68
-30
192
28
-155
165
70
95
154
-24
-6
5
537
455
330
92
130
44
-24
199
58
-141
120
62
58
162
-24
-22
-6
538
456
326
69
104
41
-15
231
61
-120
127
67
60
163
1
-14
-6
537
459
339
96
128
59
-9
207
43
-111
111
30
81
165
54
-1
-35
78
198
52
.
376
1 109
-212
-379
-334
.
361
185
-1 182
600
372
44
381
232
-1 342
379
260
30
483
-40
-1 051
304
287
9
495
165
-1 142
403
427
-17
573
228
-781
487
381
72
538
640
-535
707
526
148
478
1 033
29
28
19
6
5
1
29
27
19
6
6
1
29
27
19
6
6
1
29
27
20
6
6
1
Rendimento, poupança e variações do património líquido
Remuneração dos empregados (+)
Excedente bruto de exploração e rendimento misto (+)
Juros sobre débitos (+)
Juros sobre créditos (-)
Outros rendimentos de propriedade, líquidos (+)
Impostos correntes sobre o rendimento e o património (-)
Contribuições sociais, líquidas (-)
Prestações sociais, líquidas (+)
Transferências correntes líquidas a receber (+)
= Rendimento disponível bruto
Despesa de consumo final (-)
Variações do património líquido de fundos de pensões (+)
= Poupança bruta
Consumo de capital fixo (-)
Transferências de capital líquidas a receber (+)
Outras variações do património líquido (+)
= Variações do património líquido
Investimento, financiamento e variações do património líquido
Aquisição líquida de ativos não financeiros (+)
Consumo de capital fixo (-)
Investimento financeiro (+), do qual:
Ativos de curto prazo
Numerário e depósitos
Ações de fundos do mercado monetário (FMM)
Títulos de crédito 1)
Ativos de longo prazo
Depósitos
Títulos de crédito
Ações e outras participações
Ações cotadas e não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento excl. FMM
Seguros de vida e direitos associados a pensões
Financiamento (-),
do qual: Empréstimos
dos quais: de IFM da área do euro
Outras variações de ativos (+)
Ativos não financeiros2)
Ativos financeiros
Ações e outras participações
Seguros de vida e direitos associados a pensões
Outros fluxos líquidos (+)
= Variações do património líquido
Conta de património
Ativos não financeiros2) (+)
dos quais: Património imobiliário
Ativos financeiros (+)
Ativos de curto prazo
Numerário e depósitos
Ações de fundos do mercado monetário (FMM)
Títulos de crédito 1)
Ativos de longo prazo
Depósitos
Títulos de crédito
Ações e outras participações
Ações cotadas e não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento excl. FMM
Seguros de vida e direitos associados a pensões
Passivos (-)
dos quais: Empréstimos
dos quais: de IFM da área do euro
= Património líquido
29
28
18
5
5
1
11
1
1
4
3
1
6
6
5
41
932
427
620
834
597
274
53
650
062
296
142
027
116
.
679
094
189
841
30
28
18
5
5
1
11
1
1
3
2
1
6
6
5
42
299
749
613
973
728
153
78
464
114
266
804
799
006
.
845
184
257
026
12
1
1
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250
73
239
133
240
187
126
060
704
866
187
269
258
Fontes: BCE e Eurostat.
1) Títulos emitidos por IFM com prazo inferior a 2 anos e títulos emitidos por outros setores com prazo inferior a 1 ano.
2) Os ativos não financeiros são compilados em conformidade com as normas do SEC 95.
E 30
BCE
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Dezembro 2014
12
1
1
4
3
1
5
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6
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248
658
716
196
031
311
56
286
152
132
247
119
128
778
819
158
259
072
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770
889
173
018
343
54
505
166
104
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294
157
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794
156
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190
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27
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084
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49
018
190
095
740
530
210
973
807
126
226
610
29
27
20
6
6
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13
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695
289
159
485
46
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183
078
827
546
280
026
829
141
196
105
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Contas da
área do euro
3.3 Sociedades não financeiras
(EUR mil milhões; fluxos acumulados de quatro trimestres; saldos em fim de período)
2010
2011
2012
2012 T32013 T2
2012 T42013 T3
2013 T12013 T4
2013 T22014 T1
2013 T32014 T2
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2 904
31
1 966
935
1 031
548
155
393
275
1 303
909
173
52
143
5 076
2 995
40
2 041
968
1 074
602
175
427
332
1 344
909
194
54
154
5 106
3 043
49
2 013
996
1 017
565
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307
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939
201
62
62
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3 052
48
2 004
1 003
1 001
536
152
384
272
1 266
904
206
63
77
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52
1 999
1 007
993
531
150
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206
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62
1 984
1 011
973
509
148
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253
1 230
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207
64
61
5 147
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1 996
1 017
980
503
145
358
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1 247
875
209
64
79
5 163
3 109
58
1 997
1 022
974
499
142
357
225
1 248
887
207
65
69
178
1 052
935
-9
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89
23
182
243
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-29
213
623
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-5
75
113
-111
224
231
198
.
-31
-92
143
146
1 122
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-8
546
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297
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80
107
202
169
.
-3
-78
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67
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201
115
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-4
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40
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-8
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156
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-10
221
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-49
25
6
-2
201
255
88
3
85
-170
-20
-150
223
184
23
89
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72
99
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1 011
-12
169
96
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6
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2
175
170
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-185
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-151
224
199
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42
-64
61
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1 017
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164
103
-14
-47
-51
-51
-6
174
124
73
-11
84
-182
-29
-153
250
206
6
-22
-64
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82
1 122
1 022
-17
199
102
-29
-24
7
14
4
142
135
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-18
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-111
29
-140
220
177
-9
-36
-62
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.
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.
396
16 239
.
361
3 379
6 950
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.
406
16 898
.
362
3 413
7 548
6 228
296
3 503
25 958
995
41
954
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16 985
.
333
3 356
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50
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.
333
3 364
8 072
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293
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50
991
9 004
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6 681
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978
17 765
.
325
3 341
8 254
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311
3 704
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1 052
36
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2 229
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9 619
2 398
978
17 852
.
336
3 329
8 477
6 899
317
3 716
27 247
1 079
39
1 040
8 790
2 274
6 516
14 025
9 608
2 348
950
18 146
.
321
3 355
8 698
7 064
324
3 659
27 558
1 096
32
1 063
8 842
2 335
6 508
14 222
9 748
2 384
959
Rendimento e poupança
Valor acrescentado bruto (a preços de base) (+)
Remuneração dos empregados (-)
Outros impostos líquidos de subsídios à produção (-)
= Excedente bruto de exploração (+)
Consumo de capital fixo (-)
= Excedente de exploração líquido (+)
Rendimentos de propriedade a receber (+)
Juros sobre débitos
Outros rendimentos de propriedade a receber
Juros e rendas a pagar (-)
= Rendimento empresarial líquido (+)
Rendimentos distribuídos (-)
Impostos sobre o rendimento e o património a pagar (-)
Outras transferências correntes líquidas (-)
= Poupança líquida
Investimento, financiamento e poupança
Aquisição líquida de ativos não financeiros (+)
Formação bruta de capital fixo (+)
Consumo de capital fixo (-)
Aquisição líquida de outros ativos não financeiros (+)
Investimento financeiro (+)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito
Empréstimos
Ações e outras participações
das quais: ações não cotadas e outras participações
das quais: participações em fundos de investimento
Outros ativos financeiros
Financiamento (-)
Títulos de crédito
Curto prazo
Longo prazo
Empréstimos
Curto prazo
Longo prazo
Ações e outras participações
das quais: ações não cotadas e outras participações
Créditos comerciais e adiantamentos
Outros passivos
Transferências de capital líquido a receber (-)
= Poupança líquida
Conta de património financeiro
Ativos financeiros (+)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito
Empréstimos
Ações e outras participações
das quais: ações não cotadas e outras participações
das quais: participações em fundos de investimento
Outros ativos financeiros
Passivos financeiros (-)
Títulos de crédito
Curto prazo
Longo prazo
Empréstimos
Curto prazo
Longo prazo
Ações e outras participações
das quais: ações não cotadas e outras participações
Créditos comerciais e adiantamentos
Outros passivos
Fontes: BCE e Eurostat.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 31
3.4 Sociedades financeiras
(EUR mil milhões; fluxos acumulados de quatro trimestres; saldos em fim de período)
2010
2011
2012
2012 T32013 T2
2012 T42013 T3
2013 T12013 T4
2013 T22014 T1
2013 T32014 T2
393
229
13
151
976
739
358
266
480
70
249
40
104
184
293
477
385
232
16
137
1 079
819
376
279
495
68
248
41
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171
-268
-98
382
233
21
128
1 027
760
335
279
451
70
236
45
130
216
97
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379
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20
125
949
699
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278
429
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248
48
138
182
-36
146
379
234
20
125
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670
328
278
422
74
248
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142
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19
126
886
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320
277
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110
136
-222
-86
385
235
19
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865
628
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283
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244
50
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-253
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235
20
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848
616
321
325
401
76
224
50
98
126
54
180
1
1 377
87
-152
532
520
376
84
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281
-152
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131
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47
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476
477
6
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110
251
210
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21
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110
38
19
379
56
333
-10
116
-3
-539
-258
-542
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-1
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328
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382
-60
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234
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30
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579
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-3
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17
680
44
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368
184
54
243
36
530
156
146
-2
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-1 950
-345
-122
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-1 968
-345
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192
43
-237
-185
465
-201
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-1 341
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-474
-208
-100
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-52
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-474
-4
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658
33
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393
191
65
-266
-247
465
-138
-86
-1
-957
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-409
-245
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562
-118
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-1 418
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-40
50
575
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393
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22
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-131
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-118
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-83
-861
-1 338
-353
-70
17
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39
42
522
212
86
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14
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23
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15
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60
22
8
4
2
16
1
6
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7
1
Rendimento e poupança
Valor acrescentado líquido (a preços de base) (+)
Remuneração dos empregados (-)
Outros impostos líquidos de subsídios à produção (-)
= Excedente bruto de exploração (+)
Juros sobre débitos (+)
Juros sobre créditos (-)
Outros rendimentos de propriedade a receber (+)
Rendimentos de propriedade atribuídos aos tomadores de seguro e rendas (-)
= Rendimento empresarial líquido (+)
Variações do património líquido de fundos de pensões (-)
Rendimentos distribuídos (-)
Impostos sobre juros e património a pagar (-)
Transferências de capital líquidas e outras transferências líquidas (+)
= Variações do património líquido resultantes de transações (+)
Outras variações do património líquido (+)
= Variações do património líquido
Investimento, financiamento e poupança
Aquisição líquida de ativos não financeiros (+)
Investimento financeiro (+)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito
Empréstimos
dos quais: de longo prazo
Ações e outras participações
Outros ativos financeiros
Financiamento (-)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito
Empréstimos
dos quais: de longo prazo
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
Regimes de seguro e de pensões
Outros passivos
Outras variações de ativos financeiros (+)
dos quais: títulos de crédito
dos quais: ações e outras participações
Outras variações de passivos financeiros (-)
= Variações do património líquido
Conta de património financeiro
Ativos financeiros (+)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito
Empréstimos
dos quais: de longo prazo
Ações e outras participações
Outros ativos financeiros
Passivos financeiros (-)
Numerário e depósitos
Títulos de crédito
Empréstimos
dos quais: de longo prazo
Ações e outras participações
Ações cotadas
Ações não cotadas e outras participações
Participações em fundos de investimento
Regimes de seguro e de pensões
Outros passivos
Fontes: BCE e Eurostat.
E 32
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
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12
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13
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22
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2
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495
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824
148
603
809
938
382
488
558
593
6
7
6
1
807
320
471
163
297
195
657
897
577
565
274
664
028
963
379
686
657
741
255
889
342
799
151
566
659
363
065
423
046
610
410
068
442
901
691
674
868
391
279
668
148
050
480
054
531
253
982
630
936
184
661
092
749
551
474
245
605
692
199
319
613
643
354
248
034
716
440
274
790
376
906
608
295
066
929
840
220
791
668
205
228
253
077
700
878
267
858
752
062
652
3.5 Famílias e sociedades não financeiras, indicadores de síntese
(percentagens com base em transações acumuladas de quatro trimestres; taxas de variação homólogas (%))
2009
2010
2011
15.0
9.3
96.6
662.2
13.8
9.1
97.9
672.6
13.1
9.0
97.6
663.6
-0.2
-0.3
-1.8
9.2
2.8
2.4
1.4
1.0
2.4
-7.1
2.4
2.7
2.2
1.8
2.7
-3.6
1.9
1.3
24.7
21.5
-
26.6
21.5
-
26.5
22.1
-
-4.9
-9.8
-12.2
-14.6
1.0
0.1
2.9
5.2
11.0
2.8
4.8
2.4
3.6
3.9
3.1
6.6
3.3
2.1
2012
2013
T2
2013
T3
2013
T4
2014
T1
2014
T2
13.3
8.3
95.8
663.4
13.2
8.4
95.3
663.5
13.0
8.3
95.3
669.2
1.7
2.5
0.7
14.5
1.7
-0.4
1.9
1.1
1.4
-0.9
1.6
0.0
2.0
0.9
1.6
-2.8
1.7
0.8
24.0
21.7
128.0
46.5
24.2
21.8
126.8
46.2
24.2
21.7
127.4
46.0
0.7
-3.0
-9.1
1.3
1.0
0.7
2.0
2.3
6.0
3.6
1.0
0.5
1.3
0.1
0.5
0.2
1.2
0.5
percentagem de rendimento disponível bruto ajustado
Famílias
Taxa de poupança
Taxa de investimento
Rácio da dívida
Rácio do património líquido
12.9
8.7
97.3
666.3
12.8
8.5
97.0
663.8
12.9
8.5
96.6
666.5
taxas de variação homólogas (%)
Remuneração dos empregados
Rendimento disponível bruto (ajustado)
Despesa de consumo final
Poupança bruta
Investimento financeiro
Financiamento
1.1
0.3
0.5
-1.2
1.8
0.5
0.5
-0.3
0.2
-3.0
2.0
-0.1
1.1
1.5
1.2
3.9
1.8
-0.3
percentagem de valor acrescentado bruto (salvo indicação em contrário)
Sociedades não financeiras
Participação nos lucros
Taxa de investimento
Rácio da dívida (em relação ao PIB)
Rácio de alavancagem (dívida em relação ao passivo total)
25.0
22.0
-
24.8
21.7
130.2
49.1
24.6
21.7
129.6
47.5
taxas de variação homólogas (%)
Valor acrescentado bruto
Excedente de exploração bruto e rendimento misto
Rendimento empresarial líquido
Formação bruta de capital fixo
Investimento financeiro
Financiamento
0.6
-1.4
-5.1
0.2
1.0
0.8
0.6
-0.3
-2.2
-0.8
1.2
0.9
0.7
-0.8
-3.2
0.1
1.4
1.0
G15 Dívida e património líquido das famílias
G16 Dívida e alavancagem das sociedades não financeiras
(percentagens de rendimento disponível bruto ajustado)
(percentagens do PIB e percentagens do passivo total, respetivamente)
rácio da dívida (em relação ao PIB, escala da esquerda)
rácio de alavancagem (dívida em relação ao passivo total,
escala da direita)
rácio da dívida (escala da esquerda)
rácio do património líquido (escala da direita)
98.0
680.0
97.5
675.0
97.0
670.0
96.5
665.0
96.0
660.0
95.5
655.0
95.0
650.0
94.5
2009
2010
2011
2012
2013
645.0
131.5
50.5
131.0
50.0
130.5
49.5
130.0
49.0
129.5
48.5
129.0
48.0
128.5
47.5
128.0
47.0
127.5
46.5
127.0
46.0
126.5
T4
T1
T2
T3
T4
T1
T2
45.5
2013
Fontes: BCE e Eurostat.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 33
4
MERCADOS FINANCEIROS
4.1 Títulos exceto ações, por prazo original, residência do emitente e moeda
(EUR mil milhões e taxas de crescimento no período; dados corrigidos de sazonalidade; transações durante o mês e saldos em fim de período; valores nominais)
Total em euros 1)
Por residentes na área do euro
Em euros
Saldos
Em todas as moedas
Emissões
brutas
Emissões
líquidas
Saldos
Emissões
brutas
1
2
3
4
5
2013 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
16 808.3
16 809.8
16 919.2
16 742.9
16 764.3
16 835.2
16 814.5
16 792.7
16 897.0
16 874.3
16 853.1
16 796.3
16 807.9
607.9
644.0
598.4
517.6
795.4
628.8
650.9
682.9
731.2
598.1
558.5
336.3
511.2
10.2
2.5
109.7
-186.1
21.4
66.7
-21.6
-20.3
104.2
-23.4
-21.7
-56.9
12.3
14 559.4
14 548.5
14 630.1
14 456.8
14 487.8
14 545.8
14 512.7
14 477.1
14 581.3
14 537.7
14 496.6
14 435.1
14 407.0
557.3
573.8
539.6
479.4
739.4
575.6
581.8
619.7
658.2
522.5
500.6
300.7
428.9
2013 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
15 542.7
15 569.7
15 685.5
15 586.4
15 550.8
15 614.3
15 566.2
15 575.1
15 672.7
15 687.1
15 644.3
15 586.4
15 618.0
223.7
249.5
252.0
155.1
273.7
231.8
257.1
273.7
327.5
253.9
218.9
76.2
237.6
16.9
27.0
114.6
-99.6
-34.5
63.3
-49.4
9.1
98.4
12.7
-44.6
-57.8
31.6
13 372.6
13 381.0
13 472.6
13 382.3
13 349.3
13 402.9
13 350.4
13 339.1
13 445.4
13 447.0
13 381.2
13 324.9
13 328.0
190.6
199.4
210.1
134.2
237.4
197.6
209.1
227.5
278.4
200.7
180.2
65.1
179.7
Emissões
líquidas
6
Total
-6.8
-9.8
81.9
-183.1
30.9
53.9
-34.0
-34.1
104.0
-44.3
-42.1
-61.7
-27.0
Longo prazo
6.0
8.6
90.6
-90.8
-31.8
53.4
-53.9
-11.2
107.1
0.0
-68.3
-56.3
3.4
Saldos
Emissões
brutas
Emissões
Taxas de
líquidas crescimento
homólogas
Corrigidas de sazonalidade
2)
Emissões Taxas de crescilíquidas mento a 6 meses
7
8
9
10
11
12
16 517.5
16 484.0
16 571.1
16 352.1
16 459.7
16 516.9
16 464.1
16 424.2
16 570.6
16 552.8
16 532.7
16 480.0
16 512.4
668.1
706.8
670.8
577.4
890.4
694.6
677.8
711.6
784.8
637.5
609.2
402.8
547.7
-5.2
-22.3
85.7
-220.0
89.8
66.3
-53.4
-36.6
130.5
-18.2
-35.9
-63.7
-0.8
-0.7
-1.0
-0.8
-1.3
-0.8
-0.6
-0.8
-1.0
-0.8
-0.5
-0.2
-0.5
-0.5
29.0
-32.0
9.2
-109.8
63.2
2.8
-43.9
-41.6
42.2
28.1
1.7
-27.5
29.5
-0.3
-0.5
-0.5
-1.6
-0.3
-0.5
-1.3
-1.4
-1.1
0.6
-0.1
-0.5
0.4
15 080.7
15 074.6
15 182.0
15 070.8
15 080.6
15 129.6
15 073.1
15 061.8
15 205.6
15 221.3
15 164.5
15 114.1
15 171.2
216.7
228.6
240.2
149.6
290.3
228.5
238.5
250.3
322.5
246.7
206.6
76.0
216.8
15.5
2.9
105.8
-102.6
-3.9
61.4
-57.5
-9.4
130.8
15.2
-72.7
-59.5
26.9
0.1
-0.1
0.2
0.1
0.0
0.3
-0.1
-0.1
0.2
0.4
0.5
0.2
0.2
43.1
-6.7
30.4
-27.8
1.3
-0.3
-38.0
-19.0
51.8
29.6
-13.7
-20.6
50.1
0.4
0.5
0.7
0.4
0.9
0.5
-0.5
-0.7
-0.4
0.3
0.1
-0.1
1.0
G17 Total dos saldos e das emissões brutas de títulos exceto ações emitidos por residentes na área do euro
(EUR mil milhões)
total das emissões brutas (escala da direita)
total dos saldos (escala da esquerda)
saldos em euros (escala da esquerda)
18000
1800
16000
1600
14000
1400
12000
1200
10000
1000
8000
800
6000
600
4000
400
2000
200
0
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Fontes: BCE e BIS (para emissões por não residentes na área do euro).
1) Total dos títulos exceto ações denominados em euros emitidos por residentes na área do euro e por não residentes na área do euro.
2) Para pormenores relativamente ao cálculo das taxas de crescimento, ver as Notas Técnicas. As taxas de crescimento a 6 meses foram anualizadas.
E 34
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2012
2013
2014
0
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Mercados
financeiros
4.2 Títulos exceto ações emitidos por residentes na área do euro, por setor do emitente e tipo de instrumento
(EUR mil milhões; transações durante o mês e saldos em fim de período; valores nominais)
1. Saldos e emissões brutas
Emissões brutas 1)
Saldos
Total
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Sociedades do setor
não monetário
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
1
2
3
4
Administração
central
Total
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Outras
administrações
públicas
5
Sociedades do setor
não monetário
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
Administração
central
Outras
administrações
públicas
6
7
8
9
10
11
12
6 274
684
6 558
674
6 558
674
6 699
681
6 828
682
6 783
696
6 828
682
6 790
680
6 775
687
6 783
696
Curto prazo
606
64
571
52
571
52
579
57
572
51
576
49
572
51
577
44
573
47
576
49
Longo prazo 2)
5 668
620
5 988
622
5 988
622
6 120
624
6 256
631
6 206
647
6 256
631
6 213
636
6 201
640
6 206
647
958
730
652
754
711
520
638
609
403
548
589
385
341
371
325
212
286
233
191
211
81
65
58
71
83
64
68
88
38
64
68
64
65
69
74
49
62
64
33
49
187
188
163
202
195
165
183
190
119
185
33
29
25
41
35
31
39
34
22
38
703
513
446
502
438
353
391
403
327
331
490
315
269
289
246
165
218
181
162
153
37
27
23
35
21
34
18
52
27
22
52
47
45
50
54
37
40
45
30
36
104
103
91
100
92
97
86
105
91
95
21
21
18
27
25
21
29
21
16
25
255
217
206
252
273
166
247
207
76
217
99
69
72
82
79
46
67
52
29
58
45
38
35
36
62
30
50
37
11
43
16
17
20
19
20
12
22
20
3
13
84
85
72
102
103
68
97
85
28
90
12
8
7
14
9
11
10
13
6
13
54
36
37
46
38
24
40
30
11
31
18
19
18
20
38
16
19
17
7
23
15
14
18
16
18
10
19
16
2
12
71
69
59
90
82
59
86
72
23
82
7
6
5
11
7
8
7
8
4
12
38
28
31
31
37
17
22
16
12
22
25
17
16
13
20
12
25
17
2
17
1
2
2
3
2
2
2
4
0
1
8
11
10
8
17
6
8
11
2
4
5
2
2
3
2
2
4
5
2
1
Total
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
16 594
16 352
16 352
16 464
16 553
16 512
16 553
16 533
16 480
16 512
5 400
4 888
4 888
4 820
4 738
4 672
4 738
4 702
4 684
4 672
3 256
3 183
3 183
3 188
3 209
3 239
3 209
3 248
3 219
3 239
980
1 050
1 050
1 076
1 096
1 123
1 096
1 113
1 116
1 123
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
1 489
1 281
1 281
1 391
1 331
1 341
1 331
1 368
1 366
1 341
601
474
474
530
516
509
516
516
527
509
136
111
111
143
113
126
113
145
133
126
82
74
74
82
79
81
79
87
86
81
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
15 106
15 071
15 071
15 073
15 221
15 171
15 221
15 164
15 114
15 171
4 799
4 414
4 414
4 290
4 223
4 163
4 223
4 186
4 157
4 163
3 120
3 072
3 072
3 045
3 095
3 113
3 095
3 103
3 086
3 113
898
975
975
994
1 017
1 042
1 017
1 027
1 030
1 042
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
10 431
10 676
10 676
10 748
10 931
10 933
10 931
10 896
10 862
10 933
2 809
2 646
2 646
2 563
2 539
2 507
2 539
2 524
2 500
2 507
1 211
1 316
1 316
1 316
1 390
1 417
1 390
1 404
1 401
1 417
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
4 245
3 980
3 980
3 908
3 875
3 837
3 875
3 856
3 839
3 837
1 734
1 562
1 562
1 529
1 491
1 465
1 491
1 470
1 466
1 465
1 812
1 651
1 651
1 615
1 581
1 571
1 581
1 575
1 562
1 571
dos quais: a taxa fixa de longo prazo
809
5 157
444
165
875
5 386
452
144
875
5 386
452
137
888
5 521
461
183
909
5 626
467
183
929
5 597
483
117
909
5 626
467
170
915
5 582
471
142
919
5 567
475
48
929
5 597
483
161
dos quais: a taxa variável de longo prazo
86
439
175
78
97
501
169
61
97
501
169
61
100
501
163
58
101
538
163
77
105
531
164
39
101
538
163
61
105
542
165
52
105
542
165
19
105
531
164
45
Fonte: BCE.
1) Os dados mensais relativos a emissões brutas referem-se a transações durante o mês. Para efeitos de comparação, os dados trimestrais e anuais referem-se às respetivas médias
mensais.
2) A diferença residual entre o total dos títulos de dívida de longo prazo e os títulos de dívida de longo prazo a taxa fixa e a taxa variável consiste em obrigações de cupão zero e
efeitos de reavaliação.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 35
4.2 Títulos exceto ações emitidos por residentes na área do euro, por setor do emitente e tipo de instrumento
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; transações durante o período; valores nominais)
2. Emissões líquidas
Não corrigidas de sazonalidade 1)
Total
Sociedades do setor
não monetário
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
1
2
3
Corrigidas de sazonalidade 1)
4
Administração
central
Total
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Outras
administrações
públicas
5
Sociedades do setor
não monetário
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
Administração
central
Outras
administrações
públicas
6
7
8
9
10
11
12
Total
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
20.5
-17.4
-52.2
34.2
25.2
-33.4
-18.2
-35.9
-63.7
-0.8
-8.2
-39.8
-35.4
-21.0
-28.4
-30.3
-46.5
-40.9
-23.4
-26.7
2.0
-7.6
-22.5
-2.5
5.8
4.4
-23.7
32.4
-31.3
12.0
10.4
6.6
3.2
8.6
6.0
5.3
3.1
14.4
1.0
0.6
13.1
24.0
0.9
46.9
41.6
-16.4
41.7
-39.0
-16.1
5.8
3.1
-0.6
1.4
2.3
0.2
3.6
7.3
-2.9
6.2
7.6
-44.2
7.4
9.6
1.2
28.1
1.7
-27.5
29.5
-29.8
-29.9
-27.8
-27.4
-29.4
-45.8
-23.2
-13.2
-37.1
2.2
5.2
14.2
9.3
33.1
-14.8
24.3
5.8
6.7
5.9
4.7
9.5
12.8
5.5
-4.2
16.2
27.6
25.4
4.6
31.4
2.3
-2.4
13.8
0.8
0.8
0.8
5.1
7.2
-0.7
7.4
8.7
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
30.3
0.7
2.0
0.0
45.5
-35.1
15.2
-72.7
-59.5
26.9
0.4
-29.4
-14.5
-38.9
-23.2
-27.0
-39.6
-41.9
-32.6
-6.5
-0.1
-4.2
-11.5
-11.9
15.6
0.2
-3.3
1.1
-19.7
19.1
10.2
7.2
8.5
5.9
7.1
4.7
7.1
6.8
1.7
5.6
Longo prazo
15.6
4.2
26.9
0.3
19.8
-0.2
44.1
0.7
44.1
2.0
-17.6
4.7
46.9
4.2
-43.7
5.0
-12.2
3.3
3.1
5.7
-1.4
-12.3
20.8
5.3
29.6
-13.7
-20.6
50.1
-9.7
-42.1
-28.7
-22.9
-39.9
-40.7
-27.4
-0.5
-23.3
-5.8
13.0
7.9
23.7
1.2
-3.8
26.2
8.7
6.2
6.9
4.4
7.3
8.2
5.8
-0.8
22.4
30.1
28.9
9.2
36.8
8.4
1.0
18.3
0.5
-0.7
0.7
6.6
1.7
9.2
3.9
6.8
G18 Emissões líquidas de títulos exceto ações: corrigidas e não corrigidas de sazonalidade
(EUR mil milhões; transações durante o mês; valores nominais)
emissões líquidas
emissões líquidas, corrigidas de sazonalidade
250
250
200
200
150
150
100
100
50
50
0
0
-50
-50
-100
-100
-150
-150
-200
-200
-250
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-250
Fonte: BCE.
1) Os dados mensais relativos a emissões líquidas referem-se a transações durante o mês. Para efeitos de comparação, os dados trimestrais e anuais referem-se às respetivas médias
mensais.
E 36
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Mercados
financeiros
4 . 3 T a x a s d e c r e s c i m e n t o d o s t í t u l o s e x c e t o a ç õ e s e m i t i d o s p o r r e s i d e n t e s n a á r e a d o e u r o 1)
(variações em percentagem)
Taxas de crescimento homólogas (não corrigidas de sazonalidade)
Total
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Sociedades do setor
não monetário
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
1
2
3
Taxas de crescimento a 6 meses corrigidas de sazonalidade
Administração
central
4
Total
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Outras
administrações
públicas
5
Sociedades do setor
não monetário
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
Administração
central
Outras
administrações
públicas
6
7
8
9
10
11
12
4.1
-3.8
3.8
-4.1
4.0
-2.6
4.6
-1.1
4.4
-2.0
4.5
0.7
4.2
-0.7
4.7
-1.9
3.8
-1.2
4.0
0.8
3.9
1.6
3.6
1.7
3.3
3.4
Longo prazo
4.4
0.3
4.2
0.8
4.8
0.4
5.7
0.6
5.5
-1.1
5.6
1.8
5.4
1.0
5.9
0.5
4.9
0.7
5.2
1.3
5.2
2.8
4.8
2.7
4.6
3.5
-0.3
-0.5
-0.5
-1.6
-0.3
-0.5
-1.3
-1.4
-1.1
0.6
-0.1
-0.5
0.4
-8.3
-7.4
-6.2
-7.3
-4.9
-5.9
-7.0
-7.7
-8.0
-6.9
-9.2
-8.2
-6.8
1.6
-0.5
-1.3
-5.8
-4.4
-4.3
-6.3
-6.9
-3.6
1.4
2.1
0.9
3.7
8.1
7.8
10.8
9.8
12.6
9.7
7.3
5.0
5.3
7.3
5.7
7.0
6.0
4.4
4.4
3.0
3.1
3.3
3.9
4.0
4.9
4.5
4.9
4.6
3.3
2.7
-2.8
-4.6
-2.0
0.1
1.8
2.3
1.4
1.0
-0.5
1.4
1.3
1.0
5.3
0.4
0.5
0.7
0.4
0.9
0.5
-0.5
-0.7
-0.4
0.3
0.1
-0.1
1.0
-8.2
-6.8
-5.1
-4.7
-3.8
-5.8
-6.9
-7.7
-8.6
-9.4
-9.8
-8.7
-7.1
1.4
-0.2
-1.0
-3.7
-2.6
-2.9
-5.5
-6.3
-2.5
1.4
0.5
0.3
4.1
9.2
9.1
13.1
12.9
13.8
11.7
9.6
7.5
7.9
8.2
7.3
7.7
6.9
5.4
5.5
4.3
4.4
4.6
5.3
5.4
6.4
5.6
6.0
5.9
4.4
3.8
2.1
1.4
1.6
2.6
1.2
2.7
-0.2
-0.5
-0.3
0.0
4.4
2.6
7.2
Total
2013 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
-0.7
-1.0
-0.8
-1.3
-0.8
-0.6
-0.8
-1.0
-0.8
-0.5
-0.2
-0.5
-0.5
-8.9
-9.0
-8.8
-8.9
-8.1
-7.8
-7.7
-7.6
-7.1
-7.1
-7.1
-7.1
-6.9
1.6
0.6
0.6
-2.8
-1.8
-2.0
-2.4
-3.7
-2.4
-2.2
-1.2
-1.8
-1.4
10.0
9.9
10.0
8.1
9.6
8.6
7.8
6.4
7.8
8.6
9.0
8.3
6.7
2013 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
0.1
-0.1
0.2
0.1
0.0
0.3
-0.1
-0.1
0.2
0.4
0.5
0.2
0.2
-7.5
-7.5
-7.4
-7.4
-7.6
-7.7
-7.6
-7.3
-6.9
-7.1
-6.9
-7.3
-7.0
1.2
0.4
0.5
-1.6
-0.9
-0.5
-2.2
-3.3
-1.7
-1.2
-1.1
-1.3
-0.7
11.0
10.7
10.7
9.7
10.1
10.0
9.5
8.4
10.4
10.5
10.5
9.7
8.2
G19 Taxas de crescimento homólogas de títulos de dívida de longo prazo, por setor do emitente, no conjunto de todas as moedas
(taxas de variação homólogas (%))
administrações públicas
IFM (incluindo o Eurosistema)
sociedades do setor não monetário
35
35
30
30
25
25
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
-5
-5
-10
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-10
Fonte: BCE.
1) Para pormenores relativamente ao cálculo das taxas de crescimento, ver as Notas Técnicas. As taxas de crescimento a 6 meses foram anualizadas.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 37
4.3 Taxas de crescimento dos títulos exceto ações emitidos por residentes na área do euro 1) (cont.)
(variações em percentagem)
Taxa fixa de longo prazo
Total
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Taxa variável de longo prazo
Sociedades do setor
não monetário
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
13
14
15
16
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2013 Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
5.3
3.3
2.3
1.8
1.9
2.1
1.7
2.1
2.2
2.3
1.8
2.0
4.1
-3.2
-5.0
-5.9
-6.2
-6.1
-6.5
-5.8
-6.1
-5.6
-6.5
-6.2
1.9
6.7
5.3
1.4
2.0
3.0
0.9
3.5
2.7
3.0
2.8
3.4
10.4
13.5
10.4
9.6
9.2
9.4
8.0
10.1
10.1
9.9
9.3
8.1
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2013 Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
5.5
3.1
2.0
1.6
1.8
1.6
1.5
2.1
1.9
1.9
1.3
1.5
4.6
-4.0
-6.0
-7.1
-7.6
-8.1
-7.8
-7.2
-7.7
-7.5
-8.7
-8.6
0.7
4.1
2.9
-1.2
1.2
2.2
-0.6
3.8
2.0
2.5
1.7
2.5
10.7
14.6
11.3
9.4
8.4
8.3
7.6
9.2
8.9
8.5
8.5
7.0
Administração
central
Total
IFM
(incluindo o
Eurosistema)
Outras
administrações
públicas
Em euros
7.2
4.1
2.8
1.7
2.2
4.7
2.3
1.8
2.6
4.4
4.8
7.0
Administrações
públicas
Sociedades Sociedades
financeiras
não
exceto IFM financeiras
17
18
19
No conjunto de todas as moedas
5.9
7.3
-0.9
4.6
4.1
-7.2
4.3
2.6
-6.7
4.9
1.8
-5.1
4.8
2.6
-5.3
4.5
4.6
-5.0
5.0
2.6
-5.4
4.6
2.1
-5.5
4.9
3.0
-5.0
4.7
4.5
-4.9
4.2
4.8
-5.0
4.4
6.1
-5.1
6.0
4.6
4.3
4.9
4.9
4.4
5.1
4.7
4.8
4.6
4.2
4.2
Sociedades do setor
não monetário
-0.6
-7.6
-7.2
-5.8
-6.0
-5.6
-6.0
-6.2
-6.0
-5.5
-5.5
-5.7
Administração
central
Outras
administrações
públicas
20
21
22
23
24
-0.3
-7.5
-9.8
-8.5
-6.9
-7.5
-6.8
-6.9
-6.9
-7.7
-7.8
-7.5
-4.9
-9.6
-8.1
-7.5
-9.5
-8.8
-10.2
-9.7
-8.8
-8.8
-9.0
-8.4
-0.4
5.1
12.2
14.2
14.4
12.3
14.3
15.2
12.7
14.3
12.1
8.7
6.6
-1.3
6.5
12.8
11.3
13.2
13.8
9.5
10.8
14.3
14.3
11.0
23.3
-0.8
-4.1
-2.5
-3.9
-2.6
-5.0
-3.0
-3.1
-1.7
-2.9
-3.4
2.0
-7.2
-10.3
-9.3
-7.8
-8.4
-7.6
-7.8
-8.0
-8.6
-8.6
-8.1
-6.5
-10.8
-9.0
-8.7
-10.9
-10.4
-11.6
-11.1
-10.8
-10.5
-10.2
-10.2
-1.5
6.4
13.4
13.5
13.6
11.4
13.4
14.4
11.7
13.0
10.9
8.9
6.3
-1.8
6.4
12.9
11.6
13.7
14.2
9.8
11.2
14.9
15.0
11.6
22.9
-1.2
-4.5
-2.7
-3.1
-0.5
-4.3
-2.1
-1.6
0.6
-0.7
-1.2
G20 Taxas de crescimento homólogas de títulos de dívida de curto prazo, por setor do emitente, no conjunto de todas as moedas
(taxas de variação homólogas (%))
administrações públicas
IFM (incluindo o Eurosistema)
sociedades do setor não monetário
80
80
60
60
40
40
20
20
0
0
-20
-20
-40
-40
-60
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-60
Fonte: BCE.
1) As taxas de variação homólogas (%) dos dados mensais referem-se ao final do mês, enquanto as dos dados trimestrais e anuais se referem à variação homóloga da média do
período. Para mais pormenores, ver as Notas Técnicas.
E 38
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Mercados
financeiros
4 . 4 A ç õ e s c o t a d a s e m i t i d a s p o r r e s i d e n t e s n a á r e a d o e u r o 1)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; valores de mercado)
1. Saldos e taxas de crescimento homólogas
(saldos em fim de período)
Total
2012 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2013 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
IFM
Sociedades financeiras exceto IFM
Sociedades não financeiras
Total
Índice:
Dez. 2008 =
100
Taxas
de crescimento
homólogas (%)
Total
Taxas
de crescimento
homólogas (%)
Total
Taxas
de crescimento
homólogas (%)
Total
Taxas
de crescimento
homólogas (%)
1
4 320.1
4 402.0
4 480.1
4 594.2
4 758.7
4 749.5
4 752.5
4 849.9
4 978.3
4 775.5
4 988.7
4 969.0
5 209.3
5 478.0
5 571.3
5 642.7
5 556.9
5 832.9
5 883.6
5 914.3
6 009.2
6 017.2
5 872.6
5 923.1
5 936.1
2
106.8
106.9
106.8
107.0
107.1
106.9
106.7
106.6
106.9
107.7
107.7
107.7
107.7
107.6
107.8
107.9
108.1
108.2
108.3
108.5
108.7
109.2
109.2
109.2
109.3
3
0.9
1.0
0.9
0.9
0.8
0.6
0.4
0.2
0.4
1.0
1.0
0.9
0.9
0.7
0.9
0.9
1.0
1.3
1.5
1.7
1.7
1.4
1.4
1.4
1.5
4
365.9
384.9
397.5
404.6
445.2
418.5
382.4
412.5
443.4
415.7
449.7
463.8
495.4
557.2
562.7
569.0
597.7
637.8
642.6
639.1
642.6
629.3
626.8
638.0
651.4
5
4.9
5.0
5.5
4.9
2.6
2.7
2.2
0.9
1.9
7.6
7.9
7.8
7.8
7.6
7.1
7.2
8.9
8.9
9.0
11.1
10.7
6.5
6.9
6.9
6.9
6
383.1
395.8
393.2
415.0
435.4
433.2
440.5
463.9
484.6
470.2
465.8
464.4
480.9
512.7
524.2
540.7
527.0
548.6
549.4
548.3
543.6
537.8
531.9
545.4
547.6
7
2.3
2.4
1.9
2.0
2.1
2.2
2.2
2.3
2.2
2.2
1.6
1.1
0.7
0.9
0.9
0.6
0.7
1.8
1.9
1.7
1.7
2.9
3.8
3.6
3.7
8
3 571.2
3 621.4
3 689.3
3 774.6
3 878.2
3 897.8
3 929.6
3 973.5
4 050.3
3 889.5
4 073.2
4 040.9
4 233.0
4 408.1
4 484.3
4 533.0
4 432.2
4 646.5
4 691.6
4 726.9
4 823.0
4 850.1
4 713.9
4 739.8
4 737.1
9
0.4
0.4
0.3
0.4
0.5
0.3
0.0
-0.1
0.1
0.2
0.2
0.2
0.1
-0.1
0.2
0.2
0.1
0.3
0.6
0.7
0.6
0.6
0.4
0.5
0.6
G21 Taxas de crescimento homólogas das ações cotadas emitidas por residentes na área do euro
(taxas de variação homólogas (%))
IFM
sociedades financeiras exceto IFM
sociedades não financeiras
14
14
12
12
10
10
8
8
6
6
4
4
2
2
0
0
-2
-2
-4
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-4
Fonte: BCE.
1) Para pormenores relativamente ao cálculo do índice e das taxas de crescimento, ver as Notas Técnicas.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 39
4.4 Ações cotadas emitidas por residentes na área do euro
(EUR mil milhões; valores de mercado)
2. Transações durante o mês
Total
IFM
Emissões Reembolsos
brutas
1
2.9
6.3
3.9
21.6
4.6
4.1
0.7
3.2
13.4
39.1
5.5
1.7
0.9
2.6
10.9
16.6
18.9
8.7
2.9
13.9
13.8
30.7
11.1
2.2
6.9
2012 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2013 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Emissões
líquidas
2
0.5
1.8
5.9
16.2
0.3
11.4
10.6
5.9
1.8
1.9
3.0
2.3
1.7
7.5
2.1
9.4
7.8
2.3
2.4
3.1
2.8
1.9
7.7
1.9
1.7
3
2.3
4.5
-2.0
5.4
4.3
-7.3
-9.9
-2.8
11.5
37.1
2.4
-0.7
-0.8
-4.9
8.8
7.2
11.1
6.4
0.5
10.9
11.0
28.8
3.4
0.3
5.2
Sociedades financeiras exceto IFM
Emissões Reembolsos
brutas
4
0.1
0.5
2.5
0.0
0.0
0.3
0.0
0.4
5.5
29.2
1.4
0.0
0.1
0.1
0.8
0.0
9.1
0.7
0.0
4.5
6.0
16.0
4.5
0.0
0.0
5
0.0
0.0
0.0
0.5
0.0
0.0
0.1
5.2
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.3
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
Emissões
líquidas
6
0.1
0.5
2.5
-0.5
0.0
0.3
-0.1
-4.8
5.5
29.1
1.4
0.0
0.1
0.1
0.8
0.0
8.9
0.7
0.0
4.5
6.0
16.0
4.5
0.0
0.0
Emissões Reembolsos
brutas
7
1.2
0.5
0.1
1.8
0.2
0.3
0.0
1.7
0.8
0.3
0.6
0.5
0.0
1.3
0.2
1.1
0.5
6.4
0.6
1.4
1.3
7.0
3.1
0.1
0.0
Emissões
líquidas
8
0.1
0.1
0.1
0.0
0.1
0.0
0.3
0.0
0.0
0.3
1.9
0.5
0.6
0.1
0.1
0.0
0.1
0.3
0.6
0.2
0.4
0.3
0.1
0.9
0.3
9
1.0
0.4
0.0
1.8
0.1
0.3
-0.3
1.6
0.8
0.1
-1.4
0.0
-0.6
1.2
0.1
1.1
0.3
6.1
0.0
1.3
0.8
6.6
3.0
-0.8
-0.3
Sociedades não financeiras
Emissões Reembolsos
brutas
10
1.7
5.3
1.3
19.8
4.3
3.5
0.6
1.1
7.0
9.6
3.5
1.1
0.7
1.2
9.9
15.6
9.4
1.6
2.3
8.0
6.5
7.8
3.4
2.1
6.9
Emissões
líquidas
11
0.4
1.7
5.8
15.7
0.2
11.4
10.1
0.7
1.8
1.7
1.1
1.8
1.1
7.4
2.0
9.4
7.4
2.0
1.8
2.9
2.3
1.6
7.6
0.9
1.3
12
1.3
3.6
-4.5
4.1
4.1
-7.8
-9.4
0.4
5.2
7.9
2.4
-0.7
-0.3
-6.2
7.9
6.2
1.9
-0.4
0.5
5.1
4.1
6.2
-4.1
1.2
5.5
G22 Emissões brutas de ações cotadas, por setor do emitente
(EUR mil milhões; transações durante o mês; valores de mercado)
sociedades não financeiras
IFM
sociedades financeiras exceto IFM
90
90
80
80
70
70
60
60
50
50
40
40
30
30
20
20
10
10
0
1999
2000
Fonte: BCE.
E 40
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
0
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Mercados
financeiros
4 . 5 T a x a s d e j u r o d a s I F M d o s d e p ó s i t o s e e m p r é s t i m o s d e n o m i n a d o s e m e u r o s d e r e s i d e n t e s n a á r e a d o e u r o 1)
(percentagens por ano; saldos em fim de período, novas operações como média do período, salvo indicação em contrário)
1. Taxas de juro dos depósitos (novas operações)
Depósitos de famílias
Overnight
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
1
0.29
0.29
0.28
0.28
0.28
0.27
0.27
0.27
0.24
0.24
0.23
0.22
Acordos de
reporte
Depósitos de sociedades não financeiras
Com prazo acordado
Até 1 ano
Entre 1 e 2
anos
Superior a 2
anos
2
1.60
1.58
1.66
1.60
1.57
1.57
1.42
1.35
1.32
1.23
1.21
1.12
3
1.76
1.66
1.64
1.63
1.50
1.44
1.31
1.24
1.21
1.12
1.08
1.02
4
2.02
1.91
1.95
1.93
1.86
1.83
1.72
1.74
1.75
1.66
1.70
1.65
Overnight
Reembolsáveis
com pré-aviso2)
Até 3 meses
Superior
a 3 meses
5
1.12
1.11
1.09
1.11
1.07
1.06
1.05
1.04
1.01
0.93
0.92
0.91
6
1.11
1.07
1.05
1.03
1.01
0.99
0.96
0.92
0.90
0.90
0.88
0.85
Com prazo acordado
Até 1 ano
Entre 1 e 2
anos
Superior a 2
anos
8
0.75
0.79
0.71
0.63
0.65
0.70
0.61
0.57
0.57
0.47
0.50
0.48
9
1.57
1.52
1.42
1.42
1.37
1.24
1.26
1.13
1.14
1.13
1.01
0.91
10
1.73
1.63
1.81
1.75
1.58
1.60
1.38
1.52
1.49
1.63
1.53
1.40
7
0.34
0.34
0.33
0.33
0.35
0.34
0.34
0.31
0.28
0.28
0.26
0.25
11
0.46
0.70
0.57
0.79
0.85
0.28
0.29
0.20
0.50
0.23
0.66
0.38
2. Taxas de juro dos empréstimos a famílias (novas operações)
Empréstimos
renováveis e
descobertos
Renovação
da dívida
de cartão
de crédito 3)
Crédito ao consumo
Por fixação inicial de taxa
Taxa
Entre
variável e 1 e 5 anos
até 1 ano
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
1
7.65
7.64
7.70
7.66
7.66
7.62
7.56
7.59
7.43
7.43
7.49
7.33
2
16.96
16.94
17.08
17.08
17.08
17.24
17.25
17.21
17.06
17.02
17.07
16.98
3
5.81
5.63
5.73
5.87
5.83
5.61
5.64
5.47
5.57
5.58
5.39
5.48
Crédito à habitação
TAEG 4)
4
6.05
6.20
6.08
6.02
5.94
5.83
5.96
5.89
5.80
5.73
5.79
5.69
5
7.75
7.44
7.73
7.68
7.54
7.50
7.58
7.45
7.38
7.34
7.29
7.27
TAEG 4)
Por fixação inicial de taxa
Taxa
Entre
variável e 1 e 5 anos
até 1 ano
Superior
a 5 anos
Empréstimos a empresas
individuais e sociedades
de pessoas
6
7.21
7.05
7.34
7.38
7.28
7.18
7.27
7.11
6.97
7.02
6.98
7.00
7
2.79
2.78
2.76
2.79
2.78
2.72
2.71
2.66
2.63
2.56
2.50
2.43
8
3.06
3.00
3.01
2.95
2.90
2.91
2.87
2.85
2.75
2.74
2.69
2.63
Entre 5 Superior
e 10 anos a 10 anos
9
3.15
3.15
3.12
3.09
3.03
3.00
2.96
2.89
2.81
2.73
2.63
2.56
10
3.31
3.32
3.31
3.27
3.23
3.24
3.14
3.09
2.99
2.87
2.83
2.79
Por fixação inicial de taxa
Taxa
Entre Superior
variável e 1 e 5 anos a 5 anos
até 1 ano
11
3.37
3.37
3.36
3.35
3.29
3.29
3.23
3.20
3.10
3.04
2.97
2.90
12
3.30
3.07
3.18
3.23
3.23
3.10
3.29
3.15
3.00
3.05
2.84
2.81
13
4.08
3.86
3.80
3.97
4.03
3.87
3.96
3.85
3.78
3.88
3.81
3.82
14
3.19
3.05
3.01
3.07
3.12
3.07
2.98
2.94
2.88
2.72
2.65
2.70
3. Taxas de juro dos empréstimos a sociedades não financeiras (novas operações)
Empréstimos
renováveis e
descobertos
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
1
3.95
3.97
4.03
3.99
3.95
3.98
3.92
3.88
3.76
3.71
3.69
3.61
Outros empréstimos até ao valor de 0.25 milhões de euros
por fixação inicial de taxa
Taxa
variável e
até 3 meses
Entre 3 meses
e 1 ano
2
4.54
4.52
4.59
4.52
4.58
4.57
4.50
4.29
4.32
4.18
3.98
3.98
3
4.71
4.49
4.68
4.59
4.49
4.48
4.51
4.37
4.31
4.28
4.04
3.94
Entre 1 e Entre 3 e
3 anos
5 anos
4
4.34
4.20
4.25
4.26
4.22
4.10
4.22
4.12
3.86
3.83
3.79
3.69
5
4.29
4.19
3.99
4.07
4.10
3.95
4.06
4.04
3.89
3.82
3.80
3.80
Outros empréstimos acima do valor de 1 milhão de euros
por fixação inicial de taxa
Entre 5 e Superior
10 anos a 10 anos
6
3.56
3.43
3.40
3.48
3.51
3.45
3.41
3.37
3.24
3.15
3.06
3.12
7
3.50
3.41
3.48
3.46
3.47
3.45
3.41
3.21
3.21
3.09
3.10
3.05
Taxa Entre 3 meses Entre 1 e Entre 3 e Entre 5 e Superior
variável e
e 1 ano
3 anos
5 anos 10 anos a 10 anos
até 3 meses
8
2.23
2.17
2.15
2.08
2.17
2.20
2.06
1.94
1.91
1.74
1.82
1.74
9
2.62
2.73
2.74
2.78
2.74
2.55
2.40
2.75
2.43
2.43
2.38
2.26
10
2.96
2.67
2.76
2.91
2.83
2.88
2.67
2.55
2.74
2.73
2.66
3.00
11
2.90
2.81
2.94
2.77
2.99
2.57
2.80
2.69
2.37
2.50
2.23
2.36
12
2.98
2.82
3.03
2.88
2.77
2.82
2.62
2.51
2.70
2.39
2.28
2.26
13
3.10
3.13
3.12
3.13
3.23
3.20
3.04
2.91
2.91
2.66
2.54
2.67
Fonte: BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Relativamente a esta categoria de instrumentos, as famílias e as sociedades não financeiras são fundidas e atribuídas ao setor das famílias, uma vez que os saldos das sociedades
não financeiras são negligenciáveis, em comparação com os do setor das famílias quando todos os Estados-Membros participantes estão agrupados.
3) Esta categoria de instrumentos exclui a dívida de cartão de crédito de conveniência, ou seja, crédito concedido a uma taxa de juro de 0% durante o ciclo de faturação.
4) A taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) cobre o custo total dos empréstimos. Estes custos totais englobam uma componente de taxa de juro e uma componente que
incorpora outros encargos (relacionados), tais como o custo de averiguações, administração, preparação da documentação e garantias.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 41
4 . 5 Taxas de juro das IFM dos depósitos e empréstimos denominados em euros de residentes na área do euro 1), *
(percentagens por ano; saldos em fim de período, novas operações como média do período, salvo indicação em contrário)
4. Taxas de juro dos depósitos (saldos)
Depósitos de famílias
Overnight
Com prazo acordado
Até 2 anos
1
0.29
0.29
0.28
0.28
0.28
0.27
0.27
0.27
0.24
0.24
0.23
0.22
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
2
2.02
1.94
1.87
1.84
1.79
1.75
1.70
1.65
1.59
1.54
1.50
1.44
Depósitos de sociedades não financeiras
Overnight
Reembolsáveis com pré-aviso 2)
Superior a
2 anos
3
2.60
2.57
2.55
2.59
2.53
2.52
2.48
2.48
2.44
2.43
2.43
2.39
Até 3 meses
Superior a
3 meses
5
1.11
1.07
1.05
1.03
1.01
0.99
0.96
0.92
0.90
0.90
0.88
0.85
4
1.12
1.11
1.09
1.11
1.07
1.06
1.05
1.04
1.01
0.93
0.92
0.91
Com prazo acordado
Até 2 anos
6
0.34
0.34
0.33
0.33
0.35
0.34
0.34
0.31
0.28
0.28
0.26
0.25
Acordos de
reporte
7
1.32
1.29
1.24
1.23
1.20
1.18
1.18
1.15
1.11
1.08
1.07
1.02
Superior a
2 anos
8
2.84
2.79
2.77
2.78
2.76
2.73
2.71
2.67
2.61
2.57
2.60
2.54
9
1.34
1.05
1.01
1.08
1.11
1.02
0.87
0.78
0.90
0.82
0.92
0.92
5. Taxas de juro dos empréstimos (saldos)
Empréstimos a famílias
Crédito à habitação,
com prazo
Até 1 ano Entre 1 e 5 anos
1
3.51
3.59
3.61
3.59
3.57
3.63
3.59
3.27
3.22
3.14
3.13
3.07
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
2
3.22
3.24
3.17
3.21
3.18
3.16
3.15
3.15
3.10
3.08
3.06
3.03
Empréstimos a sociedades não financeiras
Crédito ao consumo e outros
empréstimos, com prazo
Superior a
5 anos
3
3.34
3.33
3.31
3.37
3.33
3.31
3.29
3.29
3.26
3.23
3.24
3.21
Até 1 ano Entre 1 e 5 anos
4
7.52
7.49
7.59
7.64
7.62
7.51
7.50
7.49
7.40
7.39
7.45
7.36
G23 Novos depósitos com prazo acordado
5
6.11
6.08
6.08
6.20
6.10
6.11
6.10
6.12
6.05
6.04
6.05
5.99
Com prazo
Superior a
5 anos
6
4.79
4.77
4.77
4.84
4.77
4.79
4.77
4.79
4.76
4.76
4.75
4.72
Até 1 ano Entre 1 e 5 anos
7
3.59
3.61
3.67
3.63
3.62
3.63
3.57
3.51
3.44
3.38
3.34
3.25
8
3.28
3.29
3.29
3.33
3.30
3.30
3.28
3.28
3.22
3.18
3.13
3.07
Superior a
5 anos
9
3.12
3.14
3.13
3.17
3.13
3.14
3.13
3.13
3.08
3.06
3.05
3.02
G24 Novos empréstimos a taxa variável e fixação inicial
de taxa até 1 ano
(percentagens por ano excluindo encargos; médias do período)
(percentagens por ano excluindo encargos; médias do período)
por famílias, até 1 ano
por sociedades não financeiras, até 1 ano
por famílias, superior a 2 anos
por sociedades não financeiras, superior a 2 anos
a famílias, para consumo
a famílias, para aquisição de habitação
a sociedades não financeiras, até ao valor de 1 milhão de euros
a sociedades não financeiras, acima do valor de 1 milhão de euros
5.00
5.00
4.00
4.00
3.00
3.00
2.00
2.00
1.00
1.00
0.00
9.00
9.00
8.00
8.00
7.00
7.00
6.00
6.00
5.00
5.00
4.00
4.00
3.00
3.00
2.00
2.00
0.00 1.00
1.00
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: BCE.
* Para consultar a fonte dos dados apresentados no quadro e as notas correspondentes, ver a página E41.
E 42
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Mercados
financeiros
4.6 Taxas de juro do mercado monetário
(percentagens por ano; médias do período)
Área do euro 1), 2)
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Depósitos
overnight
(EONIA)
1
0.87
0.23
0.09
0.09
0.12
0.18
0.19
0.02
0.10
0.17
0.20
0.16
0.19
0.25
0.25
0.08
0.04
0.02
0.01
0.00
-0.01
Depósitos
a 1 mês
(EURIBOR)
2
1.18
0.33
0.13
0.13
0.16
0.23
0.22
0.07
0.13
0.21
0.22
0.22
0.23
0.25
0.26
0.15
0.10
0.09
0.02
0.01
0.01
Depósitos
a 3 meses
(EURIBOR)
3
1.39
0.57
0.22
0.22
0.24
0.30
0.30
0.16
0.22
0.27
0.29
0.29
0.31
0.33
0.32
0.24
0.21
0.19
0.10
0.08
0.08
G 2 5 T a x a s d o m e r c a d o m o n e t á r i o d a á r e a d o e u r o 1),
2)
(médias mensais; percentagens por ano)
Depósitos
a 6 meses
(EURIBOR)
4
1.64
0.83
0.34
0.34
0.35
0.40
0.39
0.27
0.33
0.37
0.40
0.39
0.41
0.43
0.42
0.33
0.30
0.29
0.20
0.18
0.18
Depósitos
a 12 meses
(EURIBOR)
5
2.01
1.11
0.54
0.54
0.53
0.56
0.57
0.44
0.51
0.54
0.56
0.55
0.58
0.60
0.59
0.51
0.49
0.47
0.36
0.34
0.33
Estados Unidos
Japão
Depósitos
a 3 meses
(LIBOR)
6
0.34
0.43
0.27
0.26
0.24
0.24
0.23
0.23
0.24
0.24
0.24
0.24
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
0.23
Depósitos
a 3 meses
(LIBOR)
7
0.19
0.19
0.15
0.15
0.14
0.14
0.13
0.13
0.14
0.15
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
0.13
0.13
0.13
0.12
0.11
0.11
G26 Taxas a 3 meses do mercado monetário
(médias mensais; percentagens por ano)
área do euro1), 2)
Japão
Estados Unidos
taxa a 1 mês
taxa a 3 meses
taxa a 12 meses
9.00
9.00
9.00
9.00
8.00
8.00
8.00
8.00
7.00
7.00
7.00
7.00
6.00
6.00
6.00
6.00
5.00
5.00
5.00
5.00
4.00
4.00
4.00
4.00
3.00
3.00
3.00
3.00
2.00
2.00
2.00
2.00
1.00
1.00
1.00
1.00
0.00
0.00
0.00
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
0.00
Fonte: BCE.
1) Antes de janeiro de 1999, as taxas sintéticas relativas à área do euro foram calculadas com base nas taxas nacionais ponderadas pelo PIB. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 43
4.7 Curvas de rendimentos da área do euro
1)
(obrigações das administrações centrais da área do euro com notação AAA; fim de período; taxas em percentagens por ano; diferenciais em pontos percentuais)
Taxas à vista
Taxas instantâneas dos contratos a prazo
3 meses
1 ano
2 anos
5 anos
7 anos
10 anos
1
0.00
0.06
0.08
0.02
0.08
0.16
0.05
-0.03
0.08
0.08
0.09
0.14
0.16
0.13
0.09
0.05
0.04
0.00
-0.03
-0.02
-0.02
2
0.09
-0.04
0.09
0.07
0.09
0.11
-0.01
-0.09
0.05
0.09
0.04
0.09
0.11
0.09
0.03
-0.01
-0.02
-0.06
-0.09
-0.08
-0.06
3
0.41
-0.01
0.25
0.22
0.25
0.17
0.02
-0.10
0.14
0.25
0.11
0.16
0.17
0.16
0.06
0.02
0.01
-0.05
-0.10
-0.08
-0.07
4
1.56
0.58
1.07
0.94
1.07
0.76
0.47
0.24
0.82
1.07
0.77
0.79
0.76
0.71
0.56
0.47
0.43
0.28
0.24
0.22
0.17
5
2.13
1.09
1.62
1.45
1.62
1.23
0.88
0.57
1.34
1.62
1.27
1.27
1.23
1.15
0.98
0.88
0.81
0.59
0.57
0.52
0.42
6
2.65
1.72
2.24
2.05
2.24
1.82
1.44
1.06
1.99
2.24
1.89
1.88
1.82
1.72
1.56
1.44
1.34
1.03
1.06
0.96
0.80
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
10 anos
10 anos
- 3 meses
- 2 anos
(diferencial) (diferencial)
7
8
2.65
2.24
1.66
1.74
2.16
1.99
2.03
1.84
2.16
1.99
1.66
1.65
1.39
1.42
1.09
1.16
1.91
1.84
2.16
1.99
1.80
1.79
1.74
1.72
1.66
1.65
1.60
1.56
1.47
1.49
1.39
1.42
1.30
1.33
1.03
1.08
1.09
1.16
0.99
1.05
0.82
0.87
1 ano
2 anos
5 anos
10 anos
9
0.32
-0.09
0.18
0.17
0.18
0.11
-0.04
-0.14
0.08
0.18
0.04
0.09
0.11
0.10
0.01
-0.04
-0.04
-0.09
-0.14
-0.12
-0.10
10
1.15
0.17
0.67
0.60
0.67
0.40
0.16
-0.02
0.43
0.67
0.37
0.41
0.40
0.38
0.23
0.16
0.14
0.04
-0.02
-0.01
-0.02
11
3.24
1.84
2.53
2.25
2.53
1.94
1.46
1.03
2.14
2.53
2.06
2.03
1.94
1.81
1.60
1.46
1.35
1.01
1.03
0.93
0.74
12
3.84
3.50
3.88
3.74
3.88
3.50
3.09
2.53
3.79
3.88
3.61
3.56
3.50
3.36
3.23
3.09
2.91
2.38
2.53
2.33
2.01
G 2 7 C u r v a s d e r e n d i m e n t o s à v i s t a d a á r e a d o e u r o 2)
G 2 8 T a x a s à v i s t a e d i f e r e n c i a i s d a á r e a d o e u r o 2)
(percentagens por ano; fim de período)
(dados diários; taxas em percentagens por ano; diferenciais em pontos percentuais)
taxa a 1 ano
taxa a 10 anos
diferencial entre as taxas a 10 anos e a 3 meses
diferencial entre as taxas a 10 anos e a 2 anos
novembro 2014
outubro 2014
setembro 2014
2.5
2.5
2.5
2.5
2.0
2.0
2.0
2.0
1.5
1.5
1.5
1.5
1.0
1.0
1.0
1.0
0.5
0.5
0.5
0.5
0.0
0.0
0.0
0.0
-0.5
-0.5
-0.5
0
5A
10A
15A
20A
25A
30A
T3
2012
T4
T1
T2
Fontes: Cálculos do BCE com base em dados subjacentes fornecidos pelo EuroMTS e notações fornecidas pela Fitch Ratings.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2 ) Os dados abrangem obrigações das administrações centrais da área do euro com notação AAA.
E 44
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
T3
2013
T4
T1
T2
T3
2014
T4
-0.5
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Mercados
financeiros
4.8 Índices bolsistas
(níveis dos índices em pontos; médias do período)
Índices Dow Jones EURO STOXX 1)
De referência
Índice
alargado
1
256.0
239.7
281.9
282.1
304.9
315.9
326.5
319.4
308.7
304.7
314.7
315.9
317.0
323.2
324.7
331.5
322.3
311.3
324.0
304.2
315.7
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Estados
Unidos
Japão
Standard
& Poor’s
500
Nikkei
225
13
1 267.6
1 379.4
1 643.8
1 674.9
1 768.7
1 834.9
1 900.4
1 975.9
1 783.5
1 807.8
1 822.4
1 817.0
1 863.5
1 864.3
1 889.8
1 947.1
1 973.1
1 961.5
1 993.2
1 937.3
2 044.6
14
9 425.4
9 102.6
13 577.9
14 127.7
14 951.3
14 958.9
14 655.0
15 553.1
14 931.7
15 655.2
15 578.3
14 617.6
14 694.8
14 475.3
14 343.1
15 131.8
15 379.3
15 358.7
15 948.5
15 394.1
17 179.0
Índices dos principais setores
50 Matérias-primas
2
2 611.0
2 411.9
2 794.0
2 782.3
3 017.6
3 090.8
3 214.0
3 173.1
3 056.0
3 010.2
3 092.4
3 085.9
3 094.0
3 171.5
3 197.4
3 271.7
3 192.3
3 089.1
3 233.4
3 029.6
3 126.1
3
493.4
503.7
586.3
581.1
620.6
639.0
657.3
645.9
630.5
631.3
640.7
643.7
632.7
637.8
660.9
672.1
659.8
625.9
650.4
612.5
643.8
Serviços
de
consumo
Bens de
consumo
Petróleo
e gás
4
158.1
151.9
195.0
197.7
211.9
218.7
219.5
213.8
214.1
211.7
217.4
219.2
219.5
219.9
217.7
220.9
215.3
210.7
215.3
202.4
217.8
5
351.2
385.7
468.2
477.6
492.2
500.1
524.2
509.8
498.7
490.9
497.9
502.0
500.7
518.8
521.7
531.9
522.6
497.0
508.7
481.0
514.8
6
311.6
307.2
312.8
312.1
325.7
323.4
360.3
351.1
330.9
316.3
318.8
318.9
332.4
348.9
362.3
369.2
361.0
341.5
350.0
315.8
316.4
Finan- Industriais
ceiros
7
152.6
122.1
151.5
150.4
169.9
182.2
184.5
178.9
171.1
170.3
181.3
183.0
182.5
185.8
181.9
185.9
178.3
173.6
184.5
173.4
174.3
Tecnologias
8
349.4
330.2
402.7
406.2
442.8
461.0
471.9
446.0
448.8
443.9
462.3
460.0
460.6
470.5
470.2
475.0
453.8
435.3
447.9
416.4
439.7
9
222.5
219.2
274.1
277.3
301.9
306.3
305.3
315.3
306.1
307.2
308.2
304.3
306.2
304.1
300.4
311.6
311.5
309.8
324.5
301.8
317.6
Serviços
Tele- Cuidados
básicos comunica- de saúde
ções
10
301.7
235.9
230.6
224.0
249.5
262.3
284.9
288.7
253.7
245.0
251.3
261.1
275.0
278.7
280.6
295.2
292.0
281.2
292.6
276.6
280.2
11
358.4
268.5
253.4
245.3
287.4
293.9
311.9
304.0
289.1
282.0
297.4
291.9
292.2
298.6
315.0
321.4
308.7
296.7
306.1
294.6
322.7
12
432.7
523.3
629.4
631.3
631.8
640.7
656.5
686.1
646.6
633.9
647.6
638.3
635.8
642.4
657.2
669.1
660.0
674.1
725.0
695.0
680.4
G29 Índice Dow Jones EURO STOXX alargado, Standard & Poor’s 500 e Nikkei 225
(janeiro de 1994 = 100; médias mensais)
Índice Dow Jones EURO STOXX alargado1)
Standard & Poor’s 500
Nikkei 225
450
450
400
400
350
350
300
300
250
250
200
200
150
150
100
100
50
50
0
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
0
Fonte: BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 45
5
PREÇOS, PRODUTO, PROCURA
E MERCADOS DE TRABALHO
5.1 IHPC, outros preços e custos
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
1. Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 1)
Total (c.s.; variação em percentagem face ao período anterior)
Total
Índice:
2005 = 100
% do total
em 2014
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.3)
Total
Bens
Serviços
Total
Total excl. produtos
alimentares não
transformados e
produtos energéticos
Produtos
alimentares
transformados
Produtos
Produtos
Produtos Serviços
alimentares industriais energéticos
não
não
(n.c.s.)
transformados energéticos
100.0
81.7
57.2
42.8
100.0
12.3
7.5
26.7
10.8
42.8
87.3
12.7
1
109.8
112.8
115.6
117.2
117.3
117.6
117.2
118.2
117.7
118.2
117.4
117.6
118.1
118.0
117.8
2
1.6
2.7
2.5
1.4
1.3
0.8
0.7
0.6
0.4
0.5
0.4
0.4
0.3
0.4
0.3
3
1.0
1.7
1.8
1.3
1.3
1.0
1.0
0.9
0.9
0.8
0.8
0.9
0.8
0.7
0.7
4
1.8
3.3
3.0
1.3
1.3
0.5
0.3
0.0
-0.3
-0.1
-0.3
-0.3
-0.3
-0.2
.
5
1.4
1.8
1.8
1.4
1.4
1.2
1.2
1.3
1.2
1.3
1.3
1.3
1.1
1.2
1.1
6
0.4
-0.1
0.2
0.0
0.2
0.1
0.0
0.1
0.0
-0.1
.
7
0.7
0.3
0.3
0.1
0.2
0.0
0.1
0.0
0.1
0.0
.
8
0.4
-1.2
0.0
-1.0
0.2
0.0
0.1
0.2
0.5
0.1
.
9
10
1.0
-1.1
0.0
-0.3
-0.4
0.2
-0.2
-0.6
0.1
-0.9
-1.3
11
0.5
0.1
0.3
0.3
0.4
0.2
0.1
0.1
0.0
0.0
.
12
1.6
2.6
2.3
1.2
1.3
0.7
0.5
0.3
0.2
0.3
0.2
0.2
0.1
0.2
.
13
1.7
3.6
3.8
2.1
1.8
1.4
2.0
2.2
1.6
2.1
1.8
1.4
1.5
1.7
.
Produtos alimentares
(incl. bebidas alcoólicas e tabaco)
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.3)
IHPC total Preços
excluindo
admipreços nistrados
administrados
100.0
-0.1
0.1
0.0
-0.1
0.1
0.0
0.0
0.1
0.0
-0.1
.
Bens
% do total
em 2014
Por memória:
Preços administrados 2)
Serviços
Habitação
Produtos industriais
Transportes
Comuni- Recreativos
cações e pessoais
Diversos
Rendas
Total
Transformados
Não
transformados
Total
Produtos Energéticos
industriais
não
energéticos
19.8
12.3
7.5
37.5
26.7
10.8
10.5
6.2
7.3
3.1
14.7
7.2
14
1.1
2.7
3.1
2.7
3.1
1.8
1.4
0.2
-0.1
-0.2
-0.3
-0.3
0.3
0.5
0.5
15
0.9
3.3
3.1
2.2
2.5
2.1
1.8
1.5
1.0
1.4
1.1
1.0
1.0
0.8
0.8
16
1.3
1.8
3.0
3.5
4.2
1.3
0.7
-1.8
-2.0
-2.8
-2.6
-2.4
-0.9
0.0
0.0
17
2.2
3.7
3.0
0.6
0.3
-0.1
-0.3
-0.1
-0.4
0.0
-0.3
-0.4
-0.6
-0.6
.
18
0.5
0.8
1.2
0.6
0.4
0.3
0.3
0.0
0.1
-0.1
0.0
0.3
0.2
-0.1
0.0
19
7.4
11.9
7.6
0.6
0.1
-0.9
-1.9
-0.4
-1.8
0.1
-1.0
-2.0
-2.3
-2.0
-2.5
20
1.8
1.8
1.8
1.7
1.8
1.7
1.8
1.8
1.7
1.8
1.7
1.7
1.6
1.6
.
21
1.5
1.4
1.5
1.5
1.7
1.4
1.4
1.4
1.3
1.4
1.3
1.3
1.4
1.4
.
22
2.3
2.9
2.9
2.4
2.3
1.8
1.6
1.8
1.7
1.6
1.8
1.9
1.5
1.5
.
23
-0.8
-1.3
-3.2
-4.2
-4.0
-3.5
-2.7
-2.8
-3.1
-2.9
-2.9
-2.9
-3.3
-2.6
.
24
1.0
2.0
2.2
2.2
2.2
2.0
1.3
1.6
1.5
1.6
1.5
1.5
1.5
1.5
.
25
1.5
2.1
2.0
0.7
0.8
0.4
1.2
1.3
1.3
1.4
1.4
1.3
1.3
1.4
.
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
1) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
2) Estas estatísticas experimentais fornecem apenas uma medida aproximada dos preços administrados, uma vez que as variações nos preços administrados não podem ser totalmente
isoladas das outras influências. Ver no sítio do Eurostat (http://www.epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/hicp/introduction) uma nota explicativa da metodologia utilizada
na compilação deste indicador.
3) Estimativa baseada em dados nacionais provisórios que geralmente abrangem cerca de 95% da área do euro, assim como em dados iniciais sobre os preços dos produtos
energéticos.
E 46
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Preços,
produto,
procura e
mercados
de trabalho
5.1 IHPC, outros preços e custos
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
2. Preços da produção industrial, construção e edifícios
Preços da produção industrial excluindo construção
Total
Total
(índice:
2010 = 100)
% do total
em 2010
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Indústria excluindo construção e produtos energéticos
Indústria
transformadora
Total
Produtos
energéticos
Bens
intermédios
Bens de
investimento
Total
Duradouros
Não
duradouros
Bens de consumo
100.0
100.0
78.1
72.1
29.4
20.1
22.6
2.3
20.3
27.9
1
100.0
105.7
108.6
108.5
108.4
108.0
107.6
107.1
106.9
107.0
107.1
106.9
106.7
107.0
106.6
2
2.7
5.7
2.8
-0.2
-0.6
-1.1
-1.6
-1.1
-1.4
-1.1
-0.9
-1.3
-1.4
-1.4
-1.3
3
3.3
5.3
2.0
-0.1
-0.3
-0.9
-1.1
-0.4
-0.6
-0.4
-0.1
-0.4
-0.7
-0.8
-0.9
4
1.7
3.8
1.4
0.4
0.3
-0.3
-0.5
-0.2
-0.1
-0.2
-0.1
-0.1
-0.2
-0.2
-0.2
5
3.6
5.8
0.7
-0.6
-1.1
-1.7
-1.8
-1.2
-0.6
-1.2
-0.9
-0.6
-0.6
-0.5
-0.4
6
0.2
1.5
1.0
0.6
0.6
0.5
0.3
0.3
0.4
0.3
0.4
0.4
0.4
0.5
0.6
7
0.4
3.3
2.5
1.7
1.8
0.9
0.6
0.5
-0.1
0.5
0.4
0.2
0.0
-0.4
-0.6
8
0.7
1.9
1.6
0.7
0.6
0.6
0.9
0.9
1.0
0.9
1.0
1.0
1.0
1.0
1.0
9
0.4
3.5
2.6
1.8
2.0
1.0
0.5
0.5
-0.2
0.5
0.3
0.1
-0.2
-0.5
-0.8
10
6.2
10.9
6.6
-1.6
-2.7
-2.8
-4.1
-3.1
-4.3
-3.1
-2.5
-4.1
-4.7
-4.3
-3.9
Cons- Preços dos Indicador
edifícios
experitrução 1)
residenmental
2)
ciais dos preços
dos
edifícios
comerciais 2), 3)
11
1.9
3.3
1.7
0.6
0.5
0.7
0.2
0.3
.
-
12
0.9
1.0
-1.8
-2.1
-1.5
-1.6
-0.7
0.0
.
-
13
0.0
3.1
0.4
-1.2
-1.4
-1.2
.
.
.
-
Exportações 7)
Importações 7)
14
3.1
3.6
1.9
-0.3
-0.7
-0.9
-1.0
-0.8
.
-
15
5.1
5.9
2.5
-1.3
-1.8
-2.0
-2.0
-1.5
.
-
3. Preços das matérias-primas e deflatores do produto interno bruto
Preços do
petróleo4)
(EUR por
barril)
% do total
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Deflatores do PIB
Preços das matérias-primas não energéticas
Ponderados pelas
importações5)
Ponderados pela
utilização6)
Total
Produtos
alimentares
Produtos Total
Produtos
Produtos
não
alimentares
não
alimentares
alimentares
100.0
35.0
65.0 100.0
45.0
55.0
1
2
60.7 44.0
79.7 15.9
86.6 -5.2
81.7 -8.0
82.5 -10.6
80.3 -10.1
78.6 -12.9
79.9 -6.2
78.0 -4.5
82.3 -4.2
79.9 -4.8
77.6 -4.2
76.4 -4.6
69.5 -2.7
64.1 -1.5
3
19.3
21.3
0.2
-13.4
-22.2
-18.4
-8.8
-1.3
-1.6
-2.2
-5.2
1.0
-0.5
3.7
6.1
4
5
57.9 40.4
13.6 15.0
-7.6 -1.7
-5.3 -7.7
-4.3 -11.4
-5.9 -10.9
-14.7 -11.1
-8.6 -3.7
-5.8 -1.1
-5.1 -1.6
-4.6 -1.5
-6.4 -1.0
-6.4 -0.8
-5.4
1.0
-4.7
3.9
6
22.6
20.0
5.8
-10.1
-18.2
-15.4
-6.8
1.1
0.2
0.6
-1.5
1.3
1.0
4.2
9.6
7
54.5
11.8
-6.9
-5.8
-5.7
-7.2
-14.1
-7.4
-2.1
-3.3
-1.6
-2.7
-2.0
-1.3
-0.2
Total Total
(c.s.; índice:
2010 = 100)
8
100.0
101.1
102.4
103.7
103.8
104.0
104.3
104.5
.
-
9
0.7
1.1
1.3
1.3
1.3
1.0
0.9
0.8
.
-
Procura interna
Total Consumo Consumo Formação
privado público bruta de
capital
fixo
10
1.4
1.9
1.5
0.9
0.9
0.6
0.6
0.5
.
-
11
1.6
2.3
1.9
1.1
1.3
0.8
0.8
0.7
.
-
12
0.7
0.8
0.8
1.3
1.2
1.3
0.8
0.6
.
-
13
1.3
1.7
1.3
0.3
0.2
0.1
0.3
0.3
.
-
Fontes: Eurostat, cálculos do BCE com base em dados do Eurostat (colunas 8-15 do Quadro 3 da Secção 5.1), cálculos do BCE com base em dados da Thomson Reuters (coluna 1
do Quadro 3 da Secção 5.1) e cálculos do BCE com base em dados do Investment Property Databank (IPD) e fontes nacionais (coluna 13 do Quadro 2 da secção 5.1) e cálculos do
BCE (coluna 12 do Quadro 2 da Secção 5.1 e colunas 2-7 do Quadro 3 da Secção 5.1).
1) Preços dos fatores de produção de edifícios residenciais.
2) Dados experimentais com base em fontes não harmonizadas (para mais pormenores, consultar http://www.ecb.europa.eu/stats/intro/html/experiment.en.html).
3) Os dados referem-se ao Euro 18.
4) Brent Blend (entrega a um mês).
5) Refere-se a preços expressos em euros. Ponderados de acordo com a estrutura das importações da área do euro no período 2004-2006.
6) Refere-se a preços expressos em euros. Ponderados de acordo com a procura interna da área do euro (produção interna mais importações menos exportações) no período
2004-2006. Dados experimentais (para mais pormenores, consultar http://www.ecb.europa.eu/stats/intro/html/experiment.en.html).
7) Os deflatores para as exportações e importações referem-se a bens e serviços e incluem o comércio transfronteiras intra-área do euro.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 47
5.1 IHPC, outros preços e custos
(taxas de variação homólogas (%))
4. Custos unitários do trabalho, remuneração por fator trabalho e produtividade do trabalho
(dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)
Total
(índice:
2010 = 100)
Total
1
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
Por atividade económica
Agricultura,
silvicultura
e pesca
Indústrias
transformadoras,
energia e
serviços
básicos
2
3
4
102.5
103.9
104.1
104.2
104.3
104.7
1.9
1.4
1.4
1.2
0.7
0.9
3.6
-2.5
-2.7
-3.7
-3.3
-1.8
2.1
2.1
2.7
0.1
0.8
1.5
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
103.8
105.6
106.0
106.3
106.7
106.9
1.7
1.7
1.8
2.0
1.7
1.3
1.9
1.1
1.4
0.6
0.4
1.5
2.3
2.7
3.3
2.4
2.4
1.7
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
101.3
101.6
101.9
102.0
102.3
102.1
-0.2
0.3
0.4
0.8
1.0
0.4
-1.6
3.7
4.2
4.5
3.8
3.4
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
104.7
107.0
107.3
107.5
108.0
108.2
2.7
2.2
2.0
2.0
1.2
1.4
3.6
1.6
1.5
-0.2
0.8
3.3
3.7
2.5
2.2
1.6
0.9
1.7
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
102.3
103.0
103.1
103.3
103.6
103.5
0.8
0.7
0.6
0.8
0.4
0.5
-0.3
2.8
3.1
2.9
3.4
3.4
1.6
0.5
-0.4
1.6
0.1
0.3
Construção
Comércio, Informação Atividades Atividades
Serviços
transportes,
e comuni- financeiras imobiliárias
profissioserviços de
cação
e de
nais, emprealojamento
seguros
sariais e de
e restauapoio
ração
5
6
Custos unitários do trabalho 1)
2.6
2.6
0.4
1.5
0.9
1.2
0.0
0.4
-0.1
0.2
0.8
0.3
Remuneração por empregado
2.5
1.7
1.6
1.4
2.3
1.6
2.1
1.3
3.5
1.8
2.3
1.1
Adminis- Atividades
tração artísticas, de
pública, espetáculos
educação,
e outros
saúde e
serviços
ação social
7
8
9
10
11
12
0.2
1.5
2.5
1.6
4.4
4.4
-0.4
2.5
3.0
4.1
0.9
0.7
2.1
-2.4
-2.5
-1.8
0.6
1.0
3.5
1.0
0.5
0.9
1.6
2.2
0.5
1.6
1.4
2.8
0.9
0.7
2.4
2.2
1.6
2.2
1.0
1.1
2.0
0.9
0.8
0.9
2.4
2.0
1.0
2.4
2.5
3.3
1.4
2.3
2.0
-0.3
-0.7
-0.2
0.9
1.2
2.3
1.0
1.0
1.3
1.6
1.8
0.9
1.8
1.6
2.8
1.1
0.9
2.3
1.7
1.3
1.9
1.5
0.8
1.4
-0.1
-0.5
-0.8
0.5
1.6
-0.1
2.2
1.8
1.6
0.2
0.2
-1.1
-0.1
0.5
0.4
0.0
-0.4
0.4
0.2
0.1
0.0
0.2
0.2
-0.2
-0.6
-0.2
-0.3
0.6
-0.3
2.3
0.7
1.1
0.5
2.2
2.1
1.2
2.7
2.4
2.5
0.9
2.3
2.2
1.0
1.4
1.2
1.7
2.8
3.0
1.8
1.7
1.3
1.5
1.4
1.1
2.1
2.0
2.9
0.9
1.0
3.4
2.2
2.2
2.2
0.8
1.0
Produtividade horária do trabalho 2)
1.8
0.2
2.1
2.0
0.5
-0.8
1.3
0.9
-1.3
2.5
1.0
-1.3
2.4
1.1
-2.0
1.8
0.6
-2.2
1.7
0.2
-0.7
-1.5
-0.2
1.7
1.1
3.2
3.2
2.8
0.9
1.7
-0.4
0.6
1.0
0.5
0.1
-0.4
0.7
0.5
0.6
0.1
0.0
0.4
0.9
0.0
0.2
0.1
0.0
0.2
Produtividade
0.2
0.6
0.5
2.3
1.5
0.2
do trabalho por pessoa empregada2)
-0.1
-0.9
1.8
1.2
-0.1
-0.6
1.3
0.4
-1.6
2.1
0.9
-0.7
3.6
1.7
-1.9
1.5
0.8
-2.3
Remuneração por hora trabalhada
4.8
2.8
2.7
2.1
2.2
2.1
2.2
1.6
1.9
1.4
2.1
1.1
5. Índices de custos do trabalho 3)
% do total
em 2008
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
Total
(índice:
2008 = 100)
Total
100.0
1
108.9
110.4
117.1
103.6
115.6
.
Por componente
Para atividades económicas selecionadas
Ordenados
e salários
Contribuições
sociais
dos empregadores
Indústrias
extrativas,
transformadoras
e energia
Construção
Serviços
100.0
75.2
24.8
32.4
9.0
58.6
2
2.0
1.4
1.3
0.6
1.2
.
3
2.0
1.5
1.6
1.0
1.2
.
4
2.0
0.9
0.3
-0.6
1.0
.
5
2.4
2.2
2.0
0.9
2.5
.
6
2.5
0.9
0.4
0.8
0.7
.
7
2.4
0.8
0.5
0.7
0.9
.
Por memória:
Indicador
dos
acordos
salariais 4)
8
2.2
1.8
1.7
1.9
1.9
1.7
Fontes: Eurostat, cálculos do BCE com base em dados do Eurostat (Quadro 4 da Secção 5.1) e cálculos do BCE (coluna 8 do Quadro 5 da Secção 5.1).
1) Remuneração (a preços correntes) por empregado dividida por produtividade do trabalho por pessoa empregada.
2) PIB total e valor acrescentado por atividade económica (volumes) por fator trabalho (pessoas empregadas e horas trabalhadas).
3) Índices de custos horários do trabalho para o conjunto da economia, excluindo agricultura, silvicultura e pesca. Devido a diferenças na cobertura, as estimativas para as componentes
podem não ser consistentes com o total.
4) Dados experimentais (para mais pormenores, consultar http://www.ecb.europa.eu/stats/intro/html/experiment.en.html).
E 48
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Preços,
produto,
procura e
mercados
de trabalho
5.2 Produto e procura
(dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)
1. PIB e componentes da despesa
PIB
1
2010
2011
2012
2013
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2013
9
9
9
9
2
2
2
2
2
512.1
768.2
824.4
904.4
475.4
483.2
493.9
508.6
513.5
Saldo externo 1)
Procura interna
Total
9
9
9
9
2
2
2
2
2
Total
Consumo
privado
2
3
382.8
629.4
563.8
564.2
386.2
401.5
401.7
418.0
419.8
100.0
96.6
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
0.1
0.3
0.3
0.1
0.2
0.5
-0.1
0.4
0.0
.
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2.0
1.6
-0.7
-0.5
-0.3
0.4
1.0
0.8
0.8
1.5
0.7
-2.2
-0.9
-0.2
0.2
1.0
0.9
.
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
0.1
0.3
0.3
0.1
0.2
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2.0
1.6
-0.7
-0.5
-0.3
0.4
1.0
0.8
0.8
5
5
5
5
1
1
1
1
1
Consumo
público
Formação
bruta
de capital
fixo
Total
Exportações 1)
Importações 1)
6
7
8
9
21.8
57.7
-6.4
-18.9
-4.4
-2.8
-5.8
-2.0
-1.3
129.3
138.9
260.6
340.2
89.2
81.7
92.2
90.7
93.6
-0.2
3.4
-
-
-
-
0.6
1.1
0.3
1.3
.
1.4
0.4
0.6
1.3
.
-
-
11.0
6.6
2.4
2.0
1.7
3.5
3.8
3.2
.
9.7
4.3
-1.0
1.2
2.1
3.2
3.9
3.7
.
Variação
de
existências 2)
4
5
Preços correntes (EUR mil milhões)
363.9
2 032.7
1 964.4
498.5
2 046.4
2 026.9
527.7
2 059.5
1 982.9
551.4
2 090.1
1 941.7
385.1
521.6
483.8
392.5
524.4
487.4
392.8
523.4
491.3
399.5
528.2
492.2
404.2
529.2
487.8
percentagem do PIB
56.0
21.1
19.6
Volumes encadeados (preços do ano anterior)
taxas de variação trimestrais em cadeia (%)
0.3
0.2
0.5
-0.1
-0.2
0.6
0.2
0.7
0.3
0.3
0.2
-0.9
.
.
.
taxas de variação homólogas (%)
0.8
0.8
-0.5
0.2
-0.2
1.5
-1.3
-0.2
-3.4
-0.7
0.2
-2.4
-0.4
0.4
-1.6
0.1
0.3
-0.3
0.5
0.7
2.0
0.7
0.9
0.5
.
.
.
contributos para as taxas de variação trimestrais em cadeia (%) do PIB; pontos percentuais
0.5
0.1
0.0
0.1
0.2
-0.1
0.0
0.0
0.1
-0.1
0.4
0.1
0.1
0.1
0.1
0.0
0.1
0.0
-0.2
0.0
.
.
.
.
.
contributos para as taxas de variação homólogas (%) do PIB; pontos percentuais
1.4
0.5
0.2
-0.1
0.9
0.7
0.1
0.0
0.3
0.3
-2.2
-0.7
0.0
-0.7
-0.7
-0.9
-0.4
0.0
-0.5
-0.1
-0.2
-0.2
0.1
-0.3
0.3
0.2
0.0
0.1
-0.1
0.1
0.9
0.3
0.1
0.4
0.1
0.8
0.4
0.2
0.1
0.2
.
.
.
.
.
-0.3
0.3
-0.1
0.1
.
0.6
0.9
1.4
0.4
-0.1
0.2
0.1
-0.1
.
3
4
4
4
1
1
1
1
1
692.0
074.3
252.4
325.7
083.1
086.2
096.4
096.2
109.1
-
3
3
3
3
1
1
1
1
562.7
935.4
991.8
985.5
993.9
004.5
004.1
005.5
015.5
-
-
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
1) As exportações e as importações cobrem os bens e serviços e incluem o comércio transfronteiras intra-área do euro, não sendo totalmente consistentes com a Secção 3.1,
o Quadro 1 da Secção 7.1, o Quadro 3 da Secção 7.2, ou os Quadros 1 ou 3 da Secção 7.5.
2) Incluindo aquisições líquidas de cessões de objetos de valor.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 49
5.2 Produto e procura
(dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)
2. Valor acrescentado por atividade económica
Valor acrescentado bruto (preços de base)
Total Agricultura,
silvicultura
e pesca
1
2010
2011
2012
2013
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2013
8
8
8
8
2
2
2
2
2
560.8
781.5
833.5
899.1
222.1
230.9
242.1
254.7
254.8
100.0
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
0.2
0.2
0.3
0.3
0.0
2010
2011
2012
2013
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2.1
1.7
-0.5
-0.4
-0.6
-0.3
0.4
1.0
0.7
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
0.2
0.2
0.3
0.3
0.0
2010
2011
2012
2013
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2.1
1.7
-0.5
-0.4
-0.6
-0.3
0.4
1.0
0.7
8
9
5
6
7
Preços correntes (EUR mil milhões)
140.8
1 649.6
487.9
1 617.9
395.5
442.7
969.5
884.6
1
146.7
1 712.6
484.9
1 663.9
406.9
434.6
1 007.6
918.3
1
150.8
1 719.2
472.2
1 671.8
409.8
439.1
1 013.1
926.8
1
154.5
1 728.6
462.9
1 678.7
401.0
438.4
1 030.1
939.9
1
39.4
432.8
115.4
418.7
100.6
110.0
256.5
234.3
38.1
432.6
115.9
421.7
99.9
109.8
258.3
236.4
38.5
437.3
116.9
422.4
100.2
109.7
260.1
237.2
38.8
436.0
117.2
424.1
100.2
112.9
261.8
238.8
38.5
436.8
115.4
423.3
99.7
113.2
263.0
240.2
percentagem do valor acrescentado
1.7
19.4
5.2
18.9
4.5
4.9
11.6
10.6
Volumes encadeados (preços do ano anterior)
taxas de variação trimestrais em cadeia (%)
0.6
0.7
-0.2
0.4
0.1
-0.9
0.2
0.5
1.0
0.1
0.3
0.3
-0.6
-0.4
0.3
0.3
1.3
0.5
0.4
0.2
0.2
-0.1
0.3
0.0
1.4
-0.3
0.3
0.7
-0.9
1.3
0.2
0.4
-1.1
0.2
-1.6
0.0
-0.1
-0.3
0.3
0.2
taxas de variação homólogas (%)
-3.4
8.1
-3.9
1.1
1.6
1.0
0.7
2.1
0.8
3.0
-2.8
2.2
5.1
1.2
1.8
2.3
-3.1
-0.6
-4.7
-1.4
2.6
1.1
-0.2
-0.6
2.3
-0.7
-3.4
-0.8
-0.4
-1.3
0.9
0.1
2.1
-0.9
-4.2
-1.0
-0.2
-1.8
0.9
0.4
3.5
-1.0
-2.8
-0.4
-1.1
-1.5
1.0
0.5
4.5
1.3
-1.1
0.6
-0.4
-1.6
0.8
0.9
4.4
1.0
0.9
1.6
-1.1
-0.1
1.0
1.2
2.6
0.5
-0.6
1.3
-1.3
0.5
1.1
1.0
contributos para as taxas de variação trimestrais em cadeia (%) do valor acrescentado; pontos percentuais
0.0
0.1
0.0
0.1
0.0
0.0
0.0
0.1
0.0
0.0
0.0
0.1
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.1
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
-0.1
0.0
0.1
0.0
0.1
0.0
0.0
0.0
0.0
-0.1
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
contributos para as taxas de variação homólogas (%) do valor acrescentado; pontos percentuais
-0.1
1.5
-0.2
0.2
0.1
0.1
0.1
0.2
0.0
0.6
-0.2
0.4
0.2
0.1
0.2
0.2
-0.1
-0.1
-0.3
-0.3
0.1
0.1
0.0
-0.1
0.0
-0.1
-0.2
-0.1
0.0
-0.1
0.1
0.0
0.0
-0.2
-0.2
-0.2
0.0
-0.1
0.1
0.0
0.1
-0.2
-0.1
-0.1
-0.1
-0.1
0.1
0.1
0.1
0.2
-0.1
0.1
0.0
-0.1
0.1
0.1
0.1
0.2
0.0
0.3
-0.1
0.0
0.1
0.1
0.0
0.1
0.0
0.2
-0.1
0.0
0.1
0.1
Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.
E 50
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
Serviços
Adminis- Atividades
Indústria Construção Comércio, Informação Atividades Atividades
profissiotração
artísticas,
transfortransportes, e comuni- financeiras e imobiliárias
nais, emprepública,
de
madora,
serviços de
cação de seguros
sariais e de
educação, espetáculos
energia e
alojamento
apoio
saúde
e outros
serviços
e restauração
e ação social
serviços
básicos
2
3
4
Impostos
líquidos
de
subsídios
sobre
produtos
10
11
12
667.6
695.0
714.0
744.1
434.4
437.4
439.0
443.3
443.2
304.7
310.9
316.8
320.7
80.1
80.7
80.7
81.5
81.5
951.3
986.7
990.8
1 005.3
253.3
252.4
251.9
254.0
258.6
19.6
3.6
-
-0.1
0.2
0.3
0.3
0.0
0.0
0.1
-0.3
0.7
-0.3
1.3
-0.3
0.1
0.3
1.1
1.1
0.7
0.3
0.0
-0.1
0.1
0.0
0.8
0.8
0.1
0.4
0.4
-0.7
-0.4
-0.6
-1.0
0.5
0.1
1.7
0.7
-2.5
-1.0
-0.7
-0.4
0.0
1.4
1.2
0.0
0.0
0.1
0.1
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
-
0.2
0.1
0.1
0.0
0.0
0.0
0.0
0.1
0.2
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
-
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Preços,
produto,
procura e
mercados
de trabalho
5.2 Produto e procura
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
3. Produção industrial
Total
Indústria excluindo construção
Total
(c.s.; índice:
2010 = 100)
% do total
em 2010
Total
2011
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
79.4
2
103.5
101.0
100.3
100.9
101.1
101.1
100.7
100.9
100.5
101.4
100.0
100.6
79.4
3
3.5
-2.5
-0.7
1.5
1.3
1.0
0.6
0.7
0.3
1.6
-0.5
0.6
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
-1.2
0.0
0.6
-1.0
-0.1
-
-1.1
-0.3
0.9
-1.4
0.6
Produtos
energéticos
Indústria excluindo construção e produtos energéticos
Total
Indústria
transformadora
100.0
1
2.0
-3.0
-1.1
1.0
2.2
1.5
0.2
0.9
0.1
0.9
-0.5
-0.2
Construção
Bens
intermédios
Bens de
investimento
68.3
67.7
26.7
23.2
4
5
6
7
4.7
4.8
4.2
8.4
-2.7
-2.8
-4.5
-1.1
-0.7
-0.7
-1.0
-0.5
1.9
2.1
2.5
2.8
3.1
3.2
3.1
4.0
1.7
1.8
1.4
1.0
1.3
1.3
0.5
1.5
1.3
1.4
0.4
1.4
0.7
0.7
0.3
0.3
2.5
2.5
1.4
4.0
-0.1
-0.2
0.1
-2.2
1.2
1.2
0.0
2.0
variações (%) mensais em cadeia (c.s.)
-1.6
-1.8
-2.0
-0.9
-0.3
-0.1
0.3
0.1
1.3
1.2
0.9
2.6
-1.9
-1.8
-1.0
-4.5
0.6
0.4
-0.6
2.9
Bens de consumo
Total Duradouros
Não
duradouros
17.8
8
0.9
-2.5
-0.5
0.3
2.4
3.5
1.8
2.6
1.9
2.0
2.4
1.1
2.3
9
0.6
-4.9
-3.7
-2.5
-0.6
-1.0
-2.4
-1.4
-1.7
-1.7
-1.8
-3.3
15.5
10
0.9
-2.2
-0.1
0.8
2.8
4.2
2.4
3.2
2.4
2.6
2.8
2.0
11.7
11
-4.3
-0.4
-0.8
-1.4
-9.1
-5.1
-3.3
-3.3
-3.8
-5.0
-2.3
-2.5
20.6
12
-3.5
-5.0
-2.8
-1.3
6.6
3.6
-1.4
4.4
-0.8
-0.7
1.5
-1.7
-1.8
-1.7
0.4
0.3
-1.5
-2.2
2.0
-1.1
-0.5
-2.6
-1.7
-2.2
0.7
0.1
-0.9
3.1
-1.2
-1.3
2.4
0.3
-1.5
-0.3
0.2
0.7
-1.8
4. Novas encomendas e volume de negócios no setor da indústria, vendas no comércio a retalho e registos de automóveis novos de passageiros
Registos de
automóveis
novos de
passageiros
Volumes de negócios
Indicador das novas
Vendas no comércio a retalho (incluindo combustível para veículos a motor)
na indústria
encomendas na indústria1)
Preços
Preços constantes
Indústria
Indústria
correntes
transformadora
transformadora
(preços correntes)
Total
(c.s.; índice:
2010 = 100)
% do total
em 2010
Total
Total
(c.s.; índice:
2010 = 100)
Total
2011
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
100.0
1
108.6
104.4
104.3
106.1
107.0
107.2
107.6
106.2
108.5
106.4
107.7
.
100.0
2
8.6
-3.8
-0.1
2.8
4.3
3.9
2.2
1.7
4.5
1.1
1.1
.
100.0
3
109.2
108.9
107.4
108.0
108.8
108.3
108.1
108.4
108.6
108.0
107.8
.
100.0
4
9.2
-0.4
-1.4
0.3
1.7
1.4
0.8
1.2
1.5
-0.2
0.9
.
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
-
-1.0
2.2
-2.0
1.2
.
-
0.6
0.2
-0.6
-0.2
.
Total
100.0
5
1.7
0.5
-0.4
0.2
0.6
0.8
0.2
1.4
-0.2
1.1
-0.3
0.6
Total
(c.s.; índice:
2010 = 100)
Total
100.0
6
99.3
97.6
96.8
96.9
97.5
97.9
98.0
98.2
97.8
98.7
97.5
97.9
100.0
7
-0.7
-1.7
-0.8
0.3
1.0
1.4
1.0
2.0
0.6
1.8
0.5
1.4
Produtos
alimentares,
bebidas
e tabaco
39.3
8
-1.1
-1.3
-1.0
-0.2
-0.4
1.2
-0.2
1.6
-1.0
-0.3
1.0
0.4
Produtos não alimentares
Combus- Total (c.s.; Total
tíveis milhares)2)
Têxteis, Equipamento
vestuário
doméstico
e calçado
51.5
9
-0.2
-1.6
-0.6
0.9
2.3
2.0
2.1
2.7
2.2
3.9
0.3
2.1
9.2
10
-1.4
-2.5
-1.4
0.4
3.5
1.9
0.4
2.4
1.1
5.5
-5.4
.
12.0
11
-0.3
-2.8
-2.6
-0.8
0.6
0.2
0.5
0.1
0.5
1.7
-0.7
.
9.1
12
-3.3
-5.0
-0.9
0.3
0.8
-0.5
-0.5
-0.2
-1.9
-0.1
0.7
2.9
13
840
745
713
743
725
738
741
738
744
744
735
756
14
-0.9
-11.1
-4.4
5.3
5.0
3.9
4.1
3.3
5.7
4.1
2.5
4.4
0.3
0.1
1.4
-2.5
0.7
-0.1
-1.3
4.9
-8.7
.
-0.4
0.5
1.0
-1.5
.
0.2
-0.4
0.9
-0.1
0.7
-
1.1
0.7
0.0
-1.2
2.9
variações (%) mensais em cadeia (c.s.)
0.4
-0.4
0.8
-1.3
0.4
-
0.4
-0.4
0.9
-1.2
0.4
0.5
-0.9
0.2
0.2
0.0
Fontes: Eurostat, exceto colunas 1 e 2 do Quadro 4 (que incluem estatísticas experimentais do BCE com base em dados nacionais) e colunas 13 e 14 do Quadro 4 (que incluem
cálculos do BCE com base em dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis).
1) Para mais pormenores, ver de Bondt, G. J., Dieden, H. C., Muzikarova, S. e Vincze, I., Introducing the ECB indicator on euro area industrial new orders, Documento
Ocasional n.º 149, BCE, Frankfurt, junho de 2013.
2) Os valores anuais e trimestrais são médias dos totais mensais no período em questão.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 51
5.2 Produto e procura
(saldos de respostas extremas 1), salvo indicação em contrário; dados corrigidos de sazonalidade)
5. Inquéritos às Empresas e Consumidores
Indicador de
sentimento
económico 2)
(média a
longo prazo
= 100)
1
101.4
102.2
90.8
93.8
95.3
99.1
101.6
102.2
100.9
102.1
102.2
100.6
99.9
100.7
100.8
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Indústria transformadora
Total 4)
Indicador de confiança na indústria
Carteiras de
encomendas
Existências
de produtos
acabados
Expetativas
de produção
Utilização
da capacidade
produtiva 3)
(%)
2
-4.5
0.2
-11.7
-9.3
-8.3
-4.1
-3.5
-3.6
-4.9
-4.3
-3.8
-5.3
-5.5
-5.1
-4.3
3
-24.2
-6.4
-24.4
-26.0
-24.9
-18.6
-16.5
-15.3
-15.8
-15.9
-15.5
-15.6
-16.3
-15.5
-13.8
4
1.0
2.3
6.8
4.7
4.6
2.8
2.8
3.6
4.7
4.0
4.1
4.5
5.4
5.6
5.1
5
11.6
9.4
-3.9
2.8
4.4
9.1
8.8
8.0
5.9
6.9
8.2
4.3
5.2
5.9
6.1
6
77.0
80.6
78.6
78.3
78.4
79.3
79.8
79.7
80.0
79.9
80.0
-
Indicador de confiança na construção
Total
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
4)
12
-28.5
-25.2
-27.6
-30.0
-31.0
-28.6
-29.0
-30.7
-28.1
-31.7
-28.2
-28.4
-27.7
-24.6
-26.3
Indicador de confiança dos consumidores
Carteiras de Expetativas
encomendas de emprego
13
-39.3
-33.1
-34.3
-38.2
-39.7
-37.7
-39.6
-40.2
-38.9
-40.1
-39.0
-39.8
-38.0
-35.2
-38.3
14
-17.6
-17.2
-21.0
-21.7
-22.3
-19.5
-18.5
-21.2
-17.3
-23.3
-17.3
-17.1
-17.4
-14.1
-14.3
Total
4)
Situação
Situação Situação do
Poupança
financeira
económica desemprego nos próximos
nos próximos nos próximos nos próximos
12 meses
12 meses
12 meses
12 meses
7
-14.1
-14.3
-22.1
-18.6
-15.9
-14.4
-11.2
-7.7
-9.9
-7.5
-8.3
-10.0
-11.4
-11.1
-11.6
8
-5.2
-7.3
-11.1
-8.9
-7.9
-6.3
-4.6
-3.5
-3.7
-2.9
-3.0
-4.0
-4.0
-3.8
-4.0
Indicador de confiança no comércio a retalho
Total
4)
15
-3.9
-5.4
-15.1
-12.5
-10.3
-6.8
-3.1
-2.3
-4.7
-1.9
-2.3
-4.6
-7.3
-6.4
-5.9
9
-12.3
-18.0
-27.4
-20.0
-16.7
-11.6
-6.9
-2.9
-7.0
-2.8
-4.0
-7.3
-9.8
-9.4
-9.9
10
31.1
23.0
38.1
34.4
29.6
29.8
23.7
16.5
21.5
16.1
19.1
21.4
23.9
23.3
24.4
11
-8.0
-9.0
-11.7
-11.2
-9.2
-9.8
-9.6
-8.0
-7.4
-8.0
-7.1
-7.4
-7.8
-7.8
-8.4
Setor dos serviços
Indicador de confiança nos serviços
Situação
económica
atual
Volume de
existências
Situação
económica
esperada
Total 4)
16
-6.1
-5.3
-18.5
-18.8
-16.2
-10.5
-5.7
-3.5
-5.7
-1.7
-1.6
-6.3
-9.1
-8.7
-6.0
17
7.4
11.6
14.4
9.3
8.6
6.6
5.6
6.7
7.9
6.0
6.8
7.3
9.6
9.0
11.2
18
1.8
0.6
-12.5
-9.2
-6.1
-3.3
2.1
3.3
-0.6
2.1
1.5
-0.2
-3.2
-1.4
-0.3
19
3.9
5.3
-6.8
-6.1
-5.3
-1.3
3.4
3.9
3.3
4.4
3.6
3.1
3.2
4.4
4.4
Clima
Procura nos
Procura nos
económico últimos meses próximos meses
20
1.4
2.2
-11.8
-9.9
-8.2
-4.2
1.0
2.7
1.3
2.6
1.7
1.1
1.0
1.5
2.3
21
3.0
5.4
-7.6
-8.6
-8.6
-3.4
1.9
1.9
2.3
1.9
3.1
2.3
1.5
3.2
2.2
22
7.3
8.3
-1.0
0.2
0.8
3.6
7.2
7.1
6.3
8.6
6.1
5.9
7.0
8.6
8.9
Utilização da
capacidade
produtiva 3)
(%)
23
.
.
86.6
86.9
87.1
87.1
87.2
87.3
87.6
87.3
87.8
-
Fonte: Comissão Europeia (Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros).
1) Diferença entre a percentagem de inquiridos com respostas positivas e negativas.
2) O indicador de sentimento económico é composto pelos indicadores de confiança na indústria, nos serviços, dos consumidores, na construção e no comércio a retalho; o indicador
de confiança na indústria tem um peso de 40%, o indicador de confiança nos serviços tem um peso de 30%, o indicador de confiança dos consumidores tem um peso de 20% e
os outros dois indicadores têm um peso de 5% cada. Os valores do indicador de sentimento económico acima (abaixo) de 100 indicam um sentimento económico acima (abaixo)
da média, calculado para o período desde 1990.
3) Os dados são recolhidos em janeiro, abril, julho e outubro de cada ano. Os dados trimestrais apresentados são médias de dois inquéritos sucessivos. Os dados anuais são calculados
a partir de médias trimestrais.
4) Os indicadores de confiança são calculados como médias simples das componentes apresentadas; as avaliações de existências (colunas 4 e 17) e do desemprego (coluna 10)
utilizam sinais contrários para o cálculo dos indicadores de confiança.
E 52
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Preços,
produto,
procura e
mercados
de trabalho
5 . 3 M e r c a d o s d e t r a b a l h o 1)
(dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)
1. Emprego
Por situação na profissão
Total
1
Trabalhadores por
conta de
outrem
2
3
2013
147 314
125 236
22 078
2013
100.0
85.0
15.0
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
0.1
-0.5
-0.8
-0.8
-0.4
0.0
0.4
0.2
-0.5
-0.7
-0.7
-0.3
0.2
0.6
-0.1
-0.4
-1.1
-1.0
-0.8
-0.6
-1.2
2013 T3
T4
2014 T1
T2
0.0
0.1
0.0
0.2
0.0
0.1
0.1
0.4
-0.2
0.0
-0.6
-0.4
2013
230 906
184 562
46 344
2013
100.0
79.9
20.1
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
0.2
-1.5
-1.2
-1.0
-0.4
0.6
0.3
0.3
-1.5
-1.2
-0.9
-0.3
0.7
0.6
-0.3
-1.6
-1.2
-1.1
-0.5
0.0
-1.1
2013 T3
T4
2014 T1
T2
0.0
0.1
0.0
0.2
0.0
0.2
0.1
0.3
0.1
-0.4
-0.3
-0.5
1 567
1 474
2 099
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
0.0
-1.0
-0.4
-0.2
0.1
0.5
-0.1
0.1
-1.0
-0.5
-0.2
0.0
0.6
0.0
-0.2
-1.2
-0.1
-0.1
0.3
0.7
0.1
2013 T3
T4
2014 T1
T2
0.0
0.0
0.0
-0.1
0.0
0.1
-0.1
0.0
0.3
-0.4
0.3
-0.1
2013
Por atividade económica
Trabalha- Agricultura,
dores por silvicultura
conta
e pesca
própria
4
Indústria Construção Comércio, Informação Atividades Atividades
Serviços
transforimobi- profissiotransportes, e comuni- financeiras
madora,
cação
e de
liárias
nais, emserviços
energia e
seguros
presariais e
de alojaserviços
de apoio
mento e
básicos
restauração
e similares
5
6
7
8
Pessoas empregadas
níveis (milhares)
4 936
22 485
9 079
36 626
4 016
total de pessoas empregadas (%)
3.4
15.3
6.2
24.9
2.7
taxas de variação homólogas (%)
-2.1
0.0
-3.6
0.5
1.2
-1.6
-0.8
-4.6
-0.5
0.8
-1.4
-1.3
-4.5
-0.7
0.2
-0.7
-1.5
-4.0
-0.8
0.5
0.0
-1.0
-3.1
-0.3
0.3
0.6
-0.5
-2.6
-0.1
0.8
-0.8
0.4
-2.0
0.4
1.0
taxas de variação trimestrais em cadeia (%)
-0.1
-0.3
-0.3
-0.1
-0.1
-0.5
0.0
-0.6
0.2
0.7
-0.5
0.2
-1.0
-0.1
0.2
0.4
0.4
-0.1
0.5
0.3
Horas trabalhadas
níveis (milhões)
10 119
36 262
15 930
59 555
6 563
total de horas trabalhadas (%)
4.4
15.7
6.9
25.8
2.8
taxas de variação homólogas (%)
-2.2
0.6
-3.8
0.1
1.0
-2.9
-2.1
-6.3
-1.6
0.4
-0.5
-1.3
-5.3
-1.3
0.3
0.4
-0.6
-4.0
-1.3
0.2
1.5
-0.4
-3.5
-0.4
0.9
1.0
0.9
-1.5
0.5
0.9
-0.8
0.2
-2.4
0.6
0.9
taxas de variação trimestrais em cadeia (%)
0.2
0.0
-0.5
0.0
-0.5
0.6
-0.1
-1.0
0.0
0.8
-1.0
0.0
-0.6
0.1
0.0
-0.6
0.2
-0.2
0.5
0.6
Horas trabalhadas por pessoa empregada
níveis (milhares)
2 050
1 613
1 755
1 626
1 634
taxas de variação homólogas (%)
-0.1
0.6
-0.3
-0.4
-0.1
-1.3
-1.3
-1.8
-1.1
-0.3
0.9
0.1
-0.9
-0.6
0.2
1.1
0.9
0.0
-0.5
-0.3
1.5
0.6
-0.4
-0.1
0.6
0.4
1.4
1.1
0.6
0.1
0.0
-0.1
-0.3
0.2
-0.2
taxas de variação trimestrais em cadeia (%)
0.3
0.3
-0.2
0.1
-0.3
1.2
-0.1
-0.4
-0.2
0.1
-0.4
-0.1
0.4
0.2
-0.2
-1.0
-0.2
-0.1
0.0
0.3
9
10
11
AdminisAtivitração
dades
pública, artísticas,
educação, de espesaúde e
táculos
ação
e outros
social serviços
12
13
4 012
1 465
18 937
35 339
10 419
2.7
1.0
12.9
24.0
7.1
-0.6
-0.4
-1.1
-1.0
-0.8
-0.6
-1.0
0.6
-0.1
-1.3
-0.8
-0.8
0.8
1.0
2.5
0.5
0.2
0.0
0.5
1.2
1.4
0.0
-0.1
-0.2
-0.1
0.0
0.5
0.6
0.0
0.6
-0.2
-0.3
-0.7
-0.1
0.5
-0.1
-0.1
-0.1
-0.8
0.0
-0.5
1.3
0.1
0.3
0.2
0.3
0.6
0.2
0.3
0.2
-0.1
0.2
-0.1
0.2
0.2
6 427
2 238
29 008
50 158
14 646
2.8
1.0
12.6
21.7
6.3
-0.2
-0.6
-1.4
-0.8
-0.1
0.1
-1.1
0.4
-1.2
-2.2
-2.2
-1.9
0.0
-0.6
2.7
-0.2
-0.5
-0.4
0.4
1.2
1.4
0.4
-0.4
-0.5
-0.5
-0.1
0.8
0.4
0.2
-0.4
-0.7
-0.8
-1.1
0.5
-0.1
-0.3
0.1
-0.1
-0.8
-0.7
-0.8
1.3
-0.3
0.4
0.1
0.4
0.5
0.0
0.6
-0.1
0.0
0.3
-0.6
0.5
-0.3
1 602
1 528
1 532
1 419
1 406
0.4
-0.3
-0.3
0.1
0.7
0.7
-0.1
-0.2
-1.1
-1.0
-1.4
-1.1
-0.7
-1.5
0.2
-0.7
-0.7
-0.4
0.0
0.0
0.0
0.4
-0.3
-0.4
-0.5
-0.1
0.3
-0.1
0.2
-1.0
-0.6
-0.5
-0.4
0.6
-0.5
-0.2
0.2
0.0
-0.1
-0.8
-0.4
0.0
-0.4
0.1
-0.1
0.1
-0.1
-0.2
0.3
-0.3
0.1
0.1
-0.5
0.3
-0.5
Fonte: Cálculos do BCE com base em dados do Eurostat.
1) Os dados do emprego baseiam-se no SEC 2010.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 53
5.3 Mercados de trabalho
(dados corrigidos de sazonalidade, salvo indicação em contrário)
2. Desemprego e postos de trabalho por preencher 1)
Desemprego
Total
Milhões
% do total
em 2010
Por idade
% da
população
ativa
Milhões
2
10.1
10.1
11.3
12.0
12.0
11.9
11.8
11.6
11.5
11.6
11.6
11.6
11.5
11.5
11.5
79.3
3
12.579
12.737
14.504
15.479
15.534
15.410
15.248
15.088
15.012
15.102
15.039
15.079
14.966
14.992
15.038
100.0
1
15.865
15.957
18.009
19.023
19.073
18.883
18.682
18.459
18.359
18.478
18.397
18.438
18.305
18.335
18.395
2010
2011
2012
2013
2012 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set
Out.
3)
Por sexo
Adultos
Jovens
% da
população
ativa
4
8.9
8.9
10.1
10.7
10.8
10.7
10.6
10.4
10.4
10.4
10.4
10.4
10.3
10.3
10.4
Milhões
Homens
% da
população
ativa
20.7
5
3.287
3.220
3.504
3.544
3.539
3.473
3.434
3.371
3.347
3.376
3.358
3.360
3.339
3.343
3.356
G30 Emprego – pessoas empregadas e horas
trabalhadas
Milhões
54.1
7
8.582
8.518
9.681
10.215
10.272
10.097
10.042
9.841
9.763
9.831
9.754
9.786
9.730
9.774
9.831
6
21.0
21.0
23.3
24.1
24.2
23.9
23.9
23.6
23.5
23.5
23.5
23.5
23.4
23.4
23.5
Taxa de
postos de
trabalho por
preencher 2)
4)
Mulheres
% da
população
ativa
8
10.0
9.9
11.2
11.9
11.9
11.8
11.7
11.5
11.4
11.4
11.4
11.4
11.3
11.4
11.4
Milhões
45.9
9
7.283
7.439
8.327
8.809
8.801
8.787
8.640
8.618
8.596
8.647
8.643
8.653
8.575
8.561
8.563
% da
população
ativa
% do total
de postos
10
10.2
10.4
11.5
12.1
12.0
12.0
11.8
11.8
11.7
11.8
11.8
11.8
11.7
11.7
11.7
11
1.5
1.7
1.6
1.5
1.4
1.6
1.7
1.7
.
-
G31 Desemprego e taxas de postos de trabalho por
p r e e n c h e r 2)
(taxas de variação homólogas (%))
emprego em termos de pessoas empregadas
emprego em termos de horas trabalhadas
taxa de desemprego (escala da esquerda)
taxa de postos de trabalho por preencher (escala da direita)
3.0
3.0
12.5
2.2
2.0
2.0
12.0
2.0
1.0
1.0
11.5
1.8
0.0
0.0
11.0
1.6
-1.0
-1.0
10.5
1.4
-2.0
-2.0
10.0
1.2
-3.0
-3.0
9.5
1.0
-4.0
-4.0
9.0
0.8
-5.0
8.5
-5.0
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2009
2010
2011
2012
2013
2014
0.6
Fonte: Eurostat.
1) Os dados do desemprego referem-se a indivíduos e seguem as recomendações da OIT.
2) Indústria, construção e serviços (excluindo famílias como empregadoras e organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais); dados não corrigidos de sazonalidade.
3) Adultos: idade igual ou superior a 25 anos; jovens: idade inferior a 25 anos; taxas expressas em percentagem da população ativa para o respetivo escalão etário.
4) Taxas expressas em percentagem da população ativa por sexo.
E 54
BCE
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Dezembro 2014
6
FINANÇAS PÚBLICAS
6 . 1 R e c e i t a , d e s p e s a e d é f i c e / e x c e d e n t e 1)
(em percentagem do PIB; soma móvel de quatro trimestres em percentagem do PIB)
1. Área do euro – receita
Total
Receita corrente
Impostos
diretos
2009
2010
2011
2012
2013
2014 T1
T2
1
44.4
44.3
44.8
45.7
46.4
46.6
46.6
2
44.0
44.0
44.5
45.5
46.1
46.1
46.1
Famílias Empresas
3
11.4
11.4
11.7
12.2
12.5
12.5
12.5
4
9.0
8.8
8.9
9.4
9.6
.
.
5
2.3
2.5
2.6
2.7
2.8
.
.
6
12.5
12.6
12.8
13.0
13.1
13.0
13.0
Por
memória:
Carga
orçaImpostos
sobre o mental3)
capital
12
13
0.4
39.5
0.3
39.4
0.3
39.9
0.3
40.8
0.3
41.4
.
41.2
.
41.3
Receita de capital
Impostos Contribuições
indiretos
sociais
líquidas
Vendas
Empregadores 2)
7
15.2
15.1
15.1
15.3
15.5
15.4
15.5
Famílias
8
8.0
7.9
7.9
8.0
8.0
.
.
2)
9
6.1
6.0
6.0
6.1
6.2
.
.
10
3.0
3.1
3.1
3.2
3.2
3.2
3.2
11
0.3
0.2
0.2
0.2
0.3
0.5
0.5
2. Área do euro – despesa
Total
2009
2010
2011
2012
2013
2014 T1
T2
Despesa corrente
1
50.3
50.1
48.6
49.1
48.9
49.3
49.2
2
45.2
44.9
44.3
44.6
44.9
45.4
45.4
Despesa de capital
Remuneração
dos
empregados
Consumo
intermédio
Juros
Pagamentos
com fins
sociais 4)
Subsídios
3
10.9
10.7
10.4
10.3
10.4
10.3
10.3
4
5.4
5.4
5.3
5.3
5.3
5.3
5.3
5
2.8
2.7
3.0
3.0
2.8
2.8
2.7
6
23.4
23.4
23.1
23.4
23.8
23.0
23.0
7
1.9
1.8
1.8
1.7
1.7
1.4
1.4
Investimento
Transferências
de capital
9
3.6
3.4
3.1
2.9
2.8
2.8
2.8
10
1.4
1.9
1.2
1.6
1.3
1.1
1.0
8
5.0
5.2
4.3
4.5
4.1
4.0
3.8
Por
memória:
Despesa
primária
11
47.5
47.3
45.7
46.1
46.2
46.6
46.5
3. Área do euro – défice/excedente e efeito do orçamento da UE
Défice (-)/excedente (+)
Total
2009
2010
2011
2012
2013
2014 T1
T2
Administração
central
1
-5.9
-5.8
-3.8
-3.3
-2.5
-2.8
-2.6
Administração
estadual
2
-5.0
-5.0
-3.3
-3.4
-2.5
.
.
Administração
local
3
-0.5
-0.7
-0.7
-0.3
-0.2
.
.
Fundos de
segurança social
4
-0.3
-0.4
-0.2
0.0
0.0
.
.
Por memória:
Défice (-)/
excedente (+)
primário
Efeito do
orçamento
da UE
5
-0.3
-0.1
0.0
0.0
-0.1
.
.
6
0.3
0.3
0.3
0.3
0.4
.
.
7
-3.1
-3.1
-0.9
-0.4
0.3
0.0
0.1
4. Área do euro – consumo público
Consumo público
Total
Remuneração
dos empregados
2009
2010
2011
2012
2013
1
21.6
21.4
21.0
21.0
21.1
2
10.9
10.7
10.4
10.3
10.4
Consumo
intermédio
3
5.4
5.4
5.3
5.3
5.3
Transferências
sociais em
espécie
4
5.6
5.6
5.5
5.6
5.7
Consumo de
capital fixo
5
2.5
2.5
2.5
2.6
2.6
Consumo
coletivo
Consumo
individual
7
8.3
8.1
7.9
8.0
8.0
8
13.4
13.3
13.0
13.0
13.1
Vendas
6
3.0
3.1
3.1
3.2
3.2
Fontes: BCE para os dados anuais; Eurostat para os dados trimestrais.
1) As transações orçamentais da UE foram incluídas e consolidadas em dados anuais.
2) Os dados referem-se a contribuições sociais efetivas.
3) A carga orçamental inclui impostos e contribuições sociais.
4) As transferências correntes para instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias estão incluídas nos dados anuais.
BCE
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Dezembro 2014
E 55
6 . 2 D í v i d a 1)
(em percentagem do PIB)
1. Área do euro – dívida por instrumento financeiro e setor do detentor
Total
Numerário e
depósitos
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Detentores
Instrumentos financeiros
Empréstimos
Títulos de
dívida de
curto prazo
Credores residentes2)
Títulos de
dívida de
longo prazo
Total
IFM
Credores não
residentes3)
1
2
3
4
5
6
7
Outras
sociedades
financeiras
8
68.6
78.2
83.6
85.5
88.7
90.7
2.2
2.4
2.4
2.4
2.5
2.5
11.7
12.8
15.5
15.5
17.4
16.9
6.3
8.0
7.1
7.1
6.6
6.1
48.4
55.0
58.5
60.4
62.2
65.2
32.8
36.5
40.5
42.4
45.1
45.7
18.2
21.1
23.9
24.1
26.0
26.0
7.7
9.0
10.3
11.1
12.2
12.8
Outros
setores
9
10
7.0
6.5
6.4
7.2
6.9
6.9
35.8
41.7
43.1
43.1
43.6
45.0
2. Área do euro – dívida por emitente, prazo e moeda de denominação
Emitida por 4):
Total
Prazo original
Adminis- Adminis- Adminis- Fundos de
tração
tração
tração segurança
central estadual
local
social
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Até Superior a
1 ano
1 ano
Prazo residual
1
2
3
4
5
6
7
Taxa
de juro
variável
8
68.6
78.2
83.6
85.5
88.7
90.7
55.4
63.1
67.5
68.9
71.7
74.0
6.7
7.7
8.3
8.5
8.9
8.6
5.2
5.7
5.8
5.8
5.9
5.9
1.3
1.7
1.9
2.2
2.2
2.2
9.7
11.7
12.7
12.2
11.5
10.4
58.9
66.5
70.9
73.2
77.3
80.3
5.7
6.0
6.1
7.2
8.6
9.2
Até
1 ano
Superior a
1 e até 5
anos
10
11
12
13
28.5
32.6
34.3
35.5
37.8
39.4
67.4
76.9
82.2
83.6
86.5
88.7
1.1
1.2
1.3
1.8
2.2
2.0
(em percentagem do PIB)
IFM
outras sociedades financeiras
outros setores residentes
credores não residentes
dívida total
numerário e depósitos
empréstimos
títulos de crédito
dívida total
100
100
80
80
60
60
40
40
20
20
2006
Outras
moedas
23.0
26.7
28.6
29.6
31.4
32.0
G33 Dívida por detentor
2004
Euro ou
moedas
participantes
9
(em percentagem do PIB)
2002
Superior a 5
anos
17.2
19.0
20.7
20.3
19.5
19.3
G32 Dívida por instrumento financeiro
0
Moedas
2008
2010
2012
0
100
100
90
90
80
80
70
70
60
60
50
50
40
40
30
30
20
20
10
2002
2004
2006
2008
2010
2012
10
Fonte: BCE.
1) Dívida bruta das administrações públicas em valores nominais e consolidada entre os subsetores das administrações. As detenções por administrações não residentes não foram
objeto de consolidação. Os empréstimos intergovernamentais no contexto da crise financeira foram objeto de consolidação. Os dados são parcialmente estimados.
2) Detentores residentes no país cujo governo emitiu a dívida.
3) Inclui residentes em países da área do euro, à exceção do país cujo governo emitiu a dívida.
4) Exclui a dívida das administrações públicas no país cujo governo a emitiu.
E 56
BCE
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Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Finanças
públicas
1)
6.3 Ajustamento défice-dívida, principais ativos financeiros e dívida pública ao valor de mercado
(em percentagem do PIB)
1. Área do euro – ajustamento défice-dívida
Variação Défice (-)/
da dívida
excedente (+)
Ajustamento défice-dívida
Transações dos principais ativos financeiros detidos pelas administrações públicas
Total
1
5.2
7.1
7.4
4.1
3.8
2.7
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2
-2.1
-6.2
-6.1
-4.1
-3.6
-2.9
3
3.1
0.9
1.3
0.0
0.1
-0.2
4
2.9
1.0
1.7
-0.3
1.2
-0.5
Numerário e
depósitos
Empréstimos
Títulos
de
dívida
Ações e
outras
participações
5
0.7
0.3
0.0
0.2
0.3
-0.4
6
0.6
0.0
0.5
-0.2
0.4
-0.4
7
0.7
0.3
0.9
-0.2
-0.1
-0.1
8
0.8
0.4
0.2
-0.1
0.5
0.4
Outros
Total
Efeitos
de
reavaliação2)
11
0.2
-0.2
-0.1
0.2
-1.3
-0.1
12
0.2
-0.2
-0.1
0.1
-1.3
-0.1
Privati- Injeções
zações de capital
9
-0.1
-0.3
0.0
-0.1
-0.2
-0.2
10
0.7
0.5
0.2
0.2
0.3
0.4
Por
memória:
Necesfluxos
sidades
Outras
de
Efeitos variações financiade
cambiais
mento
volume3)
13
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
14
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
15
5.0
7.3
7.5
3.9
5.1
2.8
2. Área do euro – saldos dos principais ativos financeiros e responsabilidades com a dívida pública 4)
Principais ativos financeiros
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Responsabilidades com a dívida pública
Total
Numerário e
depósitos
Empréstimos
Títulos de
dívida
Ações e
outras
participações
Total
Numerário e
depósitos
Empréstimos
Títulos de
dívida
1
24.1
26.8
29.2
28.6
31.8
31.6
2
5.6
6.3
6.1
6.2
6.6
6.1
3
3.8
3.9
4.5
4.9
6.2
6.4
4
2.3
2.6
3.5
3.2
3.2
3.0
5
12.4
14.0
15.0
14.4
15.8
16.0
6
71.7
81.9
86.0
87.1
97.8
99.3
7
3.0
3.2
3.2
3.5
3.7
3.3
8
11.8
12.9
15.8
16.1
19.3
19.5
9
57.0
65.9
67.0
67.5
74.8
76.5
G34 Variação da dívida
G35 Saldos dos ativos e responsabilidades das administrações públicas
(variação homóloga do rácio da dívida em relação ao PIB e fatores subjacentes)
(em percentagem do PIB)
ajustamento défice-dívida
défice/excedente primário
diferencial juros-crescimento
variação do rácio da dívida em relação ao PIB
principais ativos financeiros
responsabilidades com a dívida pública
10
10
120
120
8
8
100
100
6
6
80
80
4
4
60
60
2
2
40
40
0
0
-2
-2
20
20
-4
2002
2004
2006
2008
2010
2012
-4
0
2002
2004
2006
2008
2010
2012
0
Fontes: BCE e cálculos do BCE com base em dados do Eurostat e dados nacionais relativamente aos ativos e responsabilidades das administrações públicas.
1) Os dados são parcialmente estimados. Os empréstimos intergovernamentais no contexto da crise financeira foram objeto de consolidação.
2) Inclui, para além do impacto de movimentos cambiais, efeitos resultantes da medida ao valor nominal (por exemplo, prémios ou descontos em títulos emitidos).
3) Inclui, em particular, o impacto da reclassificação de unidades e certos tipos de assunção da dívida.
4) Saldos dos principais ativos financeiros e responsabilidades com a dívida pública ao valor de mercado e consolidados entre os subsetores das administrações públicas.
BCE
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E 57
1)
6.4 Títulos de dívida pública
(capital e juros durante o período de serviço da dívida; saldos em fim de período; transações como média de 12 meses)
1. Área do euro – serviço da dívida a 2 anos
Prazo
residual
médio3)
Serviço da dívida
Até 1 ano
Total
Capital
Total
1
2011
2012
2013 T4
2014 T1
T2
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2011
2012
2013 T4
2014 T1
T2
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
2
632.2
598.4
674.3
666.8
652.5
707.0
652.5
672.7
749.5
751.4
724.4
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
27.1
26.6
27.1
27.0
26.8
27.4
26.8
27.0
27.8
27.8
27.5
691.0
597.9
639.3
693.2
669.9
667.7
669.9
685.9
769.1
742.6
701.2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
17.4
16.3
16.6
17.1
16.9
16.9
16.9
17.0
17.9
17.6
17.2
Entre 1 e 2 anos
2)
Total
Capital
Juros
8
9
10
11
12
157.2
153.4
155.0
157.0
156.2
157.3
156.2
157.1
154.6
154.8
153.8
941.1
1 000.4
1 035.1
973.6
982.6
1 039.3
982.6
986.8
980.4
1 008.7
1 023.1
753.9
815.2
849.8
784.7
793.4
849.1
793.4
796.1
792.4
820.1
835.7
187.2
185.3
185.2
189.0
189.2
190.2
189.2
190.7
188.0
188.7
187.5
6.4
6.3
6.3
6.4
6.4
6.4
6.4
6.4
6.3
6.3
6.3
1.7
1.6
1.6
1.6
1.6
1.6
1.6
1.6
1.6
1.6
1.6
9.7
10.2
10.5
9.8
9.9
10.5
9.9
10.0
9.9
10.2
10.3
7.7
8.3
8.6
7.9
8.0
8.6
8.0
8.0
8.0
8.3
8.4
2.0
1.9
1.9
1.9
1.9
1.9
1.9
1.9
1.9
1.9
1.9
-
Juros
Total
Até 3
meses
Superior a
3 meses
3
4
5
479.4
391.6
430.9
481.8
459.9
456.1
459.9
474.6
561.0
534.3
494.3
589.3
478.8
497.0
489.8
542.7
506.4
542.7
511.9
607.7
578.4
564.3
890.2
912.9
933.9
992.0
917.2
949.7
917.2
962.7
953.3
955.9
930.0
15.1
14.2
14.4
15.0
14.7
14.7
14.7
14.9
15.8
15.5
15.1
6.0
4.9
5.0
4.9
5.5
5.1
5.5
5.2
6.1
5.8
5.7
9.1
9.3
9.4
10.0
9.3
9.6
9.3
9.7
9.6
9.7
9.4
Total
Até 3
meses
Superior a
3 meses
6
7
EUR mil milhões
211.6
54.4
206.3
52.9
208.4
53.4
211.4
54.4
210.0
53.8
211.6
54.3
210.0
53.8
211.3
54.2
208.1
53.4
208.3
53.5
206.9
53.1
Em percentagem do PIB
2.2
0.6
2.2
0.6
2.2
0.6
2.1
0.6
2.1
0.5
2.2
0.6
2.1
0.5
2.1
0.6
2.1
0.5
2.1
0.5
2.1
0.5
2. Área do euro – taxas de rendibilidade nominais médias
Saldos
2011
2012
2013 T4
2014 T1
T2
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Transações
Total
Cupão
zero
Taxa
variável
Taxa fixa
1
2
3
4
4.0
3.7
3.4
3.2
3.2
3.2
3.2
3.2
3.1
3.1
3.1
3.0
3.0
1.0
0.8
0.8
0.7
0.8
0.9
0.5
0.5
0.4
2.5
1.6
1.6
1.6
1.5
1.5
1.5
1.6
1.5
1.5
1.5
4.2
3.9
3.7
3.7
3.6
3.6
3.6
3.6
3.6
3.5
3.5
Total
Até 1 ano
Superior a
5 anos
5
6
Percentagens por ano
3.7
4.6
3.3
4.4
3.2
4.2
3.2
4.1
3.1
4.0
3.2
4.1
3.1
4.0
3.0
4.0
3.1
4.0
3.0
3.9
3.0
3.9
Emissões
Reembolsos
Total
Até 1 ano
Total
7
8
9
Superior
a 1 ano
10
.
1.6
1.0
1.1
1.1
1.0
1.1
1.2
0.9
0.9
0.9
.
1.6
0.7
0.6
0.7
0.6
0.7
0.8
0.5
0.5
0.5
3.2
2.7
1.8
1.7
1.7
1.6
1.7
1.7
1.6
1.7
1.7
3.2
2.9
2.8
2.8
2.9
2.8
2.9
2.9
2.8
2.9
2.9
Fonte: BCE.
1) Os dados sobre os títulos de dívida pública são registados ao valor nominal e não são consolidados no setor das administrações públicas.
2) Os montantes de capital não abrangem os títulos de curto prazo emitidos e reembolsados durante os 12 meses seguintes.
3) Prazo residual médio em anos.
E 58
BCE
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Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Finanças
públicas
6.5 Evolução orçamental nos países da área do euro
(em percentagem do PIB; soma móvel de quatro trimestres em percentagem do PIB; percentagens por ano para as taxas de rendibilidade)
Estónia
1)
Bélgica
Alemanha
1
2
2012
2013
2014 T1
T2
-4.1
-2.9
-2.9
-3.1
0.1
0.1
0.4
0.5
2012
2013
2014 T1
T2
104.0
104.5
108.6
108.6
79.0
76.9
75.6
75.4
2012
2013
2014 T1
T2
2014 Ago.
Set.
Out.
20.7
17.8
20.8
18.9
19.7
19.9
19.5
14.6
13.6
13.9
13.6
13.3
13.3
13.4
2012
2013
2014 T1
T2
2014 Ago.
Set.
Out.
4.1
3.8
3.6
3.6
3.6
3.6
3.5
2.8
2.4
2.3
2.3
2.2
2.2
2.2
Letónia
Luxemburgo
Malta
10
11
12
2012
2013
2014 T1
T2
-0.8
-0.9
0.0
0.1
0.1
0.6
0.2
0.3
2012
2013
2014 T1
T2
40.9
38.2
38.7
41.1
21.4
23.6
23.2
23.1
2012
2013
2014 T1
T2
2014 Ago.
Set.
Out.
3.0
3.8
3.9
2.2
2.1
2.5
2.4
4.9
0.3
0.3
0.3
0.3
0.3
0.3
2012
2013
2014 T1
T2
2014 Ago.
Set.
Out.
4.5
4.3
3.8
3.6
3.6
3.7
3.6
3.0
2.6
2.6
2.6
2.6
2.6
2.6
Irlanda
2)
Grécia
Espanha
3
4
5
6
Défice (-)/excedente (+) orçamental
-0.3
-8.0
-8.6
-10.3
-0.5
-5.7
-12.2
-6.8
-0.4
-5.5
-10.2
-6.5
-0.3
-5.4
-2.9
-6.3
Dívida pública
9.7
121.7
156.9
84.4
10.1
123.3
174.9
92.1
10.5
121.9
174.3
95.0
10.5
116.7
176.8
96.4
Títulos de dívida pública; serviço da dívida 3)
7.1
15.4
17.5
7.1
19.1
19.9
5.6
17.8
20.6
4.7
12.8
20.4
5.3
13.5
20.8
5.2
12.6
21.3
5.2
12.4
20.0
Títulos de dívida pública; taxas de rendibilidade nominais médias
5.0
3.5
4.5
4.5
3.6
4.2
4.5
3.6
4.0
4.4
3.5
3.9
4.4
3.3
3.9
4.4
3.4
3.9
4.4
3.3
3.8
Países Baixos
Áustria
Portugal
13
14
15
Défice (-)/excedente (+) orçamental
-3.7
-4.0
-2.3
-5.5
-2.7
-2.3
-1.5
-4.9
-3.0
-3.1
-1.5
-4.1
-3.2
-3.0
-1.5
-4.8
Dívida pública
67.9
66.5
81.7
124.8
69.8
68.6
81.2
128.0
72.3
68.1
81.3
131.6
75.0
69.6
82.6
129.4
Títulos de dívida pública; serviço da dívida 3)
10.6
12.0
8.6
15.9
11.6
10.9
10.9
20.8
12.8
10.0
10.2
20.7
14.4
12.4
10.0
17.5
10.6
11.9
11.2
17.3
10.1
12.7
11.1
16.8
11.5
11.3
9.0
17.5
Títulos de dívida pública; taxas de rendibilidade nominais médias
4.9
3.4
3.9
4.3
4.6
3.0
3.7
4.1
4.4
2.8
3.7
4.1
4.3
2.8
3.5
4.1
4.3
2.8
3.5
4.0
4.4
2.7
3.5
4.0
4.3
2.7
3.4
4.0
França
Itália
Chipre
7
8
9
-4.9
-4.1
-4.0
-4.2
-3.0
-2.8
-2.9
-3.0
-5.8
-4.9
-5.0
-4.1
89.2
92.2
94.1
95.2
122.2
127.9
130.7
133.8
79.5
102.2
102.5
109.5
17.6
17.9
18.7
18.6
23.3
22.8
22.4
22.5
24.0
25.0
25.2
24.9
23.6
23.4
17.8
10.7
10.4
11.0
6.4
6.1
7.1
3.5
3.2
3.0
2.9
2.9
2.9
2.9
4.2
3.8
3.7
3.6
3.5
3.5
3.4
4.7
3.7
3.7
3.8
4.2
4.2
4.1
Eslovénia
Eslováquia
Finlândia
16
17
18
-3.7
-14.6
-13.5
-13.1
-4.2
-2.6
-2.6
-2.7
-2.1
-2.4
-2.5
-2.5
53.4
70.4
77.1
78.3
52.1
54.6
57.5
55.6
53.0
56.0
57.5
58.9
7.0
12.7
16.9
13.4
13.0
13.2
9.5
8.5
8.9
11.9
6.5
6.4
7.1
7.1
7.2
6.7
5.8
6.7
9.2
6.4
6.5
4.5
4.6
4.5
4.3
4.2
4.3
4.1
3.9
3.7
3.7
3.6
3.6
3.6
3.6
3.0
2.8
2.8
2.7
2.7
2.6
2.6
Fontes: Eurostat relativamente ao défice/excedente orçamental e dívida pública; BCE relativamente ao serviço da dívida pública e taxas de rendibilidade nominais médias.
1) As estatísticas sobre os títulos de dívida pública da Estónia não são atualmente publicadas devido a uma reduzida cobertura dos dados.
2) Os dados sobre o serviço da dívida pública não abrangem os títulos emitidos sem um número de identificação internacional dos títulos (ISIN).
3) O serviço da dívida pública inclui as despesas de capital e juros devidas nos 12 meses seguintes.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 59
7
TRANSAÇÕES E POSIÇÕES EXTERNAS
7 . 1 S í n t e s e d a b a l a n ç a d e p a g a m e n t o s 1), 2)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; transações líquidas)
Balança corrente
Total
Bens
Serviços
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2013 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
1
-16.3
138.3
198.4
35.0
44.8
81.2
14.8
21.8
25.7
33.5
1.2
9.5
24.3
16.1
7.9
20.8
32.7
17.4
31.0
2
21.1
132.3
206.4
43.4
60.4
53.9
14.5
21.0
21.0
15.3
3.3
18.9
21.2
18.7
20.6
21.1
23.6
9.8
20.5
3
49.7
65.6
71.1
18.8
25.9
30.5
9.7
5.5
5.6
9.0
7.1
5.4
6.3
7.5
9.2
9.2
10.8
6.8
12.8
2013 Set.
2014 Set.
187.7
241.9
195.6
214.9
68.3
95.2
2013 Set.
2014 Set.
1.9
2.4
2.0
2.2
0.7
1.0
Balança
Financiade mento/encapital dividamento
RendiRendilíquido
mento
mento
face
primário secundário
ao resto
do mundo
(colunas
1+6)
Balança financeira
Total
Investimento
direto
5
6
7
8
9
-126.8
.
.
.
.
-130.0
.
.
.
.
-144.7
20.0
218.4
446.6
52.1
-50.9
5.7
40.8
82.1
38.7
-33.2
4.0
48.7
82.8
4.2
-26.6
2.6
83.7
37.5
19.1
-11.2
0.5
15.4
28.8
16.6
-9.1
3.1
24.9
33.6
-6.1
-8.7
3.6
29.2
33.2
18.5
-12.2
1.8
35.2
96.4
17.7
-13.6
0.9
2.1
-20.4
0.4
-24.5
2.9
12.4
8.0
16.2
-12.8
1.9
26.3
94.5
22.1
-10.2
1.2
17.3
-3.2
18.9
-8.9
0.7
8.6
1.6
-2.4
-14.1
2.1
22.8
84.4
-12.3
-10.0
0.8
33.5
0.0
4.8
-8.6
1.2
18.6
10.3
-9.0
-8.1
0.6
31.7
27.2
23.3
Transações acumuladas de 12 meses
68.0
-144.2
.
.
.
.
72.5
-140.7
20.7
262.6
365.7
92.2
Transações acumuladas de 12 meses em percentagem do PIB
0.7
-1.5
.
.
.
.
0.7
-1.4
0.2
2.6
3.7
0.9
Investi- Derivados
mento de financeicarteira
ros
4
39.8
70.3
65.6
23.8
-8.4
23.4
1.8
4.5
7.8
21.4
4.4
9.7
9.7
0.1
-12.9
4.5
8.3
9.3
5.8
Erros e
omissões
Outro
Ativos
investi- de reserva
mento
10
.
.
-12.8
-57.3
-39.1
33.3
1.5
-4.4
-51.0
15.8
-56.4
-69.0
68.2
30.8
-79.3
9.5
-16.7
16.1
34.0
11
.
.
33.6
5.8
15.6
3.4
1.9
4.5
4.4
3.5
0.1
2.6
3.2
5.5
9.7
0.5
-0.7
-3.0
7.0
12
.
.
369.1
92.6
101.7
-17.2
7.8
40.4
61.5
58.1
32.9
58.7
1.0
-58.8
73.3
87.3
12.9
5.0
-35.0
13
.
.
4.7
2.2
0.3
-1.2
1.1
-0.8
-0.2
1.4
2.6
-0.5
0.0
0.4
0.3
-0.5
-0.3
1.2
-2.1
14
.
.
228.3
41.4
34.1
-46.2
13.5
8.7
4.0
61.2
-22.5
-4.4
68.2
-20.5
-7.0
61.6
-33.6
-8.2
-4.4
.
-102.6
.
37.3
.
337.2
.
1.7
.
103.1
.
-1.0
.
0.4
.
3.4
.
0.0
.
1.0
G36 BdP da área do euro: balança corrente
G37 BdP da área do euro: investimento direto e de carteira
(transações acumuladas de 12 meses em percentagem do PIB)
(transações acumuladas de 12 meses em percentagem do PIB)
saldo da balança corrente
balança de bens
balança de serviços
investimento direto líquido
investimento de carteira líquido
3.0
3.0
2.0
2.0
1.0
1.0
0.0
0.0
-1.0
-1.0
-2.0
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-2.0
1.5
1.5
1.0
1.0
0.5
0.5
0.0
0.0
-0.5
-0.5
-1.0
-1.0
-1.5
-1.5
-2.0
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Fonte: BCE.
1) A convenção de sinais é explicada nas Notas Gerais.
2) Os dados relativos aos períodos de refêrencia anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
E 60
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
Maio
2014
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
-2.0
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Transações
e
posições
externas
7.2 Balança corrente e balança de capital
1)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; transações)
1. Síntese da balança corrente e da balança de capital
Balança corrente
Bens
Total
Crédito
Débito
Líquido
Crédito
Balança de capital
Rendimento primário
Serviços
Débito
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
1
2 951.7
3 152.7
3 231.0
787.9
830.9
822.1
276.0
288.0
284.4
249.0
288.7
2
2 967.9
3 014.4
3 032.6
752.8
786.1
740.9
268.1
267.2
251.7
231.6
257.7
3
-16.3
138.3
198.4
35.0
44.8
81.2
7.9
20.8
32.7
17.4
31.0
4
1 726.5
1 870.0
1 899.7
467.0
484.9
482.2
161.9
163.0
171.9
140.1
170.2
2013 Set.
2014 Set.
3 210.9
3 273.3
3 023.2
3 031.4
187.7
241.9
1 893.5
1 917.2
2013 Set.
2014 Set.
32.5
32.8
30.6
30.4
1.9
2.4
19.2
19.2
17.2
17.0
2013 Set.
2014 Set.
0.0
5.0
0.0
-0.9
0.0
109.0
0.0
6.6
0.0
3.1
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
814.2
824.5
820.7
273.4
277.8
270.0
266.5
284.3
754.8
764.6
745.0
250.4
260.3
247.1
243.7
254.2
59.3
59.9
75.7
23.0
17.5
22.9
22.8
30.0
474.1
484.8
481.8
161.1
162.5
159.9
154.3
167.6
422.9
427.4
425.5
140.0
144.2
142.4
136.3
146.9
2014 Jul.
Ago.
Set.
-2.8
-1.3
6.7
-5.1
-1.4
4.3
30.6
-0.3
31.8
-1.6
-3.5
8.6
-1.3
-4.3
7.8
Crédito
5
1 705.4
1 737.8
1 693.3
423.6
424.5
428.3
141.4
141.9
148.3
130.3
149.7
Débito
6
564.3
608.8
641.2
155.2
171.5
183.8
56.6
61.7
62.0
59.2
62.5
7
514.6
543.2
570.1
136.5
145.6
153.3
47.4
52.4
51.2
52.4
49.7
Crédito
Rendimento
secundário
Crédito
Débito
Débito
Remuneração dos
empregados
8
9
583.0
.
595.6
.
605.7
30.9
145.9
7.9
151.5
7.8
136.4
7.8
49.4
2.6
55.3
2.6
43.9
2.6
43.3
2.6
49.2
2.5
10
543.2
525.3
540.1
122.1
159.8
113.0
62.3
50.8
35.6
34.0
43.5
Crédito
Débito
13
204.7
208.1
229.1
70.7
56.1
46.3
16.9
22.1
16.5
15.0
14.8
14
.
.
38.9
9.3
7.5
5.3
2.3
3.1
1.8
2.1
1.5
15
.
.
18.9
3.6
3.5
2.8
1.6
1.0
1.0
0.9
0.9
83.0
83.8
227.2
224.6
.
38.0
.
17.3
Remuneração dos
empregados
11
.
.
14.0
2.6
3.7
4.1
1.2
1.3
1.4
1.3
1.4
12
77.9
78.1
84.4
19.8
23.0
19.6
8.0
8.0
6.6
6.4
6.7
.
13.9
Transações acumuladas de 12 meses
1 697.9
630.5
562.2
603.8
.
535.8
1 702.2
677.9
582.7
594.4
31.5
521.9
Transações acumuladas de 12 meses em percentagem do PIB
6.4
5.7
6.1
6.8
5.8
6.0
Taxas de variação homólogas (%)
0.0
0.0
0.0
6.7
1.7
-0.4
Dados corrigidos de sazonalidade
168.7
171.8
172.4
56.6
59.3
56.6
57.0
58.8
143.9
148.0
145.6
48.3
51.5
47.8
49.6
48.3
149.9
147.2
145.9
48.8
48.7
46.8
47.9
51.3
.
0.3
5.4
5.2
.
0.1
0.8
0.8
2.3
2.2
.
0.4
.
0.2
.
0.4
0.0
-8.7
.
0.8
0.0
-6.4
0.0
-19.3
.
-17.1
.
-33.7
-
131.2
130.0
122.2
43.4
43.0
38.3
40.2
43.7
-
21.4
20.6
20.6
6.9
7.3
6.6
7.3
6.7
56.8
59.3
51.7
18.7
21.5
18.7
17.7
15.3
-
-
-
-10.9
5.0
8.7
-
-10.0
10.0
-8.1
-13.3
-5.4
-13.2
-
-
Variações (%) mensais em cadeia
-4.5
0.7
3.1
-7.3
3.8
-2.5
-3.9
2.4
7.1
2. Serviços
Total
Crédito
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
1
564.3
608.8
641.2
171.5
167.3
155.2
171.5
183.8
Transportes
Débito
2
514.6
543.2
570.1
148.7
147.3
136.5
145.6
153.3
Viagens
Serviços de seguros Serviços de telecoe pensões e serviços municações, inforfinanceiros
mática e informação
Outros serviços 3)
Outros serviços
prestados às
empresas 2)
Crédito
Débito
Crédito
Débito
Crédito
Débito
Crédito
Débito
Crédito
Débito
Crédito
Débito
3
.
.
127.4
33.5
31.4
29.7
31.4
-
4
5
6
.
.
93.1
31.9
21.6
18.1
23.4
-
7
8
.
.
52.0
12.5
13.6
14.0
14.0
-
9
.
.
75.2
18.3
21.3
19.2
20.7
-
10
.
.
40.4
9.6
10.8
9.9
10.2
-
11
12
.
.
161.9
39.2
45.8
41.3
43.6
-
.
.
164.3
39.7
45.3
39.6
42.6
-
13
.
.
88.2
21.5
25.3
25.5
24.8
-
14
.
.
97.2
23.6
25.4
24.9
25.1
-
.
.
123.0
31.4
30.6
30.0
30.4
-
.
.
112.6
39.9
23.3
20.7
30.8
-
.
.
75.9
19.2
20.2
18.8
19.9
-
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
2) Incluem serviços de investigação e desenvolvimento, serviços de consultoria em gestão e outras áreas técnicas, e serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços
fornecidos por empresas não incluídos nas categorias anteriores.
3) Incluem serviços de transformação que digam respeito a recursos materiais pertencentes a terceiros, serviços de manutenção e de reparação n.e., construção, direitos cobrados
pela utilização de propriedade intelectual, serviços pessoais, culturais e recreativos, bens e serviços das administrações públicas e serviços não atribuídos.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 61
7.2 Balança corrente e balança de capital
1)
(EUR mil milhões)
3. Rendimentos de investimento
(transações)
Total
Crédito
Investimento direto
Débito
Participações no capital
Crédito
1
.
.
535.2
133.0
132.9
125.3
140.7
125.6
2
.
.
510.0
124.7
119.2
115.5
152.1
105.3
3
.
.
271.7
67.1
67.5
61.8
70.9
61.0
Instrumentos de dívida Participações no capital
Débito
Lucros
reinvestidos
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
Investimento de carteira
Outro investimento Ativos de
reserva
Títulos de dívida
Crédito
Débito
Crédito
13
.
.
48.7
11.6
12.0
10.5
10.4
11.6
14
.
.
54.2
12.7
13.6
13.4
13.2
12.1
15
.
.
2.7
0.7
0.7
0.7
0.7
0.7
Suíça Estados
Unidos
Outros
países2)
Crédito
Débito
Crédito
Débito
Crédito
Débito
7
.
.
64.1
15.2
17.3
16.2
15.1
12.3
8
.
.
50.9
12.3
13.1
13.9
14.5
9.8
9
.
.
45.5
12.7
9.9
11.2
18.2
14.5
10
.
.
111.7
25.3
19.5
20.2
56.5
22.7
11
.
.
102.6
25.7
25.5
24.9
25.4
25.6
12
.
.
110.2
27.0
27.1
27.3
25.5
25.4
China
Índia
Japão
Rússia
9
10
11
12
165.6
130.4
20.4
14.3
14.2
0.6
0.7
37.5
27.6
7.4
2.2
2.2
0.2
0.1
76.0
43.2
16.2
13.0
12.9
3.7
0.3
120.9
82.0
21.1
17.2
17.2
0.6
0.1
199.8
16.4
25.2
7.0
42.2
10.1
2.5
0.2
1.1
0.1
Lucros
reinvestidos
4
.
.
32.1
17.0
-9.3
17.9
7.6
13.2
5
.
.
183.0
47.5
45.8
40.6
42.5
35.3
6
.
.
38.7
16.4
-3.5
12.5
8.2
13.2
4. Desagregação geográfica
(transações acumuladas de quatro trimestres)
Total
T3 2013 a
T2 2014
Estados-Membros da UE não
pertencentes à área do euro
1
Balança corrente
Bens
Serviços
Rend. primário
Rend. de investimento
Rend. secundário
Balança de capital
3 260.0
1 908.1
665.6
601.6
531.8
84.6
40.4
Balança corrente
Bens
Serviços
Rend. primário
Rend. de investimento
Rend. secundário
Balança de capital
3 052.5
1 700.4
578.0
541.7
511.5
232.4
17.9
Balança corrente
Bens
Serviços
Rend. primário
Rend. de investimento
Rend. secundário
Balança de capital
207.4
207.7
87.6
59.9
20.3
-147.8
22.6
Brasil Canadá
Total
Reino
Unido
Outros
países
da UE
Instituições
da UE
2
3
4
5
6
7
Créditos
46.2
24.1
10.8
10.7
10.6
0.6
0.0
Débitos
8
E 62
14
264.3
105.7
74.2
71.4
55.0
13.1
2.9
437.4
224.2
106.1
96.0
94.4
11.0
0.5
1 009.6
631.6
196.5
165.6
160.1
18.6
4.8
133.1
10.4
96.8
50.5
141.2
125.4
544.4
177.1
3.4
0.0
0.8
0.0
14.4
0.7
16.4
1.8
60.7
7.9
1 044.1
607.7
202.3
195.6
150.0
35.7
31.1
493.8
253.8
123.5
91.9
89.4
24.6
5.0
485.0
353.3
71.1
54.8
53.8
3.0
0.7
65.2
0.5
7.7
48.9
6.8
8.1
25.3
58.3
31.6
10.7
15.5
15.3
0.6
0.0
477.9
167.7
164.3
92.9
313.6
73.6
0.0
1.3
25.3
5.3
130.2
6.4
24.1
4.6
6.4
1.5
99.8
0.4
1.7
0.2
1.1
0.4
Líquido
129.7
34.6
89.5
30.6
39.7
-2.4
0.5
6.4
6.4
5.4
9.6
2.6
-69.3
3.9
2.4
0.4
0.9
6.1
-51.1
10.7
8.9
23.7
83.0
-19.3
87.2
19.4
-91.8
42.5
0.5
0.5
-0.6
17.1
-91.6
25.0
-1.1
-0.2
-0.6
-0.4
-1.9
0.5
-0.9
0.0
0.2
0.3
-0.3
0.1
-1.3
2.1
-5.3
-1.3
-44.8
-21.0
14.5
8.2
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
2) O total do rendimento de ativos de reserva é atribuído a outros países.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
13
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Transações
e
posições
externas
7 . 3 B a l a n ç a f i n a n c e i r a 1)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
1. Síntese da balança financeira
Total 2)
Total
em % do PIB
Ativo
Passivo
Líquido
Ativo
Passivo
1
2
3
4
5
.
.
.
17 731.8
17 619.8
17 767.5
18 202.4
18 646.0
.
.
.
19 159.4
19 119.1
19 106.0
19 444.2
19 713.9
.
.
.
-1 427.6
-1 499.3
-1 338.5
-1 241.7
-1 067.9
.
.
.
180.2
178.5
179.4
182.9
186.7
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
.
.
783.7
326.1
191.4
149.4
71.1
-13.1
70.1
28.8
50.5
.
.
337.1
244.0
108.6
111.9
69.5
-97.5
70.2
18.5
23.2
.
.
446.6
82.1
82.8
37.5
1.6
84.4
0.0
10.3
27.2
.
.
7.9
3.3
1.9
.
-
2010
2011
2012
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
.
.
.
-189.2
-107.5
115.8
248.3
.
.
.
.
-20.9
-108.6
94.4
162.8
.
.
.
.
-169.9
-2.5
14.7
91.1
.
.
.
.
-3.1
-2.3
0.6
3.5
.
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
.
.
4.9
4.8
5.2
.
.
2.0
2.2
2.9
.
.
2.3
2.1
1.8
-
2010
2011
2012
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
Líquido
Derivados
financeiros
Passivo líquidos
Investimento
direto
Investimento
de carteira
Outro
investimento
Ativo
Ativo
Ativo
Passivo
11
12
13
14
.
.
.
-61.6
-56.9
-65.2
-49.4
-43.9
.
.
.
4 636.2
4 518.8
4 392.5
4 578.3
4 661.5
.
.
.
4 968.9
4 796.7
4 489.3
4 638.1
4 593.9
.
.
.
564.3
586.8
542.1
570.6
583.1
.
.
33.6
5.8
15.6
3.4
9.7
0.5
-0.7
-3.0
7.0
.
.
-35.8
240.2
47.7
11.1
35.2
-35.1
54.0
-4.2
-38.6
.
.
-404.9
147.6
-54.0
28.2
-38.1
-122.4
41.1
-9.2
-3.6
.
.
4.7
2.2
0.3
-1.2
0.3
-0.5
-0.3
1.2
-2.1
.
.
.
4.3
-20.7
9.9
-10.1
.
.
.
.
-44.2
-96.5
-54.4
35.4
.
.
.
.
-45.9
-117.6
1.1
9.9
.
.
.
.
19.5
-45.0
26.4
12.1
.
-
.
.
4.0
4.2
6.1
.
.
-5.7
-4.4
-1.4
.
.
1.2
1.0
0.3
Passivo
6
7
8
9
10
Saldos (posição de investimento internacional)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
194.7
-14.5
7 120.0
5 406.2
5 469.8
8 779.7
193.7
-15.2
6 995.6
5 409.4
5 569.8
8 904.2
192.9
-13.5
7 231.9
5 550.5
5 658.8
9 051.9
195.4
-12.5
7 355.0
5 499.4
5 747.5
9 292.6
197.4
-10.7
7 407.6
5 487.0
6 033.4
9 620.6
Transações
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
3.4
4.5
519.2
467.1
262.0
274.8
2.5
0.8
8.7
-30.0
69.1
126.4
1.1
0.8
-24.9
-29.1
152.6
191.7
.
.
43.3
24.2
92.8
59.5
-14.6
-12.2
40.4
119.7
-41.3
-28.9
63.3
53.8
4.2
-0.5
12.9
29.6
6.0
15.0
28.8
12.7
33.1
9.8
51.1
17.1
Total de outras alterações
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
-1.4
-1.7
-197.3
-51.7
28.5
76.8
-2.2
0.0
20.7
-44.3
34.2
53.3
0.5
0.1
114.4
-21.1
19.5
114.4
2.6
0.9
77.5
16.7
133.3
136.3
.
.
.
.
.
.
Taxas de crescimento homólogas (em percentagem)3)
.
.
.
.
.
.
.
.
6.2
7.0
4.0
3.5
3.9
3.4
6.3
5.2
3.5
2.8
6.5
5.2
Ativos
de
reserva
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
2) Os derivados financeiros líquidos são incluídos no total do ativo.
3) Ver as Notas Técnicas.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 63
7 . 3 B a l a n ç a f i n a n c e i r a 1)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
2. Investimento direto
Ativo
Total
Por instrumento
Passivo
Por setor residente
7
6
7
7
7
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
.
.
.
120.0
995.6
231.9
355.0
407.6
4
4
5
5
5
.
.
.
851.8
847.8
042.1
114.5
111.3
2
2
2
2
2
.
.
.
268.0
147.6
189.5
238.0
293.6
.
.
519.2
8.7
-24.9
43.3
-14.6
-41.3
4.2
6.0
33.1
.
.
485.4
-1.4
-46.1
33.1
-21.6
-28.6
9.7
7.6
15.9
.
.
33.8
10.1
21.2
10.2
7.1
-12.6
-5.4
-1.6
17.2
6.2
3.9
3.5
8.0
5.9
4.7
2.0
-0.6
0.7
2014 T1
T2
T3
Total
Por instrumento
Por
memória:
Setor Investimento
direto no
não
exterior 2)
monetário
Por setor residente
Títulos de Instrumentos
part. no capital
de
(incl. lucros
dívida
reinvestidos)
9
8
5
6
7
4
Saldos (posição de investimento internacional)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
308.2
6 811.8
6 100.6
5 406.2
3 476.6
1 929.6
305.6
6 690.0
6 035.6
5 409.4
3 511.6
1 897.8
302.6
6 929.3
6 291.8
5 550.5
3 651.0
1 899.5
307.5
7 047.5
6 317.3
5 499.4
3 607.0
1 892.4
308.5
7 099.1
6 409.0
5 487.0
3 562.6
1 924.4
Transações
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
-0.8
520.0
578.1
467.1
406.1
61.0
5.7
3.0
-17.1
-30.0
-30.8
0.8
4.3
-29.2
5.4
-29.1
-38.3
9.3
3.6
39.7
24.2
16.4
7.8
1.9
-16.4
-12.2
-24.1
11.9
0.8
-42.0
-28.9
-19.2
-9.7
-0.7
4.9
-0.5
6.3
-6.9
-0.9
6.9
15.0
10.1
4.9
5.2
27.8
9.8
0.1
9.7
Taxas de crescimento homólogas (em percentagem)
0.0
6.3
8.1
7.0
9.0
3.4
0.4
3.9
5.7
3.4
5.0
0.3
2.8
3.8
0.8
IFM
Títulos de Instrumentos
part. no capital
de
(incl. lucros
dívida
reinvestidos)
2
3
1
2010
2011
2012
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
Por
memória:
Setor Investimento
direto no
não
exterior 2)
monetário
IFM
10
11
12
.
.
.
161.3
161.3
153.4
151.9
153.2
.
.
.
244.9
248.1
397.1
347.6
333.8
.
.
.
386.9
449.4
610.4
461.7
488.4
5
5
5
5
5
4
4
4
4
4
.
.
8.1
-1.5
2.3
1.1
0.6
0.7
0.2
0.7
0.2
.
.
459.1
-28.5
-31.4
23.1
-12.8
-29.7
-0.8
14.3
9.6
.
.
526.1
-55.8
1.3
-
1.5
2.5
-
7.7
3.9
-
9.9
5.7
-
G38 Posição de investimento internacional da área do euro
G39 Posição de investimento direto e de carteira da área do euro
(saldos em fim de período; em percentagem do PIB)
(saldos em fim de período; em percentagem do PIB)
posição de investimento internacional líquida
investimento direto líquido
investimento de carteira líquido
-10.0
-10.0
30.0
30.0
-11.0
-11.0
20.0
20.0
10.0
10.0
-12.0
-12.0
0.0
0.0
-13.0
-13.0
-14.0
-10.0
-20.0
-20.0
-30.0
-30.0
-14.0
-15.0
-16.0
-10.0
-15.0
13T1
13T2
13T3
2013
13T4
14T1
14T2
-16.0
2014
-40.0
13T1
13T2
13T3
2013
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
2) Estimativa do princípio direcional do BPM5.
E 64
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
13T4
14T1
14T2
-40.0
2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Transações
e
posições
externas
7 . 3 B a l a n ç a f i n a n c e i r a 1)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
3. Ativos de investimento de carteira
Por instrumento
Total
Por setor residente
Ações e outras participações
Total
2010
2011
2012
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
2014 T1
T2
T3
5
5
5
5
6
1
2
.
.
.
469.8
569.8
658.8
747.5
033.4
.
.
.
134.7
235.2
351.6
411.0
555.2
2
2
2
2
2
.
.
262.0
69.1
152.6
92.8
40.4
63.3
12.9
28.8
51.1
.
.
166.0
18.1
65.0
14.1
20.9
15.1
5.2
4.8
4.1
4.0
6.3
6.5
5.4
7.7
6.0
Títulos de dívida
IFM
(excluindo
o
Eurosistema
Partici- Curto prazo
Longo
pações em
prazo
fundos de
investimento
7
8
4
3
5
6
Saldos (posição de investimento internacional)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
813.1
315.4
491.3
2 841.0
83.6
931.4
906.0
322.9
487.3
2 844.2
81.2
944.8
009.0
335.0
475.2
2 829.1
78.5
937.2
076.9
326.7
486.4
2 849.2
79.1
936.5
183.8
364.2
509.4
2 967.9
84.8
962.7
Transações
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
151.8
14.3
6.6
89.3
17.2
-20.1
12.4
5.7
12.6
38.5
1.5
-9.8
55.8
9.3
16.0
71.5
4.2
9.5
25.2
53.5
-4.7
39.7
7.1
12.5
3.4
5.8
12.5
35.7
1.5
14.9
1.5
6.2
-0.3
-1.3
8.5
15.5
-2.9
10.4
15.2
31.7
-1.5
30.6
Taxas de crescimento homólogas (em percentagem)
5.7
4.2
0.8
3.4
23.7
-3.0
8.0
6.3
6.3
5.3
9.4
1.2
11.0
6.3
-
Títulos de
part. no
capital
1
1
2
2
2
Eurosistema
Por setor de contrapartida (emitente)
Administrações
públicas
Outros
setores
IFM
Administrações
públicas
Outros
setores
9
10
11
12
13
.
.
.
140.8
140.9
135.1
129.2
132.5
.
.
.
314.0
403.0
508.0
602.6
853.4
.
.
.
163.0
190.6
155.0
197.2
233.1
.
.
.
865.4
807.9
793.8
798.3
848.6
.
.
.
435.4
565.7
704.5
745.5
944.9
4
4
4
4
4
1
1
1
1
1
3
3
3
3
3
.
.
-2.3
-4.8
-0.7
-3.9
0.1
-0.9
-0.6
-0.9
-2.4
.
.
267.2
82.3
139.6
61.7
31.1
47.8
15.1
22.2
24.4
.
.
33.9
7.6
20.0
13.9
3.3
10.1
4.2
7.5
2.2
.
.
20.5
12.5
30.4
15.6
8.2
13.5
4.7
6.3
4.7
.
.
165.2
40.6
93.6
31.5
28.8
32.3
4.1
7.8
19.6
-7.8
-7.8
-
5.5
7.8
-
5.3
8.9
-
0.4
2.6
-
4.0
6.2
-
4. Responsabilidades de investimento de carteira
Por instrumento
Total
Ações e outras participações
Total
2010
2011
2012
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
2014 T1
T2
T3
8
8
9
9
9
1
2
.
.
.
779.7
904.2
051.9
292.6
620.6
.
.
.
806.1
937.5
136.9
281.0
481.0
3
3
4
4
4
.
.
274.8
126.4
191.7
59.5
119.7
53.8
29.6
12.7
17.1
.
.
177.1
62.3
110.4
63.1
32.1
58.3
33.2
9.6
20.3
3.5
5.2
5.2
4.6
6.1
6.9
Títulos de part.
no capital
1
1
1
1
1
Por setor residente
Títulos de dívida
Participações
em fundos de
investimento
Curto prazo
IFM
Administrações
públicas
Outros
setores
6
7
9
9
.
.
.
520.4
481.9
451.0
556.3
661.4
.
.
.
866.8
888.8
832.4
840.0
878.6
Longo prazo
3
4
5
Saldos (posição de investimento internacional)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
395.5
2 410.6
453.2
4
496.8
2 440.7
484.9
4
654.4
2 482.4
464.0
4
693.2
2 587.8
455.2
4
781.4
2 699.6
478.2
4
Transações
.
.
.
.
.
.
21.3
136.3
13.1
-20.2
78.0
3.8
28.9
79.9
20.4
-20.3
14.6
11.2
-0.2
-17.5
-2.7
Taxas de crescimento homólogas (em percentagem)
0.3
6.5
-2.4
1.0
8.7
4.9
-7.3
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
.
.
.
190.8
250.7
221.0
369.4
483.2
4
4
4
5
5
.
.
.
722.1
764.8
998.6
083.2
258.7
.
.
84.6
60.3
60.8
16.6
73.1
-15.7
-3.3
20.6
-0.6
.
.
-44.3
27.3
29.4
50.4
29.3
18.7
14.2
21.2
14.9
.
.
115.4
56.3
77.3
-47.0
44.9
4.0
-21.7
-26.6
1.4
.
.
203.6
42.7
84.9
56.0
45.5
31.1
37.1
18.1
0.8
3.1
4.3
5.0
-0.6
3.1
-
5.7
8.5
-
3.7
4.1
-
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 65
7 . 3 B a l a n ç a f i n a n c e i r a 1)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
5. Outros ativos de investimento
Total
Por instrumento
Empréstimos
2010
2011
2012
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
4
4
4
4
4
.
1
2
.
.
.
636.2
518.8
392.5
578.3
661.5
.
.
.
314.1
205.9
163.1
319.7
402.6
.
2014 T1
T2
T3
2
2
2
2
2
.
.
.
-35.8
240.2
47.7
11.1
35.2
-35.1
54.0
-4.2
-38.6
.
-87.9
156.2
61.4
-64.3
47.7
-25.7
34.0
-10.8
-87.4
4.0
4.2
6.1
4.7
5.6
6.7
Por setor residente
Outros ativos 2)
Numerário
e depósitos
Eurosistema
Outras IFM
(excluindo o
Eurosistema)
Administrações
públicas
Outros
setores
6
7
8
9
.
.
.
19.8
26.5
17.1
10.0
9.1
.
.
.
951.4
858.7
761.1
906.5
983.1
.
.
.
158.6
156.1
161.7
160.2
159.0
.
-20.1
-6.6
-1.0
4.0
-4.5
-1.9
1.0
0.4
2.7
.
-68.8
143.8
58.1
11.1
41.2
-33.6
53.7
-5.5
-37.1
.
-10.1
0.1
-1.9
-1.2
1.6
0.8
-0.5
3.8
-4.4
.
63.2
102.9
-7.4
-2.9
-3.1
-0.4
-0.2
-2.9
0.2
-63.3
-51.7
-47.1
2.4
4.0
7.1
-0.3
1.4
1.7
9.2
5.5
5.6
Eurosistema
Outras IFM
(excluindo o
Eurosistema)
Administrações
públicas
Outros
setores
6
7
8
9
.
.
.
428.5
413.8
392.8
362.8
346.1
.
.
.
872.2
750.3
536.3
610.8
603.0
.
.
.
240.1
243.3
237.2
227.8
228.6
.
.
-325.4
71.0
-22.5
43.0
-27.5
-83.1
44.3
-18.2
16.8
.
.
0.3
1.2
2.6
-2.4
-1.9
4.5
1.9
-1.3
-3.0
.
.
-0.9
105.9
-15.9
-2.4
-8.1
-24.2
7.8
4.0
-14.2
-8.3
-6.5
-1.2
0.8
1.4
-2.3
2.2
2.8
3.6
Créditos
comerciais e
adiantamentos
3
4
5
Saldos (posição de investimento internacional)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
2 322.1
1 655.1
250.0
2 312.9
1 636.0
244.6
2 229.4
1 624.7
243.8
2 258.6
1 596.1
247.6
2 258.9
1 604.9
252.6
Transações
.
.
.
.
.
.
.
.
52.1
-5.8
7.1
84.0
2.2
2.6
-13.7
3.8
1.1
75.4
-12.4
-9.4
20.0
6.6
48.8
Taxas de crescimento homólogas (em percentagem)
3.4
-2.4
2.4
2.7
-0.5
2.0
5.6
-
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
.
.
.
509.5
483.1
460.1
502.1
514.6
6. Outras responsabilidades de investimento
Total
Por instrumento
Empréstimos
2010
2011
2012
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
4
4
4
4
4
1
2
.
.
.
968.9
796.7
489.3
638.1
593.9
.
.
.
041.9
895.7
743.1
782.1
759.4
.
.
-404.9
147.6
-54.0
28.2
-38.1
-122.4
41.1
-9.2
-3.6
3
2
2
2
2
.
.
-392.9
29.9
-34.9
13.7
-17.5
-105.7
24.6
-28.2
17.3
Por setor residente
Outros passivos 3)
Numerário
e depósitos
1
1
1
1
1
Créditos
comerciais e
adiantamentos
3
4
5
Saldos (posição de investimento internacional)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
926.9
1 195.1
220.7
901.0
1 160.3
212.3
746.3
1 116.5
211.0
855.9
1 143.8
213.6
834.6
1 122.2
216.4
Transações
.
.
.
.
.
.
-12.0
-19.5
9.6
117.7
26.5
1.6
-19.1
-19.1
0.8
14.5
-20.5
-16.7
16.5
19.0
-20.9
Taxas de crescimento homólogas (em percentagem)
1.4
-1.6
2.0
2.3
-2.2
1.9
2.8
-
.
.
-78.8
-30.5
-18.2
-10.0
-0.5
-19.6
-13.0
6.2
-3.2
2014 T1
-5.7
-10.1
-17.7
T2
-4.4
-8.6
-17.9
T3
-1.4
-4.0
-18.4
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
2) Inclui outras participações; regimes de seguros, pensões e garantias estandardizadas; outros débitos.
3) Inclui outras participações; regimes de seguros, pensões e garantias estandardizadas; outros créditos e atribuições de DSE.
E 66
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
.
.
.
432.7
398.1
337.3
450.8
428.5
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Transações
e
posições
externas
7 . 3 B a l a n ç a f i n a n c e i r a 1)
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)
7. Ativos de reserva 2)
Ativos de reserva
Total
Ouro monetário
Em EUR Onça de
mil
troy de
milhões ouro fino
(milhões)
1
2
3
Detenções
de DSE
4
2010
2011
2012
2014 T1
T2
T3
2014 Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
591.2
667.1
689.4
570.6
583.1
597.0
583.1
585.1
594.1
597.0
585.9
366.2
422.1
437.2
324.9
333.8
335.2
333.8
333.1
338.0
335.2
322.3
346.962
346.846
346.693
346.793
346.721
346.723
346.721
346.722
346.722
346.723
346.724
54.2
54.0
52.8
50.2
50.8
53.2
50.8
51.4
52.0
53.2
53.3
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
.
.
4.7
2.2
0.3
-1.2
0.3
-0.5
-0.3
1.2
-2.1
.
.
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
-
.
.
-0.6
-0.2
0.1
0.4
0.0
-0.2
0.1
0.2
0.1
1.2
1.0
0.3
0.0
0.0
0.0
-
Posição
de
reserva
no FMI
Por memória
Outros ativos de reserva
Numerário e
depósitos
Títulos
Em
autoridades
monetárias,
no FMI
e no BIS
Em
bancos
Ações e
outras
participações
6
7
8
5
Saldos (posição
15.8
30.2
31.9
28.2
28.1
28.5
28.1
28.4
27.5
28.5
28.3
Títulos de crédito
Derivados
financeiros
(líquidos)
Outros
ativos em
Outros
moeda
créditos estrangeira
Saídas
líquidas
de curto
prazo
pré-determinadas
em moeda
estrangeira
Longo
prazo
Curto
prazo
9
10
11
12
de investimento internacional)
7.7
16.0
0.5
112.8
5.3
7.8
0.8
135.7
6.1
8.8
0.2
130.9
5.3
7.7
0.3
139.5
4.9
8.1
0.3
139.6
6.3
10.4
0.4
143.1
4.9
8.1
0.3
139.6
4.6
12.3
0.3
136.5
4.2
13.3
0.3
138.6
6.3
10.4
0.4
143.1
5.5
11.1
0.4
143.5
17.9
11.7
20.2
12.1
14.8
17.9
14.8
15.6
17.5
17.9
19.0
0.0
-0.4
0.6
0.1
-0.1
-0.5
-0.1
-0.2
-0.3
-0.5
-0.4
0.0
0.0
0.6
2.3
2.7
2.5
2.7
3.0
2.9
2.5
2.9
26.3
97.4
32.8
22.7
23.0
27.5
23.0
25.4
24.6
27.5
27.6
-24.4
-86.0
-35.0
-31.3
-28.5
-31.9
-28.5
-32.2
-32.0
-31.9
-31.3
.
.
-6.2
0.6
2.3
2.3
0.9
-0.7
0.6
1.8
-0.1
.
.
-1.0
-0.3
0.1
-0.2
0.0
0.0
-0.2
0.0
0.0
.
.
0.4
0.0
0.4
-0.4
0.4
0.0
0.5
-0.3
-0.5
-
-
-35.1
-10.8
14.0
-
53.0
35.5
15.5
-
-
13
14
Transações
2014 T1
T2
T3
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
-1.7
0.5
-2.9
0.0
16.1
-0.8
-0.5
1.8
0.1
1.4
-0.4
-0.3
0.1
0.1
-2.1
-0.7
1.1
1.8
0.0
-5.5
-0.5
-0.3
0.1
0.0
-0.4
-0.6
1.3
-0.5
0.0
0.1
0.1
-0.4
4.3
0.0
-5.3
-1.1
-0.4
1.0
0.0
0.0
0.3
1.9
-3.5
0.0
-0.2
Taxas de crescimento homólogas (em percentagem)
-0.5
-8.7
20.0
-16.6
40.2
14.2
0.2
-9.3
5.9
7.7
71.1
7.2
1.4
-10.0
39.5
5.4
71.1
0.0
8. Dívida externa
Dívida externa bruta
Total
Empréstimos,
numerário e
depósitos
1
2
2010
2011
2012
2013 T4
2014 T1
T2
.
.
.
11 311.6
11 550.2
11 664.7
.
.
.
3 859.5
3 926.0
3 881.6
2010
2011
2012
2013 T4
2014 T1
T2
.
.
.
114.2
116.0
116.8
.
.
.
39.0
39.4
38.9
Por instrumento
Por setor
Títulos de dívida
Créditos
Outras Investimento
Adminis- Eurosistema Outras IFM
direto:
comerciais e
responsatrações
(excluindo o
Curto
Longo
instruadianta- bilidades de
públicas
Eurosistema)
prazo
prazo
mentos
dívida mentos de
dívida
5
8
4
9
6
10
7
3
Saldos (posição de investimento internacional)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
464.0
4 451.0
211.0
417.1
1 899.5
2 458.3
390.6
3 833.1
455.2
4 556.3
213.6
496.3
1 892.4
2 597.3
360.6
3 894.9
478.2
4 661.4
216.4
493.0
1 924.4
2 712.0
343.4
3 908.3
Saldos em percentagem do PIB
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
4.7
44.9
2.1
4.2
19.2
24.8
3.9
38.7
4.6
45.8
2.1
5.0
19.0
26.1
3.6
39.1
4.8
46.7
2.2
4.9
19.3
27.2
3.4
39.1
Dívida
externa
líquida
Outros
setores
11
12
.
.
.
4 629.7
4 697.5
4 701.0
.
.
.
1 115.7
1 086.0
912.4
.
.
.
46.7
47.2
47.1
.
.
.
11.3
10.9
9.1
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro, em linha com a abordagem adotada para os ativos de reserva do Eurosistema. Para mais informações, ver as
Notas Gerais.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 67
7.3 Balança financeira
(EUR mil milhões; saldos em fim de período; transações durante o período)
9. Desagregação geográfica
Total
1
Estados-Membros da UE não
pertencentes à área do euro
Total
Reino Outros
InstiUnido
países tuições
da UE
da UE
2
3
4
T2 2014
Investimento direto
Ativo
Tít. part. no capital/lucros reinv.
Instrumentos de dívida
Passivo
Tít. part. no capital/lucros reinv.
Instrumentos de dívida
Ativos de investimento de cart.
Ações e outras participações
Títulos de dívida
Curto prazo
Longo prazo
Outro investimento
Ativo
IFM
Setor não monetário
Passivo
IFM
Setor não monetário
T3 2013 a T2 2014
Investimento direto
Ativo
Tít. part. no capital/lucros reinv.
Instrumentos de dívida
Passivo
Tít. part. no capital/lucros reinv.
Instrumentos de dívida
Ativos de investimento de cart.
Ações e outras participações
Títulos de dívida
Curto prazo
Longo prazo
Outro investimento
Ativo
IFM
Setor não monetário
Passivo
IFM
Setor não monetário
Fonte: BCE.
E 68
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
1
7
5
2
5
3
1
6
2
3
2
4
2
1
4
2
1
920.6
407.6
111.3
293.6
487.0
562.6
924.4
033.4
555.2
478.2
509.4
967.9
59.6
661.5
992.2
673.6
593.9
949.1
657.2
91.1
272.3
283.9
-11.6
181.3
175.3
6.0
348.0
171.0
177.0
29.8
147.2
407.4
185.0
101.3
83.7
-222.4
-263.0
40.6
799.6
2 221.7 1
1 494.8 1
724.0
1 422.1 1
1 025.0
397.0
1 899.4 1
524.1
1 375.3
162.3
1 212.0
-199.7
1 990.5 1
1 347.3 1
647.6
2 182.3 1
1 417.3
777.4
155.2
100.3
107.0
-6.6
-54.9
-48.4
-6.5
97.4
51.2
46.2
9.5
36.7
163.3
-57.0
-77.4
20.4
-220.2
-185.5
-34.8
519.1
579.4
048.6
530.8
060.3
761.4
298.9
006.8
363.9
642.9
89.0
553.8
83.6
639.8
099.7
540.0
556.2
989.0
567.2
282.2
642.2
446.2
193.1
360.0
262.4
97.6
659.3
160.0
499.3
72.7
425.7
-40.2
334.6
245.2
93.8
366.8
322.2
57.0
120.5
85.6
76.3
9.3
-34.9
-25.0
-9.9
73.4
32.0
41.4
17.0
24.4
168.4
-65.1
-76.4
11.3
-233.4
-194.3
-39.2
35.1
14.7
30.7
-16.0
-20.4
-23.4
3.0
9.0
19.0
-10.0
-7.0
-3.0
-6.4
8.0
-1.4
9.4
14.4
13.7
0.7
Canadá
5
6
Saldos (posição
-1.7
103.6
0.1
235.3
0.0
172.9
0.1
62.5
1.8
131.7
1.3
110.4
0.5
21.3
233.3
121.3
0.2
41.6
233.1
79.7
0.6
9.3
232.4
70.4
-243.1
5.2
16.2
30.5
2.4
18.4
13.8
12.1
259.2
25.3
106.0
16.5
153.2
8.8
China
Hong
Kong
Japão
7
8
9
de investimento internacional)
120.8
10.5
-44.8
152.3
56.9
126.1
119.7
37.9
95.5
32.6
19.0
30.6
31.5
46.3
170.9
9.4
17.9
151.1
22.1
28.4
19.9
60.5
59.6
301.4
55.1
48.0
199.6
5.4
11.6
101.7
1.1
5.1
71.5
4.3
6.5
30.3
13.2
29.1
53.6
68.8
81.7
138.2
48.5
75.3
113.2
20.3
6.5
25.0
55.6
52.6
84.6
26.1
42.8
48.9
29.5
9.9
35.7
Transações acumuladas de quatro
-0.3
7.6
2.8
-0.6
0.1
23.4
10.8
7.1
0.0
31.6
7.5
0.6
0.0
-8.2
3.3
6.5
0.4
15.8
8.0
7.8
0.0
14.6
5.3
0.8
0.4
1.2
2.7
6.9
15.0
17.0
4.7
1.6
0.2
4.1
3.3
-1.5
14.8
12.8
1.4
3.1
-0.5
2.0
0.0
1.8
15.3
10.8
1.4
1.3
1.3
4.8
9.1
14.7
0.1
7.5
12.1
25.3
0.4
0.7
11.7
26.7
-0.3
6.8
0.4
-1.4
-1.2
2.7
3.0
10.6
-4.9
-1.7
-1.3
8.4
3.7
4.4
4.3
2.2
trimestres
-24.0
-15.3
-12.7
-2.7
8.6
9.4
-0.7
22.4
21.2
1.2
4.0
-2.8
42.0
48.0
45.2
2.8
6.0
4.1
1.9
Suíça Estados Centros OrganiUnidos
finanzações
ceiros
interoffshore nacionais
10
11
228.9
727.0
483.1
243.9
498.1
273.9
224.2
181.9
160.3
21.6
6.1
15.5
20.8
274.7
159.3
115.4
253.9
184.8
69.1
68.0
1 665.6
1 123.0
542.6
1 597.7
1 103.5
494.1
1 935.5
900.4
1 035.1
183.7
851.4
88.4
762.1
466.0
296.0
673.7
352.5
321.2
-58.8
-33.2
-45.9
12.7
25.6
16.5
9.1
14.0
7.3
6.7
1.7
5.0
61.7
26.5
17.9
8.6
-35.2
-44.8
9.6
-110.6
38.6
70.6
-32.0
149.2
128.8
20.3
114.7
74.1
40.5
5.5
35.1
34.1
74.6
53.6
21.0
40.5
22.3
18.2
12
Outros
países
13
14
-339.7
635.3
478.1
157.2
975.0
469.3
505.7
419.7
241.6
178.1
23.3
154.8
115.9
428.6
337.5
91.1
312.7
240.1
72.6
-0.3
0.2
0.1
0.1
0.5
0.1
0.4
40.0
1.1
39.0
2.2
36.7
-209.1
36.9
6.8
30.2
246.0
112.9
133.1
974.0
1 587.2
1 106.2
481.0
613.2
402.0
211.2
1 014.0
383.3
630.7
44.7
586.0
142.2
849.4
420.1
429.3
707.3
507.3
200.0
38.2
47.0
44.4
2.7
8.8
16.2
-7.4
9.8
1.1
8.7
5.0
3.8
13.5
39.2
31.7
7.6
25.7
17.7
8.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
5.7
0.0
5.7
1.0
4.7
0.9
0.9
0.8
0.1
0.0
-4.3
4.3
81.3
93.6
80.8
12.7
12.3
31.9
-19.7
60.8
10.3
50.6
-0.6
51.2
63.3
7.7
-9.7
17.4
-55.6
-77.9
22.4
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Transações
e
posições
externas
7 . 4 A p r e s e n t a ç ã o m o n e t á r i a d a b a l a n ç a d e p a g a m e n t o s 1) ,
2)
(EUR mil milhões; transações)
Rubricas da BdP que refletem transações líquidas das IFM
Total
Saldo da
balança
corrente e
balança de
capital
Transações pelo setor não monetário
Investimento direto
Ativo
Passivo
Investimento de carteira
Ativo
1
.
.
348.4
51.7
130.0
70.5
83.0
-33.0
-2.9
29.4
36.3
64.3
-3.5
49.8
24.1
-26.8
45.4
64.5
6.2
-7.6
-31.5
2
.
.
214.3
50.4
87.8
40.7
47.3
82.7
15.1
24.3
28.7
34.8
2.2
12.1
26.4
16.7
7.9
22.8
33.4
18.2
31.1
3
.
.
520.0
72.9
214.3
3.0
-29.2
39.7
25.7
168.9
29.3
16.2
24.8
-23.5
1.7
29.2
-16.4
-42.0
4.9
6.9
27.8
2013 Set.
2014 Set.
.
250.5
.
258.5
.
227.8
Erros
e
omissões
Passivo
Ativo
Passivo
Títulos de Títulos de
dívida participação
no capital
Títulos de
dívida
5
6
7
.
.
.
.
.
.
125.0
139.9
195.0
30.5
30.5
11.2
35.4
16.9
54.7
33.3
44.2
47.6
71.5
67.4
90.1
5.3
52.5
42.6
18.1
14.4
7.1
10.7
2.3
11.7
8.1
9.0
24.5
16.6
5.7
18.5
8.7
9.3
7.3
12.9
18.1
21.3
11.7
16.9
19.0
32.3
28.4
13.1
22.0
9.3
26.2
17.1
29.7
50.8
8.9
5.6
25.4
3.9
17.4
9.3
-7.5
29.5
7.9
Transações acumuladas de 12 meses
.
.
.
.
146.7
145.4
181.1
234.9
8
.
.
124.1
25.4
51.1
51.5
72.1
-33.5
15.9
6.0
46.0
-0.9
31.8
52.3
-32.6
23.6
64.2
-15.7
-10.0
-17.8
-5.8
9
.
.
53.1
-6.2
-3.8
103.0
-9.3
-4.0
5.0
-5.3
18.1
-16.6
22.5
20.0
60.4
-8.2
-1.5
0.4
-0.7
0.9
-4.2
10
.
.
-0.7
-7.6
-45.6
107.1
-13.3
-4.8
1.3
-14.2
-9.3
-22.0
19.2
31.8
56.1
16.5
-10.1
-19.7
9.7
2.7
-17.2
11
.
.
33.6
0.5
12.4
5.8
15.6
3.4
1.9
4.5
4.4
3.5
0.1
2.6
3.2
5.5
9.7
0.5
-0.7
-3.0
7.0
12
.
.
228.3
47.1
73.9
41.4
34.1
-46.2
13.5
8.7
4.0
61.2
-22.5
-4.4
68.2
-20.5
-7.0
61.6
-33.6
-8.2
-4.4
.
141.2
.
85.9
.
43.5
.
37.3
.
103.1
Títulos de
participação
no capital
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2013 Set.
Out.
Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Derivados
financeiros
Outro investimento
4
.
.
459.1
53.4
183.5
-28.5
-31.4
23.1
9.4
174.1
11.4
-2.0
24.0
-33.3
-19.2
11.1
-12.8
-29.7
-0.8
14.3
9.6
G 4 0 P r i n c i p a i s r u b r i c a s d a B d P q u e r e f l e t e m a e v o l u ç ã o d a s t r a n s a ç õ e s e x t e r n a s l í q u i d a s d a s I F M 2)
(EUR mil milhões; transações acumuladas de 12 meses)
total das rubricas que refletem transações externas líquidas das IFM
saldo da balança corrente e da balança de capital
investimento direto e de carteira em participações no capital no estrangeiro pelo setor não monetário
responsabilidades de investimento de carteira do setor não monetário sob a forma de títulos de dívida
700
700
600
600
500
500
400
400
300
300
200
200
100
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
2014
Fonte: BCE.
1) Os dados relativos a períodos de referência anteriores a 2013 deverão ser disponibilizados no primeiro trimestre de 2015.
2) Os dados referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
Ago.
Set.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
100
E 69
7 . 5 C o m é r c i o d e b e n s 1)
1. Valores e volumes por grupo de produtos 2)
(dados corrigidos de sazonalidade, salvo indicação em contrário)
Total (n.c.s.)
Exportações (f.o.b.)
Importações (c.i.f.)
Total
Bens
Bens
interde
médios investimento
Bens
de
consumo
Por
memória:
Indústria
transformadora
Total
Exportações
Importações
1
2
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
13.0
7.6
1.0
0.2
1.0
1.2
0.7
2.9
2.8
-3.2
8.5
13.3
1.8
-2.9
-1.6
-2.1
0.1
0.1
0.1
0.6
-4.5
3.9
3
4
5
6
7
8
9
Valores (EUR mil milhões; taxas de variação homólogas (%) para as colunas 1 e 2)
1 748.9
881.0
353.2
474.6
1 432.6
1 766.5
1 130.4
1 880.4
934.3
386.5
516.7
1 523.4
1 794.4
1 152.2
1 895.8
933.0
385.0
531.9
1 537.8
1 742.3
1 100.8
472.1
231.9
95.2
133.7
383.8
437.8
276.1
473.7
231.7
96.1
133.6
386.3
431.7
269.2
479.5
235.0
95.5
136.8
389.6
436.9
272.0
480.0
234.2
96.0
137.3
395.0
436.9
270.4
483.5
.
.
.
395.3
437.6
.
160.4
78.0
31.9
46.4
131.8
147.6
91.2
158.2
77.6
30.5
44.7
128.6
142.8
87.6
164.9
.
.
.
134.9
147.1
.
2011
2012
2013
2013 T2
T3
T4
2014 T1
T2
2014 Jun.
Jul.
Ago.
7.7
3.5
1.6
1.8
2.0
2.1
1.6
0.8
2.5
1.0
-4.6
3.3
-3.2
-0.4
-1.1
2.0
1.4
2.5
2.2
3.7
1.8
-2.8
Por memória:
Bens
Bens
interde
médios investimento
Bens
de
consumo
Indústria
transformadora
Petróleo
10
11
12
13
241.4
243.4
237.3
60.7
58.3
60.7
60.5
.
20.3
19.4
.
369.4
373.0
374.6
94.5
96.0
96.3
98.5
.
33.1
32.8
.
1 110.8
1 090.2
1 077.5
270.5
271.3
277.7
280.3
283.3
95.9
91.6
95.9
323.3
360.8
337.4
84.5
81.3
78.9
78.0
.
26.2
25.2
.
Índices de volumes (2000 =100; taxas de variação homólogas (%) para as colunas 1 e 2)
108.2
107.5
111.0
107.8
108.9
103.1
103.7
103.3
111.9
110.2
117.1
111.7
112.0
99.5
100.8
98.0
113.4
111.7
115.6
114.7
113.1
99.2
100.2
95.7
113.2
111.1
116.3
113.7
112.8
99.0
100.9
94.0
113.4
111.8
114.3
115.7
113.3
99.8
100.6
98.2
113.5
111.8
115.4
114.3
113.3
99.5
99.7
95.7
115.0
113.4
114.8
117.3
114.3
100.8
101.2
98.1
114.9
113.2
114.2
117.6
115.8
101.8
101.9
98.3
113.8
111.8
112.2
115.4
114.2
101.8
101.1
100.8
114.1
112.3
113.6
117.3
114.7
103.1
102.7
102.6
112.5
111.1
108.4
113.4
111.7
99.6
99.5
94.0
101.1
96.8
97.2
95.4
98.0
99.7
99.9
102.5
102.6
102.2
100.2
104.7
98.9
98.5
97.5
99.1
99.9
102.0
103.5
103.7
106.0
99.7
98.1
99.6
98.3
100.9
98.3
96.0
94.4
94.3
90.4
93.4
93.6
2. Preços 3)
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
Preços das exportações da produção industrial (f.o.b.) 4)
Total
Total
(índice:
2010 = 100)
% do total
Bens
intermédios
Bens de
investimento
Bens de Energéticos
consumo
Preço das importações na indústria (c.i.f.)
Indústria
transformadora
Total
(índice:
2010 = 100)
Total
Bens
intermédios
Bens de
investimento
25.4
100.0
100.0
30.1
42.0
18.5
9.4
96.4
100.0
100.0
29.0
1
103.7
106.1
105.0
105.0
104.3
104.1
104.3
104.6
104.6
104.5
104.7
2
3.7
2.2
-1.0
-1.4
-1.4
-1.6
-0.8
-0.4
-0.4
-0.5
-0.2
3
5.3
0.9
-1.5
-1.8
-2.1
-1.8
-1.3
-0.3
-0.5
-0.3
-0.1
4
1.1
1.8
-0.2
-0.6
-0.4
-0.3
-0.3
0.4
0.2
0.3
0.6
5
1.7
2.3
0.8
0.5
0.4
-0.1
0.0
0.2
0.3
0.2
0.1
6
22.5
9.4
-7.9
-9.3
-8.2
-9.3
-1.7
-5.5
-4.2
-6.8
-5.6
7
3.5
2.2
-0.9
-1.3
-1.3
-1.3
-0.7
-0.2
-0.3
-0.3
0.0
8
107.6
111.2
108.2
108.1
106.8
106.0
105.4
105.3
105.5
105.1
105.3
9
7.5
3.4
-2.7
-3.3
-3.2
-3.6
-2.3
-2.6
-2.3
-2.8
-2.7
10
4.1
0.2
-2.4
-3.2
-3.1
-3.0
-2.8
-0.7
-1.3
-0.6
-0.1
23.3
22.4
12
3.6
3.2
0.0
-0.8
-0.8
-0.4
-0.6
0.1
-0.5
0.1
0.7
13
27.4
8.1
-5.5
-5.3
-5.5
-7.3
-2.2
-7.5
-4.9
-8.0
-9.6
80.4
14
2011
2.9
2012
2.1
2013
-1.7
2013 T3
-2.5
T4
-2.3
2014 T1
-2.2
T2
-2.0
T3
-0.7
-1.1
2014 Jul.
-0.8
Ago.
-0.1
Set.
Fonte: Eurostat.
1) As diferenças entre a balança de bens da BdP do BCE e o comércio de bens do Eurostat devem-se sobretudo a definições diferentes. Enquanto as estatísticas do comércio
consideram que ocorre uma transação quando existe uma movimentação física de bens entre fronteiras, o compilador da BdP mede os bens de acordo com o princípio da
transferência de propriedade. Para mais pormenores, ver o Quadro 1 do relatório de qualidade de 2009 sobre as estatísticas da balança de pagamentos e posição de investimento
internacional da área do euro.
2) Grupos de produtos de acordo com a classificação nas Grandes Categorias Económicas. Ao contrário dos grupos de produtos apresentados no Quadro 2, os grupos de bens intermédios e de
consumo incluem produtos agrícolas e energéticos.
3) Grupos de produtos de acordo com a classificação nos Grandes Agrupamentos Industriais. Ao contrário dos grupos de produtos apresentados no Quadro 1, os bens intermédios e de consumo
não incluem produtos energéticos, e os produtos agrícolas não se encontram abrangidos. A indústria transformadora tem uma composição diferente em comparação com os dados apresentados
nas colunas 7 e 12 do Quadro 1. Os dados apresentados são índices de preços que seguem as variações puras de preços para um cabaz de produtos, não sendo simples rácios dos dados em valor
e volume apresentados no Quadro 1, os quais são afetados por alterações na composição e qualidade dos bens transacionados. Estes índices diferem dos deflatores do PIB para as importações e
exportações (apresentados no Quadro 3 da Secção 5.1), sobretudo porque estes deflatores incluem todos os bens e serviços e abrangem o comércio transfronteiras intra-área do euro.
4) Os preços das exportações da produção industrial referem-se a transações diretas entre produtores nacionais e clientes não nacionais. Ao contrário dos dados apresentados para os valores e
volumes no Quadro 1, as exportações de grossistas e as reexportações não se encontram abrangidas.
E 70
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
11
-1.5
1.6
-1.9
-2.6
-2.1
-2.3
-2.7
-1.2
-1.6
-1.4
-0.7
Bens de Energéticos
consumo
Indústria
transformadora
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Transações
e
posições
externas
7.5 Comércio de bens
(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; dados corrigidos de sazonalidade)
3. Desagregação geográfica
Total
Estados-Membros da UE
não pertencentes à área do euro
Total
Reino
Outros
Unido
países
da UE
Rússia
Suíça Turquia
Estados
Unidos
1
2
3
4
1 748.9
1 880.4
1 895.8
472.1
473.7
479.5
480.0
483.5
160.4
158.2
164.9
557.1
573.2
589.5
148.0
151.6
154.6
154.8
157.3
53.0
51.5
52.7
214.4
230.0
239.3
59.8
62.0
63.3
63.2
.
21.4
21.1
.
342.7
343.1
350.2
88.1
89.6
91.4
91.7
.
31.6
30.5
.
100.0
100.0
30.7
32.3
1 766.5
1 794.4
1 742.3
437.8
431.7
436.9
436.9
437.6
147.6
142.8
147.1
483.2
482.7
488.9
123.3
123.0
124.6
125.4
123.9
41.8
40.4
41.7
2013 Set.
2014 Set.
100.0
100.0
27.7
28.5
9.5
.
18.3
.
8.4
7.8
4.7
4.8
2.0
2.2
8.4
8.7
29.3
29.8
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
-17.5
86.0
153.5
34.3
42.0
42.6
43.0
45.9
12.8
15.4
17.7
73.9
90.5
100.5
24.7
28.6
30.1
29.5
33.4
11.3
11.1
11.1
46.9
62.6
74.7
18.7
21.3
22.7
22.5
.
8.4
8.2
.
27.0
27.9
25.8
5.9
7.3
7.3
7.0
.
2.8
3.0
.
-57.8
-52.7
-57.5
-15.3
-14.9
-14.5
-14.4
-12.8
-4.2
-4.6
-3.9
Saldo
27.0
34.1
28.3
6.8
6.7
5.7
6.0
7.0
2.0
2.4
2.6
21.9
25.0
24.1
5.7
5.3
5.4
4.5
4.4
1.3
1.6
1.5
60.8
72.5
73.2
17.2
17.6
20.8
21.8
21.2
6.5
6.5
8.2
-148.3
-100.0
-67.2
-18.0
-14.8
-18.0
-15.8
-16.0
-5.8
-5.3
-4.9
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
5
6
7
Exportações (f.o.b.)
81.7
109.2
57.0
92.2
116.3
59.5
88.4
110.3
60.2
21.6
27.7
14.7
20.6
27.3
14.5
20.2
26.9
14.6
19.5
27.4
14.0
18.5
28.1
14.0
6.4
9.3
4.5
5.9
9.4
4.7
6.2
9.4
4.7
Ásia
África América
Latina
China
Japão
Outros
países
8
9
10
11
12
13
14
201.7
223.7
222.4
55.3
56.0
57.9
59.3
60.6
19.5
19.6
21.5
408.5
440.7
443.2
109.9
112.1
112.3
113.6
116.1
38.6
37.6
39.8
115.9
120.7
121.9
31.0
31.3
32.0
32.3
33.4
11.1
10.7
11.6
39.6
44.6
43.9
11.1
11.0
11.0
10.6
10.8
3.6
3.6
3.7
112.8
126.5
129.3
31.8
30.9
33.1
32.6
31.7
10.3
10.3
11.1
84.9
97.4
97.6
24.7
23.4
23.5
22.7
22.5
7.4
7.5
7.6
135.5
151.1
154.3
38.2
37.3
35.9
36.0
.
11.3
11.6
.
6.3
6.7
2.3
2.3
6.9
6.7
5.2
4.8
8.2
.
556.9
220.1
540.7
214.3
510.4
204.3
127.9
50.8
126.9
50.7
130.3
53.6
129.4
53.3
132.0
55.5
44.4
18.4
43.0
18.0
44.7
19.2
importações
53.8
49.2
43.6
10.7
10.9
10.7
10.3
10.5
3.6
3.5
3.5
129.3
157.5
141.5
34.5
32.4
32.7
33.0
33.8
11.3
11.1
11.5
91.4
89.8
80.2
20.1
19.8
19.5
19.8
19.6
6.7
6.4
6.5
108.1
111.3
108.1
27.0
25.9
27.8
27.2
.
9.8
8.1
.
11.7
12.2
2.5
2.4
8.5
7.6
4.7
4.5
6.2
.
-104.2
-93.6
-82.4
-19.8
-19.4
-21.5
-21.0
-22.2
-7.3
-7.3
-7.6
-14.2
-4.6
0.2
0.4
0.0
0.4
0.3
0.3
0.0
0.1
0.2
-16.5
-31.1
-12.1
-2.7
-1.5
0.4
-0.4
-2.2
-0.9
-0.8
-0.4
-6.5
7.6
17.4
4.6
3.6
4.1
2.9
3.0
0.8
1.2
1.0
27.4
39.8
46.2
11.3
11.4
8.1
8.8
.
1.5
3.5
.
Transações acumuladas de 12 meses em percentagem do total das exportações
2013 Set.
2014 Set.
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
12.4
.
18.3
.
167.5
315.7
167.5
315.2
164.6
324.4
41.1
82.2
40.7
82.3
40.6
84.0
40.7
84.7
.
.
13.0
28.8
12.9
27.5
.
.
Transações acumuladas
4.8
5.9
3.2
4.1
5.7
3.0
Importações (c.i.f.)
139.6
144.9
145.9
36.9
35.5
34.7
33.9
31.3
10.6
10.6
10.1
de 12 meses
82.2
35.1
82.3
34.5
82.1
36.1
20.9
9.0
20.6
9.2
21.1
9.3
21.5
9.5
21.1
9.5
7.3
3.2
7.0
3.1
6.8
3.3
em percentagem do
11.6
12.2
140.8
151.2
149.2
38.0
38.4
37.1
37.5
39.4
13.0
13.1
13.3
total das
23.4
23.7
Fonte: Eurostat.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 71
8
TAXAS DE CÂMBIO
8 . 1 T a x a s d e c â m b i o e f e t i v a s 1)
(médias do período; índice: 1999 T1 = 100)
TCE-20
Nominal
IPC
real
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2013 Nov.
Dez.
2014 Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
1
103.4
97.9
101.7
101.9
103.1
103.9
103.8
101.6
102.6
103.9
103.4
103.6
104.6
104.5
103.8
103.0
102.6
101.9
100.4
99.6
99.5
2
100.7
95.6
98.9
99.2
100.0
100.7
100.1
97.9
99.5
100.7
100.3
100.4
101.4
101.0
100.1
99.3
98.8
98.2
96.7
95.7
95.6
2014 Nov.
0.0
-0.2
2014 Nov.
-3.0
-4.0
IPP
real
TCE-39
Deflator
do PIB real
3
4
97.2
95.0
92.9
89.8
96.4
93.4
96.6
93.5
97.5
94.3
97.9
95.4
97.8
95.0
95.7
.
97.1
98.2
97.5
97.6
98.5
98.5
97.9
97.1
96.6
96.0
94.6
94.1
94.1
Variação (%) face ao mês anterior
0.0
Variação (%) face ao ano anterior
-3.1
-
CUTIT
real2)
CUTCE
real
Nominal
IPC
real
5
106.6
101.8
104.8
106.2
101.0
104.4
103.6
.
-
6
96.8
91.7
94.0
95.4
91.2
96.9
97.0
.
-
7
112.2
107.1
112.0
112.9
114.7
116.6
116.0
113.7
114.2
115.8
115.9
116.3
117.5
117.0
116.1
115.1
114.6
114.0
112.4
111.9
112.1
8
97.6
92.9
96.2
96.8
97.8
99.0
97.9
95.6
97.3
98.6
98.6
98.8
99.6
98.9
97.8
96.9
96.4
95.9
94.5
93.8
93.8
-
-
0.2
0.0
-
-
-1.8
-3.6
G41 Taxas de câmbio efetivas
G42 Taxas de câmbio bilaterais
(médias mensais; índice: 1999 T1 = 100)
(médias mensais; índice: 1999 T1 = 100)
USD/EUR
JPY/EUR
GBP/EUR
TCE-20 nominal
TCE-20 real deflacionada pelo IPC
150
150
150
150
140
140
140
140
130
130
130
130
120
120
120
120
110
110
110
110
100
100
100
100
90
90
90
90
80
80
80
80
70
70
70
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2000
2002
2004
Fonte: BCE.
1) Para uma definição do grupo de parceiros comerciais e outras informações, ver as Notas Gerais.
2) As séries deflacionadas pelos CUTIT apenas se encontram disponíveis para o grupo de parceiros comerciais TCE-19.
E 72
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
2006
2008
2010
2012
2014
70
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Taxas de
câmbios
8.2 Taxas de câmbio bilaterais
(médias do período; unidades de moeda nacional por euro)
Lev
da Bulgária
Coroa checa
Coroa
dinamarquesa
Kuna
da Croácia
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
1
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
1.9558
2
24.590
25.149
25.980
27.442
27.446
27.619
27.437
27.450
27.458
27.816
27.599
27.588
27.667
3
7.4506
7.4437
7.4579
7.4625
7.4628
7.4522
7.4641
7.4588
7.4564
7.4551
7.4449
7.4448
7.4415
4
7.4390
7.5217
7.5786
7.6498
7.5992
7.6233
7.5952
7.5770
7.6146
7.6326
7.6236
7.6573
7.6700
2014 Nov.
0.0
0.3
0.0
2014 Nov.
0.0
2.7
-0.2
Litas da
Forint
Lituânia da Hungria
Coroa
sueca
Libra
esterlina
Nova lira
turca
6
279.37
289.25
296.87
307.93
305.91
312.24
304.58
305.87
309.81
313.91
313.20
307.85
306.89
7
4.1206
4.1847
4.1975
4.1843
4.1665
4.1747
4.1800
4.1352
4.1444
4.1919
4.1899
4.2066
4.2121
8
4.2391
4.4593
4.4190
4.5023
4.4256
4.4146
4.4237
4.3930
4.4098
4.4252
4.4095
4.4153
4.4288
9
9.0298
8.7041
8.6515
8.8569
9.0517
9.2052
9.0298
9.0914
9.2327
9.1878
9.1929
9.1797
9.2384
10
0.86788
0.81087
0.84926
0.82787
0.81471
0.79378
0.81535
0.80409
0.79310
0.79730
0.79113
0.78861
0.79054
11
2.3378
2.3135
2.5335
3.0372
2.8972
2.8674
2.8736
2.8808
2.8699
2.8784
2.8543
2.8577
2.7885
Variação (%) face ao mês anterior
0.2
0.0
-0.3
Variação (%) face ao ano anterior
0.1
0.3
0.6
0.2
-2.4
0.6
-0.4
4.0
-5.6
2.1
0.5
5
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
3.4528
Zlóti
Novo leu
da Polónia da Roménia
0.0
3.1
Dólar
australiano
Real
do Brasil
Dólar
canadiano
Yuan
renminbi
da China
Dólar de
Hong Kong
Rupia
indiana
Rupia
indonésia
Shequel
de Israel
Iene
do Japão
Ringgit da
Malásia
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
12
1.3484
1.2407
1.3777
1.5275
1.4699
1.4326
1.4755
1.4517
1.4420
1.4306
1.4246
1.4436
1.4432
13
2.3265
2.5084
2.8687
3.2400
3.0583
3.0137
3.0512
3.0388
3.0109
3.0219
3.0089
3.1018
3.1829
14
1.3761
1.2842
1.3684
1.5107
1.4950
1.4422
1.4951
1.4728
1.4524
1.4548
1.4196
1.4214
1.4136
15
8.9960
8.1052
8.1646
8.3576
8.5438
8.1734
8.5658
8.4698
8.3940
8.1965
7.9207
7.7635
7.6411
16
10.8362
9.9663
10.3016
10.6287
10.6297
10.2746
10.6456
10.5365
10.4935
10.3207
10.0019
9.8309
9.6716
17
64.8859
68.5973
77.9300
84.5794
81.9776
80.3183
81.4318
81.2046
81.3058
81.0709
78.5676
77.7896
76.9566
12
12
13
16
15
15
15
16
15
15
15
15
15
18
206.51
045.73
857.50
179.21
935.34
588.03
830.12
167.87
789.65
603.10
362.85
389.80
177.15
19
4.9775
4.9536
4.7948
4.7892
4.7517
4.6593
4.7600
4.6966
4.6325
4.6569
4.6896
4.7249
4.7783
20
110.96
102.49
129.66
140.80
140.00
137.75
139.74
138.72
137.72
137.11
138.39
136.85
145.03
21
4.2558
3.9672
4.1855
4.5184
4.4352
4.2323
4.4337
4.3760
4.3100
4.2310
4.1522
4.1436
4.1747
2014 Nov.
0.0
2.6
-0.5
-1.1
-1.4
1.1
6.0
0.8
2014 Nov.
-0.3
2.8
-0.1
-8.9
-2.6
0.2
7.5
-3.3
Variação (%) face ao mês anterior
-1.6
-1.6
Variação (%) face ao ano anterior
-7.1
-7.5
Peso
mexicano
Dólar
neozelandês
Coroa
norueguesa
Peso
filipino
Rublo
da Rússia
Dólar de
Singapura
2011
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
22
17.2877
16.9029
16.9641
18.1299
17.8171
17.3879
17.7620
17.6516
17.5834
17.5051
17.0717
17.0713
16.9850
23
1.7600
1.5867
1.6206
1.6371
1.5923
1.5731
1.5957
1.5769
1.5578
1.5783
1.5841
1.6090
1.5928
24
7.7934
7.4751
7.8067
8.3471
8.2049
8.2754
8.1513
8.2149
8.3880
8.2522
8.1798
8.3136
8.4912
25
60.260
54.246
56.428
61.468
60.464
58.073
60.258
59.543
58.844
58.320
57.033
56.807
56.101
26
40.8846
39.9262
42.3370
48.0425
47.9415
48.0583
47.8403
46.7509
46.9984
48.1781
49.0519
51.9380
57.5193
27
1.7489
1.6055
1.6619
1.7379
1.7178
1.6584
1.7189
1.7008
1.6825
1.6622
1.6295
1.6154
1.6173
28
10.0970
10.5511
12.8330
14.8866
14.4616
14.2700
14.2995
14.5094
14.4366
14.2052
14.1578
14.0266
13.8359
2014 Nov.
-0.5
-1.0
2.1
Variação (%) face ao mês anterior
-1.2
10.7
0.1
Variação (%) face ao ano anterior
2014 Nov.
-3.7
-2.4
3.5
-4.6
30.3
-3.9
Rand
Won
da África sul-coreano
do Sul
Franco
suíço
Dólar
Baht da
Tailândia dos Estados
Unidos
29
541.23
447.69
453.91
465.34
410.80
361.10
407.13
385.45
382.29
364.17
336.02
345.25
370.36
30
1.2326
1.2053
1.2311
1.2237
1.2192
1.2115
1.2204
1.2181
1.2150
1.2118
1.2076
1.2078
1.2027
31
42.429
39.928
40.830
44.722
44.510
42.563
44.686
44.195
43.470
42.644
41.536
41.139
40.908
32
1.3920
1.2848
1.3281
1.3696
1.3711
1.3256
1.3732
1.3592
1.3539
1.3316
1.2901
1.2673
1.2472
-1.4
1.9
-0.4
-0.6
-1.6
0.5
-4.4
-2.3
-4.2
-7.6
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Fonte: BCE.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 73
9
EVOLUÇÃO FORA DA ÁREA DO EURO
9.1 Evolução económica e financeira noutros Estados-Membros da UE
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
Bulgária
República
Checa
Dinamarca
Croácia
1
2
3
4
Lituânia
Hungria
Polónia
Roménia
Suécia
Reino
Unido
5
6
7
8
9
10
3.2
1.2
0.2
0.3
0.3
0.0
0.3
5.7
1.7
-0.1
0.1
0.3
-0.5
-0.3
3.7
0.8
0.3
-0.1
-0.1
-0.2
-0.3
3.4
3.2
1.3
1.5
1.3
1.8
1.8
0.9
0.4
0.3
0.2
0.2
0.0
0.3
2.8
2.6
1.7
1.5
1.5
1.2
1.3
-0.1
-0.9
-1.3
-7.6
-8.3
-5.8
36.1
36.4
38.6
81.9
85.8
87.2
1.88
1.80
1.60
1.53
1.51
1.30
2.27
2.35
2.31
2.12
2.08
1.82
0.92
0.85
0.52
0.52
0.48
0.40
0.53
0.54
0.56
0.56
0.56
0.56
-0.3
1.3
1.6
2.4
2.1
0.7
1.7
2.9
3.2
3.0
5.6
6.4
5.4
6.6
4.8
-3.7
-4.3
-4.5
-4.2
-4.8
187.4
182.1
182.1
191.7
191.7
.
.
.
.
.
4.1
1.3
1.6
2.0
2.0
2.4
1.5
0.9
-0.8
-0.2
8.0
8.0
8.0
7.8
8.0
7.8
8.1
7.9
7.6
6.3
.
5.9
.
.
IHPC
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.
2.4
0.4
-1.6
-1.2
-1.0
-1.4
-1.5
3.5
1.4
0.2
0.7
0.7
0.8
0.7
2.4
0.5
0.4
0.4
0.3
0.3
0.3
3.4
2.3
0.3
0.3
0.3
0.2
0.5
2012
2013
2014 T1
T2
T3
Défice (-)/excedente (+) das administrações públicas em percentagem do PIB
-2.1
-7.7
-9.0
-5.5
-4.9
-5.5
-3.9
-5.6
-3.2
-2.3
-3.7
-3.0
-0.7
-5.2
-2.6
-2.4
-4.0
-2.2
Dívida pública bruta em percentagem do PIB
15.7
41.0
46.4
59.9
37.3
81.0
54.8
34.2
18.0
45.5
45.6
64.4
39.9
78.5
54.4
37.3
18.3
45.7
45.0
75.7
39.0
77.3
55.7
37.9
Taxa de rendibilidade das obrigações de dívida pública de longo prazo em percentagem anual; média do período
3.18
1.73
1.47
4.31
2.98
5.01
3.80
4.72
3.11
1.55
1.38
3.94
2.92
4.50
3.54
4.48
3.38
1.49
1.24
3.72
2.90
4.33
3.34
4.16
3.41
1.38
1.07
3.68
2.61
4.73
3.36
4.21
3.26
1.21
0.96
3.57
2.42
4.59
3.10
4.09
3.31
1.10
1.13
3.54
2.27
4.21
2.72
3.90
Taxa de juro a 3 meses em percentagem anual; média do período
0.83
0.37
0.35
0.87
0.41
2.55
2.72
2.62
0.81
0.35
0.36
0.89
0.38
2.50
2.69
2.24
0.76
0.35
0.38
0.87
0.35
2.29
2.68
1.97
0.72
0.35
0.37
1.01
0.33
2.06
2.65
1.92
0.70
0.35
0.29
1.16
0.24
1.98
2.45
2.52
0.69
0.35
0.30
1.14
0.19
1.91
2.07
2.40
PIB real
0.5
-0.8
-0.8
-2.2
3.8
-1.5
1.8
0.6
1.1
-0.7
-0.1
-0.9
3.3
1.5
1.7
3.5
1.5
2.6
0.6
-0.4
3.4
3.5
3.5
4.0
1.8
2.3
1.1
-1.0
3.3
3.6
3.4
2.2
1.5
2.4
0.3
.
2.6
3.1
3.4
3.0
Saldo da balança corrente e da balança de capital em percentagem do PIB 1)
.
-0.2
5.5
0.2
1.8
4.4
-1.4
-3.1
3.7
-0.1
7.1
1.3
4.6
7.7
0.9
1.3
-2.1
0.4
8.3
-6.7
9.2
8.7
1.2
1.0
-0.3
10.0
3.5
-16.0
1.9
7.4
0.1
5.2
3.1
-2.7
6.4
.
5.4
6.2
3.1
0.9
1)
Dívida externa bruta em percentagem do PIB
.
60.1
177.7
102.7
77.8
158.2
72.3
.
94.5
62.8
174.5
105.3
69.7
144.8
70.0
.
94.5
62.9
174.5
105.3
69.7
144.8
70.0
.
93.4
64.6
170.0
107.5
70.2
144.1
69.5
.
93.0
66.7
168.3
.
69.6
145.5
70.6
.
2)
Custos unitários do trabalho
4.5
2.6
1.9
-0.2
2.2
3.5
1.5
2.5
7.2
0.5
1.5
1.4
3.0
0.8
0.1
4.5
-0.3
1.3
1.4
-5.5
4.9
2.9
-3.3
0.9
-1.3
1.1
0.8
.
4.3
2.1
-3.4
0.1
.
-0.1
1.7
.
3.4
2.9
.
.
2012
2013
2014 T2
T3
2014 Ago.
Set.
Out.
12.3
12.9
11.5
11.2
11.2
11.2
11.1
2011
2012
2013
-2.0
-0.5
-1.2
2011
2012
2013
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
2014 Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
2012
2013
2014 T1
T2
T3
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
2012
2013
2013 T4
2014 T1
T2
-2.9
-4.0
-1.3
7.0
7.0
6.2
5.9
6.3
5.7
5.7
Taxa de desemprego harmonizada em percentagem da população ativa (c.s.)
7.5
16.1
13.4
10.9
10.1
7.0
17.3
11.8
10.2
10.4
6.5
16.9
11.4
8.0
9.2
6.5
16.3
9.9
7.5
8.6
6.5
16.4
9.8
7.5
8.6
6.5
16.1
9.7
7.3
8.5
6.4
16.0
9.9
.
8.3
6.9
7.0
6.9
6.8
6.8
6.7
6.7
Fontes: BCE, Comissão Europeia (Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros e Eurostat), dados nacionais, Thomson Reuters e cálculos do BCE.
1) Dados para a Croácia de acordo com o BPM5.
2) Dados para a Croácia e a Polónia de acordo com o SEC 95.
E 74
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Evolução
fora da
área do euro
9.2 Evolução económica e financeira nos Estados Unidos e Japão
(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)
Índice de
Custos
preços unitários do
no
trabalho 1)
consumidor
PIB real
Índice de
Taxa de
produção desemprego
da indústria
em % da
transforpopulação
madora
ativa 2)
(c.s.)
1
2
3
4
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
1.6
3.2
2.1
1.5
1.6
1.2
1.4
2.1
1.8
2.0
1.7
1.7
1.7
.
-1.3
2.1
1.7
0.3
1.2
-2.0
2.5
1.5
2.4
-
2.5
1.6
2.3
2.2
2.3
3.1
1.9
2.6
2.4
-
6.6
3.6
4.4
2.9
2.7
3.2
2.3
3.8
4.4
5.2
4.1
4.0
3.7
.
2010
2011
2012
2013
2013 T3
T4
2014 T1
T2
T3
2014 Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
-0.7
-0.3
0.0
0.4
0.9
1.4
1.5
3.6
3.3
3.4
3.3
3.2
2.9
.
-4.8
0.8
-1.4
-0.8
-1.9
-0.9
-2.1
1.7
.
-
4.7
-0.4
1.5
1.5
2.5
2.4
2.6
-0.1
-1.1
-
15.6
-2.8
0.6
-0.8
2.2
5.9
8.3
2.6
-1.0
-0.7
-3.3
0.8
-1.1
.
Agregado Taxa de juro
Taxa de
monetário dos depósitos rendibilidade
3)
largo
interbandas obrigacários ções de dívida
a 3 meses 4)
pública de
cupão zero a
10 anos 4); fim
de período
5
6
7
8
Estados Unidos
9.6
2.5
0.34
3.57
8.9
7.3
0.34
2.10
8.1
8.6
0.43
1.88
7.4
6.7
0.27
3.27
7.2
6.5
0.26
2.91
7.0
6.0
0.24
3.27
6.7
6.0
0.24
2.97
6.2
6.5
0.23
2.74
6.1
6.4
0.23
2.73
6.2
6.6
0.23
2.80
6.1
6.4
0.23
2.58
5.9
6.3
0.23
2.73
5.8
5.6
0.23
2.56
.
.
0.23
2.36
Japão
5.1
4.6
4.3
4.0
4.0
3.9
3.6
3.6
3.6
3.8
3.5
3.6
.
.
2.8
2.7
2.5
3.6
3.8
4.3
3.9
3.2
3.0
3.0
3.0
3.1
3.2
.
0.23
0.19
0.19
0.15
0.15
0.14
0.14
0.13
0.13
0.13
0.13
0.12
0.11
0.11
1.18
1.00
0.84
0.95
0.88
0.95
0.84
0.72
0.66
0.67
0.62
0.66
0.60
0.59
Taxa de
câmbio 5)
moeda
nacional/
euro
Défice (-)/
excedente
(+)
público
em % do
PIB
Dívida
pública 6)
em % do
PIB
9
10
11
1.3257
1.3920
1.2848
1.3281
1.3242
1.3610
1.3696
1.3711
1.3256
1.3539
1.3316
1.2901
1.2673
1.2472
-12.2
-10.7
-9.0
-5.7
-6.3
-4.9
-5.0
-5.1
.
-
79.2
83.1
86.5
87.8
86.6
87.8
88.6
.
.
-
116.24
110.96
102.49
129.66
131.02
136.48
140.80
140.00
137.75
137.72
137.11
138.39
136.85
145.03
-8.3
-8.8
-8.7
.
.
.
.
.
.
-
186.7
202.9
211.0
.
.
.
.
.
.
-
G43 Produto interno bruto real
G44 Índices de preços no consumidor
(taxas de variação homólogas (%); dados trimestrais)
(taxas de variação homólogas (%); dados mensais)
área do euro 7)
Estados Unidos
Japão
área do euro
Estados Unidos
Japão
10
10
5
5
0
0
-5
-10
6
6
4
4
2
2
0
0
-2
-2
-5
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
-10
2014
-4
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
-4
Fontes: Dados nacionais (colunas 1, 2 (Estados Unidos), 3, 4, 5 (Estados Unidos), 6, 9 e 10); OCDE (coluna 2 (Japão)); Eurostat (coluna 5 (Japão), dados para a área do euro no
gráfico); Thomson Reuters (colunas 7 e 8); cálculos do BCE (coluna 11).
1) Dados corrigidos de sazonalidade. Os dados referentes aos Estados Unidos dizem respeito ao setor empresarial não agrícola privado.
2) Os dados relativos ao Japão de março a agosto de 2011 incluem estimativas para as três prefeituras mais afetadas pelo sismo naquele país. A recolha de dados foi retomada em setembro
de 2011.
3) Médias do período; M2 para os Estados Unidos, M2 e certificados de depósito para o Japão.
4) Percentagens por ano. Para mais informações sobre a taxa de juro dos depósitos interbancários a 3 meses, ver Secção 4.6.
5) Para mais informações, ver Secção 8.2.
6) A dívida das administrações públicas é constituída por depósitos, títulos exceto ações e o saldo dos empréstimos ao valor nominal, sendo consolidada no setor das administrações
públicas (fim de período).
7) Os dados do IHPC referem-se à alteração da composição da área do euro. Para mais informações, ver as Notas Gerais.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 75
LISTA DE GRÁFICOS
G1
G2
G3
G4
G5
G6
G7
G8
G9
G10
G11
G12
G13
G14
G15
G16
G17
G18
G19
G20
G21
G22
G23
G24
G25
G26
G27
G28
G29
G30
G31
G32
G33
G34
G35
G36
G37
G38
G39
G40
G41
G42
G43
G44
E 76
Agregados monetários
Contrapartidas
Componentes dos agregados monetários
Componentes das responsabilidades financeiras a mais longo prazo
Empréstimos a outros intermediários financeiros e a sociedades não financeiras
Empréstimos às famílias
Empréstimos às administrações públicas
Empréstimos a não residentes na área do euro
Depósitos de sociedades de seguros e fundos de pensões
Depósitos de outros intermediários financeiros
Depósitos de sociedades não financeiras
Depósitos de famílias
Depósitos de administrações públicas e de não residentes na área do euro
Títulos detidos por IFM
Dívida e património líquido das famílias
Dívida e alavancagem das sociedades não financeiras
Total dos saldos e das emissões brutas de títulos exceto ações emitidos
por residentes na área do euro
Emissões líquidas de títulos exceto ações: corrigidas e não corrigidas de sazonalidade
Taxas de crescimento homólogas de títulos de dívida de longo prazo, por setor do emitente,
no conjunto de todas as moedas
Taxas de crescimento homólogas de títulos de dívida de curto prazo, por setor do emitente,
no conjunto de todas as moedas
Taxas de crescimento homólogas das ações cotadas emitidas por residentes na área do euro
Emissões brutas de ações cotadas, por setor do emitente
Novos depósitos com prazo acordado
Novos empréstimos a taxa variável e fixação inicial de taxa até 1 ano
Taxas do mercado monetário da área do euro
Taxas a 3 meses do mercado monetário
Curvas de rendimentos à vista da área do euro
Taxas à vista e diferenciais da área do euro
Índice Dow Jones EURO STOXX alargado, Standard & Poor’s 500 e Nikkei 225
Emprego – pessoas empregadas e horas trabalhadas
Desemprego e taxas de postos de trabalho por preencher
Dívida por instrumento financeiro
Dívida por detentor
Variação da dívida
Saldos dos ativos e responsabilidades das administrações públicas
BdP da área do euro: balança corrente
BdP da área do euro: investimento direto e de carteira
Posição de investimento internacional da área do euro
Posição de investimento direto e de carteira da área do euro
Principais rubricas da BdP que refletem a evolução das transações externas líquidas das IFM
Taxas de câmbio efetivas
Taxas de câmbio bilaterais
Produto interno bruto real
Índices de preços no consumidor
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E12
E12
E13
E13
E14
E14
E16
E16
E17
E17
E18
E18
E19
E20
E33
E33
E34
E36
E37
E38
E39
E40
E42
E42
E43
E43
E44
E44
E45
E54
E54
E56
E56
E57
E57
E60
E60
E64
E64
E69
E72
E72
E75
E75
NOTAS TÉCNICAS
PANORÂMICA GLOBAL DA ÁREA DO EURO
CÁLCULO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO PARA A EVOLUÇÃO MONETÁRIA
A taxa de crescimento média para o trimestre que termina no mês t é calculada como:
a)
onde It é o índice dos saldos corrigidos no mês t (ver também abaixo). Do mesmo modo, para o
ano que termina no mês t, a taxa de crescimento média é calculada como:
b)
SECÇÃO 1.3
CÁLCULO DAS TAXAS DE JURO DAS OPERAÇÕES DE REFINANCIAMENTO
DE PRAZO ALARGADO INDEXADAS
A taxa de juro de uma operação de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) indexada corresponde
à média das taxas mínimas de proposta das operações principais de refinanciamento (OPR) durante o
período de vida da ORPA. De acordo com esta definição, se uma ORPA tem o prazo de D dias e as
taxas mínimas de proposta prevalecentes para as OPR são representadas por R1, OPR (durante D1 dias),
R2, OPR (durante D2 dias), etc., até Ri, OPR (durante Di dias), onde D1+D2+…+Di=D, a taxa anualizada
aplicável (RORPA) é calculada como:
c) SECÇÕES 2.1 A 2.6
CÁLCULO DAS TRANSAÇÕES
As transações mensais são calculadas a partir das diferenças mensais em saldos corrigidos de
reclassificações, outras reavaliações, variações cambiais e quaisquer outras variações que não sejam
devidas a transações.
Pressupondo que L t representa o saldo no final do mês t, C Mt o ajustamento de reclassificação no
mês t, E Mt a correção da taxa de câmbio e V Mt as outras correções de reavaliação, as transações
F Mt no mês t são definidas como:
BCE
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Dezembro 2014
E 77
d)
De igual modo, as transações trimestrais FQt para o trimestre que termina no mês t são definidas como:
e) onde Lt-3 é o saldo no final do mês t-3 (o final do trimestre anterior) e, por exemplo, C Qt é o ajustamento
de reclassificação no trimestre que termina no mês t.
Para as séries trimestrais, para as quais estão já disponíveis observações mensais (ver abaixo),
as transações trimestrais podem ser calculadas como a soma das três transações mensais do
trimestre.
CÁLCULO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO PARA SÉRIES MENSAIS
As taxas de crescimento podem ser calculadas a partir de transações ou do índice dos saldos
corrigidos. Sendo FMt e Lt definidos como acima referido, o índice It dos saldos corrigidos no mês
t é definido como:
f) A base do índice (para as séries não corrigidas de sazonalidade) é atualmente fixada como dezembro de
2010 = 100. As séries temporais para o índice dos saldos corrigidos estão disponíveis no sítio do BCE
(www.ecb.europa.eu), na subsecção Monetary and financial statistics da secção Statistics.
A taxa de crescimento homóloga a t para o mês t – ou seja, a variação nos 12 meses que terminam
no mês t – pode ser calculada utilizando qualquer uma das duas fórmulas seguintes:
g) h) Salvo indicação em contrário, as taxas de crescimento homólogas referem­-se ao final
do período indicado. Por exemplo, a variação homóloga em percentagem para o ano 2002 é calculada
em h), dividindo o índice de dezembro de 2002 pelo índice de dezembro de 2001.
As taxas de crescimento para os períodos intra­­‑anuais podem ser calculadas através da adaptação
da fórmula h). Por exemplo, a taxa de crescimento mensal em cadeia a Mt pode ser calculada da
seguinte forma:
i) E 78
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Técnicas
Finalmente, a média móvel de três meses (centrada) da taxa de crescimento homóloga do M3 é obtida
como (at+1 + at + at-1)/3, onde at é definido como em g) ou h) acima.
CÁLCULO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO PARA SÉRIES TRIMESTRAIS
Sendo FQt e Lt-3 definidos como acima referido, o índice It dos saldos corrigidos para o trimestre
que termina no mês t é definido como:
j)
A taxa de crescimento homóloga nos quatro trimestres que terminam no mês t, ou seja, a t , pode ser
calculada utilizando a fórmula h).
CORREÇÃO DE SAZONALIDADE DAS ESTATÍSTICAS MONETÁRIAS DA ÁREA DO EURO1
A abordagem utilizada tem por base uma decom­p osição multiplicativa através do X-12-ARIMA 2.
A correção de sazonalidade pode incluir uma correção do dia da semana, sendo que para algumas
séries é efetuada indiretamente através de uma combinação linear de componentes. É o caso do
M3, calculado através da agregação das séries corrigidas de sazonalidade dos agregados M1, M2
menos M1, e M3 menos M2.
Os procedimentos de correção de sazonalidade são primeiramente aplicados ao índice dos saldos
corrigidos 3. As estimativas resultantes para os fatores sazonais são seguidamente apli­c adas
aos níveis e às correções decorrentes de reclassificações e reavaliações, originando, por sua vez,
transações corrigidas de sazonalidade. Os fatores sazonais (e de dia de transação) são revistos
anualmente ou quando necessário.
SECÇÕES 3.1 A 3.5
IGUALDADE ENTRE EMPREGOS E RECURSOS
Os dados apresentados na Secção 3.1 estão em conformidade com uma identidade contabilística
de base. No que se refere às operações não financeiras, o total de empregos é igual ao total de
recursos em cada categoria de operações. Esta identidade contabilística reflete-se também na conta
1 Para mais pormenores, ver Seasonal adjustment of monetary aggregates and HICP for the euro area, BCE (agosto de 2000) e secção
Statistics no sítio do BCE (www.ecb.europa.eu), na subsecção Monetary and financial statistics.
2 Para mais pormenores, ver Findley, D., Monsell, B., Bell, W., Otto, M. e Chen, B. C. (1998), New Capabilities and Methods of the
X-12-ARIMA Seasonal Adjustment Program, Journal of Business and Economic Statistics, 16, 2, pp. 127-152, ou X-12-ARIMA
Reference Manual, Time Series Staff, Departamento de Recenseamento dos Estados Unidos, Washington, D.C.
Para fins internos, é também utilizada a abordagem baseada em modelos de TRAMO-SEATS. Para mais pormenores sobre o TRAMO-SEATS,
ver Gomez, V. e Maravall, A. (1996), Programs TRAMO and SEATS: Instructions for the User, Banco de España, Documento de Trabalho
n.º 9628, Madrid.
3 Tal significa que, nas séries corrigidas de sazonalidade, o nível do índice para o período base (ou seja, dezembro de 2010) geralmente
difere de 100, refletindo a sazonalidade desse mês.
BCE
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Dezembro 2014
E 79
financeira, ou seja, para cada categoria de instrumento financeiro, o total das operações em ativos
financeiros é igual ao total das operações em passivos. Quanto a outras variações no valor de ativos
e nas contas de património financeiro, o total dos ativos financeiros é igual ao total dos passivos
em cada categoria de instrumento financeiro, com exceção de ouro monetário e direitos de saque
especiais, que, por definição, não são passivo de nenhum setor.
CÁLCULO DOS SALDOS CONTABILÍSTICOS
Os saldos contabilísticos no final de cada conta nas Secções 3.1, 3.2 e 3.3 são calculados da seguinte forma:
A balança comercial é igual a importações menos exportações de bens e serviços da área do euro
face ao resto do mundo.
O excedente de exploração líquido e rendimento misto apenas é definido para os setores residentes
e é calculado como o valor acrescentado bruto (produto interno bruto a preços de mercado para a
área do euro) menos remuneração dos empregados (empregos) menos outros impostos líquidos de
subsídios à produção (empregos) menos consumo de capital fixo (empregos).
O rendimento nacional líquido apenas é definido para os setores residentes e é calculado como o
excedente de exploração líquido e rendimento misto mais remuneração dos empregados (recursos)
mais impostos líquidos de subsídios à produção (recursos) mais rendimentos de propriedade líquidos
(recursos menos empregos).
O rendimento disponível líquido é também apenas definido para os setores residentes e é igual ao
rendimento nacional líquido mais impostos correntes líquidos sobre o rendimento e o património
(recursos menos empregos) mais contribuições sociais líquidas (recursos menos empregos) mais
prestações sociais líquidas, exceto transferências sociais em espécie (recursos menos empregos)
mais outras transferências correntes líquidas (recursos menos empregos).
A poupança líquida é definida para os setores residentes e é calculada como rendimento disponível
líquido mais ajustamento líquido pela variação da participação líquida das famílias nas reservas de
fundos de pensões (recursos menos empregos) menos despesa de consumo final (empregos). Quanto
ao resto do mundo, a conta externa corrente é calculada como balança comercial mais o total dos
rendimentos líquidos (recursos menos empregos).
A capacidade/necessidade líquida de financiamento é calculada na conta de capital como poupança
líquida mais transferências de capital líquidas (recursos menos empregos) menos formação bruta de
capital (empregos) menos aquisições líquidas de cessões de ativos não financeiros não produzidos
(empregos) mais consumo de capital fixo (recursos). Também pode ser calculada na conta financeira
como o total das operações em ativos financeiros menos o total das operações em passivos (também
conhecidas como variações do património financeiro líquido (riqueza) resultantes de operações).
Quanto aos setores das famílias e das sociedades não financeiras, verifica-se uma discrepância
estatística entre os saldos contabilísticos calculados a partir da conta de capital e da conta financeira.
As variações de património financeiro líquido (riqueza) resultantes de operações são calculadas
como o total das operações em ativos financeiros menos o total das operações em passivos, enquanto
outras variações do património financeiro líquido (riqueza) são calculadas como (o total de) outras
variações de ativos financeiros menos (o total de) outras variações de passivos.
E 80
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Técnicas
O património financeiro líquido (riqueza) é calculado como o total dos ativos financeiros menos
o total dos passivos, pelo que as variações do património financeiro líquido (riqueza) são iguais à
soma das variações do património financeiro líquido (riqueza) resultantes de operações (capacidade/
necessidade líquida de financiamento da conta financeira) e outras variações de património financeiro
líquido (riqueza).
As variações do património líquido (riqueza) são calculadas como variações do património líquido
(riqueza) resultantes de poupança e transferências de capital mais outras variações no património
financeiro líquido (riqueza) e outras variações de ativos não financeiros.
O património líquido (riqueza) das famílias é calculado como a soma dos ativos não financeiros e
do património financeiro líquido (riqueza) das famílias.
TAXAS DE CRESCIMENTO HOMÓLOGAS PARA TRANSAÇÕES FINANCEIRAS
A taxa de crescimento homóloga g(ft) das transações financeiras é calculada como:
⎛
k) g ( f t ) = ⎜
⎝
3
∑f
t−i
i=0
Ft−4
⎞
⎟ ×100
⎠
sendo ft as transações no trimestre t, e Ft-4 o valor de stock de fim de trimestre quatro trimestres antes.
SECÇÕES 4.3 E 4.4
CÁLCULO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO PARA T Í T U L O S D E D Í V I D A E A Ç Õ E S C O T A D A S
As taxas de crescimento são calculadas com base em transações financeiras e, portanto, excluem
reclassificações, reavaliações, variações cambiais e quaisquer outras variações que não sejam devidas
a transações. Podem ser calculadas a partir de fluxos ou do índice dos saldos nocionais. Pressupondo
que NMt representa o fluxo (emissões líquidas) no mês t e que Lt representa o nível em circulação
no final do mês t, o índice It dos saldos nocionais no mês t é definido como:
l)
Como base, o índice é fixado em 100 em dezembro de 2008. A taxa de crescimento a t para o
mês t – ou seja, a variação nos 12 meses que terminam no mês t – pode ser calculada utilizando
qualquer uma das duas fórmulas seguintes:
m)
n)
BCE
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Dezembro 2014
E 81
O método utilizado no cálculo das taxas de crescimento de títulos exceto ações é o mesmo que
o utilizado para os agregados monetários, com a única diferença de aqui ser utilizado um “N”
em vez de um “F”. Tal mostra que o método utilizado para a obtenção de “emissões líquidas”
para estatísticas de emissões de títulos difere do utilizado para o cálculo das correspondentes
“transações” para os agregados monetários.
A taxa de crescimento média relativa ao trimestre que termina no mês t é calculada como:
o)
sendo It o índice dos saldos nocionais no mês t. Do mesmo modo, para o ano que termina no mês t,
a taxa de crescimento média é calculada como:
p)
A fórmula de cálculo utilizada para a Secção 4.3 é igualmente utilizada para a Secção 4.4 e tem
também por base a utilizada para os agregados monetários. A Secção 4.4 tem por base valores de
mercado, utilizando como base para o cálculo transações financeiras, que excluem reclassi­ficações,
reavaliações e quaisquer outras variações que não sejam devidas a transações. As variações cambiais
não são incluídas, uma vez que todas as ações cotadas abrangidas são denominadas em euros.
CORREÇÃO SAZONAL DE ESTATÍSTICAS DE EMISSÃO DE TÍTULOS4
A abordagem utilizada tem por base uma decomposição multiplicativa através do X-12-ARIMA. A
correção de sazonalidade do total das emissões de títulos é efetuada indiretamente através de uma
combinação linear de desagregações das componentes de setores e prazos.
Os procedimentos de correção de sazonalidade são aplicados ao índice dos saldos nocionais. As
estimativas resultantes dos fatores sazonais são então aplicadas aos saldos, a partir dos quais são
calculadas as emissões líquidas corrigidas de sazonalidade. Os fatores sazonais são revistos anualmente
ou quando necessário.
À semelhança das fórmulas m) e n), a taxa de crescimento at para o mês t, ou seja, a variação nos seis
meses que terminam no mês t, pode ser calculada utilizando qualquer uma das duas fórmulas seguintes:
q) 4 Para mais pormenores, ver Seasonal adjustment of monetary aggregates and HICP for the euro area, BCE (agosto de 2000) e a subsecção
Monetary and financial statistics da secção Statistics no sítio do BCE (www.ecb.europa.eu).
E 82
BCE
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Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Técnicas
r) QUADRO 1 NA SECÇÃO 5.1
CORREÇÃO DE SAZONALIDADE DO IHPC4
A abordagem utilizada tem por base uma ­­decom­p osição multiplicativa através do
X-12-ARIMA (ver nota 2 na página E81). A correção de sazonalidade do IHPC total para a área
do euro é efetuada indiretamente através da agregação das séries para a área do euro corrigidas
de sazonalidade dos produtos alimentares transformados, produtos alimentares não transformados,
produtos industriais excluindo produtos ener­g éticos e serviços. Os produtos energéticos são
adicionados sem correção, visto não existir prova estatística de sazonalidade. Os fatores sazonais
são revistos anualmente ou quando necessário.
QUADRO 1 NA SECÇÃO 7.2
CORREÇÃO DE SAZONALIDADE DA BALANÇA CORRENTE DA BALANÇA DE PAGAMENTOS
A abordagem utilizada tem por base uma decomposição multiplicativa através do X-12-ARIMA
ou TRAMO­‑SEATS, dependendo da rubrica. Os dados brutos referentes a bens, serviços, rendimento
e transferências correntes são pré­‑corrigidos, por forma a terem em conta os efeitos significativos de
dia útil. Em relação a bens e serviços, a correção de dias úteis inclui os feriados públicos nacionais.
A  correção de sazonalidade destas rubricas é efetuada utilizando estas séries pré-corrigidas. A correção
de sazonalidade da balança corrente total é efetuada através da agregação das séries corrigidas de
sazonalidade de bens, serviços, rendimentos e transferências correntes para a área do euro. Os fatores
sazonais (e de dias úteis) são revistos semestralmente ou quando necessário.
SECÇÃO 7.3
CÁLCULO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO PARA AS SÉRIES TRIMESTRAIS E ANUAIS
A taxa de crescimento homóloga para o trimestre t é calculada com base em transações (Ft) e posições
(Lt) trimestrais, da seguinte forma:
s) A taxa de crescimento para as séries anuais é igual à taxa de crescimento registada no último trimestre
do ano.
BCE
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Dezembro 2014
E 83
NOTAS GERAIS
A secção “Estatísticas da área do euro” do Boletim Mensal incide sobre as estatísticas da área do euro no
seu conjunto. Dados mais pormenorizados e séries mais longas, com notas explicativas adicionais, estão
disponíveis na secção Statistics do sítio do BCE (www.ecb.europa.eu). Desta forma, é possível aceder
facilmente a dados através do serviço de divulgação de estatísticas online do BCE, o Statistical Data
Warehouse (http://sdw.ecb.europa.eu), que permite efetuar buscas e descarregar ficheiros. Outros
serviços disponíveis na subsecção Data services permitem subscrever diferentes conjuntos de
dados e ter acesso a ficheiros comprimidos em formato CSV (Comma Separated Value).Para mais
informações, contacte-nos em: [email protected].
No geral, a data de fecho da informação das estatísticas incluídas no Boletim Mensal é o dia
anterior à primeira reunião do mês do Conselho do BCE. Para a presente edição, a data de fecho
de informação foi 3 de dezembro de 2014.
Salvo indicação em contrário, todas as séries de dados referem-se ao grupo de 18 países que são
membros da área do euro (o Euro 18) para toda a série temporal. No que respeita às taxas de juro, às
estatísticas monetárias, ao IHPC e aos ativos de reserva (e, por razões de consistência, às componentes
e contrapartidas do M3 e às componentes do IHPC), as séries estatísticas da área do euro têm em
conta a alteração da composição da área do euro.
A composição da área do euro foi alterada diversas vezes ao longo dos anos. Quando o euro foi
introduzido em 1999, a área do euro compreendia os seguintes 11 países (o Euro 11): Bélgica,
Alemanha, Irlanda, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Áustria, Portugal e Finlândia.
A Grécia aderiu depois em 2001, formando o Euro 12. A Eslovénia aderiu em 2007, formando o Euro
13; em 2008, aderiram Chipre e Malta, formando o Euro 15; a Eslováquia aderiu em 2009, formando
o Euro 16; a Estónia aderiu em 2011, formando o Euro 17. A Letónia aderiu em 2014, aumentando
para 18 o número de países da área do euro. A partir de outubro de 2012, as “Estatísticas da área do
euro” incluem igualmente o Mecanismo Europeu de Estabilidade, isto é, uma organização internacional
residente na área do euro para fins estatísticos.
SÉRIES DA ÁREA DO EURO COM COMPOSIÇÃO FIXA
As séries estatísticas agregadas para composições fixas da área do euro respeitam a uma determinada
composição fixa para toda a série temporal, independentemente da composição à data a que as mesmas
respeitam. Por exemplo, são calculadas séries agregadas para o Euro 18 para todos os anos, embora a
área do euro tenha esta composição apenas desde 1 de janeiro de 2014. Salvo indicação em contrário,
o Boletim Mensal do BCE apresenta séries estatísticas para a composição atual.
SÉRIES DA ÁREA DO EURO COM COMPOSIÇÃO VARIÁVEL
As séries estatísticas agregadas com composição variável têm em conta a composição da área do
euro à data a que as mesmas respeitam. Por exemplo, as séries estatísticas da área do euro com
composição variável incluem os dados do Euro 11 para o período até ao final de 2000, do Euro 12
para o período entre 2001 e o final de 2006, e assim sucessivamente. Com esta abordagem, cada
série estatística individual abrange todas as diferentes composições da área do euro.
No que respeita ao IHPC, bem como às estatísticas com base no balanço do setor das IFM (estatísticas
monetárias), as taxas de variação são compiladas a partir de índices encadeados, sendo a nova
BCE
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Dezembro 2014
E 85
composição introduzida pelo fator de conciliação no momento do alargamento. Assim, quando um
país adere à área do euro em janeiro de um determinado ano, os fatores que contribuem para os índices
encadeados referem-se à anterior composição da área do euro até dezembro do ano anterior, inclusive,
e à composição alargada da área do euro após essa data. Para mais pormenores sobre as estatísticas
monetárias, ver Manual on MFI balance sheet statistics, disponível na secção Statistics do sítio do BCE.
Dado que a composição da unidade monetária europeia (ECU) não coincide com as antigas moedas
dos países que adotaram a moeda única, os montantes anteriores a 1999, originalmente expressos nas
moedas participantes e convertidos para ECU às taxas de câmbio em vigor do ECU, são afetados pelas
oscilações das moedas dos Estados-Membros da UE que não adotaram o euro. A fim de evitar este
efeito nas estatísticas monetárias, os dados anteriores a 19991 são expressos em unidades das moedas
nacionais convertidas às taxas de câmbio irrevogáveis do euro, estabelecidas no dia 31 de dezembro
de 1998. Salvo indicação em contrário, as estatísticas de preços e custos anteriores a 1999 têm por
base dados expressos em termos das moedas nacionais.
Sempre que necessário, foram utilizados métodos de agregação e/ou consolidação (incluindo
consolidação entre países).
Os dados mais recentes são frequentemente provisórios, podendo ser revistos. Podem surgir
discrepâncias entre os totais e as suas componentes devido a arredondamentos.
O grupo “Outros Estados-Membros da UE” compreende (salvo indicação em contrário) a Bulgária,
República Checa, Dinamarca, Croácia, Lituânia, Hungria, Polónia, Roménia, Suécia e Reino Unido.
Na maioria dos casos, a terminologia utilizada nos quadros está de acordo com os padrões
internacionais, tais como os incluídos no Sistema Europeu de Contas e no Manual da Balança de
Pagamentos e da posição de Investimento Internacional do FMI. As transações referem-se a trocas
voluntárias (medidas diretamente ou calculadas), enquanto os fluxos abrangem igualmente alterações
dos saldos devido a variações de preços e cambiais, amortizações totais e outras alterações.
Nos quadros, a expressão “até (x) anos” significa “até e incluindo (x) anos”.
PANORÂMICA GLOBAL
Os desenvolvimentos dos principais indicadores para a área do euro encontram-se sintetizados num
quadro de panorâmica global.
ESTATÍSTICAS DE POLÍTICA MONETÁRIA
A Secção 1.4 apresenta estatísticas de reservas mínimas e de liquidez. Os períodos de manutenção
de reservas mínimas têm início, todos os meses, no dia da liquidação da operação principal de
refinanciamento (OPR) que se segue à reunião do Conselho do BCE para a qual está agendada a
avaliação mensal da orientação da política monetária e terminam no dia anterior ao dia de liquidação
1
E 86
Os dados sobre as estatísticas monetárias nas Secções 2.1 a 2.8 para períodos anteriores a janeiro de 1999 encontram-se disponíveis
no sítio do BCE (http://www.ecb.europa.eu/stas/services/downloads/html/index.en.html) e no SDW (http://sdw.ecb.europa.eu/browse.
do?node=2018811).
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Gerais
correspondente no mês seguinte. As observações anuais/trimestrais referem-se a médias do último
período de manutenção de reservas do ano/trimestre.
O Quadro 1 da Secção 1.4 apresenta as componentes da base de incidência das instituições de
crédito sujeitas a reservas mínimas. As responsabilidades para com outras instituições de crédito
sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC, para com o BCE e para com os bancos centrais
nacionais participantes são excluídas da base de incidência. Se uma instituição de crédito não puder
comprovar o montante das suas emissões de títulos de dívida com prazo até 2 anos detidos pelas
instituições acima mencionadas, poderá deduzir uma certa percentagem destas responsabilidades
da sua base de incidência. A percentagem utilizada para o cálculo da base de incidência era de 10%
até novembro de 1999 e 30% a partir dessa data.
O Quadro 2 da Secção 1.4 contém dados médios para períodos de manutenção terminados.
Em primeiro lugar, as reservas mínimas de cada uma das instituições de crédito são calculadas aplicando
os rácios de reserva para as correspondentes categorias de responsabilidades às responsabilidades
elegíveis, utilizando os dados do balanço respeitantes ao fim de cada mês de calendário. Ulteriormente,
cada instituição de crédito deduz a este valor o montante de €100 000 (dedução fixa). As reservas
mínimas daí resultantes são então agregadas ao nível da área do euro (coluna 1). Os depósitos à ordem
das instituições de crédito (coluna 2) correspondem ao agregado da média dos saldos diários das
contas de depósito à ordem das instituições de crédito, incluindo os destinados ao cumprimento das
reservas mínimas. As reservas excedentárias (coluna 3) são a média das reservas efetivas em excesso
relativamente às reservas mínimas durante o período de manutenção. O incumprimento de reservas
mínimas (coluna 4) é definido como o incumprimento médio das reservas efetivas relativamente às
reservas mínimas durante o período de manutenção, calculado com base nas instituições de crédito
que não tenham cumprido os requisitos de reservas mínimas. A taxa de remuneração das reservas
mínimas (coluna 5) corresponde à média da taxa do BCE aplicável às OPR do Eurosistema durante o
período de manutenção (ponderada de acordo com o número de dias de calendário) (ver Secção 1.3).
O Quadro 3 da Secção 1.4 apresenta a posição de liquidez do sistema bancário, que é definida
como os depósitos à ordem em euros das instituições de crédito da área do euro no Eurosistema.
Todos os valores são calculados a partir da situação financeira consolidada do Eurosistema. As
outras operações de absorção de liquidez (coluna 7) excluem a emissão de certificados de dívida
iniciada pelos BCN na Segunda Fase da UEM. Os outros fatores líquidos (coluna 10) correspondem
às restantes rubricas compensadas na situação financeira consolidada do Eurosistema. Os depósitos
à ordem das instituições de crédito (coluna 11) são iguais à diferença entre a soma dos fatores de
cedência de liquidez (colunas 1 a 5) e a soma dos fatores de absorção de liquidez (colunas 6 a 10).
A base monetária (coluna 12) é calculada como a soma da facilidade permanente de depósito (coluna
6), notas em circulação (coluna 8) e depósitos à ordem das instituições de crédito (coluna 11).
MOEDA, BANCOS E OUTRAS SOCIEDADES FINANCEIRAS
O Capítulo 2 apresenta as estatísticas dos balanços referentes às IFM e outras sociedades financeiras.
As outras sociedades financeiras incluem fundos de investimento (exceto fundos do mercado
monetário, que fazem parte do setor das IFM), sociedades de titularização, sociedades de seguros
e fundos de pensões.
A Secção 2.1 apresenta o balanço agregado do setor das IFM, ou seja, a soma dos balanços
harmonizados de todas as IFM residentes na área do euro. As IFM incluem bancos centrais, instituições
BCE
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Dezembro 2014
E 87
de crédito, tal como definidas pelo direito da UE, fundos do mercado monetário e outras instituições
cuja atividade consista em receber depósitos e/ou substitutos próximos de depósitos de entidades que
não sejam IFM, bem como em conceder créditos e/ou realizar investimentos em valores mobiliários
por conta própria (pelo menos em termos económicos). Uma lista completa de IFM é publicada
no sítio do BCE.
A Secção 2.2 apresenta o balanço consolidado do setor das IFM, que é obtido por compensação
das posições do balanço agregado entre IFM na área do euro. Devido a heterogeneidade
limitada nas práticas de registo, a soma das posições inter-IFM não é necessariamente zero; o
balanço é mostrado na coluna 10 do lado do passivo da Secção 2.2. A Secção 2.3 apresenta os
agregados monetários e contrapartidas da área do euro. Estes são calculados a partir do balanço
consolidado das IFM e incluem posições de instituições financeiras não monetárias residentes
na área do euro detidas por IFM residentes na área do euro; tomam também em consideração
alguns ativos/passivos monetários da administração central. Os dados das estatísticas de
agregados monetários e contrapartidas são corrigidos de efeitos de sazonalidade e de dias úteis.
A rubrica “Responsabilidades para com o exterior” nas Secções 2.1 e 2.2 apresenta as detenções por
não residentes na área do euro de i) ações/unidades de participação emitidas por fundos do mercado
monetário localizados na área do euro e de ii) títulos de dívida com prazo até 2 anos emitidos por
IFM localizadas na área do euro. Porém, na Secção 2.3, estas detenções são excluídas dos agregados
monetários e contribuem para a rubrica “Disponibilidades líquidas sobre o exterior”.
A Secção 2.4 apresenta uma análise por setor, tipo e prazo original dos empréstimos concedidos por
IFM excluindo o Eurosistema (o sistema bancário) residentes na área do euro. A Secção 2.5 mostra
uma análise por setor e por instrumento dos depósitos detidos no sistema bancário da área do euro.
A Secção 2.6 mostra os títulos detidos pelo sistema bancário da área do euro, por tipo de emitente. A
Secção 2.7 apresenta uma análise trimestral por moeda de rubricas selecionadas do balanço das IFM.
As Secções 2.2 a 2.6 apresentam também taxas de crescimento em termos de variações homólogas
em percentagem, com base em transações.
A partir de 1 de janeiro de 1999, a informação estatística é recolhida e compilada com base em
vários regulamentos do BCE relativos ao balanço do setor das instituições financeiras monetárias.
Desde julho de 2010, tal é feito com base no Regulamento BCE/2008/32 2. Os pormenores sobre as
definições dos setores são apresentados na terceira edição do Monetary financial institutions and markets
statistics sector manual – Guidance for the statistical classification of customers (BCE, março de 2007).
A Secção 2.8 apresenta os saldos e transações do balanço dos fundos de investimento da área do euro
(exceto fundos do mercado monetário, incluídos nas estatísticas do balanço das IFM). Um fundo
de investimento é uma empresa de investimento coletivo que investe capital captado do público
em ativos financeiros e/ou não financeiros. O sítio do BCE disponibiliza uma lista completa dos
fundos de investimento da área do euro. O balanço é agregado e, deste modo, os ativos de fundos de
investimento incluem as respetivas detenções de ações/unidades de participação emitidas por outros
fundos de investimento. As ações/unidades de participação emitidas por fundos de investimento
são também desagregadas por política de investimento (ou seja, fundos de obrigações, fundos de
ações, fundos mistos, fundos imobiliários, fundos de cobertura (hedge funds) e outros fundos) e
por tipo de investimento (fundos de investimento abertos ou fechados). A Secção 2.9 apresenta em
maior pormenor os principais tipos de ativos detidos por fundos de investimento da área do euro.
2
E 88
JO L 15 de 20.01.2009, p. 14.
BCE
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ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Gerais
Esta secção contém uma desagregação geográfica dos emitentes de títulos detidos por fundos de
investimento e desagrega os emitentes por setor económico de residência na área do euro.
Desde dezembro de 2008, é recolhida e compilada informação estatística harmonizada com base no
Regulamento BCE/2007/8 3 relativo às estatísticas de ativos e passivos de fundos de investimento.
Para mais informações sobre estas estatísticas de fundos de investimento, consultar o Manual on
investment fund statistics (BCE, maio de 2009).
A Secção 2.10 apresenta o balanço agregado de sociedades de titularização residentes na área do
euro. As sociedades de titularização são entidades criadas com o objetivo de efetuar operações de
titularização. Uma titularização geralmente envolve a transferência de um ativo ou sistema global
de ativos para uma sociedade de titularização, sendo que os ativos são reconhecidos no balanço
das sociedades de titularização como empréstimos titularizados, títulos exceto ações, ou outros
ativos titularizados. Em alternativa, o risco de crédito relacionado com um ativo ou sistema global
de ativos pode ser transferido para uma sociedade de titularização através de swaps de risco de
incumprimento de crédito, garantias ou outros mecanismos semelhantes. Os ativos de garantia
detidos pela sociedade de titularização para fazer face a estas exposições assumem, tipicamente, a
forma de um depósito detido junto de uma IFM ou investido em títulos exceto ações. No geral, as
sociedades de titularização titularizam empréstimos originados pelo setor das IFM. As sociedades de
titularização devem registar esses empréstimos no respetivo balanço estatístico, independentemente
do facto de as normas contabilísticas relevantes permitirem ou não que a IFM desreconheça os
empréstimos. Os dados sobre empréstimos que foram titularizados por sociedades de titularização
mas se mantêm no balanço da respetiva IFM (permanecendo assim nas estatísticas das IFM) são
apresentados em separado. Desde dezembro de 2009, estes dados trimestrais são compilados com
base no Regulamento BCE/2008/304.
A Secção 2.11 apresenta o balanço agregado das sociedades de seguros e fundos de pensões residentes
na área do euro. As sociedades de seguros abrangem os setores dos seguros e resseguros, enquanto
os fundos de pensões incluem entidades autónomas dotadas de autonomia de decisão e que dispõem
de contabilidade completa (isto é, fundos de pensões autónomos). Esta secção contém igualmente
uma desagregação geográfica e por setor das contrapartes emitentes de títulos exceto ações detidos
por sociedades de seguros e fundos de pensões.
CONTAS DA ÁREA DO EURO
A Secção 3.1 mostra os dados das contas trimestrais integradas da área do euro, que apresentam
informação abrangente sobre as atividades económicas das famílias (incluindo instituições sem fim
lucrativo ao serviço das famílias), sociedades não financeiras, sociedades financeiras e administrações
públicas, bem como interações entre estes setores e a área do euro e o resto do mundo. Os dados não
corrigidos de sazonalidade a preços correntes são apresentados para o último trimestre disponível,
segundo uma sequência simplificada de contas, de acordo com o quadro metodológico do Sistema
Europeu de Contas 1995.
Em suma, a sequência de contas (operações) compreende: (1) a conta de exploração, que mostra a
forma como a atividade de produção se reflete nas várias categorias de rendimento; (2) a conta de
afetação do rendimento primário, que regista as receitas e despesas relacionadas com várias formas
3
4
JO L 211, 11.08.2007, p. 8.
JO L 15, 20.01.2009, p. 1.
BCE
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Dezembro 2014
E 89
de rendimentos de propriedade (para o conjunto da economia, o saldo contabilístico da conta do
rendimento primário é o rendimento nacional); (3) a conta de distribuição secundária do rendimento,
que mostra a forma como o rendimento nacional de um setor institucional varia devido às transferências
correntes; (4) a conta de utilização do rendimento, que mostra a forma como o rendimento disponível
é gasto em consumo ou poupado; (5) a conta de capital, que mostra a forma como a poupança e as
transferências líquidas de capital são gastas na aquisição de ativos não financeiros (o saldo contabilístico
da conta de capital corresponde à capacidade/necessidade líquida de financiamento); e (6) a conta
financeira, que regista as aquisições líquidas de ativos financeiros e o aumento líquido de passivos.
Dado que cada operação não financeira se reflete numa operação financeira, o saldo contabilístico da
conta financeira é também conceptualmente igual à capacidade/necessidade líquida de financiamento,
calculada a partir da conta de capital.
Além disso, são apresentadas as contas de património no início e no final do exercício, que apresentam
uma visão da riqueza financeira de cada setor individual num determinado momento. Por último,
são apresentadas outras alterações nos ativos e passivos financeiros, em particular reavaliações (por
exemplo, resultantes do impacto das variações dos preços dos ativos).
A cobertura setorial da conta financeira e das contas de património financeiro é mais detalhada para
o setor das sociedades financeiras, apresentando uma desagregação em IFM, fundos de investimento
(excluindo fundos do mercado monetário), outras instituições financeiras (OIF, incluindo auxiliares
financeiros e instituições financeiras cativas), e sociedades de seguros e fundos de pensões.
A Secção 3.2 mostra fluxos acumulados de quatro trimestres (operações e outras variações) para o
rendimento, despesa e contas de acumulação das famílias, bem como saldos das contas de património
financeiro e não financeiro, apresentando os dados de forma mais analítica. As operações específicas
dos setores e os saldos contabilísticos são dispostos de modo a representar mais claramente as decisões
de financiamento e de investimento das famílias, respeitando as identidades das contas apresentadas na
Secção 3.1.
As Secções 3.3 e 3.4 apresentam fluxos acumulados de quatro trimestres (operações) para as
contas de rendimento e de acumulação das sociedades não financeiras e sociedades financeiras,
respetivamente, bem como saldos das contas de património financeiro, apresentando os dados de
forma mais analítica.
A Secção 3.5 mostra indicadores de síntese e gráficos às famílias e às sociedades não financeiras.
MERCADOS FINANCEIROS
As séries sobre estatísticas dos mercados financeiros para a área do euro abrangem os Estados-Membros da UE que tinham adotado o euro na data a que se referem as estatísticas (ou seja,
composição variável), à exceção das estatísticas de emissões de títulos (Secções 4.1 a 4.4), que se
referem ao Euro 17 para toda a série temporal (ou seja, composição fixa).
As estatísticas de títulos exceto ações e as estatísticas de ações cotadas (Secções 4.1 a 4.4)
são produzidas pelo BCE a partir de dados do SEBC e do BIS. A Secção 4.5 apresenta estatísticas
das taxas de juro de IFM aplicáveis a depósitos e empréstimos denominados em euros de residentes
na área do euro. As estatísticas das taxas de juro do mercado monetário, taxas de rendibilidade das
E 90
BCE
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ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Gerais
obrigações de dívida pública de longo prazo e índices bolsistas (Secções 4.6 a 4.8) são produzidas
pelo BCE a partir das informações das agências de notícias.
As estatísticas de emissões de títulos abrangem: i) títulos exceto ações, excluindo derivados financeiros,
apresentados nas Secções 4.1, 4.2 e 4.3; e ii) ações cotadas, apresentadas na Secção 4.4. Os títulos de
dívida são desagregados em títulos de curto prazo e de longo prazo. “Curto prazo” significa títulos com
prazo original igual ou inferior a um 1 ano (em casos excecionais, com prazo igual ou inferior a 2 anos).
Os títulos i) com prazo mais longo, ii) com datas de vencimento opcionais, a última das quais a
mais de 1 ano de distância, ou iii) com datas de vencimento indefinidas, são classificados como
títulos de “longo prazo”. Os títulos de dívida de longo prazo emitidos por residentes na área do euro
são ainda desagregados em maior pormenor em emissões de taxa fixa e taxa variável. As emissões
de taxa fixa consistem em emissões nas quais a taxa de cupão não se altera durante o período de
vida das emissões. As emissões de taxa variável incluem todas as emissões nas quais o cupão é
periodicamente revisto tendo por referência uma taxa de juro ou índice independentes. Os títulos
denominados em euros indicados nas Secções 4.1, 4.2 e 4.3 incluem também rubricas expressas
em denominações nacionais do euro.
A Secção 4.1 apresenta títulos exceto ações, por prazo original, residência do emitente e moeda.
A secção apresenta saldos, emissões brutas e emissões líquidas de títulos exceto ações desagregadas
em: i) emissões denominadas em euros e emissões em todas as moedas; ii) emissões por residentes na
área do euro e emissões totais; e iii) emissões totais e de longo prazo. As emissões líquidas diferem
das variações de saldos devido a variações na valorização, reclassificações e outras correções. Esta
secção apresenta também estatísticas corrigidas de sazonalidade incluindo taxas de crescimento a
6 meses anualizadas corrigidas de sazonalidade para o total e os títulos de dívida de longo prazo.
Estes dados corrigidos de sazonalidade são calculados a partir do índice de saldos nocionais ao qual
se retiraram os efeitos sazonais. Para mais pormenores, ver as Notas Técnicas.
A Secção 4.2 contém uma desagregação setorial dos saldos, emissões brutas e emissões líquidas
por emitentes residentes na área do euro, de acordo com o SEC 95. O BCE encontra-se incluído
no Eurosistema.
Os saldos totais do total dos títulos de dívida e dos títulos de dívida de longo prazo na coluna 1
do Quadro 1 da Secção 4.2 correspondem aos dados dos saldos do total e dos títulos de dívida de
longo prazo emitidos por residentes na área do euro na coluna 7 da Secção 4.1. Os saldos do total
e dos títulos de dívida de longo prazo emitidos por IFM na coluna 2 do Quadro 1 da Secção 4.2
são globalmente comparáveis com os dados dos títulos de dívida emitidos, como apresentado no
lado do passivo do balanço agregado das IFM na coluna 8 do Quadro 2 da Secção 2.1. O total de
emissões líquidas do total dos títulos de dívida na coluna 1 do Quadro 2 da Secção 4.2 corresponde
aos dados do total de emissões líquidas por residentes na área do euro na coluna 9 da Secção 4.1. A
diferença residual entre os títulos de dívida de longo prazo e o total dos títulos de dívida de longo
prazo de taxa fixa e variável no Quadro 1 da Secção 4.2 consiste em obrigações de cupão zero e
efeitos de reavaliação.
A Secção 4.3 apresenta as taxas de crescimento corrigidas e não corrigidas de sazonalidade dos títulos
de dívida emitidos por residentes na área do euro (desagregados por prazo, tipo de instrumento,
setor do emitente e moeda), com base nas transações financeiras que ocorrem quando uma unidade
institucional incorre em responsabilidades ou as amortiza. As taxas de crescimento excluem portanto
reclassificações, reavaliações, variações cambiais e quaisquer outras variações que não sejam devidas
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 91
a transações. As taxas de crescimento corrigidas de sazonalidade foram anualizadas para efeitos de
apresentação. Para mais pormenores, ver as Notas Técnicas.
As colunas 1, 4, 6 e 8 do Quadro 1 da Secção 4.4 apresentam os saldos de ações cotadas emitidas
por residentes na área do euro desagregados por setor emitente. Os dados mensais para as ações
cotadas emitidas por sociedades não financeiras correspondem às séries trimestrais apresentadas na
Secção 3.4 (contas de património financeiro, ações cotadas).
As colunas 3, 5, 7 e 9 do Quadro 1 da Secção 4.4 apresentam taxas de crescimento homólogas
para as ações cotadas emitidas por residentes na área do euro (desagregadas por setor do emitente)
com base nas transações financeiras que ocorrem quando um emitente emite ou resgata ações,
em numerário, excluindo investimentos em ações do próprio emitente. O cálculo das taxas de
crescimento homólogas exclui reclassificações, reavaliações e quaisquer outras variações que não
sejam devidas a transações.
A Secção 4.5 apresenta estatísticas de todas as taxas de juro que as IFM residentes na área do
euro aplicam aos depósitos e empréstimos denominados em euros das famílias e sociedades não
financeiras residentes na área do euro. As taxas de juro das IFM da área do euro são calculadas
como média ponderada (pelos volumes de operações correspondentes) das taxas de juro dos países
da área do euro para cada categoria.
As estatísticas das taxas de juro das IFM são desagregadas por tipo de cobertura de operações,
setor, categoria de instrumento e prazo, período de pré-aviso ou período inicial de fixação da taxa
de juro. Estas estatísticas de taxas de juro das IFM substituem as dez séries estatísticas transitórias
de taxas de juro a retalho da área do euro, que foram publicadas no Boletim Mensal desde janeiro
de 1999.
A Secção 4.6 apresenta as taxas de juro do mercado monetário para a área do euro, os Estados Unidos
e o Japão. Para a área do euro, as estatísticas abrangem uma grande variedade de taxas de juro do
mercado monetário, desde taxas de juro dos depósitos overnight até às de depósitos a 12 meses.
Anteriormente a janeiro de 1999, as taxas de juro sintéticas relativas à área do euro eram calculadas
com base nas taxas nacionais ponderadas pelo PIB. À exceção da taxa overnight até janeiro de 1999,
os valores mensais, trimestrais e anuais são médias do período. Até dezembro de 1998, inclusive, os
depósitos overnight são representados por taxas de juro de oferta de depósitos interbancárias em fim
de período e médias do período para o índice overnight médio do euro (EONIA) após aquela data.
A partir de janeiro de 1999, as taxas de juro da área do euro dos depósitos a 1, 3, 6 e 12 meses são
taxas interbancárias de oferta do euro (EURIBOR); antes daquela data, e sempre que disponível,
taxas interbancárias de oferta em Londres (LIBOR). Para os Estados Unidos e o Japão, as taxas de
juro dos depósitos a 3 meses são representadas pela LIBOR.
A Secção 4.7. apresenta taxas em fim de período calculadas a partir das curvas de rendimentos
nominais à vista com base em obrigações denominadas em euros com a notação AAA emitidas por
administrações centrais da área do euro. As curvas de rendimentos são calculadas a partir do modelo
Svensson5. São também apresentados diferenciais entre as taxas a 10 anos e as taxas a 3 meses e
a 2 anos. Curvas de rendimentos adicionais (publicações diárias, incluindo gráficos e quadros) e a
5
E 92
Svensson, L.E., 1994, “Estimating and Interpreting Forward Interest Rates: Sweden 1992-1994”. Centre for Economic Policy Research
(Centro de Estudos de Política Económica) Discussion Paper n.º 1051, Londres, 1994.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Gerais
correspondente informação metodológica encontram-se disponíveis em http://www.ecb.europa.eu/
stats/money/yc/html/index.en.html. Podem também ser descarregados dados diários.
A Secção 4.8 mostra os índices bolsistas para a área do euro, os Estados Unidos e o Japão.
PREÇOS, PRODUTO, PROCURA E MERCADOS DE TRABALHO
A maior parte dos dados descritos nesta secção são produzidos pela Comissão Europeia (principalmente
pelo Eurostat) e pelas autoridades estatísticas nacionais. Os resultados da área do euro são obtidos
por agregação dos dados dos países a nível individual. Os dados são, tanto quanto possível,
harmonizados e comparáveis. As estatísticas de índices de custos do trabalho, PIB e componentes
da despesa, valor acrescentado por atividade económica, produção industrial, vendas no comércio
a retalho, registos de automóveis de passageiros e emprego em termos de horas trabalhadas foram
corrigidas de dias úteis.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) para a área do euro (Quadro 1 na Secção 5.1)
encontra-se disponível a partir de 1995 e tem por base os IHPC nacionais, que seguem a mesma
metodologia em todos os países da área do euro. A desagregação por componentes de bens e serviços
resulta da classificação do consumo individual por objetivo (Coicop/IHPC). O IHPC engloba a despesa
monetária de consumo final das famílias no território económico da área do euro. O quadro inclui
dados do IHPC corrigidos de sazonalidade, compilados pelo BCE, e índices experimentais de preços
administrados com base no IHPC.
Os preços da produção industrial (Quadro 2 da Secção 5.1), a produção industrial, o volume de negócios
na indústria e as vendas no comércio a retalho (Secção 5.2) são abrangidos pelo Regulamento (CE)
n.º 1165/98 do Conselho de 19 de maio de 1998 relativo a estatísticas conjunturais 6. Desde janeiro
de 2009, às estatísticas a curto prazo é aplicada a nomenclatura revista das atividades económicas
(NACE Revisão 2), abrangida pelo Regulamento (CE) n.º 1893/2006 do Parlamento Europeu e
do Conselho de 20 de dezembro de 2006 que estabelece a nomenclatura estatística das atividades
económicas NACE Revisão 2 e que altera o Regulamento (CEE) n.º 3037/90 do Conselho, assim
como certos regulamentos CE relativos a domínios estatísticos específicos7. A desagregação por
finalidade da utilização dos produtos para os preços da produção industrial e produção industrial é a
subdivisão harmonizada da indústria excluindo a construção (Secções B a E da NACE Revisão 2)
em Grandes Agrupamentos Industriais (GAI), tal como definida pelo Regulamento (CE)
n.º 656/2007 da Comissão de 14 de junho de 20078. Os preços da produção industrial refletem
preços dos produtores à saída da fábrica e incluem impostos indiretos exceto IVA e outros impostos
dedutíveis. A produção industrial reflete o valor acrescentado dos setores em causa.
Os dois índices de preços das matérias-primas não energéticas apresentados no Quadro 3 da
Secção 5.1 são compilados com a mesma cobertura das matérias-primas, mas recorrendo a dois
sistemas de ponderação diferentes: um baseado nas respetivas importações de matérias -primas
da área do euro (colunas 2-4), e o outro (colunas 5-7) com base na procura interna estimada
da área do euro, ou “utilização”, tendo em conta informação sobre importações, exportações
e a produção interna de cada matéria-prima (ignorando, para efeitos de simplificação, as
6
7
8
JO L 162 de 5.6.1998, p. 1.
JO L 393, 30.12.2006, p. 1.
JO L 155, 15.6.2007, p. 3.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 93
existências, que se presume sejam relativamente estáveis ao longo do período observado).
O índice de preços das matérias -primas ponderado pelas importações é adequado para analisar
os desenvolvimentos externos, enquanto o índice ponderado pela utilização é adequado para o
propósito específico de análise das pressões dos preços internacionais das matérias-primas sobre
a inflação da área do euro. Os índices de preços das matérias -primas ponderados pela utilização
são dados experimentais. Para mais pormenores sobre a compilação dos índices de preços das
matérias -primas do BCE, ver a Caixa 1, na edição de dezembro de 2008 do Boletim Mensal.
Os índices de custos do trabalho (Quadro 5 da Secção 5.1) medem as alterações dos custos de
trabalho por hora trabalhada na indústria (incluindo a construção) e nos serviços mercantis. A
respetiva metodologia é estabelecida no Regulamento (CE) n.º 450/2003 do Parlamento Europeu e do
Conselho de 27 de fevereiro de 2003 relativo ao índice de custos da mão de obra 9 e no Regulamento
(CE) n.º 1216/2003 da Comissão de 7 de julho de 2003 que o aplica 10. Encontra-se disponível uma
desagregação dos índices de custos do trabalho para a área do euro por componentes dos custos do
trabalho (ordenados e salários e contribuições sociais dos empregadores mais impostos relacionados
com o emprego pagos pelo empregador, menos subsídios recebidos pelo empregador) e por atividade
económica. O indicador dos acordos salariais (rubrica “Por memória” no Quadro 5 da Secção 5.1)
é calculado pelo BCE com base em dados não harmonizados das definições nacionais.
As componentes dos custos unitários do trabalho (Quadro 4 da Secção 5.1), PIB e suas componentes
(Quadros 1 e 2 da Secção 5.2), deflatores do PIB (Quadro 3 da Secção 5.1) e estatísticas sobre o
emprego (Quadro 1 da Secção 5.3) são calculados a partir das contas nacionais trimestrais de acordo
com o SEC 201011. A partir de setembro de 2014, o regulamento atualizado do SEC 2010 substitui o
SEC 95 e é obrigatório para os Estados-Membros da UE. Como anteriormente, o novo regulamento
define a metodologia relativa a padrões, definições, classificações e normas contabilísticas utilizados
para compilar contas nacionais e quadros na UE bem como o programa de transmissão de dados
que estabelece os limites temporais segundo os quais os Estados-Membros devem disponibilizar os
respetivos dados. O SEC 2010 emprega igualmente conceitos relacionados com outras classificações
estatísticas, como, por exemplo, a NACE Revisão 2. A publicação dos dados das contas nacionais
da área do euro que aplicam esta nova nomenclatura teve início em novembro de 2014.
Os índices do volume de negócios na indústria e no comércio a retalho (Quadro 4 da Secção 5.2)
medem o volume de negócios, incluindo todos os direitos e impostos exceto o IVA, faturados durante o
período de referência. O volume de negócios no comércio a retalho abrange todo o comércio a retalho
(excluindo as vendas de veículos automóveis e motociclos), incluindo combustível para veículos a motor.
Os registos de automóveis novos de passageiros abrangem os registos de automóveis de passageiros
particulares e comerciais.
Os dados dos inquéritos qualitativos às empresas e consumidores (Quadro 5 da Secção 5.2) têm por
base os Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores.
As taxas de desemprego (Quadro 4 da Secção 5.3) seguem as orientações da Organização Internacional do
Trabalho. Referem-se a pessoas que procuram emprego ativamente em percentagem da população ativa,
utilizando critérios e definições harmonizados. As estimativas relativas à população ativa subjacentes à
taxa de desemprego diferem da soma dos níveis de emprego e de desemprego publicados na Secção 5.3.
9 JO L 69, 13.3.2003, p. 1.
10 JO L 169, 8.7.2003, p. 37.
11 JO L 174, 26.6.2013, p. 1.
E 94
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Gerais
FINANÇAS PÚBLICAS
As Secções 6.1 a 6.5 apresentam a situação orçamental das administrações públicas da área do euro.
A maioria dos dados foram objeto de consolidação, tendo por base a metodologia do SEC 2010.
Os agregados anuais da área do euro nas Secções 6.1 a 6.3 são compilados pelo BCE com base nas
exigências de informação estatística estabelecidas na orientação do BCE de 3 de junho de 2014
relativa às estatísticas das finanças públicas (BCE/2014/21)12. Os dados harmonizados disponibilizados
pelos BCN são atualizados regularmente. Os valores anuais relativos às receitas e despesas das
administrações públicas (Secção 6.1) incluem transações relacionadas com o orçamento da UE (por
exemplo, subsídios agrícolas).
Os agregados trimestrais da área do euro nas Secções 6.1 a 6.3 são disponibilizados pelo Eurostat e
podem não ser totalmente consistentes com os dados anuais, por exemplo devido a diferentes datas de
fecho dos dados e à exclusão de transações relacionadas com o orçamento da UE dos dados trimestrais.
Os agregados mensais da área do euro na Secção 6.4 são compilados pelo BCE com base em
informações, título a título, disponibilizadas pela Base de Dados de Informação sobre Títulos
Centralizada (Centralised Securities Database – CSDB) do SEBC13.
Os dados individuais dos países da área do euro na Secção 6.5 são reportados com base nos dados
do Eurostat (relativamente ao défice/excedente público e à dívida pública) e da CSDB (relativamente
ao serviço da dívida e às taxas de rendibilidade nominais médias). Os valores anuais apresentados
na Secção 6.5 relativos ao défice/excedente público e à dívida pública são reportados à Comissão
Europeia ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 220/2014 da Comissão de 7 de março de 2014 que altera
o Regulamento (CE) n.º 479/2009 do Conselho, no que respeita às referências ao sistema europeu de
contas nacionais e regionais na União Europeia.
TRANSAÇÕES E POSIÇÕES EXTERNAS
Em 9 de dezembro de 2011, o Conselho do BCE adotou a Orientação do BCE relativa às exigências de
informação estatística do Banco Central Europeu em matéria de estatísticas externas (BCE/2011/23)14.
As convenções de sinais utilizados na balança corrente e de capital da BdP (quadros nas Secções
7.1, 7.2 e 7.4) atribuem um sinal positivo aos excedentes e às transações de crédito e de débito; um
sinal negativo denota um défice. No que respeita à balança financeira da BdP (quadros nas Secções
7.1, 7.3 e 7.4), um sinal positivo representa um aumento líquido, e um sinal negativo representa uma
diminuição líquida, do ativo ou passivo.
Os dados da BdP da área do euro são compilados pelo BCE. Os valores mensais recentes devem ser
considerados provisórios. Os dados são revistos com a publicação dos valores para o mês seguinte
e/ou de dados pormenorizados da BdP trimestral. Os dados anteriores são revistos periodicamente,
ou em resultado de alterações metodológicas na compilação dos dados das fontes.
12 JO L 267, 6.9.2014, pp. 9-26.
13 Ver a nota metodológica sobre Debt securities issuance and service by EU governments, disponível no sítio do BCE (http://www.ecb.
europa.eu).
14 JO L 65, 3.3.2012, p. 1.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
E 95
O Quadro 1 da Secção 7.2 contém também dados corrigidos de sazonalidade para a balança
corrente, tomando em consideração, sempre que necessário, os efeitos de dia útil, ano bissexto e/
ou Páscoa. O Quadro 4 da Secção 7.2 e o Quadro 9 da Secção 7.3 apresentam uma desagregação
da BdP e da p.i.i. da área do euro face aos principais parceiros em termos individuais ou em
conjunto, distinguindo entre Estados-Membros da UE fora da área do euro e países ou áreas fora da
União Europeia. A desagregação também mostra transações e posições face a instituições da UE e
organizações internacionais (as quais, à exceção do BCE e do Mecanismo Europeu de Estabilidade,
são considerados como não pertencendo à área do euro para efeitos estatísticos, independentemente
da sua localização física) bem como centros offshore. A desagregação não abrange transações
ou posições no lado das responsabilidades do investimento de carteira, derivados financeiros ou
reservas internacionais. Além disso, não são apresentados dados em separado para o rendimento do
investimento a pagar ao Brasil, China continental, Índia ou Rússia.
Os dados sobre a balança financeira da BdP e a p.i.i. da área do euro na Secção 7.3 têm por base
transações e posições face a não residentes na área do euro, considerando a área do euro uma entidade
económica única. A p.i.i. é avaliada a preços correntes de mercado à exceção do investimento
direto, em que geralmente são utilizados valores contabilísticos para as ações não cotadas e outro
investimento (por exemplo, empréstimos e depósitos).
O Quadro 1 na Secção 7.3 sintetiza a p.i.i. e as transações financeiras da BdP da área do euro. No
Quadro 2, as colunas 6 a 12 referem-se, respetivamente, ao investimento direto no exterior por unidades
residentes e ao investimento direto na área do euro por unidades não residentes. Estes conceitos
de investimento direto foram retirados da edição anterior do Manual da Balança de Pagamentos e
da Posição de Investimento Internacional do FMI (BPM5) e têm por objetivo o preenchimento de
lacunas entre os conceitos de ambos os manuais.
No Quadro 5 da Secção 7.3, a desagregação em “numerário e depósitos” e “empréstimos” tem por
base o setor das contrapartes não residentes, ou seja, os ativos para com bancos não residentes
são classificados como depósitos, enquanto os ativos para com outros setores não residentes são
classificados como empréstimos. Esta desagregação está de acordo com a distinção efetuada em
outras estatísticas como o balanço consolidado das IFM e está em conformidade com o Manual da
Balança de Pagamentos do FMI.
Os saldos das reservas internacionais do Eurosistema e outros ativos e passivos relacionados são
apresentados no Quadro 7 da Secção 7.3. Estes dados não são totalmente comparáveis com os da
situação financeira semanal do Eurosistema, devido a diferenças de cobertura e de valorização.
Os dados do Quadro 7 estão em conformidade com as recomendações do modelo sobre reservas
internacionais e liquidez em moeda estrangeira. Por definição, os ativos incluídos nas reservas
internacionais do Eurosistema têm em conta as alterações na composição da área do euro. Antes da
adesão dos países à área do euro, os ativos dos respetivos bancos centrais nacionais são incluídos em
investimento de carteira (no caso dos títulos) ou outro investimento (no caso de outros ativos). As
variações das detenções de ouro do Eurosistema (coluna 3) são devidas a transações em ouro, nos
termos do Acordo dos Bancos Centrais sobre o Ouro, de 26 de setembro de 1999, atualizado em 27
de setembro de 2009. Mais informações sobre o tratamento estatístico das reservas internacionais
do Eurosistema poderão ser obtidas na publicação intitulada Statistical treatment of the Eurosystem’s
international reserves (outubro de 2000), a qual pode ser descarregada do sítio do BCE. Neste sítio
podem ser também consultados dados mais abrangentes, de acordo com o modelo sobre reservas
internacionais e liquidez em moeda estrangeira.
E 96
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ESTATÍSTICAS
DA
ÁREA DO EURO
Notas Gerais
As estatísticas da dívida externa bruta da área do euro no Quadro 8 da Secção 7.3 representam
responsabilidades efetivas (e não contingentes) face a não residentes na área do euro que solicitam
o pagamento do capital e/ou juros pelo devedor numa ou mais datas no futuro. O Quadro 8 mostra
uma desagregação da dívida externa bruta por instrumento e setor institucional (ou seja, dívida
externa bruta líquida de ativos de dívida externa).
A Secção 7.4 contém uma apresentação monetária da BdP da área do euro, na qual as transações pelo
setor não monetário refletem as transações externas líquidas das IFM. As transações pelo setor não
monetário incluem transações da BdP para as quais não se encontra disponível uma desagregação
setorial. Estas referem -se às balanças corrente e de capital (coluna 2) e derivados financeiros
(coluna 11). Uma nota metodológica atualizada sobre a apresentação monetária da BdP da área do
euro encontra-se disponível na secção Statistics do sítio do BCE. Ver também a Caixa 1, na edição
de junho de 2003 do Boletim Mensal.
A Secção 7.5 apresenta dados sobre o comércio externo de bens da área do euro. A fonte para os
dados é o Eurostat. Os dados de valores e os índices de volume são corrigidos de sazonalidade
e de dias úteis. A desagregação por grupo de produto nas colunas 4 a 6 e 9 a 11 do Quadro 1 da
Secção 7.5 está em conformidade com a classificação contida nas Grandes Categorias Económicas
e corresponde às classes básicas de bens do sistema de Contas Nacionais. Os bens transformados
(colunas 7 e 12) e o petróleo (coluna 13) estão de acordo com a definição do CTCI 4.ª Rev. A
desagregação geográfica (Quadro 3 da Secção 7.5) apresenta os principais parceiros comerciais,
individualmente e por grupos regionais. A China exclui Hong Kong. Devido a diferenças nas
definições, classificação, cobertura e data de registo, os dados do comércio externo, em particular
das importações, não são totalmente comparáveis com a rubrica “Bens” nas estatísticas da balança
de pagamentos (Secções 7.1 e 7.2). Parte das diferenças resulta da inclusão de serviços de seguros
e de transporte de mercadorias no registo de bens importados nos dados do comércio externo. Para
mais pormenores, ver o Quadro 1 em Euro area balance of payments and international investment
position statistics – 2009 quality report, BCE, Frankfurt am Main, março de 2010.
Os preços das importações na indústria e os preços das exportações da produção industrial (ou
preços na produção industrial do mercado externo) apresentados no Quadro 2 da Secção 7.5 foram
introduzidos pelo Regulamento (CE) n.º 1158/2005 do Parlamento Europeu e do Conselho de 6 de
julho de 2005 que altera o Regulamento (CE) n.º 1165/98 do Conselho, que constitui a principal
base jurídica para as estatísticas de curto prazo. O índice de preços das importações na indústria
abrange produtos industriais importados de fora da área do euro, nos termos das secções B a E da
Classificação Estatística dos Produtos por Atividade na Comunidade Económica Europeia (CPA) e
todos os setores institucionais de importação, exceto famílias, administrações públicas e instituições
sem fim lucrativo. Reflete o preço c.i.f. (custo, seguro e frete) excluindo direitos e impostos de
importação, referindo-se às transações realizadas em euros e registadas no momento de transferência
de propriedade dos bens. Os preços das exportações da produção industrial abrangem todos os
produtos industriais exportados diretamente por produtores da área do euro para o mercado extra-área do euro nos termos das secções B a E da NACE Revisão 2. As exportações de grossistas e
as reexportações não se encontram abrangidas. Os índices refletem o preço f.o.b. (franco a bordo)
expresso em euros e calculado nas fronteiras da área do euro, incluindo quaisquer impostos indiretos
exceto IVA e outros impostos dedutíveis. Os preços das importações industriais e das exportações
da produção industrial estão disponíveis por Grandes Agrupamentos Industriais, como definido no
Regulamento (CE) n.º 656/2007 da Comissão de 14 de junho de 2007. Para mais pormenores, ver
a Caixa 11, na edição de dezembro de 2008 do Boletim Mensal.
BCE
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Dezembro 2014
E 97
TAXAS DE CÂMBIO
A Secção 8.1 apresenta os índices das taxas de câmbio efetivas nominais e reais para o euro, calculadas
pelo BCE com base nas médias ponderadas das taxas de câmbio bilaterais face às moedas de parceiros
comerciais específicos da área do euro. Uma variação positiva indica uma apreciação do euro. Os pesos
são baseados no comércio de bens transformados com os parceiros comerciais nos períodos de 1995-1997,
1998-2000, 2001-2003, 2004-2006 e 2007-2009 e calculados tendo em conta efeitos em terceiros
mercados. Os índices da TCE são obtidos através do encadeamento dos indicadores com base
em cada um destes cinco conjuntos de pesos do comércio no final de cada período de três anos.
O período de base resultante do índice da TCE é o primeiro trimestre de 1999. O grupo de parceiros
comerciais TCE-20 é composto pelos 10 Estados-Membros da UE não pertencentes à área do euro,
mais a Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Hong Kong, Japão, Noruega,
Singapura e Suíça. O grupo TCE-19 exclui a Croácia. O grupo TCE-39 inclui o TCE-20 e os seguintes
países: África do Sul, Argélia, Argentina, Brasil, Chile, Filipinas, Índia, Indonésia, Islândia, Israel,
Malásia, Marrocos, México, Nova Zelândia, Rússia, Tailândia, Taiwan, Turquia e Venezuela. As TCE
reais são calculadas com base nos índices de preços no consumidor (IPC), nos índices de preços no
produtor (IPP), nos deflatores do produto interno bruto, nos custos unitários do trabalho na indústria
transformadora (CUTIT) e nos custos unitários do trabalho no conjunto da economia (CUTCE). As
TCE deflacionadas pelos CUTIT apenas se encontram disponíveis para TCE-19.
Para informações mais pormenorizadas sobre o cálculo das TCE, ver a respetiva nota metodológica
e o Documento de Trabalho Ocasional do BCE n.° 134 (Revisiting the effective exchange rates of
the euro, por Martin Schmitz, Maarten De Clercq, Michael Fidora, Bernadette Lauro e Cristina
Pinheiro, junho de 2002), que pode ser obtido a partir do sítio do BCE.
As taxas bilaterais apresentadas na Secção 8.2 são médias mensais das publicadas como taxas de
referência diárias para estas moedas. A taxa mais recente da coroa islandesa situa-se em 290.0 por
euro e refere-se a 3 de dezembro de 2008.
EVOLUÇÃO FORA DA ÁREA DO EURO
As estatísticas relativas a outros Estados-Membros da UE (Secção 9.1) seguem os mesmos princípios
das que incluem dados relativos à área do euro. Porém, os dados apresentados neste quadro relativos
às balanças corrente e de capital e à dívida externa bruta seguem o respetivo conceito nacional e
não incluem veículos financeiros com finalidade específica. Os dados para os Estados Unidos e o
Japão incluídos na Secção 9.2 são obtidos a partir de fontes nacionais.
E 98
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
ANEXOS
CRONOLOGIA DAS MEDIDAS DE POLÍTICA
MONETÁRIA DO EUROSISTEMA1
12 DE JANEIRO DE 2012
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 1.00%, 1.75% e 0.25%, respetivamente.
9 DE FEVEREIRO DE 2012
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas de
juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito se mantêm
inalteradas em 1.00%, 1.75% e 0.25%, respetivamente. Aprova igualmente critérios de eligibilidade
nacionais e medidas de controlo de risco específicas para a aceitação temporária, num conjunto de
países, de direitos de crédito adicionais como garantia em operações de crédito do Eurosistema.
8 DE MARÇO, 4 DE ABRIL E 3 DE MAIO DE 2012
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as
taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de
depósito se mantêm inalteradas em 1.00%, 1.75% e 0.25%, respetivamente.
6 DE JUNHO DE 2012
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas de
juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito se mantêm
inalteradas em 1.00%, 1.75% e 0.25%, respetivamente. Decide também sobre os pormenores respeitantes
aos procedimentos e modalidades de leilão a aplicar nas operações de refinanciamento até 15 de janeiro
de 2013, nomeadamente a manutenção do procedimento de leilão de taxa fixa com colocação total.
5 DE JULHO DE 2012
O Conselho do BCE decide reduzir a taxa de juro das operações principais de refinanciamento em 25
pontos base para 0.75%, a partir da operação a ser liquidada em 11 de julho de 2012. Decide ainda
reduzir as taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente
de depósito em 25 pontos base para 1.50% e 0.00%, respetivamente, com efeitos a partir de 11 de
julho de 2012.
2 DE AGOSTO DE 2012
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 0.75%, 1.50% e 0.00%, respetivamente.
1 A cronologia das medidas de política monetária tomadas pelo Eurosistema entre 1999 e 2011 pode ser consultada nos Relatórios Anuais
do BCE relativos aos respectivos anos.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
I
6 DE SETEMBRO DE 2012
O Conselho do BCE decide que as taxas de juro das operações principais de refinanciamento e
as taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de
depósito se mantêm inalteradas em 0.75%, 1.50% e 0.00%, respetivamente. Decide igualmente as
modalidades para a realização de transações monetárias definitivas (Outright Monetary Transactions)
nos mercados secundários de obrigações soberanas da área do euro.
4 DE OUTUBRO E 8 DE NOVEMBRO DE 2012
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 0.75%, 1.50% e 0.00%, respetivamente.
6 DE DEZEMBRO DE 2012
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as
taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de
depósito se mantêm inalteradas em 0.75%, 1.50% e 0.00%, respetivamente. Decide também sobre
os pormenores respeitantes aos procedimentos e modalidades de leilão a aplicar nas operações de
refinanciamento até 9 de julho de 2013, nomeadamente a manutenção do procedimento de leilão
de taxa fixa com colocação total.
10 DE JANEIRO, 7 DE FEVEREIRO, 7 DE MARÇO E 4 DE ABRIL DE 2013
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 0.75%, 1.50% e 0.00%, respetivamente.
2 DE MAIO DE 2013
O Conselho do BCE decide reduzir a taxa de juro das operações principais de refinanciamento em
25 pontos base para 0.50%, a partir da operação a ser liquidada em 8 de maio de 2013. Decide
ainda reduzir a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez em 50 pontos base
para 1.00%, com efeitos a partir de 8 de maio de 2013, e manter inalterada a taxa de juro da
facilidade permanente de depósito em 0.00%. Decide também sobre os pormenores respeitantes aos
procedimentos e modalidades de leilão a aplicar nas operações de refinanciamento até 8 de julho
de 2014, nomeadamente a manutenção do procedimento de leilão de taxa fixa com colocação total.
6 DE JUNHO, 4 DE JULHO, 1 DE AGOSTO, 5 DE SETEMBRO E 2 DE OUTUBRO DE 2013
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 0.50%, 1.00% e 0.00%, respetivamente.
II
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
CRONOLOGIA
7 DE NOVEMBRO DE 2013
O Conselho do BCE decide reduzir a taxa de juro das operações principais de refinanciamento em
25 pontos base para 0.25%, a partir da operação a ser liquidada em 13 de novembro de 2013. Decide
ainda reduzir a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez em 25 pontos base
para 0.75%, com efeitos a partir de 13 de novembro de 2013, e manter inalterada a taxa de juro da
facilidade permanente de depósito em 0.00%. Decide também sobre os pormenores respeitantes aos
procedimentos e modalidades de leilão a aplicar nas operações de refinanciamento até 7 de julho
de 2015, nomeadamente a manutenção do procedimento de leilão de taxa fixa com colocação total.
5 DE DEZEMBRO DE 2013, 9 DE JANEIRO, 6 DE FEVEREIRO, 6 DE MARÇO, 3 DE ABRIL
E 8 DE MAIO DE 2014
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 0.25%, 0.75% e 0.00%, respetivamente.
5 DE JUNHO DE 2014
O Conselho do BCE decidiu reduzir a taxa aplicável às operações principais de refinanciamento
(OPR) em 10 pontos base para 0.15%, com efeitos a partir da operação a liquidar em 11 de junho de
2014. Além disso, decidiu reduzir a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez
em 35 pontos base para 0.40% e a taxa aplicável à facilidade permanente de depósito em 10 pontos
base para -0.10%, ambas com efeitos a partir de 11 de junho de 2014. Decidiu ainda adotar novas
medidas não convencionais, nomeadamente: i) realizar uma série de operações de refinanciamento
de prazo alargado direcionadas (ORPA direcionadas) com prazo de vencimento em setembro de
2018, a fim de apoiar a disponibilização de crédito bancário ao setor privado não financeiro, com
taxa de juro fixada ao longo do período de duração de cada operação, à taxa de juro das operações
principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente à data de contração do empréstimo,
acrescida de um spread fixo de 10 pontos base; ii) continuar a realizar as operações principais de
refinanciamento (OPR) através de leilões de taxa fixa com colocação total, pelo menos até ao final
do período de manutenção de reservas do Eurosistema que termina em dezembro de 2016; iii)
realizar as operações de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) com prazo de 3 meses, a colocar
antes do final do período de manutenção de reservas que termina em dezembro de 2016, como
procedimentos de leilão de taxa fixa com colocação total; iv) suspender as operações ocasionais de
regularização com uma periodicidade semanal, que esterilizam a liquidez disponibilizada ao abrigo
do programa dos mercados de títulos de dívida; v) intensificar o trabalho preparatório relacionado
com aquisições definitivas de instrumentos de dívida titularizados (asset-backed securities – ABS).
3 DE JULHO E 7 DE AGOSTO DE 2014
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência da liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 0.15%, 0.40% e -0.10%, respetivamente.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
IIIIII
4 DE SETEMBRO DE 2014
O Conselho do BCE decide reduzir a taxa de juro das operações principais de refinanciamento em
10 pontos base para 0.05%, a partir da operação a liquidar em 10 de setembro de 2014. Decide
ainda reduzir as taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade
permanente de depósito em 10 pontos base para 0.30% e -0.20%, respetivamente, com efeitos a
partir de 10 de setembro de 2014. Decide igualmente i) adquirir uma ampla carteira de instrumentos
de dívida titularizados simples e transparentes, cujos ativos subjacentes consistam em créditos
sobre o setor privado não financeiro da área do euro, ao abrigo de um programa de aquisição de
instrumentos de dívida titularizados (ABSPP) e ii) adquirir uma ampla carteira de covered bonds
(obrigações hipotecárias e obrigações sobre o setor público) denominadas em euros emitidas por
IFM domiciliadas na área do euro ao abrigo de um novo programa de aquisição de covered bonds
(CBPP3). As intervenções ao abrigo destes dois programas terão início em outubro de 2014.
2 DE OUTUBRO DE 2014
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito se
mantêm inalteradas em 0.05%, 0.30% e -0.20%, respetivamente. Decide também sobre os pormenores
operacionais dos programas de aquisição de instrumentos de dívida titularizados (asset-backed
securities) e covered bonds (obrigações hipotecárias e obrigações sobre o setor público).
6 DE NOVEMBRO E 4 DE DEZEMBRO DE 2014
O Conselho do BCE decide que a taxa de juro das operações principais de refinanciamento e as taxas
de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito
se mantêm inalteradas em 0.05%, 0.30% e -0.20%, respetivamente.
IV
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
O SISTEMA TARGET (“TRANSFERÊNCIAS
AUTOMÁTICAS TRANSEUROPEIAS DE
LIQUIDAÇÕES PELOS VALORES BRUTOS
EM TEMPO REAL”)
O TARGET21 desempenha um papel fundamental na promoção de um mercado monetário integrado
da área do euro, o qual constitui uma condição prévia para a condução eficiente da política monetária
única, contribuindo, além disso, para a integração dos mercados financeiros da área do euro. O TARGET2
é acessível a um grande número de participantes. Mais de 1000 instituições de crédito na Europa
utilizam o TARGET2 para efetuar pagamentos em seu nome, em nome de outros participantes (indiretos)
ou em nome dos seus clientes. Tomando em consideração sucursais e filiais, quase 57 000 bancos a
nível mundial (e, consequentemente, todos os seus clientes) estão disponíveis através do TARGET2.
O TARGET2 é utilizado para efetuar pagamentos de grandes montantes e com caráter de urgência,
incluindo pagamentos para facilitar a liquidação noutros sistemas interbancários de transferência de
fundos (por exemplo, o Sistema de Liquidação em Contínuo (Continuous Linked Settlement (CLS)) ou
o EURO1), e para liquidar transações do mercado monetário, cambiais e de títulos. Além disso, é
utilizado para pagamentos de mais baixo valor de clientes. O TARGET2 proporciona uma finalidade
intradiária às transações, permitindo a disponibilização imediata para outros pagamentos dos fundos
creditados na conta do participante.
FLUXOS DE PAGAMENTOS NO TARGET2
No terceiro trimestre de 2014, o TARGET2 liquidou 22 205 429 transações com um valor total de €120
886 mil milhões, o que corresponde a uma média diária de 336 446 transações com um valor médio
diário de €1832 mil milhões. O tráfego mais elevado no TARGET2 neste trimestre foi registado em 30
de setembro, quando foram processados 485 239 pagamentos. Com uma quota de mercado de 61% em
termos de volume e 91% em termos de valor, o TARGET2 conservou a sua posição dominante no
mercado de pagamentos de grandes montantes em euros. A dimensão da quota de mercado do TARGET2
confirma o forte interesse pela liquidação em moeda do banco central por parte dos bancos. Os
pagamentos interbancários representaram 40% do total dos pagamentos em termos de volume e 91%
em termos de valor. O valor médio dos pagamentos interbancários processados no sistema foi de €12.5
milhões e o dos pagamentos de clientes situou-se em €0.8 milhões. Enquanto 13% atingiram um valor
superior a €1 milhão, 67% dos pagamentos tiveram um valor inferior a €50 000. Em média, foram
efetuados 194 pagamentos por dia com um valor superior a €1000 milhões. Todos estes valores são
semelhantes aos registados no trimestre anterior.
PADRÃO INTRADIÁRIO DE VOLUMES E VALORES
O gráfico apresenta a distribuição intradiária do tráfego no TARGET2 (ou seja, a percentagem média
dos volumes e valores diários processados em diferentes alturas do dia) no terceiro trimestre de 2014.
Em termos de volume, a curva encontra-se bastante acima da distribuição linear. Às 13H00, CET, já
tinha sido transacionado 70% do volume e 99.7% uma hora antes do encerramento do sistema. Em
termos de valor, a curva está ligeiramente acima da distribuição linear até meio do dia, tendo sido
transacionado cerca de 57% do valor às 13H00, CET. A curva aproxima-se posteriormente da distribuição
linear, o que indica que os pagamentos de valor mais elevado são liquidados no final do dia útil do
TARGET2.
1 O TARGET2 é a segunda geração do TARGET, tendo sido lançado em 2007.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
V
Padrão intradiário
DISPONIBILIDADE E DESEMPENHO
DA ATIVIDADE DO TARGET2
(percentagens)
No terceiro trimestre de 2014, o TARGET2 atingiu
uma disponibilidade de 100%. Os únicos incidentes
considerados para o cálculo da disponibilidade do
TARGET2 são os que impedem completamente o
processamento de pagamentos durante 10 minutos
ou mais em dias úteis do TARGET2 entre as 07H00
e as 18H45, CET. Todos os pagamentos que devem
ser liquidados normalmente para que sejam
cumpridos os níveis de serviço acordados2 foram
processados em menos de 5 minutos, correspondendo
integralmente às expetativas em relação ao sistema.
T3 2014 volume
T3 2014 valor
distribuição linear
100
100
80
80
60
60
40
40
20
20
0
0
7
8
9 10 11
manhã
12
1
2
3
4
tarde
5
6
Fonte: BCE.
Quadro 1 Instruções de pagamento processadas pelo TARGET2 e pelo EURO1:
volume das transações
de pagamentos)
2 (número
Entre outros,
os pagamentos que resultam de procedimentos de liquidação em interfaces de sistemas periféricos estão excluídos da medição
2013
2013
2013
2014
2014
do desempenho. Encontram-se disponíveis mais pormenores sobre os indicadores com base no desempenho em http://www.ecb.europa.eu/paym/
T3
T4
T1
T2
T3
t2/professional/indicators/html/index.en.html
TARGET2
Volume total
Média diária
22 827 447
345 870
23 840 793
372 512
22 839 642
368 381
22 676 262
365 746
22 205 429
336 446
15 919 832
241 210
15 802 209
246 910
14 491 603
233 736
14 632 429
236 007
14 246 682
215 859
EURO1 (EBA Clearing)
Volume total
Média diária
Notas: Em janeiro de 2013, foi implementada uma nova metodologia para a recolha e reporte de dados, a fim de melhorar a qualidade dos
dados do TARGET2. Esta alteração resultou numa diminuição dos indicadores com base em valores, o que deve ser tomado em consideração
na comparação entre dados anteriores e posteriores à data de implementação.
Quadro 2 Instruções de pagamento processadas pelo TARGET2 e pelo EURO1:
valor das transações
(EUR mil milhões)
2013
T3
2013
T4
2014
T1
2014
T2
2014
T3
121 184
1 836
124 076
1 939
123 842
1 966
127 675
2 059
120 886
1 832
11 676
177
11 695
183
11 757
187
11 545
186
11 406
173
TARGET2
Valor total
Média diária
EURO1 (EBA Clearing)
Valor total
Média diária
Nota: Ver as notas do Quadro 1.
2 Entre outros, os pagamentos que resultam de procedimentos de liquidação em interfaces de sistemas periféricos estão excluídos da medição do
desempenho. Encontram-se disponíveis mais pormenores sobre os indicadores com base no desempenho em http://www.ecb.europa.eu/paym/
t2/professional/indicators/html/index.en.html
VI
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
PUBLICAÇÕES PRODUZIDAS PELO BANCO
CENTRAL EUROPEU
O BCE produz diversas publicações que divulgam informações sobre as suas atividades fundamentais:
política monetária, estatísticas, sistemas de pagamentos e de liquidação de títulos, estabilidade
financeira e supervisão, cooperação internacional e europeia e questões jurídicas. As publicações
incluem:
PUBLICAÇÕES ESTATUTÁRIAS
– Relatório Anual
– Relatório de Convergência
– Boletim Mensal
DOCUMENTOS DE ESTUDO
–
–
–
–
Série “Documentos de Trabalho Jurídicos”
Série “Documentos de Trabalho Ocasionais”
Research Bulletin
Série “Documentos de Trabalho”
PUBLICAÇÕES RELACIONADAS COM AS ATRIBUIÇÕES / OUTRAS
– Melhoria da análise monetária
– Integração financeira na Europa
– Relatório de Estabilidade Financeira
– Statistics Pocket Book
– Banco Central Europeu: história, papel e funções
– O papel internacional do euro
– A implementação da política monetária na área do euro (“Documentação Geral”)
– A política monetária do BCE
– O sistema de pagamentos
O BCE publica também brochuras e material informativo sobre diversos tópicos, tais como notas e
moedas de euro, bem como documentos resultantes de seminários e conferências.
Para a obtenção de uma lista completa dos documentos (em formato PDF) publicados pelo BCE e pelo
Instituto Monetário Europeu, o precursor do BCE entre 1994 e 1998, consultar o sítio do BCE em
http://www.ecb.europa.eu/pub/. Os códigos de língua indicam as línguas em que cada publicação se
encontra disponível.
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
VII
GLOSSÁRIO
Este glossário contém rubricas selecionadas frequentemente utilizadas no Boletim Mensal.
No sítio do BCE encontra-se disponível um glossário mais abrangente e pormenorizado
(www.ecb.europa.eu/home/glossary/html/index.en.html).
Ativos de garantia (collateral ): ativos usados ou transferidos de alguma forma para garantia do
reembolso de empréstimos, bem como ativos vendidos ao abrigo de acordos de reporte. Os ativos
de garantia usados em operações reversíveis do Eurosistema devem cumprir determinados critérios
de elegibilidade.
Administrações públicas (general government): setor definido no SEC 95 como sendo composto por
entidades residentes cuja função principal é a produção de bens e serviços não mercantis destinados ao
consumo individual e coletivo e/ou a redistribuição do rendimento e da riqueza nacionais. Estão incluídas
as autoridades da administração central, regional e local, bem como fundos de segurança social. Não se
incluem as entidades públicas que realizem operações comerciais, como é o caso das empresas públicas.
Ajustamento défice-dívida (administrações públicas) (deficit-debt adjustment (general
government)): diferença entre o défice das administrações públicas e a variação na dívida das
administrações públicas.
Amortização parcial (write-down): ajustamento descendente ao valor de créditos no balanço de
IFM, quando estes se tornam parcialmente irrecuperáveis.
Amortização total ( write-off ): anulação de créditos no balanço de IFM, quando estes são
considerados totalmente irrecuperáveis.
Área do euro (euro area): área constituída pelos Estados-Membros da UE que adotaram o euro
como moeda única, nos termos do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.
Balança corrente (current account): trata-se de uma balança da BdP que abrange todas as
transações de bens e serviços, rendimentos e transferências correntes entre residentes e não residentes.
Balança de capital (capital account): trata-se de uma balança da BdP que abrange todas as
transferências de capital e a aquisição/cedência de ativos não produzidos não financeiros entre
residentes e não residentes.
Balança de pagamentos (BdP) (balance of payments (b.o.p.)): demonstração estatística que
resume, para um período específico, as transações económicas realizadas por uma economia com
o resto do mundo.
Balança de rendimentos (income account): trata-se de uma balança da BdP que abrange dois
tipos de transações com não residentes, nomeadamente: i) transações envolvendo a remuneração
de empregados pagas a trabalhadores não residentes (por exemplo, trabalhadores transfronteiriços,
sazonais e outros trabalhadores de curto prazo); e ii) transações envolvendo receitas e pagamentos
de rendimentos do investimento sobre ativos e passivos financeiros externos, incluindo estes últimos
receitas e pagamentos sobre investimento direto, de carteira e outro investimento, bem como receitas
sobre ativos de reserva.
Balança de transferências correntes (current transfers account): trata-se de uma balança
técnica da BdP na qual o valor dos recursos reais ou das rubricas financeiras é registado aquando
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
IX
da sua transferência sem que se receba qualquer contrapartida. As transferências correntes abrangem
todas as transferências à exceção das transferências de capital.
Balança financeira (financial account): trata-se de uma balança da BdP que abrange transações
de investimento direto, investimento de carteira, outro investimento, derivados financeiros e ativos
de reserva entre residentes e não residentes.
Balanço consolidado do setor das IFM ( consolidated balance sheet of the MFI sector ):
balanço obtido através da compensação das posições inter-IFM (por exemplo, empréstimos e
depósitos entre IFM) no balanço agregado das IFM. Fornece informação estatística sobre os ativos e
passivos do setor das IFM face a residentes na área do euro que não pertencem a este setor (ou seja,
administrações públicas e outros residentes na área do euro) e face a não residentes na área do euro.
Este balanço consolidado é a principal fonte estatística para o cálculo dos agregados monetários,
fornecendo a base para a análise regular das contrapartidas do M3.
Comércio externo de bens ( external trade in goods ): exportações e importações de bens com
países fora da área do euro, medidas em termos de valor, e como índices de volume e de valor
unitário. As estatísticas do comércio externo não são comparáveis com as exportações e importações
registadas nas contas nacionais, dado que estas últimas incluem as transações intra e extra-área do
euro, combinando também bens e serviços. Do mesmo modo, também não são totalmente comparáveis
com a rubrica “Bens” nas estatísticas da BdP. Para além de ajustamentos metodológicos, a principal
diferença reside no facto de que no contexto das estatísticas do comércio externo as importações
são registadas com a inclusão de serviços de seguros e fretes, enquanto no contexto das estatísticas
da BdP são registadas f.o.b. na rubrica “Bens”.
Contas de capital (capital accounts): parte do sistema de contas nacionais (ou da área do euro)
que consiste em variações do património líquido resultantes da poupança líquida, de transferências
de capital líquidas e de aquisições líquidas de ativos não financeiros.
Contas financeiras (financial accounts): parte do sistema de contas nacionais (ou da área do
euro) que mostra as posições financeiras (stocks ou contas de património), transações financeiras e
outras variações dos diferentes setores institucionais de uma economia, por tipo de ativo financeiro.
Crédito de IFM a residentes na área do euro (MFI credit to euro area residents): empréstimos
de IFM concedidos ao setor não monetário residente na área do euro (incluindo as administrações
públicas e o setor privado) e detenções por IFM de títulos (ações, outros títulos de participação no
capital e títulos de dívida) emitidos pelo setor não monetário residente na área do euro.
Curva de rendimentos (yield curve): representação gráfica da relação entre a taxa de juro ou
taxa de rendibilidade e o prazo residual num dado momento no tempo no que se refere a títulos de
dívida suficientemente homogéneos com diferentes datas de vencimento. A inclinação da curva de
rendimentos pode ser medida como a diferença entre as taxas de juro ou a taxa de rendibilidade
em dois prazos diferentes.
Custos unitários do trabalho ( unit labour costs ): medida dos custos totais do trabalho por
unidade de produto, calculada para a área do euro como o rácio entre o total da remuneração
por empregado e a produtividade do trabalho (definida como o PIB (em volume) por pessoa
empregada).
X
BCE
Boletim Mensal
Dezembro 2014
GLOSSÁRIO
Défice (administrações públicas) ( deficit (general government) ): empréstimos líquidos
contraídos pelas administrações públicas, isto é, a diferença entre a receita pública total e a despesa
pública total.
Deflação (deflation): descida significativa e persistente dos preços de um conjunto muito alargado
de bens de consumo e serviços, que se enraíza nas expetativas.
Desinflação (disinflation): processo de desaceleração da inflação que pode resultar em taxas de
inflação negativas de caráter temporário.
Disponibilidades líquidas sobre o exterior das IFM ( MFI net external assets): disponibilidades
sobre o exterior do setor das IFM da área do euro (como ouro, notas e moedas estrangeiras, títulos
emitidos por não residentes na área do euro e empréstimos concedidos a não residentes na área do
euro), menos responsabilidades para com o exterior do setor das IFM da área do euro (tais como
depósitos e acordos de reporte de não residentes na área do euro, bem como as respetivas detenções
de ações/unidades de participação em fundos do mercado monetário e títulos de dívida emitidos por
IFM com prazo até 2 anos, inclusive).
Dívida (administrações públicas) ( debt (general government) ): dívida bruta (numerário
e depósitos, empréstimos e títulos de dívida) ao valor nominal existente no final do exercício e
consolidada pelos diferentes setores das administrações públicas.
Dívida (contas financeiras) (debt (financial accounts)): empréstimos contraídos por famílias, bem
como os empréstimos, títulos de dívida e provisões de fundos de pensões (resultantes de compromissos
diretos relativos a pensões por parte das entidades patronais em nome dos seus empregados) de
sociedades não financeiras, avaliados a preços de mercado no final do período.
Dívida externa bruta (gross external debt ): saldo dos passivos correntes verificados (ou seja,
não eventuais) de uma economia, que requerem o pagamento do capital e/ou juros a não residentes
num determinado momento no futuro.
EONIA (índice overnight médio do euro) (EONIA (euro overnight index average)): medida
da taxa de juro efetiva prevalecente no mercado interbancário overnight do euro. É calculada como
uma média ponderada das taxas de juro das transações de crédito overnight sem garantia denominadas
em euros, comunicadas por um painel de bancos contribuintes.
Estabilidade de preços (price stability): definida pelo Conselho do BCE como um aumento
homólogo inferior a 2% do IHPC para a área do euro. O Conselho do BCE clarificou que, na
prossecução da estabilidade de preços, visa manter as taxas de inflação abaixo, mas próximo, de
2% a médio prazo.
EURIBOR (taxa interbancária de oferta do euro) (EURIBOR (euro interbank offered
rate)): taxa à qual um banco considerado banco principal está disposto a conceder empréstimos
(denominados em euros) a outro banco principal. A EURIBOR é calculada diariamente, com base
nas taxas de uma amostra de bancos selecionados, para vários prazos até 12 meses.
Eurosistema ( Eurosystem ): sistema de banca central composto pelo BCE e pelos BCN dos
Estados-Membros da UE cuja moeda é o euro.
BCE
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Dezembro 2014
XI
Facilidade permanente de cedência de liquidez ( marginal lending facility ): facilidade
permanente do Eurosistema que permite às contrapartes elegíveis, por sua própria iniciativa,
receber crédito overnight do BCN da sua jurisdição a uma taxa de juro fixada antecipadamente sob
a forma de uma operação reversível. A taxa dos empréstimos concedidos no âmbito da facilidade
permanente de cedência de liquidez, regra geral, estabelece um limite máximo para as taxas de
juro do mercado overnight.
Facilidade permanente de depósito (deposit facility): facilidade permanente do Eurosistema que
permite às contrapartes elegíveis, por sua própria iniciativa, efetuar depósitos pelo prazo overnight junto
do BCN da sua jurisdição. Os depósitos são remunerados a uma taxa de juro fixada antecipadamente
que, regra geral, estabelece um limite mínimo para as taxas de juro do mercado overnight.
Fatores autónomos de liquidez ( autonomous liquidity factors ): fatores de liquidez que
normalmente não resultam da utilização de instrumentos de política monetária. Esses fatores consistem,
por exemplo, em notas em circulação, depósitos das administrações públicas no banco central e nas
disponibilidades líquidas sobre o exterior do banco central.
Fundos de investimento (exceto fundos do mercado monetário) (investment funds (except
money market funds)): instituições financeiras que agregam o capital captado do público e o
investem em ativos financeiros e não financeiros. Ver também IFM.
IFM (instituições financeiras monetárias) (MFIs (monetary financial institutions)): instituições
financeiras que, no seu conjunto, formam o setor de emissão de moeda da área do euro. Incluem:
i) o Eurosistema; ii) instituições de crédito residentes (tal como definidas na legislação da UE);
iii) outras instituições financeiras cuja atividade consiste em receber depósitos e/ou substitutos
próximos de depósitos de entidades, exceto IFM, e que, por sua própria conta (pelo menos em
termos económicos), concedem crédito e/ou efetuam investimentos em valores mobiliários, bem
como instituições de moeda eletrónica cuja principal atividade consiste em fornecer serviços
de intermediação financeira através da emissão de moeda electrónica; e iv) fundos do mercado
monetário, ou seja, organismos de investimento coletivo que investem em instrumentos de curto
prazo e de baixo risco.
Indicações sobre a orientação futura da política monetária (forward guidance): comunicação
por parte de um banco central sobre a orientação de política monetária no que se refere à trajetória
futura das taxas de juro diretoras.
Índice de acordos salariais ( index of negotiated wages ): medida do resultado direto das
negociações coletivas em termos de remuneração de base (isto é, excluindo prémios) a nível da área
do euro. Refere-se à variação média implícita dos ordenados e salários mensais.
Índice de custos horários do trabalho ( hourly labour cost index): medida dos custos do trabalho
incluindo ordenados e salários brutos (em numerário ou em espécie, incluindo prémios) e outros
custos do trabalho (contribuições dos empregadores para a segurança social e impostos relacionados
com o emprego pagos pelo empregador líquidos de subsídios recebidos pelo empregador), por hora
efetivamente trabalhada (incluindo horas extraordinárias).
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) (Harmonised Index of Consumer
Prices (HICP)): medida da evolução dos preços no consumidor compilada pelo Eurostat e harmonizada
para todos os Estados-Membros da UE.
XII
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GLOSSÁRIO
Inflação (inflation): aumento do nível geral de preços, ou seja, do índice de preços no consumidor.
Inquérito a Analistas Profissionais (IAP) (Survey of Professional Forecasters (SPF)):
inquérito trimestral realizado pelo BCE desde 1999 para a recolha de previsões macroeconómicas
quanto à inflação da área do euro, ao crescimento do PIB real e ao desemprego de um painel de
especialistas associados a organizações financeiras e não financeiras localizadas na UE.
Inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito (bank lending survey (BLS)): inquérito
trimestral sobre as políticas de crédito realizado pelo Eurosistema desde janeiro de 2003. Coloca
questões qualitativas a uma amostra pré-definida de bancos na área do euro sobre a evolução
dos padrões aplicados à concessão de crédito, termos e condições de empréstimos e procura de
empréstimos por parte quer das empresas quer das famílias.
Inquéritos aos Gestores de Compras da Área do Euro ( Eurozone Purchasing Managers’
Surveys): inquéritos às condições nos setores da indústria transformadora e dos serviços realizados
para diversos países da área do euro utilizados para compilar índices. O Índice de Gestores de
Compras (IGC) da Indústria Transformadora da Área do Euro é um indicador ponderado calculado
a partir de índices de produção, novas encomendas, emprego, prazos de entrega de fornecedores e
stocks de compras. O inquérito ao setor dos serviços coloca questões sobre a atividade comercial,
expetativas da atividade futura, montante de operações em curso, entradas de novas operações,
emprego, preços dos fatores de produção e preços cobrados. O Índice Compósito da Área do Euro é
calculado combinando os resultados dos inquéritos ao setor da indústria transformadora e aos serviços.
Inquéritos da Comissão Europeia (European Commission surveys): inquéritos harmonizados
sobre o sentimento empresarial/dos consumidores realizados em nome da Comissão Europeia em cada
um dos Estados-Membros da UE. Estes inquéritos com base em questionários dirigem-se a gestores
da indústria transformadora, construção, comércio a retalho e serviços, bem como aos consumidores.
A partir de cada inquérito mensal, são calculados indicadores compósitos que resumem as respostas
a várias questões diferentes num único indicador (indicadores de confiança).
Investimento de carteira (portfolio investment): transações e/ou posições líquidas de residentes
na área do euro em títulos emitidos por não residentes na área do euro (“ativo”) e transações e/ou
posições líquidas de não residentes em títulos emitidos por residentes na área do euro (“passivo”).
Inclui títulos de participação no capital e títulos de dívida (obrigações e outros títulos de dívida, e
instrumentos do mercado monetário). As transações são registadas ao preço efetivo pago ou recebido,
menos comissões e despesas. Para ser considerada ativo de carteira, a participação numa empresa
deverá ser equivalente a menos de 10% das ações ordinárias ou do poder de voto.
Investimento direto (direct investment): investimento transfronteiras para efeitos de obtenção de
uma participação duradoura numa empresa residente numa outra economia (assumida, na prática, para
uma detenção de, pelo menos, 10% das ações ordinárias ou do poder de voto). Inclui participações
no capital de empresas, lucros reinvestidos e outro capital associado a operações entre empresas.
A balança de investimento direto regista transações/posições líquidas de ativos no exterior por
residentes na área do euro (como “investimento direto no exterior”) e transações/posições líquidas
de ativos da área do euro por não residentes (como “investimento direto na área do euro”).
Leilão de taxa fixa (fixed rate tender): leilão em que a taxa de juro é fixada antecipadamente pelo
banco central e no qual as contrapartes participantes licitam o montante que pretendem transacionar
à taxa de juro fixada.
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XIII
Leilão de taxa variável (variable rate tender): leilão em que as contrapartes licitam o montante
que pretendem transacionar com o banco central e a taxa de juro à qual pretendem efetuar a transação.
Liquidez excedentária (excess liquidity): montante de reservas dos bancos centrais detidas pelos
bancos para além das necessidades agregadas do sistema bancário, que são determinadas pelas
reservas mínimas e fatores autónomos.
M1 (M1): agregado monetário estreito que abrange circulação monetária mais depósitos overnight
detidos em IFM e na administração central (por exemplo, Correios ou Tesouro).
M2 (M2): agregado monetário intermédio que abrange o M1 mais depósitos reembolsáveis com
pré -aviso até 3 meses, inclusive (ou seja, depósitos de poupança de curto prazo), e depósitos
com prazo acordado até 2 anos, inclusive (ou seja, depósitos a curto prazo), detidos em IFM e na
administração central.
M3 (M3): agregado monetário largo que abrange o M2 mais instrumentos negociáveis, em particular
acordos de reporte, ações/unidades de participação em fundos do mercado monetário e títulos de
dívida com prazo até 2 anos, inclusive, emitidos por IFM.
Medidas de maior apoio ao crédito (enhanced credit support): medidas não convencionais
tomadas pelo BCE/Eurosistema durante a crise financeira no sentido de proporcionar um suporte às
condições de financiamento e aos fluxos de crédito superior e mais alargado do que seria possível
exclusivamente através de reduções das taxas de juro diretoras do BCE.
MTC II (mecanismo de taxas de câmbio II) (ERM II (exchange rate mechanism II)): acordo
de taxas de câmbio que proporciona o quadro para a cooperação em termos de política cambial entre
os países da área do euro e os Estados-Membros da UE não participantes na Terceira Fase da UEM.
Necessidades de financiamento (administrações públicas) (borrowing requirement (general
government)): dívida líquida incorrida pelas administrações públicas.
Obrigações de dívida pública indexadas à inflação (inflation-indexed government bonds):
títulos de dívida emitidos pelas administrações públicas cujos pagamentos de cupão e de capital
estão ligados a um índice específico de preços no consumidor.
Operação de absorção de liquidez ( liquidity-absorbing operation ): operação através da qual
o Eurosistema absorve liquidez a fim de reduzir liquidez excedentária ou criar escassez de liquidez.
Estas operações podem ser realizadas por meio da emissão de certificados de dívida ou depósitos
a prazo fixo.
Operação de mercado aberto ( open market operation ): operação executada no mercado
financeiro por iniciativa do banco central. Estas operações incluem operações reversíveis, transações
definitivas, bem como a constituição de depósitos a prazo fixo, a emissão de certificados de
depósito ou swaps cambiais. As operações de mercado aberto podem ser operações de cedência ou
de absorção de liquidez.
Operação de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) (longer-term refinancing operation
(LTRO)): operação de mercado aberto com um prazo superior a 1 semana conduzida pelo Eurosistema
sob a forma de uma operação reversível. As operações mensais regulares têm um prazo de 3 meses.
XIV
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GLOSSÁRIO
Durante o período de turbulência nos mercados financeiros que teve início em agosto de 2007, foram
realizadas operações suplementares com prazos que variaram entre um período de manutenção e
36 meses e com frequência variável.
Operação principal de refinanciamento (OPR) ( main refinancing operation (MRO) ):
operação de mercado aberto de caráter regular executada pelo Eurosistema sob a forma de operações
reversíveis. Estas operações são realizadas através de um leilão normal com uma frequência semanal
e têm, normalmente, o prazo de 1 semana.
Operação reversível (reverse transaction): operação através da qual o BCN compra ou vende
ativos ao abrigo de um acordo de reporte, ou conduz operações de crédito mediante a apresentação
de ativos de garantia.
Outro investimento (other investment): rubrica da BdP e da p.i.i. que inclui operações/posições
financeiras com não residentes, abrangendo créditos comerciais, depósitos e empréstimos e outros
ativos/outras responsabilidades.
Paridade central (ou taxa central) (central parity (or central rate)): taxa de câmbio da moeda
de cada país membro do MTC II face ao euro em torno da qual as margens de flutuação do MTC II
são definidas.
Paridade de poder de compra (PPC) ( purchasing power parity (PPP) ): taxa a que é
convertida uma moeda em outra moeda, de modo a igualar o poder de compra nas duas moedas
eliminando as diferenças nos níveis de preços prevalecentes nos respetivos países. Na sua forma
mais simples, as PPC mostram o rácio dos preços em moeda nacional do mesmo bem ou serviço
em diferentes países.
População ativa (labour force): soma total das pessoas empregadas com o número de desempregadas.
Posição de investimento internacional (p.i.i.) (international investment position (i.i.p.)): valor
e composição dos créditos financeiros (ou responsabilidades financeiras) líquidos de uma economia
em relação ao resto do mundo.
Postos de trabalho por preencher ( job vacancies ): termo que abrange postos de trabalho
criados de novo, postos de trabalho não ocupados ou que no futuro próximo ficarão vagos, para
os quais o empregador tomou recentemente medidas ativas no sentido de encontrar um candidato
adequado.
Preços da produção industrial (industrial producer prices): preços de fábrica (custos de transporte
não incluídos) de todos os produtos vendidos pela indústria excluindo a construção nos mercados
internos dos países da área do euro, excluindo importações.
Procedimento de leilão de taxa fixa com colocação total (fixed rate full-allotment tender
procedure): leilão em que a taxa de juro é fixada antecipadamente pelo banco central (taxa fixa)
e no qual as contrapartes licitam o montante que pretendem transacionar a essa taxa, sabendo à
partida que todas as suas propostas serão satisfeitas (colocação total).
Produção industrial (industrial production): valor acrescentado bruto criado pela indústria a
preços constantes.
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XV
Produtividade do trabalho (labour productivity): produto que pode ser gerado com um determinado
contributo do trabalho. Pode ser medida de várias formas, mas é normalmente medida como o PIB
(em volume) dividido pelo total do emprego ou pelo total de horas trabalhadas.
Produto interno bruto (PIB) ( gross domestic product (GDP) ): valor da produção total de
bens e serviços de uma economia, menos o consumo intermédio, mais impostos líquidos
sobre produtos e importações. O PIB pode ser desagregado em componentes do produto, da
despesa ou do rendimento. Os principais agregados da despesa que compõem o PIB são o consumo
final das famílias, o consumo público final, a formação bruta de capital fixo, a variação de
existências, as importações e as exportações de bens e serviços (incluindo o comércio intra-área
do euro).
Rácio da dívida em relação ao PIB (administrações públicas) ( debt-to-GDP ratio (general
government) ): relação entre a dívida pública e o PIB a preços correntes de mercado, sendo
objeto de um dos critérios orçamentais estabelecidos no n.º 2 do artigo 126.º do Tratado sobre o
Funcionamento da União Europeia utilizados para definir a existência de um défice excessivo.
Rácio do défice (administrações públicas) ( deficit ratio (general government) ): razão entre
o défice público e o PIB a preços correntes de mercado, sendo objeto de um dos critérios
orçamentais estabelecidos no n.º 2 do artigo 126.º do Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia utilizados para definir a existência de um défice excessivo. É também referido como
rácio do défice orçamental.
Remuneração por empregado ou por hora trabalhada ( compensation per employee or per
hour worked ): total das remunerações, em dinheiro ou em espécie, a pagar pelos empregadores
aos empregados, isto é, ordenados e salários brutos, bem como prémios, pagamentos de horas
extraordinárias e contribuições dos empregadores para a segurança social, divididas pelo total dos
empregados ou pelo total de horas trabalhadas pelos empregados.
Reservas internacionais ( international reserves ): ativos externos prontamente disponíveis
e controlados por autoridades monetárias para financiar diretamente ou regular a magnitude
de desequilíbrios de pagamentos, através da intervenção em mercados cambiais. As reservas
internacionais da área do euro incluem ativos denominados em moedas à exceção do euro sobre
não residentes na área do euro, ouro, direitos de saque especiais e posições de reserva no FMI
detidos pelo Eurosistema.
Reservas mínimas ( reserve requirement ): requisito de reservas mínimas que as instituições
de crédito devem constituir junto do banco central ao longo de um período de manutenção.
O cumprimento destas reservas é determinado com base na média dos saldos diários ao longo do
período de manutenção.
Responsabilidades financeiras a mais longo prazo das IFM ( MFI longer-term financial
liabilities ): depósitos com prazo acordado superior a 2 anos, depósitos reembolsáveis com pré-aviso superior a 3 meses, títulos de dívida emitidos por IFM da área do euro com prazo original
superior a 2 anos e o capital e reservas do setor das IFM da área do euro.
Saldo orçamental estrutural (administrações públicas) (structural fiscal balance (general
government)): saldo orçamental efetivo corrigido de fatores cíclicos (por exemplo, o saldo corrigido
do ciclo) e medidas orçamentais pontuais.
XVI
BCE
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GLOSSÁRIO
Sociedade de titularização ( financial vehicle corporation (FVC) ): entidade cuja principal
atividade consiste em operações de titularização. Habitualmente, uma sociedade de titularização emite
títulos negociáveis que são colocados à venda ao público, ou vendidos sob a forma de colocações
privadas. Estes títulos são garantidos por uma carteira de ativos (normalmente empréstimos) detidos
pela sociedade de titularização. Em alguns casos, uma operação de titularização pode envolver
várias sociedades de titularização, sendo que uma detém os ativos titularizados e outra emite os
títulos garantidos pelos ativos.
Sociedades de seguros e fundos de pensões ( insurance corporations and pension funds ):
sociedades e quase-sociedades financeiras cuja função principal consiste em fornecer serviços de
intermediação financeira que resultam da repartição de riscos.
Taxa de inflação implícita (break-even inflation rate): diferencial entre a taxa de rendibilidade
de uma obrigação nominal e a taxa de rendibilidade de uma obrigação indexada à inflação com o
mesmo prazo (ou o mais semelhante possível).
Taxa máxima de proposta (maximum bid rate): limite máximo das taxas de juro às quais as
contrapartes podem apresentar propostas nos leilões de absorção de liquidez de taxa variável.
Taxa mínima de proposta ( minimum bid rate ): limite mínimo das taxas de juro às quais as
contrapartes podem apresentar propostas nos leilões de taxa variável.
Taxas de câmbio efetivas (TCE) do euro (nominais/reais) (effective exchange rates (EERs)
of the euro (nominal/real) ): médias ponderadas de taxas de câmbio bilaterais face às moedas dos
principais parceiros comerciais da área do euro. Os índices da TCE do euro são calculados face a
diferentes grupos de parceiros comerciais: o TCE-20 abrange os 10 Estados-Membros da UE não
pertencentes à área do euro e os 10 parceiros comerciais fora da UE; e o TCE-40 é composto pelo
TCE-20 e mais 20 países. Os pesos utilizados refletem a quota de cada país parceiro no comércio
de bens transformados da área do euro e têm em conta a concorrência em mercados de países
terceiros. As TCE reais são TCE nominais deflacionadas por uma média ponderada de preços ou
custos externos em relação aos internos. São, por conseguinte, medidas de competitividade dos
preços e dos custos.
Taxas de juro das IFM ( MFI interest rates ): taxas de juro aplicadas por instituições de
crédito e por outras IFM residentes, excluindo bancos centrais e fundos do mercado monetário,
aos depósitos e empréstimos denominados em euros face a famílias e sociedades não financeiras
residentes na área do euro.
Taxas de juro diretoras do BCE ( key ECB interest rates ): taxas de juro fixadas pelo Conselho
do BCE que refletem a orientação da política monetária do BCE. São as taxas aplicadas nas
operações principais de refinanciamento, na facilidade permanente de cedência de liquidez e na
facilidade permanente de depósito.
Titularização ( securitisation ): transação ou mecanismo segundo o qual um ativo ou conjunto de
ativos que geram fluxos de rendimento, frequentemente empréstimos (empréstimos hipotecários,
crédito ao consumo, etc.) é transferido de um promotor (regra geral uma instituição de crédito)
para uma sociedade de titularização. Esta sociedade converte efetivamente estes ativos em títulos
negociáveis através da emissão de instrumentos de dívida, sendo o serviço do capital e juros satisfeito
por meio dos fluxos de rendimento produzidos pelo conjunto de ativos financeiros.
BCE
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XVII
Título de dívida ( debt security ): promessa por parte do emitente (isto é, o mutuário) de efetuar
um ou mais pagamentos ao detentor (o mutuante) numa data ou datas futura(s) específica(s). Estes
títulos implicam normalmente uma taxa de juro específica (o cupão) e/ou são vendidos a desconto
ao montante que será reembolsado na data de vencimento. Os títulos de dívida emitidos com prazo
original superior a 1 ano são classificados como de longo prazo.
Títulos de participação no capital ( equities ): títulos que representam a detenção de uma
participação numa empresa, ou seja, ações transacionadas nas bolsas de valores (ações cotadas),
ações não cotadas e outras formas de participação. Estes títulos geram habitualmente rendimentos
sob a forma de dividendos.
Valor de referência para o crescimento do M3 ( reference value for M3 growth ): a taxa de
crescimento homóloga do M3 julgada compatível com a estabilidade de preços a médio prazo.
Volatilidade (volatility): grau de flutuação de uma variável.
Volatilidade implícita (implied volatility): volatilidade esperada (ou seja, desvio padrão) nas
taxas de variação do preço de um ativo (por exemplo, de uma ação ou de uma obrigação). Pode ser
calculada a partir do preço de um ativo, da data de vencimento e do preço de exercício das suas
opções, bem como a partir de uma taxa de remuneração sem risco, utilizando um modelo de fixação
do preço de opções, como o modelo Black-Scholes.
XVIII
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