Pacto Nacional pelo
Fortalecimento do Ensino Médio
Formação de Professores
Profª Drª Monica Ribeiro da Silva
Universidade Federal do Paraná
O processo de construção
• O diálogo entre o Ministério da Educação,
o Conselho de Secretários Estaduais da
Educação e o Fórum de Coordenadores
do Ensino Médio dos estados
• O convite às Universidades e professores
do Ensino Médio
• O I Seminário Nacional: Construindo um
Ensino Médio para todos no Brasil – junho
de 2012
Algumas das Ações do Pacto
• Formação continuada de professores
• Discussão da formação inicial de
professores
• Políticas de incentivo à formação:PIBID,
PARFOR, UAB
• Estrutura das escolas
• Políticas de Permanência dos jovens na
escola – exemplo: iniciação científica
A proposta de formação
continuada
Objetivos:
•Promover a valorização do professor da
rede pública estadual do Ensino Médio por
meio da oferta de formação continuada;
•Refletir sobre o currículo do Ensino Médio,
promovendo o desenvolvimento de práticas
educativas efetivas com foco na formação
humana integral, conforme apontado nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio
Proposta
• Metodologia
 Participação de todos os professores das redes públicas
estaduais do Ensino Médio
• 495.697 professores (Censo 2012)
• 20.317 escolas (Censo 2012)
• Mais de 7 milhões de alunos
 Utilização de material pedagógico digital disponibilizado
nos tablets, computadores... Formato de e-books
 Formação no “chão da escola”: valorização dos saberes
produzidos no cotidiano escolar e construção de caminhos
para a autonomia docente e escolar
Proposta
• Articulação entre três agentes:
Ministério da Educação
Secretarias Estaduais da Educação
Universidades
Cenário nacional: todas as 27 unidades da
federação e 71 universidades
Proposta
• Papel do MEC
Financiamento integral da formação: quase 500
mil bolsistas: professores cursistas, orientadores
de estudos, formadores das IES, formadores
regionais, supervisores e coordenadores
• Papel das IES: organizar e coordenar as ações
da formação; formar os formadores;
acompanhar o sistema de bolsas em articulação
com as Secretarias Estaduais de Educação
Proposta
•
•
•
•
•
3 Seminários Nacionais
3 Seminários Estaduais
Formação inicial dos formadores
Formação dos orientadores de estudos
Grupos de estudos na escola e estudo
individual do professor; realização das
atividades propostas no material do Pacto
Atribuições
• Resolução 51/2013
Do MEC, das Seducs, das IES
Dos coordenadores, formadores das IES,
formadores regionais, supervisores,
orientadores, cursistas
Formadores Regionais: Formar os
Orientadores de Estudos: nas regiões –
em uma ação conjunta as IES
sismedio
• www.simec.mec.gov.br
• Cada agente da formação possui uma
atribuição no sismedio
Proposta do Curso
• Primeira Etapa – temáticas conforme as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio
• Eixo: Sujeitos do Ensino Médio e Formação
Humana Integral
• Elaboração do material do Pacto: participação
de 20 universidades – autores e diálogo com as
escolas
• Concepção: escrita dialogada e partir das
necessidades identificadas quanto à formação
de professores em atuação no ensino médio
Proposta do Curso
• Etapa II – Áreas do Conhecimento e Organização do Trabalho
Pedagógico
• Eixo central: sujeitos do ensino médio e formação humana integral
• 1. Contextualização e contribuições da área ...........
• 2. Os sujeitos alunos do ensino médio e os direitos à aprendizagem
e desenvolvimento na área....
• 3. Trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia na área...
• 4. Possibilidades de abordagens pedagógico-curricular na área..
Planejamento do trabalho pedagógico na área ... : princípios e
proposições - o diálogo entre as disciplinas da área e da área com
outras áreas
Em todos os cadernos: Saiba Mais; Em outras palavras..; Reflexão e
Ação, Imagens, vídeos, links
• Etapa III – Componentes curriculares
Temáticas da Etapa I
• Cadernos I - Ensino Médio e formação humana
integral;
• Caderno II - O Jovem como sujeito do ensino
médio;
• Caderno III - O currículo do Ensino Médio,seus
sujeitos e o desafio da formação humana
integral;
• Caderno IV - Áreas de conhecimento e
integração curricular;
• Caderno V - Organização e gestão democrática
da escola;
• Caderno VI - Avaliação no Ensino Médio.
Uso dos materiais
• Trata-se de uma proposta única => necessidade de que
os textos convirjam na direção de uma proposta
formativa única
Há uma proposta formativa da Secretaria que se agrega à
proposta do Pacto Nacional do Ensino Médio que
convergem
Exemplo: as DCNEM falam em áreas do conhecimento e
em componentes curriculares disciplinares, portanto,
não há divergências com a organização curricular
disciplinas das DCE: o que se busca é um maior diálogo
entre as disciplinas e áreas
O Ensino Médio: questões
contextuais
• O Censo Demográfico (IBGE, 2010) mostrou que o
Brasil possui uma total de 10.357.874 de jovens que
compõem a população de 15 a 17 anos.
• Se tomarmos esse contingente populacional como
referência, considerando as matrículas pelas etapas da
educação básica, veremos que 3.289.510 encontravamse, em 2012, matriculados ainda no Ensino
Fundamental.
• Aproximadamente seis milhões estavam no Ensino
Médio.
• Próximo a um milhão de jovens nessa faixa etária
encontrava-se totalmente fora da escola.
O Ensino Médio: questões
contextuais
• Desafio da universalização (EC 59/2009);
• Contenção do abandono escolar e
qualificação da permanência: passa por
compreender as razões do abandono;
• O trabalho docente e a formação de
professores para o ensino médio:
O Ensino Médio: questões
contextuais
• As condições estruturais;
• As finalidades do ensino médio: o ensino
médio como “educação básica”;
• As especificidades do ensino médio
noturno;
• As várias juventudes que estão na escola;
• Os sentidos da escola para os jovens.
Situação educacional da juventude
brasileira
Situação/escolaridade
15 a 17 anos18 a 24 anos
1) Analfabetos
1,6 %
2,8 %
2) Freqüentam a escola
82,1 %
31,7 %
ensino fundamental
33,9 %
4,9 %
ensino médio
47,7 %
13,8 %
educação superior
0,4 %
12,7 %
3) Não freqüentam a escola 17,9 %
68,3 %
Total (mil)
10.424,7 (100%) 24.284,7 (100%)
Juventude e escola
• Da compreensão de juventude como etapa de transição ao
reconhecimento da experiência juvenil como sendo portadora
de um sentido próprio
A juventude é uma categoria definida histórica e socialmente, não
possui, portanto, caráter universal, homogêneo ou estável
Superação dos limites do critério etário usado tradicionalmente
para definir juventude e a relação entre esta e a escola (a
“adolescência” é um tempo de juventude..; o prolongamento
do tempo de juventude nas sociedades industrializadas)
• Juventude  juventudes (no plural)
Juventude e escola
• JUVENTUDE E ESCOLARIZAÇÃO: PERDA DE SIGNIFICADO,
CRISE DA ESCOLA, DESLOCAMENTO DE SENTIDO.....
• O QUE SIGNIFICAM OS ELEVADOS ÍNDICES DE DESISTÊNCIA DA
ESCOLA? E O QUE DIZER DOS QUE NELA PERMANECEM
“ABANDONADOS” OU QUE ABANDONARAM O SENTIDO
“ESCOLAR” DA ESCOLA?
• INVESTIGAR AS RAZÕES DA PERMANÊNCIA E DO ABANDONO
ESCOLAR E REPENSAR OS MODOS DE ORGANIZAR OS TEMPOSESPAÇOS-SABERES
• OS VÍNCULOS FORMAIS E OS VÍNCULOS INFORMAIS COMO
FATORES QUE PRECISAM SER MAIS ESTUDADOS E CONHECIDOS
Os sujeitos professores
• “CRISE DA DOCÊNCIA”
• AUSÊNCIAS: O SABER SOBRE OS ALUNOS, DEBATE ATUALIZADO
SOBRE CURRÍCULO, TIC E EDUCAÇÃO, FORMAS ATUAIS DE
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO, DA CIÊNCIA E DA
TECNOLOGIA, AS POLÍTICAS PARA O ENSINO MÉDIO(DCNEM,
ENEM, SISU...)
• IDENTIDADE DOCENTE, LINGUAGENS E JUVENTUDE(S)
• A NATUREZA SEMPRE COLETIVA DO TRABALHO DOCENTE:
organização do trabalho pedagógico e gestão democrática da
escola
Qual ensino médio? Qual
currículo?
A nanotecnología é a manipulação dos
materiais na escala atômica ou molecular;
é aplicação da nanociência em campos
diversos que trabalham com materiais que
vão de 1 a 100 nanômetros. Um
nanômetro
é um bilionésimo de metro, ou um
milionésimo de milímetro .
Um cabelo humano, por exemplo, pode ter
100.000 nanômetros de espessura.
A nanotecnologia traz a possibilidade de
fabricar materiais e máquinas a partir do
reordenamento de átomos e moléculas
em nanoescala. => isso implica na fusão
de vários campos disciplinares
Currículo e conhecimento escolar
• “O currículo tem que levar em consideração o
conhecimento local e cotidiano que os alunos
trazem para a escola, mas esse conhecimento
nunca poderá ser uma base para o currículo. A
estrutura do conhecimento local é planejada
para relacionar-se com o particular e não pode
fornecer a base para quaisquer princípios
generalizáveis. Fornecer acesso a tais princípios
é uma das principais razões pelas quais todos os
países têm escolas”. (YOUNG, Michael. Para que
servem as escolas. 2007, p. 13)
As DCNEM
• As (novas) Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio
• Contexto da elaboração
• Os limites das diretrizes anteriores
• Políticas curriculares e cultura escolar:
adesão formal e resistência
Novas DCNEM – Parecer CNE/CEB
05/2011 e Resolução 02/2012
•
•
•
•
O PRINCÍPIO EDUCATIVO DO TRABALHO
A PESQUISA COMO PRINCÍPIO PEDAGÓGICO
O PRINCIPIO DA DIVERSIDADE DE SUJEITOS
A POSSIBILIDADE DE DIFERENTES ARRANJOS
CURRICULARES
• COMPREENSÃO DE CURRÍCULO E DE PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
• A RELAÇÃO ENTRE CUIDAR E EDUCAR
• INDICATIVOS PARA A GESTÃO DA ESCOLA E PARA A
FORMAÇÃO E TRABALHO DOCENTE....
Disciplinas e integração curricular
• A necessidade de superação da excessiva
disciplinarização;
• A necessidade de superação das
hierarquias e fragmentações;
• A necessidade de superação do ensino
com base na repetição;
Disciplinas e integração curricular
• A compreensão dos processos sociais a partir
dos significados produzidos de forma
consistente e articulada entre trabalho e
cultura, entre ciência e tecnologia confere uma
identidade para o ensino médio;
• A última etapa da educação básica se orienta
pela busca de uma formação humana integral
que se faz por meio de uma organização
curricular integrada;
Disciplinas e integração curricular
Integração ente um núcleo de disciplinas do
currículo obrigatório com atividades e
opções do próprio interesse do estudante
o princípio pedagógico específico do ensino
médio não deve ser buscado na
preparação para o mercado ou para o
vestibular, mas no método de estudo e
pesquisa que conduz à autonomia de
estudos, à autonomia intelectual e moral
Perspectivas
• O recohecimento e efetivação do ensino médio
como “educação básica”
• Os sentidos da escola a partir de seus sujeitos;
• Novos arranjos curriculares: a reorganização
dos tempos e espaços e resignificação do
conhecimento escolar;
• A organização coletiva do trabalho pedagógico;
• Os sentidos da avaliação para o ensino médio.
Fontes:
• Observatório do Ensino Médio
• www.observatorioensinomedio.worpress.com
• Portal emdiálogo
• www.emdialogo.uff.br
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