Mesmo com alta em abril, receita do setor de serviços ainda não ganha impulso
Em abril, a receita bruta dos serviços cresceu 0,4% na comparação com o mês de março,
de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados hoje (17) pelo
IBGE. Essa foi a segunda alta mensal seguida (em março houve aumento de 4,5%). Em
relação ao mesmo mês de 2013, houve expansão de 6,2%, o que representou uma
desaceleração frente à variação anual ocorrida em março (+6,8%).
No entanto, Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), explica que a série da PMS teve início em janeiro de 2012 e
não conta com um deflator próprio, nem com ajustes sazonais. “Os serviços de
educação, saúde e financeiros não são pesquisados. Ainda assim, os demais subsetores
respondem por 36,5% de todo o valor adicionado bruto gerado pela economia e por
34,6% do pessoal ocupado no país”, diz. Bentes destaca que o crescimento anual da
receita nominal (+6,4%) foi o menor desde março do ano passado (+6,1%). Descontada
a inflação, houve queda anual de 2,8%, a maior desde o início da Pesquisa Mensal de
Serviços. Segundo ele, valendo-se da variação dos preços dos serviços do IPCA
referente aos últimos doze meses encerrados em abril (+8,99%), a receita deflacionada
do setor de serviços teria acusado queda real de 2,8% entre os meses de abril de 2013 e
2014 - o maior recuo anual nessa base comparativa em toda a série histórica da PMS e a
segunda retração consecutiva (houve queda real de 2,2% no comparativo anual de
março).
Fonte: Assessoria de Comunicação CNC
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